Valor Magazine agosto'23

Page 1

VALOR

CRÉDITO HABITAÇÃO

Proteção em tempos de incerteza

PORTUGAL

CRIATIVO

Empresas com ADN diferenciador

DIGITALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO Vantagens da tecnologia BIM

Distribuído com o semanário Nascer do Sol
MAGAZINE Mensal - Agosto de 2023 nº037 - Gratuito

Agosto é um mês dedicado a férias. É o momento de sair da rotina, de apanhar banhos de sol e de relaxar, na companhia dos amigos, da família, ou mesmo sozinho.

Num mês particularmente dedicado ao descanso, a Valor Magazine é a melhor companhia para quem necessita de se desligar da tecnologia e pôr a leitura em dia, acompanhando os principais temas que se destacam nesta

Assim, nada melhor do que começar por entender o que é o Marketing Olfativo e como é que ele é utilizado para fazer os consumidores comprarem mais. Venha descobrir!

A são áreas onde, cada vez mais, construção, a arquitetura e a engenharia a tecnologia está presente e, muitas vezes, falamos já de tecnologia bastante avançada, como a Internet of Things (IoT) e os equipamentos que permitem, através de nuvens de pontos, obter uma imagem tridimensional do edificado ou do espaço que futuramente terá uma construção.

Ainda relacionado com imóveis e espaços físicos, há a considerar o setor imobiliário , que é sempre muito falado – e ultimamente tem-no sido devido aos preços do metro quadrado, respeitante à média nacional e às principais cidades do país. Alguns players desta área deixam o seu testemunho no que respeita ao comportamento dos compradores nacionais e internacionais. Para muitos deles, é fundamental adquirir um crédito habitação e, desde as subidas das taxas Euribor, as prestações dostêm vindo a créditos habitação subir vertiginosamente. Por isso, nesta edição encontrará alguns conselhos sobre o que fazer para reduzir a sua prestação bancária.

Trazemos-lhe ainda informação sobre seguros de Vida e soluções de poupança para a reforma

Todos estes temas (e mais!) esperam por si nas próximas páginas da edição da sua Valor Magazine! Leve-nos consigo nas suas férias!

Boas leituras!

Editora

sarafreixo@valormagazine.pt

FICHA TÉCNICA : Propriedade e Administração: Sinónimos Breves Unipessoal, Lda | Gerência detentora de 100% do capital social José Moreira | Sede da Administração, Redação e Edição: Avenida da República, 1622, 7º andar, Frente, sala 19, 4430-193 V.N. Gaia | Telefone Geral: 223 204 952 / 221 143 269 (Chamada para a rede móvel / fixa nacional)| Email: geral@valormagazine.pt redacao@valormagazine.pt | www.valormagazine.pt | facebook.com/revistavalormagazine | linkedin.com/company/revista-valor-magazine | Impressão: Gráfica Jorge Fernandes, Rua Quinta de Mascarenhas, N9, Vale Fetal 2825-259 Charneca da Caparica | Diretor: José Moreira | Editora: Sara Freixo | Design e Paginação: Insidejob communication | Gestores de Comunicação: Fernando Costa, Luís Pinto, Miguel Machado e Inês Ribeiro | fotógrafo de capa: Diogo Luís | NIF: 515 541 664 | Registo ERC nº 127356 |

ISSN: 2184-6073 Depósito Legal: 462265/19 | Tiragem média: 20 mil exemplares

Os artigos que integram esta edição são da responsabilidade dos seus autores, não expressando a opinião do editor. Quaisquer erros ou omissões nos conteúdos não são da responsabilidade do editor, bem como este não se responsabiliza pelos erros, relativos a inserções que sejam da responsabilidade dos anunciantes. A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e demais questões técnicas da publicação, sendo que é respeitada a localização obrigatória - e paga - dos anúncios. É proibida a reprodução desta publicação, total ou parcial, por fotocópia, fotografia ou outro meio, sem o consentimento prévio do editor. "O Estatuto Editorial pode ser consultado no nosso facebook e em https://www.valormagazine.pt/estatuto-editorial-valor-magazine/. Nos termos do nº1, art.º17º da Lei nº2/99 de 13 de janeiro – Lei de Imprensa".

agosto ‘ 23 DESTAQUES EDITORIALDESTAQUES & VALOR DS Seguros Soluções de Seguros que protegem a Saúde e a Reforma 30 MaxFinance Energia e empenho: as características que melhor definem Mafalda Emília 10 PBIMIS A metodologia que está a revolucionar a construção 36

INDICE

Outsourcing

5 - Brain Power - Mais do que uma empresa, uma misão

Marketing olfativo

9 - Airbel - "Criamos experiências olfativas"

10 16

Mulheres de Valor

10 - MaxFinance - Energia e empenho: as características que melhor definem Mafalda Emília

12 - Dr.ª Beatriz de Oliveira Santos - "Posiciono-me sem medo pelas causas em que acredito"

14

9 28

30 34

5 38 40 41 46

Estatuto das Ordens Profissionais

14 - Nuno Peneda Solicitadoria - "A importância do bom senso"

Portugal Criativo

16 - Harker Solutions - Especialistas em Acionamentos Industriais há mais de 125 anos

18 - Manutan - "Sustentabilidade e teletrabalho criam novos desafios"

20 - Kuboo - “Mais que um espaço de armazenamento, uma extensão das casas dos nossos clientes”

23 - Etermar - Mais de 55 anos ao serviço da Engenharia Marítima

24 - Câmara Municipal de Viana do Castelo - Tradição, cultura, modernidade e futuro - Assim é Viana do Castelo

26 - Oficial Seguros - 10 anos de crescimento e diferenciação na área seguradora

Portugal Criativo - Empreendedorismo e criatividade feminina

28 Whatdesign - Que sorte a minha!

Seguros de Vida: as melhores soluções

30 - DS Seguros - Soluções de Seguros que protegem a Saúde e a Reforma

32 - Adriana Campos Seguros - "O seguro de Vida representa tranquilidade para o futuro"

Digitalização da construção

34 - Geopalm Engineering - A importância da Geoengenharia no contexto da Indústria 4.0

36 - PBIMIS - A metodologia que está a revolucionar a construção

Crédito Habitação: o que fazer

38 - pvt.company - "O crédito consolidado pode não ser vantajoso para o cliente"

39 - Gestlifes - Como reduzir a prestação de crédito habitação?

Soluções que vão desde a transferência de crédito ao crédito consolidado

Plano Nacional de Energia e Clima

40 - LNEG - "A dificuldade de definição das Go To Areas resulta da subjetividade dos critérios"

Inovação tecnológica na sustentabilidade das cidades

41 - APEMETA - Mobilidade urbana, sustentabilidade e as tendências das cidades inteligentes

42 - UVE - Mobilidade Elétrica Urbana e Sustentabilidade

43 - Aitecserv - Inteligência Artificial ao serviço das pessoas e do ambiente

44 - Câmara Municipal do Seixal - “Apostamos fortemente na neutralidade carbónica”

Habitação em Lisboa

46 - RC20 - "O Oeste é uma região excelente para viver"

Brain Power Mais do que uma empresa, uma missão

Sandra Soares era trabalhadora independente, na área da consultoria comercial, e sentiu, durante vários anos, a desproteção a que estavam votados os trabalhadores independentes em Portugal. O Código de Trabalho não lhes oferece muitos direitos e garantias, e tudo – desde a responsabilidade pela sua saúde, subsídio de férias e às responsabilidades fiscais – fica a seu cargo. Além disso, eram muitas vezes desconsiderados pelas empresas que precisavam dos seus serviços, por considerarem que estes trabalhadores não eram tão comprometidos com a instituição como os que possuíam vínculo contratual com a mesma. O Grupo Brain Power nasceu para mudar tudo isto: garantir mais segurança a quem era trabalhador independente e, simultaneamente, ajudar estes profissionais e as empresas que deles necessitam a encontrarem-se, promovendo o match perfeito.

Outsourcing VALOR 5

ABrain Power desenvolveu um conceito único, para apoiar os trabalhadores independentes. Que conceito é este, quevostorna únicos a níveleuropeu?

O conceito Brain Power é único a nível mundial, porque somos os pioneiros, a nível nacional e internacional, em tornar trabalhadores independentes em trabalhadores dependentes, de forma a que estes possam usufruir dos mesmos direitos e garantias como qualquer trabalhador por conta de outrem, sem terem de abdicar da liberdade que um trabalhador independente usufrui.

No entanto, não nos contentámos em sermos pioneiros, mas sim em sermos um grupo de empresas capazes de oferecer as soluções mais personalizadas a estes trabalhadores e empresas, tendo a forte capacidade de responder pronta e eficazmente às mudanças e exigências que a globalização coloca no século XXI. Esta nossa capacidade de resposta é evidenciada quando temos empresas internacionais que, não sendo ainda nossas parceiras, recorrem a nós a solicitar aconselhamento para a definição de estratégias para a sua área de negócio.

Tudo isto só se torna possível graças à proximidade que eu e a minha equipa temos com colaboradores e parceiros, o que nos permite estar sempre um passo à frente daquilo que são as necessidades de negócio dos mesmos.

Apesar de ter sido pioneira neste conceito, não pude estagnar, por isso mesmo tive de recrutar profissionais de excelência que me ajudassem a atingir o patamar atual, sermos a referência do mercado. Faço questão de que quem integra a minha equipa perceba o porquê de existir a Brain Power e que participe nas soluções encontradas para responder às exigências que nos são colocadas no dia a dia.

Toda esta envolvência permite-nos olhar para qualquerdesafio e para o futuro com confiança.

A quem se destinam, de forma particular, os vossos serviços?

As soluções que o Grupo Brain Power oferece destinam-se a dois tipos de público. Por um lado, empresas que necessitam de colaboradores, mas não têm capacidade de estabelecer esse tipo de vínculos contratuais. Por outro lado, trabalhadores independentes que procuram uma maior estabilidade contratual e que queiram usufruirdos mesmos direitos e garantias que um trabalhador por conta de outrem, sem abdicarem da flexibilidadee liberdadeda sua profissão.

Atualmente, somos requisitados por empresas e profissionais de todas as áreas, sendo que a procura internacional tem registado um crescimento acentuado no último ano, representando 23,7% dos nossos colaboradores e parceiros. Tal facto fez com que o Grupo Brain Power investisse em conhecimento legal,

tecnológico e formativo, estudando as necessidades queeste mercado apresenta.

Neste momento, contamos com colaboradores e parceiros em áreas como o ramo imobiliário, saúde, desporto, tecnologia, energia, cultura, entretenimento e TVDE. Com a maioraceitação do serviço de outsourcing e consultoria por parte dos agentes económicos, contamos brevemente abrangermuitas mais áreas de negócio.

Hoje, as empresas procuram profissionais qualificados, para desempenhar serviços em outsourcing. No entanto, mesmo dentro da mesma área de atividade, os requisitos e as solicitações não são sempre iguais, pelo que é fundamental que o colaboradorseja o ideal para aquela função em específico. Como conseguem esta personalizaçãodo serviço?

A relação de proximidade que fazemos questão de estabelecer, com os nossos parceiros e com os nossos profissionais, é o que nos permite ultrapassar este desafio com distinção. Aliás, sem proximidade o modelo Brain Power não tem sentido existir, por isso, procuramos ter sempre um conhecimento pormenorizado daquilo que são

as exigências de ambas as partes e de que forma se podem ajustarmutuamente. Daí que tenhamos um acompanhamento permanente e quase diário junto dos nossos profissionais e parceiros, para estarmos a par das suas necessidades, ambições edesafios.

O Grupo Brain Power recruta, dá formação inicial, contínua e de especialização a todos os nossos colaboradores. Acreditamos que, para responder às necessidades do mercado, temos de potenciar os nossos colaboradores, isso apenas é possível com formação, sendo que esta tem de ser focada nas adversidades que o mercado proporciona. Por outro lado, todo o plano formativo é adequado ao perfil de cada um dos nossos colaboradores, tendo em conta as suas ambições profissionais de forma a garantirmos que estes conseguem inovar, ter um espírito crítico e obtenham soluções para desafios que, à primeira vista, parecem inultrapassáveis, mas que, com as ferramentas certas, são perfeitamente superáveis.

Assim, todo o plano de formação que desenvolvemos com cada colaborador é detalhado e estrategicamente montado, tendo em conta as necessidades conjuntas da equipa, as necessidades profissionais individuais de cada colaborador e, ainda, as mudanças que ocorrem permanentemente no mercado e das quais necessitamos de estar informados e capacitados para respondermos da melhor forma. Fazemos, ainda, uma avaliação de desempenho, de modo a conseguirmos perceber os pontos que precisam de sertrabalhados e adaptando, de forma a que os nossos formandos possam atingiresses objetivos.

Em suma, a formação, aliada à relação de proximidade é o que nos permite fazer os melhores matchs entre profissionais eempresas.

VALOR Outsourcing 6

Considerando que o mercado hoje está muito mais digital e “à distância”, tal podeconstituirumdesafio particularaooutsourcing? Em que medida?

O mercado tecnológico desafia constantemente todos os outros setores e o outsourcing não é exceção. Acredito que o outsourcing esteja preparado para corresponder às necessidades digitais, no entanto, isto só será possível se todos tivermos a mesma visão sobre este serviço. O outsourcing aliado à tecnologia será mais atrativo e tornar-se-á um mercado mais competitivo, o quetrará uma maiorconfiança neste modelo.

O maiordesafio que enfrentamos neste setoré precisamente a resistência à mudança, tanto por parte das empresas como dos colaboradores. Na minha ótica, esta barreira só é ultrapassável com a demonstração de como a tecnologia poderá potenciar o resultado de ambas as partes, tudo isto sustentado por resultados práticos. Não obstante, as relações interpessoais continuam a serprimordiais.

Foi após a pandemia que a questão do outsourcing se espalhou mais pelas empresas, de diferentes setores. O outsourcing passou a ser considerado estratégico para o desenvolvimento de um bom trabalho e muitas empresas que prestam este serviço são agora consideradas parceiras das empresas contratantes. Se a perspetiva da importância do outsourcing mudou, mudou também a forma como estes trabalhadores sãoencarados?

O outsourcing e a consultoria sempre foram vistos um pouco à luz do preconceito da falta de compromisso. Ou seja, muitas vezes as empresas consideravam que estes profissionais poderiam não ter uma dedicação ao projeto tão forte quanto um trabalhador fixo e com um vínculo contratual diretamente com a empresa. Mas desde sempre que considerei o outsourcing uma alavanca para a economia e a dinamização da mesma. No dia em que as empresas sediadas em Portugal adotarem este modelo, como país, poderemos equiparar-nos às potências europeias.

Atualmente, com todas as mudanças radicais que a pandemia trouxe para o mercado de trabalho, exigindo muita versatilidade e adaptação à mudança, o preconceito atenuou. O outsourcing e a consultoria foram a resposta certa para muitas empresas conseguirem reerguer os seus negócios e até construírem mais vantagens competitivas, otimizando os seus recursos.

A versatilidade e adaptabilidade que a consultoria e o outsourcing permitem foram a grande surpresa que as empresas e os profissionais tiveram durante o período pandémico. A prova disso é o crescimento que a nossa faturação anual tem registado nos últimos três anos (em 2020, faturámos 15.920.046,94€, no ano de 2021 faturámos 24.864.213,23 e no ano de 2022

falamos de direitos e garantias destes profissionais? No que respeita a legislação, que análise lhe cabe fazer sobre a forma como a Lei vê e protegeestes profissionais?

Quando eu própria era uma consultora comercial e trabalhava a recibos verdes, sempre senti uma falta de apoio e de esclarecimento burocrático e fiscal enorme, além de não conseguir assegurar uma carreira contributiva que me

faturámos 31.112.073,82€ - de 2020 para 2022 quase que duplicámos o valor de faturação, registando uma taxa de crescimento de 95,43%), mesmo tendo atravessado o período pandémico. É uma das maiores provas de que o modelo Brain Power é cada vez mais necessário no mercado de trabalho de hojeedo futuro.

Com que desafios se depara, particularmente, a Brain Power, quando

garantisse que, caso necessitasse, poderia usufruir de algum tipo de apoio estatal. Aliado a toda esta incerteza e falta de estabilidade, colocava-se também o facto de não estar tão protegida se algo corresse menos bem, ficando todos os encargos à minha responsabilidade.

Além disso, a saúde também é uma questão prioritária a resolverna legislação para estes profissionais, pois as condições de baixa médica que estes profissionais conseguem usufruir são praticamente inexistentes. Ainda, a obtenção de qualquer tipo de crédito por parte de profissionais independentes é sempre mais morosa e dificultada, devido à oscilação dos rendimentos, bem como o subsídio de desemprego, e não existe qualquer tipo de bonificação, como subsídios de férias.

Ao sentir esta falta de proteção legal, que ainda hoje existe, repensei muitas vezes se faria sentido continuar a investir na carreira que eu gostava. Para que mais nenhum trabalhador nesta situação desistisse dos seus objetivos profissionais, criei o modelo Brain Power. E este é o nosso desafio permanente e constante, o de tentar que estas pessoas não desistam e que, dentro de todas as condições legais que temos hoje, possa haver uma maior igualdade dedireitos e garantias entretodos os trabalhadores.

Como podemos profissionaise asempresas acederaosvossos serviços? Com o crescimento do negócio e do mercado em que a Brain Power se insere, surgiu a necessidade de conseguirmos dar mais resposta à crescente procura com que nos deparámos. Por isso, surgiram 10 empresas com nomes de diversas pedras preciosas, reflexo da importância e da seriedade que a missão Brain Powertem para mim, particularmente, e para toda a equipa.

7

Para nos conhecerem melhor, podem sempre contactar-nos através das nossas redes sociais Facebook, Instagram e Linkedin (@brainpowermaster), via email (welcome@brainpower.com.mt), ou contacto telefónico ((+351) 211 387 935). Os nossos escritórios estão situados na Avenida da Liberdade em Lisboa, mas trabalhamos com empresas e profissionais nacionais e internacionais.

