Jornal valor local edição abril 2018

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2 Sociedade

Valor Local

Abril 2018

Bombeiros de Alcoentre sem poderem utilizar nova viatura de socorro s Bombeiros Voluntários de Alcoentre aguardam ainda o certificado de matrícula da nova ambulância cedida recentemente pelo INEM. A viatura é uma maisvalia para a corporação, mas a burocracia imposta aos soldados da paz que é composta por três entidades diferentes, em ocasiões

O

diferentes, teima em atrasar a entrada em serviço da viatura. De acordo com Eifel Garcia, comandante dos bombeiros de Alcoentre, a viatura ainda não entrou ao serviço “pois ainda é precisa uma série de inspeções” e explica que duas são do Instituto de Mobilidade Terrestre (IMT) e

outra do INEM: “Acho que estamos num país de terceiro mundo, deveríamos facilitar e não complicar, estão a chumbar as ambulâncias por causa da cor”. Eifel Garcia, não esconde por isso o seu desalento com tanta burocracia, no entanto, refere a mais-valia que constitui este veículo para os

A cor vermelha tem gerado controvérsia quanto à sua legalização

bombeiros. Ao Valor Local, o comandante refere que esta viatura “tem algumas características especiais, nomeadamente, tração 4x4 para podermos chegar a locais do concelho mais facilmente”. O operacional destaca que esta viatura que vem ajudar no socorro é muito bem-vinda, já que aponta que na sua área de atuação existem alguns pontos críticos que merecem uma atenção redobrada dos bombeiros de Alcoentre. Para além das imediações da vila de Alcoentre, os voluntários locais prestam ainda socorro em algumas vias mais difíceis, como são os casos do IC2, antiga nacional 1, EN 366 desde a saída da A1 até ao Cercal, a auto-estrada do Norte entre Aveiras de Cima e Carregado, e de Aveiras ao Cartaxo, para além do apoio aos bombeiros de Azambuja e aos concelhos limítrofes. António Loureiro, presidente da associação, destaca entretanto ao Valor Local que a ambulância em causa começou a ser negociada pela anterior direção e que todo o processo correu sem problemas. O INEM transferiu cerca de 50 mil euros para a compra da viatura,

Viatura de desencarceramento dos anos 90 precisa de substituição

mas mesmo essa verba foi insuficiente. Os bombeiros terão ainda de investir algum dinheiro do seu orçamento, até porque segundo o responsável da direção, a viatura ficou mais cara e os bombeiros querem colocar mais algum equipamento. Com esta aquisição, os Bombeiros de Alcoentre ficam bem equipados no que toca ao socorro. Até porque a antiga viatura, reserva do INEM, vai ficar ao serviço da associação através de um protocolo de cedência desta entidade ao corpo de bombeiros. Todavia, a componente do desencarceramento ainda preocupa os bombeiros. A atual viatura conta

com mais de 20 anos de serviço, e já não oferece muitas condições de segurança aos bombeiros. António Loureiro diz que esse é o próximo objetivo e que tem vindo a encetar algumas negociações com diversas entidades para substituir aquela viatura que poderá custar perto de 150 mil euros. O presidente da direção refere, no entanto, que em geral o parque de viaturas está “composto” e que continua a assumir a renovação da frota como um objetivo, ainda assim refere que essa substituição acontecerá aos poucos, já que a associação não o pode fazer de outra forma.


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