Valor Magazine Abril 2020

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Mensal Abril de 2020 nº005 Online

DS

BARREIRO

360 SOLUÇÕES À MEDIDA DO CLIENTE

MULHERES DE VALOR

Conjugar firmeza e sensibilidade

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL SAÚDE E BEM-ESTAR

A nova realidade económica

Consultas à distância



Os hospitais são, agora, a maior fonte de esperança, de onde aguardamos diariamente que cheguem boas notícias; as forças de segurança estão – hoje mais que nunca – presentes no dia-a-dia, a aconselhar a população a tomar medidas preventivas e a garantir que a lei e a ordem são mantidas; os produtores agrícolas nunca foram tão lembrados como nos primeiros dias de isolamento, aquando das corridas aos supermercados, provocadas pelo medo do desconhecido e a desconfiança no futuro.

Procare Health

Mas a vida não parou. A economia ressentiu-se, e ressentir-se-á, mas há empresas e empreendedores que lutam diariamente para continuar a produzir e a oferecer serviços e produtos a quem deles necessita. Foi com alguns destes exemplos de perseverança que a Valor Magazine conversou, para trazer até si histórias de adaptação, esforço, dedicação e uma inquebrável determinação. Histórias de quem continua a trabalhar, recusando render-se e tendo como propósito primordial garantir que os seus clientes têm aquilo de que necessitam para ultrapassar este período difícil e o transformam – incrivelmente – numa oportunidade para novas aprendizagens e mudanças.

Made2Web

WeCareOn

A Valor Magazine não parou. Traz-lhe novos exemplos do Valor nacional. Não pare, também. Continue connosco, sem precisar de sair de casa. Esta é a primeira edição da Valor Magazine exclusivamente digital, cuja mensagem principal, nesta época de pandemia, só pode ser uma: Fique em casa. Vai ficar tudo bem.

Simab

VALOR - aquilo que uma coisa vale; importância que se atribui ou reconhece a algo ou alguém; qualidade que desperta admiração por alguém; valia, mérito, préstimo; qualidade de quem pratica atos difíceis, extraordinários ou perigosos; valentia; coragem.

Somos

Propriedade e Administração: Sinónimos Breves Unipessoal, Lda

Somos

Gerência detentora de 100% do capital social José Moreira

Diretor: José Moreira Editora e Responsável por Conteúdos: Sara Freixo

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FICHA TÉCNICA

Portugal não parou! A Valor Magazine também não. Apesar da situação ímpar que atravessamos, com a maioria da população em isolamento, a economia e a sociedade não podem parar.

DESTAQUES

Editorial


IMOBILIÁRIO 05 - DS Barreiro - “360 Soluções à medida do cliente” 09 - Ana Morgado Proper es - "A Pandemia no mercado imobiliário: Crise ou Oportunidade?"

SAÚDE E BEM-ESTAR

ÍNDICE

10 - Procare Health - “Ainda há muito a fazer na saúde feminina” 12 - Medseghi - "Um bom ambiente laboral aumenta a produ vidade" 14 - WeCareOn - Cuidar da saúde mental online 16 - Associação Portuguesa de Telemedicina - Telemedicina... 17 - CADin - Video-consultas, a revolução que veio para ficar 18 - David Rasteiro - Em tempos de adaptação: Consultas online gratuitas...

EMPRESAS DE VALOR

19 - Simab - "O desafio será a qualidade do abastecimento às cidades" 22 - Pearlmaster - Empresas de moldes com conceito 360º 24 - Prouvé - "Nesta indústria criamos a nossa microeconomia"

MULHERES DE VALOR

26 - AM Holding - "As mulheres são focadas e conciliadoras" 28 - Eva Garcia Advogados - "Portugal ainda tem poucas mulheres..." 30 - SmartKISS - Fazer a diferença no marke ng

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

32 - LPR - Revolução digital chegou às paletes 34 - B-Training - "O e-learning é um dos reflexos da transformação digital" 36 - Made2Web - "A pandemia acelerou a transformação digital"


Imobiliário

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SOLUÇÕES À MEDIDA DO CLIENTE

www.decisoesesolucoes.com/agencias/barreiroaltoseixalinho www.decisoesesolucoes.com/agencias/barreirorio

Ana Pedras tem um passado profissional ligado à área financeira, tendo sido durante vários anos diretora financeira de algumas empresas. Quando decidiu apostar em algo seu, escolheu a Decisões e Soluções que, à época, era especialista em consultoria financeira e mediação de seguros. Volvidos 11 anos da sua mudança de vida, Ana Pedras é diretora de duas agências DS, ambas no Barreiro – a Barreiro Rio e a Alto Seixalinho - e fala com esperança renovada sobre o mercado imobiliário.

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encontro entre Ana Pedras e a equipa da Valor Magazine aconteceu na loja mais nova – a DS Barreiro Rio - que conta com um ano de atividade e tem uma vista desafogada para o rio Tejo. A forma acolhedora e simpática com que a Valor Magazine foi recebida faz parte da filosofia da Decisões e Soluções – fazer o cliente sentir-se em casa. Melhorar a qualidade de vida das pessoas Ana Pedras foi diretora financeira de várias empresas e todo o seu passado profissional está relacionado com a área financeira. Com mais de 20 anos de profissão, sempre relacionada com a área financeira, nomeadamente nas áreas da Contabilidade e Fiscalidade, Ana Pedras é formada em Gestão e contabilista Certificada (inscrita na Ordem dos

Contabilistas Certificados e na Ordem dos Economistas): “A minha mãe foi bancária durante muitos anos e muitas pessoas já me reconheciam por isso. Depois, com a evolução do meu percurso profissional, fui sendo contactada por clientes que vinham por indicação de outros”. A Decisões e Soluções surgiu quando procurava dedicar-se a um projeto próprio: “Após o meu trabalho como diretora financeira, resolvi dedicar-me a algo meu e, depois de alguma pesquisa e ponderação, encontrei na Decisões e Soluções uma empresa com a qual me identifiquei, sobretudo no que respeita ao objetivo final do nosso trabalho – melhorar a qualidade de vida das pessoas. Avancei e abri a primeira agência – a do Alto Seixalinho – em finais de 2008, em plena crise económica, embora a inauguração tenha tido lugar em fevereiro do ano seguinte”.

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Imobiliário

Nessa época, a DS dedicava-se exclusivamente à consultoria financeira, atualmente conhecida por intermediação de crédito, embora trabalhasse de muito perto com mais de 40 imobiliárias na região do Barreiro: “Por altura da crise económica, muitas imobiliárias fecharam e nós percebemos isso porque trabalhávamos em parceria com elas, nomeadamente no que respeita à análise e preparação de créditos – maioritariamente crédito habitação, mas também créditos pessoais, leasings, crédito automóvel, para particulares e empresas. Quando a crise atingiu o seu máximo, tivemos de nos reinventar”. A mesma coisa aconteceu no que respeita à mediação de seguros, que a Decisões e Soluções introduziu um ano após Ana Pedras abrir a primeira agência: “Tínhamos especialistas dedicados à parte financeira e, posteriormente, também formados em mediação de seguros, sempre em busca de servir o cliente o melhor possível e encontrar-lhe a melhor solução, quer no que respeita ao crédito para a compra de casa, quer aos seguros obrigatórios e outros que o cliente precisasse”. Em 2011, surgiu finalmente a área imobiliária: “No pós-crise, a legislação mudou e veio permitir o acesso das imobiliárias a outras atividades. Assim, a Decisões e Soluções pôde obter a licença AMI para mediação imobiliária – a DS Barreiro foi das primeiras agências DS a ter esta licença, obtida em abril de 2012 - e foi também a partir daí que surgiu o serviço “Soluções 360”. Consultoria 360: um serviço diferenciado A solução 360 é uma aposta DS que implica ajuda aos clientes em variados aspetos, desde a compra do imóvel, até à intermediação do crédito, de todos os tipos, bem como fazer um seguro. Todos estes serviços se aplicam a particulares e empresas. É uma solução de consultoria que assenta na perfeição na filosofia da Decisões e Soluções: “A partir daqui, foi possível realmente fornecermos ao cliente um serviço completo, de ajuda e consultoria em todas as vertentes. O cliente pode entrar para comprar uma casa, contratar um crédito ou fazer um seguro e nem sempre sabe o que quer, nós ajudamos a clarificar e adequamos a soluções a cada caso. Para compra de casa, adaptamos a pesquisa de imóveis à sua capacidade financeira, indo de encontro as necessidades e gosto dos clientes".

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Ana Pedras Diretora de Agência


Imobiliário

Literacia financeira: uma lacuna que falta suprir

Esta análise é feita em simultâneo pelas duas equipas - consultores imobiliários e especialistas de crédito. Esta é uma área sensível para Ana Pedras, dado que a própria tem um passado financeiro: “Confesso que desmonto todas as Fichas de Informação Normalizada de todas as simulações que peço para um crédito. Interessa-me que os clientes compreendam exatamente o que estão a comprar, quanto lhes irá custar aquele empréstimo e, para isso, separo todos os valores e faço questão de explicar cada um deles. No final, explico a minha conclusão sobre um crédito – que, por vezes, pode até ter um spread mais alto – mas fica mais barato ao cliente. Os clientes têm uma maisvalia adicional de aconselhamento fiscal gratuito e os próprios consultores sentem-se mais seguros no aconselhamento que prestam aos clientes”.

Para Ana Pedras, o objetivo último é que os clientes encontrem na DS Barreiro – em qualquer uma das duas lojas – um serviço completo, de proximidade e, sobretudo, sintam que têm sempre alguém que os irá ajudar, seja qual for o problema. Esta entrega parece estar a resultar, uma vez que a empresa cresceu exponencialmente, em pouco mais de um ano, e a equipa continua a crescer.

Ana Pedras reconhece que as gerações mais novas e que mais utilizam a Internet estão mais informadas sobre os conceitos financeiros e bancários, mas na verdade isso não significa que os saibam descodificar e entender totalmente, pelo que a explicação fornecida pelos especialistas financeiros da DS é fundamental. No que respeita às gerações mais velhas, o problema prende-se com a dificuldade que têm em aceitar que as entidades bancárias não voltarão a conceder empréstimos como o fizeram em décadas anteriores: “Os mais jovens estão cientes das novas regras bancárias, nomeadamente da necessidade dos 10 por cento de capital próprio, para poder investir num imóvel, mas os mais velhos ainda acreditam que os bancos vão voltar a conceder créditos com as facilidades que anteriormente existiam – e que levaram à última grande crise económica.

No que respeita aos seguros, o processo é exatamente o mesmo: “Os clientes têm ao seu dispor equipas especializadas em imóveis, créditos e seguros. O cliente sente que tem sempre um consultor disponível para si e, caso seja necessário, uma equipa de especialistas”.

