Repórter do Marão - 18/12/2008

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18 Dezembro 2008 a 14 Janeiro 2009 • Quinzenário • Edição n.º 1209 • Ano 25 • Publica-se à quinta-feira • Director: Vítor Almeida • Director Adjunto: Alexandre Panda

O J O R N A L D A R E G I Ã O D O TÂ M E G A E S O U S A

MILHÕES PARA INVESTIR NA REGIÃO

CRISE

Região Dolmen prepara-se para receber candidaturas candid a partir de Janeiro para o “mundo rural”.

NATALÍCIA NÃO É PARA TODOS Reportagem do Repórter do Marão nas compras de Natal mostra que a classe média é a mais atingida pela crise. Produtos mais caros não são afectados pela quebra do poder de compra da população. Pág. 2/3

DESPORTO F.C. PENAFIEL SOMA SEIS JOG JOGOS SEM PERDER

CELORICO DE BASTO PARQUE DE CAMPISMO FOI INAUGURADO

DESPORTO C.D. CINFÃES FE FEZ SUAR O DRAGÃ DRAGÃO

RESENDE MUNICÍPIO COMPRA AMBULÂNCIA PRÉ-HOSPITALAR

Pág.10

AMARANTE LOCAL PARA CENTRO ESCOLAR DE MANCELOS CHUMBADO PELA OPOSIÇÃO BAIÃO PRODUTOS LOCAIS MOSTRAM CONCELHO PELA POSITIVA PENAFIEL CADÁVER ENCONTRADO EM CARRO QUEIMADO


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Destaque

Repórter do Marão 18 Dezembro 2008 18

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CRISE NÃO AFECTA TODAS AS BOLSAS Alexandre Panda “Está crise, não há dinheiro, não podemos gastar muito, está mau”. São as palavras que se houve diariamente nas ruas e nos comércios na boca de todos. A hora está para o pessimismo. Mas no meio do negativismo generalizado, há quem gaste dinheiro na mesma, enquanto a maioria da população na região do Tâmega e Sousa, tal como o resto do país, anda a contar os trocos para os presentes de Natal. O RM foi ao encontro de diversas áreas do comércio para perceber se o Pai Natal da região está pobre. As prateleiras já estão cheias de brinquedos para responder ao anseio das crianças, nesta quadra natalícia. Mas com a perda de poder de compra dos portugueses, as famílias vão gastar menos 4,9 por cento em prendas que no ano passado. A conclusão é da 11ª edição do estudo de Natal da consultora Deloitte. Segundo o estudo, 77 por cento da população declarou ter um poder de compra inferior ao do ano passado e os rendimentos destinado as compras de Natal, habitualmente disponíveis nesta quadra, também estão reduzidos. Mas de acordo com o mesmo inquérito, as crianças serão as menos afectadas pela crise e os brinquedos electrónicos deverão ser o grande sucesso deste Natal. O tempo, que se irá passar à procura das melhores promoções, é que deverá aumentar

assim como a procura de prendas mais úteis. Roupa, dinheiro e livros serão os presentes preferidos dos portugueses. A outra novidade do estudo é que os portugueses deverão gastar mais dinheiro em comida em relação ao ano passado: “equilibrar o orçamento global, gastando menos em presentes, utilizando o dinheiro extra para comprar alimentos para as festividades, será a tendência”. Em entrevista ao RM, Luís Miguel, o presidente da Associação Empresarial de Amarante explicou que a crise não se tem sentido muito nas vendas de produtos destinados à classe mais alta da sociedade: “o cliente que compra produtos de topo é o que sente menos a crise. As roupas e calçados de marca, os vídeo jogos e os computadores vendem-se na mesma. Outro exemplo é o sector da habitação onde as vivendas mais caras são as que se vendem melhor nesta altura”. No entanto, o responsável admite as dificuldades do comércio de proximidade, explicando que a fasquia da população que constitui o principal segmento de clientela perdeu poder de compra: “há uma classe asfixiada com tendência a piorar. Todas as pessoas estão a ouvir notícias que as levam a fazer poupanças e gastar menos, esse é o meu sentimento. Há uma manifesta quebra nos negócios. Os clientes da classe média e média baixa estão a comprar na mesma, mas são produtos mais baratos. Há encargos e créditos que devem ser cumpridos

pelas famílias. O que sobra é guardado para despesas mais importantes”, explicou Luís Miguel. No entanto, o responsável da Associação Empresarial de Amarante vê nesta crise uma oportunidade para o comércio apelidado de tradicional: “Apesar das dificuldades o comércio tem a vantagem de ser de proximidade. Ao contrário das grandes superfícies que são mais agressivas em termos de publicidade e de capacidade de atracção, o pequeno comércio faz-se com base na relação pessoal e vai-se mantendo o cliente. Mas com esta crise é possível analisar e pensar como vamos preparar o futuro, porque é nestes tempos que as falhas vêm ao de cima. Assim podemos observar e ver o que está mal o que precisa mudar”, explicou


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Luís Miguel

José Ferreira

o responsável. Aliás Luís Miguel acredita que o comércio de proximidade tem de se repensar para poder enfrentar a concorrência das grandes superfícies: “o desafio do comércio de proximidade é precisamente o de mostrar que o que há nos shoppings há também no comércio. Temos de mudar a nossa maneira de trabalhar. Eu sou a favor de uma adaptação dos horários de funcionamento das lojas. Hoje, as pessoas têm outros horários, outra forma de viver e o comércio tem de se adaptar”. Nesta quadra natalícia, tal como outras associações da região, a Associação Empresarial de Amarante está a preparar-se para ajudar os comerciantes, com animação de Natal e iluminação, papel para embrulho e actividades para as crianças.

dutos: “não temos sentido a crise. Os produtos mais baratos vendem-se na mesma e até temos ganho novos clientes. São pessoas de classe mais alta que a nossa clientela habitual que se deslocam às nossas casas para comprar mais barato”, adiantou ao RM José Ferreira. As lojas do grupo têm conhecido um crescimento do volume de negócio da ordem dos 8-9 por cento este ano e os donos não temem a concorrência de grandes marcas de supermercados, antes pelo contrário: “em Lousada, a loja que mais subiu e veio compensar as outras que baixaram um pouco, temos conhecido um forte crescimento desde que apareceu o E. Leclerc”, garantiu o responsável. O grupo conta com 90 colaboradores e importou recentemente 18 contentores de mercadoria nova para encher as prateleiras para as vendas de Natal. “Em termos de brinquedos, o que temos vendido melhor são os produtos na ordem dos 2025 euros, enquanto que as prendas de 1,5 até 5 euros têm baixado. Ou seja, os mais baratos não estão a sair tão bem como os produtos de preço mais elevado. Eu até me pergunto onde está a crise”, explicou ainda José Ferreira.

“De momento não sentimos a crise” Apesar do ambiente de crise económica, é nesta época natalícia que o consumismo ganha mais expressão e enche as caixas registadoras. Ao contrário do pessimismo geral, os proprietários dos HiperGémeos Ferreira, que possuem uma rede de superfícies espalhadas pelo Tâmega e Sousa, garantem que a queda de poder de compra não está a afectar as vendas dos seus pro-

Destaque

Carla Silva Empregada de Escritório - Amarante

Regina Silva Costureira - Lousada

“Está muito difícil! Não há dinheiro! Vou comprar apenas três prendas para os meus três filhos e também uma para o meu marido. De resto não posso estar a comprar prendas para os outros familiares. Não faço intenção de comprar mais prendas e até, aquelas que estou a comprar, são das mais baratas por que a situação está muito difícil. As famílias estão com muitas dificuldades e claro que as prendas de Natal estão a sofrer. Mas vamos passar na mesma umas festas felizes”.

“Só vou comprar brinquedos para o meu filho e o meu afilhado. Os adultos vão ficar sem prendas porque não há dinheiro extra para gastar. Os tempos são difíceis e cada euro tem de ser bem gasto porque não há espaço no orçamento familiar para luxos. Agora, é certo que já comprei o bacalhau porque é tradição e não pode faltar na mesa de ceia de Natal. A crise está em todo o lado. Toda a gente diz que está mal e a verdade é que se vê menos gente nas compras”.

DESTINOS DE LUXO CONTINUAM A SER MUITO PROCURADOS

Classe média com menor poder de compra A crise também está a afectar as tradicionais viagens de fim de ano e mais uma vez a classe média é que está a sofrer com a perda de poder de compra, até porque as viagens mais caras destinadas à classe mais elevada da sociedade continuam a venderse, à altura do volume de negócios dos anos anteriores. António Sousa,

António Sousa

proprietário de uma agência de viagens em Penafiel adiantou à reportagem do RM que este ano os destinos de custos mais reduzido sofreram uma quebra: “aquelas viagens de 300 à 750 euros por pessoas não tiveram grande saída este ano. Pelo menos, venderam-se em menor quanti-

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dade, mas, no entanto, há dias vendi perdeu poder de comuma viagem de 7000 euros e outra de pra e cortou com os 5000. Ou seja o turismo de luxo conti- pequenos luxos que se nua a trabalhar sem periam oferecendas de volume de negó- “Há dias vendi do”, adiancio, o que para nós é bom ainda uma viagem de tou porque trabalhamos para o respon7000 euros e esta classe da população sável pela e assim não temos senti- outra de 5000” a g ê n c i a diz António Sousa do muito a cride viase”, explicou gem. ao RM António Sousa da Frequentemente ouveagência Fieltur. A título se dizer que os voos para os de exemplo, enquanto que destinos preferenciais do ano as noites de “reveillon” de novo estão cheios, mas ao con150-200 euros ainda têm trário daquilo que se pode penmuitas vagas por preen- sar não tem que ver com um cher nas diversas quintas aumento da procura, mas sim e hotéis portugueses, um com uma diminuição da oferta: hotel no Brasil, com bas- “as companhias têm vindo a retante procura portugue- duzir os números de voos dissa já está superlotado: são poníveis, porque verificaram 4500 euros por uma noi- uma quebra nas vendas. Autote de passagem de ano, no Vila Galé maticamente os aviões ficam em Marés na Bahia. “Com a crise as cheios”, rematou o nosso pessoas da classe média têm de esta- entrevistado. AP belecer prioridades. Já não vão gastar 200 euros por pessoa para um reveillon num hotel de Portugal ou da Galiza, que eram os destinos habitualmente procurados. A classe média


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Sociedade

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VIATURA APARECEU EM GALEGOS, PENAFIEL

Cadáver encontrado em carro queimado Alexandre Panda Um cadáver completamente calcinado foi encontrado num caminho de terra, num monte da localidade de Galegos em Penafiel, dentro de uma carrinha Audi A4, também ela toda queimada. O carro foi descoberto, dia 14 de Dezembro, por um grupo de quatro amigos caçadores que se deslocava àquele monte para praticar o desporto favorito, no último dia da época de caça, cerca das 8h00. O corpo estava deitado no banco traseiro do veículo no meio dos vestígios queimados do banco. “Quando me apareceu o carro, liguei logo para a GNR a informar da descoberta. Depois de ter saído do veículo e de verificar que estava lá um cadáver é que liguei outra vez a informar as autoridades que afinal não era apenas um carro queimado”, contou ao RM José Silva, um dos caçadores. Pelas aparências dos restos do veículo e do cadáver, a carrinha Audi A4 foi regada de gasolina e incendiada naquele monte, mas não

se sabe quando é que o crime terá acontecido, uma vez que o caminho é muito pouco frequentado. “O veículo estava no meio de um caminho de servidão que nos impedia a passagem. Na última quinta-feira, cerca das 12h30, passamos por aqui e não tinha nada”, adiantou ainda ao RM o mesmo caçador, que reparou apenas que o cadáver tinha uma pulseira. Perto das 10h00, quatro inspectores da Policia Judiciária chegaram ao local e começaram uma peritagem aos restos da carrinha e do corpo, para recolher alguns vestígios. As matrículas do veículo tinham sido destruídas no incêndio e o corpo estava também irreconhecível, dado o estado de decomposição, provocado pelas chamas. Concluídas as primeiras peritagens, os bombeiros de Paço de Sousa foram chamados para retirar o corpo. Embora a autópsia ainda não esteja concluída, as autoridades acreditam que a vítima seja um indivíduo natural de Penafiel, ligado ao mundo da noite e dos seguranças.

CASO ACONTECEU EM VARZIELA NO CONCELHO DE FELGUEIRAS

Duas vezes vítima de carjacking em dois meses Duas bombas de Paredes assaltadas em meia hora

Incêndio destrói armazém em Lousada

Uma dupla de encapuzados armados de uma caçadeira assaltou duas bombas de gasolina no concelho de Paredes de onde levaram, ao todo, mais de 1500 euros. Cerca das 21h15 de sábado 14 de Dezembro, os dois indivíduos, aparentemente jovens chegaram às bombas do Intermaché de Paredes, em Mouriz, num Honda Civic branco. Enquanto que o passageiro estava a apontar a arma à cabeça da funcionária, o condutor do veículo saiu do carro e entrou no posto de pagamento de onde levou todo o dinheiro da caixa, cerca de 500 euros. Cerca de dez quilómetros, e meia hora depois de se ter posto em fuga do Intermaché, a mesma dupla apareceu nas bombas da Petro-Reiros em Vandoma, onde não hesitaram em agredir e ameaçar o funcionário e a sua família, para obter o apuro do dia e o tabaco, totalizando mais de 1000 euros de prejuízo. Enquanto que o homem da caçadeira guardava a porta de arma em punho, apontada para as duas filhas gémeas do funcionário, o cúmplice empurrava a mãe, antes de agredir o pai, com dois estalos. “Na gaveta havia apenas cem euros. O encapuzado exigiu ao meu irmão o dinheiro que tinha no bolso. Momentos depois do meu irmão ter obedecido, levou com o aparelho de pagamento multibanco na cabeça”, contou ao RM Elsa Sousa, a irmã do funcionário que também trabalha nas bombas de gasolina. Os indivíduos puseram-se em fuga em direcção a Penafiel, onde o veículo foi abandonado pelos assaltantes. A PJ do Porto está a cargo da investigação.

Um incêndio num armazém do grupo de lojas Europoupança, na zona industrial de Lousada, obrigou, cerca das 1h30 da madrugada da última segunda-feira 15 de Dezembro, à intervenção de seis corporações de bombeiros do Vale do Sousa. O local estava recheado de produtos como brinquedos, toalhas e artigos para o lar, destinados à venda da época natalícia. Tudo ficou completamente calcinado. A origem do incêndio é ainda desconhecida, mas tudo aponta para um curto-circuito, que se propagou rapidamente pelo armazém, devido à natureza inflamável do material. “O incêndio foi difícil de controlar por causa dos artigos que estavam aqui depositados. Tivemos de ter particular cuidado com a estrutura de metal do armazém, uma vez que ameaçava cair, mas que acabou por aguentar”, adiantou ao RM Alberto Barros, comandante em exercício dos bombeiros de Lousada que dirigia as operações, que envolveram também os voluntários de Penafiel, Freamunde, Paredes, Vila Meã e Lixa. O prejuízo será avultado, uma vez que milhares de artigos estavam depositados no armazém. Eugénio Cunha, um dos proprietários do grupo, estava abatido com as consequências do incêndio: “o prejuízo é incalculável”, desabafou o homem à porta do depósito calcinado. Os bombeiros deram o incêndio por controlado por volta das 5h00, hora em que algumas viaturas das corporações vizinhas ao concelho de Lousada começaram a desmobilizar.

