Revista Engenhar Univale

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Crediriodoce


editorial Q

Por Adriana de Oliveira

Leite Coelho

uando o Engenheiro Metalúrgico, brigadeiro George Soares de Morais, idealizou um Instituto de Tecnologia para formação de profissionais das engenharias, há 50 anos, época em que a própria cidade ainda muito jovem se formava, talvez não imaginasse o tamanho de seu feito. Neste tempo, e após milhares de profissionais servindo à população, no Brasil e fora dele com competência técnica, profissional e humana, é que se pode dimensionar a importância desta instituição. Referenciando o que se constituiu até aqui, a Revista Engenhar mostra que nossos cursos estão vivos, fortes, ativos, produtivos e com olhar determinado ao futuro. Há, e isto está muito claro, uma inquietude que faz com que as engenharias da Univale busquem a melhoria constante, com ensino moderno e atualização tecnológica para oferecer o melhor aos alunos. A Revista Engenhar é mais um importante instrumento na difusão das informações sobre os cursos e sobre a própria engenharia. Nesta edição, assuntos relevantes mostram de forma clara o fervilhar das atividades acadêmicas e a integração importantíssima dos cursos do Núcleo de Ciências e Tecnologia. Que a Revista Engenhar se mantenha como as pontes de palito, leves e resistentes; ou ainda como o concreto colorido, resistente, duradouro, firme, sem, no entanto, abrir mão da beleza. Muito bem-vinda nova edição da Revista Engenhar e muito obrigada a todos que mantém viva esta chama. Revista Engenhar

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A empresa SERTA - Serviços e Construções LTDA, atua no mercado desde 1983, especializada no desenvolvimento de projetos de arquitetura, urbanismo e edificação de obras. Projetos e Execuções

Projetos de Urbanismo

Arquitetura de Interiores

Arquitetura; Estrutura; Hidrosanitário; Registro, aprovação e licenciamento junto aos orgãos competentes; Responsabilidade técnica e gerenciamento da execução da obra.

Loteamentos urbanos e rurais; Estudos de viabilidade técnica e econômica para a implantação de empreendimentos; Assessoria técnica no estudo e elaboração de Planos Diretores; Revitalização de áreas urbanas e Licenciamento Ambiental; Registro, aprovação e licenciamento junto aos orgãos competentes.

Projetos executivos; Projeto de mobiliário; Responsabilidade técnica e gerenciamento da execução da obra.

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Sumário

SEMANA

CAPA

é a palavra de ordem 07 Integração Universidade desenvolve projetos que prometem mudanças no

19 Caderno especial

Semana da Engenharia, Agronomia e Agronegócio Univale/Sicoob Crediriodoce

perfil dos futuros engenheiros

ENTREVISTA

31 Congressos e seminários

10 A importância do cooperativismo de crédito

32 Engenharia Elétrica: formando

profissionais para além das tendências

PERFIS

33 Engenharia de Produção forma

13 Agronegócio: o curso que promete atender Minas Gerais 14 Dupla habilitação é diferencial do curso de Engenharia Civil e Ambiental 15 Univale garante formação integral do profissional de Arquitetura e Urbanismo

16 Egressos: Graduados pela Univale no

mercado de trabalho 18 Engenharia Civil: obras fazem parte do cotidiano do profissional 31 Congressos e seminários Engenharia Elétrica: formando profissionais para além das tendências

profissionais preparados para o mercado

34 Habilidades e competências dos

profissionais de Sistemas de Informação

ARTIGO

35 CREA-MINAS terá nova sede em Governador Valadares Por Jobson Andrade

38 CREA-MINAS Júnior Por Maycon Juan

PESQUISA

36 Formigas do Parque Estadual do Rio

Doce são tema de pesquisa na Univale

Expediente Engenhar é uma publicação do Núcleo de Ciências e Tecnologia da Univale. Fundação Percival Farquhar Presidente Dr. Rômulo César Leite Coelho Universidade Vale do Rio Doce Reitor Prof. José Geraldo Lemos Prata Pró-Reitoria Acadêmica Profª. Lissandra Lopes Coelho Rocha Assessoria de Graduação Profª. Adriana de Oliveira Leite Coelho