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Imobiliário

Na verdade, as nossas agências já coordenaram, em conjunto com a Câmara Municipal do Barreiro e mesmo com a Junta de Freguesia, alguns workshops, para darmos formação sobretudo no que respeita à gestão do orçamento familiar e das despesas correntes. A literacia financeira é fundamental e, se começasse nas escolas, era o ideal”. “Quero vender casas e não ter casas à venda” Quem o diz é a diretora das duas agências DS do Barreiro. Para Ana Pedras, o fundamental não é ter muitos imóveis à venda, mas sim angariar uma casa e conseguir efetuar a venda rapidamente: “Isso consegue-se com uma boa angariação. Os nossos consultores têm formação para fazer a avaliação de um imóvel, tal como fazem as entidades bancárias, pelo que quando angariam um imóvel avaliamno de forma justa. A venda do mesmo fica, logo à partida, facilitada”. Todavia, vender casas não termina na angariação do imóvel: “Há uma preocupação posterior, no que respeita ao home staging e às sessões fotográficas, executadas por profissionais, para que coloquemos boas fotos no nosso site e passemos uma ideia real do potencial do imóvel. Além disso, elaboramos um plano de marketing personalizado para cada imóvel, explicamos ao cliente exatamente o que vamos fazer (e quando vamos fazer) pelo seu imóvel. Vamos dando informação periódica e tomando ações corretivas na promoção do mesmo, se necessário. Envolvemos o cliente connosco na venda e promoção do imóvel, para que não se sinta «abandonado»". O desequilíbrio entre a oferta e a procura faz com que, atualmente, um imóvel particularmente interessante seja facilmente vendido. O mercado de arrendamento, porém, é uma solução existente mas que Ana Pedras não aconselha a quem tenha capacidade de pedir um crédito habitação: “As rendas estão mais altas do que muitas prestações bancárias, pelo que só aconselho o arrendamento a pessoas que ainda não tenham os 10 por cento de valor monetário para a entrada

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do financiamento da habitação, como o Banco de Portugal atualmente obriga, ou pessoas que não tenham um rendimento mensal estável. Há ainda casos de profissionais deslocados, por motivos de trabalho, a quem também não interessa a compra de um imóvel. De resto, creio que a melhor solução é mesmo a compra”. A falta de construção nova no Barreiro e localidades circundantes faz com que a reabilitação urbana seja a solução para quem quer investir numa habitação: “No Barreiro há já muitos anos que não existe construção nova. Ainda assim, a reabilitação dos imóveis existentes tem garantido alguma oferta, inclusivamente para investidores particulares, que colocam depois a habitação no mercado de arrendamento”. Quem compra ou arrenda casa no Barreiro, Moita, Alhos Vedros, Pinhal Novo ou Palmela já paga mais atualmente do que na época da crise económica: “Os valores estão a subir, mas creio que a crise nos ensinou que não devemos especular em demasia e neste momento é o que acontece. Antes, arrendávamos um T2 por 350 euros e hoje isso já não acontece. Não conseguimos encontrar uma renda para essa tipologia abaixo de 450 euros”. “O Barreiro é um excelente ponto estratégico” Ana Pedras tem esperança num mercado imobiliário renovado e mesmo no surgimento de construção nova no Barreiro e nas localidades circundantes e salienta as vantagens de viver na região: “O Barreiro fica situado a 20 minutos de barco de Lisboa, está equidistante de ambas as pontes que dão acesso à capital e temos também excelentes praias de Setúbal e na Costa da Caparica. Além disso, esta região está a ser alvo de muita reabilitação, que renovará a região e a DS assume o compromisso de mostrar a qualidade de vida que esta região - com o rio Tejo a seus pés - tem para oferecer”.


Imobiliário

Ana Morgado CEO e Executive Manager

A PANDEMIA NO MERCADO IMOBILIÁRIO: CRISE OU OPORTUNIDADE?

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se há três semanas atrás lhe dissessem que uma coisa minúscula e invisível iria transformar a sua vida desta maneira ... Claro que não iria acreditar! Às vezes tenho a sensação de estar a viver dentro de um filme de ficção científica. Como, de um dia para o outro, as nossas vidas mudaram radicalmente. Também a vida das empresas mudou radicalmente e o mercado imobiliário não foi exceção. Lojas fechadas, processos em fase de negociação adiados ou mesmo abandonados, escrituras desmarcadas, visitas canceladas, imóveis que saíram de venda, serviços públicos – só com agendamento, bancos com poucos recursos e com respostas mais demoradas, consultores a fazer contas à vida e a pensar "eu já vi este filme algures em 2008" ... tudo parece correr mal! Mas uma moeda tem sempre duas faces e nestes últimos dias tenho refletido bastante sobre até que ponto é que toda esta situação se poderá transformar numa OPORTUNIDADE. Temos agora a oportunidade de olhar para o negócio, reinventar, analisar processos e

procedimentos, rever objetivos, planear tudo de novo, encontrar novas formas de chegar ao contacto com os clientes e de comunicar com as pessoas. As videoconferências passaram a fazer parte do nosso dia-a-dia, a visita virtual e a nossa pegada digital são agora mais importantes que nunca. A quebra no setor do turismo colocou muitos apartamentos, que estavam em regime de arrendamento turístico, no mercado de arrendamento de longa duração, com rendas compatíveis com os rendimentos dos portugueses. Acredito que alguns destes imóveis poderão entrar ainda no mercado de venda, mas será numa fase posterior. Portugal continua a ter sol, praia, boa comida, segurança, um povo acolhedor e agora poderá ter ainda mais uma coisa casas a preços mais baixos. Isto torna o nosso país ainda mais atrativo para os clientes estrangeiros e para os investidores, que continuam a poder adquirir imóveis com boa rentabilidade. Os clientes portugueses, que foram tão esquecidos nestes últimos anos, poderão ver renascida a esperança de poder

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comprar uma casa. Sabemos que algumas famílias poderão ter dificuldade em manter as suas casas. No entanto, não acredito que a "bolha" esteja de volta, uma vez que a descida dos preços de venda não será assim tão grande que absorva mais que os 20% de capitais próprios solicitado pelo Banco de Portugal, havendo ainda a considerar que uma parte da dívida contraída terá sido amortizada durante a duração do empréstimo. Muitas empresas não irão conseguir sobreviver. Agora resta saber quem fica e quem sai do mercado. Quem fica, terá uma excelente oportunidade de absorver o excedente de consultores que irá ficar disponível no mercado e recrutar os mais experientes, ver crescer as suas equipas e captar mais negócios. Entrámos numa nova era em que a nossa capacidade de adaptação às novas tecnologias é crítica. A partir de agora, nada mais será igual!

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Saúde e Bem-Estar

«AINDA HÁ MUITO A FAZER NA

SAÚDE FEMININA»

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investigação própria continua a ser um dos pilares da empresa?

A Procare Health é uma empresa biotecnológica que investiga os seus próprios produtos. Esta é a primeira prioridade da empresa, que investe uma percentagem significativa do seu turnover em Investigação & Desenvolvimento. A ProCare Health é uma empresa de biotecnologia, com uma filosofia de investigação própria e de desenvolvimento de produtos destinados especificamente à saúde feminina. Pioneira no medicamento de prevenção e tratamento do Vírus Papiloma Humano (HPV) e com dois anos de presença em Portugal, esta empresa procura desenvolver soluções terapêuticas que melhorem a saúde da Mulher. Miguel Coelho, general manager da ProCare Health Portugal, explica a visão e os objetivos da empresa.

Contudo, a nossa visão passa por desenvolver soluções terapêuticas, mas também por explorar oportunidades que tenham por objetivo melhorar a saúde da Mulher. Nesse sentido, a possibilidade de estabelecer parcerias com empresas que partilhem o mesmo rigor científico e comportamento ético é algo que a empresa considera. Para tal, estamos recetivos a parcerias locais, que são da minha área de responsabilidade, mas temos um departamento global que tem por objetivo identificar novos projetos. Quais os últimos avanços científicos – e em que áreas – em que a Procare Health está envolvida? Na Procare Health os objetivos dos nossos projetos de investigação visam preencher lacunas terapêuticas, desenvolver alternativas que permitam tratar a doença de modo mais eficaz, mas também nos dedicamos a desenvolver produtos que apresentem um perfil claramente melhorado face à oferta existente. Assim, apostamos fortemente na forma de tratar e prevenir as lesões do colo do útero causadas pelo Vírus Papiloma Humano (HPV), responsável pela ainda elevada incidência de cancro do colo do útero. Esta é uma área em que apresentamos uma mudança no paradigma do tratamento. Lançámos um produto com este perfil e a sua recetividade pela classe médica tem sido uma forte motivação para continuarmos a investigar. Existem, no entanto, novos projetos, que serão as futuras novidades, mas neste momento a prioridade está nos produtos que já comercializamos e que queremos que cheguem a mais doentes. Como vê o mercado feminino português?

Miguel Coelho General Manager Portugal

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Procuro estar atento ao que me rodeia e é com enorme orgulho que vejo quem é a Mulher de Hoje. Se considerarmos que há apenas 46 anos vivíamos


Saúde e Bem-Estar

num regime de ditadura, sem liberdade de expressão, com as escassas Como conjugam a procura de medicamentos eficazes para combater e oportunidades que as mulheres tinham e o papel que lhes era pedido na prevenir determinados problemas femininos, mas tendo em consideração sociedade, penso que percorremos um caminho de enorme sucesso num o lado não hormonal do medicamento ou a sua origem natural? tempo longo, mas ao mesmo tempo relativamente curto. Trabalhar com produtos naturais obriga a uma exaustiva pesquisa Há poucos dias assinalou-se o Dia da Mulher. Estando hoje ligado à Mulher bibliográfica que permita a lógica de um determinado efeito obtido a partir numa perspetiva profissional, tenho pensado muito sobre a igualdade ou a dessa substância. E temos tratamentos milenares. Existe toda uma dinâmica falta dela. Sou filho de pais que fizeram carreira. A minha mãe sempre de desenvolvimento de formulações que transformam essas substâncias em trabalhou e cresceu profissionalmente. Foi ela que me ensinou a lutar por tratamentos. O processo é longo, mas a investigação farmacêutica é aquilo em que acreditamos e que a melhor forma de luta é aquela que desafiante. Recordo que são abandonados cerca de 100 projetos para permite conquistas sem comprar guerras. Isso só é possível quando feito com conseguir isolar uma molécula que será, dentro de 10 anos, uma terapêutica muita inteligência, algo que sempre admirei nela. Entristece-me ver as inovadora. Na verdade, essa molécula será o meio de rentabilizar todo o mulheres colocarem-se em bicos de pés para chegar mais alto em vez de trabalho dos cientistas ao longo desse tempo. caminharem com a segurança das suas competências. Numa vertente comportamental, elas dão cartas e nós, homens, temos de correr para não Como se desenha o futuro da Procare Health Portugal? perder o momentum que hoje é gerado por mulheres nos centros de decisão. Estamos a atravessar um momento em que os planos de futuro são postos em Como consegue a ProCare Health estar na vanguarda da procura que causa. Vivemos num mundo que está parado, aguardando que se encontre uma forma de conviver com mais um habitante deste globo. existe por parte do público feminino? Mas o futuro é sempre encarado como um conjunto de oportunidades de fazer coisas novas, melhores, recorrendo a métodos mais eficazes. Esse é o percurso dos homens ao longo dos anos. A Procare Health vai continuar a fazer o que sabe, e muito há por fazer para melhorar a saúde da Mulher. Não voltaremos costas ao desenvolvimento de novas formas de combater a doença. Somos e seremos sempre identificados como um parceiro na Women's Health, mas o futuro é sempre desafiante. Estamos disponíveis para fazer outras coisas, alocando para tal o nosso conhecimento e experiência. Disponho em Portugal, de uma equipa altamente experiente, com uma Por outro lado, os produtos da Procare Health são prescritos, recomendados preparação técnica que nos permite transmitir aos profissionais de saúde, mas também aos doentes, todo o conhecimento sobre a sua doença e a forma pelos médicos ginecologistas. como pode ser tratada. Essa equipa é, porventura, o melhor asset da nossa O grande fator que nos diferencia passa pelo processo de desenvolvimento e organização. investigação clínica. Desenvolvemos todo o processo de avaliação de medicamentos, desde os testes in vitro até à fase de avaliação em ambiente de vida real. Estes estudos, que levam uma fatia considerável do nosso volume de negócios, fornecem a evidência clínica que médicos e doentes necessitam para, com segurança, prescreverem os tratamentos às doentes que deles necessitam. A Procare Health nasceu para desenvolver produtos para a Mulher, numa estratégia que designamos por "Evidence Based Natural Healthcare", onde investigamos terapêuticas de base natural ou síntese não química. O conceito de produtos naturais está a ganhar um espaço importante em áreas como a Saúde ou Alimentação. Não é novo o conceito de tratamentos à base de substâncias naturais. No entanto, a mulher, enquanto consumidora, no caso de produtos de saúde, preocupa-se em perceber que está a recorrer a tratamentos eficazes, que tratem, de facto, a sua doença.

www.procarehealth.com

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Saúde e Bem-Estar

“UM BOM AMBIENTE LABORAL AUMENTA A PRODUTIVIDADE” A Medseghi foi criada em 2014 e, de há seis anos para cá, tem vindo a estabelecer relações de parceria e proximidade com os seus clientes, através da prestação de serviços personalizados nas áreas da Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho (HSST). Vânia Coelho, diretora da empresa, realça a importância que a existência de um bom ambiente de trabalho tem na produtividade e relembra as medidas de proteção para fazer face à CoVid-19.

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uando foi constituída a Medseghi?

