DECIFRANDO RENDAS
Os teares mencionados são detalhados no decorrer do capítulo, mas vale ressaltar que um dos nomes de grande destaque na história da produção de renda industrializada é o de John Heathcoat, que criou o tear Bobbinet Machine, no início do século XIX. Isso porque grande parte das máquinas criadas posteriormente foram adaptadas a partir de sua invenção. Importante destacar que, antes da invenção de Heathcoat, os teares descritos como warp frame, do século XVIII também produziam bases para rendas, nas quais eram bordadas ou feitas aplicações manuais. Com o passar do tempo, as bases e a tecelagem dos motivos das rendas foram se sofisticando. Por algum tempo, a ação humana para decorá-las, como, por exemplo, aplicar fios de contornos dos desenhos, foi necessária, mas logo os teares deram conta do trabalho. Posteriormente, com a evolução tecnológica do final do século XX e início do século XXI, os teares passaram a ser operados eletronicamente e se tornaram capazes de produzir complexos desenhos e detalhes. Os dois primeiros teares mencionados no quadro não são produzidos atualmente, os da Pusher deixaram de ser produzidos no início do séc. XX, e o Lace Curtain, em 1980, mas vale ainda ressaltar que, mesmo sem serem mais fabricados, em maior ou menor escala, alguns ainda encontram-se em funcionamento em algumas regiões da Europa.
Figura 70: Autor desconhecido Camisete de tule com gola de renda aplicada com medalhões e rosetas. c. 1860-1880. Tule e renda produzidos em tear industrial. 46cm x 42cm. Rijksmuseum, Amsterdã, Holanda.
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