Curso avaliacao educacional

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Inglaterra, Irlanda e Estados Unidos, conforme ilustram Worthen, Sanders e Fitzpatrick6 (2004). No caso do Brasil, estudos como o de Sousa (1994, apud Freitas, 2007) mostram um crescente interesse no Brasil pelo tema avaliação em larga escala desde os anos 1930. Aliás, a expressão “avaliação educacional”, tal como a conhecemos hoje, surgiu em 1934, usada pela primeira vez por Tyler e aliada às propostas de educação por objetivos (DIAS SOBRINHO, 2002, p.21). E remontam aos anos 1950 as primeiras recomendações de organismos internacionais acerca da pesquisa,avaliação, estatística, informação e planejamento como impulso a políticas de educação. Conforme Freitas (2005a), estas eram anunciadas como “referência e impulso a iniciativas político-administrativas” (p.83). Em 1952, Anísio Teixeira, em seu discurso de posse como Diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), já declarava como compromisso “tentar uma tomada de consciência na marcha da expansão educacional brasileira (...) e experimentar medir a eficiência ou ineficiência de nosso ensino” (ANÍSIO TEIXEIRA, 1952 apud FREITAS, 2005a, p.85, grifos originais). Nesse período, a avaliação da eficácia dos sistemas nacionais de ensino era tida como condição necessária ao planejamento educacional (FREITAS, 2005a, p.83). Acreditava-se que a falta dessas informações era fator impeditivo de planejamento em longo prazo nos países em desenvolvimento. Essa recomendação encontra-se expressa no volume V da obra da UNESCO “L’éducation dans le monde”, publicada entre 1954 e 1959. Nela, a avaliação é concebida como método que recebe especial atenção dos centros nacionais de pesquisa na busca pelo aperfeiçoamento para medir os resultados, tendo início a padronização de testes de conhecimentos, aperfeiçoamento de provas seletivas e de exames de qualificação ocupacional (FREITAS, 2005a, p.84). A avaliação foi também discutida na Primeira Conferência Internacional de Pesquisas Educacionais, realizada em Atlantic City (EUA) em 1956, contando com a subvenção da UNESCO. Nesse evento, primeiro no mundo, de acordo com Freitas (2005a), examinou-se problemas de pesquisa que exigiam cooperação internacional e foram apontados métodos adequados para investigá-los. Sugeriu-se a ampliação e melhoria de comunicações referentes à pesquisa em educação, de tal modo que as 6

Worthen, Sanders e Fitzpatrick (2004) dedicam em sua obra um extenso capítulo que se propõe a apresentar as origens da avaliação de sistemas em diferentes países desde o século XIX.


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