Com o desenvolvimento industrial e a evolução e criação de novos e diferenciados contextos de trabalho, tornou-se emergente a criação de uma empresa que suprisse as necessidades do mercado e fosse de encontro aos requisitos das empresas: um serviço personalizado e único a cada cliente, diferente do que estes estão habituados e que necessitam, mas sim os parceiros que lhes organizam os serviços de HSST de forma personalizada para cada empresa, e não mais uma prestadora de serviços «padronizados», que analisam as normas de HSST dos mesmos. Na Medseghi temos os locais de trabalho como de extrema importância, pois é ai que os indivíduos despendem grande parte do seu tempo, sendo fundamental que os mesmos reunam as condições necessárias para que a sua atividade profissional decorra nas condições ideais. Daí ser essencial que as empresas de HSST, criem uma estreita relação com os clientes, e foi a existência desta lacuna na prestação externa dos serviços ao mundo laboral que foi criada, em 2014, a Medseghi, uma microempresa de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho, sediada em Barcelos, aliado ao princípio fundamental da atividade da Medseghi: promover espaços mais saudáveis e seguros, a cada empresa e por cada trabalhador!

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De que serviços dispõem? A Medseghi tem como objeto social a prestação de serviços externos de que as entidades empregadoras possam necessitar, nomeadamente a organização dos serviços de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho, bem como Formação Certificada nesta vertente; Higiene e Segurança Alimentar; Coordenação de Segurança em Obra (Públicas e Particulares); Ginástica Laboral, Consultadoria, entre outros, tudo isto tendo sempre em vista o bem-estar laboral, numa lógica de prevenção, transmitindo às empresas as informações necessárias para que estas, para além de cumprirem a legislação, sintam como resultado no cumprimento das medidas que apresentamos a redução de acidentes de trabalho, doenças profissionais e abstenção ao trabalho, tendo trabalhadores motivados e que se sintam integrantes da empresa e não massa humana produtiva, tendo como resultado empresas com maior produtividade e mais competitivas. Num futuro muito próximo vamos ter ainda o serviço de Medicina Desportiva.


Saúde e Bem-Estar

Como garantem a formação da vossa equipa? A equipada Medseghi é constituída por membros de diferentes áreas (saúde, gestão, ambiente, construção civil, higiene alimentar, psicossociologia, etc.), de forma a garantir a melhor resposta a todos os clientes. Procuramos ativamente formação, que fornecemos à nossa variada e especializada equipa, com base num persistente e atento trabalho, junto das entidades reguladoras dos serviços que prestamos (ACT, ANPC, DGS, ASAE, SEF, APA, entre outras), para estarmos atualizados. As empresas já reconhecem a importância da HSST? A consciencialização da Higiene, Segurança e Saúde laboral é cada vez mais uma realidade fundamental no tecido empresarial português, no entanto este é constituído, maioritariamente, por pequenas e médias empresas familiares que não estavam sensibilizadas para estas questões. Esta mudança teve, em parte, influência nas grandes e bem-sucedidas empresas instaladas dentro e fora de Portugal, que exigem evidências comportamentais destes parâmetros e instigam à mudança de atitude. A intervenção da Medseghi passa pela sensibilização e gostamos de acreditar que o papel que desempenhamos surte efeito na sustentabilidade e modernização das empresas. Produtividade e segurança têm de ser sobrepostas no mesmo patamar, mas o caminho a percorrer ainda é longo. Como é possível combater o stress ocupacional? Com a criação de medidas de prevenção, criando ambientes de trabalho onde os indivíduos se sintam concretizados, seguros e integrados. Medidas simples, como tempos de descanso em ambientes acolhedores, ou a adoção da ginástica laboral nos variados contextos, auxilia na prevenção do stress ocupacional. Da mesma forma, o incentivo pela gestão organizacional dos tempos de trabalho, tarefas e recursos humanos e materiais causa um enorme impacto na saúde mental dos indivíduos. Esta é uma questão que é frequentemente negligenciada, no entanto, devemos recordar que a saúde é o pleno bem-estar físico e mental e, na sequência de colaboradores saudáveis, geram-se ambientes de trabalho

igualmente salubres, aumentando a sustentabilidade das empresas. Deve estabelecer-se como medida preventiva, um acompanhamento emocional atento a todos os trabalhadores. A entidade patronal deve inquirir regularmente os trabalhadores, evitando assim o surgimento destes problemas. No que respeita à CoVid-19, que medidas devem ser adotadas ? Todas as recomendações da DGS devem ser seguidas. Só devem continuar abertas as empresas em que a hipótese de teletrabalho não seja possível, ou em que não exista atendimento ao público. No caso de as instalações continuarem abertas, devem ser avaliadas quais as tarefas imprescindíveis de continuar e aquelas que podem reduzir ou até mesmo encerrar. Do mesmo modo, deve ser equacionado os trabalhadores que são necessários manter, tendo em consideração o estado individual de saúde de cada um e os que, pelas suas tarefas, acarretam um maior risco de contágio. É igualmente recomendado que todas as empresas, possuam um local, onde, no caso de suspeita de infeção por SARS-CoV-2/CoVid19 se possa proceder ao isolamento do mesmo, garantindo uma menor probabilidade de contágio. Os trabalhadores devem manter uma distância de um metro e, no que respeita aos períodos de descanso, estes devem ser rotativos, para evitar aglomerados. Todas as superfícies devem ser regularmente higienizadas. Luvas, máscaras, soluções desinfetantes e qualquer outro material de proteção deve ser assegurado pela empresa. Quais os desafios futuros? Manter a diferença e individualidade, preservando a saúde e segurança dos trabalhadores, criando metodologias e princípios, específicos para cada situação. Acresce a estes desafios, o que atualmente estamos a viver no que respeita à CoVid-19. O maior desafio será manter a sustentabilidade das pequenas e médias empresas, aliado ao desencadear de uma série de situações novas para o país e empresas, quer económicas, quer emocionais e para as quais a MEDSEGHI estará presente para dar resposta às empresas com motivação, seriedade e inovação.

www.medseghi.com

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Saúde e Bem-Estar

Cuidar da saúde mental online

Paula Ribeiro CEO A WeCareOn nasceu há cinco anos, resultante de um desejo de Paula Ribeiro de mudar de vida e também de acompanhar a mãe, que atravessava um período depressivo. O conceito passa por oferecer sessões de psicologia e coaching digitais, onde o cliente nunca precisa de sair da sua casa para se encontrar com o (seu) profissional de saúde. Paula Ribeiro garante que existem mais-valias nestas sessões e deixa alguns conselhos para atravessar este período de isolamento social.

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que a levou a criar a WeCareOn?

O projeto nasce quando se juntaram dois fatores pessoais que me fizeram avançar: a minha mãe, que estava com uma depressão após o falecimento da minha avó, e eu, que estava a equacionar mudar de carreira. Quis ajudar a minha mãe, que vive numa aldeia com acesso restrito a profissionais de saúde mental e, tendo em conta que sempre trabalhei em consultoria tecnológica, pareceu-me que usar a tecnologia seria uma mais-valia. A WeCareOn é uma plataforma que disponibiliza consultas online com psicólogos, psiquiatras e coaches e já existe desde 2015. Os clientes podem fazer facilmente as suas consultas via videochamada, voz, chat ou e-mail. Uma consulta de psicologia/coaching online não é antagónica à ideia de proximidade entre cliente e profissional de saúde? Não! É até uma mais-valia em muitos casos. Existem vários estudos mundiais que provam que a terapia online pode ser mais eficaz e mais

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rápida. Nós temos essa experiência com os nossos clientes. Os clientes online vão mais rápido ao assunto, estão na sua zona de conforto e têm poucas distrações e por isso conseguimos resultados mais rápidos e criase uma boa empatia entre cliente/profissional. A maioria dos clientes diz que nem se apercebe que há um computador/telemóvel entre a sessão. Quais as mais-valias deste serviço online? Poupança de tempo e dinheiro, rapidez e flexibilidade nas marcações, contacto mais frequente com o profissional, sem deslocações, confidencialidade, resultados que podem ser mais rápidos e segurança. Tudo isto acontece na comodidade e privacidade do cliente. É via online que tudo se processa: a sessão é marcada, feita e paga pela Internet. O cliente pode escolher o seu profissional e o canal ou pedir ajuda na escolha, se assim preferir. Marca a primeira consulta e depois o processo continua por si só. Tem ainda a possibilidade de escolher o profissional pelas suas possibilidades económicas. Queremos chegar a todos e temos vários preços disponíveis. A maioria dos clientes prefere usar a videochamada.


Saúde e Bem-Estar

O serviço de psicologia e coaching ainda é visto como algo “não fundamental”? Em Portugal ainda há algum estigma, sim. As pessoas não foram educadas a cuidar da saúde mental e não entendem que é na ‘’cabeça’’ que se comanda o corpo todo. Muitas pessoas que chegam a nós já vêm em estados de depressão ou ansiedade extremos e deixam tudo para a última da hora ou então vão ao médico de família e a medicação é usada em excesso, sem resolver as causas dos problemas. Nós temos feito a nossa parte, ao querer desmistificar este conceito, e escrevemos muito no nosso blog sobre estes temas, para que possamos ajudar na educação e desmistificação da saúde mental e bem-estar. Cada um de nós pode mudar e acreditar que cuidar da nossa saúde é algo que é integral, mental, físico, espiritual e começa na prevenção. Como antecipa o futuro da sociedade? Espero muito que a sociedade no geral tenha aprendido as mensagens bonitas que há para aprender com este acontecimento. Espero que haja finalmente a valorização do tempo para coisas que realmente importam e que as palavras amor, celebração, gratidão, solidariedade, família, conexão interior, alegria, paz e verdadeira abundância, façam parte do dia-a-dia de todos nós.

DICAS PARA MANTER O BEM-ESTAR Manter rotinas, pois dá a sensação de orientação e controlo, a resposta fisiológica de stress diminui, o sistema imunitário agradece. Defina no espaço de casa, se possível, as áreas de trabalho, descanso, lazer e refeições. Quando organizamos o ambiente que nos rodeia arrumamo-nos “por dentro”. Praticar exercício físico. A prática regular de exercício é um poderoso relaxante muscular e tem efeito antidepressivo. Medite. Pratique respiração abdominal. Escolha uma alimentação equilibrada. Beba água de forma regular, hidrate-se. Limitar a exposição a notícias. Escolha apenas fontes credíveis, como DGS. Manter a conexão. As redes sociais e videochamadas são ferramentas valiosas para reconectar pessoas, especialmente as mais isoladas. A solidariedade é uma das palavras-chave, seja porque decidimos ficar em casa como forma de diminuir a propagação do contágio, seja porque nos disponibilizamos para ajudar quem precisa. Gerir conflitos em casa. Tem direito a pensar e sentir o que quer que seja. Não use argumentos sobre o outro (“tu isto e aquilo”), procure usar a linguagem do eu (“eu sinto isto, eu penso que”). Se estava já num processo terapêutico continue com o mesmo, agora com recurso a ferramentas online. Acalmar as crianças. Transmitir segurança às crianças passa por sermos sinceros, usando linguagem acessível. Isto é uma novidade para todos e as crianças podem saber disso. Fale com as pessoas idosas. Mantenha o contacto, especialmente com as mais frágeis. Faça questão de lhe falar sem tempo contado. Saiba que não está sozinho(a), pode pedir ajuda. É um ato de grande coragem, pedir ajuda para si ou para quem está consigo. Significa que está atento a si mesmo.

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Saúde e Bem-Estar

Eduardo Castela Membros da direção da A.P.T.

TELEMEDICINA: UM NOVO PARADIGMA DA SAÚDE EM PORTUGAL?

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as últimas semanas em Portugal, na sequência do processo pandémico despoletado pelo novo coronavírus, muito se tem escrito e testemunhado sobre o "novo?" paradigma da saúde: a telessaúde / telemedicina, como se de um dia para o outro se descobrisse uma nova forma de comunicar em saúde. É certo que o contexto da CoVid-19 despoletou a emergência do recurso à tecnologia em todas as organizações, públicas e privadas, às quais as da Saúde não ficaram alheias. Face ao decretado distanciamento social, os hospitais começaram, de forma generalizada, a utilizar as ferramentas tecnológicas que tinham à disposição como meio facilitador dos contactos entre os profissionais de saúde e o cidadão doente. Contudo, neste contexto há perguntas que devem ser feitas: Os hospitais estavam organizados para recorrerem à utilização da telessaúde / telemedicina em grande escala? Os serviços do Ministério da Saúde, responsáveis pela implementação da telessaúde, deram orientações precisas sobre a utilização maciça desta modalidade assistencial?

