2019-2024
Victor Rosa Gouveia
Portifólio de Arquitetura
Formação
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São
Paulo_FAUUSP
Graduação em Arquitetura e Urbanismo [2018 - presente]
Politécnico de Milão
Intercâmbio em Projeto de Arquitetura [2022 - 2023]
Experiência
Profissional
Experiência
Acadêmica
Apiacás Arquitetos
Estágio [2021 - 2022]
Projeto arquitetônico residencial e institucional; acompanhamento de obra
Projeto DEMONUMENTA
FAUUSP + MIT + PUC Santiago [2021]
Monitoria Acadêmica
AUP0388_Linguagem Visual Ambiental [2020]
Professora Clice de Toledo
Monitoria Acadêmica
AUP0650_Arquitetura da Paisagem [2019]
Professor Eugênio Queiroga
Lero Lero
Grupo de Extensão da FAUUSP [2019]
Competição
Premiação IABsp 2021 - Edição do Centenário
Casa Amorim - Prêmio em Técnicas e Tecnologia [2021]
Kaira Looro Competition
Casa das Mulheres em Baghere, Senegal [2021]
rosa.victor@usp.br www.linkedin.com/in/victorrosagouveia +5511954582384
São Paulo, SP 01.11.1996
Cursos
Arquitetura Japonesa_Obras Fundamentais
Escola da Cidade_Gabriel Kogan [2021]
Curso Cura
Archicad [2021]
Curso Cura
Representação Arquitetônica [2020]
Arquitetura Paulistana_Módulo 12
Escola da Cidade_Marco Artigas [2019]
FotoFAU
Oficinas de Introdução à Fotografia [2018]
Idiomas
Português [Nativo]
Inglês [Fluente]
Italiano [Avançado]
Softwares
Desenho, Modelagem e Renderização
Autocad SketchUp
Vray
Enscape
Blender
Archicad
Pacote Adobre
Indesign
Illustrator
Photoshop
Premiere
Pacote Office Completo
curriculum vitae
Victor Rosa Gouveia
SERRA AZUL
Projeto Residencial 6
CASA EM VINHEDO
Projeto Residencial
UBS RIO ACIMA
Projeto de Equipamento de Saúde Pública
CASA DAS MULHERES EM BAGHERE
Projeto de Equipamento Cultural
OUC ÁGUA ESPRAIADA
Projeto de Planejamento Urbano
DEMONUMENTA
Pesquisa em Resaturo e Patrimônio
EX TRAFILERIA CESARE SPREAFICCO
Projeto de Restauro em Edifício Histórico
32 40 60 66
20
50
Serra Azul
Desenvolvido pelo escritório
Apiacás Arquitetos, 2021
Itupeva, São Paulo 420 m2
Acácia Furuya, Anderson Freitas e Pedro Barros
Equipe: Felipe Santos e Victor Rosa Fotos por Alessandro Kusuki
Acompanhamento de obra
Este trabalho insere-se no contexto das pesquisas e experi- mentações do escritório Apiacás Arquitetos realizados nos últimos dez anos para o desenvolvimento de um método de pré-fabricação que possa ser adotado nos projetos realizados pelo escritório. Trata-se portanto de uma evolução das soluções construtivas já utilizadas em projetos anteriores como o Bar Mundial (2013), o Estúdio Madalena (2014).
A busca por um método de pré-fabricação vem do desejo de otimizar o uso dos materiais, de forma a minimizar o enorme desperdício visto nas construções convencionais, ao mesmo tempo que permite que o trabalho no canteiro de obra seja em grande parte reduzido à montagem das peças previamente produzidas.
O método proposto no presente trabalho parte da combinação de dois sistemas construtivos distintos: vigas e pilares de madeira fornecem o suporte estrutural para o apoio de painéis treliçados de concreto, utilizados nos pisos, cobertura e vedação. O uso da madeira como elemento estrutural, mostrou-se neste caso, muito mais econômico que o aço, além de ambientalmente mais coerente, por tratar-se de material proveniente de fontes renováveis. A utilização do concreto, por sua vez, foi reduzido a painéis com 20mm de espessura. Deste modo, o uso do concreto foi limitado a peças muito delgadas, sem deixar de aproveitar sua qualidade como elemento construtivo resistente ao tempo a às intempéries.