Redação Laboratório de Jornalismo e Publicidade - C6 Rua Israel Pinheiro, 2000, Bairro Universitário Campus Antônio Rodrigues Coelho - Edifício Pioneiros, Bloco C - Sala 6 - Governador Valadares - Minas Gerais CEP: 35.020.220 Contato: (33) 3279-5548 jornalismo@univale.br

Equipe Editorial Mariza de Azevedo Bicalho Rezende e coordenadores Coordenador do Curso de Jornalismo e Produção Publicitária Prof. Dileymárcio de Carvalho Gomes Projeto Gráfico e Diagramação Prof. Elton Binda Editor e jornalista responsável Prof. Luiz Filipe Ciribelli RG: 0014942/MG Tiragem 2000 exemplares

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Publieditorial

50 anos

Santana Ferro e Aço construindo Valadares e região Construir uma história requer dedicação, muito trabalho, bons parceiros e, principalmente, respeito com colaboradores e cliente. Só assim, construindo junto, se consegue solidez em qualquer empreendimento, a Santana entende. Há 50 anos no ramo de matérias destinado à construção civil, pequenas indústrias, serralherias e madeireiras, a Santana se destaca pela qualidade e confiabilidade, que resultam em um relacionamento duradouro com seu público. É por isso que, hoje, a Santana tem orgulho de fazer parte da construção de Governador Valadares e de muitas outras cidades, e se orgulha também da realização dos sonhos de muitas pessoas. A preocupação com a qualidade dos seus produtos e com atendimento de excelência não é de hoje. A Santana, desde o seu surgimento, se destaca pela visão de futuro e pelo empreendedorismo de seus sócios. Hoje, a Santana se orgulha de poder atender uma região que compreende o Vale do Rio Doce, o Vale do Jequitinhonha e o Vale do Mucuri, até a divisa do Estado do Espírito Santo. Isso sem

contar com seus dois centros de distribuição, Uberlândia e Juiz de Fora, importantes centros econômicos do Estado de Minas Gerais. Ao todo, são mais de 450 cidades atendidas, com frota própria de mais de 45 veículos, entre caminhões, motos e carros de passeios. Na Santana Ferro e Aço o cliente é prioridade. É por ele que se investe em qualidade, em tecnologia e em treinamento para os colaboradores. O objetivo é garantir um bom atendimento e produtos de primeira linha para todos. Não se admite cliente insatisfeito, pelo contrário. A Santana gosta de participar da vida das pessoas e de estar ao lado dos seus clientes nos momentos importantes de suas vidas. É assim, construindo junto, que a Santana Ferro e Aço pretende seguir no futuro, participando da vida das pessoas e ajudando a construir seus sonhos. Por isso valoriza seus clientes, colaboradores e parceiros, por acreditar que somente com eles é possível garantir mais oportunidades e crescimento mútuo.

