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gestão

JOSÉ LUÍS MAGRO

IDEIAS E TÉCNICAS DE GESTÃO

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VALOR ACRESCENTADO // Setembro | Outubro 2010


REENGENHARIA

RISK MANAGEMENT

Michael Hammer é considerado o pai da desta teoria radical. Referiu-se ao tema pela primeira vez em artigo publicado, em Julho de 1990, na Harvard Business Review, mas a consagração só chegaria três anos depois com “Reengineering the Corporation”, escrito em parceria com James Champy. Para os autores, reengenharia significa um redesenho radical dos processos de negócios com o objectivo de obter melhorias drásticas em três áreas: nos custos, nos serviços e no tempo. Os autores acreditam que estamos perante uma segunda revolução industrial, mas as empresas continuam organizadas segundo os princípios da divisão de trabalho e da especialização de tarefas, que data do século anterior. A reengenharia nasceu para quebrar estas velhas regras. Visa criar empresas organizadas por processos (não por funções) e orientadas para o cliente.

Risk management (gestão do risco) significa análise, controlo e seguro ideal dos riscos da empresa. O conceito surgiu nos Estados Unidos e foi importado para a Europa há 20 anos. O objectivo é duplo. Em primeiro lugar, antecipar, analisar, valorizar e minimizar os riscos de funcionamento da empresa. Em segundo lugar, optimizar o rácio qualidade/custo dos diferentes seguros. O método inclui todos os tipos de riscos clássicos (nomeadamente a segurança das pessoas e bens), mas também alguns cujas frequências ou amplitude cresceu nos últimos anos (tais como riscos de cópias, os ligados ao meio ambiente ou as despesas médicas dos empregados).

Apesar da grande popularidade do conceito, os primeiros resultados da sua ampliação não foram brilhantes. A reengenharia foi confundida com conceitos como: a reestruturação, o downsizing, a automação ou até os despedimentos. Michael Hammer mantém o optimismo e escreveu um novo livro “The Reengineering Revolution” para acabar de vez com as dúvidas. James Champy, mais céptico, lançou o livro “Reengineering Management” no qual afirma que a reengenharia deparou com um obstáculo inesperado: a mentalidade dos gestores. Ambos estão de acordo. A reengenharia já entrou na segunda vaga. Na primeira, os gestores aplicaram o conceito para reduzir os custos. Agora, têm como objectivo o crescimento das suas empresas. Num ponto estão novamente e claramente de acordo: a reengenharia é uma revolução que veio para ficar.

Bibliografia: “Best Practices in Reengineering” de David Car e Henry Johansson (McGrawHill, 1996); “The Reengineering Revolution”, de Michael Hammer [Harper Collins, 1995); “Reengineering Management”, de James Champy [Harper Collins, 1995); “The Reengineering Handbook”, de Raymond Manganelli e Mark Klein (Amacom, 1994); “Reengineering the Corporation”, de Hammer e Champy (Harper Collin, 1993); e “Process Inovation”, de Thomas Daverport (Harvard Business School Press, 1993).

A gestão do risco corresponde à preocupação dos líderes em possuir o melhor seguro possível com o mínimo de custos. Mais do que aproveitar a concorrência entre as seguradoras do mercado, as empresas com alguma dimensão deverão fazer uma gestão sistemática dos riscos, confiando essa tarefa a um gestor de riscos. Este deve vigiar em permanência a evolução dos riscos, o montante dos prémios de seguro, o conteúdo dos contratos e a qualidade do serviço das seguradoras em caso de acidente. Neste caso, deverá negociar com a seguradora os reembolsos de forma a: •

Serem os mais vantajosos;

Serem devolvidos atempadamente.

A implementação da gestão de risco pode resumir-se em três etapas-chave. 1. De início, deve-se identificar e avaliar os riscos, por exemplos, listar e valorizar os activos passíveis de perda em caso de sinistro; 2. Em seguida, calcular a cobertura dos seguros (o montante de facto reembolsado), para saber se esse valor é o adequado e se o actual montante de prémio é o ideal; 3. A terceira etapa consiste em desenvolver uma política de prevenção dos riscos. Bibliografia: “The Complete Guide to Business Risk Management”, de Kit Sadgrove (Gower, 1995; “Finantial Inovation an Risk Sharing”, de Franklin Allen e Douglas Gale (Mit Press, 1994); “The New Corporate Finance”, de Donald Chew (MvGraw-Hill, 1993); “Des Primes d’Assurance au Financemwnt des Risques”, Ives Maquet (Bruylant, 1991) e “Risk Management an Insurance” de C. Wlliams e R. Heins (McGraw-Hill, 1985).

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gestão

Filipa Couto Licenciada em Gestão de Empresas Pós-Graduada em Gestão de Centros Urbanos

GLOSSÁRIO BOLSA DE VALORES

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Quantidade Total

Soma de todos os negócios realizados durante o dia na Bolsa de Valores.

Quinta-feira Negra - Black Thursday

Dia 24 de Outubro de 1929, teve início a queda da Bolsa de Valores de Nova York, desencadeando a crise económica da década de 30. Com esta data, foi anunciado a Grande Depressão que se estenderia até meados da década de 30.

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