6
9 8 A A B B A A B B 1 5 10m
Planta Nível Térreo (-0,25) e Dormitórios (-1,90)
1 5 10m
Planta Nível Terraço (+0,75)
O módulo estrutural básico parte de um conjunto estrutural de madeira com dimensões de 5 metros de largura, por 5 metros de comprimento. A montagem da estrutura utiliza somente seções de 15x5cm e compõe a cobertura, elemento essencial do projeto. O apoio em pilares de concreto é feito a partir de uma estrutura piramidal de madeira. A fabricação dos painéis utilizados na vedação de ambientes é feita a partir de tecnologia e mão-de-obra convencionais, presente nas fábricas de lajes painel. Isso diminui o tempo necessário para o desenvolvimento da obra, além de evitar desperdício de material de grande impacto ambiental.
10 ESTRUTURA
apiacas arquitetos maio 2018 serra azul estudo preliminar
Vinhedo
Desenvolvido pelo escritório Apiacás Arquitetos, 2021
Vinhedo, São Paulo
385 m2
Acácia Furuya, Anderson Freitas e Pedro Barros
Equipe: Felipe Santos e Victor Rosa Fotos por Alessandro Kusuki
Acompanhamento de obra
Projeto Executivo
O projeto possui o programa desmembrado de maneira a criar um percurso através de jardins de espelhos d’água e pátios sob a proteção da marquise que faz a conexão entre os espaços abertos e fechados.
As vedações são majoriamente compostas por painéis de madeira e caixillhos de vidro, explorando a materialidade para alcançar o contraste entre translucido e opaco. A luz e a conexação entre os blocos do programa são essenciais para a compreensão da totalidade do projeto, dando ao vidro dos caixilhos um papel fundamental.
A marquise da residência é composta por painéis de concreto treliçados, o que confere uma menor carga estrutural e aspecto leve para o elemento. As cargas estruturias são também diminuiídas por se tratar de painéis ocos.
O projeto alinha-se com a pesquisa do escritório na busca pela redução do impacto ambiental na construção e pela otimização do tempo necessário para a conclusão da obra. Uma vez utilizando-se de painéis pré-fabricados e disponíveis no mercado, a mão-de-obra foi reduzida, bem como o custo em comparação a uma laje de concreto tradicional.
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23 22 AVENIDA AMAZONASI, S/N CONDOMÍNIO FAZENDA SÃO JOAQUIM VINHEDO, SP apiacas apiacás arquitetos general jardim 482 cj 132 01223 010 são paulo 5511 3159 1970 apiacasarquitetos.com.br obra/ local: desenho: data escala CASA EM VINHEDO PLANTA GERAL CORTES etapa do projeto 1/150 1/150 1/150 Projeto Executivo - Planta e Cortes
25 24 AVENIDA AMAZONASI, S/N CONDOMÍNIO FAZENDA SÃO JOAQUIM VINHEDO, SP apiacas apiacás arquitetos general jardim 482 cj 132 01223 010 são paulo 5511 3159 1970 obra/ local: desenho: CASA EM VINHEDO AMPLIAÇÃO AREAS MOLHADAS PLANTAS E CORTES 1/50 1/50 1/50 1/50 1/50 1/50 1/50 1/50 1/50 1/50
Detalhamento Marcenaria Cozinha
UBS RIO ACIMA
Desenvolvido para a disciplina de Projeto da FAUUSP, 2021
Mairiporã, São Paulo
300 m2
Pedro Perri e Victor Rosa
Orientados por Marta Bogea
A criação de um espaço que não apenas comporte o programa essencial de uma UBS, mas que também busque a construção de um Vida Em Comum parte de duas vontades. A primeira delas engloba questões fundamentais da disciplina arquitetônica que aspiram a construção de um lugar de encontro e de convívio humano. A segunda se debruça sobre o cuidado às necessidades e impactos da comunidade sobre meio em que ela se insere. A fim de se encarar o compromisso de projetar um equipamento público com um programa bastante específico e racional, o princípio investigativo proposto corre no sentido contrário ao metaforizar a aproximação do edifício com a água, sendo seus dois blocos barcos que descansam ao ancoraremse às margens de um rio. A forma, os fluxos e os ambientes são definidos a partir de diferentes desejos de relações a serem estabelecidas com uma água que, então, escaparia do rio e aproximaria-se da comunidade.