Que venham os

próximos 50 anos


Capa

INTEGRAÇÃO É A PALAVRA DE ORDEM

Por: André Manteufel

Universidade desenvolve projetos que prometem mudanças no perfil dos futuros engenheiros A Univale deu início ao que promete ser um passo importante rumo a novos tempos para os cursos de Engenharia da instituição. Uma série de projetos – alguns já implantados – busca preparar cada vez melhor o profissional para o ingresso no mercado de trabalho. Mas qual a principal característica deste perfil que se faz tão necessário na sociedade atual? A resposta encontra-se em uma única palavra: “convergência”. A integração de todas as engenharias para discutir problemas e buscar soluções tem como resultado aquilo com que todo cliente sempre sonhou: projetos de excelência, executados com mais economia e agilidade e menos desperdício e insatisfação. Pra isso não faltam projetos e aplicações na Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE): a ampliação do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo, a implantação da Agência de Inovação, o Espaço Integrador das Engenharias (ELO), o Canteiro Experimental, dentre outros. Os três primeiros, já em funcionamento, são fundamentais para as mudanças estabelecidas pela Universidade. O Escritório Modelo, por exemplo, visa garantir a integração entre as faculdades de Arquitetura e de Engenharia num mesmo ambiente, sob a supervisão de profissionais capacitados. Nele serão realizadas atividades acadêmicas importantes para a formação dos alunos, como o estágio supervisionado, a extensão e a pesquisa, por exemplo. A Agência de Inovação, por sua vez, nasceu atuando em múltiplas funções: além de gerir a inovação tecnológica da Univale, a ideia é que o espaço fomente o desenvolvimento de projetos interdisciplinares relevantes que tenham impacto não só sobre a formação acadêmica mas também sobre toda a comunidade de Governador Valadares e região. Já o Espaço Integrador das Engenharias (ELO), tem por objetivo fortalecer e aprimorar os cursos de Engenharia da Univale e promovê-los regionalmente. O Canteiro Experimental vai sair do papel em breve e tem como meta potencializar o conceito de integração e capacitar alunos e trabalhadores ligados a projetos de engenharia, oferecendo mão-de-obra qualificada ao mercado. “Um dos principais objetivos do ELO é possibilitar a integração entre estudantes, docentes, comunidade, sendo, para tal, um espaço que fomente a pesquisa, contribua para melhoraria do ensino e articule com discentes e professores atividades de extensão. Acreditamos que o tripé ensino, pesquisa e extensão fortalece a engenharia e é

um diferencial da Univale. Integrar, pesquisar, articular com a comunidade: este é o lema do ELO”, conta Mariza Bicalho Rezende, professora designada para conduzir o projeto. “Os cursos serão outros. É uma nova visão, atendendo a um mercado que é totalmente diferente, inovador, empreendedor, tecnológico. E também ao aluno ingressante. Ele tem um perfil diferente; não é um aluno tradicional, que fica apenas na sala de aula. Ele quer a prática, quer vivenciar, participar ativamente”, analisa a assessora de graduação da Univale, professora Adriana Coelho. “É essa transformação que a gente quer. E a interação desses cursos está gerando projetos muito enriquecedores, projetos que atendem a comunidade de forma geral”, acrescenta. A diferença é que o foco, agora, é exatamente a integração que permitirá colocar num mesmo espaço alunos com diferentes formações. É nisto que apostam os docentes dos cursos de engenharia da Univale. Para Rossana Cristina Ribeiro Morais, coordenadora de Engenharia de Produção e de Sistemas de Informação, essa integração e multidisciplinaridade é que o mercado busca. “Para a Engenharia de Produção isso fica muito claro, uma vez que é o elo entre a parte técnica e a parte administrativa das empresas e organizações”, observa. Antes mesmo das inovações implementadas na Univale, ela projeta um mercado ainda mais vasto para os engenheiros de produção, graças à expansão de vagas não apenas nas indústrias, mas também em empresas prestadoras de serviços, consumo e logística. “O profissional vai ter de saber se integrar com todas as outras áreas de conhecimento”, avalia a coordenadora.

Mariza de Azevedo Bicalho Rezende Coordenadora do Espaço Integrador das Engenharias ( ELO)

Um dos principais objetivos do ELO é possibilitar a integração entre estudantes, docentes, comunidade, sendo, para tal, um espaço que fomente a pesquisa, contribua para melhoraria do ensino e articule com discentes e professores atividades de extensão. Acreditamos que o tripé ensino, pesquisa e extensão fortalece a engenharia e é um diferencial da UNIVALE. Integrar, pesquisar, articular com a comunidade... é o lema do ELO.