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www.aptelemedicina.com

A resposta é não. Nos últimos 10 anos fomos assistindo a avanços, enquanto foram também aparecendo novos projetos, alguns que foram ficando pelo caminho. No entanto, restam alguns que se mantêm com uma enorme utilidade para o SNS. Também nestes últimos 10 anos se perdeu muito tempo com promessas e esperanças que não se concretizaram. Gastou-se dinheiro, tempo e algum descrédito para quem tem, como nós, a defesa de um plano nacional que seria benéfico para todos. Nos tempos que correm esse plano está a fazer muita falta. Dá a ideia que se "lutou" mais pela empresa fornecedora que pela compatibilização do que já existe a funcionar bem há muito tempo. Claro que assim que aparecer uma ferramenta funcional e pronta a satisfazer o desempenho da telessaúde/telemedicina, podemos e devemos integrá-la no SNS, criando compatibilidades com as que existem e estão a funcionar bem e há muitos anos. A telessaúde / telemedicina não é um fim em si mesmo. É antes do mais um meio, um instrumento essencial que pode contribuir para a aproximação das populações aos cuidados de saúde. Associação Portuguesa de Telemedicina (APT)

Pedro Roldão Membros da direção da A.P.T.

Apesar do início da telemedicina datar de antes de 1995, só em 1999 surgiu o embrião da APT, com o encontro em Coimbra da Invesvita. Muito percurso se foi desbravando até hoje com inúmeros encontros / simpósios, workshops e desempenhos da associação que, aos poucos, foi ganhando crédito, muitas vezes mal compreendida e até desprezada. A APT apareceu há cerca de 14 anos composta por elementos entusiastas, praticantes, investigadores, engenheiros, profissionais da saúde. Vieram preencher o vazio de uma instituição que era independente e autónoma e inspirada no exemplo de êxito conseguido pela telemedicina na região centro, através do Serviço de Cardiologia Pediátrica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. A par deste percurso da APT foram aparecendo muitos que começaram a recolher experiências e trabalhos que algumas "formiguinhas" iam construindo e que em conjunto ajudaram a quem nos governa a criar disciplina, regras e leis que facilitassem esta ferramenta da saúde que é a telemedicina. A telessaúde / telemedicina está viva e este é o momento ideal para a consolidarmos no sistema de saúde português.


Saúde e Bem-Estar

VÍDEO-CONSULTAS,

A REVOLUÇÃO QUE VEIO PARA FICAR www.cadin.net

Pedro Caldeira da Silva Pedopsiquiatra e Diretor Clínico

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ma das consequências da pandemia (e não necessariamente apenas negativa) foi a de nos forçar a adaptar à nova realidade de confinamento e de distanciamento físico. Um detalhe importante é que o distanciamento é físico, mas, graças às redes sociais, não podemos dizer, em rigor, que há um distanciamento social. A possibilidade de contacto mediado pela tecnologia é imensa. Para a grande maioria dos profissionais de intervenções na área da saúde mental e desenvolvimento, uma consulta implica uma marcação, uma visita e um contacto presencial face a face. Foi assim que fomos treinados. Mas há já bastante tempo que as intervenções em psicologia com jovens e adultos, por exemplo, têm ocupado outros espaços e tirado vantagem das tecnologias de comunicação existentes. Do mesmo modo, a telemedicina, como consultoria para esclarecimento diagnóstico ou, por exemplo, apoio a procedimentos cirúrgicos é, também, uma realidade estabelecida. Hoje, já é possível encontrar estudos e meta-análises que mostram a eficácia deste tipo de abordagem terapêutica à distância. Os estudos demonstram que muitas intervenções, seja utilizando meios vídeo, seja utilizando texto, ou plataformas multimodais têm uma eficácia comparável e, por vezes, superior, quando comparadas com intervenções mais tradicionais. Acresce que, do ponto de vista do paciente, este contacto mediado pode, até, ser facilitador quer do contacto, quer do processo terapêutico. Pessoas com quadros de depressão ou ansiedade grave, que se sentirão mais seguras no ambiente da sua casa, pessoas com perturbação do espetro do autismo, verbais e de bom nível de funcionamento, para quem o

contacto social mais próximo aumenta a sua dificuldade em comunicar de forma tranquila, podem ser disso exemplo. No CADin, em que não havia prática deste tipo de intervenção organizamos um serviço de vídeo-consulta para podermos continuar a dar resposta a situações de acompanhamentos que já tínhamos iniciado. E cujo âmbito iremos alargar. Dizem os que têm experiência mais tradicional que nada substitui uma primeira avaliação presencial, que permite recolher informação por observação para a qual estamos treinados e, portanto, mais fiável e fidedigna. Haverá também situações em que a consulta à distância seja desaconselhada, imprudente ou, mesmo, contraproducente. Por exemplo as situações de algumas consultas médicas em que o exame físico é essencial, ou as intervenções em que a interação entre terapeuta e crianças pequenas requer o contacto físico, o movimento ou a regulação fina das interações, com grande dificuldade poderão encontrar substituição na consulta à distância. Mas muito provavelmente, mesmo em muitas dessas situações, iremos encontrar modalidades substitutas de abordagem. Esta revolução, até aqui razoavelmente silenciosa, veio estabelecer mudanças que irão perdurar. Os futuros profissionais certamente que irão receber formação nas escolas sobre intervenções à distância, como parte obrigatória dos seus currículos. O advento, que se espera muito breve, das redes 5G e da “internet das coisas” virá, então, na altura certa para nos abrir um leque de possibilidades neste campo que ainda não conseguimos avaliar completamente, mas que nos irá permitir continuar cada vez mais igualmente ligados.

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Saúde e Bem-Estar

EM TEMPOS DE ADAPTAÇÃO: Consultas online gratuitas sobre Medicina Estética e Cirurgia Plástica

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evido à situação de surto que estamos a atravessar em Portugal, com um quadro em que muitos hospitais e serviços de saúde procedem a um total esforço conjunto no combate à CoVid19, surgiu a necessidade de criar uma alternativa segura e responsável para quem gostaria de ter uma consulta ou esclarecer eventuais dúvidas sobre medicina estética e cirurgia plástica. Estou disponível para todas as pessoas que necessitem de um aconselhamento médico na área de cirurgia plástica e medicina estética, pelo que as consultas online são gratuitas durante este período e são r e a l i z a d a s e m p l a t a fo r m a s c o m o o WhatsApp ou o Skype, de forma a garantir tanto a minha segurança como a dos meus pacientes. Para o agendamento de uma consulta basta que me contactem via email, site, redes sociais ou através da Up Clinic, para posteriormente determinarmos uma data e hora que seja possível a ambos. Apesar de estarmos em teletrabalho, e até com os filhos em casa, disponho de alguma flexibilidade e acabamos por conseguir alguns minutos para conversar. Estas consultas são direcionadas a pessoas que precisam de indicações sobre quais os melhores tratamentos ou soluções cirúrgicas para o seu caso concreto e esta é uma forma de as poder acompanhar nesta altura. Acima de tudo, são consultas informativas com o intuito de esclarecer questões e saber como se processa o tratamento/cirurgia e quais os cuidados posteriores ao procedimento. Somos todos diferentes e há que adequar o tratamento/cirurgia a cada situação, assim como avaliar o historial clínico e familiar. 18

davidrasteiro.pt info@davidrasteiro.pt Up Clinic: 925 227 377 @drdavidrasteiro @drdavidrasteiro

Julgo que esta situação é mesmo necessária para criar uma facilidade de contacto com os pacientes, sobretudo aqueles que tinham realizado cirurgias antes do período da p an d e m i a . Ha b i t u a l m e n te fa ze m o s consultas pós-operatórias pois é crucial haver um acompanhamento e não podemos deixar de as fazer. Relembro que muitos pacientes estão ainda num processo de recuperação e existem recomendações que procuro dar nestas consultas, agora online. Por exemplo, se um paciente realizou uma abdominoplastia e ainda está a recuperar em casa, deve evitar estar muito tempo seguido sentado ou levantar pesos. Conselhos deste género são essenciais e assim consigo manter o contacto e fazer o seguimento do paciente. Reforço que nas consultas online estou totalmente disponível para responder a questões sobre medicina estética – preenchimentos, t o x i n a botulínica, mesoterapia, entre outros - e c i r u r g i a plástica a alguém que está a pensar fazer uma cirurgia. Caso tenha interesse ou dúvidas s o b r e aumentar o peito, reduzir a gordura abdominal ou, simplesmente,

rejuvenescer o seu rosto e eliminar as olheiras, estas consultas online têm o objetivo de lhe dar a máxima informação possível esclarecendo dúvidas e ainda saber como se procede, qual o impacto de um tratamento ou cirurgia e a sua recuperação.

Dr. David Rasteiro Cirurgião Plástico


Empresas de Valor

“O DESAFIO SERÁ A QUALIDADE DO ABASTECIMENTO ÀS CIDADES”

O grupo SIMAB foi constituído em 1993, tendo como objetivos principais a revitalização, reorganização, modernização, relocalização e gestão dos mercados abastecedores e da logística de distribuição e comércio alimentar. Volvidos 27 anos da sua criação, o administrador, Rui Paulo Figueiredo, vê os mercados abastecedores como muito mais do que apenas um mercado agroalimentar e garante que a estrutura organizacional portuguesa está ao nível do melhor que existe no mundo, no que ao setor diz respeito.

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ui Paulo Figueiredo recebeu a Valor Magazine em plena sede da SIMAB, localizada no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), o que permitiu perceber a dimensão desta plataforma de abastecimento e logística. Após 27 anos da criação do SIMAB, considera que o objetivo principal foi cumprido? O objetivo principal foi cumprido – a criação de uma rede nacional de interesse público de mercados abastecedores

modernos - relocalizando aquilo que eram os antigos mercados dentro da cidade. Atualmente, possuímos mercados abastecedores modernos, apesar de já terem 20 anos, cujas infraestruturas e requisitos de acessibilidade se regem pelos melhores padrões europeus. Aliás, existem estudos europeus que avaliam a evolução deste tipo de plataformas agroalimentares e que divide em quatro fases essa mesma evolução: a primeira fase é a instalação de um novo espaço e o seu crescimento; a segunda fase é aquela em que à volta do mercado se desenvolve um cluster de atividades

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Empresas de Valor

de todo o tipo, sobretudo logística e transportes; a terceira fase – e aquela onde estão, atualmente, os mercados abastecedores nacionais – é o ecossistema próprio do mercado, através dos negócios que se realizam entre empresas, realização de eventos e formações e criação de espaços de inovação e de apoio às start-ups. A quarta fase começa quando é necessário voltar a relocalizar o mercado, pois dado o seu crescimento a sua capacidade esgotou. Como coordenam as diferentes necessidades dos vossos clientes? O setor agroalimentar foi dos poucos que cresceu e se modernizou durante a última crise económica, isto porque é dos setores onde efetivamente existe sempre consumo, seja ele maior ou menor. Por isso, temos nos nossos espaços pequenos agricultores, pequenos e médios grossistas, grandes empresas nacionais e inclusivamente grandes multinacionais. Ao todo, são cerca de 1500 empresas, cujas necessidades são respondidas, desde logo, através da diferente tipologia de espaços de comércio que disponibilizamos, que podem ir de uma “pedra”, uma marcação no chão para pequenos produtores, a pavilhões inteiros, quando necessário, para as empresas nacionais e multinacionais, que exportam, importam, produzem e comercializam. É de salientar que todos os espaços têm as condições logísticas de aprovisionamento e venda. Além disso, beneficiam de muitas sinergias, nomeadamente no que respeita aos negócios que podem ser realizados entre empresas, a existência de outros serviços complementares, como a limpeza interior e exterior e remoção de resíduos sólidos, segurança, manutenção, as formações, o apoio à inovação e desenvolvimento e o facto de existirem, também nestes espaços, serviços de logística e de transporte. É um setor cada vez mais atrativo para a nova geração de empresários? As novas gerações começam agora a assumir as responsabilidades dos negócios da família, na sua maioria, e têm a ambição de crescer e de se internacionalizar, com foco na inovação do seu produto e na modernização dos seus espaços. O setor, em si mesmo, fez esse mesmo caminho e modernizou-se, tornou-se resiliente e recebeu inclusivamente pessoas de fora do setor, que viram na agricultura uma solução profissional. Isso provocou um aumento da produção, mas também da qualidade dos produtos, o que levou à procura de novos mercados e à consequente exportação, nomeadamente no que respeita ao vinho, ao azeite e mesmo a produtos hortofrutícolas. Atualmente, assistimos a cada vez mais contratações de pessoas qualificadas e a um aumento significativo

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Rui Paulo Figueiredo Administrador

Solidez financeira O SIMAB cresceu, nos últimos quatro anos, em todas as vertentes. O grupo aumentou os rendimentos operacionais e os indicadores financeiros – EBITDA e EBIT – e conseguiu diminuir a dívida financeira líquida em 41%, enquanto o resultado líquido de 2019 foi de mais de cinco milhões de euros. Tal foi possível devido ao investimento nas infraestruturas, na reposição da capacidade produtiva, na qualidade e capacidade do serviço que é prestado aos clientes e nas condições oferecidas às empresas para fomentar o investimento privado nos espaços do SIMAB.


