Revista ACIC 37

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Tecnologia que cabe na palma da mão

A moda da confecção Private Label

As muitas faces do coaching

Treviso registra maior crescimento de Santa Catarina

LIDERANÇA EMPRESARIAL

Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe.

CRICIÚMA | SC | Nº 37 | R$ 9,99

Abrindo caminho Com força das entidades representativas, Sul ganha obras e nova perspectiva de crescimento


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Movimentamos sonhos



Apresentação A Revista Liderança Empresarial chega ao número 37 destacando as boas notícias registradas nos primeiros meses de 2013. Aprofundamos o projeto da Via Rápida, que teve suas obras iniciadas e deve ser a grande via de desenvolvimento de Santa Catarina. A inclusão das usinas de energia térmica a carvão nos leilões de energia também segue a linha das boas novas deste início de ano. O Engenheiro Fernando Zancan faz um detalhamento dos benefícios que esta energia traz em comparação com outras fontes energéticas, pelo caráter estratégico que o carvào exerce no país. Soma-se ainda ao destaque de desenvolvimento as matérias sobre o Plano Diretor de Criciúma e os prejuízos do atraso da BR-101 Sul. Falamos ainda de coaching e como esta ferramenta de treinamento se propõe a aprimorar a gestão nas empresas. Também o caso de sucesso da Ufo Way, que atua no exclusivo segmento de private label de confecções e tem ganhado cada vez mais destaque no setor. Ainda sobre gestão, apresentamos um estudo feito sobre Governança Corporativa A edição 37 traz ainda casos de sucesso no segmento de tecnologia e metalmecânica, artigos jurídicos, jovens empreendedores, o destaque nacional sobre o município de Treviso, a coluna da jornalista Joice Quadros e muito mais. Ana Sofia Schuster Editora

EXPEDIENTE | A revista Liderança Empresarial é uma publicação da ACIC - Associação Empresarial de Criciúma. Edição Ana Sofia Schuster | Assessoria de Imprensa ACIC. Projeto Gráfico Fernando Mangili. Editoração Cibele Córdova. Fotos Novo Texto Comunicação e Divulgação. Reportagens Ana Sofia Schuster, Cibele Córdova e Paula Darós Darolt. Contatos 48 3461-0900 acicri@acicri.com.br | novotexto@agencianovotexto.com.br Vendas Vilma Martinhago - 48 3461-0903. Rua Eernesto Bianchini Góes, 91 - Próspera - CX Postal 73 - CEP 88815030 - Criciúma - SC www.acicri.com.br



Sumário

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Engatando a primeira

Região Sul desenvolve mecanismos e programas de captação de recursos de agências e fundos para investimentos na área de infraestrutura

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Serra da Rocinha: uma luta que se estende há décadas

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ACIC reúne lideranças em palestra com Ministra Ideli

A interligação do Extremo Sul do Brasil com obra integrante do rol de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC

Duplicação da BR-101 Sul, aeroportos, carvão mineral e portos catarinenses pautaram a discussão com empresários

20

29 30

Prejuízos do atraso da BR-101 Sul chegam a R$ 32,7 bi

Estudo realizado pela Fiesc e Unisul aponta ainda prejuízos sociais, psicológicos e de autoestima para a região e conclusão das obras para 2017

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Zonas industriais como foco no Plano Diretor

ACIC propõe emendas para o Plano Diretor Participativo (PDP) que visam dar segurança às empresas da região

25 26

Artigo - Quais as perspectivas para 2013? Treviso registra maior crescimento de SC

Com PIB acima da média das demais cidades do estado, Treviso é selecionada para destacar a qualidade de vida no interior do Brasil

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A moda da confecção Private Label

Carvão volta ao foco da matriz energética

Empresa de Criciúma atua nos territórios nacional e internacional a partir de um modelo de negócios em expansão no Brasil

A Operação Hidrotérmica e as Térmicas a Carvão Mineral

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Esmalglass lança insumos para impressão HD


38

ICON inicia operação de Implementos Rodoviários

Almejando o topo de vendas no ramo, Grupo ICON lança uma novadivisão da empresa que já atua na América latina com máquinas e equipamentos

40

Cadastro Positivo muda para melhor o mercado de crédito

Presidente da Boa Vista Serviços afirma que novo cadastro beneficia consumidores e fornecedores de empréstimos

44

Recorde de vendas impulsiona setor automobilístico

53

Fazer o bem é uma questão de escolha...

54

Paulo Bens amplia parcerias e negócios no Sul

Há 12 anos no mercado, empresário é referência em consórcio imobiliário em Santa Catarina

60

As muitas faces do coaching

Entrevista com a consultora e palestrante Vanessa Tobias mostra que a moda do coaching vai além do ambiente corporativo e chega aos lares e relacionamentos

Setor projeta crescimento para 2013 após decisão do governo de seguir com as alíquotas reduzidas para o IPI

48

Consumidores ou pessoas?

O sucesso das empresas já não está mais na competência em vender um produto, mas na capacidade de estabelecer relacionamentos e fazer parte das comunidades

50

Fenafashion traz o mundo da moda para Criciúma

Evento espera receber mais de 10 mil visitantes qualificados para a maior Feira Nacional para a Indústria da Moda no Sul

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2013 – Um ano importante para o Design em Criciúma

42 32

Uma ferramenta que cabe na palma da mão

Os famosos aplicativos estão agradando o empresariado que busca no tablet ou smartphone, uma ferramenta de auxílio para o trabalho

Mais que jovens, são empreendedores

Eles identificam oportunidades no dia-a-dia e procuram dar início a uma carreira profissional promissora

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Mercado.Sul Por Joice Quadros


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Liderança Empresarial


Editorial A ACIC – Associação Empresarial de Criciúma acompanha com expectativa o início dos trabalhos do novo prefeito. Cumprida a etapa das novas eleições, onde a cidade viveu em compasso de espera por quase meio ano, é hora de ação e encaminhamentos. Em parceria com a CDL, AMPE e AJE apresentamos propostas e ouvimos os candidatos. Obtivemos o comprometimento do prefeito eleito Márcio Búrigo com estas demandas tão necessárias. Ouvimos dos candidatos ideias para muitas áreas. Soluções para a saúde, encaminhamentos para a mobilidade, melhorias para a educação e investimentos em infraestrutura. Acreditamos que muitas possam ser implementadas e que dêem resultados. Neste caso pode-se olhar o novo processo eleitoral como uma fonte de boas idéias e de um bom debate sobre o futuro de Criciúma. E é este ponto que a ACIC acredita ser o foco: o futuro da cidade. Para onde vamos? Qual o plano para os próximos 30 anos? A ACIC acredita que o momento é de baixar a guarda entre derrotados e vencedores. O passo seguinte é de construção. Se for desta maneira estaremos sempre juntos. Sugerindo, usando nosso poder de influenciar e de construir junto. Queremos ser parceiros no desenvolvimento, que será trilhado pelo novo Plano Diretor, pela Via Rápida que surge como um novo eixo de crescimento para a cidade e pelo trabalho efetivo do nosso Conselho de Desenvolvimento Econômico, para ficar apenas nestes que já estão encaminhados. Através da instalação de novas indústrias trazer novos recursos para movimentar a economia da cidade e que também vai elevar a renda da nossa população. Feita esta lição básica de casa é certo que teremos um PIB maior e voltaremos a galgar posições no topo das cidades mais ricas do Estado. Neste contexto vale ressaltar o papel de cidade pólo de Criciúma, que irradia a riqueza por toda a região, atraindo também investimentos de forma regional. Ressalto que esta retomada passa fundamentalmente pela nossa união. Precisamos olhar para frente e trabalhar de forma conjunta, município, governo do Estado, parlamentares e governo federal para que os investimentos venham e os resultados apareçam. Já perdemos tempo demais e o momento de começar não pode ser outro senão agora.

Olvacir José Bez Fontana Presidente da ACIC

Diretoria 2012 - 2013 Olvacir José Bez Fontana César Smielewski Nelcides José Damiani Iraide Piovesan Venício Neves Pereira Delir João Milanez Denizard Ferrão Ribeiro Diomicio Vidal Donato Zanatta Eduardo Zini Bertoli Flávio Spillere Junior Gilmar Menegon Hélcio Ramos de Jesus Julio César M. Wessler Lenir Dal Sasso Schambeck Luiz José Damázio Maria Julita Volpato Gomes Marli Maria Aguiar Michel Alisson da Silva Rui Inocêncio Tito Lívio de Assis Góes Valcir José Zanette

Presidente 1º secretário 2º secretário 1º tesoureiro 2º secretário


Desenvolvimento 10 |

Lideranรงa Empresarial


VIA RÁPIDA - NOSSA MAIOR OBRA Orçada em R$ 100 milhões, rodovia supera investimentos como o da Barragem do Rio São Bento e revela um novo marco do desenvolvimento no Sul. Assim pode ser definida a Via Rápida, a qual as obras foram iniciadas em fevereiro de 2013. A obra chega após anos sem grandes investimentos na região, destacando investimentos federais como a barragem do Rio São Bento e a BR-101. Esta nova realidade é a prova de que a cobrança das entidades e a representatividade de políticos e lideranças torna-se fundamental para que a região obtenha recursos. O caso da Via Rápida é um exemplo caro disto, em que desde o projeto, lideranças do Sul têm se empenhado para que uma obra deste vulto saia do papel e se transforme em realidade. Ainda falando em desenvolvimento e recursos que o fomentem, falamos ainda de BR-101, BR-285, Plano Diretor e a boa notícia referente à inclusão da energia térmica a carvão nos leilões de energia do Governo Federal. Todas as notícias mostram que as pedras estão rolando e os caminhos sendo abertos. O futuro, porém, requer fiscalização destas obras e viabilização de novos projetos.

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DESENVOLVIMENTO

Engatando a primeira HĂĄ seis anos o sul de Santa Catarina via sua maior obra de engenharia ser concluĂ­da. A construção da Barragem do Rio SĂŁo Bento, iniciada em 2001 foi um marco para a regiĂŁo, construĂ­da com investimentos de R$ 37 milhĂľes, dos quais 79% do governo federal e 21% da Casan. CRICIĂšMA

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Liderança Empresarial

A barragem representava o saneamento de um problema histórico que assombrava as cidades da Amrec: a falta de ågua. Após a mobilização da comunidade os recursos do governo federal garantiram a construção, entre Siderópolis e Nova Veneza. Concluída esta etapa, em 2006, anos se passaram sem grandes investimentos em obras estruturantes. A construção do anel viårio se transformou em novela de capítulos longos e ainda sem prazo para acabar. Em meio às lentas obras de duplicação da BR 101 sul e novas novelas como do aeroporto regional sul, em Jaguaruna, um novo movimento nascia, percebendo que de nada adiantava ter uma BR duplicada e um novo aeroporto, se as cidades da região estivessem praticamente sem caminhos råpidos para escoar sua produção. Desta percepção chegou-se à conclusão de que Criciúma, como cidade pólo do sul, estava ilhada, ligada


Cobrança de perto: Presidente da ACIC acompanha o dia-a-dia da via rápida em Criciúma

esta segunda proposta. Ainda no ano de 2005 o governo do Estado elaborava um raro documento que olhava para o futuro. No seminário Santa Catarina 2015 foi elaborado o Plano Catarinense de Desenvolvimento, junto à secretaria capitaneada por Fontana. A região possuía na época do governador, Eduardo Pinho Moreira, que assumia no último ano de mandato de Luiz Henrique da Silveira. No sul a secretaria de desenvolvimento regional era liderada por outro empresário, Édio Del Castanhel. Ainda no governo do estado outro nome despontava no trabalho ao novo projeto: Ivo Carminati. Retomando ao plano de desenvolvimento de Santa Catarina, o trabalho deu várias diretrizes para o planejamento do estado em dez anos. Ali falava-se em aumento da competitividade do estado. Mas como ser competitivo sem infraestrutura? A resposta do documento esta exatamente dar a infraestrutura necessária ao crescimento de empreendimentos, semperder o foco no meio ambiente.

O QUE ERA NECESSÁRIO

à BR 101 e, por conseqüência ao resto do mundo, por acessos truncados, esburacados e cheios de carros. O trajeto entre a cidade e a BR 101 transforma-se em uma experiência de paciência e riscos de acidente. Então no início da década começa-se a perceber a necessidade de trabalhar uma nova via de acesso para Criciúma. Esta via serviria a um novo propósito também: abrigar em seu curso empreendimentos industriais para uma Criciúma já sem áreas específicas a novos investimentos. Desta percepção e necessidade nascia a ideia de construir uma via expressa, mais tarde batizada de Via Rápida, como uma nova perspectiva para o desenvolvimento do sul. No ano de 2005, Criciúma ganhava

representatividade tanto no Legislativo, com oito deputados, quanto no executivo estadual. A pasta da secretaria de planejamento estava sob o comando do empresário Olvacir Bez Fontana. Convencido de que a via rápida seria um novo eixo de desenvolvimento para a região, o então secretário foi um aliado estratégico para tirar do papel a ideia da rodovia. O tema gerava polêmica entre a própria comunidade, onde o ex-prefeito e então deputado Décio Góes seguia a linha de que a via expressa deveria ser um prolongamento da avenida Centenário. Já a secretaria de planejamento acreditava que a via deveria seguir um novo traçado, com vistas a pensamento de criar um trajeto com novas perspectivas para a instalação de indústrias. Após debates e audiências públicas venceu

Potencializar os sistemas logísticos de Santa Catarina de modo a aumentar a capacidade de movimentação de cargas e consolidar o estado como centro integrador da plataforma logística do Sul do país para os mercados nacional e internacional

Fortalecer o processo de ampliação e manutenção da rede de rodovias pavimentadas do estado.

Manter a universalização do acesso e melhorar a qualidade do serviço de energia elétrica.

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Para promover estas e outras açþes definidas pelo grupo (veja quadro), o mesmo documento sugere que sejam criados mecanismos e programas de captação de recursos de agências e fundos para investimentos na årea de infraestrutura. E assim foi feito.

PLANO CATARINENSE DE DESENVOLVIMENTO Potencializ os sistemas logísticos de Santa Catarina de modo a aumentar Potencializar a capacidade capacida de movimentação de cargas e consolidar o estado como centro integrador da plataforma logística do Sul do país para os mercados nacional e internacional internacion Fortalecer o processo de ampliação e manutenção da rede de rodovias pavimentadas do estado. Manter a universalização do acesso e melhorar a qualidade do serviço de energia elÊtrica. Ampliar e melhorar a infra-estrutura de saneamento båsico visando a universalização do abastecimento de ågua, a ampliação dos serviços de coleta e tratamento de esgoto e resíduos sólidos. Ampliar a oferta de gås natural no estado, buscando atender novas regiþes e segmentos. Criar programas e açþes integradas para universalizar o acesso aos serviços de telefonia e comunicação. Criar mecanismos e programas de captação de recursos de agências e fundos para investimentos na årea de infraestrutura. Criar programas e açþes integradas para universalizar o acesso aos serviços de telefonia e comunicação.

INICIATIVAS EMPREENDEDORAS Promover a inovação e a agregação de valor nas cadeias produtivas de Santa Catarina

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Liderança Empresarial

Promover e apoiar a participação das empresas catarinenses nos mercados interno e externo

Implementar polĂ­ticas de apoio aos micro e pequenos empreendimentos

Estimular o ensino tĂŠcnico

em parceria com a iniciativa privada, entidades de classe e municĂ­pios


Com a definição do traçado por onde passaria a via rápida, o passo seguinte foi trilhar os caminhos do projeto. Na secretaria de Planejamento ele foi gestado, num relacionamento muito próximo com o secretário em Criciúma, Édio Castanhel. O trecho que separava Criciúma da BR teria aproximadamente 15 quilômetros. A polêmica ficaria por conta do local do início da rodovia. Questionado por moradores do Bairro Jardim Maristela, o projeto foi aos poucos sendo moldado a minimizar os impactos junto à comunidade, até chegar à proposta final. Sairia da Próspera, avançaria ao largo do bairro, sem cortá-lo ao meio, e rumaria pelo interior do município, passando por Içara, até à BR 101. E como não transformar este novo trecho em mais uma rodovia congestionada e cheia de obstáculos? A resposta veio com a proposta de duplicação das duas faixas, sobrepostas por vários viadutos que permitirão o tráfego de pedestres, e evitarão a instalação de lombadas e semáforos ao seu longo. O projeto elaborado pela Prosul Engenharia passou por pelo menos duas alterações para adequar às definições das audiências públicas feitas nos bairros onde a obra vai passar. Em paralelo às mudanças elaboradas o andamento da obra seguia por duas frentes: a captação dos recursos e os licenciamentos. Um nome fundamental neste processo foi do advogado Ivo Carminatti, na presidência da SC Parcerias. No órgão, ele tratou de dar andamento ao processo buscando todos os

licenciamentos, uma vez que a proposta inicial era de transformar a rodovia no primeiro empreendimento estruturante feito em parceria público-privada. A ideia barrou no Tribunal de Contas do Estado, o que obrigou o governo do Estado a mudar o rumo do projeto. Para Carminatti a obra é resultado de um trabalho bem pensado, que teve todos os seus passos bem resolvidos, desde a idealização do projeto, passando pelos licenciamentos e efetiva licitação. “Se fez todas as etapas. Foi uma bela história. Alguém tem que sonhar e alguém tem que realizar. A cidade vai ser uma antes e outra depois desta obra. Se há um consenso

entre todos é esta rodovia”, finalizou. Totalmente licenciada, a rodovia estava pronta para ser enquadrada no projeto que buscava recursos no Banco Mundial, o chamado BID IV. Esta seria decisiva para alavancar não só esta, mas todo um projeto do governo Raimundo Colombo com vistas a dar mais um passo no cumprimento do plano Santa Catarina 2015. No lançamento da obra, em Criciúma, em fevereiro de 2013, Colombo lembrou das dificuldades enfrentadas para conseguir aprovação dos projetos no governo federal no final de 2011, permitindo que o Banco Mundial liberasse os recursos para Santa Catarina.

O INÍCIO EFETIVO DAS OBRAS Em setembro de 2012 o governo iniciou o processo de licitação internacional para as obras do BID IV. Entre elas a via rápida de Criciúma. A conclusão da licitação foi anunciada no mês de novembro, na sede da ACIC, em Criciúma, pelo vice-governador Eduardo Pinho Moreira, e pelo presidente do Deinfra, Paulo Meller. A licitação teve como vencedoras as empreiteiras Ivaí, R$ 77.173.955,91, e Setep, 15.754.824,21. (veja detalhes dos projetos no quadro). Com a chancela do BID coube a Raimundo Colombo o papel de anunciar e dar início às obras. O evento foi sediado no bairro Jardim Maristela, em Criciúma, reunindo todos os personagens que fizeram parte da história da via rápida. Olvacir Bez Fontana, Ivo Carminatti, Édio Del Castanhel, Luiz Fernando Cardoso, Eduardo Pinho Moreira, Paulo Meller e

finalmente, Raimundo Colombo. Além destes, o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, destaca a participação do exgovernador Luiz Henrique da Silveira, que incentivu a realização do projeto em todos os mandatos, e também a equipe da Secretaria de Planejamento do Estado, da SC Parcerias e Deinfra que se emprenharam também no encaminhamento do projeto, licenciamentos e licitação da obra. Para o presidente da ACIC, a evolução da Via Rápida ao longo dos últimos anos foi resultado do empenho de lideranças do sul no governo do estado. “Destaco a importância especial dos nossos empresários, que se envolveram na luta por esta obra, mostrando a força que temos de buscar e cobrar os nossos pleitos.”, resume Olvacir Bez Fontana. www.acicri.com.br |

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SOBRE A VIA RÁPIDA Extensão 10422,95 m DEMANDA 22 mil veículos por dia (Atualmente na SC 445 que liga Içara a BR 101 trafegam diariamente entre 20 a 30 mil veículos).

CARACTERÍSTICAS A Via Rápida será uma continuidade da Avenida Centenário com duas pistas e duas faixas além de passeios e canteiros.

Neste ponto a via segue cruzando o interior do município de Criciúma na Segunda, Terceira e Quarta Linha.

Seguirá com características urbanas pela rua Vitalino Scremin por um quilômetro até o cruzamento com a rua Matias Ricardo Paz, onde foi projetado um desmembramento, com a implantação de três viadutos, de forma a garantir a fluidez no tráfego em todos os sentidos.

O afastamento entre as pistas permitirá que a triplicação e a quadriplicação sejam feitas entre elas, sem a necessidade de desapropriações futuras.

A partir deste ponto a via passa a ter características rurais, com duas pistas e duas faixas por pista e acostamento. Logo após a passagem superior sobre a rodovia, que já assegura espaço para a passagem da futura rodovia Leste oeste, a Via Rápida passa pela área onde deveria funcionar o Porto Seco. Mais adiante foi projetada a intersecção com o anel de contorno viário. O projeto conta com a implantação de dois viadutos, garantindo assim que o fluxo nas duas vias flua livremente.

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Liderança Empresarial

O projeto segue até o encontro com a BR 101, no quilômetro 385. Neste ponto foi projetado uma intersecção do tipo trevo completo, aproveitando os dois viadutos implantados, prevendo a execução de mais dois, fazendo com que todos os movimentos sejam feitos sem cruzamento entre os movimentos. A interseção também previu a ligação ao acesso sul do Balneário Rincão, permitindo a ligação entre os dois municípios.


