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“Programa 'Mais Habitação' chega tarde”
A MetaHome é uma empresa recente, quase a completar um ano de atividade, mas que conta com a experiência dos seus recursos humanos para se posicionar no mercado Ricardo Sousa, o gerente, assume que o programa “Mais Habitação” pode trazer boas medidas, mas vem tarde, na medida em que a necessidade de habitação é, agora, muito evidente
Quando fundou a MetaHome, quais as características que queria incutirà agência?
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A MetaHome foi fundada para seguir uma ideologia de trabalho com o máximo de profissionalismo e de uma relação com os clientes muito próxima O que aconselhamos aos clientes é o que aconselharíamos a nós mesmos O nome “MetaHome” indica o nosso foco, que passa pela inovação tecnológica ligada ao mercado imobiliário Queremos estar relacionados com a introdução das novas ferramentas que ficarão disponíveis ao longo do tempo para que as pessoas possam usufruir da melhor experiência no momento de visualizar, conhecer, vender e adquirir imóveis
Que análise faz do mercado imobiliário da região do Porto? Que disponibilidadede imóveisexiste para aclasse média nacional?
A região do Grande Porto é muito procurada, tanto porportugueses como estrangeiros Existe um mix de oportunidades que atraem vários tipos de investimentos Como é do conhecimento geral, existe muita procura e pouca oferta Isto não é de agora, é assim há alguns anos O mais importante é que as pessoas se aconselhem com os profissionais do mercado imobiliário. Estes andam no terreno todos os dias e encontram a casa dos sonhos das famílias. Não existe a mesma oferta como no passado, mas é preciso entender que comprar casa, para muitos, acontece apenas uma vez na vida É uma decisão de uma importância enorme e, porisso mesmo, muitas vezes não é um processo fácil Como avalia o programa “Mais Habitação” criado pelo Governo? Quais as medidas que lhe parecem mais úteis e menos úteis para fazerfrente aos principais problemasde queo mercado imobiliário nacional sofre?
É de louvar o dinamismo apresentado pelo Governo, mas já vem tarde
Muitas das soluções apresentadas poderiam ter sido colocadas em prática há alguns anos O principal problema que temos passa pela falta de habitação, nomeadamente no mercado mais acessível, portanto, tudo o que contribuir para o aumento do número de fogos disponíveis para os cidadãos é uma boa notícia Para um impacto mais significativo sou da seguinte opinião: é necessário aumentar a construção de novos fogos; é necessário que os municípios se esforcem diariamente para o investimento em habitação de arrendamento acessível; é necessário que se criem incentivos de construção, tanto para arrendamento como para compra, em locais menos urbanos O concelho de Vila Nova de Gaia, por exemplo, é o terceiro concelho mais populoso do país e possui várias zonas rurais. Se forem criadas condições nestas zonas, em que aumente o número de habitações, serviços e infraestruturas, ajudaria a obter mais possibilidades para as pessoas, a menores custos
Parece-lhe que o fim dos Vistos Gold pode influenciar o número de imóveisdisponíveis na regiãodo Porto, para arrendamentoouvenda?
Desde janeiro de 2022 que já não eram atribuídos Vistos Gold nas zonas de Lisboa e Porto Em vez de bloquearem investimentos particulares, e que tal concedê-los se contribuírem para a criação de habitações de arrendamento? Os vistos eram também atribuídos caso adquirissem edifícios que necessitassem de reabilitação a partir de 350 mil euros Imagine os inúmeros prédios que estão devolutos e que, com este investimento estrangeiro, poderiam traduzir-se em vários apartamentos para arrendar
Considerando as eventuais mudanças que o mercado sofrerá este ano, como acredita que 2023 se revele, parao setorimobiliário?
Eu já trabalho neste ramo há alguns anos e lido com todo o tipo de clientes, sendo eles compradores, investidores, construtores, proprietários, inquilinos, e sempre que há uma valorização do nosso património, muitas pessoas têm por hábito criticar e preferem acreditar que o mercado vai cair Ouço isto há muitos anos O que é certo é que estamos inseridos num país com um potencial incrível Acreditem que, muitas vezes, são os “de fora” que o valorizam Por isso, penso que este ano o mercado vai manter-se igual, com a esperança de que apareçam mais habitações acessíveis para as pessoas