Elementos essenciais para a arquitetura são inspirados nesse partido, como a inclinação da cobertura, o protagonismo da calha e a relação do visitante, paciente ou servidor com os espelhos d’água. A materialidade e soluções construtivas, por sua vez, também buscam remeter a elementos encontrados em embarcações, além de estabelecer uma continuidade visual, dando lugar à transparência que instiga a integração do cotidiano da comunidade com com a mata e com o rio.
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Situação
Dada, pois, a necessidade de substituir a préexistência apagada de uma UBS próxima ao local de inserção, em um momento que se evidencia a importância de um sistema de Saúde público e acessível, o projeto constringe ainda mais seu desafio na tentativa de salvaguardar tanto as pessoas, quanto o meio ambiente, tendo em vista as leis e o pacto ambiental que ultrapassa uma obrigação, tomando lugar de compromisso.
1. Armazenamento
2. Farmácia
3. Farmacologia
4. Recepção
5. Sala de Vacinas
6. Sala de Curativos
7. Sala de Coleta
8. Sanitários
9. Vestiários
10.Copa
11. Apoio e Lanchonete
12. Sala de Procedimentos
13. Odontologia
14. Sala de Nebulização
15. Consultórios
16. Escovário
17. Consultório Ginecológico
18. Sala de Prontuários
19. Administração e Assistência Social
Como um barco que navega pelas águas ao sabor dos ventos, a volumetria pensada prefere pousar e se assentar na paisagem existente a se impor como um corpo único e maciço. Para isso, pensou-se em uma organização em dois blocos (atendimento rápido e acompanhamento) organizados por corpos de salas e corredores que se relacionam com a disposição da cobertura, como esquematizado ao lado.
A relação com a circulação do ar também corrobora para a o esquema pensado. O aumento do número de renovações por hora do ar nos ambientes, necessidade muito cara às edificações ligadas à saúde, é trazido com o soerguimento da cobertura e a utilização de venezianas na grande maioria dos fechamentos horizontais. Esses elementos favorecem as trocas de ar e calor com o exterior, repleto de vegetação.
35 34
6m 3 1 0
Planta
Elevação
Corte
14 15 15 15 16 8 17 18 19 4 13 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
6m 3 1 0 6m 3 1 0
FLUXOS
Os fluxos são conformados dentro do lote por espelhos d’água que, por vezes, se alargam para o controle e definição de espaços e que, por outras se afinam, convidando e estabelecendo conexões. O percurso entre a praça central e os blocos de atendimento rápido e especial do edifício foi projetado para ser o mais fluído possível, feito sem barreiras ou corredores sem saída. A entrada e atravessamento do edifício buscam uma continuidade da rua, reitando a característica pública do projeto.
MODULAÇÃO
A modulação da estrutura partiu de um módulo-primo de 2,5m por 3,75m. Ambas as dimensões são múltiplas de 1,25m, medida padrão para diversos materiais pré-fabricados, como revestimentos, fechamentos e esquadrias, o que, além de facilitar o processo de construção, diminui o custo e tempo da obra. O segundo fator levado em conta na escolha do módulo-primo foi a necessidade de se ter no mínimo 9m2 nos consultórios, ambiente tomado como base para o dimensionamento dos demais, por ser considerado espaço primordial em uma UBS.