DESENVOLVIMENTO

Modal ferroviário de SC pode ser exemplo Os traçados de uma nova malha ferroviária no Estado ganharam notoriedade nos últimos dias e é chegado o momento em que se tem consciência política, de que é preciso ter uma malha ferroviária como alternativa logística Ao governador Raimundo Colombo, a presidente Dilma Rousseff destacou que o Governo Federal vai investir em aproximadamente 1,6 mil quilômetros de malha ferroviária no Sul do Brasil. Em SC, três projetos estão em discussão para estabelecer uma logística mais eficiente e sustentável. Enquanto 25% de toda a carga brasileira é transportada por trens, no Estado Catarinense esse número não passa de 5%, cabendo ao sistema rodoviário escoar 76% de toda a produção. “Há setenta anos que não se investe em ferrovias e o prejuízo por esse erro é muito grande. O Brasil perde 80 bilhões de dólares por ano ao aproveitar pouco essa forma de transporte”, afirmou o governador. O número também é significativo: os prejuízos somam R$ 32 bilhões por ano

apenas com a ausência de duas ferrovias: uma litorânea integrando os portos e a outra fazendo a ligação da região Oeste com o Leste do Estado. Além do maior custo logístico, a presença de caminhões nas estradas e a falta de controle no peso transportado piora as condições das rodovias em Santa Catarina e aumenta a insegurança no tráfego. Autoridades defendem que é fundamental um traçado ferroviário capaz de descongestionar as rodovias, para o transporte de cargas, principalmente no que diz respeito ao escoamento dos produtos catarinenses, tanto para consumo interno quanto externo. Com as obras prontas, Santa Catarina sai na vanguarda, torna-se mais competitiva e será palco do melhor modelo logístico do país.

Ferrovia Tereza Cristina Com um total de 42 milhões de toneladas de cargas transportadas e investimentos que ultrapassam R$ 46,5 milhões, a Ferrovia Tereza Cristina, sediada em Tubarão, poderá trilhar um novo caminho. Concessionária privada de uma malha com 164 quilômetros de extensão, e atuando em 14 municípios no sul do Estado, está, hoje, isolada do sistema ferroviário nacional. A principal expectativa da FTC é a implantação dos projetos Ferrovia Litorânea e Ferrovia Leste-Oeste, que além de integrá-la à malha ferroviária brasileira, se constituirão em importantes corredores de cargas, ao permitir ampliar o acesso ferroviário aos portos e ao extremo Oeste de Santa Catarina, contribuindo, significativamente, para o desenvolvimento do Estado. Essa ampliação proporcionará o transporte de muitos outros produtos como cerâmica, granéis agrícolas e minerais, fertilizantes, metalúrgicos e siderúrgicos, produtos frigorificados, madeiras e derivados, carga geral e contêineres.

Próximas ações Execução dos projetos, que devem durar, aproximadamente 10 meses, e licitação. Tudo deve acontecer até o final deste ano: Ferrovia Litorânea

Ferrovia Leste-Oeste

Deverá ter 235,6 quilômetros de extensão, no segmento Imbituba – Araquari, permitindo interligar os portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul, além de incorporar a Ferrovia Tereza Cristina ao Sistema Ferroviário Nacional. Valor para execução, estimado em R$ 17,6 milhões. Está com seus estudos em fase final, o projeto básico completo está previsto para junho e o projeto executivo para dezembro.

Conhecida como a ferrovia da integração, com projeto de 848 quilômetros de extensão, no segmento Itajaí – Chapecó – Dionísio Cerqueira, e que deverá escoar a produção do oeste do Estado para os portos catarinenses, integrando os modais de transporte. Ferrovia Norte-Sul

Sai do oeste do Paraná, passando por Chapecó e chegando ao Rio Grande do Sul.

As obras já estão previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e no Plano Nacional de Logística e Transportes, e o estudo de viabilidade ambiental já foi iniciado. Também estão previstos para o novo sistema ferroviário catarinense contornos ferroviários em Joinville, Itajaí e Jaraguá do Sul. E a revitalização da ferrovia entre Mafra e São Francisco do Sul é outra obra prevista.


DESENVOLVIMENTO

Serra da Rocinha: uma luta que se estende hĂĄ dĂŠcadas TIMBÉ DO SUL Em meio a muita luta e o sonho do desenvolvimento, estĂĄ a Associação Empresarial de CriciĂşma – ACIC, levantando bandeiras pelo Sul e Extremo Sul do estado, unindo municĂ­pios e associaçþes empresariais para juntas fomentar o crescimento econĂ´mico e promover emprego e renda. Em janeiro, foi a vez de apoiar a Associação Empresarial do Vale do AraranguĂĄ – ACIVA, na pavimentação da BR – 285, que liga a divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina ao segmento de TimbĂŠ do Sul, conhecida como Serra da Rocinha, uma luta que permeia dĂŠcadas. Em janeiro, a ACIC acompanhou a apresentação do edital de licitação para as obras da Serra da Rocinha em TimbĂŠ do Sul. O evento contou com a participação da Ministra chefe da Secretaria de Relaçþes Institucionais, Ideli Salvatti, do Superintendente do Departamento de Infraestrutura e Transporte (DNIT), JoĂŁo Jose dos Santos, do presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, alĂŠm de deputados e prefeitos que se engajaram pela causa. A população da

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regiĂŁo do vale tambĂŠm esteve presente na sessĂŁo solene. A obra consiste na pavimentação de 22 quilĂ´metros da rodovia federal, incluindo a implantação de um contorno na ĂĄrea urbana de TimbĂŠ do Sul, com extensĂŁo de 4 km com duas pontes e quatro viadutos. Para o presidente da ACIVA, Alceu Pacheco, a luta pela Serra da Rocinha parece finalmente estar chegando ao fim. â€œĂ‰ um sonho secular. É uma luta de todos hĂĄ mais de 20 anosâ€?, comenta. A Ministra salientou que a obra, somada Ă s belezas naturais da regiĂŁo devem impulsionar o turismo em TimbĂŠ do Sul. “Esta obra por si sĂł vai gerar um atrativo turĂ­stico. NĂŁo tenho dĂşvidas tambĂŠm, que as praias do sul catarinense e gaĂşcho, serĂŁo beneficiadas com esta obra. Contando ainda com as obras da Serra do Faxinal e Serra do Corvo Branco, vamos potencializar o turismo em todo o sul do estadoâ€?, explica. Ideli destacou ainda, que outras obras como Aeroporto Regional de Jaguaruna, ampliação do Aeroporto de Forquilhinha e Porto de Imbituba, deverĂŁo formar um triangulo

pĂłlo entre as cidades do sul, bem como o jĂĄ existente entre FlorianĂłpolis, Blumenau e Joinville, impulsionando o desenvolvimento econĂ´mico. “Quando um empresĂĄrio vem para um municĂ­pio se instalar, a primeira coisa que ele pergunta ĂŠ se o local tem infraestrutura para o escoamento da produção. Estas obras trarĂŁo boas oportunidades. É a hora do Sulâ€?, complementa. Para o secretĂĄrio de Estado do Desenvolvimento Regional de AraranguĂĄ, Heriberto Afonso Schmidt, a obra, que ĂŠ uma das bandeiras de luta da 22ÂŞ SDR, proporcionarĂĄ a ligação de municĂ­pios pĂłlos da regiĂŁo Norte do estado do Rio Grande do Sul e do extremo Sul de Santa Catarina e proporcionarĂĄ o desenvolvimento do turismo. O Presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, citou a importância da parceria entre Governo Federal e Governo do Estado, atravĂŠs do DNIT e Deinfra, para o desenvolvimento de Santa Catarina. “Esta obra trarĂĄ um novo eixo, uma nova opção de mobilidade e inĂşmeros benefĂ­cios aos dois estadosâ€?, assegura.


ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS APÓIAM A CAUSA Promover o desenvolvimento econômico é sempre uma das causas mais debatidas entre as associações comerciais e empresariais. Desta vez não foi diferente, o presidente da ACIVA, afirma que a obra é uma das ações mais importantes para o desenvolvimento da região do vale. “Não tínhamos nenhum acesso pavimentado e vamos acabar com o isolamento à divisa com o Rio Grande do Sul. A rodovia servirá de acesso também para o escoamento de soja que vem de São Borja, além de ser um atalho para veículos que vem da Argentina”, explica Pacheco. Para Pacheco,a união de forças do sul formam um associativismo muito forte e representativo para o governo. “Foi muito importante recebermos o apoio da ACIC e de outras associações empresariais. A Serra da Rocinha já é uma luta de muito tempo e a ACIC nos apóia desde o mandato do Sr. Santos Longaretti. Não temos a pretensão de ser monopolista de movimentos. Por muitas vezes tivemos o apoio também das CDL’s além de forças

políticas que auxiliam nas nossas causas”, afirma. O presidente declara que a ACIVA luta pelo interesse comum. “Não queremos promover só o que é bom para o empresariado. Queremos qualidade de vida, bem estar da população e das camadas menos favorecidas”, finaliza. O vice-presidente da ACIC, César Smielewski, acompanhou o evento em Timbé do Sul e comenta que a entidade trabalha auxiliando o desenvolvimento econômico não só de Criciúma, mas de toda a região. “Não vivemos em uma ilha. O que há de se fazer é que toda a região cresça. Por isso, a ACIC leva todas as bandeiras que venham atender o Sul como esta em Timbé”, declara. Nos próximos meses, a ACIC irá promover um encontro com todos os prefeitos e associações empresariais da região para elencar as principais necessidades do sul. “Vamos unir nossas forças e lutar pelas prioridades que a região precisa para alcançar o desenvolvimento”, finaliza.

CONFIRA AS VANTAGENS

ENTENDA A OBRA A BR-285 é uma Rodovia Federal que inicia em Araranguá, Santa Catarina e termina na cidade gaúcha de São Borja, na divisa com a Argentina, cortando os dois Estados no sentido leste-oeste. Ela é um importante elo entre a região produtiva de grãos do Planalto Gaúcho e o pólo turístico do Litoral Sul de Santa Catarina.

Interligação do Extremo Sul do Brasil

divisa SC x RS No Rio Grande do Sul a mesma passa por 29 municípios e em Santa Catarina por 04 Municípios - Timbé do Sul, Turvo, Ermo e Araranguá. Ela possui no total 744,30 quilômetros de extensão, sendo que apenas 30,4 quilômetros ainda não receberam pavimentação. Destes, 22 quilômetros ficam no lado catarinense, e 8,4 no Rio Grande do Sul.

orçamento

Melhoria do escoamento da produção dos dois estados SC/RS

A obra está orçada em aproximadamente R$ 42 milhões para o trecho gaúcho e R$ 75 milhões para o trecho catarinense.

programa do governo A obra, integrante do rol de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, inclui duas pontes, quatro viadutos e a implantação de um contorno na área urbana de Timbé do Sul, com extensão de quatro quilômetros, para separar o tráfego de longa distância e o tráfego local. O prazo para execução dos serviços é de 900 dias a partir da assinatura da ordem de serviço.

Facilitação do trânsito e atração de turistas para a região, gerando mais emprego e renda www.acicri.com.br |

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PrejuĂ­zos do atraso da BR-101 Sul chegam a R$ 32,7 bi Estudo realizado pela Fiesc e Unisul aponta ainda prejuĂ­zos sociais, psicolĂłgicos e de autoestima para a regiĂŁo e conclusĂŁo das obras para 2017

CRICIĂšMA

“O atual cenĂĄrio vivenciado pela RegiĂŁo Sul e os prejuĂ­zos devido ao atraso das obras de duplicação da BR-101 Sul sĂŁo irreparĂĄveis. AlĂŠm de econĂ´micos, estamos falando tambĂŠm em prejuĂ­zos sociais, psicolĂłgicos e de autoestima, e sobre tudo isso nĂŁo conseguiremos voltar no tempo. Temos que pensar, entĂŁo, em como serĂĄ daqui para frenteâ€?. Este foi o alerta do professor Valter Alves Schmitz Neto durante reuniĂŁo promovida em março, em CriciĂşma, pela Federação das IndĂşstrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). O estudo faz parte de uma parceria da Fiesc com a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), a partir de reivindicaçþes dos empresĂĄrios da regiĂŁo, entre elas a Associação Empresarial de CriciĂşma – (ACIC). AlĂŠm do professor Valter, o estudo foi conduzido tambĂŠm pelos professores Gean Carlos Fermino e Jaison Coelho e demonstram por meio de metodologia cientĂ­fica que deixaram de ser geradas na regiĂŁo, atĂŠ dezembro de 2012, riquezas equivalentes a R$ 32,7 bilhĂľes. Valor correspondente a 4,6 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) registrado de 2005 a 2009 no Sul. Dentre as macro obras de infraestrutura, o retardamento no inĂ­cio e atraso na conclusĂŁo das obras de duplicação da BR-101 Sul constitui-se no principal fator gerador dos baixos Ă­ndices de desenvolvimento no Sul de Santa Catarina. A obra de duplicação, com base na Ordem

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de Serviços autorizada em 2005, foi orçada em 800 milhþes de dólares e previsão de tÊrmino para 2009. A pesquisa estima,

porĂŠm, conclusĂŁo para 2017, ou seja, com oito anos de atraso e um custo adicional de 534 milhĂľes de dĂłlares.


EM BUSCA DE SOLUÇÕES O presidente da Fiesc, Glauco JosĂŠ CĂ´rte, defende que “a infraestrutura adequada ĂŠ condição bĂĄsica para a competitividade do setor industrial e que o documento ĂŠ uma peça estratĂŠgica para que as lideranças catarinenses busquem nĂŁo sĂł a aceleração dos trabalhos de conclusĂŁo das obras, como tambĂŠm compensação pelas perdas. É uma questĂŁo de justiça com o Sul, que teve seu desenvolvimento retardadoâ€?. De acordo com o presidente da ACIC, Olvacir JosĂŠ Bez Fontana, o estudo foi bastante profundo e estratificou as principais necessidades da regiĂŁo. “Devemos aproveitĂĄ-lo agora pra recuperar parte do que foi perdido e, principalmente, nosso espaço diante das outras regiĂľes. Vamos disseminar esses dados para motivar as lideranças polĂ­ticas e empresariais a concluĂ­rem o que falta. A ACIC pretende criar um movimento de multiplicação da regiĂŁo como potencial e nĂŁo apenas

de crescimento em tamanho�, pontua Fontana.

Investimentos Diante dos números encontrados pela Fiesc/Unisul foram realizados encontros com as associaçþes empresariais de Araranguå, Içara, Criciúma, Jaguaruna, Braço do Norte, Tubarão e Imbituba para identificação e priorização de investimentos e obras macro estruturantes para incrementar o processo de desenvolvimento regional, gerando riqueza e agregando valor. Entre elas: modernização do Porto de Imbituba; conclusão da BR-285, a qual interliga São Borja (RS) ao litoral catarinense; interligação da Ferrovia Teresa Cristina com a malha nacional, ao Norte; implementação de equipamentos, estruturas e infraestrutura turísticas integradas no Sul de Santa Catarina e celeridade nos processos e nas obras da Rodovia SC-100 (Litorânea), por exemplo.

Para o estudo “Impacto econĂ´mico do atraso nas obras de duplicação da BR-101 Sul sobre o desenvolvimento econĂ´mico no Sul de Santa Catarinaâ€? foram selecionados e comparados 44 indicadores competitivos entre cidades de referĂŞncia ao sul e ao norte, utilizando-se as metodologias que tomam como base o Ă?ndice de Vantagem Competitiva - do professor de Harvard Michael Porter, e um modelo matemĂĄtico desenvolvido pelos autores do trabalho, que levou em consideração a variação do PIB em relação aos investimentos nas obras de duplicação. O documento confrontou Ă­ndices como: taxa mĂŠdia de crescimento populacional, desenvolvimento humano, incidĂŞncia de pobreza, taxa de natalidade e mortalidade, balança comercial, nĂşmero de empresas, de pessoas por companhia e de empregos formais, taxa de criação de empresas e empregos e salĂĄrios mĂŠdios, sendo constatado que o desenvolvimento do Norte de Santa Catarina ĂŠ 31,6% superior ao do Sul.

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Zonas industriais como foco no Plano Diretor Associação Empresarial de CriciĂşma – ACIC propĂľe emendas para o Plano Diretor Participativo (PDP) que visam dar segurança Ă s empresas da regiĂŁo CRICIĂšMA

A partir de recursos assegurados no Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, no Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂ´mico e Social – BNDES, na Corporação Andina de Fomento – CAF, alĂŠm de recursos prĂłprios do orçamento do Estado, o secretĂĄrio de Infraestrutura de Santa Catarina, Valdir Vital Cobalchini, anunciou em janeiro de 2013 que o estado “vai virar um canteiro de obrasâ€?. Um investimento projetado em mais de R$ 2 bilhĂľes e que serĂŁo aplicados no biĂŞnio 2013-2014, principalmente em rodovias, restauraçþes e revitalizaçþes da malha rodoviĂĄria, transporte aĂŠreo e portos. A Associação Empresarial de CriciĂşma - ACIC vĂŞm acompanhando todos os projetos que envolvem o Sul do estado, pautando suas atividades no que se refere ao Aeroporto Regional de Jaguaruna, o Porto de Imbituba, Trecho Sul da BR-101, Via RĂĄpida, Anel ViĂĄrio, entre outros, em um processo de mobilização em busca do desenvolvimento regional. Em CriciĂşma, a ACIC ĂŠ responsĂĄvel tambĂŠm pela elaboração do Plano Diretor Participativo (PDP) que, no dia 28 de dezembro de 2012, passou a vigorar em lei. Transformando-se em um projeto polĂŞmico e com apelo popular, o PDP estava em discussĂŁo desde o ano 2000, contabilizando

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um total de 123 reuniĂľes do governo municipal com delegados, vereadores e representantes da sociedade, atĂŠ a elaboração de sua versĂŁo final. Enviado pelo governo do municĂ­pio, o projeto de lei estava na Câmara de Vereadores desde 15 de dezembro de 2009, quando em novembro de 2012 foram aprovadas 146 emendas. De acordo com o prefeito em exercĂ­cio em 2012, ClĂŠsio Salvaro, a sanção da lei do PDP sĂł foi possĂ­vel apĂłs o parecer tĂŠcnico da Secretaria de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana, por meio da DivisĂŁo de Planejamento FĂ­sico e Territorial (DPFT) e do parecer jurĂ­dico da Procuradoria Geral do MunicĂ­pio. “O Plano Diretor estabelece com clareza as diretrizes para as ĂĄreas residenciais, industriais e comerciais em CriciĂşma e onde ĂŠ possĂ­vel empreender com segurança. EstĂĄ em condiçþes de ser sancionado, nĂŁo sendo mais apenas um projeto, mas uma leiâ€?, destacou Salvaro.

A participação da ACIC A ACIC participou diretamente de seis emendas do PDP, que de acordo com o assessor da presidĂŞncia, Mario Gaidzinski, representam melhorias para as ĂĄreas industriais da regiĂŁo. “A ACIC propĂ´s inicialmente 13 emendas que vieram a ser

condensadas em apenas seis para a versĂŁo final. Basicamente, elas fazem menção a correçþes de alguns vĂ­cios de origem e ao aumento das zonas industriais, dando segurança Ă s empresas jĂĄ instaladas e Ă s futuras que ainda virĂŁoâ€?, explica Mario. Durante as mais diversas açþes neste contexto, a ACIC participou tambĂŠm de visitas de campo realizadas junto Ă consultora responsĂĄvel, Hardt Planejamento, em que foram visitadas todas as ĂĄreas onde foram propostas as mudanças, sejam elas de zoneamento, parâmetros urbanĂ­sticos, entre outros. De acordo com o vice-presidente da ACIC, CĂŠsar Smielewski, a sanção do PDP significa um passo de extrema importância para o desenvolvimento da cidade, pois abre espaço antes nĂŁo existente para as empresas. “SĂŁo dois pontos importantes que se referem ao fato de nĂŁo haver mais a insegurança jurĂ­dica, e que a partir de agora haverĂĄ geração de novas ĂĄreas para a instalação de empresas. PrevisĂŁo, inclusive, para os prĂłximos 15 anos. A ACIC lutou muito pela viabilização dessas ĂĄreas, as quais destacamos seis: Anel ViĂĄrio; Jorge Lacerda; Luiz Rosso; Via RĂĄpida; SebastiĂŁo Toledo dos Santos e BR-101â€?, comemora Smielewski.


O QUE DIZEM AS PROPOSTAS A ACIC verificou a necessidade das Zonas Industriais serem trabalhadas em seção específica do Plano Diretor, procurando viabilizar o crescimento sustentável e sustentado do município de Criciúma. As propostas da ACIC são:

Emenda nº 23 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009 Acrescenta inciso IV ao parágrafo único do art. 139, conforme: Art. 139. Nas vias que delimitarem duas zonas, ambos os lados poderão pertencer à zona que tiver maior índice de aproveitamento (IA), estabelecido no Anexo 10:Tabela dos Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo Municipal desta Lei, exceto nos limites com as Zonas Industriais (ZI) e nas Zonas de Especial Interesse (ZEI). Parágrafo Único. A delimitação física das zonas de uso é determinada pelo seu perímetro, definido em projeto, por uma linha

que deverá percorrer vias de circulação, limites de lotes e poligonais topográficas, assim definidas: I - (...) II - (...) III - (...) IV – Com exceção das Zonas Industriais que serão tratadas em subseção específica: “Subseção V das Zonas Industriais”.