Alexandre Panda Pela segunda vez em apenas dois meses o mesmo jovem de 23 anos foi vítima de carjacking, em Felgueiras, o concelho onde reside. O mesmo carro, um Peugeot 106, que recuperou no dia seguinte ao primeiro caso, foi, no passado cinco de Dezembro à noite, o alvo escolhido por dois indivíduos armados, na localidade de Varziela. Eram cerca das 19h00 quando António Ferreira regressava a casa depois de ter ido à cidade de Felgueiras fazer compras. Num atalho com pouca luz o jovem foi ultra-passado por um Honda Civic vermelho. “Parei com o carro para colocar um CD. O carro deles já estava a minha frente. O condutor mandou-me parar e ligou os quatro piscas. Saiu de caçadeira e ameaçou-me logo”, contou ao Repórter do Marão António Ferreira. O jovem natural da localidade de Varziela já tinha sido vítima de carjacking em Outubro, na freguesia de Idães, quando três encapuzados lançaram o pânico na região do Vale do Sousa. Na altura balearam duas pessoas para fa-

zer três carjackings e roubar os ocupantes das viaturas. No passado dia cinco de Dezembro, os assaltantes roubaram 50 euros que tinha a vítima e abandonaram o jovem no local. “Sai do carro! Quietinho não te mexas. Foi assim que me mandaram para a berma da estrada enquanto preparavam-se para fugir”, contou ao Repórter do Marão a vítima. Os dois indivíduos, aparentemente jovens, fugiram com os dois carros em direcção à EN que liga Lousada e Felgueiras. A cerca de três quilómetros no local do carjacking, abandonaram Honda Civic, entretanto recuperado pela GNR de Felgueiras. Depois deste segundo caso, António Ferreira culpa o azar e quer desfazer-se da viatura que por duas vezes lhe foi roubada: “Em Outubro o carro apareceu no dia seguinte. Agora se o encontrar vou vendê-lo. É demasiado azar com este veículo”, desabafou a vítima. O caso está a ser investigado pela PJ de Braga.


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ALUNOS DE 16 ANOS REGRESSAVAM A CASA DEPOIS DAS AULAS

Choque de autocarro escolar faz 10 feridos em Felgueiras Alexandre Panda “Foi um susto muito grande. O motorista passou o stop. Apenas ouvi os pneus da carrinha a chiar por causa da travagem e fechei os olhos. Quando os abri, estávamos tombados no chão”. É assim que duas alunas do Externato do Carmo de Lousada contaram ao RM o acidente em que estiveram envolvidas, cerca das 13h30 do passado dia nove de Dezembro, numa estrada municipal de Felgueiras, na localidade de Airães. Nove adolescentes com idades entre os 15 e os 16 anos, o motorista da escola e da carrinha de caixa aberta ficaram feridos depois do autocarro em que seguiam mais quatro alunos ter capotado, das consequências de uma colisão com uma carrinha de uma empresa de construção civil, de Lousada. Todos sofreram pequenas escoriações e foram assistidos no local pelos bombeiros da Lixa e transportados para os hospitais de Penafiel e Amarante. Os adolescentes e o motorista do pesado tiveram alta a meio da tarde. “O motorista e alguns alunos é que partiram os vidros para nos libertar”, contaram ao RM Daniela Machado e Marina Pinto, ambas de 15 anos, depois de terem sido assistidas no hospital de Penafiel. Pelo que o RM conseguiu apurar no local, no cruzamento de Babais em Airães, o condutor do autocarro não terá respeitado o sinal de paragem e uma carrinha da empresa Construções Bragança de Lousada, embateu na roda traseira do veículo de transporte de passageiro, o que terá provocado o capotamento do veículo. “A carinha vinha com muita velocidade e bateu-me na roda de trás o que mostra que eu já tinha passado quase na totalidade o cruzamento. Com o embate não conseguiu segurar o autocarro que tombou de imediato.

Idoso atropelado em Penafiel morreu Um homem de 83 anos morreu das consequências dos ferimentos provocados por um atropelamento no Alto das Sete Pedras na EN 106 em Penafiel, cerca das 16h30 do passado dia 12 de Dezembro. José Moreira estava a atravessar a estrada de intenso tráfico quando foi colhido por um Ford Fiesta que circulava no sentido Penafiel - Entre-os-Rios. O idoso bateu com a cabeça do pára-brisas do veículo e foi projectado a cerca de cinco metros. A vítima foi imediatamente socorrida por um bombeiro da corporação de Entre-os-Rios em serviço de transporte de doentes, na mesma estrada. O homem foi transportado pelos voluntários de Penafiel para o serviço de urgência do hospital de Penafiel, de onde seguiu para o São João. O idoso acabou por não resistir aos ferimentos.

Exibicionista detido em frente a jardim-de -infância de Penafiel O que nos segurou foi o muro de uma habitação ”, contou ao RM António Brochado, o motorista do Externato. Assistidos nos hospitais de Penafiel e Amarante Cinco alunos foram transportados pelos bombeiros da Lixa para a Unidade de Amarante do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, enquanto que outros quatro e o motorista foram assistidos nas urgências de Penafiel. Rui Miguel, Jorge Cristiano, Vera Lúcia, Cristina Isabel e João Tiago, todos com 16 anos ficaram em Amarante e Joana Carvalho, Lurdes Ribeiro, Daniela Machado e Marina Pinto, assim como o motorista António Moreira, receberam assistência médica na unidade penafidelense. Todos os alunos sofreram apenas pequenas escoriações e saíram rapidamente das duas unidades hospitalares, onde encarregados de educação e responsáveis do Externato estavam a espera para acompanhar os adolescentes até casa. À saída das urgências, os alunos ainda estavam

atormentados com acidente, mas felizes pelo desastre ter resultado em ferimentos menores. Pelo que o RM apurou, apenas um aluno mereceu mais cuidados preventivos, na unidade de Amarante. Albino Santos o director do Externato do Carmo de Vilar do Torno em Lousada não descarta a alegada responsabilidade que poderá ter o motorista do estabelecimento de ensino, mas garante que o homem é experiente nesse percurso. “O motorista disse-me que não se apercebeu da carrinha de caixa aberta, mas será preciso apurar bem as circunstâncias do acidente para poder afirmar quer que seja”, adiantou ao RM Albino Santos. O mesmo responsável explicou ao RM que os quatro alunos que não necessitaram de assistência médica foram recolhidos por um veículo do externato e levados para casa. “A nossa primeira preocupação era os alunos e felizmente nenhum teve ferimentos de maior”, acrescentou ainda Albino Santos.

Um indivíduo de 53 anos foi detido por importunação sexual em flagrante delito pela GNR de Penafiel em frente a um jardim-de-infância do centro da cidade, situado a poucos metros do quartel dos militares. Cerca do meio-dia do passado dia 11 de Dezembro, o indivíduo vestido de uma gabardine mostrou, por várias vezes, os órgãos genitais às crianças e mães que se encontravam à porta do estabelecimento de ensino. Pelo que o RM apurou o operário da construção civil, actualmente sem emprego e divorciado, abria a gabardine para mostrar o sexo, à quem olhasse para ele. Incomodadas com a actuação do homem, as testemunhas ligaram para as autoridades que montaram um cerco ao indivíduo, acabando por ser detido em flagrante. O homem foi ouvido no tribunal de Penafiel para o primeiro interrogatório judicial e julgado em processo sumário, a sentença ainda não é conhecida.

Santuário vandalizado em Lousada Um santuário da localidade de Aparecida no concelho de Lousada foi vandalizado, na madrugada do passado dia oito deste mês, por um grupo indeterminado de indivíduos. Os vândalos penetraram no local pelas traseiras e partiram os objectos de culto, sem nada furtar. A GNR de Lousada está a investigar o caso que revoltou a comunidade de Aparecida.

FAMILIARES DAS VÍTIMAS INDIGNADOS COM O FACTO DA JUSTIÇA NÃO ENCONTRAR CULPADOS

Tribunal de Castelo de Paiva absolve arguidos do furto dos castiçais Alexandre Panda O furto dos castiçais do Anjo de Portugal que simbolizam cada uma das pessoas que perderam a vida no trágico acidente de 4 de Março de 2001, ficou sem culpados. O tribunal de Castelo de Paiva absolveu os três arguidos, dois ex-toxicodependentes e um sucateiro de Gondomar que eram acusados dos crimes de furto e receptação, por não haver provas da culpa dos arguidos. “O tribunal deu como provado que houve um furto mas não conseguiu estabelecer quem o tinha praticado”, adiantou ao RM fonte ligada ao processo. O furto tinha acontecido na noite do 18 de Fevereiro de 2007 onde desconhecidos encontraram a

porta aberta, acabando por furtar os castiçais. No dia seguinte, os castiçais foram recuperados pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Penafiel, num sucateiro na zona de Zebreiros, na Foz do Sousa em Gondomar. Contactado pelo RM, Augusto Moreira, da Associação dos Familiares das Vítimas da Tragédia da Ponte, disse estar indignado pelo facto da culpa morrer solteira. Durante o julgamento, os dois arguidos acusados do furto qualificado dos castiçais reconsideraram as primeiras versões feitas às autoridades, em que confessaram o crime. Nas alegações finais, o próprio Ministério Público pediu a absolvição dos arguidos. Para além de Carlos S. de 23 anos residente em Penafiel, Joa-

quim P. de 36 anos natural de Castelo de Paiva ilibados do crime de furto qualificado dos castiçais, também o sucateiro da localidade de Zebreiros em Gondomar, José F. foi absolvido do crime de receptação. Cada um dos castiçais representava uma vítima da queda da ponte de Entre-os-Rios que matou 59 pessoas. Horácio Moreira, Presidente da Associação dos Familiares das Vítimas da Tragédia da Ponte, disse ao RM que irá examinar a sentença na eventualidade da associação recorrer da decisão: “Já na altura do julgamento das causas da queda da ponte a culpa morreu solteira. Agora, mais uma vez, a justiça não consegue encontrar os culpados. Estamos indignados”, confiou o responsável ao RM.

Ladrão de combustível perseguido por populares em Penafiel Um ladrão de gasóleo, surpreendido por vizinhos durante um furto num estaleiro em Duas Igrejas Penafiel, foi perseguido durante a madrugada do passado oito de Dezembro pelos mesmos populares, durante cerca de cinco quilómetros. A perseguição só parou na localidade de Bustelo, quando o suspeito se despistou e caiu numa berma de cerca de quatro metros de altura. Cerca das 00h30, os vizinhos de um estaleiro de construção civil aperceberam-se que um furto de gasóleo estava a decorrer. O ladrão, que reparou que os populares estavam a aproximar-se, arrancou no Golf em direcção a Lousada, o concelho de onde é natural. Depois de cinco quilómetros, numa rua com piso de paralelo, o Golf despistou-se e foi parar numa ribanceira. Entretanto, uma patrulha da GNR de Penafiel, que já tinha sido contactada pelos populares durante a perseguição, deteve o indivíduo de 38 anos.


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Amarante

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Sistema de água e saneamento em Telões e Vila Garcia vai arrancar Depois da Bacia 2, a Câmara Municipal de Amarante avança para a segunda empreitada de abastecimento de água e drenagem de águas residuais, nas freguesias de Telões e Vila Garcia. Na sequência do concurso público realizado, o Executivo vai adjudicar à empresa SOCOPUL – Sociedade de Construções e Obras, S.A, as obras referentes à Bacia 1, cuja drenagem será feita para as ribeiras de Borba e Santa Eulália. Na primeira empreitada, correspondente à Bacia 2, a rede de abastecimento de água inclui-se na área de influência dos reservatórios de Freixo de Cima, S. Brás e zona norte, sendo a drenagem feita para a ribeira de Telões. O valor da adjudicação é de 1.679.191, 63 euros, sendo o prazo de execução de 450 dias.

Adquirido terreno para Centro Escolar de Figueiró-Santiago A Câmara Municipal de Amarante vai adquirir terreno para mais um Centro Escolar, desta vez na freguesia de FigueiróSantiago. De acordo com o preconizado na Carta Educativa do Concelho, este Centro Escolar servirá os alunos do préprimário, à excepção dos que integram o Jardim-de-Infância de Cumieira, e do 1º ciclo do ensino básico, num total de cerca de 200 alunos. A escolha recaiu sobre a parcela de terreno denominada “Tapada da Bouça Negra”, com área de 18.230 metros quadrados, situada no lugar da Aguela, naquela que é a zona mais densamente povoada da freguesia. O investimento com esta aquisição ascenderá a 300.000,00 euros.

Escritor Manuel Amaral homenageado em Cepelos No último dia 18 de Dezembro foi realizada uma homenagem a “um homem da nossa terra”, Manuel Amaral, para assinalar o quinto aniversário da sua morte, na rua 31 de Janeiro. Manuel de Sequeira Amaral nasceu na Rua 31 de Janeiro, freguesia de Cepelos, a 13 de Novembro de 1921, tendo falecido a 18 de Dezembro de 2003. Figura ligada à literatura, vê publicadas várias obras, contos e poemas, tendo também elaborado manuais escolares, antologias e colectâneas. Os seus trabalhos integraram várias revistas e jornais, designadamente “Flor do Tâmega”, “Portugal Ilustrado” e “The Anglo Portuguese News”, entre outros. Além disso, publicou vários livros, de que são exemplo “Imperfeitos”, em 1942, “Os Dias caem Verdes”, em 1974 e “Gente, Terras, Dia-a-Dia”, em 2003.

Concurso para o novo hospital publicado no Diário da República Jorge Sousa O concurso para a construção do novo Hospital de Proximidade de Amarante foi publicado segunda-feira no Diário da República, como tinha sido anunciado na semana passada

Núcleo Local de Inserção promoveu encontro “Enquanto Viver… Aprender”, é a designação do Encontro promovido pelo Núcleo Local de Inserção de Amarante, em parceria com a Escola Secundária de Amarante e a Equipa de Apoio às Escolas do Sousa e Baixo Tâmega, no passado 11 de Dezembro, no auditório da Biblioteca Municipal Albano Sardoeira. Esta iniciativa baseou-se nos resultados alcançados nos Cursos de Educação e Formação de Adultos, pelo Centro de Novas Oportunidades, e Bolsas Extra-Curriculares, ministrados aos beneficiários do Programa Rendimento Social de Inserção, em áreas como Cidadania, Formação Sócio-Familiar e Técnicas de Procura de Emprego.