ESCOAMENTO
As águas também são tratadas, no projeto, como corpo importante que transita pelo edifício. Assim, as telhas que se inclinam às calhas que desembocam em buzinotes servem de caminho para as águas pluviais, que termimam sempre nos espelhos d’água. Aqui, mais que formas de refletir a construção e a natureza, essas massas de água, devido sua pouca profundidade, podem ser utilizadas e ocupadas, seja para refrescar os pés em um dia de calor, brincar em um dia após a vacina, ou acalmar com o barulho da queda das águas após uma consulta.
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caixa d’água independente em concreto aparente
treliça em ripas de madeira associadas
vigas em madeira
venezianas de correr em mandeira
39 38
cobertura em telha termo-acústica branca
terças em ripas de madeira
calhas em metal e policarboanto
fechamentos verticais opacos em madeira
CASA DAS MULHERES EM BAGHERE
Kaira Looro Competition 2021
Povoado de Baghere, Senegal
300m2
Isabella Camargo, Luisa Momjian, Rafael Morinaga, Pedro Perri e Victor Rosa
Orientados por Juliana Braga
O desenho da cobertura e do piso da Casa da Mulher em Baghere, Senegal, foi inspirado nos meandros dos afluentes do Rio Casamance que permeia a vila, já que a água tem um simbolismo importante para as crenças e religiões por ser considerada uma dádiva e uma fonte de vida. Da mesma forma que rios construíram cidades para matar a sede, suprir as necessidades básicas de higiene, possibilitar atividades agrícolas, fornecer alimentação para pesca e caça e viabilizar transporte, o projeto visa apoiar a produção e reprodução social e simbólica de um modo de vida igualitário por meio de palestras, reuniões, seminários, exposições, workshops e outras atividades culturais. Sendo o corpo d’água um afluente do rio Casamança que estrutura uma região senegalesa, a agenda da igualdade de gênero é também um pilar fundamental para a construção de uma nova sociedade. Da mesma forma que um rio corre sem obstruções, o fluxo da casa é quase livre, com apenas uma parede, portanto os espaços são fluidos e multifuncionais. Porém, o rio é mutável: às vezes, na estação seca, a quantidade de água diminui e torna-se mais calmo e favorável a muitas atividades; e, às vezes, no período das chuvas, pode se tornar mais agressivo e inundar as margens permitindo a nutrição do solo. Da mesma forma, o projeto prevê que as perseguições aconteçam não só na área coberta, de forma mais privada, mas também inundem e ocupem pátios e toda a área externa, devido à permeabilidade da distância entre os bambus verticais como fechamentos, com e espontâneos e atividades orgânicas, como feiras, que podem ser consolidadas e materializadas por meio de ampliações da área construída posteriormente.
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Inserção
Rio Forma
Fluxo Geomtrização Marquise
do Casa das Mulheres
1. Sala Oeste
2. Sala de Reunião Interna
3. Pátio de Entrada
4. Sala de Reunião Externa
5. Administração
6. Pátio Intimista
7. Sala Leste
8. Arena
As atividades desenvolvidas na Casa da Mulher podem se estender pela área de abrangência, mas espera-se que as discussões e decisões tomadas também se espalhem pela aldeia, pelo vale, pela região, pelo país, pela humanidade, como se fosse uma nascente de ideias e ideologias. Ao lado, encontra-se como o grupo chegou a forma da cobertura e piso, e abaixo, a imagem de uma das salas.
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0 1 3 9m 2 3 5 8 4 1 7 6
Planta
Corte
A imagem abaixo mostra a circulação interna, bem como a integração dos pátios obtidos através da geometrização e utilização de circulos como forma predominante. Ao lado, evidecia-se o processo de contrução do edifífcio bem como os materias utilziados, sempre encontrados na escala local do projeto.
Telhado de placas de tijolo de laterita
Construído em tábuas no solo e depois levantado e unido às vigas, este material, junto com a ótima ventilação, é responsável pela estabilidade térmica e refrigeração no interior do edifício.
Vigas de madeira com cordas tensionadas
A associação entre esses dois materiais, como vigas vagão, traz leveza a uma estrutura que deve abranger distâncias razoáveis.
Colunas Bambu e vedação
Pensados como os primeiros elementos colocados durante o processo de construção, os bambus conformam toda a fachada da casa. Sua importância ecológica e abundância no mercado local foram fatoreschave em sua seleção.