Emenda nº 24 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009 Dá nova redação ao § 3º e acrescenta § 4º ao artigo 144, conforme: Art. 144. Zonas Industriais (ZI): destinadas ao uso industrial de grande porte e de potencial poluidor, de acordo com as orientações dos órgãos públicos fiscalizadores do meio ambiente, complementado com o uso de serviços e comercial, relacionados à atividade industrial, sendo permissíveis usos residenciais atrelados aos usos industriais, subdividida em: I - (...) II - Zona Industrial 2 (ZI2): zona que pela sua localização contígua à infra-estrutura existente, à área urbanizada e de boa acessibilidade, permite a concentração de indústrias de médio e grande porte com baixo ou médio potencial poluidor, conforme legislação específica de órgãos de meio ambiente. § 1º (...) § 2º (...) § 3º. A zona de transição definida no §2º deverá ser isolada através de uma “barreira verde”, ou outra forma de barreira física em conformidade com as exigências técnicas dos órgãos de planejamento municipal legalmente instituído e demais órgãos ambientais competentes, para fins de evitar conflitos decorrentes das atividades industriais em andamento ou mesmo da implantação destas.” § 4º. Os limites das zonas industriais conforme Anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, poderá utilizar a totalidade das profundidades dos terrenos e/ ou glebas contidas nesta zona com testada voltada para as ruas, avenidas e rodovias, após

análise técnica do Órgão de Planejamento Municipal legalmente instituído. I - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado na Rodovia Jorge Lacerda, conforme anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, será de 500 metros numa faixa paralela a esta rodovia, sendo que esta área será limitada pela Z-APA (Zona – Área de Preservação Ambiental). II - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado na Rodovia Luiz Rosso, conforme Anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, será de 300 metros numa faixa paralela a esta rodovia. III - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado na Rodovia Sebastião Toledo dos Santos / SC 445, conforme Anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, será de 300 metros numa faixa paralela a esta rodovia. IV - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado no Anel Viário, entre o trecho da SC 443 e da SC 446, conforme Anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, será de 300 metros numa faixa paralela a estas rodovias. V - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado no Anel Viário, entre o trecho da Rodovia Jorge Lacerda e a Avenida Universitária, conforme anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, será de 300 metros numa faixa paralela a esta rodovia. VI – Caso as profundidades dos terrenos e/ou glebas ultrapassem as faixas definidas nos incisos anteriores, permanecem as disposições do § 3º, deste artigo.

continua

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Emenda nº 25 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009 Acrescenta parágrafo único ao artigo 148, conforme: Art. 148. Após estudos técnicos ambientais de ocupação, após análise técnica do Órgão de Planejamento Municipal legalmente instituído e dos órgãos públicos de meio ambiente e aprovação do Conselho de Desenvolvimento Municipal – CDM, tais áreas deverão ser recuperadas de acordo com os condicionantes e exigências das atividades pretendidas para a instalação, respeitando as características sócio urbanas e/ou rural e ambientais do entorno em que está inserida.

Parágrafo único. As glebas contidas na Zona Especial Interesse da Recuperação Ambiental Urbana (ZEIRAU), conforme Anexo 9; Mapa de Zoneamento Municipal, localizadas nas proximidades da Rodovia Jorge Lacerda, da Ferrovia Teresa Cristina e da SC 445, serão definidas, preferencialmente, para o uso industrial, caso as diretrizes e condicionantes da área e futuro uso assim o permitam, onde os parâmetros urbanísticos a serem adotados serão os mesmos da Zona Industrial 2 (Zl-2)”.

Emenda nº 26 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009 Acrescenta parágrafo único ao artigo 150, conforme: Art. 150. A Zona de Especial Interesse de Estudos Posteriores (ZEIEP): Compreende o zoneamento dos terrenos ou glebas voltados para futuros projetos de vias, diretrizes viárias, anéis viários e demais correlatos. Estas áreas serão objeto de estudos posteriores, após análise técnica do Órgão de Planejamento Municipal legalmente instituído e aprovação do Conselho de Desenvolvimento Municipal.

Emenda nº 27 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009 Acrescenta parágrafo único ao artigo 150, conforme: Art. 150. A Zona de Especial Interesse de Estudos Posteriores (ZEIEP): Compreende o zoneamento dos terrenos ou glebas voltados para futuros projetos de vias, diretrizes viárias, anéis viários e demais correlatos. Estas áreas serão objeto de estudos posteriores, após análise técnica do Órgão de Planejamento Municipal legalmente instituído e aprovação do Conselho de Desenvolvimento Municipal.

Parágrafo Único: Os terrenos com testada para as vias marginais da futura via rápida, entre a Rodovia Alexandre Belloli (1ª Linha) e o limite municipal Criciúma - Içara serão considerados de uso industrial, com os parâmetros urbanísticos referentes à zona de uso ZI-2 (Zoneamento Industrial 2), a faixa será de 500 metros paralela a esta rodovia.

Emenda nº 28 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009 Acrescentar no Anexo 10: Tabela dos Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo Municipal, no quadro ZI-2 (Zoneamento Industrial 2), dentro do quadro permitido, a Indústria Tipo 3 – I3.

Visualize a íntegra do Plano Diretor na página da Prefeitura de Criciúma www.criciuma.sc.gov.br

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CarvĂŁo volta ao foco da matriz energĂŠtica CRICIĂšMA

O governo brasileiro evitou um recente colapso de energia no pais acionando as usinas tĂŠrmicas a Ăłleo, gĂĄs e carvĂŁo mineral. Com as reservas hidrĂĄulicas em nĂ­veis muito baixos, estas fontes tĂŠrmicas conseguem segurar o sistema em operação porque nĂŁo dependem de condiçþes climĂĄticas. “A crise que se vislumbra no setor elĂŠtrico estĂĄ fazendo com que o governo se volte para o carvĂŁo mineral para que este minĂŠrio contribua para que se evite racionamento de energia e apagĂľesâ€?, pondera Ruy HĂźlse, presidente do Sindicato da IndĂşstria da Extração do CarvĂŁo do Estado de Santa Catarina (Siecesc). No estado catarinense, as minas de carvĂŁo mineral vendem mais de 95% de sua produção para a geração de energia na Usina TermelĂŠtrica Jorge Lacerda, da Tractebel Energia, em Capivari de Baixo. A entrega contratual ĂŠ de 200 mil toneladas mĂŞs do mineral, mas, devido a crise de energia, esta compra estĂĄ na faixa de 260 mil toneladas mĂŞs. Na avaliação do engenheiro de Minas ClĂĄudio Benetton Zilli, Assessor TĂŠcnico do Siecesc, apesar de jĂĄ ter chovido o suficiente para equilibrar a geração hidrĂĄulica, o governo mantĂŠm estratĂŠgicamente esta produção maior de energia tĂŠrmica para evitar novas ameaças ao sistema, mantendo

mais altos os níveis dos reservatórios das hiderelÊtricas. Neste contexto, volta à mesa das prioridades a discussão em torno dos Leilþes de Energia A-5 com a participação do carvão mineral, suspensos desde 2008 no país. Em mobilização do setor dia 19 de março, em Brasília, o governo federal admitiu a realização de novos leilþes, com a participação do Ruy Hßlse, presidente do Siecesc carvão mineral. Para dar continuidade ao assunto, estå havendo destacou as usinas tÊrmicas a carvão uma congregação de esforços das Federaçþes das Indústrias mineral entre as suas prioridades. Dia 22 de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, de março o carvão mineral foi tema de bem como das Assembleias Legislativas reunião da Fiesc, em Florianópolis, e um destes dois estados produtores de próximo encontro sobre o tema estå carvão mineral. Na Fiesc, o presidente marcado para o dia 02 de abril, em Porto Glauco Côrte instituiu o Comitê do Carvão, Alegre (RS). Na oportunidade, deverão coordenado pelo engenheiro Clåudio estar reunidas lideranças dos dois estados Benetton Zilli e, na AssemblÊia Legislativa, para anålise da situação e definição de o deputado estadual Joarez Ponticelli, estratÊgias de trabalho pela valorização ao tomar posse na presidência da casa, do carvão mineral.

A crise que se vislumbra no setor elĂŠtrico estĂĄ fazendo com que o governo se volte para o carvĂŁo mineral para que este minĂŠrio contribua para que se evite racionamento de energia e apagĂľes

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A Operação Hidrotérmica e as Térmicas a Carvão Mineral Eng. Fernando Luiz Zancan PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO CARVÃO MINERAL - ABCM

m 2009, publiquei esse artigo e creio ser oportuno revisita-lo face ao momento atual onde se discute, devido ao baixo nível dos reservatórios, o planejamento do sistema elétrico nacional. Na mídia aparece as usinas térmica como caras e sujas. Aparece que elas vão aumentar o custo da energia. Ocorre que na realidade é que elas tem uma função vital na segurança energética do Brasil e seguro tem um custo, o que podemos discutir é se o menor. O sistema elétrico brasileiro tem característica operacional própria e original entre os grandes sistemas do mundo, em função da elevadíssima proporção de energia hidráulica que utiliza. Nas usinas hidráulicas o aflúvio aos reservatórios depende da meteorologia, com ciclos anuais e plurianuais. A otimização do uso da energia hidráulica requer confronto entre valores presentes e futuros, especialmente quanto à água acumulada nos reservatórios. As usinas termelétricas têm, nesse contexto, papel relevante de otimização do uso dos recursos hídricos, apesar de sua pequena contribuição à geração total de eletricidade. Cada usina termelétrica, conforme sua tecnologia e condições de suprimento de combustíveis, caracteriza-se pela sua maior ou menor flexibilidade na geração de energia complementar à de origem hidráulica. Classifica-se, em função disso a sua capacidade em uma parcela flexível e outra inflexível. A coordenação da operação hidrotérmica brasileira, conforme hoje se conhece, consolidou-se a partir do fortalecimento da integração física dos sistemas elétricos sul e sudeste impulsionado pela construção de Itaipu. Também da lei de Itaipu de 1973 veio o princípio de ‘‘rateio de ônus e vantagens decorrentes do consumo de combustíveis fósseis para geração de energia elétrica’’ e criou-se a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) que hoje tida é um dos vilões do custo da energia elétrica. Na prática a programação da geração térmica complementar

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é feita anualmente com base em metodologia que envolve grande número de informações e é aplicada através de complexo modelo de computação. Dessa programação resulta a expectativa de consumo de combustíveis e o respectivo rateio do seu custo total. Com essa complementação termelétrica, é possível realizar a otimização do sistema, porque, se a térmica for flexível, quando há água em abundância numa região, as usinas térmicas deixam de ser despachadas e gera-se energia elétrica barata com a água que ia ser jogada fora. O mecanismo de otimização dos sistemas elétricos interligados, trouxe ganhos significativos e dispêndios moderados. Fazendo uma analise do período de 1985 a 1999, com dados do GCOI, o benefício da operação do sistema hidrotérmico resultante do aproveitamento de energia hidrelétrica secundária propiciado pela capacidade flexível das usinas térmicas, e medida pelo valor da geração térmica evitada, foi de US$ 345 milhões anuais. No mesmo período o dispêndio médio com a aquisição de combustíveis para a geração térmica foi de US$ 153 milhões. Em termos relativos as despesas com a compra de combustíveis por esse mecanismo girou em torno de 2% do faturamento total das concessionárias de distribuição do sistema interligado que, em termos finais, traduz-se por tarifas mais baixas para o consumidor final. Quantificando com outro método o sistema de operação de forma cooperativa, o resultado do todo traz mais energia do que a soma do máximo das partes. Isso fez com que o país evitasse se sobreequipar e sobreinvestir em US$ 10 bilhões em duas décadas, atendendo um mercado 24% maior do que poderia ser atendido se o sistema fosse operado com cada usina buscando se maximizar. A necessária ampliação na capacidade instalada de geração, que está sendo preponderantemente hidráulica, necessitará de energia firme. Deve-se levar em conta que a capacidade de armazenagem


de água nos reservatórios – entenda-se energia - está caindo, em face da redução dos reservatórios por exigência ambiental: as usinas hidráulicas antigas tinham reservatórios com capacidade de armazenamento de 0,51 Km2/MW e hoje temos apenas 0,06 Km2/ MW. Teremos a cada vez mais a necessidade e a conveniência da operação hidrotérmica otimizada. Espera-se uma participação de até 30 % da potência total instalada de térmicas no sistema interligado. Portanto, aumentado-se as hidráulicas teremos que inexoravelmente crescer as térmicas, mas a elevada participação hidráulica na matriz ainda deverá perdurar ao longo das próxima década. Tratando-se especificamente das usinas térmicas, cabe ressaltar que na Lei 9648/98 a CCC foi praticamente extinta, restando apenas no sistema isolado, que tem um conceito diferente e não deve ser usada para efeito de comparação. O novo modelo do setor elétrico, criado pelo governo Lula, que tem como uma de suas principais premissas a modicidade tarifária, reconheceu o modelo hidrotérmico e suas vantagens para a Sociedade. O modelo de leilão para a energia nova implementado pela MME com gestão da EPE traz, no seu bojo, o pagamento da disponibilidade das usinas e ao mesmo tempo o pagamento do despacho (combustível) inserido na tarifa paga pelo consumidor, valor variável conforme a necessidade do sistema. A velha CCC volta de outra forma. Com a MP 579/12, reduziu-se a conta da energia, mas os encargos continuam a existir incluindo o pagamento dos combustíveis das usinas térmicas. O custo do seguro é pago pelos consumidores que precisam de garantia de energia e isso faz parte do modelo hidrotérmico brasileiro. Hoje temos grandes discussões sobre o aumento das tarifas, que estão em níveis de primeiro mundo. Creio que os resultados do modelo de leilão de energia nova devam ser reavaliados. O mercado é muito criativo e muitas vezes as condições de contorno, ocultas ou que não bem avaliadas pelo órgão gestor desta política, levam a distorções no resultado esperado. Vejamos: assimetrias tributárias e distorções nos dados de entrada nos modelos de leilão levaram a instalação de um parque térmico exclusivamente a óleo combustível que, se despachado acima do previsto na modelagem, elevarão o custo final da energia ao consumidor. Portanto a modicidade tarifária estará comprometida. Outras conseqüências são: a) o excesso de oferta no nordeste e carência no sul e sudeste devido a restrições de transmissão e, b) a incerteza do custo de combustível devido à volatilidade dos preços do petróleo e do gás, que são a base desta expansão até 2014. Entendemos que isso é um processo de aprendizagem e, portanto, sujeito a ajustes. Leilões regionais, modificação dos parâmetros do leilão no calculo do ICB, tal como o uso da matriz originaria do calculo da garantia física para o calculo do COP/CEC devem ser considerados como forma de otimização do modelo. O MME já está fazendo leilões de reserva para biomassa e para eólicas, porque não fazer para outras fontes? Porque não

avançar em projetos estruturantes? A visão de planejar o Pais com usinas renováveis sem capacidade de estocar energia (eólicas, hidro sem reservatório, PCHs) como usinas de segurança do sistema precisa ser reavaliada. As mudanças climáticas não podem ser a principal razão para a expansão. A baixa hidraulicidade de 2012/13 confirma a importância das térmicas e o acerto da operação do modelo hidrotérmico.

É importante manter os benefícios da otimização hidrotérmica. Reconhecendo-se a característica essencial do nosso sistema hidrotérmico que é a necessidade de geração térmica flexível ajustada à hidrologia de cada ano. Mister se faz viabilizar a implementação de um parque térmico de usinas a carvão mineral. Adicionalmente ao exposto sobre a importância da operação hidrotérmica para o Brasil, especificamente quanto a térmicas flexíveis, cujo combustível pode ser estocado, cabe salientar as vantagens macroeconômicas do aproveitamento do carvão mineral nacional para o abastecimento de energia elétrica em nosso País, em especial: combustível em moeda nacional (sem influência do câmbio), menor impacto na balança de transações correntes, geração de emprego e renda e disponibilidade de reservas para suprir cerca de 18 mil MW em mais de 100 anos o que contribui para a segurança energética do Brasil. Temos a certeza que se adotarmos a política energética correta, sem “demonizar” ou agregar externalidades ao custo da geração a carvão – como taxação ou compensação de gases de efeito estufa – num país que precisa crescer e usar todas suas fontes de energia para tal, teremos uma matriz equilibrada que contemplará, a modicidade tarifária - preservando nossa competitividade industrial – a segurança energética e a preservação ambiental.

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ACIC reĂşne lideranças em palestra com Ministra Ideli Salvatti CRICIĂšMA

Lideranças polĂ­ticas e empresariais da regiĂŁo Sul reuniram-se na Associação Empresarial de CriciĂşma – ACIC no dia 22 de fevereiro para a palestra com a Ministra das Relaçþes Institucionais, Ideli Salvatti, sobre o tema “Programas de Incentivo do Governo Federal para o Setor Produtivoâ€?. No evento foram abordados temas relacionados Ă duplicação da BR-101, investimento nos aeroportos, influĂŞncia dos portos catarinenses, a competitividade do setor financeiro com reduçþes dos juros bancĂĄrios e das taxas de energia, por exemplo, entre outros assuntos. De acordo com o presidente interino da ACIC, CĂŠsar Smielewski, as reuniĂľes e discussĂľes da entidade ultrapassam a microeconomia, sendo a macroeconomia um destaque, jĂĄ que as açþes governamentais sĂŁo as maiores incentivadoras para a decisĂŁo e realização de investimentos pela classe empresarial. “Aproveitamos a oportunidade e importância da Ministra na hierarquia da Administração Federal para externar aquilo que ĂŠ recorrente nas pautas da ACIC, jĂĄ que esta desempenha uma inegĂĄvel influĂŞncia na regiĂŁo e suas bandeiras conseguem unanimidade por privilegiar, justamente, a coletividadeâ€?, pontua Smielewski. Para a Ministra, o Sul tem sido prioridade nas discussĂľes do Governo Federal e

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Duplicação da BR-101 Sul, aeroportos, carvão mineral e portos catarinenses pautaram a discussão com empresårios

por isso a importância do debate com o setor empresarial. “Estamos em constante preocupação em oferecer ao Sul as mesmas condiçþes de desenvolvimento de outras

regiĂľes de Santa Catarina e tambĂŠm do Brasil. Este debate respeita o papel relevante que CriciĂşma possui frente Ă regiĂŁo, fazendo que tenha a atenção que precisaâ€?, destaca Ideli.

Aspectos econĂ´minos para ampliar o desenvolvimento Entre os tĂłpicos discutidos, a Ministra tambĂŠm ressaltou que estĂŁo previstas reformas para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS e para o gĂĄs natural. “Estamos enfrentando uma verdadeira guerra fiscal no maior imposto do paĂ­s que ĂŠ o ICMS. NĂŁo tem sido simples, mas prevemos reformas. AlĂŠm disso, prevemos mudanças para o gĂĄs natural, insumo que juntamente com a energia ĂŠ o que mais impacta de modo significativo na vida econĂ´mica e empresarial brasileiraâ€?, avalia. Para o vice-presidente da ACIC, Delir Milanez, umas das principais movimentaçþes da regiĂŁo Sul envolve o setor cerâmico, e sĂŁo necessĂĄrias reavaliaçþes sobre as concessĂľes do gĂĄs natural, assim como para as taxas de câmbio. “Estamos preocupados, pois hĂĄ uma desindustrialização, ou seja,

um sucateamento da indĂşstria nacional. Precisamos ampliar as discussĂľes sobre o temaâ€?, complementa. O presidente do Sindicato da IndĂşstria de Extração de CarvĂŁo do Estado de Santa Catarina - Siecesc, engenheiro Ruy HĂźlse, tambĂŠm aproveitou a oportunidade para solicitar apoio do Governo Federal para o carvĂŁo. “Com as recentes dificuldades energĂŠticas enfrentadas pelo paĂ­s, demonstra-se a necessidade de utilização de todas as fontes de energia. Sugerimos, portanto, que o carvĂŁo mineral seja incluĂ­do nos leilĂľes de energia, e que sejam concedidas as mesmas vantagens para nos tornarmos competitivos como, por exemplo, linhas de crĂŠdito para modernização das minasâ€?, relata HĂźlse. ApĂłs o evento, foi realizada uma entrevista coletiva com a imprensa do municĂ­pio de CriciĂşma.


DESENVOLVIMENTO

Quais as perspectivas para 2013? O fraco desempenho da economia brasileira ficou evidente com a divulgação dos números do PIB. A economia cresceu 0,9% em 2012, resultado que é o pior desde a recessão de 2009 e inferior ao obtido pela China (7,8%), Índia (5%), México (3,9%), Estados Unidos (2,2%) e Japão (1,9%). Apenas os países europeus ficaram abaixo do Brasil. Mas o ponto mais negativo, entre os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi a queda de 4% nos investimentos. Sem a ampliação da capacidade produtiva e logística, diminui o potencial de crescimento da economia a longo prazo e aumenta o risco de uma alta na inflação. Na esperança de reverter a queda, a equipe econômica anunciou uma nova tentativa de atrair investidores privados para os projetos de rodovias e ferrovias, oferecendo condições mais rentáveis para os possíveis investidores privados. Ao mesmo tempo, o governo tenta aprovar uma lei que abre à iniciativa privada o investimento em portos. É O RECONHECIMENTO DE QUE A ESTRATÉGIA DE USAR O ESTADO COMO INDUTOR DO CRESCIMENTO COLECIONOU APENAS UM PIB PÍFIO. As contas públicas estão em rápida deterioração. O relatório do Tesouro Nacional mostrou em novembro um rombo de nada menos de R$ 4,3 bilhões na condução das finanças do governo central, o primeiro resultado negativo desde o meio de 2011. Em 12 meses, a meta do superávit primário (sobra de arrecadação para pagamento da dívida) ficou em apenas 1,9% do PIB, quando deveria ser de 3,1% do PIB. O desequilíbrio das contas públicas leva ao risco de atiçar ainda mais fortemente a inflação, que também não conta com ajuda da política monetária (política de juros), porque a decisão do governo foi também soltar as rédeas das emissões de moeda.