Que impacto tem, para si, enquanto fundadora desta empresa, este conceito quecriou? Quevaloro mesmo agrega ao mercado?

O Grupo Brain Power é a minha missão de vida, o valor que trazemos para o mercado é nítido. Para além do contributo para a economia nacional e competitividade empresarial, acredito e desejo que a Brain Power seja uma inspiração para novos empreendedores que defendam uma causa e que acreditem que possam impactaro mundo.

É óbvio que a faturação é importante, na medida em que somos uma empresa privada e com fins lucrativos. Contudo, o meu foco, depois da empresa já estar estabilizada em termos nacionais e internacionais, passa por sensibilizar o mercado para a falta de proteção legal que os trabalhadores independentes têm e contribuir para um futuro laboral mais justo, com mais direitos e garantias para todos.

Quão atentos devem estar, hoje, as empresas e os profissionais independentes, no que respeita à necessidade de adaptação ao meio e à

atividade em que estão inseridos? Como podem as pessoas evoluir a par com atecnologia,de forma a não setornaremobsoletas?

Desenvolvera resiliência e uma forte capacidade de adaptação à mudança são duas características indispensáveis para triunfar num mercado de trabalho cada vez mais competitivo e automatizado.

Desta forma, defendo que o desenvolvimento das soft skills como espírito crítico, adaptabilidade, ter uma comunicação eficaz, ter empatia, saber gerir o tempo, entre outras, é que se constitui verdadeiramente como a proposta de valor de cada profissional e que o poderá tornar único no mercado de trabalho e fazer realmente a diferença numa empresa. Numa realidade cada vez mais automatizada, o nosso olhar tem de estar nos pormenores e nas tarefas em que a mente humana jamais conseguirá ser substituída por um processo robotizado, mostrando a diferenciação do humano versus máquina, sendo que as soft skills, para nós, são a chave que garante a longevidade de qualquer profissional de sucesso.

Quais as novidades que a Brain Power tem reservadas para breve e das quais nos possadarconta?

O Grupo Brain Powertem como foco alguma automatização do nosso negócio, por isso temos vindo a fazer um forte investimento no nosso desenvolvimento tecnológico. Até ao final deste ano, contamos já ter mais processos internos automatizados para aumentarmos a capacidade de resposta e melhoria dos nossos níveis de serviço. Desvendando um pouco do que está para vir, já está em curso um novo projeto, o desenvolvimento de uma app móvel que disponibilizaremos a clientes e colaboradores de forma a tornarmos mais célere todos os nossos processos e a emissão e/ou consulta de qualquer documentação necessária. Para além disso, também já se encontra em processo de desenvolvimento um projeto numa nova área de negócio com o intuito de fornecer ferramentas indispensáveis para que qualquer pessoa consiga alcançaro sucesso profissional pretendido.

Portanto, fiquem atentos para o que estamos a preparar, pois decerto seremos uma vez mais pioneiros na resposta tecnológica e de know-how para qualquer trabalhador, seja independente ou por conta de outrem, e uma vantagem competitiva para qualquer empresa. Todas estas iniciativas correspondem a um investimento acima dos 500 mil euros por parte do Grupo Brain Power. https://brainpower.com.mt/

| @brainpowermaster VALOR Outsourcing 8

“Criamos experiências olfativas”

A Airbel é especializada em soluções inovadoras de Marketing Olfativo e Aromatização Profissional para diferentes tipos de espaços e negócios. O diretor comercial da empresa, Ricardo Brito, salienta o que é o Marketing Olfativo, que impacto tem junto dos consumidores e as preocupações que existem neste setor, num mercado que tem bastante espaço para crescer.

Quem é a Airbel no mercado do marketing Olfativo?

A Airbel é uma marca 100% nacional, que atua de norte a sul do país, ilhas, estando presente também em alguns países a nível internacional. Somos especializados em marketing olfativo, apresentando soluções de aromatização profissional de espaços e remoção de maus odores. Criamos identidades olfativas através da presença de um aroma num espaço e com base na área de negócio do cliente, o seu público-alvo e as emoções que pretende transmitir, criamos uma fragrância totalmente personalizada, reforçando a identidade corporativa da marca. O nosso foco é o mercado B2B, mas paralelamente, apresentamos igualmente soluções profissionais, mas numa vertente doméstica, junto de um consumidorfinal.

Que impacto este tipo de Marketing pode ter junto dos consumidores? Como deve ser concebida a estratégia de marketing olfativo, de forma a alcançar o objetivo pretendido pela marca?

As marcas/empresas têm, cada vez mais, a preocupação de se distinguirem dos seus concorrentes, e o Marketing Olfativo permitelhes fazerisso, em simultâneo com o facto de ser ainda considerado uma inovação. O olfato é uma ferramenta/sentido que está cada vez mais presente para aumentar o consumo e permanência nos espaços, ou seja, influenciando

o poder de decisão do consumidor. As pastelarias, porexemplo, não estão a toda a hora a confecionar determinados produtos, como os croissants e os pastéis de nata, mas querem que o aroma persista na atmosfera, para que o consumo aumente.

Os aromas são uma memória muito forte para o Ser Humano. Quão arriscado é, para uma marca, criar um logótipo olfativo para o seu consumidor?

A nível da aposta das marcas, há decisões que são um risco, mas são decisões calculadas. Todavia, de facto os aromas são sempre muito pessoais. O próprio olfato varia muito de pessoa para pessoa. Desta forma, o que tentamos sempre fazer, na criação e desenvolvimento de aromas, é ter notas olfativas que acabem por ser mais consensuais a uma determinada área de negócio. Se a loja for de venda de diversos produtos, onde exista a presença de um públicoalvo diverso e variado, exige algum cuidado. A Airbel tenta que a criação da identidade olfativa seja a mais acertada, criando um impacto positivo junto do cliente. Trabalhamos com uma equipa especializada, e técnicos instruídos, para implementar os aromas certos nos espaços certos.

Que impacto pode ter este tipo de Marketing nasvendasde umaempresa? É mensurável?

É perfeitamente exequível percebermos o

impacto que o marketing olfativo tem nos espaços. O impacto do marketing olfativo é sem dúvida aumentar o tempo de permanência e o consumo na loja. Através destas perceções conseguimos analisar o comportamento do consumidor, estabelecendo uma relação entre o clientee a marca/loja.

Como reagem as empresas a esta questão do Marketing Olfativo?

Temos várias visões: existe a desconfiança, existe aquele cliente que tem a necessidade, mas que ainda não sabe que a tem, e existem aqueles que já conhecem o produto e vão diretamente à Airbel procurar qual é a melhor solução de aromatização. O Marketing Olfativo vai além do cheiro da loja. É o cheiro do saco que leva da loja, ou a caixa que chega a sua casa e que também vai aromatizada. Isto pode ser um marketing 360 e é possível desenvolver um pouco de tudo com aroma, de forma a criar uma experiência envolvente.

Enquanto líder deste setor, como caracteriza esta área,em Portugal?

O mercado tem muito para crescer, vai haver sempre espaço para a inovação. Nós somos líderes, mas temos muito caminho para evoluirnovas formas de criação de aromas, novos aromas, revolucionaros próprios equipamentos –eé aí que apostamos e nos destacamos.

comercial
Marketing Olfativo VALOR 9

Energia e empenho: as características que melhor definem Mafalda Emília

Mafalda Emília é a diretora da MaxFinance Energia, uma agência de intermediação de crédito localizada no litoral alentejano. Mulher empática, decidida e que vive os sonhos dos seus clientes como se fossem os seus, Mafalda Emília acredita que a persistência é amiga de quem quer evoluir e crescer prossionalmente, por isso o seu conselho para as gerações mais novas é que não desistam e que considerem sempre, como ponto positivo do seu crescimento, a formação e o pedir ajuda a quem já está na área há mais tempo.

AMaxFinance Energia, da qual é diretora, tem um nome que parece corresponder na perfeição a uma das suas características – a energia. Como se descreve, enquanto pessoa e que características passam, depois, para o seu "eu" profissional?

O nome da agência foi derivado mesmo dessa energia que os meus colegas da MaxFinance, parceiros imobiliários e bancários dizem que possuo. Essa energia, para mim, representa algo que faz parte do meu empenho profissional - dar essa energia para concretizar os créditos para os clientes, que pode representar, para eles, um objetivo, um projeto ou um sonho de ter uma casa própria para si, para iniciar o seu percurso familiar ou para outro patamar para uma família já existente. Empenho-me imenso para finalizar os processos. Pordetrás de um processo está uma pessoa ou uma família, e o facto de ter um

crédito aprovado pode causar um impacto transformadorna vida das mesmas.

Que impacto a sua maneira de ser tem na forma como trata os clientes e como lida com as questõesda intermediaçãodecrédito?

Sou uma mulhercom empatia. Se o empenho e dedicação faz a diferença, a minha maneira de ser impacta no sentido de tratar os processos como se fossem meus e de sentir os objetivos atingidos dos clientes com uma enorme felicidade interior. O mercado, no atual momento, não anda fácil. Tenho a felicidade de ter construído uma boa relação com a Banca, com pessoas de elevado profissionalismo, que têm ajudado, por um lado, a superar obstáculos e, por outro, a cimentar relações. Sou muito grata pelos parceiros bancários que possuo e por termos tido a sagacidade, perseverança e também inteligência emocional para satisfazer os nossos clientes.

Tendo em conta as alterações que têm existido no mercado de trabalho, onde a equidade e o equilíbrio entre géneros têm sido frequentemente debatidos, como antecipa que o mercado de trabalho se altere nos próximostempos?

Na medida em que a consciencialização sobre a importância da diversidade e inclusão no ambiente de trabalho aumenta, espero que haja uma maior representação das mulheres em posições de liderança em diversos setores e níveis hierárquicos, pela sua sagacidade e capacidade de trabalho individual. Outra discussão que tem havido é em torno da equidade salarial entre homens e mulheres. Se um homem e uma mulher fazem um trabalho igual, faz sentido que o seu salário seja igual também. Outra questão que se tem falado muito é o teletrabalho. Acredito que a adoção de uma modalidade de trabalho remoto (sempre que tal é possível) pode beneficiar a mulher, no sentido de proporcionar maior equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, permitindo conciliar ambas as responsabilidades. Outra temática que também tem sido motivo de debate é a questão da discriminação de género e o assédio no local de trabalho. Mais do que uma política definida a nível de Governo, têm de seras próprias empresas a combater internamente, de forma incisiva, essa problemática, de forma a criar uma harmonia no ambiente de trabalho. O mercado de trabalho, apesar da elevada empregabilidade anunciada, tem estado turbulento, e espera-se que no futuro haja uma estabilização normalizada.

Que balanço faz do seu trajeto profissional, particularmente na MaxFinance e à frente da MaxFinance Energia?

Já tinha tido experiências na parte comercial, e outra na área de gestão de recursos humanos, e sempre tive interesse na área da Banca e em fazer a diferença na vida das pessoas. Decidi arriscar e enveredar por uma área diferente. Iniciei o meu percurso há já vários anos na MaxFinance Portugal, na altura na qualidade de CSI (Consultora Sénior Independente), antes de

começar a existir a designação atual de IC – Intermediário de Crédito. Tem sido um trabalho recompensador, mas igualmente preenchido, árduo e exigente. Ganhei a experiência e conhecimento necessários desde o início para consolidar o posicionamento enquanto Intermediário de Crédito de qualidade, na minha zona (Litoral Alentejano). Quando olho para o meu percurso de anos, até ao presente momento, só posso ser grata pelos frutos de todo este esforço em prol das pessoas e famílias. Da parte da MaxFinance, só posso salutar e agradecer todo o apoio que deram desde a minha entrada. Obviamente que não esqueço o marido e a filha, que estão comigo todos os dias e também têm sido, à sua maneira, outro pilarde motivação, fé e força.

Que mensagem gostaria de deixar a todas as profissionais que estão no início das suas carreiras e que ambicionam construir um percurso de sucesso?

Acima de tudo, que acreditem em si mesmas, e no vosso potencial. Tenham objetivos bem traçados e desenhem um plano para poder alcançar, um plano serve como base da visão do vosso futuro. O percurso não é fácil e não tem atalhos, é necessária uma enorme crença e resiliência para seguir com a tão necessária determinação. Nunca desprezar o valor do conhecimento, tanto a nível de formação, como do conhecimento pessoal, o primeiro proporciona ferramentas adicionais para melhorarmos, ganharmos novas skills e sermos mais eficientes, e a segunda, que proporciona relações sólidas que nos enriquecem enquanto indivíduos. Não é necessário ter receio de pedir ajuda neste percurso: somos melhores quando absorvemos conhecimento de quem mais sabe. Um aspeto fundamental é também saber manter um equilíbrio entre a parte pessoal e profissional e fazer com que nenhuma seja descurada. Para finalizar, celebrar todas as conquistas, independentemente do seu tamanho, e ter sempre um enorme sentido de gratidão em tudo o que sucede de positivo. "Persista com esperança, pois o sucesso é a recompensa daqueles que não desistiram".

11
www.mafaldaemilia.com memilia@maxfinance.pt 964 528 009
“Empenho-me imenso para finalizar os processos.
(Custo de chamada para rede móvel nacional)
Por detrás de um processo está uma pessoa ou uma família, e o facto de ter um crédito aprovado pode causar um impacto transformador na vida das mesmas”.

Beatriz de Oliveira Santos é uma mulher de causas – é advogada fundadora da BOS Advogados e membro da Amnistia Internacional. Assume que a neutralidade não é o seu forte, por isso não receia posicionar-se em nenhum momento quando se trata de questões em que acredita. Nesta entrevista, são abordadas algumas questões fraturantes da profissão, nomeadamente a questão da desproteção social e na parentalidade dos advogados e a nova revisão dos estatutos da Ordem profissional.

Como se considera, enquanto mulher e profissional, no que respeita à sua forma de se posicionar de acordo com as causas quedefende? Quecaracterísticas melhoradefinem?

Sou uma mulher de causas. Tenho sempre uma ideia muito clara das questões que me são suscetíveis e que me interessam para além da minha vida de trabalho. Nunca fui uma pessoa calada. Sempre fui muito opinativa e, quando defendo uma causa, defendo-a de todas as formas: vou para a rua se tiver de ir para a rua; publico, falo, discuto, não tenho problema nenhum em fazê-lo. Tomar partidos ou assumir posições é algo que me define. Estas características são também as que trago para o escritório, por isso é que eu gosto de ter cuidado com os processos que aceitamos, bem como com as pessoas que aceitamos para trabalharconnosco. Para mim, é importante a forma como a mensagem é passada e a forma como o

processo é levado, porque isso tem a ver com a minha noção de responsabilidade social, algo queconsidero muito importante.

Trabalhar em nome próprio é um desafio maior? Quão importante foi criaresteescritório próprio?

Isso aconteceu devido à minha vontade de estabelecer algum standard que não me obrigue a afastar da minha perspetiva da profissão. Preferi trilhar um caminho mais difícil do que continuar a receber clientes ou processos que não me diziam nada. Obviamente que não estamos sempre de acordo com as posições tomadas por todos os nossos clientes, mas para mim é importante que haja o mínimo de conexão com aquele caso, ou com aquela pessoa, para que me sinta mais capaz de fazero meu trabalho.

“Posiciono-me sem medo pelas causas em que acredito”
VALOR Mulheres de Valor 12
Beatriz de Oliveira Santos Advogada

Esta é uma área de atividade onde a proteção da mulher e dos seus direitos fundamentais ainda não está garantida. Enquanto mulher e profissionaldo Direito,como analisaesta situação?

Sempre me insurgi contra a obrigatoriedade de contribuirmos para a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), contra o meio de cálculo das contribuições e contra a ausência de direitos que temos como profissionais que descontam obrigatoriamente para a Caixa de Previdência. Na verdade, desde que me tornei advogada, já fiz exposições à Provedoria de Justiça, já saí à rua para uma manifestação, reuni assinaturas para o referendo da Ordem, participei no dito referendo e fui procuradora de colegas... porque tenho uma ideia muito clara em relação às manifestas insuficiências da nossa Caixa de Previdência. Além disso, temos vindo a assistir a um desrespeito gradual das instituições relativamente a nós e à nossa posição. Na questão da parentalidade, por exemplo, tem-se verificado uma dificuldade para os tribunais adiarem datas de diligências, quando colegas minhas têm um filho, ou quando colegas meus são pais... A solução preferencial para tudo é passar o processo a um colega, como se não houvesse nenhuma ligação de confiança entre o cliente e o advogado e o conhecimento do processo não fosse importante, sendo que muitas vezes essa relação de confiança é muito forte. Por exemplo, em processos de família e menores, são casos em que acompanhamos de muito perto a família e a situação da criança.

A revisão estatutária das Ordens Profissionais pode vir a causar problemas aquando do recurso dos cidadãos à Justiça. Que impacto lhe parece que terá na vida dos profissionais de Direito e na sua relação com osclientes?

Esta revisão estatutária é horrível. Parece-me que temos uma revisão estatutária feita por alguém que não conhece a sociedade portuguesa, nem os riscos de permitir situações que já existem e que nós nos esforçamos tanto – e há tantos anos – para explicaro perigo das mesmas e evitar. Temos campanhas na Ordem dos Advogados há anos sobre a procuradoria ilícita, sobre a necessidade de procurar um advogado para questões jurídicas, burocráticas. Há uma falta de cultura jurídica muito grande em Portugal e de literacia para o Direito, porque as pessoas sabem que eventualmente podem terde recorrer a um advogado, mas só o fazem quando já têm um problema. Ora, um advogado não tem de ser só um “tratamento”, pode – e deve - ser um “medicamento profilático”! Deve ser visto como alguém onde se vai para evitar o problema. Por vezes, inclusivamente, o cidadão gastava muito menos se o fizesse. Promover esta liberalização completa, em que pessoas que não têm conhecimentos jurídicos formais, nem percurso académico para dar esse aconselhamento o podem fazer vai tornar tudo mais perigoso. Repare: um advogado está numa Ordem e é credenciado porela. Faz um percurso académico e depois o seu percurso na Ordem, no estágio e na profissão prepara-o para a vivência em tribunal, para a forma como as decisões são tomadas, para a reação dos juízes, para como é que podem proteger mais o cliente... Esta

visão nós não temos na faculdade. O advogado tem, também, um estatuto profissional com deveres muito pesados. O dever do sigilo, o dever de não ter conflito de interesses. E tem consequências disciplinares se não obedecer ao estatuto. Além disso, nós temos um seguro de responsabilidade civil, se alguma coisa correr mal com o cliente por força da nossa atuação. Se for um curioso, não tem seguro, não está limitado pelo estatuto, e o cliente está completamente desprotegido. Aliás, esta revisão permite absurdos como um advogado que foi expulso da Ordem e que tenha tido a cédula cassada por se considerar que não tem condições para continuar a exercer a profissão, poder prestar consulta jurídica, elaborar contratos, em suma, entrar novamente no círculo da prática judiciária de forma lícita e permitida, depois de ter sido expressamente proibido deo fazer. Isto é extremamente grave.