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as parcerias entre o setor agrícola, as universidades e as entidades bancárias, o que nos leva a afirmar que o setor agroalimentar está em franco crescimento e nós estamos na linha da frente daquilo que existe de melhor no mundo em termos de mercados e plataformas logísticas. Neste momento, Portugal enfrenta uma pandemia e a saúde pública está em causa. Que cuidados estão a ser tidos nos mercados abastecedores do Grupo Simab? O Grupo SIMAB, enquanto entidade gestora dos Mercados Abastecedores da rede nacional de interesse público, tem, naturalmente, como todas as instituições da República, acompanhado com atenção a evolução do surto mundial do novo coronavírus e da doença CoVid-19, a existência dos diagnósticos positivos em Portugal e as recomendações da Direção-Geral de Saúde e do Governo. Similarmente, tem estado em contacto com as diferentes autoridades locais de saúde dos concelhos onde temos presença. Os Mercados Abastecedores do Grupo SIMAB seguem as recomendações da Direção-Geral de Saúde, que recomenda práticas de prevenção de infeções: medidas de higiene e comportamento do foro respiratório. A par dessas medidas o Grupo SIMAB desenvolveu um Plano de Contingência, que se consubstancia em várias fases, consoante a evolução da situação, que integra medidas preventivas e de monitorização, de contenção e contenção alargada e de mobilização da resposta bem como procedimentos destinados aos nossos trabalhadores, aos nossos clientes e aos clientes dos nossos clientes, bem como ações de comunicação destinadas a todos esses públicos-alvo. Cada empresa do Mercado, independentemente da sua dimensão, do volume de negócio ou do número de funcionários, e seguindo as orientações/recomendações da DGS, deve ter o seu plano de contingência e ser responsável pelo fornecimento do material de proteção que entenda por apropriado para os seus funcionários. Mais se informa que foram tomadas medidas especificas tais como, reforço da desinfeção dos espaços comuns exteriores e interiores do Mercado através da utilização de produtos que se encontram de acordo com as recomendações indicadas pela DGS, relativamente, à situação

anormal de pandemia CoVid-19, bem como reforço do piquete de limpeza nas instalações sanitárias. No pavilhão dos produtores, no MARL, colocaram-se dispensadores com desinfetante e, pelas suas características especificas, está a ser praticado o controlo de acessos, por forma a limitar, no período inicial, o aglomerado de pessoas. Relembramos também que durante este período de contingência não existe a obrigatoriedade de a venda se manter durante todo o período estabelecido, podendo cada empresa, dentro da janela horária 15h30 – 23h00 praticar o horário que entender. Contamos com a colaboração de todos os utilizadores do MARL para que sejam levadas a sério e cumpridas todas as recomendações da DGS por forma a conter o contágio por CoVid-19. No que respeita ao futuro, quais são os principais desafios que o SIMAB enfrenta? O grande desafio do futuro passa essencialmente pela logística e a sua reorganização. Os mercados abastecedores cada vez mais vão funcionar como hubs logísticos de primeiro nível, mas depois, no que respeita ao nível do abastecimento da cidade, existirão hubs de abastecimento secundários, nomeadamente os mercados municipais, que são equiparados a pick-up points ou pequenos supermercados. Aquando dessa distribuição para os mercados secundários, as horas de cargas e descargas terão de mudar, os veículos de distribuição também serão diferentes e a interconectividade entre mercados municipais e abastecedores terá de ser sujeita a debate. Por outro lado, temos de continuar a modernizar os nossos espaços, de forma a continuarmos a criar valor, em conjunto com os acionistas e os nossos clientes, para os servirmos melhor. Além disso, precisamos de aprofundar oportunidades de negócio e diversificar os serviços, nomeadamente no que respeita ao comércio internacional e eletrónico, aos serviços complementares e aos espaços de inovação. O grande debate futuro será a articulação entre os hubs de primeiro nível e os de nível seguinte e, posteriormente, com os clientes e o consumidor final. Estará em causa a qualidade e a segurança do abastecimento agroalimentar às cidades.

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Lino Ferreira Diretor

EMPRESAS DE MOLDES COM CONCEITO 360º

Com mais de 30 anos de experiência na área dos moldes, Lino Ferreira criou a Pearlmaster. Sediada em Leiria há 12 anos, trabalha na procura das melhores soluções para moldes em vários setores. Depois de ser reconhecida como PME Líder e Excelência, viu o negócio expandir e até abriu uma empresa para complementar o seu trabalho, a Pearlizplas. O CEO das empresas falou-nos sobre o seu progresso e quais os setores que mais procuram os seus serviços.

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ocalizada num importante polo da indústria dos moldes – Leiria e Marinha Grande – encontramos a Pearlmaster. Depois de décadas de experiência, em 2008, Lino Ferreira decidiu abrir esta empresa que se dedica à produção de moldes de injeção em plástico e outras soluções para a indústria do plástico, idealizando-os em projetos com o objetivo de realizar o melhor serviço para os seus clientes. A empresa foi crescendo e, em 10 anos, atualizou-se para o seu terceiro espaço.

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Pelo caminho o sucesso foi inevitável e a empresa alcançou o título de PME Líder, em 2015 e, no ano seguinte, PME Excelência. No entanto, a necessidade de um negócio que proporcionasse o máximo conforto e confiança aos clientes e lhes pudesse garantir um serviço completo, com direito a ensaios e produções em massa dos seus moldes, era grande. Foi com esse objetivo, o de complementar o que já se fazia na Pearlmaster, que nasceu, há três anos, a Pearlizplas.


Empresas de Valor Num edifício paralelo à Pearlmaster, a Pearlizplas é uma empresa que permite fazer os ensaios dos moldes dos seus clientes, após os moldes produzidos, bem como produções em grandes quantidades. Assim, o diretor-geral vê na junção das duas empresas a possibilidade de funcionar num conceito 360 para os seus clientes, que podem deixar todo o projeto nas mãos destas empresas e obter o produto final, pronto a vender: “A Pearlmaster consegue ter uma melhor oferta, ser mais completa, com a Pearlizplas”, confessou Lino Ferreira. A par de uma relação sólida com os clientes, através de um acompanhamento contínuo, e uma experiência de muitos anos na produção de moldes para as mais variadas indústrias e países, confiança, flexibilidade, procura diária em exceder as expectativas dos seus clientes e parceria com os seus fornecedores são algumas das qualidades que o diretor-geral confessa que a empresa privilegia e que fazem a diferença para que escolham as suas empresas para a produção de moldes e fornecimentos de peças de plástico. Atualmente, a empresa conta com 35 colaboradores e grande parte da produção dedica-se ao setor automóvel (75%), seguido do setor doméstico (20%). Além da aposta no mercado nacional, atuam também além-fronteiras, acabando por ter uma presença global, que teve Inglaterra como porta de entrada e depois acabou por se alargar também a outros países. Hoje exporta 90% da sua faturação para mais de 10 países. No que ao futuro diz respeito, há dois desafios que Lino Ferreira confessa ter. Por um lado, a Ecologia, pois a questão do plástico está agora a ser mais abordada do que nunca. No entanto, acredita que a qualidade e consequente durabilidade das peças para as quais produz os moldes, não justificam www.adegaborba.pt grande preocupação, pois não produz artigos de desgaste imediato, mas sim que “duram 10 ou 15 anos”. Contudo, e por ser uma preocupação local e global, a “procura de tecnologias de injeção e materiais plásticos mais verdes é um desafio constante das empresas”. Por outro lado, a competitividade de preços, mas acredita que se diferencia pela “qualidade do trabalho” e, por isso, consegue competir com os grandes mercados, como a China, pois dada a “complexidade dos moldes, as empresas têm medo de os mandar fazer a esses países e acabam por encomendá-los em Portugal”.

www.pearlmaster.pt www.pearlizplas.pt

"trabalhamos para exceder as expectativas dos nossos clientes"

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«NESTA INDÚSTRIA

CRIAMOS

A NOSSA MICROECONOMIA»

A Prouvé tem três anos e nasceu na Polónia. Esta marca de produtos independentes, com parceiros espalhados por 31 países, chegou a Portugal há dois anos, pela mão de Nuno Oliveira, com quem a Valor Magazine conversou.

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omo nasceu a Prouvé?

A Prouvé foi criada em Wroclaw, em 2017, por Katarzyna Trawinska, uma empreendedora com cerca de 15 anos de experiência nesta indústria. Depois foi expandindo, sendo que neste momento conta com a presença de parceiros em 31 Países. Em Portugal, a empresa começou a sua forte atividade em maio de 2018, através de mim. Já conhecia a criadora da Prouvé há cerca de 10 anos e sempre confiei muito nela e nas suas capacidades. Que produtos vendem e quais as suas vantagens? Contamos com uma oferta com cerca de 150 pr o d u to s. Ma i s d e 5 0 p e r f um e s c om e q u i va l ê n c i a , f r a g r â n c i a s f r a n c e s a s patenteadas e certificadas. Têm uma grande qualidade, arrisco-me a dizer, das melhores presentes no nosso país, porque são 24

produzidas em Grasse, que é a capital mundial da perfumaria. Depois temos uma gama de higiene pessoal toda ela sem parabenos e também certificada. Uma das nossas gamas de grande oferta é a nossa gama For Home, que conta com mais de 40 produtos certificados pelo Instituto de Higiene Polaco, perfumados e sem químicos. São produtos de alta concentração e biológicos. Estes produtos têm embalagens 100% recicláveis. Para fechar a nossa oferta, temos uma gama minimalista de make up, de origem mineral, vegan e com preços muito atrativos. A vantagem destes produtos é que, além da sua qualidade, marcam pela diferença pelo seu conceito inovador: vegan, biológicos, amigos do ambiente. Outra grande vantagem é a sua relação qualidade / preço.

Como funciona o sistema de revenda? Existem três formas de ganhos para quem se torna parceiro da Prouvé. A primeira grande vantagem é poder adquirir os produtos a preço de parceiro em vez de preço de catálogo, o que já vai refletir uma poupança nos consumos mensais que todos fazemos em nossas casas. A segunda é precisamente com a revenda dos produtos. A Prouvé é a empresa em Portugal de Venda Direta que melhor margem de venda oferece, sendo em média 75%. Por último, existe a criação de equipas, onde existe todo um trabalho de apoio e suporte por parte de cada parceiro aos membros da sua equipa, esta é a forma onde os ganhos são ilimitados. Ganhos ilimitados é algo que parece um pouco "fora da caixa" mas é realmente isto que acontece. Quando aliamos uma vontade a um projeto destes, tudo é possível.