O prejuízo maior pode ser a percepção de que os desequilíbrios da economia se aprofundem e, com eles, se fragilize ainda mais a confiança na política econômica. Que alternativas as lideranças poderão buscar para aumentar a capacidade de investimentos em sua região? Um país, um estado, uma região não pode ser melhor, mais rica e mais bem preparada do que as pessoas que a compõem. As lideranças de nossa região devem se ater para as competências coletivas no sentido de angariar recursos para o seu desenvolvimento. Uma das alternativas será buscar junto ao Governo Federal uma fatia maior na distribuição dos recursos oriundos da

Marli Maria de Aguiar Vice-presidente da ACIC

receita para os Estados e Municípios. Outra opção é o empenho no sentido de que a divisão dos royalties do petróleo conceda uma fatia maior dos recursos arrecadados destinados a estados e município onde não há produção. Royalties são tributos pagos mensalmente ao governo federal pelas empresas que extraem petróleo, como compensação por danos ambientais causados pela atividade. Hoje, os royalties perfazem 10% do valor do petróleo produzido, sendo que nos blocos do présal, os royalties serão de 15%. A expectativa dos não produtores (como por exemplo Santa Catarina) é ampliar de R$ 1,2 bilhões para mais de R$ 8 bilhões, em 2013.

BLOCOS ATUAIS (LICITADOS)

BLOCOS NOVOS (QUE SERÃO LICITADOS)

2012

2013 EM DIANTE

2013

2020

ESTADOS NÃO PRODUTORES (EX: SC)

1,75%

1,75%

21%

27%

MUNICÍPIOS NÃO PRODUTORES (REGIÃO DE CRICIÚMA

7%

7%

21%

27%

Uma distribuição em percentuais maiores para os Estados e Municípios exigirá uma maior responsabilidade, uma maior cobrança e, por conseguinte, uma gestão mais eficiente dos recursos e investimentos. O Congresso Nacional derrubou em 07 de março os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei que redistribui os royalties do pré-sal (12.734/12). Com o fim dos vetos, Estados e Municípios não produtores de petróleo podem receber parte dos

royalties arrecadados com contratos de exploração já em vigor. Os vetos tinham o objetivo de manter esses recursos nas mãos dos Estados produtores - Rio de Janeiro, Espírito Santo e também São Paulo. As lideranças políticas e empresariais do Sul de Santa Catarina têm para 2013 motivos muito fortes no sentido de colocarem suas competências coletivas em ação com o objetivo de buscar recursos significativos para o desenvolvimento de nossa região. www.acicri.com.br |

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Treviso registra maior crescimento de SC Com PIB acima da mĂŠdia das demais cidades do estado, Treviso ĂŠ selecionada para destacar a qualidade de vida no interior do Brasil TREVISO

ApĂłs a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos municĂ­pios pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE), em dezembro de 2012, o municĂ­pio de Treviso entrou em pauta nas mais diversas discussĂľes polĂ­ticas e empresariais. O municĂ­pio, inclusive, foi o selecionado catarinense a participar do programa Globo RepĂłrter, da Rede Globo, que em janeiro deste ano acompanhou a cultura e os hĂĄbitos da população trevisana. O programa cujo tema “A boa vida nas cidades do interior do Brasilâ€? foi transmitido em rede nacional no mĂŞs de março. Toda essa movimentação ocorre porque Treviso registrou o crescimento mais expressivo entre as cidades de Santa Catarina, durante os anos de 2009 e 2010. O Ă­ndice de uma das cidades mais italianas do Sul chegou a 71,52%, bastante acima da mĂŠdia de Santa Catarina que registrou crescimento de 17,47%. Nos dados apurados pelo IBGE, constatou-se que 224 municĂ­pios (76,4%) obtiveram crescimento, ao contrĂĄrio dos 69 municĂ­pios com resultado negativo.

O carvão como princípio O PIB Ê a soma de todas as riquezas produzidas pela cidade e a agricultura, agropecuåria, avicultura, algumas unidades fabris e o comÊrcio constituem a base econômica do município de Treviso. O destaque, porÊm, refere-se à extração do

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carvĂŁo mineral. De acordo com o prefeito, JoĂŁo RĂŠus Rossi, o carvĂŁo ĂŠ o principal motivador da atual qualidade de vida da população local, contribuindo para o aumento do poder aquisitivo das famĂ­lias. “Aproximadamente 75% da economia do municĂ­pio provĂŠm do carvĂŁo. Hoje, ĂŠ nossa maior fonte de renda. E foi ele que desencadeou toda essa qualidade, apesar de seu passado e de sua relação com o meio ambiente. Mas evoluiu muito e hoje, com toda a fiscalização, ĂŠ possĂ­vel uma produção que esteja em sintonia e respeite o meio ambiente. Temos que considerar tambĂŠm a instalação de mineradoras que empregam nosso povo e contribuem para a melhoria das condiçþes de vidaâ€?, explica o prefeito.

Lugar para se viver O desenvolvimento da cidade de Treviso, alĂŠm do fator econĂ´mico, envolve um conjunto de açþes que, para o prefeito, sĂŁo os motivos para transformarem a cidade em a melhor para se viver. O povo acolhedor, a gastronomia e as belezas naturais como trilhas, lagoas e cachoeiras sĂŁo potenciais turĂ­sticos. “Por aqui ainda temos energia elĂŠtrica em todo o perĂ­metro urbano e rural, transporte escolar para 100% do municĂ­pio, 100% de cobertura de coleta de lixo, temos equipes da saĂşde da famĂ­lia que abrangem todo o municĂ­pio, e as nossas estradas sĂŁo boas. Damos essa

25,2% da população de SC estå concentrada em 5 cidades: Joinville, Itajaí, Florianópolis, Blumenau e Jaraguå do Sul. Juntas, estas detêm 37,9% do PIB catarinense.


PERSPECTIVAS PARA O FUTURO

condição para o morador da zona rural se deslocar para o centro da cidade para trabalhar, retornando ao final do dia para o campo com tranquilidade”, enumera o prefeito. O secretário de Planejamento de Treviso, Ernany Moreti, explica que um dos maiores desafios é crescer em todos os segmentos, mas de maneira organizada e atraindo investidores. “Ainda somos um município novo devido à emancipação de Siderópolis. Conquistamos nossa internet banda larga em 2007, a primeira linha de telefone em 2010, casa lotérica em 2011 e agência dos Correios em dezembro de 2012, por exemplo. Temos hoje esta qualidade para os moradores que já estão aqui. Para os que virem no futuro, é preciso, porém, que tenhamos mais investidores que possam gerar mão-de-obra e ofertas de emprego”. A funcionária de uma loja de moda e confecção, Rosimere Maria Pagani, acredita que o município evoluiu em diversos aspectos nos últimos anos e a divulgação em rede nacional é benéfico para apresentar as belezas locais. “Nós moradores, porém, ficamos um pouco apreensivos com essa divulgação, devido à alta demanda que possa aparecer por aqui. Ficamos preocupados, principalmente, com a segurança. Mas mesmo assim acredito que a transmissão é ótima para movimentarmos ainda mais a economia daqui”, avalia.

De acordo com o prefeito de Treviso, estão previstas algumas ações que tendem a contribuir ainda mais para o crescimento do município. Elas fazem de um Plano de Desenvolvimento Econômico para diversificar a economia da cidade. A pavimentação da Rodovia SC-447, que liga Treviso a Lauro Müller e a possível construção de uma usina termelétrica, um projeto da Usina Termelétrica Sul Catarinense (Usitesc) são os dois principais fatores. “Com a rodovia vamos ter o planalto serrano interligado ao litoral, ou seja, turismo para o ano todo com o verão ligado ao inverno. E quanto à termelétrica, estimamos a geração 1.200 empregos diretos e cerca de 5 mil indiretos”, ressalta João. Moreti acrescenta que o prolongamento da ferrovia, de Siderópolis a Treviso, também é fundamental para atrair investidores para a região, pois ligaria, por exemplo, o município ao Porto de Imbituba. “Já temos o projeto pronto e todos os estudos sobre os impactos ambientais. O que falta é a aplicação de fato”, pontua. “Crescer continuamente, de maneira ordenada e com qualidade é nosso desafio maior. Para nós foi um orgulho sermos reconhecidos entre as cidades catarinenses para o programa em rede nacional. Acredito que vai despertar o interesse de grandes investidores. E isso mostra que estamos no caminho certo”, conclui o prefeito.


Uma ferramenta que cabe na palma da mĂŁo Os famosos aplicativos estĂŁo agradando o empresariado que busca no tablet ou smartphone, uma ferramenta de auxĂ­lio para o trabalho CRICIĂšMA A tecnologia estĂĄ cada vez mais a nosso favor e quando o assunto ĂŠ ferramenta de trabalho entĂŁo, as empresas fabricantes de celulares e computadores nĂŁo poupam idĂŠias e lançam frequentemente produtos novos no mercado. Com a chegada dos smartphones, acessar a internet se tornou muito mais rĂĄpido e fĂĄcil, facilitando tambĂŠm a vida do empresariado que necessita diariamente consultar agendas, e-mail e etc. HĂĄ cerca de trĂŞs anos, outro xodĂł dos “tecnomanĂ­acosâ€? vem tomando conta do mercado digital. Os tablet’s jĂĄ ocupam o lugar dos computadores portĂĄteis como, notebooks e netbooks. Anotar tudo em uma agenda jĂĄ ĂŠ coisa do passado pra muita gente, hoje se tornou prĂĄtico depositar a confiança e a rotina profissional na tela de um celular ou tablet. É possĂ­vel compartilhar informaçþes e carregar milhĂľes de anotaçþes, projetos e documentos na palma da mĂŁo, deixando pra trĂĄs os antigos portfĂłlios, ĂĄlbuns de fotografia ou atĂŠ mesmo a famosa agenda. Neste universo de novidades, o consumidor pode optar por celulares mais equipados como os aparelhos da Apple, com sistema IOS, ou de outras marcas com sistema Android. A diferença estĂĄ na velocidade do processador, sensibilidade ao toque, capacidade de armazenamento, aplicativos, durabilidade da bateria entre outras funçþes. De acordo com o coordenador de vendas da LJ informĂĄtica, Lourival Henrique JĂşnior, o Brasil ainda estĂĄ atrasado para o uso de tanta tecnologia. “Os produtos chegam para nĂłs bem depois que sĂŁo lançados. Outro problema ĂŠ a internet. NĂŁo temos 3G em todos os lugares e a velocidade ĂŠ baixaâ€?, explica. Mesmo assim, toda tecnologia tem atraĂ­do os olhares do empresariado e dado

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aquela “mĂŁo na rodaâ€? na correria do dia-adia. Para o profissional da ĂĄrea de marketing, jovem empreendedor, Renan Fogaça, depois da chegada dos smartphones organizar as tarefas da semana fica mais fĂĄcil. “AlĂŠm de eu usar o Iphone como celular para trabalho, ele ĂŠ portĂĄtil e eu levo para todos os lugares. Tenho tudo em um Ăşnico aparelho, faço fotos, recebo e mando e-mails, faço pesquisas rĂĄpidas na internet quando encontro redes wifi ou 3G. É muito Ăştilâ€?, comenta. Os tablet’s e smartphones jĂĄ sĂŁo ferramentas de trabalho indispensĂĄveis. Em 2012, a venda destes aparelhos em CriciĂşma dobrou e o perfil do comprador ĂŠ variado. “Quando o Ipad foi lançado era muito caro, depois vieram outros tablet’s mais baratos e ficou mais acessĂ­vel para o consumidor. No natal esgotamos nosso estoque e vendemos para crianças, jovens, mas para muito adulto que precisava para usar no trabalhoâ€?, revela o coordenador de vendas. Segundo Lourival, diversas empresas jĂĄ tĂŞm adotado os aparelhos como ferramenta para os funcionĂĄrios. “Fizemos vendas em conjunto para empresas. As pessoas querem cada vez mais um material leve e que se apresente melhor para o cliente. Muitos representantes jĂĄ estĂŁo adotando o tablet ao invĂŠs do portfĂłlio ou o notebookâ€?, conta.


ELEMENTOS DA TECNOLOGIA Confira alguns aplicativos que a equipe da revista Liderança Empresarial selecionou para você, que como todo profissional do milênio, vive atarefado. HoursTracker É uma agenda digital que permite controlar horários e compromissos. Para prestadores de serviço que cobram por hora, permite controlar o tempo para cada cliente ou projeto. Compatível: iPhone.

LinkedIn Versão para dispositivos móveis da rede social para negócios. Permite ter acesso ao perfil de outros empreendedores e executivos e criar ou manter o próprio networking. Compatível: iPhone e Android.

CamCard É um scanner para cartões de visita. Em um clic, você fotografa o cartão e o software reconhece nome, empresa, e-mail e telefones criando um novo contato automaticamente na agenda do aparelho. É ideal para quem possui muitos cartões de visita e não tem paciência de procurá-los ou até mesmo espaço para guardar. Compatível: iPhone e Android.

TeamViewer Aplicativo que permite acessar o computador do escritório em qualquer lugar. É uma boa ferramenta para o empreendedor que passa o dia fora do escritório supervisionando sua equipe ou se reunindo com fornecedores e precisa consultar algum documento salvo no computador da sua sala. Compatível: iPhone e Android.

Dropbox O aplicativo nada mais é do que uma espécie de HD virtual. Uma pasta que armazena dados, podendo modificar e salvar pelo aplicativo a qualquer momento sem ocupar espaço na memória do aparelho. Compatível: iPhone e Android.

DocumentsToGo Voltado para quem precisa editar e não apenas ler os arquivos do programa Office, da Microsoft. É compatível com a maioria das versões do Office, de 1997 a 2007. Permite criar textos no Word, planilhas do Excel e apresentações do PowerPoint. Também é um leitor de arquivos em PDF. Há uma versão gratuita do programa, mas não permite a edição dos arquivos. Compatível: sistemas iOS e Android

Vôos Online Aplicativo que permite verificar o horários dos voos, se estão com atraso, informações do trânsito e rotas para chegar aos aeroportos. Compatível: iPhone e Android.

IBIS CRICIÚMA

Logmein De maneira criptografada, o aplicativo permite realizar transferências do seu computador do trabalho para um e-mail ou exibi-lo no tablet. Desta maneira, é possível acessar um arquivo importante caso você tenha esquecido de levar para uma reunião, por exemplo. É preciso instalar o programa no seu computador também. Compatível: sistemas iOS e Android.

SUA BOA NOITE DE SONO É NOSSA PRIORIDADE Nossos quartos modernos são tranquilos, com isolamento acústico e ar condicionado. O acesso Wi-Fi é gratuito. Para sua reunião oferecemos uma confortável sala de convenção com 50m².

APROVEITE PARA COMER ALGO COMO E QUANDO VOCÊ DESEJAR Nosso restaurante é aberto ao publico das 19:00hrs as 22:30hrs, com pratos Á la Carte. O bar está aberto 24 horas com bebidas variadas e pratos rápidos.

Memeo Connect Reader Sincroniza automaticamente todos os seus documentos do Google Docs. É compatível com os formatos do Office, PDFs, fotos e vídeos. Indicado para fazer apresentações de PowerPoint, consultar planilhas e ainda escrever textos no tablet da Apple. Os diferentes tipos de arquivos ficam agrupados por pastas. Compatível: sistemas iOS (iPad e iPad 2).

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A moda da confecção Private Label Empresa de Criciúma atua nos territórios nacional e internacional a partir de um modelo de negócios em expansão no Brasil

CRICIĂšMA Uma empresa que produz um produto com a marca de outra empresa. Este ĂŠ o princĂ­pio de um empreendimento Private Label (PL) que pode atuar nos mais diversos segmentos como acessĂłrios, eletrĂ´nicos, alimentĂ­cios, confecçþes e atĂŠ mesmo cartĂľes de crĂŠdito. Trata-se de um modelo de negĂłcios em que a empresa detentora de uma marca, geralmente grandes redes varejistas, terceiriza o processo produtivo, focando-se assim nas vendas e divulgação da prĂłpria marca e nĂŁo no ciclo operacional da mercadoria. Localizada em CriciĂşma, a Ufo Way ĂŠ uma empresa de confecção 100% Private Label. Contando com um grupo de aproximadamente 300 colaboradores diretos e produção mĂŠdia de 200 mil peças por mĂŞs, ĂŠ administrada pelo fundador e diretor-

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presidente, Valdir Moretto, e seus dois filhos Dickson e Grasiela Moretto, diretores de produção e administrativa, respectivamente. A empresa, fundada em 1987, possui parque fabril especializado no segmento de jeans, trabalhando com diversas variaçþes dele em camisas, calças, bermudas, saias e coletes, por exemplo.

Eles sĂŁo “fashionistasâ€? O processo produtivo inicia com o desenvolvimento de um protĂłtipo, uma peça modelo que serĂĄ apresentada ao cliente, de acordo com suas exigĂŞncias e necessidades. Basicamente, inicia no setor de estilo, recebe cadastro no sistema para ordem de produção, segue para a modelagem, encaixe, corte, costura,

lavanderia, e customização para os acabamentos e inserção das etiquetas externas. Um perĂ­odo que leva de trĂŞs a quatro dias atĂŠ a entrega do modelo para a anĂĄlise e aprovação do cliente. AlĂŠm de SĂŁo Paulo e Fortaleza, a matĂŠriaprima ĂŠ importada do PaquistĂŁo, segundo o diretor de produção, Dickson Moretto. Quando o protĂłtipo ĂŠ aprovado pelo cliente, iniciam os procedimentos em larga escala em um perĂ­odo que leva aproximadamente 45 dias. “Somos uma ferramenta na mĂŁo de nossos clientes, uma empresa que industrializa o produto e entrega na loja do cliente jĂĄ etiquetado e pronto para a venda. NĂłs ditamos e vendemos moda, alĂŠm de um fast fashion comprometido com as principais tendĂŞncias mundiais, e o cliente ĂŠ o responsĂĄvel pela divulgação da loja, pelas


vendas e todo o trabalho de marketing da marca. Não queremos ser a maior, mas uma referência no segmento PL para as grandes redes. Essa é nossa missão”, destaca Dickson. De acordo com Grasiela, a Ufo Way atende a grupos importantes de magazines do mercado nacional e internacional, além de marcas de médio e pequeno porte. Os desings são inspirações de viagens de pesquisa, principalmente ao continente Europeu, em busca de informações de outras marcas que são referência no mercado. “Montamos uma coleção sempre dentro das necessidades e do foco de cada cliente, sendo preciso, portanto, entender a essência de cada um. Os últimos cinco anos foram muito bons, com todas as metas alcançadas e com perspectivas de crescimento já definidas até 2020”, revela.

UM HOMEM DE NEGÓCIOS Quando iniciou os trabalhos em 1987, Valdir Moretto, hoje aos 58 anos, não contava com nenhuma experiência no segmento da confecção. As primeiras atividades no ramo, inclusive, envolvia apenas comprar roupas de outras empresas e revender para outras lojas, principalmente do Sul, em Porto Alegre, e também na fronteira do país com o Uruguai. “Nasci em Siderópolis e com origem no campo, com os pés no chão e no meio da mata. Sou o mais velhos de 12 irmãos. Aos 16 anos saí de casa para aprender mecânica, trabalhando um ano inteiro de graça para aprender a mexer com automóveis. Meu primeiro emprego foi na Jugasa”, relembra Valdir. Em 1974 passou a trabalhar na Prefeitura de Criciúma, acreditando hoje, que na época foi um dos funcionários os quais ajudaram na construção da Avenida Centenário. “No dia 1º de abril de 1977 comecei a trabalhar na mina, e no dia 4 nasceu meu primeiro filho. Eu estava embaixo da mina e nunca esqueço como tudo aconteceu. Mais ainda quando fui para o Pará, em 1983, para trabalhar em uma mina na selva Amazônica. Foram quatro anos muito difíceis, pois não existiam recursos, comunicação, rodovias. Para chegar lá

só de barco ou avião. Foi uma superação também porque fiquei oito meses sem ver minha família”. O retorno para Criciúma aconteceu em 1987, quando deu início às atividades voltadas às roupas. Para Valdir, foram muitos anos de aprendizado, experiência e dificuldades com negócios mal realizados e até de saúde. Porém, perseverança é uma palavra a qual ele se identifica muito. “Passei por muitas dificuldades neste meio tempo, mas sempre tive uma perseverança muito forte de vencer. E fui pegando conhecimento e absorvendo as experiências. E isso vale para qualquer atividade, ou seja, deve-se acreditar e ter prazer no que se está fazendo, com capricho e dedicação. Sem esquecer, de modo algum, de respeitar e valorizar as pessoas que estão a sua volta”. As demais metodologias de trabalho da Ufo Way, em confecção, foram sendo reduzidas de forma gradual até a especialização em Private Label há aproximadamente dez anos. São duas unidades em Criciúma, incluindo um parque fabril que está sendo ampliado de sete para 12 mil m². A empresa também ampliou sua atuação nos segmentos de terraplanagem e transporte de cargas secas.