Crianças e jovens fazem decorações natalícias no Museu As férias de Natal estão a chegar. O Museu Muncipal Amadeo de Souza-Cardoso, como vem sendo habitual, não deixa passar em branco este período promovendo ateliers alusivos à época natalícia. Este ano não é excepção, centrando-se a temática nas decorações. Crianças e jovens, entre os 6 e os 15 anos, poderão participar nesta experiência efectuando a sua inscrição até ao dia 16 de Dezembro, através do contacto telefónico 255 420 272 ou correio electrónico mmasc@cm-amarante.pt, sendo o preço da inscrição de 5 euros. O atelier decorrerá nos dias 19, 20, 22 e 23 de Dezembro no Museu Municipal.

pela ministra da Saúde, Ana Jorge. O concurso foi lançado pelo Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), entidade que é a dona da

obra. Segundo o texto do concurso, a obra tem um prazo de execução de 600 dias e as propostas deverão ser entregues nos próximos 60 dias. A nova unidade hospitalar, com 60 camas, tem um investimento previsto de 38 milhões de euros e deverá entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2011. O hospital vai ser construído em Telões, num terreno de sete hectares, junto à Variante do Tâmega, cedido pela câmara de Amarante ao Ministério da Saúde no regime de “direito de superfície” por 90 anos, prorrogáveis por períodos de 20 anos. Na semana passada, em cerimónia presidida pela ministra da Saúde, Ana Jorge, foi contratualizado o financiamento comunitário para o

novo hospital, no montante de 18 milhões de euros, ao abrigo do programa ON.2, do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). O novo hospital de Amarante substituirá as actuais instalações do Hospital de S. Gonçalo, adaptadas há 46 anos de um antigo quartel militar de artilharia. Das 60 camas previstas, trinta serão destinadas a internamento geral, divididas por 15 enfermarias de duas camas, e as restantes 30 corresponderão a quartos individuais, com instalações sanitárias privativas e possibilidade de permanência de um familiar. Dotado de três salas para cirurgia ambulatória, o novo hospital poderá realizar cerca de 40 intervenções cirúrgicas por dia. Como refere o programa funcional da unidade, o objectivo do novo hospital “é dar um importante contributo na resolução das listas de espera em toda a região Norte”.

Proposta de local para Centro Escolar de Mancelos chumbado pela oposição Os vereadores da oposição na Câmara de Amarante chumbaram, segunda- feira, a proposta de aquisição de um imóvel e terreno anexo para instalação do Centro Escolar de Mancelos, que foi apresentada pela presidência socialista, em minoria no executivo. A proposta recebeu os votos contra dos dois vereadores do Movimento Amar Amarante (Moura e Silva e José Clemente), do vereador do PSD, João Sardoeira, e do independente Carlos Silva (ex-PS). Os dois elementos do PS votaram favoravelmente. O presidente da câmara, Armindo Abreu, propôs ao executivo adquirir os dois artigos, rústico e urbano, com

1.666,5 m2 e 960 m2 respectivamente, pela importância de 385.000 euros, montante que alguns elementos da oposição consideraram “exagerado”. Os dois imóveis, onde antigamente funcionou uma unidade industrial, entretanto desactivada, pertencem a uma sociedade detida pelo pai do exvereador do PSD, Amadeu Magalhães, razão por que o agora vereador independente não participou na discussão nem na votação da proposta. O autarca socialista considera que a construção do centro escolar naquele local o colocaria no centro da freguesia e eliminava os impactes negativos provocados “por um edifício industrial em completa dissonância

com a envolvente e que criou um impacte muito negativo na paisagem natural e construída da zona”. Armindo Abreu acrescenta que os pareceres dos serviços municipais consideram que “esse mesmo edifício pode ser reconvertido para o Centro Escolar de Mancelos”. Para a oposição, que defende “uma solução de raiz”, trata-se de um local “sem dimensões adequadas”. “Não se apresenta como uma boa solução global”, diz o Movimento Amar Amarante, ao passo que o vereador Carlos Silva sustenta que “Mancelos tem necessidade de um centro escolar com a garantia de qualidade funcional, arquitectónica e ambiental”. JS


Repórter do Marão 18 Dezembro 2008

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Amarante

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Prémio “Teixeira de Pascoaes” entregue à João Rui de Sousa “Maria José do Lago Cerqueira foi uma das grandes senhoras de Amarante”. A afirmação é de Armindo Abreu e foi proferida durante a sua intervenção, a 13 de Dezembro, no auditório da Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, na cerimónia evocativa da memória de Maria José do Lago Cerqueira, que antecedeu a entrega do Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes. O Presidente da Câmara referiu, também, que a evocação feita no âmbito da sexta edição do Prémio Pascoaes não era, ainda, a homenagem que a sobrinha do Poeta merecia, dizendo que essa só seria consumada com a constituição da Fundação Teixeira de Pascoaes, que era o seu grande objectivo. A homenageada, recorde-se, esteve na origem da criação da Associação Marânus, destinada a divulgar a vida e obra do Poeta da Saudade. À evocação de Maria José do Lago Cerqueira seguiu-se a entrega do Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes a João Rui de Sousa, pelo seu livro “Quarteto para as próximas chuvas”, tendo Armindo Abreu recordado a decisão da sua instituição, pelo Município, em 1997, juntamente com o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, destinados a homenagear duas das mais ilustres figuras amarantinas. António Cândido Franco, em representação do Júri, fez a apologia da obra de

João Rui de Sousa, dizendo tratar-se, aos 80 anos, de um dos três mais importantes poetas portugueses da actualidade. De periodicidade bi-anual, o Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes tem um valor pecuniário de 5 000 euros e foi instituído em 1997, aquando do 120º aniversário do nascimento do poeta. Na sua primeira

edição, o premiado foi Paulo José Miranda pelo livro “A Voz que nos Trai”. A segunda foi ganha por Fernando Guimarães, com a obra “Limites para uma Árvore” e a terceira por Fernando Echevarría, pelo seu livro “Introdução à Poesia”. Na edição 2004, o Prémio foi atribuído a Daniel Faria e Amadeu Baptista por, respectivamente,

Criação da mascote do Serviço Municipal de Protecção Civil a concurso Com a preocupação de envolver os mais novos na temática da segurança e, ao mesmo tempo, sensibilizálos, a Câmara Municipal de Amarante lança o desafio às crianças e jovens do concelho, entre os 10 e os 16 anos, a participar no concurso “Mascote – Protecção Civil”. Individualmente ou em grupo (no máximo três pessoas), os concorrentes poderão apresentar um trabalho que constará na proposta de uma mascote e respectivo nome, com o objectivo de vir a ser utilizada como imagem identificativa do Serviço Municipal de Protecção Civil, aquando à

realização de iniciativas de carácter lúdico e pedagógico junto das camadas mais jovens. O júri será composto por oito elementos, em representação da Câmara Municipal de Amarante, GNR de Amarante, GNR de Vila Meã, Bombeiros Voluntários de Amarante, Bombeiros Voluntários de Vila Meã, Cruz Vermelha Portuguesa, INEM e Autoridade Florestal Nacional, que farão a avaliação e selecção dos trabalhos tendo em conta a originalidade, a estética, a articulação dos conceitos, dos objectivos e da imagem institucional da Protecção Civil.

Os participantes receberão um certificado de participação e ao vencedor ser-lhe-á oferecido - além do certificado de participante vencedor um kit de primeiros socorros, uma visita às instalações do Comando Distrital de Operações de Socorro do Porto, uma visita ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes e uma visita à Unidade Militar do Exército Regimento nº 13 - Vila Real. Os trabalhos, juntamente com a ficha de inscrição, deverão ser enviados para a Câmara Municipal de Amarante, Serviço da Protecção Civil, até ao dia 20 de Fevereiro de 2009.

Orçamento do Município de Amarante para 2009 ascende a mais de 45 milhões de euros A Assembleia Municipal de Amarante vai apreciar, no próximo dia 27 de Dezembro, os Documentos Previsionais para o ano financeiro de 2009, já aprovados no executivo amarantino, e que compreendem as Grandes Opções do Plano (GOP’S); o Plano Plurianual de Investimentos (PPI) e o Orçamento. O valor do Orçamento para 2009 é de 45.899.881,00 euros, incidindo maioritariamente nas áreas da Educação; Cultura; Acção Social; Saúde; Ambiente; Urbanismo e Ordenamen-

to do Território. Como acções prioritárias, destacam-se a requalificação do parque escolar e incremento de políticas de acção social, bem como a implementação da Carta Educativa; apoio aos mais desfavorecidos, jovens e pessoas idosas, através de instrumentos e programas definidos pelo Município (“Programa Amarante Vida Longa” e “Universidade Sénior”…); a qualificação do território, com políticas de ordenamento e preservação ambiental; a recuperação do sistema viário muni-

cipal; conclusão e qualificação dos sistemas de redes de abastecimento de água e saneamento; qualificação dos espaços públicos e conclusão de uma rede de espaços desportivos e de outros equipamentos.Na área da Saúde, destaca-se a construção do novo hospital de Amarante, que substituirá o Hospital de S. Gonçalo, com o Município a assumir as despesas com a empreitada de abertura e pavimentação do arruamento de acesso àquele equipamento.

“Poesia Reunida” e “Paixão”. A quinta edição foi ganha por Eduarda Chiote, pelo livro “o Meu Lugar à Mesa” Nascido em Lisboa em 1928, João Rui de Sousa estreou-se nas Letras na revista Cassiopeia, de cujo núcleo directivo fez parte. O seu primeiro livro de poemas, “Circulação”, data de 1960, seguindo-se “A Hipérbole na Cidade”, “A Habitação dos Dias”, “Meditação em Samos”, “Corpo Terrestre” e “Enquanto a Noite, a Folhagem” e, mais recentemente, “Lavra e Pousio”. Com colaboração dispersa por jornais e revistas, assinou textos ensaísticos em obras como “21 Ensaios sobre Eugénio de Andrade” e “Estudos sobre Jorge de Sena (1984)” e foi o responsável pela organização, introdução, notas e apêndice do volume “Fotobiografia de Fernando Pessoa”, com prefácio de Eduardo Lourenço e coordenação de António Braz de Oliveira, e das “Poesias Completas de Adolfo Casais Monteiro”. À edição 2008 do Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes concorreram 99 autores, com 114 obras, tendo o Júri sido constituído por António Cândido Franco, em representação da Associação Marânus, António José Queirós, Fernando Amaral, Isabel Ventura e Luís Fernando Carlos.

Serviços da DSU recebem certificação de qualidade O Presidente da Câmara Municipal de Amarante, Armindo Abreu, recebeu, a 12 de Dezembro, das mãos de José Leitão, da APCER (Associação Portuguesa para a Certificação), o Diploma de Certificação dos serviços da Divisão de Serviços Urbanos (DSU) da autarquia, que engloba, designadamente, atendimento, recolha de resíduos sólidos urbanos indiferenciados; limpeza e manutenção de espaços verdes, bem como serviços inerentes a cemitérios, segundo a norma ISO 9001. Com o auditório da Casa da Portela completamente cheio de colaboradores da autarquia, Armindo Abreu manifestou a sua satisfação pelo objectivo atingido, dizendo que “se o mesmo nos enche de contentamento, também aumenta a nossa responsabilidade perante os destinatários da nossa acção, os munícipes, competindo-nos desenvolver mecanismos eficientes que vão de encontro à satisfação das suas necessidades. E, disse, não podemos esquecer a natureza pública dos serviços que prestamos, o que nos obriga ao rigor e à qualidade”. Armindo Abreu salientou, ainda, que o objectivo é ter certificados todos os serviços prestados pela autarquia. O diploma entregue ao Presidente da Câmara atesta a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos e empresas pela DSU e são os primeiros do Município a obter certificação.

Mão à palmatória Ao contrário da informação veiculada na notícia da secção de Amarante “Tractorista morreu num despiste em Gondar”, a vítima de 70 anos não faleceu no sábado mas sim no Domingo. À família da vítima e aos leitores as nossas sinceras desculpas.


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Baião

Repórter do Marão 18 Dezembro 2008

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Produtos locais querem mostrar o concelho “pela positiva” Jorge Sousa A Câmara de Baião lançou esta semana no mercado uma gama de produtos de porcelana e de estanho com a marca “Baião, vida natural”, para ajudar a promover o concelho e possibilitar aos 70 mil turistas anuais levar recordações da visita. “O objectivo é procurarmos mostrar a imagem de Baião naquilo que tem de melhor, ao nível da qualidade de vida – património ambiental e paisagístico, património histórico e cultural e produtos locais”, disse ao Repórter do Marão o presidente da Câmara de Baião, José Luís Carneiro. Numa sessão pública recente, que decorreu no Douro Palace Hotel, em Santa Cruz do Douro e para a qual convidou empresários locais ligados ao turismo, a Câmara de Baião apresentou quatro linhas de produtos “merchandising”, nomeadamente porta-lápis, cinzeiros, chávenas de café e outras peças em porcelana da marca Vista Alegre, caixas e pratos em estanho com o logótipo do município, um pisapapéis da marca Atlantis e ainda uma linha artesanal constituída por canecas e bengalas de Gestaçô. Foi ainda apresentado um filme promocional, em formato DVD, sonorizado em português e legendado em inglês e espanhol. “Temos produtos locais de elevada qualidade, nomeadamente no sector dos vinhos, nas carnes e nos citrinos, a par de outros da nossa economia tradicional, onde estão naturalmente as bengalas de Gestaçô, o biscoito da Teixeira, a cestaria de Frende e também os produtos da cooperativa Fonte do Mel, que são únicos em todo

o país”, sustentou o autarca. José Luís Carneiro acrescentou que os produtos vão estar à venda no posto de turismo do município, nos postos de atendimento ao munícipe e nas casas de turismo rural e turismo de habitação, bem como

nos diversos operadores da restauração e dos vinhos. Segundo o autarca, o objectivo é que estes produtos locais façam parte “de uma estratégia integrada do concelho de Baião, de afirmar-se pela positiva”, destacando

“aquilo que ele tem de melhor”. “São estes os sectores que nós queremos integrar nesta rede, por um lado de valorização e simultaneamente de divulgação dos nossos produtos locais”, concluiu o autarca de Baião.

Idosos de 10 freguesias já viveram um natal antecipado O Natal chegou mais cedo para 600 cidadãos idosos de Baião, que no domingo, dia 14, desfrutaram de uma festa natalícia preparada pelo Pelouro dos Assuntos Sociais da Câmara Municipal de Baião. O evento, que se realizou no Pavilhão Multiusos, durou desde a manhã até ao cair da noite. “Adoro dançar mas agora que já estou entradota só danço uma vez por ano, aqui na Festa de Natal que câmara nos prepara”, diz Arminda Borges, da freguesia de Valadares. Acabada de dar voltas e passos de dança ágeis na companhia de uma vizinha, Arminda traz na face um sorriso de satisfação e prepara-se para voltar ao baile ao som do grupo do Estaleiro. Antes, haviam actuado dois ranchos folclóricos (Ceifeiras de Valadares e o Rancho de Santa Cruz do Douro) para uma plateia deliciada e cheia de forças depois de “um almoço em que não faltou nada”, segundo Fortunato Osório. Este morador da freguesia de São Tomé de Covelas está na Festa de Natal Senior de Baião pela primeira vez - antes vivia na Régua -, mas gosta do que vê: “Estamos todos a divertir-nos e a conviver. Encontrei aqui um cunhado que já não via há muito tempo”. Para além de Valadares e São Tomé de

Covelas estiveram também presentes as freguesias de Ancede, Santa Cruz do Douro, Mesquinhata, Loivos do Monte, Grilo, Gôve, Ribadouro e Ovil. As restantes dez freguesias, Campelo, Santa Marinha do Zêzere, Gestaçô, Teixeira, Teixeiró, Loivos da Ribeira, Frende, Tresouras, Viariz e Santa Leocádia, vão ter a sua vez no dia 21 de Dezembro. Tal como no passado domingo, o programa de dia 21 inicia com uma Missa, pelas 11 horas, seguindo-se o almoço e ani-

mação musical, com o Rancho Folclórico de Baião, Grupo Etnográfico As Cesteiras de Frende e Grupo do Estaleiro da Câmara Municipal de Baião. A festa culmina pelas 17h30, com um lanche convívio.