Empresas de Valor

É possível fazer uma carreira na Prouvé? Claro que sim e é essa a missão de qualquer parceiro - ajudar pessoas que queiram ser ajudadas. Nos tempos que correm, mais que nunca, as pessoas procuram ter um plano B nas suas vidas. Esta pandemia veio provar que a economia mundial é muito frágil e nesta indústria temos a hipótese de criar a nossa "microeconomia" - sabendo que estamos sempre dependentes das oscilações de mercado, ainda assim 90% do sucesso nesta indústria depende apenas e somente de cada um dos parceiros. Eu próprio, quando conheci esta indústria, era supervisor numa multinacional de vigilância, e com o tempo fui aprendendo mais sobre a indústria, fui ganhando competências e o negócio foi crescendo. Num certo dia aquele que era o Plano B da minha vida, passou para Plano A. Toda a atividade deste negócio é conciliável com qualquer atividade profissional. Hoje, temos parceiros em Portugal com ganhos bem acima da média, usufruem de viaturas Mercedes pagas pela empresa e do acesso anual à Gala da Empresa, sempre em resorts de luxo. Na minha equipa, já existem centenas de pessoas com tudo isto. Existem histórias incríveis de superação: emigrantes que regressam a Portugal graças aos ganhos que conseguem; parceiros com "filhos especiais" e que conseguem receber mais deste projeto do que de qualquer outra forma; pessoas com dificuldades de comunicação e de relacionamento e que se transformam em líderes exemplares…

Nuno Oliveira Embaixador Prouvé

Como formam os vossos revendedores?

Que análise é possível fazer da presença da Prouvé em Portugal?

A formação na nossa equipa é totalmente gratuita e ocorre online. Temos um vasto programa de formação, com vídeos, áudios e e-books. Além disto, temos também Webinars que ocorrem seis vezes por semana, para que todos consigam assistir nem que seja uma ou duas vezes por semana. Esta formação não é somente de produtos, é também de desenvolvimento pessoal. Eu acredito muito que o facto de conseguir criar em qualquer pessoa uma consciência empresarial, vai funcionar como um motor propulsor para o seu negócio e para a sua vida. Focamo-nos muito em ter uma vasta oferta para que não existam quaisquer barreiras na aprendizagem, sejam elas geográficas ou de tempo, com este nosso sistema quebramo-las todas. A formação não é obrigatória, ainda assim, quem quer ter sucesso é bom que a encare dessa forma. Além disto, temos também diversas reuniões tanto presenciais como online, sendo que nesta fase estamos a dar todo o suporte online.

Tem sido incrível ver esta empresa crescer no mundo e no nosso país. Em janeiro fomos distinguidos pela União de Networkers Portugueses (UNP) como uma das Empresas Revelação de 2019. Fomos a primeira empresa de Venda Direta a entrar diretamente para o Top 10 de empresas deste setor a nível mundial a atuarem no nosso país. Para que tenha uma ideia, inscrevem-se na minha equipa cerca de 120 pessoas todos os dias. A nível de faturação é algo pouco visto no nosso país. Produtos com preços tão acessíveis, de uso diário, e com grande rotatividade geram na minha equipa uma faturação mensal acima de 270 mil euros. Neste momento o nosso foco é somente um, continuar a gerar cada vez mais e melhores condições para todos os parceiros. Na nossa equipa olhamos muito ao lado humano e aqui não existem números, existem pessoas com sonhos para cumprir e nós somos o veículo. www.prouve.pt

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Mulheres de Valor

“AS MULHERES SÃO FOCADAS E CONCILIADORAS”

Rita Lopo Administradora www.nortenhazores.pt

Rita Lopo é administradora da A.M. Holding, uma empresa de cariz familiar com origens no setor dos combustíveis. Detentora da marca “Azoria” e com participações noutras empresas deste setor, como o Grupo Alves Bandeira, a A.M. Holding diferencia-se pela qualidade dos seus quadros e pela sua capacidade de adaptação. Rita Lopo falou com a Valor Magazine sobre a gestão feminina da empresa, as dificuldades encontradas e os desafios que o futuro trará.

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facto de ser mulher dificultou o seu percurso profissional?

Confesso que não tenho bem essa consciência, até porque nunca me preocupei muito com o tema. Sempre fui profundamente igualitária e acho que um homem vale tanto como uma mulher, o que conta é o indivíduo. No entanto, olhando em retrospetiva, tenho de reconhecer que houve momentos em que o facto de ser mulher fez alguma diferença (e ainda faz). Sobretudo em indústrias marcadamente masculinas, como os combustíveis ou a distribuição de pneus, e em áreas como as vendas e outras, chegar a um lugar de liderança tornava-se mais difícil. Cheguei a ter situações caricatas, como uma em que o meu chefe me perguntou se estava a ter algum problema com os meus clientes, pergunta que sei que não fez a nenhum dos meus colegas homens, ou outra em que o meu colega da manutenção da rede de postos de abastecimento me disse que eu olhava para as bombas do posto como para os móveis da minha cozinha....


Mulheres de Valor

A liderança de uma mulher é distinta da de um homem? Sim, bastante. Não quero com isso dizer que é melhor ou pior, mas é diferente. As mulheres são mais focadas (ao contrário do que se possa pensar) e mais conciliadoras. Aliás, no último fórum de gestão a que assisti em Madrid, o foco foi exatamente inteligência emocional e o quanto é importante balancear a liderança das empresas com homens e mulheres. Curiosamente a McKinsey fez um estudo e concluiu que as mulheres pontuam melhor em 12 das 16 competências consideradas fundamentais para a liderança e em duas que sempre foram consideradas como o apanágio da liderança masculina: tomar iniciativa e orientação para resultados. Na minha experiência na área de IT, conclui que quando começamos a ter equipas muito masculinas (há mais programadores homens que mulheres), a performance piorava. Assim como equipas totalmente femininas enfermam de algumas disfunções, concluímos que as equipas mistas se equilibram melhor, ao misturarem características mais relacionadas com o género. Ainda é mais difícil uma mulher impor-se profissionalmente do que um homem? Infelizmente sim. Pelo menos em Portugal. Reconhece nas empresas portuguesas uma maior abertura às posições de liderança feminina? Quero acreditar que sim, mas francamente não consigo dizer. Assumo que haja uma grande diferença entre multinacionais e empresas de grande dimensão, mas a verdade é que, se olharmos para os líderes e cargos de topo das empresas portuguesas, ainda vemos maioritariamente homens. Sentiu alguma vez que tinha de descurar um lado – pessoal ou profissional – em detrimento do outro? Nesse aspeto creio que viver em Portugal é uma sorte. Primeiro porque não há um julgamento social pelo facto de uma mulher querer ter sucesso profissional, ao contrário do que vi acontecer, por exemplo, na Alemanha e outros países. Adicionalmente porque, tendo capacidade económica, ainda se consegue arranjar ajuda que permita equilibrar os papéis pessoal e profissional. No entanto, é profundamente exigente conseguir equilibrar os dois papéis. Há que ter cuidado para não descurar um deles, pois o preço a pagar pode ser elevado. Relativamente à empresa, fale-me um pouco da evolução que esta tem feito e daquilo que a distingue no mercado.

A nossa empresa é uma holding de cariz familiar, que tem vindo sempre a desenvolver negócios em parceria com outras empresas ou empresários individuais. Com um ADN muito marcado na área dos combustíveis, o que nos distingue hoje é a qualidade dos nossos quadros e capacidade de adaptação. Por norma gostamos de investir em empresas ou negócios em que possamos estar envolvidos na gestão e damos muito valor ao desenvolvimento de quadros e à sua formação. Continuamos envolvidos na área dos combustíveis pela participação societária que temos no parque de combustíveis líquidos nos Açores e a propriedade de postos de abastecimento da marca “azoria”, mas também pela nossa participação no Grupo Alves Bandeira, através do qual nos envolvemos também noutras áreas de negócios, tal como a da distribuição dos pneus. No entanto temos outros negócios (por exemplo os materiais de construção civil e exploração de inertes através da Nortenhazores), em que a matriz açoriana (berço da empresa) é um valor a ter em conta. E continuamos a fazer experiências noutras áreas e a ajudar as gerações mais novas a criar as suas empresas, o que fizemos ao financiar um projeto na área da restauração da comida saudável com o NOLA Kitchen no Porto e outros projetos que estão em estudo. Uma das características distintivas da empresa é que, curiosamente, tem duas leaders femininas e não faz distinção de género. Adicionalmente é a capacidade de adaptação. Como diz o Tom Peters: quem experimenta mais coisas e faz mais faz asneiras mais depressa, ganha. Quais os desafios que esperam a empresa na próxima década? Neste momento e no meio de uma crise mundial que não fazíamos ideia que iríamos ter há um mês, é mesmo muito difícil pensar na próxima década. No entanto, do ponto da empresa os maiores desafios são fazer uma transição de liderança correta e bem-sucedida e não perder a Visão que motive os acionistas e os seus quadros a trabalhar nela com paixão.

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Joana Nunes Eva Garcia Sócia e Administradora Sócia e Administradora

«PORTUGAL AINDA TEM POUCAS MULHERESA LIDERAR Eva Garcia e Joana Nunes são sócias e administradoras no escritório de advogados Garcia, Silva, Nunes e Associados. Mulheres, líderes e advogadas, Eva Garcia e Joana Nunes contaram à Valor Magazine quais as dificuldades inerentes aos seus diferentes papéis, que assumem orgulhosamente. Sempre quiseram dedicar-se à advocacia?

assustadora e difícil e não devia ser assim.

EG.: - Desde que me lembro. Reza a história que era muito “refilona” e a minha frase de eleição era “não é justo”.

A liderança de uma mulher é distinta da de um homem?

JN.: - Sim, a decisão de me licenciar em Direito veio muito cedo na minha vida. Com a prática, veio o fascínio pela advocacia na vertente de trabalhar para as pessoas, com as pessoas – daí a dedicação às áreas da imigração e nacionalidade. O facto de serem mulheres dificultou as vossas carreiras? E.G.: Na verdade, não, mas creio que assim foi porque trabalhei em escritórios de pequena e média dimensão, onde é mais fácil mostrar o valor do nosso trabalho a quem tem o poder de decisão na organização interna. J.N.: Não acho que tenha dificultado. Sempre tentei rodear-me de pessoas que tivessem uma visão muito clara da paridade de género, sei que tomei decisões profissionais de forma a não compactuar com nenhum tipo de discriminação. Penso que a questão da maternidade é um grande foco de desigualdade, especialmente na advocacia - não temos licença de parentalidade. Ser mãe e advogada é uma decisão 28

E.G: Claro. Tendencialmente as mulheres são mais empáticas, metódicas e organizadas. Mas em simultâneo é preciso ser também combativo, assertivo e firme. Todos temos tudo isto em nós. Um bom líder reúne características de ambos. J.N.: Ser mulher é diferente de ser homem. Nunca me ouvirão dizer que somos todos iguais, porque não somos. Acredito que a liderança de uma mulher é, na grande maioria dos casos, dotada de uma maior organização e sensibilidade. Ainda é mais difícil uma mulher impor-se profissionalmente? E.G.: Sim, ainda é. Dificuldades criadas não só pela condescendência masculina, mas também por mulheres em posições de chefia, que tendo tido de batalhar pela sua posição, reprimem o seu lado mais feminino. Ainda está muito patente a ideia de que as mulheres são “demasiado” emotivas e, logo, frágeis, conotando estas características negativamente sem se perceber que elas são uma mais-valia.