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Esmalglass lança insumos para impressĂŁo HD CRICIĂšMA

Na Ăşltima edição da revista Liderança Empresarial, trouxemos as trĂŞs empresas Criciumenses que foram premiadas pelo Guia das revistas VocĂŞ S/A e Exame por estarem entre as 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil. Nesta edição, vocĂŞ vai conhecer outra vencedora do Sul, que alĂŠm de ter alto grau de satisfação dos colaboradores, foi elencada pela revista Mundo Cerâmico como a melhor empresa fornecedora de colorifĂ­cios, insumo fundamental para a produção do porcelanato. Participando pela primeira vez do Guia, alcançar o prĂŞmio ainda nĂŁo era o principal motivo da inscrição. De acordo com o gerente de design e marketing da empresa, JĂşlio CĂŠsar Napoli, estar entre as 150 melhores empresas para se trabalhar era uma meta traçada para 2015. “Fizemos um planejamento estratĂŠgico e estruturamos diversas metas para alguns anos. Uma delas era estar no prĂŞmio da revista VocĂŞ S/A e Exame, porĂŠm, veio mais cedo do que esperĂĄvamos. Planejamos para 2015, entĂŁo no ano passado nos escrevemos para ver como funcionava na prĂĄticaâ€?, explica. Em 2011, o Guia recebeu cerca de 600 inscriçþes de empresas de todo o paĂ­s, o que dificultou os trabalhos dos jornalistas do Guia e os profissionais da Fundação Instituto de Administração (FIA), responsĂĄvel pela metodologia do anuĂĄrio

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desde 2006. Juntos, Guia e FIA, realizam um trabalho baseado em uma rigorosa seleção e anĂĄlise. Para JĂşlio, na prĂĄtica, concorrer ao prĂŞmio nĂŁo ĂŠ tĂŁo fĂĄcil quanto parece. “Todos os nossos funcionĂĄrios foram entrevistados. Os diversos questionĂĄrios amplos e especĂ­ficos demandaram tempo e horas extras para responderâ€?, conta. Como de praxe, apĂłs a inscrição e preenchimento de todos os questionĂĄrios, a Esmalglass tambĂŠm recebeu a visita dos jornalistas do Guia. “Ficamos surpresos tambĂŠm com a autenticidade do concurso. Todo o material de questionĂĄrio veio lacrado. JĂĄ quando recebemos a visita dos representantes da revista, sentimos que gostaram da empresa, pelo asseio do ambiente, mas, tambĂŠm nĂŁo esperĂĄvamos um resultado tĂŁo satisfatĂłrioâ€?, revela. Junto com a conquista, estar entre as 150 melhores para se trabalhar nĂŁo quer dizer ser uma empresa 100%. Como todas as outras, a Esmalglass tambĂŠm recebeu um relatĂłrio com sua pontuação e alĂŠm dos pontos altos e positivos na satisfação do colaborador, conheceu tambĂŠm os pontos a serem melhorados. “Gostamos de receber o relatĂłrio e conhecer estes pontos que podemos melhorar. Alguns jĂĄ estavam em planejamento e outros jĂĄ estamos nos moldando para alcançar maiores patamares em qualificaçãoâ€?, afirma.

Vista aÊrea da unidade fabril e equipe Esmalglass Morro da Fumaça

PrĂŞmio Mundo Cerâmico AlĂŠm de estar entre as 150 melhores para se trabalhar, em 2012, a Esmalglass foi lembrada mais uma vez pela revista Mundo Cerâmico, uma das mais conceituadas no ramo. A publicação, que premia os melhores fornecedores para empresas fabricantes de porcelanato, elencou pela 9ÂŞ vez, em 10 anos, a Esmalglass como melhor fornecedora de colorifĂ­cios. â€œĂ‰ muito gratificante recebermos pelo 9Âş ano este prĂŞmio. Para estar na Revista Mundo Cerâmico, temos que ser citados pelos nossos clientes. O processo de seleção ĂŠ direto, eles perguntam quem ĂŠ o melhor fornecedor em determinado produto e aĂ­ sai o resultadoâ€?, explica.


LANÇAMENTOS HĂĄ 35 anos no mercado mundial, o Grupo Esmalglass – Itaca possui 11 sedes espalhadas por oito paĂ­ses. De origem espanhola, o Grupo chegou ao Brasil em 1988 e montou sua primeira fĂĄbrica em CriciĂşma. Com o crescimento em ritmo acelerado, em 1994 transferiuse para Morro da Fumaça onde opera atualmente. Hoje, a Esmalglass ĂŠ uma das lĂ­deres no mercado nacional em desenvolvimento de produto: fritas, esmaltes, corantes, tintas para impressĂŁo digital e granilhas. AlĂŠm disso, a empresa fornece assistĂŞncia tĂŠcnica, design de produto, auxilio e soluçþes para o cliente.

Acompanhando toda tecnologia, a empresa tambĂŠm estĂĄ Ă frente em insumos para impressĂŁo digital. “A impressoras HD mudaram todo o conceito de fabricação, pode-se imprimir qualquer tipo de imagens e atĂŠ fazer porcelanatos em auto relevo e a Esmalglass estĂĄ sempre inovando neste tipo de insumoâ€?, comenta. O Grupo, que passou por uma recente reestruturação, estĂĄ preste a lançar na Espanha, novidades em esmaltes e efeitos para impressĂŁo digital. “Assim que os produtos forem lançados na matriz, automaticamente começamos a vender e produzir aqui em Morro da Fumaça tambĂŠmâ€?, finaliza.

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ICON inicia operação da unidade de Implementos RodoviĂĄrios Almejando o topo de vendas no ramo, Grupo ICON lança uma novadivisĂŁo da empresa que jĂĄ atua na AmĂŠrica latina com mĂĄquinas e equipamentos CRICIĂšMA

HĂĄ mais de 40 anos no mercado industrial de mĂĄquinas e equipamentos, as Empresas ICON construĂ­ram desde 1972 uma histĂłria de tradição e credibilidade, baseada no trabalho em equipe, dedicação e profissionalismo. Com fortes clientes espalhados pela AmĂŠrica latina, a ICONpassa a ocupar um novo nicho de mercadocom o lançamento da ICON Implementos RodoviĂĄrios.Um projeto ousado, feito por quem entende do assunto e que mais uma vez, coloca uma empresa criciumense entre as melhores fornecedoras de equipamentos. A empresa, que jĂĄ produziu uma linha de patrolas, aproveitou a vocação e resolveu abrir um novo ramo dentro do grupo com dois objetivos principais, aproveitar melhor o parque fabril e trabalhar com um produto de venda mais regular. “O fato de termos produzido uma linha de patrolas nos despertou esta ideia. Como atualmente trabalhamos com um mercado muito oscilante, decidimos optar por trabalhar tambĂŠm com implementos rodoviĂĄrios jĂĄ que ĂŠ mais constanteâ€?, explica o gerente comercial, engenheiro Henrique Becker Serafim. Optar por um ramo de grande competitividade exigiu da ICON a excelĂŞncia em profissionais capacitados. De acordo com o engenheiro Mauro Losso, a empresa oferecerĂĄ produtos com a mesma qualidade dos atuais produtos. “Trouxemos tĂŠcnicos especialistas para fazer parte da equipe. A ICON ĂŠ conhecida por produtos de alta qualidade e nĂłs começamos um novo braço da empresa com os melhores profissionais do ramo na regiĂŁoâ€?, comenta.

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Mauro afirma que esta ĂŠ uma linha de implementos rodoviĂĄrios segmentada, que vem atender um pĂşblico exigente em estĂŠtica e qualidade. “Oferecemos aos clientes a possibilidade depersonalização, customizando os implementos de acordo com as necessidades de cada clienteâ€?, explica.

Planejamento Com uma marca sĂłlida ereconhecida no Brasil inteiro, a ICON Implementos RodoviĂĄrios jĂĄ entrou no mercado com confiança. “Queremos nos tornar lĂ­der do ramoâ€?, assegura Losso. Em 2013, o novo ramos daempresa que jĂĄ atinge vendas nos trĂŞs estados do sul, espera expandir

os negĂłcios e aproveitar o mercado que estĂĄ aquecido com a copa em 2014. “Visando o momento nos prĂłximos quatro anos, com o Brasil sendo sede da copa do mundo, vamos ter um ponto alto da construção civil. Portanto, concluĂ­mos que era uma boa hora de entrar neste ramoâ€?, complementa Serafim. Com um sistema de vendas por representação, a ICON projetou para este ano, concluir toda a estrutura de vendas no paĂ­s, complementar o mix de produtos e consolidar a marca. “A expectativa ĂŠ de um mercado bastante dinâmico. Temos um mixdiversificado na linha dos implementos rodoviĂĄrios e com isso estamos confiantes.â€? Acrescenta o gerente comercial.


QUALIDADE APROVADA PELO CLIENTE A ICON Implementos Rodoviários entra no mercado com 12 produtos e deverá atingir até o final do ano, toda linha leve e pesada para caminhões. Os produtos são confeccionados sob medida e tem um prazo de entrega de até 30 dias CompoucosmesesaICONImplementos Rodoviários já vem contabilizando um bom retorno do mercado e agradando o consumidor. “Apesar de sermos novos no ramo, já recebemos elogios de vários clientes. A partir de2013 o mercado deve aquecer e isso já está refletindo na empresa. O mercado está respondendo com boa receptividade”, afirma Losso. A Retroterra Terraplanagem foi um dos primeiros clientes da empresa,começou comprando uma caçamba de 15 metros cúbicos. Para o diretor técnico, Nidson Colombo, a ICON passa segurança por sua tradição no mercado. “Acredito que fomos um dos primeiros clientes da ICON Implementos Rodoviários e o fato de ser

uma empresa reconhecida nacionalmente nos deixou muito seguros na hora de fechar negócio”, comenta. Com uma frota de 30 caminhões, a

CIPAIS PRINCIPAIS PRODUTOS DA LINHA LEVE Caçamba Basculante Caçamba Standard Caçamba Basculante Reforçada Caçamba Basculante Linha Minério Caçamba Basculante Abertura Lateral Caçamba Basculante Graneleira

Retroterra jáadquiriu três caçambas com a ICON. “A empresa presta um excelente serviço, além de estar sempre a disposição para qualquer acabamento”, finaliza.

CIPAIS PRINCIPAIS PRODUTOS DA LINHA PESADA Semirreboque Porta-Contêiner Semirreboque Carga Seca Semirreboque Graneleiro Semirreboque Basculante Semirreboque Basculante Vanderléia Semirreboque base

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Cadastro Positivo muda para melhor o mercado de crédito Boa Vista Serviços S/A O consumidor brasileiro e as instituições financeiras que concedem crédito tiveram uma boa notícia com a publicação, no Diário Oficial da União, do decreto que regulamenta o Cadastro Positivo. “Trata-se de uma evolução que traz grandes benefícios à sociedade brasileira”, afirma Dorival Dourado, presidente da Boa Vista Serviços, maior empresa de capital nacional de informações e dados sobre crédito, que administra o SCPC. Dorival lembra que com o Cadastro Positivo haverá um importante salto de qualidade no mercado de crédito com a inclusão de mais dados (inclusive os positivos) sobre o histórico de pagamento dos consumidores. Com mais informações sobre seu comportamento, o consumidor poderá ter acesso ampliado e em condições mais favoráveis aos empréstimos, enquanto as empresas que concedem crédito passam a ter mais ferramentas para medir o risco das operações de maneira segura, entre outras vantagens. “O Cadastro Positivo é um mecanismo transparente, que cria um novo paradigma no setor”, garante Dorival Dourado. “O consumidor – sobretudo o de menor renda que não tem acesso ao crédito – ganha condições de ingressar nesse mercado e como condutor

A BOA VISTA SERVIÇOS

Presidente da Boa Vista Serviços afirma que novo cadastro beneficia consumidores e fornecedores de empréstimos

de seu histórico, já que poderá acompanhar quem está utilizando suas informações (que podem ser por ele excluídas ou incluídas). Além disso, deve-se lembrar que a legislação determina que a inclusão no cadastro só pode ser feita com autorização do consumidor. Já as concedentes têm a possibilidade de fazer propostas diferenciadas aos clientes, além de conhecê-los melhor com o acesso também a informações positivas. O mercado, assim, só tem a ganhar”. Na avaliação do presidente da Boa Vista, o Cadastro Positivo será adequado também nesse momento em que o setor de crédito vive um quadro de mudanças, com a entrada de milhões de novos consumidores nos últimos anos. Essa situação exige ferramentas apropriadas para todos os participantes do mercado e o Cadastro Positivo encaixa-se nessa necessidade, como ficou comprovado nos outros países em que foi adotado. Dourado lembra que ainda há etapas a cumprir em relação à regulamentação do Cadastro Positivo, que será feita por órgãos do governo. Ele ressalta que é necessária especial atenção com a credibilidade do mercado, com a constante fiscalização do comportamento das empresas que

Para mais informações, visite o site www.boavistaservicos.com.br ou ligue para (11) 3003-0101

A Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), coloca ao seu alcance as melhores soluções para a tomada de decisões de crédito e gestão de negócios. É a única empresa do segmento de serviços de informações comerciais com controle nacional. São mais de 350 milhões de informações comerciais sobre consumidores e empresas e mais de 42 milhões de registros de transações. A empresa também se destaca no mercado pela inovação e pelo contínuo investimento em tecnologia, além de sua capilaridade nacional conquistada por meio de parceria com mais de 2,2 mil entidades de classe, distribuidores, revendedores autorizados e escritórios regionais. Com sua ampla oferta de soluções para todos os segmentos da economia, a Boa Vista também possui serviços e soluções

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trabalharão com dados do Cadastro Positivo. “É preciso que essas empresas sejam comprovadamente idôneas, com atuação dentro de elevados padrões de governança, atendendo aos requisitos de confiabilidade e segurança”, afirma o presidente da Boa Vista. “Também é preciso monitoramento quanto ao cumprimento da exigência de capital mínimo para as companhias que trabalharão com o Cadastro Positivo, para evitar que várias empresas de menor porte se juntem e façam uma ‘soma’ que permita chegar ao nível exigido, apenas para atender à exigência – o que pode significar a entrada de companhias sem tradição nem confiabilidade para atuar em um segmento tão importante”. Com esses cuidados, assegura Dorival Dourado, será possível garantir que uma ferramenta importante como o Cadastro Positivo produza todos seus impactos no mercado de crédito: “Dessa forma, essa nova ferramenta poderá criar uma nova dinâmica no setor, com maior competição entre os concedentes e reconhecimento dos bons pagadores, com reflexos na melhora da oferta e no acesso aos empréstimos por parte, sobretudo das camadas de menor renda da população”.

que ajudam o brasileiro a cuidar bem do seu nome, prevenindose contra fraudes e a usar o crédito de forma sustentável. A Boa Vista Consumidor Positivo é uma vertical da empresa que possui serviços voltados exclusivamente para o consumidor como a campanha “Acertando suas Contas”, maior iniciativa de promoção da sustentabilidade do crédito no País, o serviço de utilidade pública “SOS Cheques e Documentos”, que aumenta a prevenção contra fraudes, o serviço “Consulta de Débito” e diversas iniciativas de Educação Financeira. A Boa Vista também apoia a efetiva implantação do Cadastro Positivo no país, contribuindo para que mais brasileiros tenham acesso ao crédito e os diferentes segmentos tracem suas estratégias de negócio a partir de uma melhor compreensão dos consumidores no mercado brasileiro.


Obras do Centro Empresarial seguem em ritmo acelerado Obras de ampliação do centro empresarial da ACIC correm dentro do cronograma e deverĂŁo ser entregues atĂŠ o final de novembro CRICIĂšMA

Em poucos meses, a obra de ampliação do centro empresarial da ACIC foi ganhando corpo. Os trabalhos que iniciaram em setembro de 2012, ocorreram em ritmo acelerado e jĂĄ partem para as etapas de reboco externo, instalaçþes hidrĂĄulicas, elĂŠtricas e preventivo de incĂŞndio. De acordo com o engenheiro responsĂĄvel, FlĂĄvio Souza Neto, a obra deverĂĄ ser entregue dentro do prazo. “O andamento da obra segue em ritmo satisfatĂłrio, tanto para a direção da ACIC e fiscalização, quanto para nĂłs da engenharia Castanhel. NĂŁo tivemos nenhum imprevisto e deveremos entregar a obra atĂŠ o final do mĂŞs de novembroâ€?, afirma. No bloco C, onde deverĂĄ abrigar o novo auditĂłrio modular de 939,46 mt² e com capacidade para 540 lugares, toda a estrutura metĂĄlica jĂĄ foi finalizada, incluindo a de cobertura com a colocação das calhas e rufos de acabamento. “Seguimos com os trabalhos de alvenaria neste bloco, sendo que estamos prĂłximos a 100%, avançamos tambĂŠm com o reboco externo. Neste bloco jĂĄ realizamos toda a tubulação para o sistema preventivo de incĂŞndioâ€?, explica Souza. JĂĄ no bloco D, que possui um espaço de 2.164,3 mt², com trĂŞs andares e salas para entidades parceiras, foi concretado a Ăşltima laje do prĂŠdio e iniciado a alvenaria, que estĂĄ com 50% concluĂ­da no tĂŠrreo.

“Paralelo a estes serviços seguem as etapas de instalaçþes hidrĂĄulicas, elĂŠtricas e preventivo de incĂŞndio. A estrutura de concreto esta 90% concluĂ­da devendo ser finalizada ainda no inicio do mĂŞs de abrilâ€?, garante o engenheiro. Para FlĂĄvio, um dos pontos mais importantes na obra foi nĂŁo ter registro de nenhum acidente de trabalho. “Minha avaliação para esta obra ĂŠ a melhor possĂ­vel. Estamos com o cronograma em dia, nĂŁo tivemos nenhum imprevisto que atrapalhasse o andamento e estamos tento todo o suporte necessĂĄrio tanto da direção da Acic, quanto da fiscalização para seguirmos com o trabalho. PorĂŠm, outro ponto que deve ser destacado, ĂŠ de que nĂŁo tivemos nenhum acidente de trabalho atĂŠ o momentoâ€?, enaltece. Segundo o presidente da Associação Empresarial de CriciĂşma – ACIC, Olvacir Bez Fontana, as obras de ampliação representam avanço para os trabalhos dos empresĂĄrios da regiĂŁo. “Trata-se de uma obra importante porque irĂĄ abrir novos espaços para as atividades do setor, para convençþes de vendas e realização de grandes palestras, por exemplo, fortalecendo nosso objetivo de ser a biblioteca do empresĂĄrioâ€?, pontua Fontana. Mensalmente, mais de 300 eventos comerciais, de qualificação, entre outros, sĂŁo

realizados nos 11 auditórios da ACIC. A partir da ampliação, a entidade vai receber mais três mil metros quadrados de årea construída. As obras contam com recursos do Funturismo, com o apoio tambÊm da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e do Governo de Estado de Santa Catarina.

MUDANÇAS NO PROJETO A diretoria da ACIC, juntamente com a equipe responsĂĄvel pela obra, decidiu em reuniĂŁo no Ăşltimo mĂŞs, por algumas alteraçþes na obra visando a melhoria da estrutura. O novo auditĂłrio modular receberĂĄ um camarim, e uma sala de apoio anexo ao palco. AlĂŠm disso, foi contratado um escritĂłrio especializado em acĂşstica para a realização de um projeto de tratamento e acĂşstica para o novo auditĂłrio. “Estamos aguardando a conclusĂŁo deste projeto para darmos sequencia nas obras do bloco C. Devemos estar recebendo este projeto atĂŠ o final do mĂŞs de marçoâ€?, finaliza.

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Mais que jovens, sĂŁo empreendedores Eles identificam oportunidades no dia-a-dia e procuram dar inĂ­cio a uma carreira profissional promissora CRICIĂšMA

A maior concentração de empreendedores brasileiros em estĂĄgio inicial encontra-se entre os 25 a 34 anos com uma porcentagem de 35,45%, seguida pela faixa etĂĄria entre 35 a 44 anos. Estas sĂŁo estatĂ­sticas do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), programa de pesquisa de abrangĂŞncia mundial sobre as atividades empreendedoras. Entretanto, a participação de jovens no mercado de trabalho aumenta quando considerados os 19,54% empreendedores que estĂŁo entre a faixa dos 18 a 24 anos. Isso significa, segundo a pesquisa, que “o empreendedorismo ĂŠ considerado pelos mais jovens como uma opção consistente de carreiraâ€?. Em meio ao trabalho diĂĄrio que envolve planilhas que contemplam preços de fornecedores, administração dos custos e gastos, relatĂłrios de vendas e pesquisa de mercado, LaĂ­s Soratto, aos 24 anos, jĂĄ administra seu prĂłprio negĂłcio. Os ensinamentos sobre cuidados com o dinheiro e a importância de um trabalho ĂĄrduo vieram dos pais desde criança, mas a ideia partiu da ĂŠpoca em que cursava Economia na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Hoje, LaĂ­s comanda o primeiro restaurante de CriciĂşma especializado em gastronomia oriental, o Saikoo Sushi Bar. “Mesmo se tratando de um pequeno restaurante, gosto de comparĂĄ-lo a grandes empresas, sempre elaborando metas e projeçþes. Por meio do Saikoo tive muitas boas oportunidades e consegui fechar outros tipos de negĂłcios, os quais irĂŁo permitir que ainda neste ano, inauguremos um outro tipo de restauranteâ€?, comemora LaĂ­s.

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Um olhar e vĂĄrios clicks A fascinação pelas artes desde criança, principalmente pela fotografia, foi a motivação para Celso Pieri, hĂĄ seis anos, aliar sua vida pessoal Ă profissional. Hoje, aos 25 anos, Celso atua como fotĂłgrafo de casamentos, eventos e books fotogrĂĄficos em diversas cidades da regiĂŁo Sul, alĂŠm de ministrar oficinas de fotografia em universidade e possuir seu prĂłprio negĂłcio, um estĂşdio fotogrĂĄfico. â€œĂ‰ uma aprendizado a cada dia. SĂŁo com os obstĂĄculos que venho aprendendo a administrar e investir no meu prĂłprio trabalho. O mais bacana ĂŠ que em minha profissĂŁo a idade nĂŁo pesa. O que permite eu conquistar o cliente ĂŠ o meu portfĂłlio e nĂŁo se tenho muitos anos de experiĂŞnciaâ€?, destaca Celso.