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Foto: Mayara Gama

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Entrevista

A importância do cooperativismo de crédito

Por: Luiz Filipe Ciribelli*

De acordo com o Banco Central do Brasil cooperativa de crédito é uma instituição financeira formada pela união de pessoas com objetivo de prestar serviços financeiros aos seus associados. Assim como os bancos tradicionais, elas oferecem diversos produtos e serviços tais como aplicações financeiras, seguros, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos. Porém, um dos principais diferenciais das cooperativas tem atraído um número cada vez maior de pessoas no país: é que ao se associar, os cooperados são ao mesmo tempo clientes e donos da cooperativa. Além disso, ao contrário dos bancos, elas não visam lucro. Para saber mais sobre o assunto, a Engenhar conversou com o presidente do Sicoob Crediriodoce, Alberto Ferreira. Na entrevista ele fala sobre os benefícios gerados pelo cooperativismo de crédito, sobre o crescimento nacional do setor e sobre as vantagens de se associar a uma cooperativa. Engenhar – Como se deu a formação do Sicoob Crediriodoce? Alberto Ferreira - Nossa cooperativa foi fundada em 1988 por produtores rurais. Era uma cooperativa de crédito rural e apenas produtores podiam se associar. Em 2005 decidimos expandir e a população – pessoas físicas e jurídicas – também passou a se associar. Porém não abrimos mão de preservar a nossa origem rural, de destinar produtos e serviços específicos para este público. Engenhar – Quais os objetivos das cooperativas de crédito? Alberto Ferreira - O objetivo principal de qualquer cooperativa de crédito é servir aos associados. Neste sentido, o Sicoob Crediriodoce é uma instituição financeira que visa prestar serviços financeiros aos associados de maneira cooperativa. 10 Revista Engenhar

Engenhar - Quais as principais diferenças entre os bancos convencionais e as cooperativas de crédito? Alberto Ferreira - A grande diferença está na palavra cooperação. O cooperado, antes de ser cliente, é dono da cooperativa. Os resultados provenientes das operações financeiras são revertidos em favor do cooperado na proporção de sua movimentação financeira. Os bancos visam apenas o lucro e este lucro é destinado ao acionista. As cooperativas também buscam resultados financeiros, mas eles retornam para os associados. Engenhar – O que é necessário para se associar? Alberto Ferreira - É muito simples. Basta aderir aos seus estatutos e investir a conta de capital que é regulada pelo estatuto da cooperativa. No Sicoob Crediriodoce essa conta de capital é de apenas R$20,00. Com esta quantia uma pessoa física pode se associar. Cabe ao conselho de administração verificar se a pessoa possui ou não algum tipo de restrição. Quais são os benefícios que as cooperativas oferecem aos seus cooperados? Engenhar - Assim como os bancos, as cooperativas de crédito oferecem serviços financeiros, linhas de crédito, depósitos, vendas de produtos, seguros, consórcios e outros. O diferencial é que enquanto um banco busca lucro na operação com seus clientes a cooperativa busca resultados na operação com os seus associados. Engenhar – O cooperativismo de crédito está crescendo no Brasil. Qual a importância disto? Alberto Ferreira – Hoje quatro bancos - dois estatais e dois privados - detém mais de 80% do mercado financeiro no Brasil. Porém, as cooperativas de crédito estão se estruturando e aumentando o raio de influência no país. O número de atendimentos está crescendo e já somos mais de oito milhões de cooperados. Com apoio do Banco Central, o cooperativismo tem sido uma barreira à busca exagerada de lucro por parte dos bancos. Apesar do crescimento ainda há muito espaço para as cooperativas se desenvolverem e disponibilizarem seus produtos e serviços a um número cada vez maior de brasileiros.


Entrevista Engenhar - Qual atual cenário de cooperativismo em Governador Valadares? A exemplo do que vem ocorrendo no país, em Governador Valadares e região o cooperativismo de credito tem se desenvolvido. Além do Sicoob Crediriodoce, temos duas instituições fazendo bons trabalhos em suas áreas de atuação e expandindo os negócios. O volume de negócios, empréstimos, depósitos e o número de associados vem se expandindo de maneira natural. O cooperativismo é uma doutrina que a cada ano, à medida em que as pessoas conhecem vão aderindo.