Que mensagem lhe parece importante destacar, tendo em conta o que foidito?

O que me parece importante é deixarum apelo aos cidadãos para exigirem mais, exigirem melhor. Exijam pessoas qualificadas que os defendam, porque num verdadeiro Estado de Direito Democrático a Justiça é um pilar muito importante. Se todos entenderem isto, percebem que esta questão não é um problema dos advogados, é um problema da sociedadeem geral.

BOS Advogados www.bosadvogados.com

“A BOS Advogados é um escritório multidisciplinar, embora grande parte do trabalho que desenvolvemos diga respeito a apoio jurídico e consultoria a pequenas empresas. Mas tratamos também de matérias relacionadas com nacionalidade e residência, família e menores, matérias laborais, entre outras que nos vão sendo trazidas pelos nossos clientes”.
13

Na minha condição de cidadão, acredito que a Democracia participativa é uma conquista que devemos, todos sem excepção, cuidar! Todos os dias! Como tudo na vida, nada é adquirido e, como tal, todos somos responsáveis, cada um na sua exacta medida de participação econtributo.

A Democracia, pela sua natureza, legitima de forma inequívoca quem nos governa, conferindo através do sufrágio livre e responsável dos cidadãos o nobre mandato dedecidire, portanto, governar!

Não tenho qualquerdúvida que a maiorqualidade que se exige a quem tem um mandato de governar e/ou decidir é ter sempre presente em qualquer acto, atitudeou decisão o BOM SENSO!

Manifestamente, nesta iniciativa legislativa de alteração dos Estatutos das Ordens Profissionais, torna-se por demais evidente que não houve bom senso.

Respondendo directamente às questões oportunas e de forma pertinente colocadas:

No meu caso em particular, como Solicitador, inscrito na Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução (OSAE), respondo clara e inequivocamente que continuarei a exercer esta nobre actividade que muito me honra, com a dignidade e superior respeito pelo cliente e cidadão em geral, sempre norteado pelo exigente código ético e moral pugnado pela OSAE, servindo o nobre exercício da justiça e o imperativo direito à Justiça de todos os cidadãos de forma profissional, promovendo e garantindo um dos pilares de qualquer Democracia sólida, ou seja, o inquestionável direito à Justiça detodos e para todos!

Ora, o acima referido pressupõe duas premissas, a capacidade profissional e a confiança!

O cidadão tem de ter acesso a aconselhamento jurídico de qualidade, tal é incompatível sem a devida formação. Por razões óbvias, e por maioria de razão, o estágio assume uma importância vital, porque é a única forma de

importância do bom senso”

conjugaro conhecimento teórico com a “práxis”. Igualmente pormaioria de razão, o estágio deve ser coordenado pela respectiva Ordem Profissional, como garante, querda sua qualidade técnica, querda sua aplicabilidadeem termos das especialidades, conferindo a desejável eficácia para melhor serviro cidadão no futuro!

No caso em apreço, tenho para mim que a actividade de Solicitador, como de outras, para além da realização pessoal e profissional é e deve ser uma vocação! Como todas as vocações, implica esforço e sacrifícios de ordem pessoal. O estágio deve ser mais uma etapa de aprendizagem e, como tal, não deve ser “mais uma forma de remuneração per se”, ou seja, deve ser como sempre foi, um esforço e dedicação de quem partilha o seu conhecimento de anos com o candidato, que o deve receber de forma ávida, proactiva e responsável para poder, no futuro próximo, exercer de forma cabal a sua nobre função, ou seja deve seruma partilha e não, se me é permitido, um “negócio” ou meramente uma fonte de rendimento. Esta iniciativa legislativa encerra em si um perigo e um grave precedente que tornará “ o sagrado” momento do estágio numa simples opção de carácter puramente mercantilista!

Vivemos um período de impulsos populistas e facilitismos que, a breve trecho, trarão seguramente efeitos nefastos para o cidadão numa área tão importante e transversal como é o exercício da Justiça, ou seja, um retrocesso que a sociedade portuguesa não pode comportar. É sempre um erro nesta como noutras matérias decidir por mera pressão de sectores externos que privilegiam resultados imediatos, sem considerar a solenidade deste sector, desrespeitando de forma grosseira o cidadão e os seus mais superiores direitos.

Creio sinceramente que o impacto nos clientes e cidadãos que acreditam de forma geral no seu Solicitador não irá sofrer alterações, muito, e permitam-me referir, pelo extraordinário trabalho e esforço feito e promovido nos últimos anos pela OSAE, querem termos de estar presente e disponível para o cidadão, quer pelo meritório esforço realizado e que contínua a realizarem termos de formação continua de altíssimo nível para os seus associados o que se materializa num melhore sempre profissional serviço à sociedade.

VALOR Estatuto das Ordens Profissionais
14
Nuno Peneda Solicitador
“A

O tema residente da Valor Magazine – Portugal Criativo – dedica o seu espaço ao reconhecimento e divulgação do que de melhor se faz em Portugal, em qualquerárea de atividade.

Na edição de agosto, estarão presentes empresas e instituições cujo mote passa sempre por fazer mais e melhor, destacando o nome de Portugal.

É o caso do município de Viana do Castelo, com as suas tradições de séculos, que chegam ao presente pela mão da geração mais jovem, mas que quercontinuara honraras suas raízes.

No que respeita a diferentes áreas económicas, existem vários exemplos de empresas e empreendedores que se dedicam a trabalhar com qualidade e criatividade e oferecem soluções de destaque nos seus setores, como denota o exemplo da Harker Solutions, Manutan, Kuboo, Etermare Oficial Seguros.

EmpreendedorismoeCriatividade Feminina

No que toca ao subtema Empreendedorismo e Criatividade Feminina, quetambém integra o Portugal Criativo, desta vez o destaque vai para a Whatdesign, de Sílvia Teixeira.

Neste artigo de opinião, a empresária relata a evolução que trilhou e os desafios que ultrapassou até chegarà posição que hoje ocupa.

Mulher com experiências profissionais muito distintas, é no contacto com os outros e a desenvolver um trabalho de proximidade que se sente confortável.

Ser mulher, criativa e empreendedora é uma marca que quer deixar como exemplo para as gerações futuras. Conheça a sua história nas próximas páginas!

Portugal Criativo Empreendedorismo e Criatividade Feminina 15

Especialistas em Acionamentos Industriais há mais de 125 anos

A Harker Solutions S.A. assume-se como uma empresa que desde sempre teve uma missão importante na industrialização em Portugal. Fundada por John Harker e Gerald Sumner, desde o início do século XX que a família Hargreaves está envolvida no negócio, assumindo Pedro e Paulo Santoalha (a quarta geração da família) a atual administração da Harker Solutions. A chave da longevidade da Harker Solutions deve-se à criação de parcerias de longa duração - uma delas centenária - com players industriais europeus de referência mundial em temas como a tecnologia e a eciência operacional e energética em contexto industrial. Estas parcerias, algumas em regime de exclusividade em Portugal, garantem um nível de serviço altamente diferenciador nos clientes, bem como uma“escola”de conhecimento para o capital humano da Harker Solutions.

Estando presentes, transversalmente, em todas as áreas industriais, assumem como vossa especialização a Engenharia de Acionamentos. De quetrata a mesma?

Partilhamos com o nosso pai o propósito de oferecer ao mercado soluções completas de acionamentos industriais. O nosso negócio é desenvolvido a partir do gerador de força motriz: o motor elétrico. Dispomos de todos os produtos de transmissão de potência, a jusante do motor elétrico –redutores, correntes, acoplamentos e correias – e de controlo de movimento a montante, através dos variadores eletrónicos develocidade.

Os nossos projetos de Soluções de Engenharia para os grandes utilizadores industriais exigem uma combinação de conhecimentos de várias Engenharias – Elétrica, Eletrónica, Mecânica, Informática e Automação – suportados poruma equipa multidisciplinar.

Para todos os produtos que representamos, temos parcerias históricas com fabricantes de equipamentos industriais europeus consagrados, sendo eles a Renold - fabricante de Correntes e Acoplamentos – uma parceria estabelecida em 1920, pelo nosso bisavô; Graf + Cie AG - Puados

para revestimento de cardas têxteis - parceria estabelecida nos anos 60 pelo nosso avô; Control Techniques - Especialista em Acionamentos e controlo de movimento (variadores eletrónicos de velocidade) - parceria estabelecida nos anos 80 pelo nosso pai; Emerson Industrial AutomationControlo de fluídos e pneumática; Habasit – especialista em Correias para transportadores e transmissão de potência; Leroy Somer - motores elétricos e geradores; Motovario S.P.A. - moto-redutores para uso industrial; Sircatene - correntes especiais e Engenharia de Precisão; Techtop / Dimotor, S.A. - fabricante de motores elétricos; Xylem Water Solutionstecnologias de água (bombas).

Como podem estes acionamentos ser engajados num sistema mais completo?

O nosso posicionamento no mercado assenta em duas modalidades: Venda consultiva técnica de produtos direcionados para a área industrial realizada pela nossa equipa de Vendas (22 pessoas); e Venda de Soluções Completas de Engenharia – projeto, desenvolvimento e implementação da solução de Retrofit ou Upgrade de Máquinas com a integração dos produtos premium que representamos.

VALOR Portugal Criativo 16
Paulo e Pedro Santoalha Administradores

Como é possível assegurar a retenção de talento dos vossos colaboradores?

A satisfação dos nossos 52 colaboradores é um dos desafios com maior importância na nossa agenda que exige uma estratégia de atração permanente e individualizada ao longo de toda a jornada de quem trabalha connosco. O bom desempenho desta equipa é decisivo para o sucesso do negócio. Atualmente, a média de antiguidade dentro da Harker Solutions situa-se nos 12 anos de parceria. Em 2023, reforçámos um conjunto diversificado deestratégias com este propósito:

Planos de formação intensivos e contínuos ao longo de toda a jornada do colaborador quer numa vertente técnica, quer numa vertente comportamental; Sistema de Incentivos transversal a toda a organização e não exclusiva a funções nas áreas das Vendas, porque todos são importantes no alcance das metas da empresa; Programas de Qualificação profissional internos que promovem a diversificação funcional e o enriquecimento técnico dos colaboradores sobretudo nas áreas mais operacionais; Reconhecimento e valorização de um serviço de excelência querao nível do cliente externo, querinterno – os colaboradores, através do seu sistema de incentivos, podem ser beneficiados financeiramente caso tenham bons indicadores na prestação de serviço ao cliente interno.

Como podem os vossos serviços contribuirpara o avanço e melhoria dos processos industriais, tendo em consideração questões como gestão de tempo, bom aproveitamento dos recursos humanos disponíveis, racionalização e simplificação dos processos em causa e redução de erros/falhas?

Confiamos totalmente nos nossos parceiros estratégicos: fabricantes de equipamentos industriais! Todos os anos são investidos milhões de euros em Centros de Investigação e Desenvolvimento para proporcionar novas soluções/produtos que visam a redução de custos através da eficiência energética, bem como maiordurabilidadee fiabilidadedos equipamentos.

No nosso portefólio de produtos, temos o privilégio de comercializar o

motor com maior nível de eficiência energética mundial, classe de eficiência IE5 do parceiro Leroy Somer, do grupo NIDEC. Ao nível das correntes, a RENOLD oferece correntes com testes comprovados de durabilidade superior entre três a seis vezes mais do que as tradicionais e com um preço inferiora esta proporção dedurabilidade.

Oferecemos soluções de confiança aos nossos clientes que permitem a monitorização em tempo real da performance dos seus equipamentos e garantem aos nossos clientes implementarem medidas de manutenção preventivas e preditivas, evitando paragens das suas máquinas produtivas. Através destas soluções, conseguimos, por exemplo, saber previamente quando o equipamento está em fim de vida ou a necessitarde manutenção específica.

Como se desenha o futuro da empresa? O que pode o mercado esperar, no que respeita a soluções técnicas e tecnológicas de sistemas comercializadas pela Harker?

O nosso principal foco mantém-se: sermos reconhecidos no mercado como um verdadeiro industry partner, com um portefólio de equipamentos industriais diferenciadores dos melhores fabricantes europeus e com uma equipa sénior para desenhar/implementar soluções na área industrial ao nível de Retrofits, Upgrades e Soluções Integradas.

Inovação e Tecnologia são asseguradas pelas marcas que representamos, estando as nossas equipas de vendas e de engenharia em permanente formação e atualização de know-howtécnico.

Em 2022, crescemos na ordem dos dois dígitos no volume de vendas, tendo metas ambiciosas de crescimento de 20% de vendas para 2023. Para isso, reforçámos a nossa equipa comercial, profissionalizámo-nos e trabalhámos ativamente para alargar a nossa cobertura geográfica, que pretendemos que seja nacional. O reforço das nossas equipas com capital humano sénior, altamente especializado e comprometido, dá-nos segurança na concretização desta meta.

17

“Sustentabilidade e teletrabalho criam novos desafios”

A Manutan é a empresa líder, a nível europeu, no e-commerce B2B, graças à sua grande gama de soluções para diferentes áreas de atividade. Com a sustentabilidade na ordem do dia, conjugada com as importantes mudanças ocorridas no mercado laboral, nomeadamente o teletrabalho e a adaptação dos escritórios a um diferente fluxo de pessoas, esta empresa também se adaptou e criou novas soluções personalizadas.

Enquanto country manager para o mercado ibérico, que análise faz à importânciado mesmo para a Manutan? Portugal e Espanha combinados têm uma dimensão relevante na Europa, mas apresentam duas realidades distintas: em Espanha encontramos clusters muitos fortes, como a indústria automóvel

ou química, e a presença industrial de multinacionais que valorizam a fiabilidade de entrega e as soluções digitais, o que nos exige uma capacidade de serviço exemplar. Em Portugal encontramos empresas extraordinariamente inovadoras, que contam com a Manutan para encontrar soluções por vezes menos evidentes, e mais customizadas, o que exige um acompanhamento particularmente próximo dos nossos clientes e das suas

A inovação é uma palavra estratégica para a Manutan. Existem produtos, inclusivamente, desenvolvidos pelos vossos especialistas, para corresponder à exata necessidade dos clientes. O que

A Manutan disponibiliza uma extensão de gama ímpar no mercado, atualmente com mais de 80 mil artigos. No entanto, percebeu que muitos clientes procuram soluções mais específicas ou customizadas, pelo que tem feito um caminho muito significativo no sentido do reforço e personalização da oferta. Quando um cliente tem um projeto para um novo escritório, armazém, ou linha de produção, contacta-nos e atuamos de forma próxima e conjunta para encontraras soluções mais adequadas. Estas soluções fora de catálogo estão a crescer de forma muito

significativa, a um ritmo superior ao crescimento das vendas tradicionais.

Qual a política da empresa, no que se prende com a importância do capital humano, com o desenvolvimento e formação dos vossos trabalhadores e a forma como a felicidade e o bem-estar dos mesmos também são tidas em consideração no ambiente laboral?

O capital humano é central para a Manutan. Um bom indicador é a antiguidade média dos colaboradores que, no fecho do último exercício, era, em Portugal, superior a 10 anos. Contribuímos para o bem-estar através de uma série de benefícios, como um modelo de trabalho muito flexível, acesso a seguros de saúde e planos de formação. Importa também referenciar as possibilidades de evolução e crescimento em funções corporativas, sendo que contamos com vários exemplos de profissionais portugueses que trabalham para a Manutan Grupo de forma remota, a partirde Lisboa.

A sustentabilidade e a vossa preocupação social são outros dois pontos fortes, que se destacam na vossa forma de estar no mercado. Que ações desenvolvem, nestasduas áreas?

A sustentabilidade começa na oferta e a Manutan tem investido no desenvolvimento de produtos ecorresponsáveis, não só com maior incorporação de materiais reciclados, mas também com características de qualidade que permitem aumentara sua longevidade.

No transporte, contribuímos para a redução da pegada de carbono dos nossos clientes: ao oferecermos uma gama muito completa, permitimos que as compras de diversas categorias sejam agregadas numa única encomenda, minimizando o número deentregas.

VALOR Portugal Criativo 18
Rodrigo Mendonça Country manager Iberia

Por outro lado, estamos também a entrar na economia circular, nomeadamente em França, onde lançámos um serviço de recolha e reciclagem de produtos eletrónicos no mercado B2B. O objetivo é ofereceruma segunda vida aos equipamentos que já não são usados pelos nossos clientes, o que pode passar pela revenda, doação ou, em último recurso, reciclagem dos mesmos.

Os catálogos são, certamente, sempre um desafio, e as recentes alterações nos ambientes de trabalho – onde se incluem as novas formas de trabalhar – obrigaram, certamente, a pensar os mesmos de maneira diferente. Como se adaptaram a esta nova realidadede mercado?

A Manutan é uma empresa que, historicamente, faz as suas vendas através do catálogo, e o home office vem evidentemente alterar esta realidade. O que sentimos é uma transição para a utilização do catálogo digital, um movimento que apoiamos pelas vantagens que traz: permite uma menor pegada carbónica, acesso à gama

completa dos produtos e ainda informação mais atualizada sobre os preços. No entanto, continuamos a servir um conjunto de clientes que se mantém fiel aos catálogos físicos, pelo que mantemos a sua produção.