Como fotĂłgrafo, o jovem se considera um empreendedor o que foi possĂ­vel tambĂŠm a partir do aperfeiçoamento, na busca de inovaçþes e em oferecer aquilo que os clientes desejam. “Hoje me considero assim depois de alguns cursos que realizei pelo Sebrae. Minha profissĂŁo ĂŠ fotĂłgrafo, possuo formação acadĂŞmica e, no momento, estou concluindo pĂłsgraduação em Arte e as Perspectivas Contemporâneas. Os meus maiores desafios sĂŁo administrativos, jĂĄ que no inĂ­cio eu nĂŁo sabia contabilizar o caixa, os orçamentos e os lucros. PorĂŠm, tenho aprendido muito e estou percebendo nos Ăşltimos meses o resultado positivoâ€?, destaca Celso. Para o presidente do NĂşcleo de


Jovens Empreendedores de Criciúma – AJE, Eduardo Zini, enfrentar o mercado cada vez mais competitivo é um desafio diário e que o sucesso vai além do diploma no currículo. “A cada dia, milhares de jovens são lançados no mercado e enfrentam muitas dificuldades em obter oportunidades de trabalho que lhe possibilitem uma carreira promissora. Frente a essa situação, cresce muito o número de jovens que encaram o desafio de ter a sua

própria empresa e aproveitam o fato de terem acesso fácil a informações com a facilidade em quebrar paradigmas para conseguirem inovar e se destacar no mercado em que atuam”, pontua Zini. Para Laís, a competitividade faz parte do processo e não somente para a nova geração, sendo importante o aperfeiçoamento constante por meio de cursos, consultorias, coachings e palestras.

Saber exercer uma boa liderança diante da equipe composta por 15 colaboradores é seu maior desafio. “Fico impressionada com a quantidade de jovens que vêm se destacando no mercado de trabalho. Mas vejo que os jovens estão tirando de letra esta competitividade. É imprescindível, porém, a diferenciação do velho, buscando novos atrativos, meios mais modernos, e grande interação com o público”.

Ingredientes saudáveis Inaugurado em novembro de 2009, no Saikoo Sushi Bar o protagonista só poderia ser o próprio sushi. Porém, são várias opções desde buffet a kilo, festival de sushi e à la carte, incluindo também pratos quentes como o Yakissoba, Tepan Yaki, e opções de entradas como ostras gratinadas e empanados de frutos do mar. Laís explica que devido à especificidade da culinária, o custo de mercadoria de um restaurante japonês chega a ser cinco vezes mais alto quando comparado aos ingredientes tradicionais. “Como, por exemplo, o vinagre e o arroz. Sem contar os insumos principais, os peixes, que possuem forte volatilidade em sua disponibilidade”. Em busca de melhorias e do aperfeiçoamento, a interação com os clientes também são essenciais para a jovem empreendedora. Em horários de maior movimento, o restaurante chega a atender 100 pessoas. “As pessoas foram sempre muito queridas e receptivas. Desde quando inauguramos, sempre tivemos clientes que procuram nos dar

Laís também conta com o auxílio da sócia e mãe, Miriam Teresinha Soratto

dicas para melhorar nossos processos e contam sobre restaurantes japoneses que já foram mundo afora. Já tivemos,

inclusive, clientes que trouxeram receitas de ótimos pratos para incluirmos aqui”, finaliza Laís. www.acicri.com.br |

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Recorde de vendas impulsiona setor automobilĂ­stico Setor projeta crescimento para 2013 apĂłs decisĂŁo do governo de seguir com as alĂ­quotas reduzidas para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automĂłveis CRICIĂšMA

O Brasil encerrou o ano de 2012 contabilizando resultados acima do esperado para a venda de automĂłveis e comerciais leves, acima tambĂŠm do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Totalizando 3.634.421 unidades vendidas, no comparativo com 2011 significa crescimento de 6,11%, de acordo com a entidade que representa mais de sete mil concessionĂĄrios de veĂ­culos no Brasil, a Federação Nacional da Distribuição de VeĂ­culos Automotores – Fenabrave. E para iniciar o ano de 2013, quando considerados os emplacamentos por regiĂŁo durante a primeira metade de janeiro, o Sul ocupa a segunda posição do ranking com 20,42% da parcela de automĂłveis e comerciais leves, atrĂĄs apenas da regiĂŁo Sudeste com 48,17%. Os nĂşmeros positivos sĂŁo consequĂŞncias de incentivos do governo brasileiro durante o ano passado, com a redução mĂĄxima nas alĂ­quotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as taxas de juros, as margens e liberação de compulsĂłrios, medidas estas adotadas com o intuito de reverter a curva negativa apresentada no inĂ­cio de 2012. ApĂłs o recorde de vendas, o retorno gradual das alĂ­quotas de IPI para os veĂ­culos leves foi anunciado, porĂŠm o governo decidiu seguir com a mesma redução atĂŠ o fim de 2013, evitando assim uma ruptura no crescimento das vendas de veĂ­culos. De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de VeĂ­culos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, as projeçþes de alta sĂŁo de 3,5% a 4,5% para as vendas internas.

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Mercado regional aquecido

FROTA DE VEĂ?CULOS NOS MUNICĂ?PIOS - 2012 Fonte: Detran SC

Entre os municĂ­pios que compĂľem a Associação dos MunicĂ­pios da RegiĂŁo CarbonĂ­fera – Amrec, os cinco primeiros colocados em um ranking de frota de veĂ­culos em 2012, de acordo com o Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina - Detran, foram CriciĂşma, que fechou o ano com uma frota 127.301 veĂ­culos; seguido das cidades de Içara – incluindo BalneĂĄrio RincĂŁo – (37.943); Orleans (15.618); Forquilhinha (15.265) e Urussanga (14.898). O destaque fica para a intensa procura por carros zero quilĂ´metro durante o final de 2012 e Ă s projeçþes de crescimento das concessionĂĄrias tambĂŠm para 2013, mesmo com o retorno original do IPI. De acordo com o superintendente do Grupo Jugasa (marcas Fiat e GM), Claudenir Pires da Silva, alĂŠm dos incentivos do governo, o aumento das ofertas de trabalho, a melhora do poder aquisitivo do povo brasileiro e a facilidade de crĂŠdito sĂŁo fatores que contribuĂ­ram para o saldo positivo nas vendas. E a regiĂŁo da Amrec tornou-se referĂŞncia no segmento de veĂ­culos novos e seminovos devido a dois principais fatores. “A regiĂŁo ĂŠ uma potencialidade porque os consumidores cuidam muito bem de seus carros, o que prolonga a vida Ăştil, alĂŠm de existirem trĂŞs principais grupos muito fortes, que disputam a queda dos preços entre si para se destacarem diante da concorrĂŞncia. E quem ganha ĂŠ o consumidor com preços cada vez mais acessĂ­veisâ€?, destaca.

CriciĂşma

127.301 veículos Içara (incluindo Baln. Rincão)

37.943 veĂ­culos Orleans

15.618 veĂ­culos Forquilhinha

15.265 veĂ­culos Urussanga

14.898 veĂ­culos TOTAL

211.025 veĂ­culos


O gerente de vendas da concessionária Bourbon (Peugeot), Eduardo Nascif, complementa que o carro passou a ser uma necessidade básica da família brasileira, então mesmo com o aumento do IPI, em janeiro, existe uma projeção de

crescimento para todo o ano de 2013. “O automóvel se tornou o sonho de consumo de qualquer pessoa. O poder de ir e vir no momento em que se deseja, com comodidade e sem depender dos outros é o maior atrativo”, destaca.

ESTOQUE AINDA GARANTE PREÇOS MAIS BAIXOS A notícia positiva para consumidores que não adquiriram veículos com o IPI de 2012 é que ainda há tempo para garantir os preços mais baixos. O gerente comercial da Gendai Veículos (Honda), Leandro de Souza Pelegrin, ressalta que, principalmente, no primeiro trimestre do ano as concessionárias intensificam os trabalhos com o estoque. “Esta época, pós festas de final de ano, que deveria ser de baixa nas vendas, mantém

assim uma boa procura pelos clientes. Estamos falando de veículos fabricados em 2012, mas que são modelos 2013, com descontos de até quatro mil reais em relação ao carro faturado em 2013 e consequentemente com o valor do IPI original. E ao final de um ano, por exemplo, o veículo do estoque estará valendo o mesmo que o carro faturado em janeiro que foi adquirido com o IPI maior”, explica o gerente.

COMO FICA O IPI início 2012

1.0

final 2012

jan - mar 2013

7%

0%

2%

1.0(flex)

11%

5,5%

7%

1.0 a 2.0

13%

6,5%

8%

8%

1%

2%

(gasolina)

COMERCIAIS LEVES

até o fim de 2013

2%

e não mais 3,5%

7%

e não mais 9%

8%

e não mais 10%

2%

e não mais 8%

3.634.421 unidades vendidas no Brasil em 2012 Fonte: Fenabrave

continua


GRUPO KOLINA O Grupo Kolina possui unidades em Criciúma, Tubarão, Imbituba, Braço do Norte e Blumenau com a marca Volkswagen e unidades em Araranguá, Tubarão e Braço do Norte com a marca Chevrolet. De acordo com o gerente de vendas especiais da unidade de

Criciúma, Marcio Oliveira, nos últimos três meses de 2012 houve um crescimento de 20 a 30% nas vendas Volkswagen em comparação a 2011. Os veículos mais procurados foram Gol, Fox e Voyage, e a expectativa de crescimento na loja para 2013 é de 5%.

ATUAL VEÍCULOS O campeão de vendas da marca Hyundai, em Criciúma, é o lançamento HB20. Segundo o gerente de vendas, André Savi Darós, a concessionária deixou de trabalhar com veículos importados, sendo que as vendas atualmente são exclusivas para o lançamento nacional da marca. “Estamos com um volume de vendas fantástico, ainda

mais se tratando de um carro com pouco tempo no mercado”, comemora. Após o lançamento, em outubro, o número de vendas da unidade dobrou e a expectativa é de maior crescimento para os próximos meses, com o lançamento do HB20 X e do HB20 Sedan. O Grupo possui unidades em Criciúma, Tubarão e Araranguá.

UNITÁ FIAT A unidade de Criciúma contabiliza maior número de vendas para os carros populares e um crescimento de 21% em 2012 para os veículos novos e seminovos em relação a 2011. O Novo Uno e o Mille são os campeões de vendas de 2012 e a expectativa junto às montadoras é altamente positiva até o ano de 2017,

segundo o superintendente Claudenir Pires da Silva. Além de Criciúma, a Unitá Fiat possui unidades em Tubarão, Içara e Laguna. A Fiat anunciou em dezembro de 2012 que bateu recorde anual de vendas no Brasil em apenas onze meses, mantendo-se na liderança do mercado pelo 11º ano consecutivo.

GENDAI VEÍCULOS A retomada de alguns produtos de 2010; a superação de fenômenos naturais ocorridos no Japão e na Tailândia que abalaram a marca; as renovações de algumas frotas e os incentivos do governo contribuíram significativamente para o crescimento das vendas em 2012, segundo o gerente comercial da unidade Honda, em Criciúma, Leandro de Souza Pelegrin. “Em 2012

BOURBON PEUGEOT Em relação aos emplacamentos totais em Criciúma, a Bourbon manteve em 2012 uma estabilidade com taxa de 3,1% do mercado, mesma taxa de 2011, de acordo com o gerente de vendas, Eduardo Nascif. Os meses mais movimentados foram junho e outubro e

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na unidade de Tubarão foram os meses de agosto e dezembro, sendo que o veículo mais procurado foi o Peugeot 308. A expectativa de crescimento é de 15% a 20% em 2013, com projeção de ótimas vendas para a linha Premium. A Bourbon Peugeot integra o Grupo Jugasa.

e no mercado nacional, a Honda cresceu 45%. Somente na Gendai de Criciúma o crescimento foi de 66% quando comparado a 2011. O Civic, modelo mais antigo da marca, é nosso destaque e representa 45% do total das vendas aqui no município”, pontua. Além de Criciúma, o Grupo possui unidade em Tubarão e showroom em Araranguá.



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Consumidores ou Pessoas

O sucesso das empresas já não está mais na competência em vender um produto, mas na capacidade de estabelecer relacionamentos e fazer parte das comunidades. por Davi Frederico do Amaral Denardi Professor do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc davi.denardi@portalsatc.com

A

ideia de cliente está se modificando rapidamente, e as empresas que estão tendo sucesso são aquelas que estão tratando seus clientes como pessoas e não como consumidores. No início da industrialização, o foco do processo de produção estava no atendimento das demandas de mercado. Havia pouca oferta de produtos e as empresas tinham sucesso quando conseguiam produzir em quantidade suficiente para atender essas necessidades. Com o aumento do número de indústrias e o estabelecimento de concorrências, o fator crítico de sucesso passou a ser as tecnologias de produção. Redução de custos, velocidade de produção e distribuição passaram a ser cruciais no sucesso das empresas. Com o emparelhamento tecnológico dos processos industriais, o sucesso passou a ser das empresas que conseguiam identificar desejo de consumo e comunicar bem, convencendo seus clientes de que seus produtos de fato eram capazes de atender a esses desejos. Com a saturação desse período de comunicação, 48 |

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em muitos casos pautado mais por promessas do que por qualidade, o sucesso migrou das empresas que prometem mas têm dificuldade em satisfazer desejos, para as empresas que conseguiam estabelecer um equilíbrio entre promessa e realização, entre criação do desejo e a satisfação dele. Assim, pode-se considerar que até hoje o sucesso estava relacionado de alguma forma com o consumo, com uma relação de desejo e satisfação. Mas esse panorama está mudando rapidamente. As pessoas não querem somente consumir, mas fazer parte de um processo amplo de mudança. O processo de globalização fez com que as pessoas se vissem como parte de comunidades, ora globais, ora locais, e, em função disso, as preocupações passaram de uma perspectiva particular, da mera satisfação de desejos, para um ponto de vista comunitário. Já não se trata de consumir, mas de consumir com responsabilidade. As pessoas já começam a notar os efeitos de suas práticas de consumo em suas comunidades e no mundo


ilustração: Jan Raphael Reuter Braun

revisão: Cláudio José Toldo (SC0640JP)

diagramação: Laboratório de Orientação em Design

Por isso, estreitar relacionamentos, através de canais como um todo. Elas são voluntárias em processos de de comunicação efetivos e próximos (como as mídias coleta seletiva, em ações de redução do consumo de sociais) e demonstrar responsabilidade com as comunienergia elétrica, de rodízios de automóveis para diminuir dades (através de ações sociais e ambientais) são hoje a poluição do ar, e elas vão valorizar as empresas que os fatores críticos de sucesso. têm o mesmo cuidado. Mas não basta simular o relacionamento e nem masAlém disso, elas já se deram conta de que o procescarar ações de cunho social, é preciso incorporar em so de comercialização é uma via de mão dupla, e que a todos os níveis empresariais a cultura do respeito (ao compra de um produto não satisfaz apenas o desejo do cliente) e da responsabilicliente, mas contribui com dade (com a comunidade) o crescimento das empreJá não se trata de consumir, para que se possa fincar pé sas. mas de consumir com na sociedade atual e estar Assim, elas não querem responsabilidade. preparado para os novos mais ser o ponto final da paradigmas. cadeia, a ponta do procesA prática do consumo vai sempre existir, porque as so, mas fazer parte da equipe, e com isso, demandam pessoas precisam de recursos para realizar seus sonhos e respeito, atenção e afeto. Elas querem fazer parte das desejos, mas cada vez mais os próprios sonhos e desejos decisões empresariais, querem discutir e compartilhar se tornam mais importantes que os meios para realizáa visão das corporações. Elas se deram conta de que -los. As pessoas consomem porque querem e precisam, são seres humanos, e querem que as empresas o tratem mas são essencialmente pessoas, não consumidores. como tal.

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Fenafashion traz o mundo da moda para CriciĂşma CRICIĂšMA

Evento espera receber mais de 10 mil visitantes qualificados para a maior Feira Nacional para a IndĂşstria da Moda no Sul

Depois do sucesso da feira Sul Metal Mineração, CriciĂşma jĂĄ espera centenas de milhares de visitantes para a Fenafashion, Feira Nacional para a IndĂşstria da Moda. O evento que acontece dos dias 23 a 26 de julho deste ano, no pavilhĂŁo de exposiçþes JosĂŠ Ijair Conti, ĂŠ o 1Âş no segmento aqui no Sul de Santa Catarina e espera mais de 10 mil visitantes qualificados, jĂĄ que a feira ĂŠ para o setor fabricante, um evento completo para quem fornece e cria moda. Mais uma produção da Fama Feiras, a Fenafashion surgiu da necessidade de criar um estreitamento entre o fornecedor de insumos para a confecção do vestuĂĄrio e o produtor. De acordo com a coordenadora do evento, FabĂ­ola Taraskevicius, a Fama Feiras produz eventos profissionais de negĂłcios em um segmento diferenciado. “NĂłs queremos proporcionar ao produtor e o fornecedor, um encontro de indĂşstria com indĂşstria. Em nossas pesquisas prĂŠvias, percebemos que muitos confeccionistas trabalham com fornecedores de SĂŁo Paulo, justamente porque nĂŁo conhecem empresas daqui que oferecem insumos bĂĄsicos para a confecçãoâ€?, explica. O evento espera reunir 150 marcas e jĂĄ estĂĄ com mais de 2 mil metros quadrados de ĂĄrea comercializada. AlĂŠm de empresas da regiĂŁo de CriciĂşma, outras regiĂľes do estado, Rio Grande do Sul e SĂŁo Paulo tambĂŠm estarĂŁo presentes. “Vamos criar um intercambio de informaçþes nos quatro dias de feira. Aproximar quem vende de quem compra, mais de 40% das empresas vem de foraâ€?, revela.

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Na lista de expositores, nomes de empresas regionais tambĂŠm se destacam. A proprietĂĄria da BotĂľes e BotĂľes, de CriciĂşma, Irene Serafim, buscou novidades e deverĂĄ trazer para a Fenafashion, a tendĂŞncia tambĂŠm dos botĂľes. “Vou buscar as Ăşltimas tendĂŞncias em Las Vegas, mas pelo o que eu jĂĄ vi em algumas coleçþes, os botĂľes dourados estarĂŁo em alta e aqueles com cristais e spikes tambĂŠm continuarĂŁo em altaâ€?, comenta a empresĂĄria. Irene garante que vai chamara a atenção do pĂşblico no evento, alĂŠm de levar o que hĂĄ de novo no universo deste adereço tĂŁo importante na roupa, a BotĂľes e BotĂľes investirĂĄ em um estande com muito glamour. “Eu costumo criar vitrines diferentes para a minha loja e assim tambĂŠm pretendo fazer no estande. Participei de outro evento no ano passado e o nosso estande era um dos mais bonitos, todos paravam para olhar e atĂŠ tirar fotos. Vamos usar a criatividade e montar o estande tambĂŠm nesse estilo na Fenafashionâ€?, declara Irene. Outra indĂşstria que jĂĄ estĂĄ com presença confirmada na Fenafashion ĂŠ a D´Porto Estamparia. A empresa que tem 80% dos clientes na regiĂŁo Sul do estado, atende tambĂŠm o norte e Rio Grande do Sul. Para o diretor presidente, Daniel Serafim, a feira abrirĂĄ um leque de oportunidades. â€œĂ‰ a primeira vez que vamos participar de uma feira neste porte. É uma oportunidade muito boa para o segmento. JĂĄ comentamos outras vezes que CriciĂşma precisava deste tipo de encontro entre o fornecedor e o confeccionistaâ€?, comenta. Empresas interessadas em reservar estande ou mais informaçþes pelos telefones: (48) 34334003/ 84569804/ 99010170 ou pelo e-mail: reservas@famafeiras.com.br

Representatividade na região A região Sul Catarinense Ê um importante pólo produtor de moda do país. São mais de 1000 indústrias do segmento de confecção de artigos do vestuårios, måquinas e equipamentos e serviços. O setor gera mais de 10 mil empregos diretos e produz mais de R$ 2 milhþes de peças por mês, faturando R$ 1,5 bilhão ao ano. A participação do mercado nacional da moda, destaca-se principalmente na produção de jeanswear, modinha, moda praia, surfwear, fitness, street, moda casual, clåssica e moda íntima, aliada a alta qualidade e tendências.


