Caderno das chefs panelinha

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Era uma vez uma chef chocolatière

Q

uando era pequena, Luciana fechava os olhos e só enxergava chocolate ao seu redor. Ela não via uma fábrica com rios, cachoeiras e lagos de chocolate, como tantas crianças veriam. Ela imaginava pequenos e saborosos cubos, banhados um a um, polvilhados com pó dourado. Ela pensava que era uma joalheira de chocolates. Muitos anos se passaram, e a menina com olhos cor-de-chocolate virou administradora de empresas. Ela vivia bem longe das cozinhas, mas, de vez em quando, piscava e via dentro dela uma camada de chocolate se espalhando. Nas férias, fazia cursos de culinária. Na Páscoa, virava noites fazendo ovos para vender. Já casada, a menina combinou com o marido que iriam passar um tempo no exterior. Foram para a Austrália. Ela abriu os olhos e estava na mais famosa escola de gastronomia do mundo, Le Cordon Bleu. Entre módulos, estágios e trabalhos, Luciana ficou 2 anos confeitando nas cozinhas de Sidney. Um dia, uma moça doce como chocolate apareceu com uma proposta. Queria lançar em São Paulo uma marca de chocolates especiais. Assim, nascia a C AU e seus incríveis bombons de infusão, como earl grey, capim-santo, jasmim e rosas. E Luciana, que pensava que era joalheira de chocolates, descobriu que era chef chocolatière.

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