O trabalho remoto trouxe também uma preocupação, por parte das empresas, em contribuirpara que os colaboradores tenham em casa boas condições para trabalhar. A necessidade de ergonomia neste novo espaço de trabalho levou-nos a reforçar a gama no mobiliário de escritório mais adequado a esta realidade, bem como a sua competitividade dos preços.

Quedesafios sãoesperados, para aeconomiae para o setor onde desenvolvem atividade em particular, e como pode a Manutan evoluir de acordo com as necessidades apresentadas pelo mercado?

As perspetivas económicas são positivas para ambos os mercados, e a tendência de encurtamento e agilização das cadeias de

abastecimento aumentou a competitividade dos produtores europeus, pelo que esperamos anos interessantes para a produção industrial, logística etransporte na Península Ibérica.

Quanto às necessidades de mercado, parece-me que encontram resposta na nossa proposta de valor, em particular na sustentabilidade – de que já falámos – mas também na transição digital e na redução de custos: somos uma empresa de ecommerce, com soluções de proximidade como o EDI ou o PunchOut, que permite que os clientes acedam aos nossos produtos sem saírem dos seus sistemas internos, o que contribui para a simplificação e digitalização dos seus procedimentos. Por outro lado, contribuímos ativamente para a redução de custos, através da nossa gama de marca própria, que já representa cerca de 30% das vendas, mas também do método Savin'side®, que permite analisar, planear e otimizar as despesas “long tail”, muitas vezes descuradas, e que podem representar até 70% dos custos ocultos das empresas.

A KUBOO apresenta soluções de self-storage para particulares e empresas que necessitem de mais espaço, mas destaca-se, neste setor, por apostar na criatividade e personalização dos seus serviços. Os seus espaços não são apenas espaços de arrumação, são como hotéis para os bens dos seus clientes. O cuidado e a atenção ao cliente são fatores distintivos da sua forma de estar no negócio. É por estes e por tantos outros motivos que a KUBOO venceu o Prémio de Melhor Self-Storage Europeu de 2022. Nesta entrevista, Tiago Dias e Denil Chunilal explicam, em detalhe, como surgiu a KUBOO e as suas características diferenciadoras.

Oself-storage tem vindo a crescere a estarcada vez mais presente no quotidiano dos portugueses. Quando verificaram que esta necessidadeexistia no mercado?

Nas últimas duas décadas tem-se verificado em Portugal uma diminuição do tamanho das casas, escritórios e afins, ao mesmo tempo que os valores de compra e arrendamento dos mesmos têm aumentado. Isto leva cada vez mais à necessidade de se procurar espaços de armazenamento que tenham uma boa relação de custo e segurança - e aí entram as empresas de SelfStorage. Apesar de ainda ser um conceito relativamente novo em Portugal e em algumas partes da Europa, é uma indústria bem desenvolvida tanto no Reino Unido, como nos Estados Unidos. A KUBOO entrou no mercado com o seu primeiro armazém em Carnaxide, em 2018, criando espaços de armazenamento para bens pessoais/empresariais e tornando o serviço mais acolhedor e humano. Hoje, a KUBOO já tem três dos maiores armazéns em Portugal em pleno funcionamento, com previsão para um rápido crescimento nos próximos anos.

O facto de a logística estar a atravessar um período de grande mudança obriga a soluções criativas e inovadoras. Diria que o vosso sistema de selfstorage pode sercaracterizadodessa forma? Porquê?

A criatividade, tanto na marca, branding, serviço e diferenças operacionais é um foco desde a criação da KUBOO - desde logo pelo objetivo de criar ‘hotéis’ para bens, ao invés dos habituais espaços de arrumação frios e estandardizados. Os nossos armazéns são projetados para ajudarem os nossos clientes com a arrumação dos seus pertences, com cais de carga e descarga no interior, acessos 24h, constantemente sob proteção e vigilância, horário alargado de atendimento ao público e uma equipa preparada para facilitara vida aos nossos clientes. A KUBOO marca também a diferença pela forma como investe numa participação ativa com instituições e projetos comunitários nas regiões ondeopera.

VALOR Portugal Criativo 20
“Mais que um espaço de armazenamento, uma extensão da casa dos nossos clientes”

Como caracteriza a vossa oferta de serviços ao mercado e como se distingue a mesma da restanteofertado mercadode self-storage?

A KUBOO oferece uma experiência, não apenas um serviço. Pensámos em tudo ao pormenor para garantir aos nossos clientes a melhor estadia possível. Somos o self-storage mais acarinhado em Portugal, não só pelo feedback dos clientes mas também por todas as avaliações no Google. As nossas receções são pensadas ao mais ínfimo detalhe. Nelas encontrará sempre uma pessoa pronta para o atender e ajudar. Gostamos de oferecer um café aos mais crescidos e um chupachupa aos mais gulosos. Por outro lado, não nos faltam lugares de estacionamento gratuito e todos falamos fluentemente português e inglês.

Quais os espaços de que dispõem, no que respeita a áreas?

De momento temos três armazéns na zona da Grande Lisboa: Carnaxide (concelho de Oeiras), Abóboda-Carcavelos (concelho de Cascais) e Seixal (distrito de Setúbal). Em cada um destes armazéns oferecemos espaços que variam desde um simples cacifo (um dos nossos bestsellers) até aos 30m² de área, sendo que, quando necessário por não haver uma relação direta com a procura, procuramos encontrar as soluções das mais variadas maneiras, incluindo a combinação de conjuntos de unidades de modo a satisfazer as necessidades dos nossos clientes. Muitas vezes, os clientes acabam por arrendar mais do que uma unidade.

Que importância têm estes espaços no

funcionamento de uma empresa? Cada vez mais, este é um serviço procurado pelos empresários, em virtude da redução drástica de stocks e da cada vez menor necessidade de grandes armazéns?

Essa é sem dúvida uma das principais razões pela qual as empresas nos procuram. Com custos de armazenagem bem mais reduzidos do que adquirindo ou alugando armazéns, e com segurança e acesso constante, as empresas escolhem a KUBOO de modo a melhor gerir a sua faturação assim como a disponibilidade do seu stock. A KUBOO é de facto o parceiro ideal para as empresas que pretendem armazenar os seus produtos, sem humidade, sujidade e num ambiente seguro, controlado e com o melhorstaff para ajudar. Adicionalmente, disponibilizamos acesso 24/7 o que para muitas empresas é um fatordeterminante.

Como lhe parece que o setordo armazenamento e logística se irádesenvolverno futuro próximo?

As nossas expectativas, baseadas em estudos de mercado tanto em Portugal como noutros países da Europa, são que esta indústria tem muito espaço para crescer. A tendência é para a necessidade de espaço de armazenagem continuar a aumentar e a KUBOO tenciona estar bem posicionada para marcar a diferença no mercado português, como já o demonstrou.

Como é a vossa relação com a comunidade local?

Começámos a patrocinar organizações locais desde o nosso primeiro ano. Oferecemos espaços

de armazenamento a artistas locais que, de outra forma, teriam mais dificuldade em levar a cabo as suas atividades. Também facilitamos espaços a uma organização que trabalha incansavelmente na promoção da igualdade de géneros. Ao longo do tempo fomos estendendo o nosso apoio a outras causas. Passámos a promover e incentivar a prática de desporto na população mais jovem da freguesia de Carcavelos. Apoiamos mensalmente, através de voluntários da KUBOO, a AAMA –Associação dos Amigos da Mulher Angolana, em Carnaxide, que dá apoio básico a famílias carenciadas da freguesia. Desde o ano passado que a KUBOO tem vindo a alargar o seu apoio ao público em geral. Juntamente com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação organizamos duas colheitas de sangue por ano nas nossas instalações de Carnaxide. E reduzimos a nossa pegada ecológica através da plantação de árvores e arbustos autóctones e remoção de espécies invasoras, em colaboração com a Quercus e o ICNF-Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Recentemente, anunciámos o nosso patrocínio ao clube Os Belenenses. A parceria já tinha começado no final da época passada, com a colaboração em campanhas de colheita de sangue e ações de prevenção dos maus-tratos na infância. O apoio estende-se agora a nível desportivo, às equipas de futebol, andebol e voleibol, numa perspetiva de longo prazo.

21

damos Valor às histórias VALOR

MAGAZINE

Mais de 55 anos ao serviço da Engenharia Marítima

Nos seus mais de 55 anos de existência a Etermar- Engenharia S.A. está presente em quatro continentes, contando, em todos eles com vários projetos de renome. Tendo como principal atividade os trabalhos marítimos, esta empresa visa expandir a sua capacidade e posicionar-se rumo ao futuro, através de projetos ligados à instalação de unidades de produção de energia “verde”, como destaca Miguel Pires, senior business developer.

Com os novos desafios que agora surgem ligados ao mar, como as ligações marítimas, as instalações de plantas de produção de energia renovável, como se adaptou a Etermaraestas novas necessidades?

Ao longo dos seus 55 anos de existência a Etermar sempre primou por conseguir adaptar-se às novas tendências e evoluir tecnicamente no sentido de perfazer as necessidades dos seus clientes. Tendo os trabalhos marítimos como “core business”, os novos desafios ligados ao mar, nomeadamente a instalação de plantas de produção de energia renovável offshore, não passaram despercebidos. Por tal, a empresa decidiu avançar para a aquisição de novas instalações estrategicamente localizadas na margem norte do estuário do Sado, em Mitrena, que lhe permitem ambicionar estar presente nesse segmento.

Que projetos, em particular, gostaria de destacar?

Destacamos, neste contexto, o projeto de produção de flutuadores para as eólicas offshore, os quais permitirão a instalação de turbinas de elevada capacidade, contribuindo para reduzir dramaticamente o custo dessa energia de base renovável. A produção dessas megaestruturas irá também justificar a expansão física dessas mesmas instalações, porforma a maximizaro seu potencial, podendo ainda vir a ser integradas outras fases do processo produtivo das mesmas, nomeadamente a assemblagem das torres e instalação das pás.

A criatividade, a inovação e a tecnologia são fundamentais também na área da Engenharia, para concretizar alguns projetos. Como lida a Etermar com a necessidade de se manter na vanguarda da tecnologia e da inovação de

materiais,técnicaseequipamentos?

A Etermar tem procurado sempre estar a par do “estado da arte” relativamente às disciplinas técnicas e segmentos de mercado em que está

qualificadas têm, muitas vezes, um problema em encontrar mão de obra. A Etermar nota esta dificuldade?

Sim, nos últimos cinco anos a Etermar tem vindo a verificar que a contratação de técnicos especializados é cada vez mais difícil.

Como se consegue reter, atualmente, um bom profissional naempresa?

Remuneração adequada à função, formação contínua e bom ambientedetrabalho.

Qual a importância de temas como o bem-estar social, o ambiente de trabalho feliz e o salário emocional na gestão dos recursos humanos, hoje?

Tem cada vez mais uma importância fundamental na retenção detalentos.

A humanização do trabalho e dos trabalhadores, em vez da simples designação de “recurso humano”, pode fazer a diferença entre a Etermar ser uma opção recorrentemente procurada por quem quer trabalhar na área da engenharia marítima e civil? Quão importante é esta humanização enquanto fator diferenciador das empresas e do seu posicionamento no mercado?

No caso do setor de atividade onde a Etermar desenvolve a sua atividade, essa humanização do trabalho e trabalhadores começa a servista como um fatordiferenciador.

presente, nunca descurando a formação dos seus colaboradores e a contratação de quadros que, pela sua experiência, possam aportar uma maisvalia técnica e transferência de conhecimento aos restantes colaboradores.

O capital humano é um recurso fulcral para todas as empresas, mas aquelas que necessitam de pessoas particularmente

Que desafios esperam as empresas, no futuro próximo, considerando todas as mudanças que o mercadodetrabalhotemvindo a sofrer?

Pensamos que o maior desafio será aliciar talentos e retê-los de forma ativa e criativa nas empresas.

www.etermar.pt 265700800 Estrada Nacional 10 – 4 Mitrena-Estuário do Sado, 2910-738 Setúbal 23
Miguel Pires Senior business developer
(Custo de chamada para rede fixa nacional)

Tradição, cultura, modernidade e futuro

Assim é Viana do Castelo

Viana do Castelo é um município com muita história e tradição cultural. É também terra de indústria e desenvolvimento económico. Culturalmente, a festa de maior monta é a Romaria d’Agonia, que todos os anos traz ao concelho mais de um milhão de pessoas, que ficam rendidas ao amor e orgulho (ou, tradicionalmente, a chieira) que os vianenses têm nas suas tradições. O Presidente do município, Luís Nobre, fala com orgulho sobre esta terra carregada de passado e cheia de futuro.

Como caracteriza Viana do Castelo, para quem nunca visitou o municípioe nãoconheceos seus “destaques”?

Viana do Castelo é um concelho apaixonante, que conjuga de forma perfeita o tradicional e o moderno, numa mistura de usos, costumes, contemporaneidade e inovação. Este é um território abençoado pelas belezas naturais proporcionadas pelo mar, rio e montanha, mas que beneficia de uma arquitetura inovadora, apresentando ofertas turísticas de qualidade e uma agenda cultural repleta de atividades, música, dança, exposições, festas e romarias, desporto... Costumamos dizer que Viana é Amor e, por isso mesmo, o nosso slogan afirma que Viana do Castelo “Fica no Coração”.

Viana do Castelo tem várias atividades que se destacam e misturam o aspeto económico com a questão cultural – como é o caso dos Bordados de Viana e do Traje à Vianesa. Como se empenha o município em assegurara promoçãoe a salvaguardadeste património? As mulheres de Viana, ao longo dos anos, embelezaram as suas toalhas e outros panos usados em momentos festivos com bordados de grande beleza. Como forma de proteger a qualidade do trabalho das bordadeiras, a Câmara Municipal certificou a marca “Bordado de Viana do Castelo”. Isto não só distingue os nossos bordados, como lhes confere valor, salvaguardando este património e tornando-o mais lucrativo para quem borda. Igual trabalho foi feito em torno do Traje à Vianesa, que orgulhosamente conseguimos certificar. O Caderno de Especificações contém o conjunto de elementos que definem e tornam inconfundível a imagem do “Traje à Vianesa – Viana do Castelo”. É, hoje, um símbolo local e nacional, sendo também motivo de orgulho da diáspora onde existem inúmeros grupos folclóricos que primam pela artedo bem trajar.

Que programas desenvolve a Câmara Municipal para atrair e fixar as empresas no seu território? No que respeita aos jovens empreendedores, adinâmicaempresarialtambémexiste? Viana do Castelo tem em vigor um Regime de Incentivos que tem sido renovado e robustecido ano após ano, incluindo reduções e isenções de taxas para investidores de empreendimentos turísticos e acolhimento empresarial, atividades económicas relacionadas com as fileiras da agricultura, floresta e produtos de base regional e do mar, setor tecnológico, serviços partilhados e indústrias/atividades criativas, equipamentos de utilização coletiva, abrangendo ainda a regeneração urbana e operações urbanísticas, entre outras medidas. Visa apoiar a economia, aumentaro emprego, dinamizando o tecido económico e social do concelho. Temos também medidas a pensarnos mais jovens, tal como o concurso municipal Viana Jovens Empreendedores, que, até ao dia de hoje, já atribuiu apoios no valor global de 160 mil euros, apoiando 11 projetos de jovens que querem criarum projeto, marca ou empresa.

O que destaca, do que existe em Viana, no que respeita a iniciativas ligadas àtecnologia, ao seudesenvolvimentoe aplicabilidade?

Neste momento, diferentes setores têm conquistado importância, nomeadamente o cluster automóvel, o cluster das energias renováveis, o clusterdo papel e a metalomecânica. O concelho tem merecido avultados investimentos nas energias renováveis oceânicas, altamente tecnológicas. Contamos já com o parque eólico offshore Ocean Winds (Windfloat Atlantic) e com a sueca CorPower Ocean, que está a desenvolver um projeto de aproveitamento de energia das ondas e que instalou em Viana do Castelo uma unidade de produção destes equipamentos.

VALOR Portugal Criativo 24
Luís Nobre Presidente da Câmara Munícipal de Viana do Castelo

A cidade é conhecida pela grande festa em honra da Senhora da Agonia. Que tradição é esta e como se explica a passagem da tradição de geraçãoem geração?

A Romaria d’Agonia, que este ano se realiza de 14 a 22 de agosto, é considerada a maiorromaria de Portugal com uma afluência superiora um milhão de visitantes durante os dias da festa. Este ano, teremos pela primeira vez nove dias de festa, num programa que vai integrar meia centena de eventos. Explicamos o preservar desta tradição com o facto de esta ser uma festa que teve origem na fé dos pescadores, tornando-a verdadeiramente distintiva. Explica-se igualmente pela chieira que os vianenses têm pelos seus usos e costumes. Aqui, as nossas mordomas fazem honra em continuara trajarcomo há um século, cumprindo todas as regras e respeitando da melhorforma os nossos antepassados.

Na gastronomia, a região de Viana do Castelo também é reconhecida. Quais as principais iguarias representativasdeVianado Castelo?

Viana do Castelo está, desde sempre, ligada ao bacalhau. Para além dos inúmeros pratos de bacalhau, dos quais se destaca o “Bacalhau à Viana”, são também dignos de realce o peixe fresco e o marisco, sempre acompanhados do inigualável Vinho Verde. Para sobremesa, o destaque vai

para a conventual Torta de Viana, também já certificada. Nestes últimos dois anos, no âmbito de uma parceria entre os quatro municípios do Vale do Lima, a aposta no ‘terroir’ tem-se feito sentir a nível nacional, começando a casta Loureiro a tercada vez mais notoriedade.

Viana do Castelo é Cidade Europeia do Desporto. Que impacto tem esta distinção para o concelho, os seus atletas e para o prestígio internacionalda região?