Tijolo de laterita e cimento
Estes materiais resistentes utilizados como pavimentos e paredes pretendiam criar uma uniformidade entre a paisagem e a edificação, bem como indicar a intenção de a edificação se expandir por todo o terreno.
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OUC ÁGUA ESPRAIDA
Desenvolvido para as disciplinas de Projeto da Paisagem e Desenho Urbano e Projeto dos Espaços da Cidade, FAUUSP 2021
Água Espraida, São Paulo
Julia Cansado, Leticia Crevatin, Pedro Perri e Victor Rosa
Orientados por Ana Cecília Campos e João Sette
A escolha da área de intervenção para o projeto se deu a partir de uma leitura ampla, ao mesmo tempo de minuciosa, de toda a Operação
Urbana Consorciada Água Espraiada (OUCAE), desde seus mecanismos legais até as percepções sensoriais que as diferentes áreas da região propiciam. Através da leitura interligada, portanto, entre meio biofísico, legislação, agentes sociais, conflitos, infraestrutura urbana, demografia e história recente da área estudada, foram traçadas diretrizes capazes de mitigar ou sanar as demandas identificadas na leitura do território.
Dentre a vasta extensão do perímetro da OUC, que parte desde o rio Pinheiros, até a Rodovia dos Imigrantes, identificou- se uma concentração de favelas na porção central, área sobre a qual é proposto, pela lei da OCUAE, o projeto de um parque linear às margens do córrego Água Espraiada, ideia refutada pelo grupo. Em uma escala ainda maior nesse recorte, foi observada uma quantidade significativas de terras desocupadas próximas à favela do Vietnã, capazes de coportar novas moradias e áreas livres.
Assim, escolhido o recorte no território, atentouse para uma leitura mais próxima da área através do estudo do deficit e inadequação habitacional, iluminação pública, rede de esgoto, relação e proximidade com o córrego, áreas de risco, critérios centrais para a espacialização das diretrizes gerais criadas anteriormente, transformando-as em intervenções.
As intervenções se divem em quatro grandes grupos que se interferem e complementam: urbanização de favela, revitalização das bordas do córrego, provisão de HIS e estabelecimento de um sistema de áreas livres não apenas na área de projeto, mas com toda a cidade.
Operação Urbana Consorciada
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No Vietnã, a fim de integrar a malha da favela com a do restante da cidade, foram alargadas, a partir do existente, duas vias de acesso mais largas compartilhadas entre pedestres e veículos de serviço. Além disso, pensando também na drenagem das águas pluviais e do esgoto, foram elaborados outros três cortes para três dimensões de caminhos-tipo utilizados por pedestres. Aqui, além da melhoria do tratamento desses pisos, também foram pensandas como fundamentais a provisão de áreas de respiro dentro dessa malha, bem como a iluminação em todas as vias.
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Corte Via Serviço
Corte Via Peatonal
Corte Via Peatonal
Corte Via de Serviço
Vias de Respiro
Habitação Social
Sistema de Áreas Livres
Ainda na busca por uma integração entre favela e entorno através de um fluxo menos empedido e mais flúido, fez-se necessário tratar a relação do Vietnã com o córrego e suas margens. Esse intuíto somado ao risco de alagamento e geológico iminente à essas moradias, endossam a decisão pela remoçnao de uma fileira de casas de cada margem do rio. Assim, abre-se espaço para um pequeno parque linear de caráter local, no qual se reserva uma porção mais próxima ao rio para a constituição de uma breve mata ciliar e outra mais próxima às casas, por vezes pavimentada, confirmando um espaço de estar, brincar, passar, ler, conversar. Além disso, a fim de se transpor a barreira física imposta pelo córrego, foram pensadas passagens sobre o corpo d’água capazes de integrar ainda mais favela e entorno. Uma dessas trasnposições, destacadas nestas páginas duplas, é continuada por uma escadaria que corta a quadra. Em cada lado dessa escadaria são previstas quatro unidades habitacionais destinadas a famílias removidas do Vietnã com as mudanças propostas. A ideia de trazer a frente dessas casas para a escadaria é a de se constiruir uma travessia observável e observada, na qual o transeunte sente-se seguro ao caminhar; sensação essa reforçada pela presença de iluminação pública.