2013 – Um ano importante para o Design em CriciĂşma ! " COORDENADOR DO CURSO DE DESIGN, COM ĂŠNFASE EM PROJETOS DE PRODUTOS DA UNESC Se em algumas empresas da regiĂŁo Sul de SC, o Design jĂĄ foi incorporado como estratĂŠgia de diferenciação e melhoria da qualidade de seus produtos no mercado, a nĂ­vel acadĂŞmico,2013 se afirmarĂĄ como um marco: no inĂ­cio do mĂŞs de abril serĂĄ inaugurado na UNESC o LabDesign, LaboratĂłrio de SimulacĂŁo de Modelos, com aproximadamente 290m2 de ĂĄrea construĂ­da. Mais especificamente, este laboratĂłrio de simulação de modelos terĂĄ como objetivo a viabilidade fĂ­sica de novas propostas de desenvolvimento de produtos, local onde projetistas e tĂŠcnicos tornam concretas idĂŠias inovadoras e soluçþes de problemas , resultantes de um processo de investigação projetual. A aproximação com a realidade produtiva ĂŠ parte determinante do currĂ­culo das escolas de design, desde que a escola alemĂŁ Bauhaus foi fundada em 1919 e atĂŠ hoje influencia a formação pragmĂĄtica e profissional. Gropius, arquiteto e primeiro diretor da escola, queria unir os campos da arte e artesanato, criando produtos altamente funcionais e com atributos artĂ­sticos. Tratava-se de uma verdadeira escola oficina, onde os vĂĄrios ateliers se ocupavam de ĂĄreas especĂ­ficas, como metal,cerâm ica,vidro,madeira,etc. A escola chegou a desenvolver produtos que ainda hoje estĂŁo disponĂ­veis no mercado e deveriam subsidiar as despesas da instituicĂŁo. Infelizmente a 2ÂŞ Guerra interrompeu estes propĂłsitos. O LabDesign da UNESC reunirĂĄ em um Ăşnico espaco as mĂĄquinas que realizam diversas operacĂľes . DeverĂĄ permitir tambĂŠm a experimentacĂŁo de materiais

e o desenvolvimento das habilidades de representacão atravÊs de modelos, etapa que antecede a prototipagem, reduzindo possíveis equívocos de projeto e minimizando riscos de futuros fracassos em termos de produtos. Paralelamente, com o uso de software de modelagem 3D, serå possível criar modelos resultantes de elaboracão virtual. Este mesmo software hoje Ê utilizado nas escolas europÊias de design e irå facilitar o intercâmbio de informacþes e profissionais com diversos países. Um dos convênios em andamento serå com a Escola de Design de Avellaneda, na Argentina. Estes conhecimentos não serão exclusivos dos futuros designers do Curso mas serão oferecidos na forma de breves cursos de extensão para profissionais que jå estão atuando na indústria, disseminando o uso do novo software, jå experimentado nas escolas de Barcelona e Milão. Os modelos de produtos auxiliam tambÊm o marketing: podem facilitar a verificacão da aceitabilidade dos produtos no mercado, antes mesmo dos pesados investimentos na fase de ferramentaria. O futuro usuårio conseguirå visualizar e manusear um produto ainda em fase de estudo de viabilidade. Com menos riscos para os fabricantes, o processo projetual irå adquirir maior relevância na concepcão de produtos , atendendo melhor as espectativas, desejos e necessidades dos consumidores. O espaco do Labdesign serå compartilhado com os cursos de Engenharia de Materiais e Engenharia Mecânica na busca permanente da inovacão tecnológica.


Parceria entre PM e empresas gera vigilância interativa CRICIĂšMA

A Polícia Militar mantÊm um trabalho em parceria com as empresas que tem gerado resultados positivos para as duas partes. O serviço Ê chamado vigilância interativa e permite que a empresa seja incluída em rondas diårias da Polícia Militar. O projeto inicia com o treinamento dos vigilantes sobre a sistemåtica da ronda, que acontece diariamente entre as 22 e seis da manhã. Nesta ronda o Policial mantÊm uma comunicação diåria com o vigilante, que tambÊm informa sobre possíveis suspeitas ou ocorrências da noite. Com base neste relacionamento a Polícia cria uma rede que tem como principal ponto positivo a prevenção aos delitos contra empresas. O serviço de vigilância Interativa não possui custos para as empresas Ê e considerado estratÊgico para a PM, pois permite reduzir e antecipar as ocorrências ligadas a este segmento da sociedade. Atualmente mais de 20 empresas aderiram ao sistema em Criciúma. O objetivo Ê fazer com que mais empresårios treinem seus vigilantes para aderir às rondas.

CONDOM�NIOS A parceria com a comunidade tambÊm pode acontecer no âmbito residencial. Neste caso incluiriam os guardas de condomínios. Estes profissionais tambÊm se transformam em aliados a polícia, notificando casos e ajudando a prevenir ocorrências. As empresas e condomínios interessados em aderir a estes projetos em parceria com a PM podem contatar com a ACIC ou com o próprio comando da Polícia Militar em Criciúma.

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O que Ê As empresas de Criciúma que possuem vigilantes próprios podem aderir ao projeto de vigilância interativa, implantado pela Polícia Militar no ano passado. Aqueles estabelecimentos que possuem vigilante no período das 22 às 6 horas da manhã devem fazer contato com a ACIC ou diretamente com a Polícia Militar. O primeiro passo Ê o treinamento do vigilante com quatro horas/aula.

Como funciona Após esta etapa inicia o trabalho de ronda diåria feita pela PM, que colhe a assinatura do vigilante, que comprova a ronda. De acordo com o Comandante do 9º BPM, Coronel Mårcio Cabral, esta ronda visa criar uma relação de confiança entre o profissional da vigilância, que informa sobre situaçþes suspeitas que possam acontecer durante o seu turno. Com isso a ronda permite a prevenção dos delitos.

Quem participa Atualmente 20 empresas jĂĄ participam do programa. Este projeto ĂŠ uma parceria da PolĂ­cia Militar com as empresas, sem nenhum custo.


FAZER O BEM É UMA QUESTĂƒO DE ESCOLHA... # CRICIĂšMA

... e destinar parte do Imposto de Renda ao Bairro da Juventude tambĂŠm O esporte e o lazer sĂŁo ferramentas de transformação social, pois atravĂŠs deles as crianças e adolescentes conseguem trabalhar fatores como a coordenação motora, espĂ­rito de equipe, criatividade, disciplina e autoestima. Pensando nisso, o Bairro da Juventude sempre busca fazer a diferença e se inclui em projetos e açþes que tem como foco trazer oportunidades e bem-estar para os alunos. O apoio da comunidade e do empresariado se torna fundamental para que os objetivos da Instituição tambĂŠm sejam alcançados. AtravĂŠs do Projeto “Esporte e Lazerâ€?, incluso na Lei de Incentivo ao Esporte, as pessoas fĂ­sicas e jurĂ­dicas podem se tornar parceiros do projeto, pois estas deduçþes nĂŁo excluem nem reduzem outros incentivos fiscais. O Projeto “Esporte e Lazerâ€? vai propiciar atendimento a 690 crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 14 anos, que se encontram em situação de vulnerabilidade social. “Diversas prĂĄticas esportivas serĂŁo disponĂ­veis a esses alunos, sempre no contraturno escolar para que os mesmos possam utilizar o esporte como mais uma

oportunidade de aprendizado�, observa a diretora executiva do Bairro da Juventude, Sílvia Regina Luciano Zanette. As modalidades esportivas oferecidas pelo projeto são futebol de campo, futebol de salão, judô, tênis de campo, tênis de mesa, vôlei e xadrez.

AlÊm do acesso ao esporte, o Projeto tambÊm vai oferecer às crianças e adolescentes acompanhamento escolar, reforço alimentar, serviços de saúde, orientação sociofamiliar e açþes que promovem o civismo e a cidadania.

COMO SE TORNAR PARCEIRO DO “ESPORTE E LAZERâ€?? No caso de pessoas jurĂ­dicas ĂŠ possĂ­vel contribuir por meio da Lei de Incentivo como forma de doação ou patrocĂ­nio, no valor de atĂŠ 1% do imposto total anual sem qualquer Ă´nus para a empresa, desde que tenha base de cĂĄlculo pelo lucro real. JĂĄ as pessoas fĂ­sicas, que fazem a declaração do imposto de renda na forma completa, podem doar 6% do imposto de renda devido. Segundo o proprietĂĄrio da Radar, JosĂŠ Altair Back, uma das empresas que colabora com o Projeto Esporte e Lazer, o processo de doação ĂŠ muito tranquilo e todo ele ĂŠ feito

pelo contador da empresa. “Este projeto ĂŠ uma Ăłtima oportunidade para as empresas saberem onde o seu imposto estĂĄ sendo investido. Incentivar os projetos do Bairro da Juventude ĂŠ ter certeza que o dinheiro serĂĄ bem utilizado e beneficiarĂĄ crianças e adolescentes da nossa regiĂŁoâ€?, revela Back. O depĂłsito do Projeto “Esporte e Lazerâ€? pode ser feito diretamente nas agĂŞncias do Banco Brasil, na conta destinada ao projeto: AgĂŞncia: 3226-3 , Conta corrente: 16310-4. Mais informaçþes pelo e-mail: nei@ bairrodajuventude.org.br ou pelo telefone (48) 3403-2700. www.acicri.com.br |

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Paulo Bens amplia parcerias e negócios no Sul Há 12 anos no mercado, empresário é referência em consórcio imobiliário em Santa Catarina Mais de dez mil empregos diretos gerados em diversos segmentos, a partir de uma carteira que ultrapassa a marca de 100 clientes e cerca de 500 milhões de reais de créditos liberados por meio do sistema de créditos financeiros imobiliários. No intuito de auxiliar os empresários do Sul de Santa Catarina para a realização de seus projetos, construção de novas indústrias, empresas e pavilhões comerciais, a Paulo Bens Consórcios completou 12 anos de atuação como único representante autorizado da Rodobens Consórcio no Sul de Santa Catarina. Conforme o bacharel em Direito e empresário, Paulo Bens, as parcerias acontecem a partir dos esforços em oferecer as melhores opções de consórcios e taxas cada vez mais competitivas. “Buscamos parceiros sólidos e que também estejam comprometidos, principalmente, com o município de Criciúma. Assim, nossa participação vai do começo ao fim, viabilizando desde o projeto de construção de um empreendimento, por meio da legalização da documentação e dos aportes financeiros, até a efetiva construção do pavilhão industrial”, destaca Paulo. De acordo com o advogado e agente da Propriedade Industrial credenciado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Silvio Caetano, a parceria com o Paulo Bens /Rodobens foi fundamental para que o projeto da nova sede da Anel Marcas e Patentes e Virtualiza Agência Interativa saísse do papel. “Até então tínhamos apenas um projeto e o desejo de realizar esta obra que representará um grande passo no nosso crescimento. Diante de todas as opções de crédito disponíveis no mercado, foi o Paulo Bens quem nos ofereceu a melhor consultoria, com taxas realmente atrativas, além de uma vantajosa agilidade em todo o processo para a obtenção do financiamento”, destaca Silvio.

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Silvio complementa que é importante que as empresas da região conheçam os serviços da Paulo Bens, pois trata-se de um facilitador para o desenvolvimento da economia do Sul. “O Paulo Bens é um profissional que conhece muito bem o mercado, e isso é um grande diferencial, pois pode oferecer soluções que se ajustem perfeitamente às necessidades das empresas do sul do Estado. O comprometimento e seriedade com que lidou com o nosso projeto foi determinante para que a parceria fosse firmada com êxito”, explica. Há mais de uma década no mercado da comunicação digital, a Virtualiza Agência Interativa possui uma carteira de clientes que abrange todo o Sul, envolvendo diversos perfis de empresas e projetos. Fundada em 2001, em Criciúma, a Anel Marcas e Patentes atua com o propósito de fomentar a cultura da proteção da propriedade industrial das empresas da região.

UM EMPREENDEDOR

UM MOMENTO PARA CRESCER Cada vez mais preocupada com a valorização da qualidade de suas estruturas, a fim de garantir a excelência de produtos e serviços e o bem estar no ambiente de trabalho, a Pedecril Solid Surfaces está construindo uma nova fábrica, com entrega prevista para 2014. A localização estratégica, no Anel Viário de Criciúma, bairro Linha Batista, irá facilitar a logística da empresa, contando com novos maquinários, ampliação da produção e redução do tempo de conclusão dos pedidos. De acordo com o fundador da Pedecril, Célio Brogni, “a parceria com a Paulo Bens/ Rodobens chegou junto ao novo momento da empresa, compartilhando com todas as possibilidades de crescimento. E o Paulo Bens é um grande empreendedor com visão que tem acompanhado o crescimento de nossa cidade e região”, destaca. O novo layout da Pedecril conta ainda com circulação interna e externa planejadas para deduzir o trajeto dentro da empresa, conforto acústico com redução de ruídos, e soluções sustentáveis como tratamento e reutilização de toda a água utilizada na produção.

Aos 54 anos de idade e ainda com uma extensa rotina de trabalho, Paulo Bens acredita que o sucesso é resultado de muito esforço e de ações transparentes. “O empreendedor de verdade tem que ser sério e muito trabalhador, porque não existe sucesso de graça. Na velocidade em que se pode crescer, também é possível desaparecer. E estamos no mundo para fazer história”, pontua. O desempenho nas vendas e a intensa satisfação de seus clientes, considerado, portanto, um agente do

desenvolvimento regional e um parceiro fiel do empresário, resultaram a Paulo Bens a sétima premiação no Programa Qualy Representações, da Rodobens, no final de 2012. A avaliação do Programa Qualy envolve o número de vendas, de entregas e pontualidade de cobrança, sendo que, atualmente, Paulo é considerado um representante com titulação Diamante, consolidando-se como um consultor com ampla experiência, inovação no atendimento e de credibilidade.

A parceria com a Paulo Bens foi de grande importância, uma forma de financiar meu empreendimento de uma maneira rápida e justa em que minha empresa pudesse honrar. A maior prova disso é minha obra com 4.402 m² feita em apenas 11 meses, sendo que já estamos negociando outro empreendimento de grande porte. Obrigado ao Paulo Bens por acreditar e apoiar a realização de um sonho Fernando Serafim Marcello, proprietário Sisos Hall www.acicri.com.br |

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As pequenas e médias empresas e a Governança Corporativa Moair Barcelos

A globalização tem tornado o ambiente de negócio das empresas cada vez mais complexo e competitivo, exigindo por parte das mesmas a busca permanente por melhorias na gestão. Os desafios constantes de gerar resultados baseados em princípios sólidos de valores têm sido o principal paradigma a ser rompido pelas administrações. Tais princípios, necessariamente precisam ser percebidos por todas as pessoas envolvidas nos processos empresariais, de modo a agregar o valor necessário a dar sustentabilidade aos negócios. Governança Corporativa é o sistema pelo qual as empresas são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas e/ou Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente, Auditoria Interna e Conselho Fiscal, além de outras ferramentas como o Planejamento Estratégico, Sistema Orçamentário e outros. Neste sentido, as Pequenas e Médias Empresas (PME’s) disputam com as Grandes Corporações a participação de mercado e, para tanto, precisam se aculturar com as

Ferramentas de Governança Corporativa, a fim de adotarem planos estratégicos bem definidos e, assim, melhor se posicionarem às necessidades do mercado. O mundo tem convivido com crises conjunturais de toda ordem, e recentemente passou por período bastante turbulento em virtude da crise financeira iniciada nos Estados Unidos em 2008. Este fato, já bastante dissipado, e outros de natureza política e econômica, têm levado as empresas a revisarem seus planejamentos futuros com bastante otimismo e perspectivas, haja vista a recuperação prevista pelos mercados assolados pela crise e o potencial de crescimento dos países emergentes, particularmente o Brasil, que, aliado a estabilidade política e econômica, está o fortalecimento do mercado interno alavancado pelos megaeventos da Copa do Mundo de Futebol da FIFA e os Jogos Olímpicos, previstos para 2014 e 2016, respectivamente. O aumento do nível de competitividade para os próximos anos exigirá que as Pequenas e Médias Empresas revejam seus

Modelos de Gestão, principalmente, quanto às ferramentas a serem utilizadas para que possam ter visão de futuro, planejamento, gerenciamento consistente, equipe comprometida e inovadora e capacidade para mudanças bruscas nas suas estratégias. Portanto, o cenário, que numa primeira leitura parece ser de dificuldades para as Pequenas e Médias Empresas, tendo em vista suas limitações gerenciais é, na verdade, uma ampla oportunidade das mesmas se reaparelharem gerencialmente, exatamente para fazerem das dificuldades, oportunidades para crescerem sob todos os aspectos operacionais. Com vista a entender o grau de utilização de Ferramentas de Governança Corporativa pelas Pequenas e Médias Empresas, realizei, recentemente, pesquisa neste sentido junto as mesmas, de modo a permitir a identificação do modelo de gestão utilizado e propor alternativas viáveis e compatíveis com suas realidades, que permitam às mesmas melhor se estruturarem para os desafios, ameaças e oportunidades que encontrarão nos próximos anos.

Números da pesquisa:

80% 20% 35% são Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada

correspondem a empresas de pequeno porte

ainda não implantaram qualquer tipo de ferramenta de Governança Corporativa

70% 60% 65%

da cultura societária é a de Empresa Familiar 56 |

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correspondem a empresas de médio porte

já adotam algum tipo de ferramenta de Governança Corporativa


A seguir, os resultados obtidos do QuestionárioaplicadoaosAdministradores, Controllers ou Contadores das Empresas pesquisadas, respectivas análises, bem como a Conclusão. Das empresas participantes, 80,0% delas são Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada, demonstrando, assim, o pouco interesse por Sociedades Anônimas, que exigiriam a adoção de maior número de Ferramentas de Gestão, sobretudo as de cunho estatutário e legal. Constatou-se através dessa análise que a cultura societária predominante ainda é a de Empresa Familiar (70,0%), característica das empresas com baixo índice de utilização de Governança Corporativa. Do universo das empresas pesquisadas, 80% estão inseridas no propósito da pesquisa, uma vez que 20% correspondem a empresas de pequeno porte, de acordo com o critério adotado nos seus respectivos seguimentos, e 60% são de médio porte. O Capital das empresas pesquisadas é predominante Brasileiro, pois representa 95%. 50% das empresas pesquisadas faturam anualmente acima de R$ 50 MM. A contribuição social das Pequenas e Médias Empresas é bastante expressiva, uma vez seus quadros de pessoal, na maioria, contempla mais de 100 Colaboradores, mostrando, assim, a grande contribuição das PME’s para a empregabilidade do País. O nível de formação dos Administradores ainda é relativamente baixo, uma vez que 45,0% deles possui o Ensino Fundamental ou Médio, enquanto que 40,0% encontramse graduado ou graduando-se. Apenas 15% deles possuem formação após a graduação. A maioria das empresas consultadas já aplica algum tipo de ferramenta, embora de maneira isolada e descoordenada, pois 20,3% já possui alguma forma sistêmica de informações gerenciais, 15,0% já adota sistema orçamentário e 13,6% já possui gestão profissionalizada, indicando, de certa forma, tendências à busca por técnicas que permitam melhor gerenciamento. Das empresas consultadas, 35% delas ainda não implantaram qualquer tipo de Ferramenta de Governança Corporativa, indicando, desta fora, que 65% já adotam algum tipo de Ferramenta. Das empresas que possuem algum tipo de ferramenta implantada, a principal dificuldade encontrada no processo de

implantação foi o desconhecimento da sistemática de Governança Corporativa (50,0%) e a falta de apoio da Alta Direção (15,0%). É notório os resultados obtidos por parte das empresas que adotam algum tipo de ferramenta de Governança Corporativa, segundo as empresas pesquisadas, principalmente quanto a velocidade do processo decisório (32,1%), a assertividade das previsões (21,4%) e melhoria do clima organizacional (17,9%). 95% das empresas pesquisadas concordam que a adoção das Ferramentas de Governança Corporativa contribui para a valorização da empresa. Corroborando com a questão anterior, 90% das empresas pesquisadas acreditam que empresas que possuem Governança Corporativa são mais valorizadas. Da mesma forma, é unânime o entendimento das empresas pesquisadas que o processo de Governança Corporativa gera maior transparência e confiabilidade nas informações gerenciais.

SOBRE O AUTOR Natural de Criciúma, executivo e consultor em gestão empresarial, Moair Barcelos desenvolveu em 2012 o seu Trabalho de Conclusão de Curso de MBA em Direito Empresarial, que resultou em um artigo direcionado a classe empresarial. Graduado em Ciências Contábeis com Pós-Graduações em Controladoria, Direito Empresarial e Auditoria, Barcelos também é Certificado em English Business pela Kaplan International Center de San Francisco, CA, USA.

CONCLUSÃO As mudanças que vem ocorrendo nos processos de gestão das grandes companhias começam a refletir de maneira efetiva nas Pequenas e Médias Empresas, até porque a existência da grande maioria dessas empresas se dá justamente para atender as grandes companhias, razão pela qual as PME’s necessitam se adequar às metodologias de gestão mais modernas para estarem alinhadas com suas grandes parceiras. A pesquisa ora apresentada demonstra que este movimento já começa a ganhar musculatura, haja vista o número de ferramentas implantadas nas empresas, embora ainda de pequena proporção. Todavia, sabemos que o de adoção das melhores práticas de gestão, impacta diretamente na cultura dos pequenos e médios empresariados, exigindo esforço de toda ordem para a implementação das mesmas. Outro fato importante que levarão as Pequenas e Médias Empresas melhor se aparelharem, sobretudo em relação às ferramentas de gestão, é exatamente o movimento governamental com vistas à modernização do modelo de

fiscalização, cada vez mais automático, integrado e dinâmico, capaz de identificar qualquer desvio ou equivoco por parte das empresas, incorrendo em ônus e outras consequências. Portanto, esta é outra grande preocupação das Pequenas e Médias Empresas que as levará a se protegerem proativamente com as ferramentas de Governança Corporativa. Outra importante vantagem na adoção das boas práticas de governança Corporativa é a valorização que a metodologia proporciona a Empresa, além de proporcionar facilidades a novas parcerias societárias. Como se constata, ainda há muito que avançar para atingir um nível satisfatório de emprego das boas práticas de gestão. Diante desta constatação, faz-se necessário alertar as Pequenas e Médias Empresas sobre os riscos, sejam de ordem fiscal, econômico e/ou financeiro, a fim de que as mesmas possam rever suas posições e encaminharem ações no sentido da melhoria dos processos e controles internos, de modo que possam neutralizar ou eliminar tais impactos.