Sermos Cidade Europeia do Desporto tem-nos proporcionado o acolhimento de eventos de excelência, ímpares a nível nacional, europeu e até mundial, que trazem milhares de atletas e respetivas famílias e amigos a Viana do Castelo. Nos primeiros seis meses, promovemos um total de 268 eventos que contaram com a presença de 72.914 atletas e participantes. No primeiro meio ano de Cidade Europeia do Desporto, a cidade e o concelho acolheram provas de 70 modalidades e atividades. No total, neste período, a capital do Alto Minho foi palco de 18 eventos de cariz internacional e 69 eventos de cariz nacional. Um impacto avassaladore que nos motiva para fazermos ainda melhoraté final do ano!

25

10 anos de crescimento e nadiferenciação área seguradora

A Oficial Seguros posiciona-se como uma referência inovadora e distinta no setor dos seguros, trilhando um caminho marcado pela excelência e comprometimento. A abordagem diferenciadora, centrada na escuta ativa e empática, permite responder criativamente às diversas necessidades dos clientes e oferecer soluções personalizadas. O investimento contínuo na capacitação dos colaboradores assegura a prestação de um serviço diferenciado, preparado para enfrentar os desafios do mercado, como realça André Lopes, fundador deste projeto que já conta com 10 anos. A empresa continua aberta às oportunidades de crescimento e mudanças estratégicas, mantendo-se alinhada com o objetivo de excelência que sempre preconizou, seja através da expansão independente, integração e outras vias.

VALOR Portugal Criativo

OGrupo Oficial Seguros é uma marca portuguesa que conta com um crescimento superiora 40% nos últimos três anos. A que sedevetalevolução?

Acredito que o crescimento notável da Oficial Seguros se deve a uma combinação de vários fatores estratégicos bem-sucedidos. Em primeiro lugar, o nosso foco tem sido alavancado na excelência do fator humano e no atendimento personalizado. Queremos sempre proporcionar uma boa experiência ao nosso cliente, procurando compreender e responder às necessidades específicas de cada um. Em segundo lugar, a nossa estratégia de negócios, que concerta numa combinação da tradição, que privilegia o contacto direto com o cliente, consegue juntar e trazer também a inovação tecnológica, que nos permite manter um alto padrão de qualidade e acompanhar este mundo de velocidade e de mudança. Além disso, a nossa abordagem multimarca e de amplas plataformas permite-nos oferecer uma gama diversificada de produtos e serviços, tornando-nos um destino único para todas as necessidades de seguros dos nossos clientes.

Sendo um mediadorde seguros responsável por seguros do ramo Vida e Não Vida, que vantagens encontra em ser um mediador multimarca?

Sermos um mediador multimarca proporcionanos uma maior flexibilidade e capacidade de oferecer soluções diversificadas e adequadas às necessidades específicas de cada cliente. Este facto permite que a empresa trabalhe com as companhias de seguro de referência, garantindo uma vasta gama de produtos e coberturas disponíveis para os segurados. Esta abordagem permite-nos ser verdadeiramente imparciais e aconselhar os nossos clientes com base no que é melhor para eles, promovendo um serviço mais personalizado e adaptado a cada situação. Esta estratégia traz para o terreno a flexibilidade, a inovação eo verdadeiro foco nos clientes.

Considerando as necessidades cada vez mais únicas e diferenciadas da maioria da população,

atualmente, os seguros devem responder a estas realidades. Taltemvindo a suceder? Sem dúvida. Na Oficial Seguros temos acompanhado a evolução das necessidades do nosso público e procuramos afincadamente oferecer soluções inovadoras em diferentes áreas de seguros. A título de exemplo, no ramo dos seguros Vida, destacamos as soluções personalizadas que abordam desafios específicos, como a proteção das famílias, os planos de poupança e investimento, bem como as coberturas para casos de doenças graves que são cada vez mais frequentes nos dias que correm. Já nos seguros Não Vida, temos procurado apresentar algumas soluções mais direcionadas para as necessidades reais de pessoas reais de um mundo moderno, tais como a proteção dos nossos animais de estimação, seguros para atividades de lazer e viagens ou seguros direcionados para uma geração que se preocupa não só em trabalhar, mas que pretende viver uma experiência.

Quão importante é esta criatividade e inovação no mundo segurador, considerando a importância que estas têm na vida e sociedade e, simultaneamente, a importância da competitividade e capacidade de retenção de profissionais qualificados na área seguradora, considerando que um seguro continua a ser feito de pessoas para pessoas e a confiança e o know-how são cruciais para que o cliente se sinta apoiadoe protegido?

Num mundo que nos pede mais conexão e transparência, a nossa empresa procura ser próxima, inclusiva e de envolvimento. Assim, a criatividade e inovação são essenciais no nosso dia a dia e no mundo dos seguros, pois são estas valências que nos permitem responder de forma mais eficaz e eficiente às necessidades dos nossos clientes e oferecer-lhes as soluções mais adequadas. Os seguros sempre foram e vão continuar a ser um negócio de pessoas para pessoas. Como tal, a confiança, o know-how e o toque humano são sempre importantes. Assim, na Oficial Seguros, acreditamos que a chave para o nosso sucesso é o equilíbrio entre a inovação e um

toque humano. Já no que concerne à competitividade e à retenção de profissionais qualificados, valorizamos de uma forma cuidada e muito assertiva a ética, a honestidade e a integridade profissional. Procuramos trabalhar com os melhores profissionais do setor, que compartilham os nossos valores e a nossa missão. A nossa abordagem rigorosa na avaliação e retenção destes talentos reflete a nossa dedicação para fornecer o melhor serviço possível aos nossos clientes. A excelência não pode ser, e não é, apenas o nosso objetivo; é o nosso padrão e aquilo pelo qual nos queremos pautar, sempre.

Como pode a inovação tecnológica e a transição digital ajudar na facilitação das tarefas diárias e no relacionamentocomosclientes?

Ao adotarmos soluções tecnológicas de vanguarda, temos alcançado melhorias significativas nas nossas tarefas diárias e na experiência dos nossos clientes. Um exemplo claro dessa abordagem é a implementação de um sistema de gestão integrado, que otimiza a gestão de apólices, sinistros e outras operações, tornando-as mais ágeis e eficientes. Com esta solução, podemos fornecer respostas mais rápidas aos nossos clientes, reduzindo o tempo de processamento e garantindo maior precisão nas informações, além de criartodo um ecossistema à volta do essencial, onde se integram todas as partes envolvidas nos processos, como os nossos parceiros, clientes, seguradoras, gestores e outros Além disso, temos uma plataforma digital amigável e intuitiva, que permite aos nossos clientes acederem facilmente aos seus seguros e aos nossos serviços. Estamos ainda a estudar o desenvolvimento de uma aplicação móvel, onde os nossos clientes podem realizar simulações de seguros, obter cotações personalizadas e contratar novos seguros online, de uma forma rápida e segura. Outra inovação tecnológica que estamos muito próximos de lançar são os chatbots e os assistentes virtuais, que proporcionam um atendimento mais ágil e disponível 24 horas pordia.

27
www.oficialseguros.pt geral@oficialseguros.pt 232 409 416 VISEU | MANGUALDE | SÁTÃO | COIMBRA | NELAS | LISBOA |
(Custo de chamada para rede fixa nacional)
TONDELA

Que sorte a minha!

“ Que sorte a minha, que sou uma mulher, canhota, nascida nos finais do século XX. Tinha eu tido o azar de nascer no tempo das reguadaspara escrever com a mão direita - ou mais lá para trás, no tempo da fogueira, e a conversa era outra ou nenhuma.”

Venho de uma família imensa, cheia de mulheres (e homens) fascinantes que me serviram, e servem-me, de inspiração. Os seus exemplos de força, beleza, cuidado e determinação estimulam-me para seguir adiante com coragem e resiliência enquanto mulher, mãe, bailarina, formadora, professora, empreendedora ecriativa.

Conciliar o papel de empresária e mãe foi/é um desafio que enfrentei com

amor e dedicação. Creio que a maternidade não deverá ser uma barreira para alcançarmos os nossos objetivos profissionais e, acredito que, enquanto mulher nesta sociedade moderna, tenho o dever de colocar em prática todos os papéis que ambiciono desempenhar.

Aos 18 anos, quando ingressei na ESAD (Escola Superior de Artes e Design) e me deparei com o livro "Das coisas nascem coisas", de Bruno Munari, abriu-se um novo e magnífico universo. A sua abordagem provocativa levou-me a refletirsobrecomo vemos o mundo ao nosso redor e a pôr em prática novas metodologias de construção. Tornou o meu processo criativo mais rico eestimulante.

Sílvia Co-Fundadora da Whatdesign Fotografia: Ana Caridade
VALOR Portugal Criativo - Empreendedorismo e criatividade feminina 28

Para além do mundo do design, a dança contemporânea sempre ocupou um lugar muito importante na minha vida. A paixão pela dançaassim como os meus incríveis professores e amigos Joana Nossa e Ludger Lamers -, ensinaram-me que a criatividade se reflete em todas as áreas da vida, não havendo limites para a sua exploração. Tal como na arquitetura, por exemplo, quando tive a sorte de participar, em contexto de faculdade, num workshop com o talentoso, inspirador e humanista, arquiteto francês Jean-Philippe Vassal. Foi um momento revelador que despertou em mim a vontade de trabalhar em design numa vertente social, reforçando a minha crença e esperança no poderda criatividade.

E nasce a Whatdesign, com as minhas amigas da faculdade, Inês e Sara. No plural. Dois anos depois segui no singular.

Ao longo dos últimos 16 anos tenho tido a oportunidade de, como mulher, trilhar um caminho inesquecível no mundo do empreendedorismo e da criatividade na área do design. Desde o início que enfrentamos desafios. A história da Whatdesign é o meu testemunho de superação, onde a determinação e a paixão pela mudança podem transformar ambições em realidade.

Com o apoio de parceiros dedicados, comprovo que a igualdade de oportunidades é fundamental para o progresso de qualquersetor. Encaramos cada obstáculo com resiliência, acreditando que o talento não conhece barreiras de género.

Unir a criatividade ao empreendedorismo foi uma escolha que moldou o ADN da Whatdesign. Desde a angariação de clientes até ao processo

criativo, envolvemo-nos pessoalmente em todas as etapas dos projetos. Acreditamos que essa abordagem é a essência do empreendedorismo criativo, que nos permite inovar e enfrentar desafios de uma maneira única eeficaz.

Conciliar todos estes papéis é um grande desafio, mas a verdade é que cada uma destas “atividades” trouxe uma pitada especial ao meu caldeirão criativo. Ajudaram-me a não ter medo de experimentar e dançar ao ritmo das oportunidades que surgem.

Atualmente faço parte da direção artística do projeto "Lugar Comum - Espaço de Construção". Imaginem juntar arte, criatividade e a missão de acolhermigrantes num só lugar. É um verdadeiro turbilhão deemoções!

Com o apoio do Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI) e do Alto Comissariado Para as Migrações (ACM), e de uma equipa incrível formada essencialmente por mulheres, em parceria com a Faculdade de Motricidade Humana (FMH) da Universidade de Lisboa, o Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md) e a Câmara Municipal de Braga, estamos a conseguir criar algo único, capaz de transformar vidas e criar pontes sociais e culturais que fazem a diferença. Um orgulho!

Uma das parcerias mais significativas que tenho o prazer de estabelecer é com a MUSAAssociação Artística e de Intervenção Social, em Braga. Através desta colaboração posso contribuir com projetos que promovem mudanças positivas na sociedade, usando a criatividade como uma ferramenta para impactar vidas e construir um mundo mais inclusivo.

E assim sigo, com os pés no chão e o coração nas nuvens, inspirando-me nos meus clientes e colaboradores, alunos e formandos, nas metodologias do Bruno Munari, na dança da Joana e do Ludger, no humanismo do JeanPhilippe Vassal, no projeto "Lugar Comum - Espaço de Construção" e, é claro, nas mulheres incríveis da minha família e no mundo que nos rodeia. Que possamos, juntas, dançar com a vida, criar com paixão e empreender com coragem, deixando um legado inspirador para as futuras gerações de mulheres criativas edestemidas!

Espero que a minha história inspire todos os que têm o desejo de empreender, destacando a importância da criatividade no contexto social. Que cada pessoa que leia este artigo se sinta encorajada a abraçar as suas ambições e a acreditar no poder do empreendedorismo para moldar um futuro mais brilhante e criativo para todos. Eu irei continuar!

29
“Que possamos, juntas, dançar com a vida, criar com paixão e empreender com coragem, deixando um legado inspirador para as futuras gerações de mulheres criativas e destemidas!”

Soluções de seguros que protegem a Saúde e a Reforma

A DS SEGUROS é o maior mediador do país em seguros de Vida Risco. Enquanto coordenador nacional desta empresa, Luís Tavares conhece bem a realidade do mercado, bem como a realidade da população nacional que, afirma, ainda não está totalmente ciente do que os seguros de Vida Risco, de Pensões e os PPR podem fazer por si.

considerada por muitas pessoas? Que ofertas existem, atualmente?

Os seguros de Pensões e PPR são algo fundamental para as famílias portuguesas, obviamente que as famílias têm de ter consciência que têm de ter uma forma de financiar a sua reforma, complementar à Segurança Social.

Existem no mercado muitas soluções diferentes, umas sem risco, com menos potencial de valorização, outras com algum risco, mas com maior potencial de valorização a longo prazo. Infelizmente ainda não temos as famílias em Portugal sensibilizadas ao nível que era necessário para este assunto vital.

De que forma é possível contribuir para o aumento do segmento de seguros dedicado às Pensões e, eventualmente, também à área Vida?

ADS SEGUROS é um dos principais players do mercado segurador em Portugal. Assim, como se posiciona no que respeita à áreade segurosdeVida?

A DS SEGUROS é, de facto, um dos maiores mediadores em Portugal, em todos os ramos, e no que diz respeito ao Ramo Vida, nomeadamente Vida Risco, ou seja, seguros que protegem os segurados em relação à morte e/ou invalidez, a DS SEGUROS tem ainda um peso no mercado mais expressivo, sendo o mediador que mais seguros de Vida Risco faz em Portugal, excluindo os mediadores decanal bancário.

Que avaliação faz ao setor dos seguros de Vida, atualmente? É uma área que tem vindo a crescer?

Sim, os seguros de Vida Risco têm vindo a crescer em Portugal todos os anos, pois há cada vez mais a consciência da sua importância na proteção familiar e até das empresas, protegendo as pessoas “chave”dessas empresas.

Na DS, de 2020 para 2022 (em dois anos, portanto) duplicámos a emissão de apólices de Vida Risco, passando de cerca de sete mil apólices

emitidas em 2020 para cerca de 14 mil emitidas em 2022 ecerca de 4.500.000 euros de prémios.

Como caracteriza os diversos produtos de seguro de Vida que a DS SEGUROS disponibiliza aos seus clientes? Estes produtos são personalizáveis?

Atualmente existe uma forte aposta, de praticamente todas as seguradoras, nos seguros de Vida Risco, o que melhorou a oferta de forma exponencial. Existe hoje uma possibilidade enorme de personalização deste seguro de forma a cobrir os receios de cada cliente, desde a morte, invalidez, doenças graves, etc.

Por outro lado, este aumento da oferta veio associado a uma competitividade em termos de preços muito significativa. A concorrência veio tornar estes seguros verdadeiramente acessíveis a todas as famílias eempresas.

Relativamente aos seguros de pensões, esta é uma área em que se recomenda apostar, sobretudo considerando as dificuldades futuras do sistema de Segurança Social do país para suportar todas as pensões. Já é uma hipótese

Tem de haver algumas medidas do Governo, nomeadamente ao nível de um esforço fiscal para incentivar as pessoas a poupar e prepararem a sua reforma.

Isso seria um importante investimento do Estado, que pouparia muitas dificuldades e problemas a que o próprio Estado terá de dar resposta dentro de poucos anos, se nada de significativo for feito até lá.

Como pode a DS SEGUROS ajudar os clientes a tomarem conhecimento destas soluções de seguro? Quais os grandes motivos que fazem, agora, com que se torne importante investir numa solução seguradora?

A DS SEGUROS foi criada com o objetivo de apresentar aos clientes as melhores soluções do mercado, ser o seu consultor independente para o aconselhar, de entre as várias seguradoras e os vários seguros, pelo que apresentar ao cliente soluções que ele ainda não tem, mas que são fundamentais quer no curto, médio ou longo prazo, também está no nosso ADN…isso é aconselhamento, consultoria, que é o que gostamos de fazer.

VALOR Seguros de Vida: as melhores soluções 30
Luís Tavares, Coordenador nacional da DS SEGUROS
“O seguro de Vida representa tranquilidade para o futuro”
Adriana Campos
VALOR Seguros de Vida: as melhores soluções 32
Agente Exclusiva Real Vida Seguros

Adriana Campos é licenciada em Engenharia Química pela Universidade de Aveiro e trabalhou cerca de 13 anos na indústria. Em 2020 iniciou um novo projeto ligado aos seguros de Proteção Pessoal e, mais tarde, fez a formação necessária para desenvolver a atividade de Intermediação de Crédito. Atualmente, é agente exclusiva da Real Vida Seguros e explica a importância de uma mudança cultural para que a população reconheça a importância dos seguros deVida em todas as suas vertentes.

Como se posiciona esta companhia seguradora e quais as soluções de seguros que apresenta?

A Real Vida Seguros é uma seguradora portuguesa independente com mais de 30 anos de experiência na comercialização de seguros de Vida, Vida Habitação, seguros de Saúde, Acidentes Pessoais, Investimento, Poupança e Reforma. Esta gama de produtos permite oferecer aos nossos clientes uma solução completa de acordo com as suas necessidades. O meu papel como especialista de seguros de Proteção Pessoal é desmistificar e simplificar a linguagem de seguros e ajudar os clientes a tomaruma decisão adequada e informada, à sua medida. Este tema dos seguros é bastante delicado e precisa de ser compreendido e bem comunicado. Uma correta análise de risco é uma garantia de estabilidade financeira nos momentos mais delicados da vida.

