O Caleidoscópio da Vida

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Desalento Vida minha, que farei sem ti? O que será do amanhecer sem teu colo, o anoitecer sem teu calor? Como serão meus dias à espera de tua chegada? O que será de mim sem te tocar, te sentir, te ouvir? Sem teu sorriso, teu cheiro, tuas carícias? Estás em minhas entranhas, em meu ser, em minha mente. Dominas minhas vontades e meus mistérios. Levastes meu discernimento, Criastes um vendaval de emoções que me deixaram desolada, inquieta, prostrada, angustiada, desatinada, sem rumo, perdida. Quisera jamais ter te conhecido, receber tanta luz e depois ser jogada no inferno. Sentir o êxtase e ser levada ao mais árido deserto. Viver a plenitude e cair no vazio. Ver o pulsar da vida arrastado às profundezas da morte. Sentir o coração rasgando de tanta dor, explodindo de tristeza. Náufraga no de mar de emoções, a alma grita, chora, cala, lembra, revolta-se, clama, desalenta-se, implora, desespera-se, desfalece, desiste, morre.

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