Número de recalls de carros e motocicletas dispara no Brasil
O
gerente de gestão empresarial Elcio Watanabe, 30, usa com frequência seus dois Honda Civic SI, anos 2008 e 2011. Ele não tardou em levar os veículos até uma autorizada para substituir o insuflador do airbag: seus carros estavam incluídos no maior recall da história, com mais de 50 milhões de automóveis envolvidos mundo afora. Só no Brasil até agora já foram detectados problemas como os dos carros de Watanabe em quase dois milhões de unidades. Em caso de acionamento, as
bolsas infláveis produzidas pela japonesa Takata podem projetar partes metálicas e ferir ocupantes. O problema fez disparar o número de recalls no país. Em 2015, os chamados para reparo por defeito de fábrica abrangeram 2,86 milhões de veículos no país, divididos em 118 campanhas. O número é 89% maior que o recorde anterior, registrado em 2014. Entre janeiro e setembro deste ano, mais de um milhão de carros e motos já foram chamados. “A notícia se espalha
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rápido. Donos mais conscientes sempre levam os veículos à concessionária, mas grande parte dos consumidores não tem esse hábito”, diz Edson Orikassa, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva. O executivo avalia que a chegada de novos carros ao mercado em um momento de forte expansão da produção e das vendas (entre 2003 e 2013) ajuda a explicar o aumento nas convocações. Para evitar riscos aos clientes – e também prejuízos à própria imagem –, as fabricantes precisam ser ágeis na hora de alertar consumidores e providenciar o conserto. Após detectar o defeito, a empresa é obrigada por lei a emitir comunicado
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110 | Vilas Magazine | Novembro de 2016