As realidades de trabalho e vida alteraram-se para muita gente e empresas. Houve, de facto uma adaptação à realidade das ofertas de produtos de seguros por parte da Real Vida Seguros?

Sim. A Real Vida Seguros procura antecipar as tendências e necessidades do mercado apostando em novas tecnologias, mais eficientes e seguras. Eu, enquanto Agente Exclusiva da Real Vida Seguros, reconheço uma forte aposta na formação e na inovação, o que me permite evoluir como profissional, na forma como observo o mercado, e permite-me oferecer um serviço de maior qualidade aos meus clientes. A aposta em ferramentas digitais é um complemento muito importante no meu dia a dia, porque permite-me ter uma maior disponibilidade para o que considero essencial: as pessoas. Permite que o meu atendimento seja o mais personalizado possível, de forma a criar uma relação deconfiança com os meus clientes.

No panorama nacional em que uma grande percentagem da sociedade sofre perdas de rendimentos, mas por outro lado existe uma crescente preocupação com a saúde e bem-

estar, qual a predisposição das pessoas em contratarum Segurode Saúde?

Reconheço que as pessoas e empresas estão cada vez mais sensibilizadas para este tema. Com a pandemia as pessoas deixaram de ver os Seguros de Saúde como um complemento ao SNS e começam a ver os Seguros de Saúde como uma verdadeira alternativa ao SNS. E naturalmente, está a acontecer uma tendência de mercado na procura de Seguros de Saúde. Os meus clientes, quando procuram um Seguro de Saúde, têm a ideia que são inacessíveis, contudo o seguro da Real Vida é bastante flexível e permite personalizar as coberturas de acordo com as necessidades individuais e, desta forma, oferece soluções com uma boa relação custobenefício. Verifico que a vontade de ter um Seguro de Saúde está na agenda de muitas famílias, contudo como as condições económicas não são muito favoráveis, decidem adiara sua contratação.

Que vantagens existem na contratação de um segurodeVida Risco?

Considero que este tema dos Seguros de Vida ainda não é bem entendido pela maioria das pessoas. O desafio é passara mensagem de que o seguro de Vida não pode ser visto como um custo, mas sim como um fator de tranquilidade para o futuro, em que o principal benefício é a paz de espírito e a segurança financeira. O Seguro de Vida de previdência permite, quando acionado, usufruir do capital seguro, assim como o Seguro de Vida habitação está associado ao empréstimo bancário e, em caso de ser acionado, permite liquidar o empréstimo ao beneficiário irrevogável. O meu papel é informar os clientes e contribuir para uma transformação cultural, alertar que é possível poupar nos Seguros de Vida Habitação ao subscrever os nossos produtos. É importante passar a mensagem às famílias que, ao subscrever os nossos produtos, pode poupar até cerca de 60% nos seguros de Vida Habitação, o que permite aumentar o rendimento disponível no final do mês. Aproveito para realçar que o decreto-lei 222/2009, alínea d) protege os consumidores e

permite procurar no mercado soluções mais vantajosas, não sendo obrigatório optar pelo seguro apresentado pela entidade bancária. Contudo, é prática, comercial de alguns bancos alegar perda de bonificações, caso decidam “retirar” os Seguro de Vida associado ao CH, e assim, condicionam muito as opções dos clientes. Porém é importante salientar que existem boas práticas para combater estes pequenos bloqueios e, portanto, estou disponível para ajudarnestecombate.

Relativamente aos Seguros de Reforma, que procura os mesmos já têm, por parte da população?

Penso que esta forma de poupança também está no topo da agenda das pessoas, contudo por questões culturais, os baixos salários, das elevadas cargas fiscais, o aumento do custo de vida, nomeadamente com as pessoas que têm créditos habitação e vivem a pressão do aumento das taxas de juro, faz com que as famílias tenham um rendimento disponível baixo, o que as impedem de enveredar por este caminho. Os seguros de reforma PPR (Plano Poupança Reforma) são uma forma de poupar e investir dinheiro para garantir um rendimento complementar no futuro. É uma espécie de seguro de vida, mas numa vertente de poupança de longo prazo. Num contexto de instabilidade do sistema de Segurança Social, muitas vezes o valor da reforma a que o contribuinte terá direito será insuficiente para garantir uma vida confortável e livre de preocupações financeiras. Além disso, como as contribuições são dedutíveis no IRS, o PPR significa uma opção muito atrativa, especialmente a longo prazo. A Real Vida Seguros tem várias soluções de investimento, adaptadas aos diferentes objetivos financeiros dos clientes. Realço que os PPR têm regras de funcionamento específicas e diferem nos montantes que podem ser investidos, nos prazos de resgate e também nas condições de tributação. É muito importante compreender estas regras e as suas implicações fiscais antes de investirnum PPR.

33

A Geopalm foi fundada em agosto de 2017. Com sede em Coimbra, tem ainda escritórios em Lisboa, Porto e Olhão. A crescer cerca de 20% ao ano, esta empresa de Geoengenharia e Geomática criada pelo engenheiro

Gustavo Palma define muito bem a sua posição no mercado: é a única empresa de Geoengenharia e Geomática a integrar a Comunidade BuildingSMART, fazendo parte do Conselho Estratégico e vai, em 2024, participar no Congresso PTBIM enquanto patrocinador Platina, uma forma de se afirmar no mercado, fazer networking e ficar a par do que melhor se faz na área do Building Information Modeling (BIM).

Representar virtualmente a realidade

A importância da Geoengenharia no contexto da Indústria 4.0

Comocaracteriza a Geopalm? Como se posiciona no mercado?

Somos uma empresa de Geoengenharia, que se preocupa com a medição rigorosa e a caracterização dos fenómenos mensuráveis e localizáveis. Gostamos de dizer que reproduzimos virtualmente a realidade. Fazemo-lo através de modelos conceptuais, como levantamentos topográficos, levantamentos arquitetónicos, modelação 3D, Laser Scanning 3D, produção de cartografia homologada pela Direção-Geral do Território, Sistemas de Informação Geográfica, produção de cadastro geométrico e predial, desenvolvimento e dinamização de balcões únicos do prédio (BUPI), cadastro de infraestruturas de serviços como saneamento, abastecimento

de água, gás, eletricidade, entreoutros.

Para além destas atividades, executamos a digitalização de estruturas e elementos físicos, o que fazemos através de várias técnicas, com recurso a ferramentas tradicionais da topografia, desde estações totais, antenas GPS, até sistemas de varrimento laser scanning terrestre, SLAM (Simultaneous Localization and Mapping), Laser Mobile Mapping ou Drones.

Todas estas tecnologias e atividades servem de apoio ao desenvolvimento de projetos na Indústria 4.0, nomeadamente a AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção).

VALOR Digitalização da construção 34
Gustavo Palma Engenheiro geógrafo e CEO da Geopalm- Engineering Consulting

Comoé possível levaracaboestes levantamentosecadastros?

Temos acompanhado e investido na evolução da nossa tecnologia, o que se reflete na qualidade dos nossos serviços. Este investimento tem sido feito de um modo sustentável, através da aquisição de novos equipamentos/softwares e da constante formação da equipa. Tudo isto resulta da evolução da nossa visão e estratégia, apoiada na experiência acumulada. Isso permite-nos apurar qual a tecnologia de ponta que está disponível no momento e como pode acrescentar valor aos nossos projetos. A maior prova disso foi que, logo a seguir à fundação da empresa fez-se um investimento considerável num laser scanner, que é um equipamento que efetua levantamento LIDAR e que, através de estacionamentos em diferentes posições, nos permite fazer a digitalização detudo o que seja visível.

Isso significa que, em cada posição, tudo o que for visível a 360 graus no eixo horizontal, e 180 graus no eixo vertical, é possível ser registado pelo equipamento, com um alcance de cerca de 200 metros. Quando este levantamento estiver concluído, teremos uma pointcloud, que é não mais que um modelo 3D composto por milhões de pontos. A partir daí, conseguimos fazer tudo, desde plantas arquitetónicas a plantas de equipamentos, plantas topográficas, modelos 3D, cartografia...

Temos ainda a possibilidade de conjugare integrareste tipo de tecnologias com Drone, o qual faz não só o levantamento aerofotogramétrico, como também a digitalização através de um sensor LIDAR (light detection and ranging), criando igualmente uma pointcloud. Também dispomos de um outro sensor LIDAR, baseado na tecnologia SLAM, que consiste num sensor móvel operado por um técnico. Esta técnica de digitalização LIDAR permite a recolha em movimento, ao longo de um trajeto, através da estrutura a ser levantada. Em tempo real, o dispositivo consegue tirar não só fotografias, mas também informação vetorial e geométrica, através do sensorlaser.

Além disto, temos disponível a tecnologia Laser Mobile Mapping. Esta tecnologia alia a técnica de SLAM com o conhecimento do posicionamento em tempo real, com recurso a dispositivos GNSS (Global navigation satellite system). Esta tecnologia caracteriza-se por ter o dispositivo instalado num veículo terrestre (rodoviário ou ferroviário), podendo cobrir maiores áreas detrabalho, e assim, obtermaiorvolumede informação.

Também temos tecnologia que nos permite digitalizaro subsolo, através de ondas eletromagnéticas, para o que dispomos de Trolleys Georradar, mais conhecidos como Ground Penetrator Radar (GPR). De notar que esta técnica permite uma inspeção não invasiva e não intrusiva, na medida em que não carece de intervencionar o subsolo. Para obter os resultados pretendidos, será necessário recorrera técnicos experientes, para registare interpretar radiografias transversais ou longitudinais ao longo de uma infraestrutura enterrada (por exemplo, águas pluviais, abastecimento de gás...). Esta tecnologia consegue detetar, não só a posição da infraestrutura, mas também aferir a geometria e materiais. Permite ainda perceber se a infraestrutura está ativa e o estado de conservação da mesma. Com uma quantidade adequada de radiografias do subsolo, é possível gerar um modelo 3D da infraestrutura enterrada. Também possuímos tecnologia para trabalhar com infraestruturas eletromagnéticas, designadamente telecomunicações e eletricidade, através do CAT Scan, queé um detetordecablagem.

Toda esta informação apurada pelas atividades de Geoengenharia, e congregada entre si, permite apoiar a digitalização e o desenvolvimento de projetos em BIM (Building Information Modeling). Deste modo, não só a

própria geometria da estrutura fica modelada em 3D, como a informação alfanumérica de todos os elementos estruturais, técnicos ou ornamentais fica associada ao projeto.

Toda esta informação gerada pelas atividades de Geoengenharia, congregada entre si, pode apoiar a digitalização e o desenvolvimento de projetos em BIM, em que a própria estrutura fique digitalizada, com todos os detalhes, tanto estruturais como arquitetónicos. Tudo isto fica associado a uma base de dados, onde pode constartodo o tipo de informação. Assim, o modelo 3D passa a estar associado a uma base de dados. Para o FM (Facility Management), a informação organizada deste modo é muito importante. Com esta ferramenta é possível consultar toda a informação necessária para o plano de manutenção de algum elemento estrutural, equipamento, entre outros, sendo possível, designadamente, consultar as características dos elementos e, assim, prevenirqualquerrisco.

Um dos grandes desafios em Portugal é a dificuldade de planeamento das obras. Até que ponto é que esta integração com a Geoengenharia já existee lheé atribuída importância?

Esta dificuldade acontece cada vez menos. Tem havido uma grande preocupação das entidades contratantes em delinear um bom planeamento para prevenir erros construtivos, derrapagens orçamentais, controlo de prazos, enquadramento urbanístico desadequado, entre outros. Sabemos que o setor privado andará sempre à frente do público no que respeita à tendência de novas tecnologias, porque o público, por princípio, só adota técnicas e novas tecnologias quando estas se tornam casos de sucesso. Felizmente, há cada vez menos casos de falta de planeamento. Porexemplo, no que respeita ao planeamento urbano, verificamos que este já existe e já é pensado num futuro a médio/longo prazo. Temos técnicos nas entidades contratantes que conseguem demonstraraos decisores que, quando se utiliza a Geoengenharia no apoio ao projeto, os resultados são melhores eos erros são mitigados.

Quais os projetos nacionais e internacionais em que participaram e que gostariade salientar?

A nível internacional temos tido oportunidade de fazer trabalhos fantásticos. Já fizemos trabalhos como a digitalização dos edifícios do novo campus da universidade de Ulster, em Belfast. Fomos convidados para digitalizar integralmente esses novos edifícios e esse foi um dos maiores projetos que fizemos. Também temos feito o acompanhamento de obras de Metro, com o acompanhamento da execução de túneis e, em simultâneo, a sua digitalização. Esta digitalização é efetuada de modo a permitiro controlo e a monitorização do projeto em tempo real. Também já operamos no mercado espanhol e francês. O mercado europeu é o nosso mercado de interesse, porque nos dá garantias de evolução. No Reino Unido também desenvolvemos vários projetos, como por exemplo, levantamentos arquitetónicos, topográficos e de monitorização de estruturas.

Um dos projetos de maior relevo que tivemos no Reino Unido consistiu em fazer o controlo dimensional de peças pré-fabricadas em betão com recurso a Laser Scanning 3D. Neste caso concreto, afigurou-se necessário proceder ao controlo destas estruturas antes de estas serem instaladas nas estações de metro da nova linha Elisabeth. Em Portugal, existem cada vez mais projetos de maior dimensão, embora não com a frequência que conseguimos ter internacionalmente. No nosso país, trabalhamos muito para empresas do setorprivado, tal como do público.

35

A metodologia que está a revolucionar a construção

Ricardo Carvalho é formado em Arquitetura e tem vindo a desenvolver o seu percurso profissional em torno da arquitetura e da metodologia Building Information Modeling (BIM). Hoje, é um especialista neste processo, que intervém sobretudo enquanto formador e consultor. Teve a oportunidade de trabalhar em grandes projetos nacionais e internacionais. Há cerca de seis anos criou a PBIMIS, uma empresa à sua imagem, sempre virada para a mais recente tecnologia e processos, que ajudam a melhorar a arquitetura, a engenharia e a construção.

VALOR Digitalização da construção 36

Oque o levou a interessar-se pela metodologia Building Information Modeling (BIM)?

Sempre me interessei portecnologia, mas o meu interesse pelo BIM não foi planeado. Quando fui para a faculdade, para estudarArquitetura, comecei a explorar ferramentas digitais de apoio ao desenho tais como o AutoCAD, uma ferramenta de desenho essencialmente bidimensional, assim como outras ferramentas, com mais funções de cariz tridimensional. Depois, apercebo-me da existência de outras ferramentas de modelação com a anexação de informação e inscrevi-me no Revit PT, um fórum onde comecei a aprender com as minhas dúvidas e com as dos outros. A partilha de informação – e as dúvidas – foram um ponto de crescimento. Fui aprendendo o conceito e a ideia do BIM. Acabei por me tornar num dos membros mais participativos naquele fórum, o que me proporcionou um convite para uma empresa parceira da Autodesk, na altura a CPCis. Fui contactado para discutir ideias sobre o software e processo BIM, acabando por ser contratado para formador e técnico de pós-venda em softwares da Autodesk. Nesta empresa, viria a ter oportunidade de fazer uma formação em Las Vegas, sobre este tema, e num outro ano acabei porserdocente na Autodesk University Las Vegas. Quando o país passava pela crise que obrigou muitas empresas a fechar, incluindo gabinetes de engenharia e arquitetura, levando à redução drástica da venda destes softwares e dos serviços de suporte, passei a desenvolver as atividades de consultor, BIM managere formador, liderando a implementação e a melhoria de processos sobre o BIM em diversas empresas, tais como a Garcia & Garcia S.A, a Multiprojectos, a JFA Engenharia, a Focus Design Partners, no Qatar, e Quadrante Group. Foi através destas empresas que tive a oportunidade de participar em projetos de grande dimensão, nomeadamente dois hospitais militares na Argélia (JFA Engenharia), um estádio de futebol no Qatar da Zaha Hadid (Focus Design Partners) e, com perfil de consultor BIM, no processo das minas de lítio, em Montalegre, da empresa Lusorecursos. Atualmente participo como docente convidado na pós-graduação BIM do ISEP e no TeSP do IPCA. Dedico grande parte do meu tempo à PBIMIS, empresa que criei, que tem vindo a expandir-se e que está vocacionada para o apoio e implementação BIM no mercado empresarial e industrial. Este ano, a PBIMIS está a apostar na digitalização do edificado existente, além dos projetos de arquitetura e formação BIM certificada pela DGERT.

O que pode o BIM fazer para ajudar os arquitetos, os construtores, os engenheiros e donos de obra a conseguirem executar o projeto sem atrasos,cumprindoovalororçamentado?

O BIM é uma metodologia que nos leva a atingirdiversas metas, consoante os objetivos. Se imaginarmos os edifícios como o mundo dos legos, no qual uma pessoa monta os legos das paredes e a outra os legos dos tubos, das condutas, das vigas, temos um trabalho colaborativo que é facilitado pela visualização tridimensional e pela informação anexada à geometria.

Quando estamos a falar de BIM, estamos a falar de uma criação digital de uma maquete tridimensional, na qual não pode faltar a informação (propriedades acústicas, térmicas, durabilidade…).

Este processo vai facilitar aos projetistas a apresentação da sua melhor solução em comunhão com o espaço desenvolvido. Por exemplo o projetista de hidráulica consegue desta forma definir facilmente a passagem de tubo em todas as zonas do projeto sem colidir ou atravancar a passagem de uma outra especialidade, porque, no conjunto, essa informação está disponível na maquete. Outra vantagem do BIM, quando levado por exemplo para a gestão de obra, pode ajudar a percecionar a quantidade de material necessário para as diferentes fases da construção. Já integrando com outras tecnologias emergentes, como a Internet das Coisas (IoT) e sensores inteligentes, podemos recolher dados em tempo real sobre o desempenho do edifício. Esses dados podem ser usados para otimizarainda mais as operações e a manutenção.