Uma família chamada Baião A festa natalícia iniciou-se, ao fim da manhã, com uma Eucaristia celebrada pelo pároco de Loivos do Monte João Ri-

beiro. Seguiu-se o almoço, momento de confraternização encerrado com rabanadas e aletria. Dirigindo-se aos participantes na festa de Natal, o vereador dos Assuntos Sociais da Câmara Municipal de Baião, Manuel Durão, falou sobre três valores absolutos. “O Amor, a Paz e a Família são três valores absolutos e fundamentais. Não podem desaparecer e temos que os preservar, assim como à família baionense que hoje aqui está reunida”, disse, desejando boas festas e bom 2009 para os presentes. Já o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, nomeou medidas como a criação da Linha Amiga, do Fundo de Solidariedade Social, e da Unidade Móvel de Saúde como importantes para a melhoria da qualidade de vida da população baionense. O autarca anunciou também a vinda de um novo médico para Baião no princípio de 2009, clinico que permanecerá no concelho durante três anos. “Todas estas promessas foram cumpridas e por isso já provamos que somos homens de palavra. Prometemos também unir os baionenses e é isso que pretendemos continuar a fazer durante o tempo que a população desejar”.


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Baião

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JOSÉ LUÍS CARNEIRO LANÇOU OBRAS NO VALOR DE 248 MIL EUROS

Centro Cívico de Santa Cruz do Douro, Loivos do Monte e Ancede vão ser realidade Não foi fácil definir o local para o Centro Cívico de Santa Cruz do Douro, visto que aquela freguesia ribeirinha possui várias zonas dinâmicas, explicou o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, na tarde de 6 de Dezembro, durante o lançamento da obra que vai nascer entre o cemitério e a igreja de Santa Cruz. “Esta obra vai dignificar esta freguesia e o importante património que são a igreja e o cemitério, onde está sepultado um dos maiores vultos da literatura portuguesa: Eça de Queirós”, notou José Luís Carneiro, já ao cair da noite, perante várias dezenas de pessoas. A obra vai custar 156 mil Euros e contemplar a criação de um espaço verde com passeio pedonal, onze lugares de estacionamento e o alargamento da via já existente, que passará a dispor de passeios para cidadãos com mobilidade qualificada. “Queremos que este espaço cumpra a função que antigamente tinham os lugares, que era permitir o encontro e o convívio de novos e velhos. Queremos um melhor espaço público”, disse o autarca. Acorrendo a uma pretensão da autarca de freguesia, Clara Borges, serão ainda construídos sanitários públicos de apoio ao cemitério e à Casa Mortuária que vai também ser construída no local. Do Gôve à “sala de visitas” de Eiras Antes, o autarca baionense e uma co-

mitiva composta, entre outras, pelo presidente da Assembleia Municipal, Pinho Silva, pelos vereadores do executivo e pela vereadora independente Paula Freitas, tinham estado no lugar de Casa Nova, na freguesia do Gôve. Neste pequeno lugar juntaram-se cerca de trinta pessoas para assistir ao lançamento da primeira fase da ligação de Casa Nova ao lugar de Santo Tirso. “Esta obra vai desencravar o lugar, era uma obra necessária”, referiu José Magalhães, presidente da junta do Gôve. José Luís Carneiro, por sua vez, classificou a obra de “tão importante como anti-

ga. Já vários presidentes tinham dito que a iam fazer, mas só agora é que ela vai arrancar”. Esta empreitada significa um investimento de 58 mil Euros vai consistir na pavimentação de 170 metros lineares de via pública. Também o lugar de Eiras, em Santa Cruz do Douro, foi visitado. Ali foi percorrido o caminho do Serradouro, uma obra que parecia nunca se tornar uma realidade. É que esta foi a primeira obra pedida pela junta à câmara municipal durante este executivo, mas devido a problemas técnicos só agora foi executada, depois de se ter feito um protocolo entre as duas en-

Município reconheceu melhores alunos do concelho

Fernando Tordo feliz por estar em Baião

O presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, disse no passado dia 5 de Dezembro, que a entrega de Prémios de Mérito Escolar aos melhores alunos de Baião serve para “reconhecer o seu mérito mas para os responsabilizar a serem ainda melhores no futuro”. “Espero que quando forem adultos possam ser profissionais de valia, seja em que sector de actividade for, e que possam ajudar a nossa terra, a nossa região e o nosso país a desenvolverem-se”, notou. A cerimónia de entrega dos prémios pecuniários aos alunos distinguidos pelo seu mérito escolar teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Baião. Foram distinguidos os melhores alunos dos Agrupamentos de Escolar de Vale D`Ovil, Sudeste e Eiriz. Ao todo foram distribuídos 2000 Euros por nove alunos, entre o primeiro ciclo e o secundário (no caso de Vale D`Ovil). Estiveram presentes os vereadores da Câmara Municipal Paulo Pereira (Educação) e Manuel Durão (Assuntos Sociais), o Director Adjunto da Direcção Regional de Educação do Norte, António Leite, e os presidentes dos três agrupamentos de escolas: Carlos Alberto (Vale D`Ovil), José Matos (Eiriz) e António Manuel Loureiro (Sudeste).

A noite de 7 de Dezembro vai demorar algum tempo a sair da cabeça das centenas de espectadores que se deslocaram ao Multiusos de Baião, vindas de todo o concelho mas também de vários municípios da região. É que apesar de já não ter a visibilidade mediática de outros tempos, o cantautor Fernando Tordo interpretou vários dos temas que o fizeram estar na ribalta durante décadas e conquistou os espectadores. Mas engane-se quem pense que foi apenas a nostalgia que contribuiu para o sucesso do espectáculo. A um ano de completar 45 primaveras de carreira, Tordo apresentou-se em grande forma, com boa disposição, muita energia e a voz segura e melodiosa de sempre. Como se não bastasse, o artista esteve secundado por uma poderosa orquestra, com mais de 20 elementos e magistralmente dirigida pelo Maestro Pedro Duarte. O artista mostrou-se ainda “orgulhoso” por inaugurar o Pavilhão Multiusos em concertos a pagar e encantado com a beleza do concelho de Baião, especialmente com o lugar de Tormes, onde se situa a Fundação Eça de Queiroz. “Vocês aqui têm paisagens lindissimas e um ambiente fantástico. Esta é, certamente, uma das regiões mais belas de Portugal”, disse.

tidades. Também foi dado a conhecer o projecto do Arranjo Urbanístico de Eiras. “Durante uma presidência aberta na freguesia viemos aqui e demo-nos conta que não sabíamos o que fazer com este espaço central no lugar e decidimos qualificá-lo para melhorar a qualidade de vida das pessoas”. A obra vai transformar o lugar numa área preferencialmente pedonal. “Queremos que as pessoas andem a pé, se encontrem, convivam e desfrutem deste local”, disse o autarca. O arranjo urbanístico vai contemplar uma zona de estar com espaços verdes, oito lugares de estacionamento. Merece destaque a original zona infantil, que não tendo baloiços nem escorregas, vai incluir um pequeno circuito onde as crianças vão poder andar de bicicleta e brincar com carrinhos, aprendendo desde pequenos as regras da circulação viária. Ao todo serão aplicados ali 156 mil Euros, para a pavimentação de 90 metros lineares (844 metros quadrados) e a criação de uma rede de drenagem de águas residuais com extensão de 70 metros.

Centro cívicos de Loivos do Monte e Ancede prestes a arrancar Já foram lançados mais dois dos 15 Centros Cívicos que a Câmara Municipal de Baião pretende construir nas freguesias de Baião. Loivos do Monte e Ancede foram as freguesias contempladas no dia 7 de Dezembro. O Centro Cívico de Loivos do Monte foi lançado pelo presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro e da Junta de Loivos do Monte, Manuel Gomes Ferreira. A obra, que totaliza um investimento superior a 77 mil Euros, vai criar um espaço de convívio e lazer num terreno – adquirido pelo anterior executivo da Câmara Municipal – junto à igreja. Para além de servir de zona de convívio e espaço público, o terreno arborizado e dotado de lugares de estacionamento vai proporcionar a realização de feiras, festividades e outros eventos.

Cemitério e Casa Mortuária de Ancede Foi do alto do coreto D. Miguel Sottomayor (fundador da Banda Marcial de Ancede, no ano de 1845), que José Luís Carneiro, rodeado do presidente da Junta de Ancede, José Lima, e dos executivos da câmara e da junta, anunciou o maior investimento de sempre em Ancede. Ao todo vão ser aplicados 463 mil Euros na qualificação da praça adjacente ao Cemitério e Casa Mortuária, localizada na zona central da freguesia (lugar de Valbom). “Temos que dotar as nossas freguesias de uma espécie de “salas de visita”, lugares de encontro e convívio para as populações e que tornem causem boa impressão nos nossos visitantes”, referiu José Luís Carneiro. Ao todo, na obra, vão ser pavimentados 11 mil metros quadrados e será criada uma rede de águas residuais com 910 metros de extensão.


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Região

Repórter do Marão 18 Dezembro 2008

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DÓLMEN ASSINOU PROTOCOLO COM ENTIDADE GESTORA DE FUNDOS COMUNITÁRIOS

18 MILHÕES DE EUROS PARA O DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO tável da região, mas concretamente existem duas grandes medidas: a diversificação da economia e criação de emprego e a melhoria da qualidade de vida. “Em relação ao programa anterior, este sub programa III é mais abrangente e transversal. Toca praticamente todos os sectores de actividade. A criação e desenvolvimento de micro empresas, por exemplo o que abre muito o leque de potenciais contemplados. Qualquer iniciativa de criação de empresas pode enquadrar-se, desde o momento que o projecto se enquadra na filosofia do desenvolvimento sustentável de território”, explicou Rolando Pimenta. Dentro da primeira medida que tem um montante máximo de despesas elegíveis, enquadra-se a diversificação de actividades na exploração agrícola, também a criação e desenvolvimento de micro empresas e desenvolvimento de actividade de turismo e de lazer. Os públicos são respectivamente os agricultores ou membros da sua família, micro empresas e ainda qualquer pessoa singular ou colectiva. Dentro da outra grande medida do PRODER, a melhoria da qualidade de vida, poderão vir a ser apoiados projectos destinados à conservação e valorização da natureza, aos serviços básicos para a população rural. “A primeira é mais destinada as autarquias, uma vez que trata da preservação do património, da refuncionalização de edifícios de traça tradicional e muito mais. Na segunda prevemos mais procura de Instituições de Solidariedade Social, já que os objectivos são virados para a criação de empresas qualificadas ou a contribuição para a coesão social, através de serviços para as populações”, esclareceu o executivo da Dólmen. Para os interessados, a Dólmen aconselha a uma

Alexandre Panda São 18 milhões e meio de euros que vêm aí, para promover o desenvolvimento sustentável da zona geográfica de intervenção da Dólmen. A totalidade das freguesias dos concelhos de Amarante, Baião e Marco de Canaveses estão contempladas, enquanto que Cinfães, Resende e Penafiel têm parte da sua cobertura geográfica abrangida. Na semana passada, os representantes da Dólmen, Cooperativa de Formação, Educação e Desenvolvimento do Baixo Tâmega, que faz a gestão dos fundos destinados a este território, deslocaram-se a Castelo Branco, para assinar com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, um protocolo de apoio financeiro mínimo de 18 milhões e meio de euros que visam o PRODER, o Programa de Desenvolvimento Rural. Este programa é destinado à dinamização económica das zonas rurais do Douro Verde, um território que se estende entre o Marão e o Douro. “A nossa estratégia local de desenvolvimento prevê um investimento total mínimo de 18 milhões e meio de euros, mas considerando as intenções de candidaturas já existentes, temos grandes expectativas de atingir um investimento total de 25 milhões de euros, através da atribuição da reserva de eficiência”, explicou numa entrevista ao RM, Rolando Pimenta, coordenador executivo da Dólmen. O montante da verba disponível actualmente, de 18 milhões e meio de euros, poderá vir a pas-

Quais as freguesias abrangidas pelo PRODER? • Amarante: todas as freguesias • Baião: todas as freguesias • Cinfães: Cinfães, Espadanedo, Moimenta, Oliveira do Douro, São Tiago de Piães, São Cristóvão, da Nogueira, Souselo e Tarouquela. • Marco de Canaveses: todas as freguesias • Penafiel: Abragão, Castelões, Luzim, S. Mamede e S. Martinho de Recezinhos e Vila Cova. • Resende: Andreade, Freigil e Miomães.

Objectivos estratégicos do Programa e Estratégia de intervenção: • Valorizar os recursos endógenos • Reforçar a identidade do território • Dinamizar a economia e o emprego • Melhorar a qualidade de vida das populações rurais • Participação e cooperação activa dos agentes locais • Aproveitamento das dinâmicas existentes • Diversificação e articulação das ILE’s e das actividades económicas complementares • Valorização do potencial do mercado interno • Concentração e diversificação da oferta • Dinamização do funcionamento em rede dos actores locais

sar para 25 milhões dependendo da avaliação intermédia: “as entidades que optimizam os recursos, antes da avaliação intercalar poderão receber para além das verbas iniciais mais um terço do total”, adiantou ainda o responsável executivo da entidade. As candidaturas poderão começar a ser apresentadas em Janeiro de 2009 e o prazo limite será 2013. “Até 2013, as candidaturas terão de ser aprovadas, mas a execução física e financeira irá até meados de 2015. Mas agora há períodos de candidaturas. Anteriormente as candidaturas eram feitas em contínuo, agor a há períodos de candidaturas que são elaboradas por via electrónica. Isso é a novidade”, afirmou Rolando Pimenta em entrevista ao RM.

Em linhas gerais, estes 18.5 milhões serão destinados para promover o desenvolvimento susten-

desl o c a ção às instalações daquela entidade para que se possam inteirar dos procedimentos. “Este programa de apoio é o último com esta dimensão e envergadura. Temos de ser ambiciosos porque o orçamento foi multiplicado por quatro e esta é a última oportunidade com esta dimensão”, rematou Rolando Pimenta.