Somada às habitações pontuais previstas pelo grupo, em um grande terreno vazio vizinho à favela, é proposta a construção de prédios de 4 pavimentos, no máximo, capazes de reabrigar todas as famílias removidas ainda com uma folga, prevendo o crescimento da favela ao longo do tempo, além necessidade de moradia por famílias de outras localidades próximas (canto superior direito da imagem à esquerda).
Entre o córrego e esses prédios, são propostos patamares visitáveis em vários níveis, aproximando, ainda que controladamente um visitante ao córrego. Além de estreitar relações entre os habitantes e o corpo d’água, acredita-se que a construção dessa arquibancada, assim como toda revitalização e naturalização das mergens do córrego, induz á não-reocupação irregular das margens do córrego.
Assim, o sistema de áreas livres local iniciado pelas margens do córrego na borda da favela, passando pelas arquibancadas, termina em um parque esboçado no final da área de projeto. Aqui, além de abrigar equipamentos de esporte e lazer, bem como um grande gramado que se aproxima do córrego, o parque ganha notoriedade por abrigar também uma estação de VLT, outra intervenção proposta, o qual liga a linha 15-Ouro, em construção, com a Linha 1-Azul.
Parque Margem
DEMONUMENTA
Projeto de cultura e extensão da FAUUSP, 2020-2021
Alunos de graduação da FAUUSP com apoio do MIT e PUC Santiago [2021]
Coordenação de Giselle Beiguelman e Bruno Moreschi
Equipe de Modelagem 3D e Fotografia
Demonumenta propõe um debate sobre a colonialidade embarcada nas instituições e acervos públicos, por meio desta plataforma, desenvolvida por alunos e docentes da FAUUSP, em diálogo com outras instituições e centros de pesquisa, como o C4AI – Inova USP, o CITI – USP, o Museu Paulista da USP, o MIT Open Documentary Lab e o PISA. Realizado desde janeiro de 2021, demonumenta é fruto de um projeto de pesquisa e extensão universitária que põe em curso uma proposta pedagógica comprometida com pensar e produzir metodologias de trabalho colaborativo, que rompem as hierarquias tradicionais entre teoria e prática e entre o lugar do professor e do aluno. A partir da discussão do patrimônio histórico, com foco nos monumentos e acervos museológicos relacionados a 1922, demonumenta enuncia uma lógica coletiva de produção do conhecimento em diálogo constante com o público.
Essas prerrogativas envolveram um ciclo preparatório com especialistas nacionais e internacionais (janeiro a março) dedicado a discutir novas abordagens (teóricas e de intervenção no patrimônio) e o trabalho em grupos temáticos responsáveis pela produção dos conteúdos da plataforma, desde sua identidade visual até a modelagem tridimensional dos monumentos e patrimônios relacionados ao projeto, foco do trabalhorealizado e apresentado neste portifólio.
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O grupo de Modelagem 3D e Fotografia disponibliza no site resultado da pesquisa modelos tridimensionais interativos. Elaborados em conjunto ou individualmente pelos participantes, os modelos são produto de uma longa exploração de monumentos da cidade de São Paulo, que debateu diversas técnicas de representação, promoveu estudos fotográficos e implementou uso de novas ferramentas e tecnologias.
É possível, através da hospedagem da pesquisa em conjunto com o ContraNarrativas e modelos em uma única interface, interagir e descobrir novas informações e textos desenvolvidos no projeto.