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Junta Comercial e o registro de empresas A formalização do registro das empresas mercantis catarinenses e a determinação de sua existência legal como pessoa jurídica acontece por meio da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina – Jucesc. Em Criciúma, os serviços da Jucesc ocorrem a partir de um convênio com a Associação Empresarial de Criciúma – ACIC, esta atuando como Escritório Regional, capacitada para atender qualquer município do estado, mas principalmente os pertencentes à Associação dos Municípios da Região Carbonífera - AMREC. Mas o que seriam os serviços prestados pela Jucesc? Responsável por conferir garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos submetidos a registro, as atividades desenvolvidas pela Jucesc são melhor compreendidas quando comparadas à pessoa física. De acordo com a analista técnica servidora da Jucesc, Adriana Bongiolo Casagrande, “assim como

as pessoas físicas devem ser registradas ao nascer no Registro Civil, onde se inscrevem todos os atos importantes de sua vida como o casamento, divórcio e óbito, por exemplo, também para a pessoa jurídica mercantil foi instituído um registro público, no caso as Juntas Comerciais. E para isso há uma Junta Comercial em cada unidade federativa, com sede na capital”, explica. Geralmente os atos levados à registro são elaborados e entregues à Junta Comercial por profissionais qualificados como contadores e advogados, por exemplo. Entretanto, qualquer empresário interessado pode levar à Junta os seus atos para registro. Trata-se de uma vantagem para o empreendedor com o processo de descentralização dos serviços da Jucesc, o qual prevê a ampliação da atuação em todo o estado, com vistas a melhor atender a demanda dos usuários. “Foram criados, então, Escritórios Regionais

em cidades reconhecidas como pólo nas regiões de Santa Catarina, possibilitando que um processo seja protocolado e deferido no próprio Escritório Regional. Com este serviço oferecido em Criciúma, o usuário não necessita enviar os atos a serem registrados para a sede da Jucesc, em Florianópolis”, destaca Adriana. Os serviços oferecidos pela Jucesc envolvem autenticação de livros mercantis; registro, alteração e extinção de empresas mercantis; emissão de certidões: inteiro teor, simplificada e específica, observando que qualquer pessoa, sem necessidade de provar interesse, poderá solicitar estes documentos; registro e cancelamento de matrícula de leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns gerais; e proteção ao nome empresarial.


As muitas faces do coaching CRICIĂšMA

Entrevista com a consultora e palestrante Vanessa Tobias mostra que a moda do coaching vai alÊm do ambiente corporativo e chega aos lares e relacionamentos. Vanessa Tobias, que Ê formada em Administração de Empresas e mestre em Administração, esteve em Criciúma em evento promovido pela RH Service em parceria com a Câmara da Mulher Empresåria de Criciúma, onde falou para uma plateia de 600 pessoas. Nesta entrevista ela explica como focar em objetivos para chegar aos resultados

O que Ê coaching? Duas vertentes são encontradas no Brasil desde a dÊcada de 90. Sempre foi primeiro voltado para a empresa. Descobriuse uma forma de fazer o executivo performar, atingir resultados, que era fazendo perguntas. Percebeu-se que o executivo atinge objetivos na vida tambÊm, então pode-se ter coaching de vida pra qualquer pessoa em qualquer idade. Contanto que eu que eu tenha a paciência de fazer as perguntas ao invÊs de dizer quais são as respostas. Então veio como o que a consultoria na Êpoca não oferecia. A consultoria te diz o que fazer. O coaching te då liberdade para que tu escolha o que fazer e descubra sozinho, com teus próprios meios. E onde atua? Hoje temos coaching de vida, executivo, gråvidos e educacional. O coaching de vida Ê a o foco principal para os próximos anos. O coaching de vida Ê um mix de ferramentas de psicodinâmica, neurociências, relaçþes humanas, comunicação interpessoal e coaching.

oferecer um desligamento consciente para que essa pessoa possa fazer um projeto de vida após a saída do trabalho. As demissþes são muito doloridas atualmente e não precisam ser. Muitas vezes as pessoas saem de um processo porque o salårio estå diferente, aquela competência não estå bem clara, não correspondeu a personalidade daquela pessoa, ao jeito de ela ser. Então a adequação profissional

Vanessa Tobias

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O coaching ĂŠ a ferramenta mais eficiente em treinamento de pessoas? Eu considero que ĂŠ muito importante se pegar a complementariedade de tudo o que existe para garantir que haja resultado. NĂŁo existe milagre no processo de coaching. O que eu considero mais poderoso ĂŠ o fato de que eu descubro o meu jeito de realizar. EntĂŁo eu descubro o meu jeito, entĂŁo tu consegue realizar sempre. Agora, ĂŠ muito complicado quando a pessoa tem um objetivo, atinge o objetivo, mas nĂŁo estĂĄ feliz. E isso acontecia, eu percebia isso no meu inĂ­cio de trabalho. As pessoas atingiam os objetivos, conseguiam comprar um carro, mas nĂŁo estavam felizes. EntĂŁo tem o aspecto emocional que nunca pode ser abandonado. Tem coisas que sĂŁo perdidas na linha do tempo, que se tu nĂŁo visitar tu nĂŁo vai ser feliz. Por isso o coaching ĂŠ a ferramenta muito necessĂĄria.

O que nos move ĂŠ o desejo de ser siignificativo na sua vida e despertĂĄ-lo para a responsabilidade de ser positivamente significativo para alguĂŠm!

Coaching de vida: No coaching de vida transformamos em uma metodologia muito especial, que transformou a nossa empresa em pioneira em coaching de vida em grupo no Brasil. A gente faz coaching executivo humanizado. A empresa preocupada em quando demitir o funcionĂĄrio, garantir que o funcionĂĄrio vai estar pronto para essa demissĂŁo. EntĂŁo

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Coaching para gråvidos? Trabalha-se uma equipe de onze pessoas, desde o obstetra, o consultor de estilo e imagem, nutricionista, pedagoda, uma sÊrie de pessoas que vive em função de educar a criança desde a barriga e preparar os pais para que esta educação continue.

pode ser feita atravÊs do coaching executivo humanizado, que leva em consideração os objetivos da empresa e da pessoa. Não tem como fidelizar alguÊm numa empresa hoje sem casar os dois objetivos. Você tem que casar os dois objetivos, da empresa com o da pessoa, senão você não fica lå.

Você trabalha com uma tÊcnica para traçar e atingir resultados. Como


ela funciona? Existe um jeito de fazer. A primeira coisa é tu ousar ter um sonho Aladim. Você tem três desejos e pode pedir qualquer coisa. Se você pudesse pedir qualquer coisa, o que você realizaria? Se você tivesse dinheiro sobrando, tempo sobrando, conhecimentou pra dar e vender de qualquer área técnica que exista no mundo, os relacionamentos necessários pra realizar qualquer projeto e todos aceitassem e te apoiassem, o que você faria? Se tu conseguires corresponder a estes cinco quesitos tu vai atingir uma concepção do teu maior sonho. A partir da descoberta deste maior sonho tu tens que fazer um passo a passo de trás pra frente. A maioria das pessoas começa a planejar do começo pro fim. Mas tem que ser do fim pro começo. E é esta a maior dificuldade que geralmente as pessoas encontram. Elas têm que visitar o sonho realizado, senão não tem como fazer o planejamento. Resumindo: Se você tivesse tempo e dinheiro, conhecimento e relacionamento e não fosse julgado, o que você faria? Visita o que faria no futuro, colocando uma data ou um prazo para isso acontecer. Depois que eu visito esse sonho realizado é que o plano começa. Este é o passo a passo. Tem que fazer mais ou menos dez passos para uma meta grandiosa por ano. Se você fizer uma meta pra 2016, não precisa ir muito longe, traça oito metas para serem realizadas em 2013. Destas oito escolham quatro, destas quatro dez passos para atingir cada uma do fim para o começo, nunca de frente pra trás. Vocês conseguem medir os resultados? Acompanhamos todos os clientes

em um ano em 40 quesitos diferentes. Quantitativos e qualitativos. Das metas que eram para ser atingidas em cinco anos são atingidas em dois. A gente não sabe o poder do tempo nem do foco. A gente melhora em mais de 50% as áreas da vida em um ano. Nossos relacionamentos melhoram em 80% (familiares e afetivos). No trabalho a gente consegue realizar o que a gente sonha e deseja, e ter relacionamentos mais saudáveis com colegas. A satisfação é superior a 30% após um processo de coaching. Redução de custos de 23% e lucro aumenta em 22%. No caso de autônomos o salário aumenta em mais de 55% em três meses depois de um processo de coaching. Como viver isso no dia-a-dia? Tudo que sai do nosso planejamento vai exigir equilíbrio emocional, mais do que qualquer coisa. Então foco é muito importante, mas acompanhamento é mais ainda. O mais importante é uma imagem e a visita a esta imagem. Você tem que trabalhar a cabeça. A neurociência nos ensinou que se você vive uma emoção forte, mesmo que seja no futuro a tua cabeça aceita aquilo como verdade e desenvolve as competências para que você atinja aquilo. É muito importante o acompanhamento profissional. Nós acompanhamos uma vez por semana, online e presencialmente. Para que você manter a rotina é manter o foco no que dá pra fazer e não deixar passar mais um ano sem conseguir realizar aquilo que tu mais sonha. As coisas que vão acontecer na realidade tem técnica pra enfrentar, em termos emocionais. E não querer fazer tudo. Faz uma coisa de cada vez e bem feita.

Se não atingir? O primeiro ponto é lembrar que a gente não tem ponto fraco. A gente tem ponto estratégico a melhorar. Se a gente não atingir o objetivo no tempo certo, ou a meta não era boa o suficiente ao ponto de te fazer se dedicar a ela, e não sendo uma estratégia boa o suficiente, tinha alguma coisa pra melhorar que não foi melhorada. Deve-se buscar meios de melhorar aquilo com uma ação clara. Antecipe o como fazer. O coaching tem atingido a quem nas empresas? Oitenta por cento é relacionamento entre pares e chefias. Você não vai conseguir produzir muito bem se tiver um ambiente triste. Validações e elogios não são mais comuns. Somos chamados para isso, para resgatar a felicidade de quem ta lá dentro. O coaching faz perguntas para garantir se chegar nos resultados mais rapidamente. O coaching não vai fazer processos internos, mas vai te dar clareza sobre a necessidade de se fazer os processos internos. Você só pode aconselhar sobre aquilo que se tem resultados. O coaching é estratégico, tátil e operacional. O objetivo e a linguagem é que mudam. Na origem se trabalhava só o estratégico, porque era muito caro. Hoje o retorno financeiro vem. A tendência é democratizar. Há um movimento muito grande do coaching em transformar o país em país de objetivos. Toda a família, toda equipe tem que ter objetivos, tem que ter sonhos. Hoje as empresas tem turnover altíssimo porque não respeitam o sonho das pessoas que trabalham lá. Se quem é estratégico não começar a ouvir quem é tático operacional vai ficar sozinho.

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Leis trabalhistas Advogada Raquel May Pelegrim, a qual integra o escritório Giovani Duarte Oliveira Advogados Associados em entrevista para a jornalista Ana Sofia Schuster

Como é o cenário padrão hoje no que refere ao cenário das ações trabalhistas para as empresas? O cenário atual das ações trabalhistas para as empresas é muito curioso, pois historicamente os reclamantes das ações são mais preparados e munidos de informações a cerca da legislação trabalhista que o próprio empresário. Buscando uma explicação lógica para isso, talvez possamos encontrar uma justificativa na diferença do foco de cada um, que no caso do reclamante, os resultados do seu trabalho cotidiano são seus direitos trabalhistas. Já o o resultado do trabalho do empresário, é a rentabilidade financeira e o aumento do patrimônio líquido de sua empresa. Por outro lado, ambos tem em comum a busca pelo resultado financeiro. Ao longo dos anos os reclamantes tem se servido de profissionais experientes e mais que isso, especialistas para a reclamação de seus direitos na Justiça. Além disso, como muitos sabem, a maioria das ações trabalhistas tem resultado em favor do reclamante, e com isso as empresas também passaram a optar por profissionais especialistas no Direito do Trabalho, visto que precisa estar adequadamente preparada para defenderse, e mais que isso, cercando-se do mesmo profissional para evitar que sua empresa tenha ações trabalhistas. Isso demonstra que a empresa que tem uma assessoria especializada, obtém melhores resultados, já na prevenção. Como surge neste contexto um trabalho específico de direito trabalhista

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para as empresas? O trabalho específico de direito trabalhista deve funcionar como em toda área, ou seja, ter um especialista no assunto atuando préven-ti-va-men-te. Usando um exemplo de um avião, uma vez que se soubermos que o comandante da aeronave não é especialista na sua condução, certamente que iremos desembarcar e não esperar levantar vôo. O mesmo funciona na empresa, cada área deve ter o especialista para diminuir o risco e usar o valor do risco para prevenção.Vejamos uma ação trabalhista de um funcionário que atuou durante 05 (cinco) anos que redundou em uma indenização de R$ 350.000,00 (trezentos e cinqüenta mil reais) entre créditos trabalhistas, fiscais, previdenciários , multas e correções. Se dividir esse valor em 60 (sessenta) meses, perfaz uma total de R$ 5.833,33 (cinco mil oitocentos e trinta e três reais). Certamente esse valor poderia ser utilizado para prevenir não só essa, mas tantas outras causas trabalhistas, assim como melhorar a imagem da empresa na retenção e obtenção de talentos profissionais, evitando desgaste emocional que vai desde o depoimento em audiência até contas bloqueadas, bens penhorados, e coisas do gênero durante a execução da sentença. De que forma isso difere da tradicional assessoria jurídica empresarial? A especialidade é a grande diferença! Uma tradicional assessoria baseada nos moldes tradicionais de atuação acaba sendo uma clínica geral. Quando buscamos um atendimento para nossa saúde, o primeiro pensamento é a identificação de um bom especialista, e atualmente estamos encontrando mais empresários com esse pensamento, de se assessorar com especialistas e desenvolver a prevenção. O grande diferencial de um especialista é ser formalmente capacitado para aquele trabalho, estar habitualmente atualizado na matéria, e trabalhar full time com aquele assunto! Isso facilita a busca de uma saída para um problema, uma ação judicial e amplia o conhecimento para uma boa defesa, prepara o profissional para estar mais capacitado para

enfrentar os problemas relacionados com a matéria e o empresário tem maior retorno com o trabalho. Um outro diferencial entre os funcionários e o empregador, é que ao buscar os direitos, o reclamante se atende com um profissional especialista em direito do trabalho, portanto, devendo a empresa fazer o mesmo. Trata-se de certa forma de uma advocacia preventiva? Sim, exatamente! A advocacia preventiva é a mola mestra para todas as operações empresariais! Ao contrário de ter que depender de ações, a firma de advocacia que foca a prevenção, acaba trazendo resultado para a empresa para qual atua, e com isso o empresário diminui seus prejuízos. O departamento jurídico tem de ser visto como um departamento que gera resultados financeiros para a empresa e não que apenas busca ou defende direitos no Poder Judiciário. Esta deve ser uma tendência para as empresas, ou seja, pensar nos riscos futuros e minimizá-los? Sim, na verdade já o é! Precisamos colocar em planilhas o resultados da prevenção. O importante é não deixar o problema acontecer para depois tentar corrigir, pois isso pode trazer resultados e despesas que não são recuperáveis, podendo causar, inclusive a bancarrota. Usar uma ferramenta como o ROI – Return On Investiment (Retorno sobre o investimento), o que fará com que o empresário perceba o real valor da prevenção. Que outras observações faria sobre esta especialização? A especialização na defesa trabalhista é um campo do direito que está recebendo especial atenção do empresário, pois do outro lado da mesa, tanto na atuação preventiva quando no caso de ação judicial, existe um profissional especialmente contratado para esse fim, e a empresa estando igualmente preparada certamente diminuirá seus riscos, gerando resultado positivo em seu patrimônio.



Colaboradores ou

Imaginar um breve discurso de um gestor direcionado aos seus liderados no atual modelo de gestĂŁo participativa ĂŠ ter a sensação de certeza que palavras como “colaboradores, parceirosâ€?, entre outras, virĂŁo Ă tona em seu vocabulĂĄrio. PorĂŠm pergunto-me nesse momento; a quem posso chamar de colaborador? Como identifica-lo? Haveria outra forma de referir-me a ele sem ser previsĂ­vel e redundante? Para que eu possa situar-me em minha pequena e retĂłrica dĂşvida, preciso definir o que a Administração de Recursos Humanos me elucida sobre a definição “colaboradorâ€?. O termo acima descrito ĂŠ geralmente utilizado para designar todas as pessoas que “colaboramâ€? com uma organização, ofertando seus prĂŠstimos. Neste contexto o “colaboradorâ€? ĂŠ o trabalhador em questĂŁo, ĂŠ o prestador de serviços, que estĂĄ subordinado Ă s regras e/ou normas da instituição. Logo tenho um ponto inicial em minha singela explanação, a Prestação de Serviços, seja ela feita pelo funcionĂĄrio ou por um terceirizado ĂŠ algo diretamente relacionado ao trabalho e atualmente “o trabalhoâ€?, deverĂĄ ser de forma profissional com a qualidade que lhe ĂŠ conferido. Pois, podemos chamar de profissional todo aquele que exerce uma profissĂŁo, cujo seu mĂŠrito fora adquirido por seus estudos,

profissionalizantes ou universitĂĄrios ou mesmo pelo seu aprendizado, “como quem aprende um ofĂ­cio por profissĂŁoâ€?. É de relevância esclarecer que a qualificação profissional nĂŁo estĂĄ vinculada apenas ao tĂ­tulo habilitante, mas tambĂŠm a sua ĂŠtica, seu compromisso, sua excelĂŞncia nas suas atividades laborais. Portanto, eis a questĂŁo: Devo referir-me aos envolvidos com o processo laboral, seja(m) ele(s), trabalhadores vinculados, terceirizados, clientes, fornecedores, entre outros, de “Colaboradoresâ€? ou de “Profissionaisâ€?? Penso entĂŁo, que seria prudente o gestor, sempre que referir-se aqueles que se envolvem no ofĂ­cio de uma empresa, seja ele celetista ou liberal, sejam entĂŁo chamados ou apenas tratados como profissionais, pois existe neste momento uma clara prestação de serviço, cujo tempo e o esforço investido faz parte do “custo oportunidadeâ€?, ou seja, hĂĄ remuneração, compromissos, metas etc. Por que nĂŁo chamĂĄ-los ou tratĂĄ-los de colaboradores, como pregam os bons modos? Porque pessoas que se envolvem com a organização em que trabalham e comprometem-se em cumprir metas, buscar sua autoformação, estabelecer procedimentos laborais, preocupar-se em prevenir riscos, segregar suas açþes, buscar melhores oportunidades, relacionar-se

com senso de equipe sem permitir perder seu instinto de competitividade, opinam, resolvem, solucionam... Estes, creio, agem com caracterĂ­sticas, mĂŠtodos e contĂ­nuo desenvolvimento interpessoal, que fortalece seu intelecto, fĂ­sico-comportamental, conceituando o sentido profissional sob o ponto de vista da gestĂŁo.

Alex-Sandro P. Cardoso EmpresĂĄrio no ramo de Alimentos – Trem BĂŁo Distribuidora de Alimentos Perito Judicial ImobiliĂĄrio. Historiador e Educador. Especialista em GestĂŁo de NegĂłcios Professor de PĂłs-Graduação – CENSUPEG Palestrante alexcardoso01@hotmail.com



Disseram

Joice Quadros joicedequadros@hotmail.com

Mercado Sul A questão das ferrovias A ferrovia já foi um meio de transporte tanto de passageiros como de carga muito utilizado no Brasil, um país de dimensões continentais, até a década de 60. Entraram, então, em cena, o lobby das rodovias e dos combustíveis e o Brasil abandonou as ferrovias.

Agora, e já há algum tempo, em função dos sérios problemas de infraestrutura de logística do país, voltam à cena as ferrovias. A Fiesc provocou um debate com o governo federal sobre o tema e o mapa (fig) que se coloca hoje para Santa Catarina é o seguinte:

Já existe a ferrovia ligando Mafra, passando por Lages e interligando com o Porto de São Francisco e com ferrovias gaúchas até chegar ao Porto de Rio Grande. Já existe a ferrovia ligando Herval D´Oeste, Porto União, Mafra, Joinville, Aaraquari e o Porto de São Francisco do Sul. Este ano deve ficar pronto o projeto executivo da ferrovia ligando Imbituba a Araquari ( a obra deve levar cerca de cinco anos). De Imbituba a Içara já existe , onde a Ferrovia Tereza Cristina (FTC) é concessionária. Concluída esta obra, interliga o Sul de Estado, desde Içara, à malha ferroviária nacional. Ainda neste segundo semestre deve ser feito o projeto da ferrovia ligando Dionísio Cerqueira ao Porto de Itajaí, atravessando o estado catarinense. É conhecida como a ferrovia do frango. Outro projeto que deverá ser feito no ano que vem é o da ferrovia ligando Içara a Porto Alegre. Com este projeto, liga o litoral brasileiro pela malha ferroviária.

“Existe dinheiro do PAC para estes projetos. O que precisamos é o trabalho constante das lideranças políticas e empresariais de Santa Catarina para que todos eles saiam do papel e se transformem em obras necessárias para a infraestrutura. Até porque não podemos pensar em triplicar a BR 101 daqui a dez anos”. Carlos Menezes Gerente Comercial da FTC

Número

R$ 32 bilhões é o prejuízo acumulado da região Sul do estado pelo atraso nas obras da BR 101, segundo os cálculos de uma empresa de consultora contratada pela FIESC.

Expressas Empresário Cid Damiani, da empresa Damyller, foi indicado pelos presidentes de Sindicatos Patronais do Sul do estado para concorrer à Medalha do Mérito Industrial da Fiesc. A condecoração acontecerá em evento especial, na Fiesc, no mês de maio.

Slides apresentados na FIESC durante evento sobre Ferrovias pelo Sr. Mário Dirani, diretor de Infraestrutura Ferroviária do DNIT

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