Foto: Arquivo SICOOB

Engenhar – Diante deste crescimento o setor tem investido na profissionalização, na especialização. O surgimento de MBAs é um dos sinais? Alberto Ferreira – Com certeza! O sistema cooperativo de crédito tem buscado cada vez mais a profissionalização, principalmente por causa da complexidade das operações. Os diretores, gerentes e funcionários das cooperativas investem não apenas na formação superior, mas também especialização. O próprio Sicoob, em parceria com universidades, disponibiliza MBAs específicos destinados a formar na área de cooperativismo. Engenhar – O Sicoob tem uma verba destinada à formação dos funcionários? Alberto Ferreira – As cooperativas, de maneira geral, possuem um fundo específico de assistência educacional. O Sicoob Crediriodoce, por exemplo, destina aproximadamente 500 mil reais por ano para formação dos seus colaboradores. Engenhar – O Sicoob Crediriodoce desenvolve atividades de responsabilidade social? Alberto Ferreira – Sim. Nós apoiamos algumas instituições filantrópicas com regularidade. Quando os associados adquirem alguns produtos e serviços também, existe a possibilidade de que um percentual do valor seja destinado a estas entidades. Anualmente nós promovemos junto a outras cooperativas da região o Dia C, Dia de Cooperar. Em 2016 a entidade mais beneficiada foi a Cidade dos Meninos. * Colaborou Paulo Henrique dos Anjos

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por Assessoria de Comunicação Organizacional da Univale (ASCORG)

O “Café com prosa” foi realizado numa manhã de sábado. O evento foi organizado pela profª. Mariza Azevedo Bicalho Rezende com o apoio da Gestão Pedagógica da Univale (GEPE), sob a supervisão da Assessoria de Graduação e a Pró-reitoria Acadêmica da Univale. A atividade foi voltada para todos os professores dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Civil e Ambiental, Engenharia de Produção e Engenharia Elétrica. Os docentes foram recepcionados com um saboroso café da manhã no hall do Edifício Pioneiros. Logo depois, já no auditório A, a Pró-reitora Acadêmica, profª. Lissandra Lopes Coelho Rocha, fez a abertura do evento. Em seguida, deu-se sequência ao evento com apresentações do percurso dos cursos das engenharias iniciado no primeiro semestre. O prof. Aruac Alves Santos explicou o funcionamento do Escritório Modelo, que faz atendimento de elaboração de projetos arquitetônicos. A proposta de integração prevê a ampliação desse atendimento para gerar, também, o projeto estrutural e orçamento elétrico, hidrossanitário e de incêndio. A profª. Rossana Cristina Ribeiro Morais apresentou o andamento da Agência de Inovação, que tem como missão ser polo articulador entre a universidade e os segmentos da sociedade, com foco em inovação e empreendedorismo, apoiando projetos que contribuam para o desenvolvimento social e tecnológico. A profª. Ivana Cristina Ferreira Santos, que integra o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), apresentou a proposta de um curso de extensão para os professores, que contemplará a formação da metodologia científica em atividades acadêmicas e disse que a pesquisa pode consolidar ainda mais as engenharias da Univale. A Assessora de Extensão da Univale, profª. Marlene Lima Temponi, participou da discussão e demonstrou como ações já desenvolvidas na instituição podem ser aprimoradas como atividades de extensão e de ação comunitária. Após apresentações, os professores foram divididos em cinco grupos com objetivo de discutir os pontos fortes; o 12 Revista Engenhar

Fotos: ASCORG

A Pró-reitora Acadêmica da Univale, profª. Lissandra Lopes Coelho Rocha

que precisa ser aperfeiçoado; e as ideias inovadoras que podem contribuir na busca de fortalecimento para as engenharias A assessora de graduação, profª. Adriana de Oliveira Leite Coelho, encerrou o evento respondendo alguns pontos levantados pelos grupos de trabalho e ressaltou a importância desse momento. “O Café com Prosa foi excelente! As contribuições e o comprometimento de todos os envolvidos serão essenciais para nosso fortalecimento”, elogiou. Segundo a profª. Mariza de Azevedo Bicalho Rezende, foi gratificante ver a adesão e a contribuição de todos os professores, dispostos a fortalecer sempre mais os cursos de engenharia da Univale. “Agora é colocar em prática as inovações sugeridas”!