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Rep贸rter do Mar茫o 18 Dezembro 2008




Repórter do Marão 18 Dezembro 2008

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FC Penafiel soma seis jogos sem perder

nador. O Penafiel está com 30 pontos. Tem praticamente garantido a permanência nos seis primeiros clubes que irão, numa segunda fase do campeonato, disputar o lugar de acesso a uma finalíssima, com o clube vencedor da serie A. “Abordamos um jogo de cada vez. Temos de viver das realidades e não estar a desfrutar ou sofrer por antecipação. Temos a noção que não é debaixo de um clima de bons resultados que temos de prever o futuro. O futuro prepara-se e temos jogadores que sabem enfrentar as eventuais adversidades que nos esperam”, explicou Rui Quinta. Michel tem uma cláusula de rescisão de cinco milhões Com o mercado de inverno à porta e os bons resultados da equipa, feita de jogadores que deram nas vistas no jogo frente ao Benfica, em que o Penafiel cedeu apenas na marcação de grandes penalidades, alguns jogadores terão sido cobiçados por outros

Rui Quinta, Treinador 48 anos • Professor de educação física na EB 2/3 de Caíde de Rei Lousada • Treinador de futebol há 18 anos • Início de carreira no departamento juvenil do Penafiel Melhor jogo: encontro na Madeira frente ao União Maior desejo: continuar a chegar ao estádio com saúde, entusiasmo e ambição Maior felicidade: continuar a minha paixão de treinador, fazer o que gosto, promover aliciantes. Desportos favoritos: futebol, futsal, golfe, todas as actividades competitivas

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EQUIPA ASSUSTOU O DRAGÃO NA TAÇA DE PORTUGAL

AVANÇADO MICHEL COM CLÁUSULA DE RESCISÃO DE CINCO MILHÕES

O FC de Penafiel está a atravessar um grande momento de forma. Isolado, vai em primeiro lugar com três pontos de vantagem sobre o União da Madeira e seis pontos em relação ao terceiro, o SP Espinho. No último domingo 14 de Dezembro, venceu em casa o Lusitânia por 1-0 e, uma semana antes, tinha levado a melhor sobre o concorrente directo, que na altura estava em igualdade pontual com Penafiel, o União da Madeira. No Municipal 25 de Abril, o ambiente é um misto de satisfação e de concentração para o próximo desafio, um derby regional com o Lousada. Em entrevista ao RM, Rui Quinta, técnico do Penafiel, explicou que a equipa rubro-negra está bem, mas não assume a subida divisão como o principal objectivo do grupo de trabalho. “Vamos em primeiro lugar, mas conduzimo-nos pelos objectivos que nos trouxeram até aqui, que são poder estabilizar o clube e ir de encontro à história desta instituição em termos desportivos”, adiantou o trei-

Desporto

clubes. Mas sobre o tema das transferências, Rui Quinta diz que ainda é cedo para falar, porém tem uma certeza: “o número de jogadores do grupo de trabalho não vai nem diminuir nem aumentar”, explicou o Mister do Penafiel ao RM deixando no ar a ideia que até poderão sair alguns. Saídas que a concretizarem-se, serão compensadas com novas entrada. “A minha vontade é que não saía ninguém, mas o mercado existe, e não é só o treinador que dá a sua opinião”, afirmou Rui Quinta que não se quis estender muito sobre as transferências explicando apenas que “há sempre prospecção. É um mercado aberto com possíveis saídas e possíveis entradas. Um dos atletas que estará na mira de clubes das ligas profissionais é Michel, um jovem brasileiro de 21 anos que chegou este ano ao 25 de Abril. No entanto, o RM sabe que o clube não está disposto a vender o jogador ao desbarato, uma vez que é actualmente uma peça fundamental do ataque rubro-negro e também porque o jovem tem uma cláusula de rescisão de cinco milhões de euros. Adeptos do Penafiel têm acompanhado a equipa Para Rui Quinta é importante que a massa associativa acompanhe e apoie a equipa: “esta formação merece um voto de confiança, pelos resultados que tem alcançado e pela atitude que tem tido ao enfrentar as adversidades. Temos tido a sorte de ser acompanhados para todos os campos por um número significativo de adeptos. Criou-se uma cumplicidade”. Para além dos jogos fora de portas, o número de adeptos que apoiam os jogadores dentro do campo do 25 de Abril, também tem subido.

Cinfães não aguentou pressão do Dragão O jogo vai ficar na memória de todos aqueles que viram a partida. O Dragão lançou a sua chama sobre os jogadores da formação cinfanense e derrotou a equipa da casa por 4-1. Mas na primeira parte do jogo e também nos primeiros minutos do segundo tempo, nem parecia que entre Porto e Cinfães havia uma diferença de dimensão, tal era o empenho da turma de Vítor Moreira. O momento que marcou o jogo não foi o primeiro golo do Porto nem o apito final da partida mas sim o golo do Cinfães que levantou uma onda de entusiasmo nas bancadas, onde a população via que o seus rapazes podiam fazer frente a um

dragão que durante largos minutos teve de fazer o jogo do Cinfães. O argentino Ernesto Farias, aos 52 minutos, o colombiano Guarin, aos 78 e 86, e Candeias, aos 82, apontaram os tentos portistas, que sofreram muito na primeira parte e apanharam um grande susto aos 75, quando Sérgio Silva empatou. Na parte final, o maior poderio do “onze” comandado por Jesualdo Ferreira, que só repetiu um jogador (o central Rolando) da equipa inicial que bateu quarta-feira o Arsenal (2-0), para a Liga dos Campeões, acabou, no entanto, por se impor. Nos jogos anteriores, o Clube Desportivo de Cinfães eliminou o Clube Desportivo Ribeira Brava (série A da II Divisão B), na Madeira, em jogo da II eliminatória, a 14 de Setembro (empate a 1 golo durante 120 minutos de jogo e vitória por 3-5 em grandes penalidades); na III eliminatória, derrotou a equipa do União Sport Clube Paredes (III divisão, série B), também como visitante, a 19 de Outubro (vitória por 1-2); e venceu o jogo contra a equipa do Centro Desportivo de Fátima (II Divisão, Série C), por 1-0, na IV eliminatória, a 9 de Novembro, em Cinfães. O clube cinfanense ficou isento na I eliminatória.

Paços de Ferreira continua na Taça de Portugal A equipa da Capital do Móvel segue em frente na Taça de Portugal depois de ter vencido o Vizela por 4-1, num jogo em que a arbitragem foi contestada pelo técnico derrotado.O treinador do Vizela contestou fortemente a arbitragem de Lucílio Baptista. Paulo Alves afirmou que o jogo foi “claramente influenciado” pela arbitragem, salientando a “dualidade” de critérios do setubalense. Já o treinador do Paços de Ferreira disse não ter dúvidas sobre a justeza da primeira expulsão, tendo em conta que “o Hélder já tinha amarelo e jogou a bola com o braço”, mas já não comentou o lance da grande penalidade, por estar “tapado”. Paulo Sérgio afirmou ainda ser “um erro” as pessoas julgarem que os jogos são mais fáceis por os adversários serem de campeonatos inferiores, lembrando as dificuldades já sentidas nos jogos com Rebordosa e em Arouca. Sobre o adversário nos quartos-de-final, Paulo Sérgio disse não ter “preferência”, lembrando apenas que “muitas boas equipas já se despediram da competição, enquanto o Paços de Ferreira contínua em prova”.


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Celorico/Cinfães

Repórter do Marão 18 Dezembro 2008

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NOVA INFRA-ESTRUTURA TEM 30 MIL METROS QUADRADOS DE ÁREA

Suspeitos de furto foram detidos Dois indivíduos de Celorico de Basto que fizeram compras de 5000 mil euros com um cartão de crédito furtado na loja da Staples da Lixa foram detidos na última segunda-feira, pelo Núcleo de Investigação Criminalidade da GNR de Felgueiras. Nas buscas domiciliárias os militares recuperaram todo o material comprado em várias lojas de Amarante, Fafe Guimarães e Porto. Os dois indivíduos de 30 e 40 anos estariam na posse do código do cartão, o que lhes permitiu efectuar as compras sem levantar suspeitas.

Obras em bom ritmo no Centro Social de Mota Está a ser construído, em Celorico de Basto o Centro Social da Mota, uma obra orçada em cerca de 1 milhão e 700 mil euros que vem completar a rede de equipamentos sociais no concelho. A infra-estrutura visitada recentemente pelo vereador de Acção Social da Câmara Municipal, Joaquim Mota e Silva, está a ser implementada no lugar de Mondrões, junto ao Núcleo Urbano da Mota e destina-se à prestação de vários serviços, entre eles, lar de idosos para 36 utentes, creche para 33 crianças e serviço de apoio domiciliário com capacidade para 30 utentes. Durante a visita do vereador, acompanhado por alguns membros da direcção da Casa do Povo de Fervença, entre eles, o presidente da Direcção Domingos Teixeira, o Vice-presidente, Gervásio Magalhães, o tesoureiro, Avelino Campos e o vogal Gonçalo Martins, pôde constatar-se que as obras estão a decorrer a bom ritmo e apontou-se a inauguração do novo espaço para 2009. Joaquim Mota e Silva realçou as mais valias da construção deste equipamento. “Para além de estarmos a criar um equipamento com todas as condições para responder às necessidades de quem precisa esta obra irá garantir cerca de 40 postos de trabalho”. Criar mais emprego e ajudar as pessoas através da economia social que, neste caso, se complementa”, afirmou.

Secretário de Estado do Turismo inaugurou o Parque de Campismo O secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, presidiu no dia 15 de Dezembro, à inauguração do Parque de Campismo de Celorico de Basto, mais um investimento de cerca de 2 milhões de euros, que visa a captação de turistas e a dinamização económica do concelho. Na cerimónia o secretário de Estado,

Bernardo Trindade, sublinhou o empenho da autarquia para a realização desta obra. “Estamos na presença de uma infra-estrutura que contou com o empenho da autarquia e o Estado solidarizou-se comparticipando com uma percentagem”.

“Este equipamento beneficiará o conjunto económico que está ligado ao turismo directa ou indirectamente”, realçou. O presidente da câmara, Albertino Mota e Silva frisou que a inauguração da nova infra-estrutura é um momento alto da vida do Concelho na medida em que é o culminar de muitas negociações. “ Trabalhamos para a implementação desta obra que está para se concretizar há alguns anos. As dificuldades de negociações de terrenos e o apoio financeiro, nem sempre correm como desejaríamos, mas valeu a pena. Estamos perante uma obra com condições para facilitar o desenvolvimento do nosso concelho”. O autarca apelou ao representante do governo para que permita uma maior celeridade dos processos e exemplificou com a necessidade de desbloquear a construção de dois hotéis previstos para Celorico de Basto. “Compete-me alertar o governo para que através das comissões de coordenação nos permitam solucionar os problemas e desenvolver os nossos projectos. Temos, por

exemplo, dois hotéis para construir em Celorico de Basto e as obras ainda não começaram porque os processos burocráticos não permitem que isso aconteça”. Albertino Mota e Silva concluiu a sua intervenção incitando à visita de turistas e expôs alguns motivos para o fazerem. “Quero convidar as pessoas para nos visitarem e desfrutarem deste espaço magnífico que oferece grande qualidade. O parque situa-se num espaço fantástico, estando interligado com o parque lúdico do Freixieiro, perto do centro de Celorico de Basto, da biblioteca Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa e do Centro Documental. A nossa gente é hospitaleira e dispomos de lindíssimas paisagens”. A nova infra-estrutura que custou cerca de 2 milhões de euros resulta de um projecto arrojado que criou as infra-estruturas necessárias para o Parque de Campismo poder funcionar autonomamente. Este novo espaço forma, no seu todo, um conjunto de rara qualidade e pretende valorizar o ambiente urbano e a qualidade de vida da população residente, assim como de todos os que visitam o Concelho de Celorico de Basto. Aberto todo o ano, este espaço com classificação de três estrelas abrange uma área aproximada de 30 mil m2 e tem ao dispor serviços comuns como: bar, mini-mercado, lavandaria, salas de convívio, inclusive para crianças, parque infantil, área de jogos, parque de merendas, balneários, área destinada ao caravanismo, bungalows, área de lavagem e manutenção de autocaravanas.

REDE SOCIAL E COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS PROMOTORAS

Prevenção nas escolas contra o abandono e insucesso escolar A Rede Social e a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Cinfães tem em curso, desde o início do ano lectivo, dois projectos de prevenção de situações de perigo e do absentismo, abandono e do insucesso escolares: a Equipa de Integração Escolar e o Observatório do Abandono Escolar. A Equipa de Integração Escolar, constituída por professores, representante da CPCJ, psicólogo e assistente social, foi criada nos Agrupamentos de Escolas de Cinfães e de Souselo e nas Escolas Secundária e Profissional. Entre outros objectivos, o projecto prevê “contribuir para a articulação efectiva entre as Escolas/Agrupamentos e a CPCJ”; “promover o combate ao absentismo/abandono e insucesso escolares no concelho de Cinfães”; e “contribuir para a diminuição das situações de perigo”. O Observatório do Abandono Escolar foi criado com o objectivo de recolher “informação adequada ao estudo da problemática” a que se dedica, “identificando as suas causas, por forma a colaborar com o sítio escola numa definição de prioridade de intervenção e das soluções para a resolução da referida problemática. Com os dados recolhidos, pretende-se criar uma “base de dados do abandono escolar, abordando também o absentismo e insucesso escolares desses alunos”.

Objectivos da intervenção: “A CPCJ de Cinfães visa afastar do perigo em que se encontram as crianças/jovens, proporcionando-lhes condições para promover e proteger a sua saúde, segurança, formação, educação, bem-estar e desenvolvimento integral”.

O que é a CPCJ de Cinfães? “É uma instituição oficial não judiciária, com autonomia funcional, que promove os direitos da criança/jovem e previne, ou põe termo, a situações de perigo”.

Como sinalizar as situações de perigo à CPCJ? “A CPCJ intervém a partir do conhecimento de situações que envolvam crianças ou jovens em perigo, com base na informa-

Obras do Auditório avançam em Janeiro A construção do Auditório Municipal de Cinfães vai começar no início de 2009, depois de concedido o visto pelo Tribunal de Contas à empreitada da Autarquia. A obra terá início a 5 de Janeiro e estará a cargo da empresa Santana & Companhia, SA, à qual foi adjudicada por 1.067.492,83 euros. O prazo previsto para a execução dos trabalhos é de 12 meses. O auditório é um anseio do Município que começou a concretizar-se em 2004, ano em que a Autarquia adquiriu as Quintas da Fervença e do Aido, na vila de Cinfães. A obra será edificada na Quinta da Fervença, entre a Rua Coronel Numa Pompílio e a Rua Capitão Salgueiro Maia, onde também será construída a Biblioteca Municipal. O edifício terá uma sala principal com capacidade para cerca de 200 pessoas sentadas e será equipado com bancada retráctil e palco amovível, possibilitando uma utilização múltipla. Cinema, artes performativas ou conferências são iniciativas que o Auditório poderá vir a acolher.

Requalificação em Nespereira em Janeiro

ção ou participação, tão fundamentada quanto possível por parte de: qualquer um dos seus membros; familiares das crianças ou jovens; qualquer membro da comunidade; da própria criança ou jovem. A participação pode ser feita pessoalmente, na sede da comissão (Casa dos Outeirinhos), ou por escrito (CPCJ, Casa dos Outeirinhos, 4690 – 893 Cinfães); telefone (255 563 584); fax (255 563 584); e-mail: cpcjcinfaes@mail.telepac.pt).