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AS EMPRESAS» J.N.: O percurso das mulheres é, na grande maioria dos casos, mais difícil e menos facilitado. Tem existido uma enorme evolução no caminho da paridade de género, enquanto h o uve r q u e m s e s i n t a l eg i t i m a d o p ara perguntar, numa entrevista de trabalho se a candidata pretende ser mãe ou se está disponível para deslocações ao estrangeiro por ter filhos, ainda há um longo caminho a percorrer. Reconhece nas empresas portuguesas uma maior abertura à liderança feminina? E.G.: Nas micro, pequenas e médias empresas. Mas porque muitas são criadas e geridas por mulheres. J.N.: Reconheço. Mas pensemos: são cada vez mais as mulheres a licenciar-se. Como é que ainda assim Portugal apresenta números tão residuais de mulheres em cargos de liderança? Mesmo com o regime da representação equilibrada? Já sentiu que tinha de descurar um lado – pessoal ou profissional – em detrimento do outro? E.G.: Caí inicialmente no erro de trabalhar mais horas do que o dia permitia, e descurei de mim

gsnadvogados company/gsnadvogados

própria. Parei e analisei o que não queria ser e trabalho diariamente para o que quero ser. Hoje sou mais produtiva nas horas que trabalho, e não descuro de fazer as coisas que gosto. Gosto muito do que faço, mas não sou exclusivamente o que faço. J.N.: Não posso dizer que alguma vez tenha sentido pressão para corresponder a uma determinada expectativa, mas sei que tive a sorte de me rodear de pessoas que, a todos os níveis, respeitam que existam dois lados em mim que têm de ter equilíbrio. Acredito que não é fácil, mas é possível conciliar todas as versões, papéis e ambições que uma mulher carrega dentro de si. Considera que a advocacia é uma área em constante adaptação?

empresas, a nossa adaptação é tanto maior e mais rápida quanto a evolução dos problemas da sociedade. Como está o vosso escritório a preparar-se para as "novas áreas" do Direito, como o Direito cibernético e a digitalização de dados? E.G.: Estudo, estudo e mais estudo. Felizmente temos na equipa quem adore dedicar-se a estas matérias. J.N.: Acredito que o desafio maior será antecipar problemas relacionados com os efeitos perversos que a utilização da robótica, da inteligência artificial provocarão no emprego e como a sociedade de hoje conviverá com essa nova realidade.

E.G.: A lei é uma forma primordial de mudar comportamentos e conformar a sociedade às posições políticas e legislativas. Por isso o voto é tão importante. Temos de estar em constante aprendizagem. A especialização torna-se cada vez mais uma necessidade por isso mesmo. J.N.: Na medida em que a nossa profissão passa por ajudar a resolver problemas, de pessoas, de 29


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FAZER A DIFERENÇA NO MARKETING www.smartkiss.net

Adriana Carneiro CEO

“Manter as coisas simples, mas não básicas” é um dos conceitos-chave da SmartKISS, uma agência de comunicação e marketing sob a direção de Adriana Carneiro. Assumindo que na sua agência todos gostam de trabalhar fora da sua zona de conforto, testando ideias “fora da caixa”, a CEO da SmartKISS, em entrevista à Valor Magazine, revelou a filosofia da empresa, que assenta muito nas pessoas.

C

omo se distingue o “simples” do “básico”?

O Marketing tem que ser “Keep it Simple”, intuitivo, apelativo em comunicação e design, dinâmico mas simples, pois os utilizadores têm de se identificar com a marca e fazê-la parte da suas vidas. Simples mas inovador, não básico. A grande diferença da SmartKISS é o contacto direto e próximo com o cliente. Criamos um contacto Whatsapp para cada cliente e estamos sempre ligados, mesmo em deslocações para gravações ou sessões de fotos. Aqui, preocupamo-nos com o cliente e com a sua marca como se este fosse único. Vender é servir, pelo que o cliente na SmartKISS nunca será um número. 30


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Como é possível estar constantemente na vanguarda da novidade? Acompanhamos a evolução em constantes pesquisas e formações dadas aos colaboradores, para estarmos sempre um passo à frente e dar mais e melhor aos nossos clientes. Tenho uma equipa que tem “fome de conhecimento”, empenhada nestes princípios, profissionalizada e que acompanha a inovação do mercado dia-a-dia, motivada e em sintonia no que respeita ao projeto SmartKISS e tenho muito orgulho nela. Como se conjuga inovação com simplicidade? Com muita criatividade, um bom conhecimento do objeto negocial do cliente, do próprio cliente, com conhecimento dos seus objetivos e capacidade de adaptar aquilo que o cliente espera às plataformas ao nosso dispor, que são muitas. Como dizia o fundador da SmartKISS, Guilherme Almeida, no Marketing temos de inovar com arte, vendendo mas captando o simples, o que enche o coração quando se lê e quando se olha. Ainda é possível ser-se “único” no mundo digital? Da mesma forma que cada um de nós é único, o nosso cliente tem de ser único, podem existir muitos negócios iguais ao seu no mercado, mas na forma como se comunica tem de ser diferenciado, de forma a que o utilizador saiba que esta marca faz sentido e poderá ser-lhe útil. Por isso, cada objeto negocial tem de ser pensado e trabalhado de forma diferenciada e diversificada. Num momento em que todo o trabalho é feito digitalmente, que desafios isso traz para a SmartKiss? Está a ser um enorme desafio, como para todos os empresários do mercado, acredito, mas temos a grande vantagem de conseguir continuar a alavancar a marca e projetos a partir de casa, bem como apoiar o cliente. O importante nesta fase, é que as empresas entendam que o Marketing não pode parar nem o mercado, senão os efeitos ainda serão mais penalizadores. O Marketing é cadência e regularidade, é manter a marca, continuar a receber contactos para formalizar vendas após esta fase, para não cair no esquecimento. Para isso, as marcas têm de se manter unidas na sua parceria, mesmo que exista reajuste de valores. Acredito também, que este será um momento para analisar

quem é que de facto está connosco, aqueles clientes que confiam no nosso trabalho, que sabem da importância do Marketing e que sabem que a SmartKISS merece estar a seu lado, até porque os nossos preços são muito competitivos. Temos que ser indústrias resilientes, criativas, mas também eminentemente humanas e só trabalhando juntos podemos planear com sucesso a recuperação. O mundo digital é, de facto, inesgotável? Sem dúvida, do mais fantástico e aliciante que existe. Sou licenciada em Direito, trabalhei numa entidade bancária mais de 22 anos, maioritariamente na área comercial, com acompanhamento de empresas e particulares e como responsável de várias sucursais. Estou no mundo do Marketing há quatro anos e tem sido uma experiência muito difícil, mas gratificante. Associar o Marketing à minha formação de pessoas, gestão de equipas, projetos, estratégias, planear grelhas, adwords, SEO, tem sido um verdadeiro desafio mas mostra-me que as ideias não se esgotam, podemos e temos o dever de dar mais e melhor sempre, pois a criatividade é inesgotável. Alguma vez sentiu mais dificuldades no seu percurso profissional que se devessem ao facto de ser mulher? Infelizmente, ainda continua a ser muito duro ser mulher num mercado essencialmente de homens e senti isso ao longo do meu percurso. Ser uma mulher forte, ter ideias, ser empreendedora, interventiva, não parar de querer fazer mais fazia com que existisse sempre uma tentativa de me parar. Com a maturidade, aprendemos a gerir, a ser filtros e não esponjas, e a continuar a lutar com o nosso foco bem definido. Porém, acredito que, um dia, nós seremos reconhecidas em salários, estatutos e postos de trabalho como efetivamente merecemos. O que aconselha a mulheres que queiram também elas assumir o seu próprio negócio? Ter um plano A, B e C, pois existirão muitas dificuldades, algumas imprevistas, mas nunca desistir. Fazer um business plan, rodear-se das pessoas certas e colocá-lo em prática, analisando se de facto o mesma faz sentido a curto, médio e longo prazo. Aconselho a amarem aquilo que fazem, pois esse será sempre o primeiro passo para alcançar o sucesso.“O verdadeiro guerreiro não é o que vence pela força, mas sim o que vence pela resistência, resiliência e persistência”.

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REVOLUÇÃO DIGITAL CHEGOU ÀS PALETES Q

uais serão pontos principais desta “revolução digital”?

A LPR, a primeira empresa de pooling de paletes destinadas ao setor de grande consumo a receber a certificação PEFC, que atesta que a madeira utilizada no fabrico das paletes provém de florestas sustentáveis, vai operar uma “revolução digital”, nas palavras de Flávio Guerreiro, country manager da LPR para Portugal, e este será um plano a três anos. A Valor Magazine foi perceber em que consiste este plano.

Flávio Guerreiro Country Manager Portugal

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Os clientes dispõem cada vez de menos tempo, pelo que não se podem dar ao luxo de o despender em processos não core ao seu negócio. Assim, a “revolução digital” em curso assenta em três pilares fundamentais: a simplificação e agilização de processos; o aumento dos níveis de eficiência e a proximidade com o cliente. Tornar todos os processos internos mais simples, rápidos e flexíveis são fatores críticos nos dias que correm e, quando devidamente otimizados, levam ao aumento do nível de eficiência, sobretudo nas atividades logísticas e de distribuição, através da implementação de um TSM (Transport System Management) e sistemas de rastreabilidade físicos e online. Por outro lado, permitir aos clientes e restantes parceiros, através do nosso portal MyLPR, um acesso continuo (24hX365 dias) às suas atividades e operações, com a disponibilização de toda a informação e indicadores é um aspeto mandatório para um nível de serviço de excelência, permitindo - entre outros – que os nossos parceiros despendam menos tempo e recursos em atividades não core, assim como ter acesso a ferramentas de gestão que lhes permitam ganhos de eficiência operacional e financeira.

Que mais-valia traz o pooling às empresas vossas clientes? A LPR oferece uma solução de caráter totalmente externo, que assegura que os clientes recebem sempre paletes em ótimas condições de cada um dos 125 armazéns na Europa. A LPR trabalha com os principais agentes do setor dos produtos de grande consumo e gere 28 mil pontos de recolha, em 15 países da Europa Central e Ocidental. Assim que recebe uma encomenda, a LPR organiza a entrega de paletes ao cliente. Uma vez que as paletes são previamente inspecionadas nos armazéns da LPR, estas podem ser imediatamente utilizadas em todos os sistemas automatizados de produção e recolha. Após a recolha, as paletes são levadas para os armazéns da LPR para seleção e, se necessário, são


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reparadas de acordo com rígidos critérios de qualidade. Depois, as paletes são novamente injetadas no circuito para uma nova rotação. Os serviços da LPR são executados com base no «preço por movimento», o que significa que é cobrado um valor único para cada palete entregue. O preço cobre todos os serviços, incluindo a entrega nas instalações do cliente e a recolha no destino final, bem como a seleção, reparação e reacondicionamento das paletes nos centros logísticos da LPR, custos de locação para a totalidade do ciclo logístico, custos de gestão geral ecustos administrativos.

lojas de pequena dimensão e de proximidade, a euro palete (800X1200) representa ainda cerca de 80% do volume total de paletes transacionadas no mercado nacional.

A proximidade com os clientes é fundamental? Promovemos um contacto continuo e próximo com todos os nossos parceiros, sobretudo no terreno, pois acreditamos que é no palco das operações que conseguimos compreender melhor quais as necessidades e expetativas dos clientes. Cada um dos nossos clientes possuí um gestor comercial e administrativo dedicado, assegurando desta forma não só uma personalização Como garantem a qualidade das paletes? Internamente costumamos dizer que as paletes LPR são os nossos Ferraris, do serviço, como também um melhor conhecimento do cliente, alavancando quer devido à sua cor, quer pela sua performance/qualidade. Este sempre foi o os níveis de comunicação e resposta. nosso posicionamento no mercado, o qual ao longo dos anos tem vindo a reconhecer essa mais-valia. A aposta na qualidade surgiu como uma No que respeita à sustentabilidade, como está a LPR a lidar com este necessidade, pois ao termos como principais clientes empresas da área pressuposto? alimentar, foi para nós claro que devíamos seguir o caminho da qualidade, Algumas medidas passam pela redução do número de quilómetros efetuados, reforçado pelo nível de serviço. A qualidade é assegurada não só pela utilização assim como a maximização da capacidade de carga. Neste aspeto, a questão das melhores matérias-primas (madeira), como por processos de classificação das TI é fundamental, assim como as operações In House estabelecidas com alguns dos nossos clientes e retalhistas, que assumem um papel crucial, e reparação automáticos. permitindo que os clientes, após entregar os seus produtos, possam nesse mesmo local recolher as paletes LPR. A partilha de transportes é outro dos De quantos tipos de paletes dispõem? A LPR possuí vários formatos de paletes, quer em madeira quer em plástico, pontos fundamentes de melhoria. que vão desde a Euro palete (800X1200) que é o formato largamente mais utilizado em Portugal; palete Inglesa (1.000X1.200) sobretudo utilizada a nível Quais são os principais desafios dos próximos anos? industrial e exportação para o Reino Unido; meia palete (600X800) com forte Acredito que os principais desafios estarão relacionados com a necessidade de penetração na Distribuição Moderna, sobretudo ao nível dos hard-discounts e uma maior eficiência de toda a Supply Chain, não só do ponto de vista lojas de proximidade, devido à sua dimensão e por fim o quarto de palete de operacional como também ecológico, onde os SI terão um papel crucial. Um plástico (600X400) especialmente indicada para exposição em loja. Apesar do aspeto a ter em conta será o crescimento do comércio online e os respetivos crescimento nos últimos anos dos pequenos formatos (800X600) e (400X600) fluxos logísticos, nomeadamente no que concerne à logística inversa. especialmente vocacionados para produtos promocionais/campanhas e/ou www.lpr.eu/pt

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"O E-LEARNING É UM DOS REFLEXOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL" Carlos Costa é um dos sócios-fundadores da B-Training Consulting, uma empresa que procura ajudar a desenvolver profissionalmente pessoas e empresas. O elearning é uma das especialidades disponíveis, no que respeita à formação, mas a consultoria e a conceção de plataformas de e-learning são outros dos serviços prestados pela B-Training Consulting.

b-training.pt youtube.com/watch?v=YOY_IW6I3fU&t=31s 34

Carlos Costa Sócio-fundador

F

ale-me um pouco de como começou a B-Training Consulting?

