Dos corpos por onde habito - Revista fotográfica- Valquiria Navarro

DOS CORPOS POR ONDE CORPO HABITO

HABITAT VALQUIRIA NAVARRO

VALQUIRIA NAVARRO

Residencia na Residencia

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CONTATO https://www.facebook. com/valquiria.navarro

+55 (55) 991162200

RESIDÊNCIA NA RESIDÊNCIA CIANTEC ARTE

VALQUIRIA NAVARRO Artista visual.

Artista visual, tem como sua principal linguagem a escultura é mestranda em Artes Visuais, especialista em Design de Superfície, graduada e licenciada em Artes Visuais pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Participou de diversas exposições coletivas, foi finalista do Salão do Jovem Artista mostra estadual, recebeu o prêmio destaque no XI Salão Latino Americano de Artes Plásticas.

Trabalha com uma figura que remete ao corpo humano sem obrigatoriedade de reproduzir os padrões anatômicos, apresentando um corpo fragilizado que busca pensar a condição humana .

LARANJA ORGANICA.COM

TUTORA Thais Polimeni

CÂMERA SANSUNG SM J6 10G

PERÍODO DE RESIDÊNCIA - JULHO A AGOSTO DE 2020

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RESIDÊNCIA NA RESIDÊNCIA

Dos corpos por onde habito A experiência de uma residência em casa

A partir da necessidade de manter minha produção, na condição atual de distanciamento social. Sendo que o acesso as esculturas mais recentes de meu processo não é possível, por estarem guardadas em um espaço na universidade.

Para esta residência tenho como proposta, utilizar o material que tenho disponível adaptando ao meu espaço de vivência. Com material reduzido e espaço limitado, estou utilizando as esculturas, figuras de pequenas dimensões (de aprox. 20 cm), com as quais fiz diversas series criando situações narrativas.

Estes corpos são criados a partir de uma estrutura de arrame, na qual por anos cobri com uma resina resultante da mistura de poliestireno (isopor) com gasolina. Atualmente tenho coberto as estruturas de arame com papel higiênico (e tingindo com café), um material mais acessível, não tóxico e que proporciona agilidade na finalização.

Acabei fazendo a maior parte das fotografias com as esculturas em resina, por considerar que elas atendiam melhor a minha necessidade atual. Apesar das esculturas com papel serem mais flexíveis, não me adaptei com a estética delas ao tamanho reduzido.

Com as esculturas cobertas em papel higiênico por terem como acabamento um material de fácil degradação me propus a analisar de fato o percurso da degradação deste material. E percebi que o papel não se degrada com tanta facilidade quanto eu pensava, depois de 20 dias sujeitos a chuvas, ventos e temporais, não sofreram uma alteração tão significativa.

Pelos passeios caninos

Registros

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Pontos fotografados pelo caminho

IMAGEM GOOGLE EARTH PRO

Localização no google maps 29°42'59.6"S 53°46'02.6"W

Como, no último trabalho antes da pandemia a composição das peças produziam a sensação de espaço coletivo, com figuras em potencial movimento. Para atualizar esta proposta, passei a propor pequenos deslocamentos em situações momentâneas e reais, ao levar o trabalho para diferentes pontos deste espaço onde habito.

Este espaço é marcado pela rotina diária de meus “passeios caninos” que ocorrem no início da manhã e no final da tarde.

E a fotografia que anteriormente era pensada apenas como registro passa a ser a forma de pôr em pratica meu fazer.

A partir desta proposta passei a olhar mais amplamente para a degradação, que não é apenas a degradação e obsolescência do corpo, mas também uma degradação do espaço, do ambiente.

Para isso ambiento as pequenas figuras em espaços onde percebo traços de degradação para pensar nas transformações causadas pelo tempo cronológico e pelo tempo climático.

P.S. Em uma panorâmica aérea marquei alguns pontos do caminho que foram fotografados e fiz um rascunho de uma trajetória de “passeio canino”.

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