As obras de requalificação do antigo largo da feira de Nespereira também terão início a 5 de Janeiro, com um prazo de execução de seis meses. A empreitada foi adjudicada ao Consórcio Sociedade de Empreitadas do Marco, Lda, e Matelfe – Instalações Eléctricas, Lda., por 261.501.57 euros. “A intervenção prevê a redefinição do perfil viário da EN 225, na zona contígua ao largo, com a regularização do seu limite, construção de passeios e zona de estacionamento automóvel”. “O coreto, o pelourinho e as árvores” do largo, localizado no centro da vila de Nespereira, “serão mantidos e as fontes reposicionadas para integrarem os muros propostos”. A requalificação prevê ainda a integração de quiosque para venda e de novas instalações sanitárias.


Repórter do Marão 18 Dezembro 2008

marcodecanaveses@reporterdomarao.com.pt

Marco de Canaveses

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Corrida e Caminhada de Reis a 10 de Janeiro A Câmara Municipal de Marco de Canaveses, em parceria com as Juntas de Freguesia de Rio de Galinhas e de Fornos, vai levar a cabo mais uma corrida e caminha de Reis, a realizar no próximo dia 10 de Janeiro de 2009. A saída está marcada para as 17 horas, junto á Igreja de Rio de Galinhas, tendo como meta a câmara municipal. As inscrições para esta corrida e caminhada estão já abertas e podem ser efectuadas no Posto de Turismo e nas Juntas de Freguesia, ou através dos telefones: 255 530 800 / 255 521 672 / 255 522 790.

Concerto de Ano Novo em Rio de Galinhas A Câmara Municipal de Marco de Canaveses vai levar a cabo o já tradicional Concerto de Ano Novo, o qual terá lugar no espaço litúrgico de Rio de Galinhas. Marcado para as 16 horas do próximo dia 4 de Janeiro, este concerto vai contar com a participação do Grupo Coral de Rio de Galinhas.

Queda de pinheiro provoca acidente com comboio na linha do Douro A queda de um pinheiro, cerca das 10h00 do dia 13 deste mês, sobre a linha do Douro no lugar de Cristelo, em Fornos, no Marco de Canaveses provocou um acidente com um comboio cheio de passageiros. O maquinista da CP, Gilberto Martinho de 35 anos, natural de Campanhã, no Porto, foi o único ferido ligeiro do embate, com algumas escoriações, ao que tudo indica provocadas

pela quebra do pára-brisas do comboio. O homem foi assistido pelos bombeiros do Marco e transportado para o hospital local, de onde saiu pouco tempo depois. O pinheiro estava a barrar a linha a poucos metros de um túnel, impossibilitando o motorista de ver o perigo e travar a tempo, para evitar o embate. O comboio ainda caminhou cerca de 150 metros com a árvore embutida no

veículo antes de parar. Devido a intensa chuva, os passageiros que ficaram apenas com o susto, ficaram dentro do comboio durante as operações de desentupimento da linha-férrea. O transbordo dos passageiros ocorreu hora e meia depois na estação de Rio de Galinhas, a cerca de um quilómetro do local do embate. AP

PROJECTO PILHAS DE LIVROS DO MODELO

Jardim de Infância de Eiró (Soalhães) recebeu mil euros em livros O Jardim de Infância de Eiró, na freguesia de Soalhães, foi uma das 27 escolas da região do Porto a receber mil euros em livros, fruto da campanha dos hipermercados Modelo Pilhas de Livros. O objectivo do projecto Pilhas de Livros é o de fomentar os hábitos de leitura dos mais novos, num programa associado à sensibilização de todos para a necessidade de reciclar, promovendo a reciclagem de pilhas usadas. As escolas que, proporcionalmente ao número de alunos, mais pilhas conseguiram reciclar entregaram-nas ao Modelo. Às escolas vencedoras, o Modelo disponibilizou uma verba de 1000 euros para que pudessem encomendar livremente livros abrangidos e recomendados pelo Plano Nacional de Leitura. Neste sentido, o jardim de Eiró foi um dos contemplados e no passado dia 5 de Dezembro deslocou-se ao Modelo de Marco de Canaveses para receber o merecido prémio, onde os esperava uma comitiva de responsáveis deste hipermercado, levando-os a conhecer as instalações. Seguiu-se um pequeno lanche e a entrega dos livros, facto que mereceu uma grande aplauso por parte de alunos, educadoras, auxiliares e responsáveis do Modelo. Leonor Sampaio, directora de loja, agradeceu o empenho do jardim e das crianças em juntar tantas pilhas, acres-

centando “não pudemos ajudar em tudo, mas se a comunidade nos ajudar, nós vamos retribuindo com este tipo de projectos”.

115 mil euros em livros entregues a nível nacional O Modelo está a entregar um total de 115 mil euros em livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura do Ministério da Educação, num total de mais de 11.500 livros às escolas vencedoras do projecto Pilhas de Livros a nível nacional. Este ano, a iniciativa contou com a participação de mais de cerca

de 200 mil crianças, do pré-escolar ao 3º ciclo, que foram responsáveis pela recolha de três milhões de pilhas. Este projecto do Modelo, que conta também com a colaboração da Ecopilhas, Sociedade Gestora de Resíduos de Pilhas e Acumuladores, demonstra a importância de empresas privadas em fomentarem junto das crianças a necessidade de defender o meio ambiente através da reciclagem e ao mesmo tempo contribuir para aumentar o gosto pela leitura. De referir que esta iniciativa do Modelo é responsável por 20% da recolha de pilhas em Portugal.

AUTÁRQUICAS 2009

Candidato Norberto Soares assegura que “não será segundo de ninguém” O candidato independente à Câmara Municipal do Marco de Canaveses Norberto Soares prometeu, no passado dia 6, levar a sua candidatura até ao fim, tendo garantido “que nunca será o segundo de ninguém”. “Serei o primeiro nas próximas eleições na lista que for encabeçar, não serei o segundo de ninguém. Não serei candidato nem com Ferreira Torres nem com Manuel Moreira (antigo e actual presidente da autarquia, respectivamente)”, afirmou Norberto Soares, perante cerca de um milhar de apoiantes, que se reuniram num jantar de Natal. O candidato, que foi “braço direito” de Avelino Ferreira Torres até 2005, concorreu pelo CDS-PP nas últimas eleições autárquicas, mas cedo se desvinculou do partido e é hoje vereador independente na Câmara Municipal do Marco de Canaveses, onde o PSD, presidido por Manuel Moreira, dispõe de maioria na câmara e na assembleia municipal. Norberto Soares procurou tranquilizar os seus apoiantes, dizendo-lhes que “por muito que tentem não conseguem demovê-lo de se candidatar em 2009”. “Não vou parar até às próximas eleições autárquicas nem que venha um comboio em sentido contrário”, assegurou. Sob o lema “Um Marco de Verdade”, slogan que acrescentado do seu nome identificará a candidatura independente, Norberto Soares prometeu aos apoiantes que no próximo jantar arranjará um local onde caibam mais do que um milhar de pessoas. Norberto Soares criticou também as promessas exageradas dos candidatos e prometeu não cometer esse erro. “Vejam as promessas de quem está hoje na câmara, que se fartou de fazer promessas na última campanha eleitoral. Prometeu que eram para quatro anos, depois passaram para oito e agora até já diz que as promessas são para uma geração”, afirmou Norberto Soares. O candidato, que apresentou o advogado Duarte Menezes como candidato à assembleia municipal, elege a educação e a acção social, sobretudo para os idosos, como as áreas prioritárias do seu mandato, se for eleito. Norberto Soares é o terceiro candidato a apresentar-se aos 42 mil eleitores do Marco de Canaveses, depois de Avelino Ferreira Torres, presidente da câmara durante mais de duas décadas e também candidato independente, e de Manuel Moreira (PSD), que conquistou a autarquia ao CDS-PP em 2005.


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Vale do Sousa

Repórter do Marão 18 Dezembro 2008

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MÚLTIPLAS INICIATIVAS NA REGIÃO

Protecção Civil de Paredes recebeu subsídios A Câmara Municipal de Paredes entregou, recentemente, os subsídios anuais às entidades de Protecção Civil do concelho, nomeadamente Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários (Baltar, Cete, Lordelo, Paredes e Rebordosa) e Cruz Vermelha (Sobreira e Vilela). As cinco corporações de bombeiros receberam um valor simbólico, pois em reunião de Executivo foi deliberado um reforço da verba que irá perfazer ao todo 30 mil euros para cada uma. Aos núcleos da Cruz Vermelha foi concedido um subsídio no valor de 15400 euros.

Plano de prevenção e emergência para escolas de Penafiel As escolas do concelho de Penafiel vão ter um Plano de Prevenção e Emergência. Em reunião, realizada na segunda-feira 15 de Dezembro no Salão Nobre da autarquia, o Comando Distrital de Operações de Socorro, representado pela técnica Eunice Silva, o Serviço Municipal de Protecção Civil da Câmara de Penafiel, as Escolas Secundárias, os Agrupamentos de Escolas e as escolas e jardins-de-infância privados do concelho, decidiram avançar com a elaboração do Plano de Prevenção e Emergência das escolas. Para o efeito, foi já distribuído material de apoio para a elaboração daquele documento. Em cima da mesa esteve ainda a discussão sobre as comemorações do Dia Mundial da Protecção Civil, no próximo dia 1 de Março. Foi também lançado o repto aos responsáveis da comunidade escolar para que se envolvam nessas comemorações, apresentando publicamente os trabalhos que as escolas vão realizando ao longo do ano sobre a temática da segurança e do socorro. Antonino de Sousa, vereador do pelouro da Protecção Civil, manifestou a total disponibilidade do Serviço Municipal de Protecção Civil para apoiar com meios técnicos e logísticos a elaboração dos Planos de Prevenção e Emergência e a organização das referidas comemorações, no que foi secundado pela representante do Comando Distrital de Operações e Socorro.

Fundado em 1984 Quinzenário Regional • Publica-se à quinta-feira Registo/Título: ERC 109918 Depósito Legal: 26663/89

Vale do Sousa festeja o Natal Todos os municípios do Vale do Sousa estão a desdobrar-se em actividades para esta quadra natalícia. Desde Penafiel, Castelo de Paiva, Paredes, Paços de Ferreira, Lousada ou Felgueiras, todas as faixas da população são o alvo das incitativas. Penafiel tem uma das maiores árvores de Natal da Europa. Esta árvore de Natal tem a particularidade de ser integralmente feita com material reciclável e foram utilizadas mais de 4 mil garrafas de plástico para a sua execução. A árvore de Natal foi, pela primeira vez, iluminada no dia 5 de Dezembro e está no Largo da Misericórdia, para ser apreciada, até ao final do ano. A Câmara Municipal de Castelo de Paiva, em parceria com a AP – Associação para a Promoção de Castelo de Paiva e a ACI – Associação Comercial e Industrial promove, desde o dia 7, uma série de iniciativas relacionadas com a animação do período natalício. Tratase de actividades diversas, gizadas para assegurar a animação das ruas da vila de Castelo de Paiva, com magia, cor e diversão, que se estende até ao dia 21 de Dezembro. O grande destaque do programa para este ano foi a chegada do Pai Natal ao centro da vila, transportado de helicóptero e abertura da Casa do Pai Natal. Em Paredes, os idosos e as crianças foram os públicos preferenciais da autarquia com a organização do Encon-

Cinco alunos do ensino básico da escola do Pinheiro, Penafiel, foram seleccionados para participar no concurso internacional “F1 In Schools”, que se realizou em Inglaterra no passado dia 11 de Dezembro. A equipa foi a Londres mostrar a miniatura de um F1 aerodinâmico, construído na escola durante as actividades extracurriculares. Foi a primeira vez que uma escola portuguesa marcou presença neste evento de prestígio internacional. Os cinco alunos (Cristiana Cruz, 14 anos, do 9ºA, Diana Cruz, 13 anos, do 8º G, Daniel Leal, 13 anos, do 8ºG, Ema-

Empresa Editora: Média Marco Publicações, Lda. - NIF 504 850 725 Sede Redacção: Rua Manuel Pereira Soares, 80 1º Esq. Apartado 12 - 4634-909 Marco de Canaveses Telef. 255 521 307 - Fax: 255 534 850 E-mail: geral@reporterdomarao.com.pt

Impressão: Gráfica Diário do Minho - Braga Tiragem desta edição: 7.000 exemplares As opiniões expressas nos artigos assinados podem não corresponder necessariamente à opinião da Direcção deste jornal.

do concelho. O Parque de Exposições da Capital do Móvel foi o palco de um espectáculo com palhaços, malabaristas, canções e muita animação. A assistir estiveram mais de 2600 crianças, oriundas dos estabelecimentos de ensino básico públicos e privados de Paços de Ferreira, numa iniciativa organizada pela Associação Empresarial de Paços de Ferreira, em parceria com a Câma-

através da criação de um voucher disponível no Posto de Turismo, pelo valor de 31 euros, que é relativo a cada uma das Rotas Gourmet. Este serviço tem a validade de um ano após a compra. O Natal também está à porta em Paços de Ferreira que celebrou esta especial data com uma grande festa destinada às crianças do Ensino Básico

ra Municipal. Para o dia 21 de Dezembro, a partir das 15h, realiza-se o tradicional desfile de Natal pelas ruas da cidade de Paços de Ferreira. Esta iniciativa, igualmente coordenada pela Associação Empresarial, concentra as principais instituições de Paços de Ferreira num desfile único que celebra, de forma especial, a quadra natalícia.