A B-Training Consulting é um projeto que começou no início de 2008. Fruto de uma forte experiência por parte dos seus fundadores, nas áreas da formação de adultos e gestão estratégica, foi possível desenvolver a empresa num contexto económico adverso, através da prestação de serviços de elevada qualidade que têm visado essencialmente o desenvolvimento das pessoas e das empresas, melhorando a imagem da formação profissional em Portugal. Como conseguem acompanhar a necessidade de atualização constante de competências? A B-Training Consulting tem na sua génese a inovação e a investigação e desenvolvimento. Estamos sempre atentos às necessidades e à evolução do mercado e procuramos ajustar os nossos serviços de forma pró-ativa às necessidades presentes e futuras das empresas e dos seus colaboradores. Somos inequivocamente defensores do pensamento de Peter Drucker quando referiu que "a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo".


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A B-TRAINING CONSULTING TEM ATUALMENTE TRÊS GRANDES ÁREAS DE NEGÓCIO: A Consultoria de E-Learning – Instalação, customização e parametrização de plataformas – Conceção de cursos à medida dos clientes – Conceção de cursos para venda no mercado A Consultoria ao nível dos processos de Certificação DGERT – Ajudar a manter um sistema de gestão da qualidade, associado à Certificação pela DGERT, garantindo a Certificação Inicial dos mesmos ou o seu acompanhamento continuado. – Auditorias ao sistema de formação das empresas, ao nível de formação presencial como em formação à distância.

Quais as diferenças entre lecionar um curso presencial e em versão e-learning? Entendemos que a formação presencial e e-learning são duas formas diferentes de se adquirir conhecimento, com métodos próprios e que, sendo diferentes, podem inclusivamente complementar-se. Na formação presencial a componente humana e sensorial da relação pedagógica ganha destaque, sendo que o formador orienta e "lidera" o processo de aprendizagem, mesmo quando atribui um papel ativo ao formando nesse mesmo processo. A formação em e-learning é suportada por um sistema de gestão da aprendizagem, o qual articula um conjunto de recursos tecnológicos que permitem tanto uma comunicação síncrona (simultânea) ou assíncrona (diferida). No seu todo, estes mecanismos permitem que os formandos desenvolvam a sua aprendizagem ao seu ritmo, a partir de qualquer lugar e de forma autónoma, exigindo-lhes que sejam igualmente "líderes" e responsáveis pelo seu próprio processo de aprendizagem. A este nível, a formação e-learning exige uma mudança de paradigma do que é ser formando. Quais as vantagens de um curso realizado em elearning? Um curso realizado em e-learning tem inúmeras vantagens. Em termos empresariais podemos destacar a agilização e disponibilidade de conteúdos a todos os colaboradores, ultrapassando algumas barreiras como o espaço físico e os custos com deslocações, assim como potenciar uma entrega de conhecimento mais acelerada. Outra das grandes mais valias da formação em e-learning

e n i l on

A Formação – Especialistas na Formação Pedagógica tais como o curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores, o curso de E-Tutor: Especialização Pedagógica, os cursos Master e Especialização em Gestão da Formação, entre outros. – Dinamização de outros cursos em e-learning, desenvolvidos na área comportamental e na área de especialização do próprio E-Learning. Nesta fase, que estamos a atravessar, todos os nossos serviços e cursos são prestados 100% on-line.

passa pela maximização da retenção do conhecimento, uma vez que os conteúdos ficam disponíveis em plataforma (quando a plataforma é própria) permitindo a criação de uma knowledge base acessível a todos os colaboradores em qualquer momento e em qualquer lugar. Ao nível individual, os cursos em e-learning proporcionam o acesso a uma oferta formativa mais variada que permite, segundo o seu próprio ritmo e disponibilidade, o potenciar do leque individual de competências, contribuindo deste modo para o aumento da sua empregabilidade. C o l o c ar a te c n o l o g i a , n om e a d am e n te plataformas de e-learning, ao serviço da aprendizagem é a vossa marca diferenciadora? Acreditamos que a prestação de serviços de qualidade superior e de forma inovadora é a nossa grande marca diferenciadora no mercado. A instalação de plataformas de e-learning surge na sequência do processo de transformação digital em curso, sendo o e-learning um dos reflexos dessa transformação digital na área da formação. O grande fator de diferenciação da B-Training Consulting na área da instalação de plataformas de e-learning é o serviço de consultoria técnicopedagógica que prestamos ao nível da parametrização das plataformas que é fundamental para o sucesso da utilização futura das mesmas por parte dos nossos clientes. Em que pode o e-learning enriquecer um currículo de aprendizagem presencial? Quando conjugadas, a formação presencial e em elearning, dão origem a uma outra forma de

organizar a formação: a formação blended-learning, mais conhecida como b-learning. Esta conjugação permite-nos trabalhar os conteúdos em função da sua natureza teórica e prática. Os conteúdos que sejam de natureza mais concetual e teórica podem ser trabalhados em e-learning. Por sua vez, os conteúdos de natureza prática devem ser trabalhados e desenvolvidos com o suporte da formação presencial. Que desafios antecipa para o futuro, sobretudo pós-CoVid-19? Vivemos tempos muito desafiantes para as empresas e para todos nós enquanto indivíduos. O modelo do teletrabalho imposto às empresas está a mostrar-nos que, se as equipas estiverem unidas e focadas, é uma alternativa ao modelo presencial no escritório. Acreditamos que, no pósCoVid-19 esta alternativa laboral vai manter-se de forma alternada com a presencial. O processo de digitalização da formação e das empresas no geral que se encontrava em curso resultante da revolução 4.0 está a ser agora acelerado e vai ser uma realidade cada vez mais presente no pós-CoVid-19. A crise económico-financeira que se vislumbra vai ser outro grande desafio para todos nós. É nesta fase que o nosso país precisa de empreendedores que consigam criar negócios, criar postos de trabalho e contribuir para uma recuperação mais rápida da economia portuguesa. 35


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Rute Almeida Diretora

"A PANDEMIA

ACELEROU A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL" A Made2Web nasceu em 2007 pela mão de Rute Almeida, e Miguel Vicente, o atual CEO e principal acionista junta-se à empresa em 2019. Pioneira no serviço de Search Engine Optimization (SEO) em Portugal, a empresa lisboeta já havia sido uma das primeiras a especializar-se na construção de websites. Mais tarde, com a especialização em Inbound Marketing e Account Based Marketing, a Made2Web torna-se numa agência de Marketing Digital que contribui para o desenvolvimento e crescimento das empresas no ecossistema digital, alinhando as ações com os diversos objetivos de negócio.

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Miguel Vicente CEO

A

entrevista realizou-se por videoconferência, dado o momento único que o país atravessa, mas tal também serviu para que Miguel Vicente explicasse a importância do mundo digital para a economia – aquela que existe e a que existirá, depois da pandemia: "O processo de transformação digital já estava a acontecer, mas esta pandemia veio exponenciar a transformação e a necessidade do digital. Vai haver muitos novos consumidores online no final da pandemia. A CoVid-19 acelerou assim um comportamento que já estava em marcha". Para o CEO da Made2Web, cada país e cada setor de atividade têm o seu tempo para realizar a transformação digital, mas o coronavírus veio provar a necessidade de uma presença online, para todos: "O mercado português ainda tem de tudo, e é extremado – temos as empresas cujo modelo de negócio é totalmente digital e para quem o processo de estar presente online é absolutamente normal, entendem a importância de um posicionamento de topo bem como de uma boa comunicação e da criação de confiança com o cliente online; temos aquelas cujo website ainda é apenas uma "montra", com pouca utilidade prática para quem o visita, e por fim aquelas que já começam a querer websites que respondem às necessidades dos clientes, muito embora a comunicação entre a área de Marketing e as Vendas ainda não aconteça da melhor forma, o que dificulta o desenvolvimento das suas vendas online".


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Um plano digital que interliga Marketing e Vendas Para Miguel Vicente, estas duas áreas estão cada vez mais intrinsecamente ligadas: "As pessoas já não querem uma venda intrusiva. Aquele exemplo, que já aconteceu a todos, de estarmos numa rede social, aceitarmos um convite de alguém e de imediato recebemos um email a querer vender-nos um produto desajustado das nossas necessidades, é o exemplo do que não se deve fazer. O Inbound Marketing, no qual a Made2Web é especialista, trabalha exatamente o cliente a partir do momento em que este procura um determinado produto ou serviço online, até ao momento que ele já tem em si a predisposição para o adquirir. No Inbound Marketing é o cliente que pesquisa informação e escolhe consultar o website mais relevante para si. Esta escolha é tanto mais facilitada, quanto melhor for o posicionamento do website e quanto melhor este responder às necessidades do cliente.

ASSUNTO QUE DESPERTOU O INTERESSE

CONCRETIZAÇÃO DA COMPRA

PESQUISA ONLINE (Desejo de conhecimento de conteúdo)

DECISÃO MATURIDADE DE COMPRA

WEBSITE DIRECIONA PARA A COMPRA

ENCONTRA A INFORMAÇÃO QUE PROCURA

BOM POSICIONAMENTO DO SITE + CONTEÚDO QUE RESPONDE À NECESSIDADE

NÃO TEM VALOR PARA SI (Fim do processo)

TEM INTERESSE (Aumenta a necessidade de saber)

WEBSITE CONTINUA A RESPONDER À NECESSIDADE Oferece Ebook / outro conteúdo. (Touch Point, Confiança)

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O Inbound Marketing pretende atrair a pessoa que tem interesse num serviço ou produto e ir acompanhando o seu "estado de maturidade", de forma a criar níveis adicionais de confiança, conseguidos através de pontos de contacto digitais – a possibilidade de descarregar um ebook com conteúdo que interessa à pessoa, é um exemplo dessa interação entre cliente e a empresa – até que exista de facto uma predisposição para concretizar uma compra. É nessa fase que entram as Vendas: "No ecossistema digital, o Marketing e as Vendas são áreas que têm de estar interligadas, pois é o Marketing que vai responder às necessidades que a pessoa vai demonstrando e a prepara para a compra. Em seguida, as Vendas devem responder de forma alinhada à expectativa criada". Após esta experiência, estabelece-se uma relação proativa com o potencial cliente, através de automação digital, que o acompanha até à decisão de compra, aumentando a interação deste com o vendedor: "O conteúdo é o que desperta o interesse. A compra só vem depois. A empresa tem de oferecer valor para depois receber valor". Importa realçar que o conteúdo deve estar sempre alinhado com a persona e o estado de maturidade em que se encontra perante o serviço ou produto. Uma agência de Marketing Digital A Made2Web foi evoluindo, desde a sua criação, para se tornar na empresa que é hoje – especialista em Marketing Digital, Inbound M a r ke t i n g , A c c o u n t B a s e d M a r ke t i n g , E- c o m m e r c e e Desenvolvimento Web, capaz de posicionar os websites no topo das pesquisas, tornando-os mais visíveis e, partindo daí, promover o aumento da venda digital, garantindo desta forma uma integração e um alinhamento entre a área de Vendas e o Marketing, para que os seus clientes consigam retirar uma verdadeira rentabilização do seu investimento digital.

made2web.com

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