Como funciona a tecnologia de digitalização na qual a PBIMIS está atualmente a apostar? Que aplicaçõestem?

As metodologias de digitalização permitem-nos ficar com uma imagem total do edificado existente. A partir daí, conseguimos trabalhar o espaço, porque esta tecnologia funciona por nuvem de pontos. Esses pontos, depois, formam a base de um modelo 3D, o que significa que podemos rentabilizar muito mais o tempo – a digitalização é mais fácil do que a medição seguindo as técnicas tradicionais de topografia nos levantamentos arquitetónicos, porexemplo, facilita a eficiência do trabalho, dado que só necessitamos de nos deslocar uma vez ao local para recolher toda a informação geométrica do edificado e assim obtemos todas as medidas necessárias, para efetuar um projeto de requalificação com base no existente. É uma tecnologia muito útil para a topografia e arquitetura, especialmente para a reabilitação. Esta tecnologia permite digitalizar o que é visível, constituindo-se um modelo 3D que permite extrair plantas, cortes e alçados do existente.

Como seráo futuroda PBIMIS?

Acredito que será promissore que vamos estarcom uma presença forte no mercado. Olhando para o desenvolvimento da PBIMIS deste ano em que já temos quase toda a agenda preenchida no que respeita a formação e consultoria, prevejo que os próximos anos ainda serão melhores. Tenho vindo a sentir uma consciencialização sobre o BIM, como é expresso na proposta de lei nº77/XV no quadro do Simplex, começa a haver um o interesse latente por estas metodologias quer no que diz respeito ao processo, mas também em relação à tecnologia, o que amplia significativamente os proveitos. A área de requalificação também faz parte do nosso portfólio e assim temos assegurado um crescimento diversificado ecada vez mais sustentado.

37

“O crédito consolidado pode não ser vantajoso para o cliente”

A pvt.company faz parte do Grupo Veiga Teixeira, e conta com quase dois anos de existência, período durante o qual já ajudou centenas de clientes. Pedro Veiga Teixeira, o diretor executivo, explica detalhadamente o que é um crédito consolidado, o porquê de o desaconselhar aos seus clientes e que soluções existem, com propósito semelhante e que salvaguardam mais o cliente no mercado bancário.

Como se caracterizam e diferenciam dos restantes players?

A pvt.company assume-se como “alfaiate de soluções financeiras”, por rejeitar a atuação tradicional e mais ou menos isolada de mais um intermediário de crédito. Centra a sua atividade na intermediação de crédito, na mediação de seguros e na área de consultoria , adotando um posicionamento diferenciador que decorre da agregação e integração dos diferentes segmentos do negócio. Além da sua oferta estratégica, garante uma proximidade e uma eficácia no tratamento dos processos e na relação com os clientes.

Como funcionam as taxas fixa, variável e mista, e qual o impacto que cada uma pode ter na prestação mensal do crédito habitação, num momentode inflaçãocomo atravessámos?

A taxa de juro variável altera-se como consequência da revisão da Euribor, no cumprimento do prazo estabelecido, que podendo subir ou descer, representa sempre uma iminência de acontecer. A taxa de juro fixa

mantém-se inalterada ao longo do financiamento, em condições normais, traduz-se numa prestação superior àquela que está indexada à Euribor. Entre uma e outra hipóteses, existe uma intermédia, que diz respeito à taxa mista que, de forma combinada, representa uma hipótese de fixar a taxa por um determinado prazo, conjugando-a, ao longo do contrato, com um período detaxa variável.

Enquanto empresa que lida com a realidade financeira dos clientes que vos procuram, que soluções têm para oferecer no âmbito do crédito consolidado, por exemplo? E da reavaliaçãodocrédito habitação? O crédito consolidado é mais uma possibilidade para o cliente. No entanto, é uma opção que, por diversas razões, não aconselho. Uma das razões pelo qual eu não aconselho o crédito consolidado é pelo facto de, uma vez que celebre um crédito consolidado, demonstrar que teve ou tem dificuldades de pagamento do seu financiamento, e isso ficará registado no seu mapa de responsabilidades do Banco de Portugal, o que o fará ter uma grande dificuldade no acesso ao

crédito mais tarde, enquanto não terminar de pagar este financiamento. Outra solução de crédito poderá ser o crédito habitação com o multi-opções, este tipo de financiamento, em tudo semelhante ao crédito habitação, mas com a particularidade que só pode ser celebrado a partir do momento em que a primeira escritura tenha sido realizada há pelo menos dois anos. Além disso, o valor dos rendimentos terá de ser suficiente para que fique viabilizada proposta e ainda assim que o valor do imóvel a dar de garantia hipotecária seja superior ao valor a suportar pelo financiamento. É este tipo de financiamento que muitas vezes se utiliza para fazer face a liquidação de financiamentos, como por exemplo créditos automóveis, créditos pessoais, ou até mesmo cartões de crédito, para que a prestação a pagar seja mais baixa, num prazo mais alargado e em condições mais favoráveis para o consumidor, pois a taxa de juro será idêntica à do crédito habitação, assim como também o prazo de pagamento. No entanto, a equipa da pvt.company mantém a sua disponibilidade e a sua abertura para dara melhor resposta aos clientes que procuram este tipo de solução.

Como podem os portugueses adaptar-se à realidade atual, e tentando posteriormente, numa altura de taxas de juro mais baixas, conseguirreavaliara sua situação?

É fundamental que as pessoas procurem aconselhar-se junto de um intermediário de crédito para conseguirem um aconselhamento personalizado, que lhes permita encontrar de forma diligente e adequada a resposta às suas dúvidas e a melhorsolução para o seu caso. Uma das grandes preocupações da pvt.company é ajudar os clientes na resolução das suas necessidades e, em simultâneo, clarificar e dar a conhecer todos os passos, numa lógica muitas vezes pedagógica.

VALOR Crédito Habitação: o que fazer
Pedro Veiga Teixeira Diretor executivo
38

Como reduzir a prestação do crédito habitação?

Soluções vão desde a transferência de crédito ao crédito consolidado

A Gestlifes foi criada há cinco anos, pela mão de João Pereira e é, hoje, líder em soluções de intermediação de crédito. Numa altura em que as famílias portuguesas atravessam um momento particularmente difícil, com a constante subida das taxas de juro e, consequentemente, da prestação do crédito habitação, importa perceber que soluções existem para minorar a questão. João Pereira explica o que é possível fazer.

AGestlifes está no mercado desde 2018, na área da intermediação de crédito. Tornaramse, entretanto, líderes de mercado. A que se deveueste resultado?

O crescimento rápido e sustentado da Gestlifes é fruto do esforço e do trabalho diário da nossa equipa de especialistas e do grande foco nos objetivos que nos movem. Apostamos nas pessoas que nos rodeiam para que também os nossos clientes possam confiar em nós e nos nossos serviços. Para além disso, não podemos deixar de destacar o papel diferenciador que a tecnologia assume nos nossos produtos. Recorrendo à Gestlifes é possível aceder, de forma 100% online, a um financiamento, desde a simulação até à assinatura do contrato. Depois, existem outras questões externas que não deixam de serimportantes. Nos últimos cinco anos, por exemplo, os pedidos de crédito ao consumo dispararam, o que acaba porteruma grande influência nos resultados da Gestlifes.

Quais os parceiros com quem trabalham atualmente e que vos ajudam a alcançar as melhores soluções?

Os nossos parceiros são um pilar fundamental para que continuemos a crescer. Preocupamo-nos em nutrir e criar relações win-win, nas quais todos os envolvidos saem a ganhar: nós, os bancos e o cliente Em 2018 tínhamos apenas dois parceiros e atualmente já contamos com 15, entre os quais Cofidis, Cetelem, Unicre, Credibom, Montepio Crédito, CA Auto Bank, Santander Totta, BPI, BNI, Caixa Geral de Depósitos, Bankinter, UCI, CCAM, Novo Banco e Banco CTT.

Que soluções existem que podem ajudar a suavizar o impacto das prestações do crédito habitação no orçamento familiar?

Temos várias soluções cujo objetivo é reduzira taxa de esforço das famílias, poupando nas prestações de crédito habitação. A mais procurada, e provavelmente a mais eficaz, é a transferência de crédito. Devido ao contexto atual do mercado, procuramos renegociar o spread para ofertas mais competitivas e evitar os custos com este processo, sendo que já é possível transferir a custo zero para o cliente. Outra opção é a renegociação do crédito habitação junto da entidade

atual, de modo a obter condições mais vantajosas para baixar os encargos. Noutros casos, um crédito consolidado pode ajudara reduzira prestação mensal.

Espera-se que o Banco de Portugal altere o cálculo da taxa de esforço, de forma a facilitar o acesso ao crédito habitação por parte das famílias. É uma boa altura para que as famílias nacionais recorram ao crédito habitação?

Tendo em conta o que vimos no passado, um cenário de descida das taxas de juro acaba por ser inevitável, mais cedo ou mais tarde. O investimento num imóvel próprio é sempre importante, mas tudo irá depender das condições de cada cliente, principalmente tendo em conta que as prestações estão ainda mais altas. Aconselhamos sempre a fazer uma avaliação da capacidade financeira e pedir de forma responsável, de modo a evitarsituações de sobreendividamento.

Que impacto pode ter, junto das famílias, a solução decréditoconsolidado?

Pode ser“a” solução. O crédito consolidado permite às famílias reduzir os seus encargos até 60%, mensalmente, ao juntar várias prestações numa só. Esta poupança faz a diferença entre ser devedor ao

Numa altura complicada financeiramente, como se posiciona no mercado e junto dos clientes a Gestlifes?

banco ou teruma vida financeira mais saudável. Ainda assim, é um produto que vale a pena conhecera fundo e analisarcaso a caso, dado que não elimina as dívidas que já existem etem alguns senãos.

A Gestlifes procura sempre a melhor solução para o cliente, atuando de forma preventiva, quando necessário. Por exemplo, aconselhamos um crédito consolidado ou uma transferência do crédito habitação, em vez de criar uma nova dívida ou prestação que, no futuro, poderá serum fatorde maior pressão no orçamento e levar ao incumprimento. A nossa prioridade é dar resposta às necessidades do cliente de maneira consciente e responsável, e assim acrescentarvalor à sua vida e melhorar a sua situação financeira.

"Caracterizamo-nos como uma espécie de inconformados, porque não nos deixamos convencer à primeira com o nosso próprio trabalho".
Pereira CEO
www.gestlifes.com geral@gestlifes.com 220 931 950 (Custo de chamada para rede fixa nacional) 39

“A dificuldade de definição das Go To Areas resulta da subjetividade dos critérios”

No início do ano, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) divulgou um estudo que concluía que 12% do território português seria indicado para receber áreas preferenciais de energia solar e eólica. Mas, recentemente, foi divulgada uma atualização onde se diz que apenas 3% do território é indicado para poder integrar Go To Areas . A presidente deste instituto, Teresa Ponce de Leão, esclarece o que deu origem a estas alterações e o papel do LNEG nesta área.

Oque levou à diminuição destas áreas preferenciais?

O estudo para identificação de áreas ambientalmente com menor sensibilidade tem como objectivo aumentar o conhecimento associado ao território e munir os agentes de decisão da informação que permita simplificar e agilizar os procedimentos de licenciamento. Foi desenvolvido em colaboração com todas as entidades que têm intervenção na gestão do nosso território, desde o sector do património ao sector do ambiente, passando pela conservação da natureza. O resultado do estudo não é a identificação das chamadas Go To Areas , tal como proposto no RePowerEU , mas sim a recolha exaustiva de informação para a identificação dessas áreas que após decisão poderão vir a integrar Go To Areas . Após um primeiro estudo, que apresentámos publicamente em Janeiro p.p., recolhemos comentários e recomendações de diversas fontes. Ao longo do trabalho, ficou claro que há um elevado grau de subjetividade sobre que critérios adoptar. Assim, decidimos identificar quatro cenários, incluindo novos critérios de exclusão, refletindo diferentes perceções e graus de exigência quanto à salvaguarda do património: Cenário 1 (Base) – trata-se da primeira versão, de Janeiro de 2023, que traduz a perceção do grupo de trabalho. Como resultado, 12% da área de Portugal Continental é classificada como menos sensível; Cenário 2 – trata-se da versão de Maio de 2023, que inclui mais detalhe na salvaguarda de recursos geológicos – resulta em 10% da área de Portugal Continental classificada como menos sensível; Cenário 3 – continuidade do cenário 2, mas excluindo as: (i) áreas de aquíferos subterrâneos e (ii) áreas em 500m em torno de

habitações. Como resultado, chegou-se a 4% de área de Portugal Continental. De notar que algumas zonas onde há aquíferos coincidem com as zonas mais industrializadas; Cenário 4 –continuidade do 3 mas excluindo ainda as áreas RAN e REN atualmente disponíveis - resulta em 2,5% da área de Portugal Continental classificada como menos sensível.

os dados de potencial tecnológico de energia renovável utilizados, revendo pressupostos tecnoeconómicos de diversas tecnologias, traduzindo investimentos previstos até 2030 à luz do PRR (e outros) em inputs concretos para a modelação e avaliando a participação máxima de geração renovável no sistema elétrico nacional.

A preparação das empresas e da sociedade caminha no sentido do verdadeiro reconhecimento da importância destas políticas ou ainda há entraves à mudança económica e social?

As empresas têm demonstrado grande apetência para a transição energética. Será necessário acompanhar de forma estreita a evolução das tecnologias, ajustando os incentivos para apoio ao desenvolvimento dos projectos em linha com o LCOE e com a sustentabilidade ao longo da cadeia de valor dos projectos. Para isso, são necessárias ferramentas que permitam a rastreabilidade dos projectos ao longo da cadeia de valor e a aplicação da EU Green Taxonomy , nomeadamente no financiamento.

Neste Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), foram definidas metas a serem cumpridas antecipadamente, como a meta de 80% de incorporação de energias renováveis na produção de eletricidade até 2026 (antes fixada para 2030). Que papel teve o LNEG neste PNEC?

O LNEG tem vindo a colaborar de forma estreita com a equipa do PNEC, acompanhando a modelação, na ferramenta TIMES.PT, fornecendo

Daqui até 2030, quais as ações que devem ser implementadas para que o plano se concretize? Como está o LNEG envolvido nestas realizações?

O LNEG acompanha todas as orientações que nos chegam desde a Comissão Europeia, da Agência Internacional de Energia, das Nações Unidas, etc. Têm sido muitas as iniciativas de política, desde o European Green Deal, muitas delas para dar resposta às alterações no panorama geopolítico que têm impacto sobre a nosso dia a dia, às alterações climáticas, à guerra na Europa ou à deflacção.

VALOR Plano Nacional de Energia e Clima
Teresa Ponce de Leão Presidente
40
A autora não segue o Novo Acordo Ortográfico

Mobilidade urbana, sustentabilidade, e as tendências das cidades inteligentes

Os múltiplos desafios que se colocam diariamente à mobilidade nas zonas urbanas não têm resposta rápida sem criar soluções disruptivas que a grande maioria das populações diretamente afetadas não aceita pelo impacto imediato, somos maioritariamente seres de rotinas e hábitos e mudarleva-nos a sair da nossa zona de conforto. Os decisores políticos por essa mesma razão gerem opções, tendencialmente em início de mandato e quando reúnem condições de decisão, cuidando do impacto positivo a médio/longo prazo.

Os interesses das diversas partes interessadas comércio, serviços privados e públicos, estabelecimentos de ensino e saúde, e os direitos associados às populações de acessos de qualidade e fruição de espaços em segurança, para todas as idades, cria condicionantes extremamente difíceis de conjugar sendo certo que a prioridade terá de ser para as populações que se deslocam nos espaços urbanos quer sejam residentes ou visitantes, estes habituais ou esporádicos.

A qualidade da cidadania está intimamente ligada aos interesses e prioridades de cada um dos cidadãos e da forma como podem aceder e usufruirdas suas opções que, em meios urbanos, tem à disposição quer seja de índole laboral, educação, lazer, nas suas vertentes desportivas eculturais, saúdeou repouso.

A dispersão e os percursos associados que têm de percorrerpara acedera cada um destes locais ou áreas e o número de pessoas que o faz diariamente em movimentos pendulares cria necessidades de transporte de pessoas e mercadorias, nomeadamente bens alimentares, que geram conflitos entre as diversas partes interessadas que, cada vez mais, todos tomam consciência que é urgente mitigar, quando não é possível eliminar, e de forma sustentável deixando de contribuir negativamente para a qualidade do ar que todos respiramos, para os tempos necessários para percorrer as necessárias distâncias e os níveis de ruído existentes.

O encerramento do acesso a viaturas de transporte privado, a determinadas zonas urbanas, o incentivo à mobilidade elétrica, a renovação e reforço dos meios de transporte públicos, a criação de parques de estacionamento nas periferias urbanas dissuasores da utilização de viaturas privadas nas zonas urbanas, a criação de zonas verdes e espaços de lazer, a deslocalização de serviços públicos, a flexibilização de horários/teletrabalho têm sido opções que os diversos municípios urbanos têm implementado ou incentivado que, a par de algumas operações piloto de aplicação da inteligência artificial na gestão de tráfego e acesso a serviços públicos, têm permitido conter a degradação da mobilidade e sustentabilidade das atividades em meios urbanos.

Os desafios que se colocam à mobilidade urbana e simultaneamente à melhoria da qualidade de vida de todos os que usufruem dos espaços urbanos são cada vez mais exigentes pela crescente concentração da população nas grandes cidades em detrimento das zonas rurais ecidades de pequena e média dimensão.

Em Portugal, só em Lisboa temos uma população superior a 500 mil habitantes, as regiões metropolitanas de Lisboa (2,8 milhões) e

do Porto (1,8 milhões) concentram cerca de 45% do total da população residente no continente com tendência crescentedestedesequilíbrio.