Alunos de Penafiel levaram a Londres carro construído na EB 2/3 de Pinheiro

Director: Vítor Almeida (C.P. 5286) Director Adjunto: Alexandre Panda (C.P. 8276) Redacção: , Jorge Sousa (C.P. 1689), Sandra Teixeira, Alcino Oliveira (C.P. 4286)

Propriedade: Baião Repórter / Sociedade Editorial, Lda. NIF: 501475320 Sede Social: Rua Camões - Apartado 1 - 4640 Baião Partes sociais superiores a 10% do capital: Jorge Manuel Soares de Sousa, Marta Cláudia Amaro de Sousa Cap. Social: 5.000 Euros

tro Entre Nós – Natal/2008 e também com o concurso de postais de natal. À semelhança dos anos anteriores, a Câmara Municipal de Paredes vai levar a cabo diversas actividades para os mais pequenos, dos 6 aos 12 anos de idade, no período das férias de Natal. Em Lousada, a autarquia sugere as Rotas Gourmet como presente para oferecer este Natal. Esta ideia surge

nuel Rocha, de 13 anos, 8º G e Rui Oliveira, de 13 anos, do 9º A) integram o projecto “Cientistas de Palmo e Meio”, desenvolvido como actividade extracurricular na escola do Pinheiro. Durante dois meses, a equipa de jovens cientistas, orientada pelos professores de Matemática Paulo Gil e Jacinto Fernandes e pela professora Cecília Lopes, participaram na concepção, análise, fabrico e ensaio do pequeno carro

em miniatura, accionado a gás e construído em madeira balsa. Aprenderam a dominar a ferramenta de CAD Solidworks (desenho auxiliado por computador em 2 e 3 D) e transformaram um bloco de balsa, tipo de madeira encontrado no sul do México (própria para maquetagem) num “Fórmula 1” que competiu em Londres num concurso que envolve escolas de várias zonas do Reino Unido. A pequena “máquina voadora” (22, 5 cm de comprimento e com um peso de apenas 27 gramas) funciona por propulsão, sendo lançado na pista por um composto químico (CO2). O desenvolvimento do projecto implicou o domínio de vários ramos da Ciência e constitui uma mais valia na formação dos alunos, garantem os professores. O projecto implicou conhecimentos ao nível da Matemática, da Educação Visual e Tecnológica e de Inglês. A aventura em Londres criou grande expectativa entre a comunidade escolar. “A nossa presença teve por finalidade aprender e partilhar conhecimento. Como equipa convidada não houve direito a prémios nesta competição, mas funcionamos como cobaia, porque o nosso objectivo foi introduzir esta modalidade em Portugal. Foi, também, um orgulho sermos a primeira escola portuguesa a marcar presença nesta com-

petição educativa internacional”, frisou o professor Jacinto Fernandes. Cristiana Cruz foi escolhida para pilotar o pequeno carro de Fórmula 1. “Foi uma grande oportunidade para aprendermos mais com outras escolas e aprender mais sobre a aerodinâmica.”, afirmou a aluna do Pinheiro. “F1 In Schools” é um desafio multidisciplinar colocado aos alunos com idades entre 9 a 19 anos, incentivando-os a implantar software CAD/CAM na concepção, análise, fabrico e ensaio de um pequeno carro de F1 alimentado a gás. O concurso foi promovido por uma sociedade britânica sem fins lucrativos, associados a empresas ligadas à Ciência e Tecnologia, através da atracção da Fórmula Um. Os mentores do projecto, muito enraizado no Reino Unido, acreditam que com esta iniciativa é possível mudar nos jovens percepções de engenharia, ciência e tecnologia, criando um ambiente divertido e emocionante entre os jovens. A escola do Pinheiro desenvolve desde há sete anos o projecto “Cientistas de Palmo e Meio” tendo realizado vários projectos, em parceria com o Centro de Apoio Tecnológico à Industria da Metalomecânica e a Associação dos Centros Tecnológicos de Portugal, visando o reforço da cooperação entre os centros tecnológicos e a sua integração em programas de investigação e desenvolvimento orientados para os diferentes sectores da indústria, envolvendo-se em projectos como “Pense Indústria”. A equipa teve como mecenas as empresas Galp e Rodapé-Arquitectos.


Repórter do Marão 18 Dezembro 2008

resende@reporterdomarao.com.pt

Resende

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Município compra ambulância de socorro pré-hospitalar A Câmara Municipal de Resende ofereceu aos Bombeiros Voluntários de Resende uma nova ambulância de socorro pré-hospitalar, totalmente equipada, avaliada em perto de 68 mil euros. Em compensação, a corporação de bombeiros vai garantir o transporte gratuito, em casos de manifesta urgência médica, a todos os residentes do concelho comprovadamente carenciados e que usufruam do Complemento Solidário para Idosos ou do Rendimento de Social de Inserção. Para além das despesas da viatura, a Câmara Municipal de Resende suportou, em partes iguais com a corporação de bombeiros, os custos com aquele tipo de transpor-

te que não sejam comparticipados pela Segurança Social ou por outros Sistemas ou Subsistemas de Saúde. Despesas que representam um investimento directo da autarquia na melhoria das condições de acesso aos cuidados médicos de saúde num concelho marcado pela distância dos grandes centros urbanos. A oferta da nova ambulância e os termos desta colaboração entre a autarquia e a corporação ficarão assentes no protocolo que o presidente da Câmara Municipal de

Resende, António Borges, e o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Resende, Joaquim Alves, assinaram na cerimónia oficial de entrega da nova ambulância. A nova ambulância de

socorro pré-hospitalar dos Bombeiros Voluntários de

Resende é uma viatura da marca Mercedes Benz, modelo Sprinter, cilindrada 2.987cc, potência de 184cv.

Alunos apreendem a fazer pão com bolotas No dia 11 de Dezembro decorreu no Museu Municipal um atelier intitulado “Da Bolota ao Pão” que contou com a participação de cinco turmas do 5.º ano de escolaridade da Escola Básica do 2.º Ciclo de Resende, num total de 108 alunos. A iniciativa inserese no âmbito da exposição permanente de Arqueologia, mais concretamente no Núcleo da Cultura Castreja materializado pelo vasto espólio que o Castro da Mogueira encerra e para o qual a mostra remete. Esta actividade de arqueologia experimental, desenvolvida pelos técnicos do Gabinete de Arqueologia de Vila Nova de Famalicão, consiste no fabrico de pão de bolota segundo as técnicas utilizadas na Idade do Ferro, um período recuado da história em que este produto constituiu um significativo alimento humano. Aliás, vários historiadores referem o aproveitamento da bolota como alimento por parte dos povos pré-romanos peninsulares durante a 2.ª Idade do Ferro, sendo que o autor latino “Plínio” chegou mesmo a escrever que “É coisa certa que hoje em dia a bolota constitui uma riqueza para muitos povos até em tempos de paz. Havendo escassez de cereal, secam-

JUNTA DE FREGUESIA DE REBORDELO CONTRATO A TERMO CERTO José Manuel de Meireles Machado, Presidente da Junta de Freguesia de Rebordelo, concelho de Amarante, torna público que, por deliberação de Junta de Freguesia, se encontra aberto concurso, nos termos da alínea h) n.º1 do Artigo 9º da Lei nº 23/2004 de 22 de Junho, em regime de contrato a termo certo, pelo período de um ano, eventualmente renovável nos termos legais, um lugar de servente/auxiliar de limpeza, escalão 1 pelo índice 123 da função pública a que corresponde um vencimento previsto no anexo II do Decreto-Lei n.º 412-A/98 de 30 de Dezembro. O método de selecção será entrevista profissional. Os interessados deverão fazer a sua candidatura, mediante requerimento dirigido ao Presidente da Junta de Freguesia, acompanhado com fotocópia do Bilhete de Identidade, fotocópia do cartão de contribuinte e currículo profissional, entregue nas horas de expediente na sede da Junta de Freguesia, até oito dias úteis a contar da publicação deste aviso. Quaisquer esclarecimentos poderão ser prestados pela Junta de Freguesia de Rebordelo. O Presidente da Junta de Freguesia (José Manuel Meireles Machado) REPÓRTER DO MARÃO • Nº 1209 • 2008/12/18

se as bolotas, escolhem-se, amassa-se a farinha em forma de pão”. Esta actividade é realizada pelo referido Gabinete desde 1989, constituindo uma forma diferente de proporcionar aos professores e alunos a leccionação/aprendizagem de conteúdos da disciplina de história relacionados com as comunidades agro-pastoris. Para os alunos foi uma experiência diferente onde tiveram oportunidade de entrar em contacto com as técnicas e materiais (tais como a mó e a peneira), passando pelos vários processos necessários à confecção deste alimento primitivo, concluindo com a prova do mesmo que fez as delícias de todos.

TRIBUNAL DO TRABALHO DE PENAFIEL 1º JUÍZO ANÚNCIO

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE MARCO DE CANAVESES EDITAL N. 11 / 2008 ANTÓNIO MARTINHO BARBOSA GOMES COUTINHO, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DO MARCO DE CANAVESES

Processo: 614-A/1995 Execução de Sentença – Quantia Certa N/Referência: 1555528 Data: 12-11-2008 Exequente: José Maria Alves Executado: José António Pinto Ribeiro

Torna Público que a Sessão Ordinária da Assembleia Municipal do Marco de Canaveses, prevista no artigo 49.º e nas alíneas a) e b) do n.º 1, do artigo 54.º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, se realizará no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no próximo dia 20 de Dezembro de 2008, pelas 09h30, com a seguinte:

Correm éditos de 20 dias para citação dos credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre os bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para reclamarem o pagamento dos respectivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, findo o dos éditos, que se começará a contar da segunda e última publicação do presente anúncio.

ORDEM DO DIA 1. Aprovação da acta da Sessão Extraordinária de vinte e um de Novembro de dois mil e oito; 2. Apreciação da informação escrita do Sr. Presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, acerca da actividade municipal, feita nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 53º, da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro; 3. Apreciação e deliberação, por proposta da Câmara Municipal, sobre o Plano Plurianual de Investimento e Orçamento para o ano financeiro de 2009 e respectivo mapa de pessoal; 4. Apreciação e deliberação, por proposta da Câmara Municipal, sobre a avaliação do Complexo do Estádio Municipal, para proceder ao respectivo registo no sistema de Inventário e Cadastro Patrimonial; 5. Intervenção do público, nos termos do artigo 84.º, n.º 6, da Lei 169/99, com a redacção da Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro. E para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares de estilo.

Bens penhorados: TIPO DE BEM: Imóvel Art. Matricial: N.º 800 DESCRIÇÃO: Imóvel sito no lugar de Agrela, “Bouça Nova”, freguesia de Castelões – Penafiel, inscrito na matriz urbana sob o n.º 800, da mesma freguesia. PENHORADA A: EXECUTADO: José António Pinto Ribeiro. Documentos de identificação: NIF – 808247450. Endereço: Lugar da Agrela, Vila Boa de Quires, 4630-000 Marco de Canaveses O Juiz de Direito, Dra. Rita Maria Pereira Romeira O Oficial de Justiça, Maria Ondina Barbosa Pereira REPÓRTER DO MARÃO • Nº 1209 • 2008/12/18 • 2ª Publicação

Marco de Canaveses, 11 de Dezembro de 2008 O Presidente da Assembleia Municipal (António Martinho Barbosa Gomes Coutinho) REPÓRTER DO MARÃO • Nº 1209 • 2008/12/18


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Opinião

Repórter do Marão 18 Dezembro 2008

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O panorama cultural de Amarante e os seus contrastes Carlos Gallo* Não precisamos de fazer grandes esforços de memória para enumerar significativos eventos culturais em que o envolvimento do público é francamente positivo. No mês de Novembro, na Biblioteca Albano Sardoeira, inaugurava uma exposição de fotografia “Eduardo Teixeira Pinto, o prazer de fotografar”. Fotografias que marcam um tempo, uma memória de rostos e lugares que não se repetem mais, sempre, mas sempre com Amarante como cenário idílico, assumindose aqui e acolá como personagem principal desta viagem pelo nevoeiro que Eduardo Pinto sabe retirar das gavetas da nossa memória. Os amarantinos responderam ao convite e no alto dos seus silêncios percebia-se a vontade em não arredar pé de junto “daquela” fotografia que era especial. Já agora, sugiro uma leitura atenta ao texto do catálogo da exposição escrito por Pedro Basto. Sublime! No mesmo espaço e já no mês de Dezembro o Prémio Teixeira de Pascoaes’2008 era entregue ao poeta João Rua pelo livro “Quarteto para as próximas chuvas”. Na mesma sessão recordava-se Maria José Teixeira de Vasconcelos.

Mais uma vez o público respondeu ao convite e foi pequena a sala para tanta gente, para tantos poetas e leitores de novas nuances de escrita. Com uma impressionante média de 100 participantes por formação, a hora do conto, o teatro de fantoches, fazem parte de uma agenda que imprime uma dinâmica frutuosa da Biblioteca Municipal bem como na sua extensão em Vila Meã. O Museu Amadeo de Souza-Cardoso, no espaço curto de dois meses, promoveu exposições de pintura de Luís Darocha, José António Nobre e Romy Castro, esta ainda exposta até Janeiro de 2009. Ainda este mês o Museu promove o atelier de Natal para uma iniciativa de carácter didáctico para um público infantil. Impressiona se juntarmos eventos que já se tornaram icónicos no teatro nacional das artes plásticas como o Prémio Amadeo de SouzaCardoso e o Salão Internacional de Jovens Criadores. O Museu Amadeo de Souza-Cardoso, dotado de uma exposição permamente das mais significativas colecções de arte contemporânea no nosso país, faz assim a fusão entre a arte e a descoberta de novos rumos da estética. Mas a oferta cultural vai mais

longe. Que dizer das representações da companhia de teatro Filandorra e do grupo local T’Amaranto, ou o teatro de humor físico agendado para Dezembro deste ano? Dizer que o público aprecia a representação é pouco. Vejase o exemplo do festival de teatro T’Amaranto que durante uma semana de verão humaniza os velhos claustros do Museu Municipal com fadas e príncipes encantados rendidos ao calor dos aplausos e aos desenhos anónimos de emoção gravados no rosto de cada espectador… Que dizer dos momentos de deleite musical trazidos pela Orquestra do Norte nas noites frias de Outono? Que dizer? Retumbante, electrizante, intenso…A arquitectura do som é um património vivo, um privilégio uma Honra. Do outro lado do espelho cultural existe um Lado Lunar que tenho dificuldade em perceber…ou não. Sendo verdade que a biblioteca tem sucesso nas suas iniciativas porque é que as livrarias locais não vendem livros? O Museu tem uma dinâmica impressionante e abrangente mas os atelier’s de arte da cidade (corajosos entusiastas) não têm alunos. Os espectáculos têm assistências assíduas mas as escolas de música estão cheias de cadeiras vazias.

