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“A periferia ainda é uma solução para quem quer comprar casa”
Paulo Silva e Carlos Duarte são os sócios-gerentes da Imorriscas, uma marca com agências abertas em Camarate, Forte da Casa e Vale de Figueira Quando questionado sobre o programa “Mais Habitação” e os seus efeitos no mercado imobiliário, Paulo Silva considera que a sua aplicação pode abrir as portas ao investimento das famílias na compra de uma habitação, mas destaca, também, outras medidas que podem ajudar quem quer comprar casa.
Como caracteriza o mercado imobiliárioda regiãode Lisboa?
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O mercado imobiliário da região de Lisboa é atualmente um dos mais ativos e dinâmicos em Portugal Ao longo dos últimos anos, temos assistido a um crescimento significativo do setor imobiliário, caracterizando-se por um aumento na procura de imóveis tanto na cidade de Lisboa, como nos concelhos limítrofes. Este crescimento tem-se refletido no aumento dos preços dos imóveis, tanto no mercado de venda como no de arrendamento, com os preços a registarem uma subida significativa nos últimos anos. No entanto, ainda existem oportunidades de investimento em determinadas áreas da cidade, bem como em concelhos próximos, que apresentam um potencial de valorização interessante
Considerando a subida dos preços dos imóveis de todas as categorias, e a dificuldade em encontrar oferta no mercado, a periferia é uma opção a considerar?
Para quem procura preços mais acessíveis, a periferia de Lisboa tem sido uma opção cada vez mais válida No entanto, devido ao aumento da procura, os preços dos imóveis na periferia de Lisboa também têm subido nos últimos anos. Ainda é possível encontrar imóveis a preços mais baixos em algumas áreas da periferia, especialmente em zonas com menoroferta de serviços e transportes
Parece-lhe que as famílias portuguesas ainda podem apostar na compra de uma casa própria? Que soluções de efeito imediato são possíveis adotar, a seu ver, paracorrigir/minorarestadificuldade?
Sim, as famílias portuguesas ainda podem apostar na compra de uma casa própria, embora a situação do mercado imobiliário em Portugal tenha vindo a sofrer alterações nos últimos anos, com um aumento significativo dos preços dos imóveis em algumas zonas do país. Algumas soluções que podem ajudar a corrigir ou minorar esta dificuldade incluem: aumentar a oferta de habitação a preços acessíveis; incentivar a reabilitação urbana; e facilitar o acesso ao crédito No entanto, é importante referirque a solução para esta questão requer uma abordagem abrangente e coordenada entre diferentes setores e níveis de governação como o aumento da oferta de habitação acessível, a reforma e reabilitação de edifícios existentes, a promoção de parcerias entre o setor público e privado para a construção de novas habitações e a melhoria das condições de arrendamento Pessoalmente, creio que será muito difícil implementar algumas das medidas constantes do programa, nomeadamente as relativas às habitações devolutas de particulares

Após a entrada em vigor deste Programa, como lhe parece que o mercado da região de Lisboa secomportará?
É possível que o programa "Mais Habitação" tenha um impacto positivo no mercado imobiliário de Lisboa, já que uma das principais medidas é aumentar a oferta de habitação acessível na cidade Se mais habitações acessíveis forem construídas, pode haverum aumento na oferta de imóveis disponíveis para venda ou aluguer, o que poderia levar a uma redução nos preços dos imóveis
Sente, desde o início do ano, alguma alteração na procura de imóveis, por parte da população nacional?
Que análise faz ao programa “Mais Habitação”, apresentado recentemente pelo Governo?
O programa "Mais Habitação" é um plano que pretende enfrentar a escassez de habitação acessível no país O objetivo é garantiro acesso a habitação adequada a um preço acessível a todos os portugueses, independentemente da sua condição económica O programa inclui várias medidas,
Nos últimos tempos, devido a diversos fatores externos como a pandemia, o conflito da Ucrânia, mas principalmente a alteração das condições bancárias, ou seja, o aumento das taxas de juro e a diminuição do tempo de empréstimo, tem-se notado um ligeiro decréscimo na procura de imóveis para aquisição por parte de cidadãos nacionais Poroutro lado, a procura de imóveis porparte de estrangeiros não sofreu alterações significativas.