Estes números reforçam a necessidade de complementar as necessárias medidas de intervenção nas áreas urbanas de maior dimensão, com medidas de valorização e atração nas cidades de pequena e média dimensão com o objetivo de reduzir a crescente concentração da população residente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Só a conjugação de medidas mitigadoras dos desequilíbrios nos grandes meios urbanos complementada com medidas de valorização e atração das cidades de pequena e média dimensão permitirá criar condições, dotação orçamental e tempo de projetar e executar, para implementar soluções sustentáveis com o apoio das populações residentes sem exclusão das demais partes interessadas que disponibilizam serviços e bens, que interessa concorram para objetivos comuns, melhor cidadania, melhor qualidadedevida.

Inovação Tecnológica na Sustentabilidade das Cidades VALOR 41
Carlos Iglézias Presidente da Direção

Tecnológica na sustentabilidade das Cidades

Mobilidade Elétrica Urbana e Sustentabilidade

A inversão da Pirâmide da Mobilidade é absolutamente urgente. Deve ser a prioridade de todos os governantes, desde a Administração Central às diversas Administrações Locais. Todos devemos participar nesta tarefa, por mais gigantesca que nos possa parecer, para o bem das atuais edas futuras gerações.

atividades dos humanos.

Qual o estado de desenvolvimento da Mobilidade Elétrica hoje?

Em 2011 foram vendidos, em Portugal, os primeiros automóveis ligeiros de passageiros 100% elétricos. Foi o início de uma nova era.

Em Portugal, a mobilidade elétrica teve um crescimento residual até 2016, uma aceleração entre 2016 e 2019 e uma forte aceleração a partir de 2020 até aos nossos dias, colocando Portugal num lugarde destaque na Europa e no Mundo, no quediz respeito à adoção dos veículos elétricos.

Nas cidades e nas grandes áreas metropolitanas não é suficiente substituir todos os veículos com motores de combustão interna - altamente poluidores -, por veículos 100% elétricos. Temos de irmais longe.

Esta substituição iria reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e a poluição sonora – o ruído. No entanto, não resolveria dois importantes problemas com que nos debatemos nas nossas cidades: a ocupação do espaço público de superfície e a mobilidade nestas áreas urbanas. Para tal é urgente reduzir a utilização do automóvel particular, promover os transportes públicos de passageiros, de preferência elétricos, acelerar a adoção dos meios de mobilidade suave, trotinetes elétricas, bicicletas convencionais e elétricas, bicicletas de carga elétricas, triciclos e quadriciclos elétricos, criando uma rede de ciclovias e de vias partilhadas entre estes veículos suaves e os veículos ligeiros e pesados, de forma a garantira segurança detodos.

A cidade de Évora é um exemplo para todos os municípios de Portugal. A totalidade da sua frota de transportes coletivos urbanos de passageiros é composta por 23 autocarros elétricos, com duas tipologias de carroçaria. Felicitar a concessionária TREVO pela iniciativa. Évora passará, assim, a ser um exemplo para todos os municípios. Transportes públicos modernos, muito eficientes, não poluentes, agradáveis de conduzir e muito mais agradáveis de utilizar pelos cidadãos, além de ajudarem a preservar o património arquitetónico de Évora.

Tem sido um dos vetores de atuação da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos –UVE, divulgar a mobilidade elétrica em geral, os veículos elétricos, dando especial atenção aos autocarros elétricos de passageiros e aos veículos ligeiros e pesados de mercadorias, aos carregadores domésticos, às Redes de Carregamento, promovendo a simplificação da utilização dos carregadores da Rede Pública e particularmente combater a falta de informação de algo que é novo, disruptivo e essencial para a mitigação das graves consequências que as alterações climáticas já hoje provocam nas

As vendas de veículos elétricos (VE) têm batido sucessivos recordes, mês após mês, ano após ano, e em junho de 2023 foi batido o recorde absoluto de vendas, com um total de 7.316 veículos elétricos novos e importados usados vendidos em Portugal, considerando todas as categorias deveículos elétricos.

Já estão instaladas e a operar as primeiras Estações de Carregamento com múltiplos carregadores - os chamados HUB da mobilidade elétrica -, que permitem o carregamento simultâneo devários veículos elétricos.

A superioridade do motor elétrico, em termos de eficiência energética, quando comparado com os motores de combustão interna, só por si, já seria uma razão para a adoção de um veículo elétrico. Se lhe adicionarmos os muito reduzidos custos de operação, o preço mais reduzido da eletricidade em relação aos combustíveis fósseis, a não emissão local de gases com efeito de estufa, e no caso de Portugal, o facto de mais de 60% de toda a eletricidade consumida no país ser de origem renovável, a opção por um veículo elétrico não só é vantajosa para o ambiente e para as futuras gerações como é também a opção economicamente mais vantajosa. O nosso bolso também agradece!

VALOR Inovação
42
Henrique Sánchez Presidente do Conselho Diretivo

Inteligência artificial ao serviço das pessoas e do ambiente

A AiTecServ concentra grande parte do seu negócio em tecnologia relacionada com Inteligência Artificial (IA) e Ciência de Dados. Jaime Santos, o diretor-geral destaca, de forma particular, nesta entrevista, a solução AiAction, adotada em smart cities e aplicada, particularmente, em questões de proteção do meio ambiente e segurança das pessoas

Quão importante é a IA para o desenvolvimento das cidades inteligentes?

As tecnologias envolvidas na IA possibilitam o processamento e análise de grande volume de dados, sendo capazes de captar padrões e comportamentos não identificáveis pela nossa capacidade humana ou de substituir o papel e as ações de um humano. Elas permitem a decisão em tempo real, mesmo em cenários de elevada complexidade, aumentando a qualidade da decisão e a rapidez de resposta. Podemos utilizar estas tecnologias em diversas vertentes. No âmbito da cidadania participativa, na otimização de serviços e mobilidade inteligente (e.g otimização do fluxo de tráfego) ou na sustentabilidade ambiental. Podemos também utilizá-las na segurança pública, área em que a AiTecServ traz uma solução inovadora com os seus agentes de IA de visão computacional (processamento de imagens capturadas em tempo real).

Quais os desafios primários que há que resolver para que se possam transformar as cidades atuaisem smartcities?

Antes de mais, o planeamento e estratégia, cuja ausência levará a soluções desintegradas que não aportam valor conjunto, aumentando custos e o insucesso de alguns programas. Depois, a segurança. Se pensarmos porexemplo na captura de imagem, importa implementar procedimentos que garantam a privacidade e a não identificação de pedestres. Mas, para qualquersolução de IA há que garantir a resiliência de sistemas e infraestruturas para a segurança cibernética, prevenindo ataques e protegendo os dados. Existem diversas áreas a ter em conta: (a) conectividade de elevado desempenho; (b) arquiteturas robustas para processamento de grande volume de dados; (c) interligação entre sistemas; (d) acesso, para facilitar o direito ao esquecimento, atualização dos dados pessoais e introdução de procedimentos de inclusão; (e) por fim, a revisão e adaptação das leis, políticas e

procedimentos a fim de impedir o uso abusivo, a limitação da liberdade pessoal, a discriminação, entreoutros riscos.

Segundo a vossa própria descrição, a AiAction “é uma solução de visão computacional baseada em inteligência artificial”. Como pode esta solução encaixar no planeamento de uma cidade inteligente, atualmente?

Ao dotarmos as nossas cidades com capacidades de processamento de imagem em tempo real, caminharemos na redução de impactos e aumento da segurança dos cidadãos. Certamente nos lembraremos de casos de túneis em Lisboa inundados, com automóveis presos. Com este exemplo facilmente podemos ver o benefício do que será ter uma solução destas, que ao detetar a presença e crescimento de água pode automatizar um sinal luminoso, seja para interditara passagem ou providenciarum aviso de perigo efetivo.

A que problemas pode esta solução baseada em IA dar resposta e que impacto ela pode vir a ter

aquandoda sua implementação mais alargada?

A solução AiAction permite a deteção antecipada de incêndios e inundações. A deteção de um fogo permitirá o acionamento de alertas, sejam alarmes locais de aviso à população, ou sejam alertas digitais para as entidades competentes, antecipando o início do combate. No caso da água, ao detetar a sua presença e ao se entender um crescimento fora do normal, do caudal de um rio ou o brotar de água de condutas, permitirá, além dos alertas, a automatização de sinais luminosos ou de perigo.

Noticias recentes dão-nos conta de que as alterações climáticas levarão ao aumento exponencial de inundações e incêndios. Isto ajudanos a antecipar que a implementação alargada permitirá a redução substancial de impactos. Além disto, ao cobrirmos maiores áreas o investimento na estrutura técnica será alavancado, em simultâneo que se potencia a solução AiAction com novas funcionalidades, a título de exemplo, detetar em simultâneo incêndios e perturbações da ordem pública.

43
Jaime Santos Diretor-geral

“Apostamos fortemente na neutralidade carbónica”

O concelho do Seixal tem na mobilidade urbana e na sustentabilidade dois conceitos-chave da sua orientação autárquica. Paulo Silva, o presidente do município, assume que existem vários projetos em curso que envolvem a comunidade seixalense, particularmente os jovens, sobretudo no que concerne à tecnologia e ao seu avanço. Compete, pois, à autarquia, assegurar um envolvimento saudável da população com a tecnologia e uma evolução positiva do concelho.

VALOR Inovação Tecnológica na sustentabilidade das Cidades 44

Amobilidade urbana é um desafio cada vez maior para os líderes municipais, dada a crescente população das cidades, em simultâneo com a necessidade de corrigir o tráfego intenso nas cidades. Comotemo municípiodo Seixal lidadocomesta questão?

O município elaborou o seu Plano de Mobilidade e Transportes, o qual define estratégias e planos de ação. Além da implementação de projetos de bicicletas e trotinetas partilhadas, a autarquia tem financiado a nova rede de transportes públicos (Carris Metropolitana) e comparticipado na redução do tarifário com as novas modalidades de passes Navegante. Esta comparticipação financeira começou com um valor anual de dois milhões deeuros e, atualmente, está nos 2,7 milhões deeuros.

Quais os principais problemas das cidades atualmente existentes que podemdificultarumatransição suavee absoluta para “smartcity”?

Entendemos que uma cidade é realmente inteligente quando os diversos sistemas operam de forma integrada e partilham dados em tempo real, usufruindo das análises possíveis dos mesmos. Esta adequação está relacionada com um outro desafio, nomeadamente o dos investimentos e custos associados à modernização e adequação da infraestrutura de suporte, que é extremamente onerosa e exige um planeamento cuidado. Importa assim priorizar projetos que sejam escalonáveis e que tragam benefícios tangíveis aos munícipes, como a gestão inteligente de resíduos, as melhorias dos transportes públicos, a iluminação pública mais inteligente e eficiente e a promoção da mobilidade sustentável. Para o efeito, o município do Seixal tem desenvolvido várias parcerias ao longo dos últimos anos, com empresas e instituições de investigação e conhecimento para a implementação e desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras, de que é exemplo o seu projeto mais emblemático - Laboratório Vivo para a Descarbonização. Neste contexto procuramos incentivar e promover ativamente o envolvimento dos munícipes e das comunidades neste processo de transição, garantindo assim a consciencialização das populações sobre os benefícios e a importância da transformação digital, para que possam usufruirda mesma sem receios. Em simultâneo, cuidamos da capacitação dos recursos humanos do município, e das empresas que operam no território, que têm de acompanhareste processo de mudança.

A inteligência artificial vai muito além da área da mobilidade. Em que outras áreas e setores da vida do município podemos encontrar a presençada inteligência artificial?

Iniciou, em abril de 2023, o Seixal Criativo, um projeto pioneiro em Portugal, promovido pela Câmara Municipal do Seixal, que se traduz num centro de aprendizagem e experimentação baseado em projetos nas áreas da ciência

e tecnologia, com o intuito de apoiar os jovens no desenvolvimento de projetos através dos quais se familiarizam com as tecnologias pilares de uma internet em mutação, proporcionando-lhes conhecimentos científicos e tecnológicos de vanguarda. Dirigido, porenquanto, a alunos do 10º ano do concelho, o Seixal Criativo está a obter excelentes resultados, sendo nosso objetivo torná-lo numa referência no distrito de Setúbal e no país. Ao nível da participação, o Município do Seixal disponibiliza a app Eu Participo que assenta numa plataforma para as cidades inteligentes, permitindo ao munícipe participarem tempo real as mais variadas ocorrências em espaço público e, simultaneamente, acompanhara sua resolução. O Seixal + é uma plataforma integrada e colaborativa para sentir, comunicare geriro espaço público do concelho nas suas múltiplas dinâmicas e perspetivas.

Uma cidade inovadora, virada para o futuro e que faça uso da tecnologia para simplificar o seu dia a dia e proteger os seus cidadãos tem, também, necessariamente, de pensarna sustentabilidade. Como gere a Câmara Municipaldo Seixalestedesafio?

O município do Seixal tem vindo a desenvolver estudos e projetos de enorme relevância no âmbito da neutralidade carbónica. Um exemplo disso é o projeto Seixal On, lançado em 2020, e que se apresenta como o expoente máximo do compromisso com a sustentabilidade do concelho. O município assume-se como parte ativa deste processo, em termos de mobilização da sociedade civil e da infraestruturação de espaços de utilização pública com carregadores elétricos, potenciando assim a sua utilização e o surgimento de novos utilizadores, bem como ao nível da sustentabilidade ambiental, é garantida uma maior eficiência energética e uma redução efetiva das emissões de carbono. Privilegiamos o uso de tecnologias direcionadas e que nos permitem monitorizara qualidade do ar e da água almejando que em breve consigamos, com base em informação real, prevenir situações relacionadas com eventos climáticos. Atualmente, estamos muito focados na capacidade de reduzir gradualmente as perdas de água, assim como, através da monitorização de 57 indicadores ambientais da Carta Ambiental Municipal, disponibilizamos informação em constante atualização. Outros projetos são a recolha de biorresíduos em várias áreas do concelho e que será alargada brevemente a grande parte do território e o Green Pipeline Project, que consiste na produção de hidrogénio verde, combustível 100% renovável, no Parque Industrial do Seixal, através da parceria com a empresa portuguesa Gestene. Para além disso, o Seixal faz parte da plataforma ODS Local (https://odslocal.pt/), uma ferramenta de base tecnológica com diversas funcionalidades onde carregamos informação e damos destaque aos projetos destas áreas temáticas.

45

“O Oeste é uma região excelente para viver”

Paulo Lafaia é o fundador e diretor da RC20, uma agência imobiliária nova, mas já recheada da experiência do seu criador e da restante equipa. A região Oeste é uma excelente localização para quem quer continuar a viver perto de Lisboa, mas precisa de conseguir um imóvel a um preço mais baixo, e Paulo Lafaia destaca algumas qualidades desta região que a tornam aprazível para viver.

Em Lisboa, os valores para comprar casa subiram, inclusivamente acima da média nacional. De acordo com o INE, o preço médio do metro quadrado, a nível nacional, subiu 7,6%, mas Lisboa tem o metro quadrado a custar mais do dobro da média nacional. Como justifica isso, considerando as notícias que dão conta de que a capital está a decair nas preferências dos estrangeiros e dos trabalhadores nómadas?

Não creio que Lisboa, ou mesmo Portugal, esteja a decair nas preferências dos estrangeiros. Os contactos que tenho tido sobre o tema com clientes de outros países apontam no sentido contrário pois, segundo me dizem estes mesmos clientes, o nosso país reúne um conjunto de características difíceis de igualar por qualquer outro país europeu. Estamos a falar do bom tempo, da beleza natural, do baixo custo de vidapor comparação com a média europeia -, da segurança e da tolerância e simpatia dos portugueses para com os estrangeiros.

A RC20 localiza-se em Torres Vedras e a sua área de atuação cobre também o Oeste. Que análise comparativa é possível fazerentre estas duas regiões e a cidade de Lisboa, relativamente aofertae a preçode imóveis?

O Oeste e Torres Vedras têm tido o interesse dos compradores, quer seja para uso próprio ou para investimento. No uso próprio, consegue-se encontrar habitação a preços muitíssimo inferiores aos praticados em Lisboa, mantendo uma proximidade com a capital de apenas 25 minutos, mas usufruindo de uma qualidade de vida muito mais tranquila (todos os bens e serviços essenciais estão a minutos a pé) e com as ótimas praias do Oeste também a pouca distância. Tem sido comum pessoas que habitam em Lisboa venderem as suas habitações liquidando os seus créditos e conseguindo

comprar em Torres Vedras melhores casas que as anteriores, utilizando apenas o capital remanescente. Para os investidores também esta zona se tornou um mercado apetecível, pois a pouca construção na década passada tornou escassa a oferta de habitação no mercado do arrendamento, tendo como consequência uma procura enorme nesta área, tanto por portugueses, como porestrangeiros.

Tendo em mente que o preço dos imóveis está a abrandar, qual o melhor comportamento a adotar por parte de quem quer comprar uma casa? Éo momentocerto para investir?

Considero que sim, pois se é certo que, nesta zona, os preços do mercado de segunda mão têm mostrado uma tendência de abrandamento, já o mesmo não se verifica no mercado de habitação nova, como consequência do aumento evidente do custo dos materiais deconstrução.

Quais os principais problemas que, enquanto representante do mercado da mediação imobiliária, sente no setor e que são de resolução urgente?

Aponto como principais problemas o difícil acesso ao crédito por parte dos compradores do segmento médio, segmento esse que preenche a maior parte das aquisições. E também a falta de legislação reguladora do mercado imobiliário no que toca aos vendedores particulares, formando estes uma concorrência desleal ao setorimobiliário acreditado.

Que novidades pode a RC20 anunciar, para breve ou a médio prazo, que possam vir a posicionar-vos de forma diferenciada novosso setor?

A RC20, como agência imobiliária recente que é, vai continuar a apostar no crescimento da sua equipa e, tal como tem sido a sua característica, irá reforçara sua aposta na mediação do mercado imobiliário novo, seja de empreendimentos, de prédios novos de apartamentos em construção, de imóveis topo de gama ou produto diferenciado, mas sem descurar o importante mercado de segunda mão.

VALOR Habitação em Lisboa
46
Paulo Lafaia Diretor
47
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.