técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social”. Com o crescimento das cidades e o agravamento das condições de moradia, saneamento, transporte, etc., aliados às demandas por espaços melhor qualificados nas áreas de saúde, educação, cultura e lazer, a sociedade tem reconhecido cada vez mais a importância e necessidade da atuação do arquiteto e urbanista, mas não pode ainda alcançar os seus serviços com a universalidade desejada. (ABEA, 2013).
Nesse sentido, a Figura II-6 ilustra o crescimento da população, faz um comparativo com o aumento do número de cursos de arquitetura e urbanismo e percebe-se, que a população, geral e urbana, cresce na mesma proporção, já os cursos crescem totalmente desproporcional ao crescimento da população. O que, em um primeiro Figura II-5: Expansão do ensino de arquitetura e urbanismo - Vagas versus ingressantes versus concluintes. Fonte: SCHLEE et al., 2010.
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momento, entende-se que o número de profissionais formados é maior do que o correspondente à população, podendo gerar a saturação do
Essa situação de expansão dos cursos, distribuída de maneira
mercado. Mas ao se falar em saturação de mercado, deve-se antes
discrepante entre as regiões do Brasil, se torna contraditória, uma vez
distinguir o campo de atuação, se é daquele onde o profissional atua, de
que a sociedade demanda, cada vez mais, dos serviços prestados por
forma autônoma, apenas a uma determinada camada social ou ao
profissionais da área, porém os mesmos não encontram recursos para
campo de atuação para um novo perfil de profissional, que está disposto
se inserirem no mercado de trabalho nem para estender seus trabalhos
a contribuir para a resolução de problemas arquitetônicos e urbanísticos
em benefícios à totalidade da população, mesmo que exista a lei
provenientes do crescimento desenfreado dos grandes centros urbanos,
11.888/2008, que assegura “às famílias de baixa renda assistência
sejam eles em diferentes escalas, e características físicas e sociais.