Site do projeto
http://demonumenta.fau.usp.br
Modelos
3D https://sketchfab.com/demonumenta
EX TRAFILERIA CESARE
SPREAFICO
Desenvolvido para a disciplina de Estúdio de Conservação de Edifício Histórico POLIMI, 2023
Antonella Dissummo, Elena de Rosa, Elisabetta La Torre, Francesca Fedriga e Victor Rosa
Orientados por Cristina Tedeschi e Cristiana Achille
O edifício estudado encontra-se me Lecco, cidade italiana na região da Lombardia conhecida por ter sido um polo industrial metalúrgico e siderúrgico a partir dos anos 1930. Como resultado da crise dos anos 80 na Itália, a redução do poder industrial e a realocação desses polos resultou em edifícios abandonados em centros urbanos importantes. O projeto de restauro desses edifícios faz parte de um projeto urbano de requalificação em desenvolvimento na cidade do qual os docentes da disciplina são coautores.
O estúdio de divide-se em duas partes com o objetivo de introduzir e aplicar metodologias de preservação e restauro de edifícios históricos italianos. Parte do trabalho desenvolvido consistiu na apresentação de tecnologias de levantamento arquitetônico que auxiliam em projetos de restauro por toda Europa, como o Laser Scanner e nuvem de pontos, e na apreensão de softwares reconhecidos no mercado de trabalho. A partir do resultado obtido nessa primeira fase, estudou-se como representar um projeto de restauro, quais as patologias principais apresentadas por esses edifícios e suas possíveis soluções. O resultado final assemelha-se com um manual para o restauro do antigo edifício industrial e propõe ainda um novo uso em respeito a sua inserção urbana atual.
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A utilização de softwares capazes de criar desenhos 2d e 3d a partir da manipulação das informações vetoriais contidas na nuvem de pontos, produto do escaneamento do edifício, permitiu uma reprodução detalhada do edifício. Para exercício, em um primeiro momento o levantamento foi feito analogicamente, e a comparação dos resultados obtidos mostram a eficácia da utilização desses equipamentos para a identificação de problemas em edifícios com necessidade de restauro.
da estrutura do estrutura do telhado - treliças em madeira
Corte Realizado a partir de Laser Scanner e manipulação de nuvem de pontos
69 68
Immagini di rielievi diretti della struttura
Sezioni della nuvola di punti
Levantamento Manual e Nuvem de Pontos obtida com laser scanner
scala 1:100 +0.00 +0.00 m +2.50 scala 1:100
di rielievi diretti della struttura
Immagini
Sezioni della nuvola di punti
Immagini di rielievi diretti della struttura
Sezioni della nuvola di punti
Planta
A identificação de patologias e proposição de intervenções no edifício pressupõem o conhecimento de materiais e técnicas de restauro abrangidas ao longo do semestre. Para a representação, foi também necessário a apreensão da linguagem técnica utilizada em projetos de restauro. A figura acima representa a identificação dos problemas no edifício da antiga indústria, enquanto a imagem abaixo demonstra a utilização da linguagem de acordo com normas técnicas italianas.
Deposito superficiale
Disgregazione
Distacco
Esfoliazione
Colonizzazione biologica
Alveolizzazione
Fronte di risalita
Graffito vandalico
Lacuna
Macchia
Fratturazione
Patina biologia
Efflorescenza
Colatura
Elevações
71 70
B1 C1 D1 D5 D9 E1 G1 C2 D5 D9 E1 G5 H1 A1 A2 C1 G1 H1 C5 D1 D4 D9 G1 G5 H1 C1 C5 D1 D4 D7 D9 F2 G6 H1 H1 B1 C1 D1 D5 D9 E1 G1 H1 G5 C2 D5 D9 E1 G5 H1 C9 G1 G5 H1 C9 G1 G5 H1 E1 G1 G5 H1 C1 C5 D1 D4 D7 D9 E1 G1 G5 H1 A1 C1 G1 G5 H1 C4 F4 G5 H1 C4 F4 G5 H1 B1 C2 D1 D7 D9 E1 G1 G5 H1 C5 D1 D4 D9 G1 G5 H1 A3 A4 C2 C6 D1 G1 G5 H1 scala 1:100 scala 1:100
1:100
rosa.victor@usp.br
www.linkedin.com/in/victorrosagouveia +5511954582384
São Paulo, SP 01.11.1996
Victor Rosa Gouveia
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