O Congresso Histórico foi marcante até a nível nacional mas os nossos professores de histórica não se envolveram nem sequer assistiram aos painéis programados. Há muito a fazer por parte de cada um de nós. Gostava de ver mais iniciativa privada, mais criação e atitude das juntas de freguesia, mais ambição por parte das associações locais, que se dizem todas culturais e recreativas. Contudo, mas mais do que futebol já dá direito a cartão vermelho. Não gosto de pensar que Amarante é uma cidade de heterónimos culturais. Preferia que a cidade tivesse mais sede de cultura, fosse mais critica, mais entusiasta, mais aberta ao risco, mas a tempo inteiro e não em part time. Temos todos que fazer muito mais pela cultura, pela nossa cidade. Sem estarmos à espera que alguém faça tudo por nós. Não nos podemos desvincular da nossa cidadania. A cultura faz de nós mais tolerantes, humaniza a cidade em cada aplauso, em cada acorde, em cada verso declamado, em cada quadro pintado.

o escândalo BPN, instituição que não tinha o mesmo tipo de implantação que o BCP, mas que gozava de uma credibilidade que era ‘garantida’ pelo seu Conselho de Administração, constituído por figuras de reputação sólida… Gerou-se o pânico nas hostes oficiais, e o caso não era para menos. Em outras circunstâncias, o caso até poderia ter originado uma exploração política bem ‘orientada’, mas houve que cerrar fileiras e salvar a honra do convento, até porque se punha novamente em causa outra possível ‘ distracção’ do Banco de Portugal. A solução mais à mão foi uma ‘nacionalização’ desse banco, até para não deixar mal o Ministro da Tutela que tinha afirmado dias antes que o nosso sistema bancário estava ao abrigo do que acontecia já por esse mundo além… Fica por entender porque se nacionaliza o banco e não a sociedade financeira a ele estreitamente ligada, a SLN, e as declarações na TV dum administrador e do ‘patrão’ da entidade que devia fiscalizar foram patéticas … Mas um mal nunca vem só e outro banco, o BPP, este muito mais selectivo e de menor dimensão, foi a vítima seguinte da tormenta. É bom talvez relembrar que esta instituição não é como a generalidade dos bancos tal como os conhecemos: não recebe depósitos, não faz créditos. São pudicamente conhecidos como gestores de fortunas…

Este caso é tão recente que nem valerá a pena recordar como foi, ou está a ser, resolvido… Mais uma vez a actuação do Banco de Portugal mereceu criticas, e mais uma vez sacudiu a água do capote o seu chefe que, é bom recordar, ganha mais que o seu homólogo americano! É difícil de compreender que destes órgãos fiscalizadores, Anecom, Autoridade da Concorrência, Banco de Portugal e ASAE, só este último cumpre, às vezes com exagero, a sua missão. Será por ser mais fácil encontrar uma casca de batata no chão dum restaurante ou um frango morto fora do matadouro num arroz de cabidela, que as discrepâncias nas contas de bancos? Discrepâncias? É verdade, é assim que vi apelidados os buracos descobertos (e quantos não ficarão ‘cobertos’…) nos vários casos já badalados. Curiosamente, foi por cá que vi aplicada pela primeira vez, nesse sentido, ou seja para falar dum buraco, também conhecido como desfalque, a palavra discrepância. Lembram-se? Comparando as dimensões do nosso buraco com os outros, dá-me vontade de dizer ao nosso protagonista: volta (se por acaso já não voltou….) estás perdoado! Só que quem paga as discrepâncias somos nós, e quem as apaga são os outros…

*Deputado Municipal do PS/Amarante

Discrepâncias Luís Magalhães* Estamo-nos a despedir dum ano fértil em acontecimentos inéditos e que, além de nos terem, por esse facto, surpreendido, estão longe, muito longe mesmo, de nos revelar todas as consequências, muitas das quais susceptíveis de terem grande influência nos nossos hábitos. Mas para lá de não podermos imaginar ainda todos esses efeitos colaterais, temo que nunca chegará ao conhecimento dos ‘vulgares mortais’ que somos, tudo o que se escondeu e esconde por detrás do que se vai sabendo, muitas vezes sabiamente destilado, para que nos cheguem em pequenas doses. Estou-me a referir aos ciclones que varreram o mundo da finança por esse mundo além. Como pertencemos a esse mundo, também fomos atingidos, e de certo modo, também se criaram por cá ‘olhos’ desses ciclones. A primeira ‘bomba’, a nível caseiro, foi a do BCP, banco solidamente instalado e com reputação que parecia impedir que algo de estranho poderia acontecer no seu seio, de tal maneira era reconhecido e louvado o rigor da sua gestão. Já poucos se lembrarão do autêntico escândalo que representou o saber-se que, por exemplo, nos créditos mal parados ou, mais grave ainda, ‘perdoados’ estava envolvido o filho do ‘patrão’ incontestado da referida instituição, que só a muito custo e face às revelações sucessi-

vas de outras falhas mais estranhas umas que as outras, foi empurrado do seu ‘cadeirão’, não sem antes ter tentado por todos os meios por lá ficar ou ser substituído por alguém do seu mundo. Pouco nos interessaram esses acontecimentos, que pareciam não ter qualquer consequência directa ou imediata para os clientes normais. Só os espíritos mais curiosos começaram a estranhar que a instituição a quem compete fiscalizar as actividades específicas dos bancos, ou seja o Banco de Portugal, não se pronunciasse de maneira inequívoca sobre o assunto. Tudo se resolveu, ao que se diz com boas indemnizações aos administradores distraídos … Rebentou então, nos Estados Unidos, a crise que ficou conhecida como ‘subprime’,e que transtornou toda a estrutura financeira nesse país. Essa crise teve – ou não vivêssemos nós na chamada era global - repercussões em todo o mundo, o que fez antever que haveria graves consequências nas instituições bancárias. Faliram alguns bancos, e muito mais teriam a mesma sorte se os diferentes governos não tivessem gizado imediatamente esquemas de salvação, quanto mais não fosse para não afectar a credibilidade junto do público em geral do sistema bancário tradicional, sem o qual já não sabemos viver. Foi nesse contexto que rebentou

*Militante PSD/Amarante


Repórter do Marão 18 Dezembro 2008

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Opinião

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A reforma do Estado e os novos poderes locais José Luís Carneiro* Os esforços de cooperação e integração internacionais dos Estados, desenvolvidos muito intensamente nos últimos cinquenta anos, a par do ajustamento ao nível das suas funções de soberania, sociais e económicas, bem como das alterações em curso no âmbito da qualificação da representação política, têm promovido um debate e, por vezes, uma prática política que vai no sentido de conferir novas responsabilidades aos Estados e novos modelos de organização político- administrativa territorial. De facto, a integração política e económica dos Estados em instâncias de cooperação e de regulação internacionais, como acontece com a Organização Mundial de Comércio (OMC), com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ou com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com a União Europeia, para dar apenas quatro exemplos de instituições donde emanam princípios e orientações de organização económica e social, com reflexos nas orientações e dimensão das políticas públicas, leva a que as administrações centrais tenham necessidade de proceder a um ajustamento à estrutura de organização político-administrativa. Em função deste contexto histórico, momentos houve em que, por força das circunstâncias de natureza financeira e económica, se produziu um amplo debate sobre o modo como os Estados e os actores económico-financeiros se deveriam adap-

tar às difíceis conjunturas sentidas em 1973 e 1979. Tanto em 1973 com em 1979 esteve em risco o modelo de Estado Social, herdado do pós-guerra e assente num compromisso, sempre precário e fundado no Keynesianismo, entre o Estado, o Trabalho e o Capital. Foi este o compromisso que permitiu os chamados “trinta gloriosos anos”, expressão utilizada para retratar um crescimento económico duradouro e sustentado por um período de trinta anos. O contexto económico da década de 70, com reflexos na década de oitenta, marcado pela crise financeira internacional, pela criação do «mercado secundário da dívida» e pelas «titularizações», originou um conjunto de mudanças ao nível das políticas públicas no sentido de se avançar com a reestruturação das funções tradicionais do Estado. A praxis política liberal conduzida na Inglaterra por Margareth Tatcher e nos Estados Unidos da América por Ronald Reagan contrastava com o modelo de Estado social defendido na Europa por Jacques Delors, e inspirador da política de coesão social e territorial europeia. Desta clivagem resultou a adopção de um conjunto de mudanças ao nível dos modelos de organização dos Estados. Era necessário reformar o Estado e adequá-lo aos desafios da internacionalização e globalização do mundo económico e financeiro. A partir desse momento, fins da década de oitenta e inícios do decénio de 90, muitos dos conceitos económicos liberais desenvolvidos e aplica-

dos no universo das empresas foram adoptados e incorporados na dimensão da organização, administração e gestão pública. Fruto desta realidade internacional, em permanente e acelerada mudança, algumas das transformações na configuração do modelo de Estado social foram empreendidas em muitos dos países europeus durante a década de oitenta e noventa, de tal modo que, nalguns casos, estão hoje a realizar um segundo e um terceiro ajustamentos à sua estrutura político-institucional e ao seu quadro de actuação económica e comercial. Portugal, fruto do seu atraso histórico no plano das conquistas político-democráticas, sociais e económicas, fez, durante anos, um percurso que, em detrimento da reforma das estruturas do Estado, tornando-as mais abertas, ágeis e capazes de estimular a liberdade e responsabilidade cívica individual e social, caminhou no sentido oposto ao percurso empreendido na Europa mais desenvolvida. Daí que as sucessivas tentativas de reformar a administração pública e de promover o mérito e a qualidade encontrem poderosos interesses conservadores alicerçados em poderes ideológico-partidários cuja sobrevivência depende de partes desses sectores que, nalguns casos, «capturaram» o interesse público, embora utilizando uma linguagem radical na pretensa defesa do mesmo. Por força destas e de outras circunstâncias, promover a mudança no paradigma de concepção e de organização da estrutura burocrática do Estado em Portugal para salva-

guardar o essencial do modelo social europeu deve constituir o objectivo primordial do Governo. O que, aliás, tem sido prosseguido com determinação, embora os últimos acontecimentos no mundo económico e financeiro, estejam a colocar em causa paradigmas de organização social, económica e política até aqui considerados “caminho único”. Contudo, acontece que estas mudanças ao nível do Estado irão exigir maiores responsabilidades ao nível da administração municipal, sobretudo nos sectores da Educação, da Saúde e da Acção Social. Cada vez mais, as autarquias, pela sua relação de proximidade com os cidadãos, serão convocadas a assumir novas atribuições e novas competências. E será este movimento de transferência de responsabilidade da administração central e desconcentrada do Estado para as autarquias municipais a suscitar a necessidade de estas transferirem para as autarquias de freguesia atribuições até aqui abordadas, administradas e geridas em termos administrativos municipais. Julgo que será este movimento, a montante e ajusante, a exigir uma reconfiguração político-administrativa do modelo de organização autárquica, particularmente ao nível das freguesias e a suscitar novamente o debate sobre a necessidade de institucionalização das regiões administrativas. E este é o momento apropriado para promover este debate e avançar com estas mudanças. Baião, 15 de Dezembro de 2009.

lácios e ruas, becos e casebres, cercas e mosteiros, fontes e jardins, passeios públicos e varandas, igrejas e capelas. Espraiando-se ao longo deste dorso, saltando de margem e deslizando pelas suas cotas baixas a cidade vai desenhando ruas e fachadas, construindo pontes e praças. A cidade de Amarante é assim feita de memória, de mandato e de história, mas sem nunca abdicar daquele seu impulso modernizante que tanto o nosso país necessitava e para o qual tanto contribuiu com força, raça e engenho. A documentar esse impulso modernizador temos um vasto e diversificado património cultural, artístico, arquitectónico, intelectual e político que ilustra a dimensão universal e cosmopolita desta Terra e desta Gente. Mas, uma cidade, também necessita de se transcender e de se transformar, de forma a possibilitar aos seus habitantes uma vida social moderna e qualificada. Nos dias de hoje, essa qualificação social e cultural passa pela elaboração de planos e projectos que configurem e estruturem linhas de desenvolvimento integra-

do e sustentável, isto é, uma espécie de programas políticos participativos que respeitem um contrato social intergeracional. A gestão das cidades e dos seus territórios implica um conjunto de políticas urbanas integradas, participadas, a partir de programas altamente qualificados e economicamente sustentáveis. Estamos na intervenção e na programação da pequena escala, do micro e na politica de proximidade, aliás, instrumento necessário para a implementação de políticas e acções que fortaleçam a coesão social dos territórios municipais. Hoje, a cidade caminha dispersa, confusa e alietóriamente vai desenhando aqui e ali, formas arquitectónicas sem nexo urbano e sem integração social. Estamos no reino do fragmento e do estilhaço, produto confuso de um urbanismo fortemente especulativo, que fez da construção o seu modus operandi.

*Presidente da CM Baião

Entre margens e centros:

A cidade de Amarante Por F. Matos Rodrigues* Escrever sobre a cidade dos meus antepassados é um desafio estimulante, mas também uma responsabilidade. Desde pequeno que convivi com a cidade, com o seu património, com as suas gentes, com as suas histórias e seus actos fundacionais. As suas memórias corriam entre os momentos de entretenimento e de fantasia, onde minha avó Deolinda de Almeida Matos (19102005), uma espécie de matriarca familiar contava e recontava de uma forma apaixonada as histórias fantásticas e maravilhosas da sua cidade Natal. Uma espécie de liturgia à memória e à saudade. Ficou-me como lição a importância da memória como uma espécie de gramática cultural que nos permite entender e imaginar o mundo. Devolvendo aos homens esse sentido cósmico e telúrico que o escritor Teixeira de Pascoaes, sentiu e narrou na sua prosa. Todo um “reino fantástico” que me envolvia e me dava a conhecer uma terra onde não nasci mas à qual me ligava uma espécie de fio original.

Era uma civilização inteira feita por homens cultos, santos, estadistas, escritores, artistas plásticos, empresários, entre um povo simples de homens e mulheres que faziam do seu viver quotidiano uma epopeia progressista e modernizante. Uma cidade que fazia da sua paisagem, da sua arquitectura, do seu espaço público, do seu heroísmo uma estrutura progressista e moderna sem nunca recusar o seu passado como um estimulante necessário para a inovação e transformação sociocultural. Onde aristocracia rimava com filantropia, amor às artes e às ciências, e onde as suas elites dialogavam de forma actual com os saberes e as artes de uma Europa moderna e cosmopolita. A cidade de Amarante configurase e estrutura-se também em função de um rio, de uma paisagem, de uma estrada real, que antes de ser real já era eixo viário por onde circularam povos e civilizações antigas. Integrada neste contexto eco-topológico de forte singularidade, a cidade gatinha pelas colinas, agarrando-se ali, descansando acolá, desenhando neste palimpsesto de matriz antiga, pa-

*Professor no Curso de Arquitectura da ESAP/Porto.


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Cartoon&Património

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Repórter do Marão 18 Dezembro 2008

Cartoons de Santiago Papa Bento XVI

MARCO DE CANAVESES

Parque Fluvial do Tâmega é a nova porta de entrada É uma recente estrutura que promete ser um novo ex-libris da cidade de Marco de Canaveses. Junto ao rio Tâmega, é um local de passeio e de lazer que deverá acolher os amantes da água e da calma. Para ler um bom livro ou ainda conversar, sem contar com os amantes de desporto aquático, esse património de Marco de Canaveses vai reaproximar os habitantes do Tâmega, um rio que ainda hoje inspira artistas, escritores e corações. O Parque Fluvial do Tâmega, recentemente inaugurado, terá três pólos de atracção. O primeiro, de carácter mais desportivo e instalado na margem direita (Sobretâmega), é uma fluvina, com capacidade para 40 embarcações, juntamente com um edifício de apoio que alberga o centro náutico e, ainda, um restaurante com vista privilegiada sobre o rio. O segundo pólo de atracção, igualmente na margem de Sobretâmega, aproveita uma plataforma natural sobre o rio, tendo em vista a criação de condições para a prática de pesca desportiva através de dois passadiços sobre o Tâmega. Este espaço será servido por uma instalação amovível de apoio, de carácter sazonal, onde funcionará um bar, ins-

talações sanitárias e uma esplanada. Na margem esquerda, o espaço junto à Igreja de S. Nicolau foi reformulado com a criação de uma zona de estar e contemplação ao ar livre, que envolve, ainda, a instalação no rio de duas plataformas flutuantes para a acostagem de embarcações e para a prática de pesca desportiva. Estas plataformas permitem, igualmente, a realização de eventos de carácter cultural, contando, ainda, com o apoio de uma instalação com funcionalidades de bar e instalações sanitárias, de carácter sazonal e amovível. Fonte: CM Marco de Canaveses


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