PERFIS

Agronegócio: o curso que promete atender Minas Gerais

Por: Mayara Gama

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á mais de um ano no catálogo de cursos da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), o curso Superior de Tecnologia em Agronegócio foi criado, principalmente, para atender à demanda do mercado regional. Com professores com experiência de mercado e acadêmica, o curso tem duração de cinco semestres. A proposta é formar profissionais com alta capacidade técnica em um período de tempo mais curto. Durante a graduação, os futuros tecnólogos têm aulas teóricas e práticas, de segunda a sábado. Segundo o professor e coordenador dos cursos de Agronegócio e Agronomia, Maykon Dias Cezário, as disciplinas abrangem a área de produção vegetal e também animal, desde bovinos, suínos até aves. Na área de produção vegetal os estudantes aprendem a cultivar hortaliças, grandes culturas como a cana de açúcar, milho, soja, as fruteiras e também as espécies florestais. Tudo isso associado à gestão ambiental. “O curso prepara os alunos em uma linha que une meio ambiente, atividade econômica e comercial”, explica o coordenador. Nas disciplinas práticas, os acadêmicos colocam a mão na massa. O curso conta com a Unidade de Produção Agrícola (UPA), uma espécie de laboratório a céu aberto onde são realizadas plantações e demais atividades relacionadas ao cultivo de alimentos como feijão, milho, entre outros. Além da UPA, o curso dispõe de um laboratório de Análises de Solos, um ambiente que faz parte do projeto de extensão do curso, no qual são realizadas análises de solos, além de projetos interdisciplinares com outros cursos da universidade.

Maykon Dias Coordenador do curso de Agronegocio

O perfil do tecnólogo em agronegócio O curso Superior de Tecnologia em Agronegócio busca formar profissionais capacitados que atendam às necessidades dos produtores locais e também ofereçam possibilidades de diversificar a produção. A agricultura regional é extensiva e caracterizada por métodos tradicionais de cultivo, com destaque para café, a criação de gado e as culturas de subsistência. Economicamente, a criação de gado é a atividade mais representativa e distribuída em toda a bacia onde a cidade de Governador Valadares está situada. A necessidade do curso de Tecnólogo em Agronegócio na Região Leste de Minas Gerais foi considerada tendo em vista características regionais, tais como a rápida degradação do solo, com acentuada ocorrência de erosões provocadas pela devastação irracional da Mata Atlântica e a consequente abertura de espaço para a exploração extensiva de pecuária de corte e leite; falta de aporte tecnológico à grande parte dos pecuaristas locais considerando-se que, na maioria das propriedades, há pouca evolução nesta área; e déficit na produção de hortifrutigranjeiros, os quais são provenientes, em grande parte, de outras regiões do estado ou do país. Além disso, há forte demanda pela profissionalização das atividades de exploração agropecuária, buscando-se rentabilidade, competitividade e sustentabilidade com atuação profissional que promova a preservação do meio-ambiente como garantia de sobrevivência humana. Por fim, existe a necessidade de formar profissionais qualificados para manter condignamente o ruralista no campo, que viabilizem a produção de matérias primas e produtos agropecuários com regularidade e qualidade, capazes de suprir a crescente demanda urbana no que se refere à alimentação humana e animal. Nesse contexto, o profissional formado no curso Superior de Tecnologia em Agronegócio da Univale terá uma formação que lhe possibilitará atuar de forma dinâmica, ética e consciente nas questões econômicas, sociais e ambientais. Conforme as competências e habilidades descritas para cada núcleo de formação que integra o currículo, o egresso estará apto a atuar como empreendedor, gerente, assessor e/ou consultor em organizações e órgãos rurais, especialmente em agroindústrias, cooperativas e unidades de produção agropecuária.

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PERFIS

Por: Stheffani García

Dupla habilitação é diferencial do curso de Engenharia CIvil e Ambiental

Foto: Arquivo do curso

Integração dos alunos do curso de Engenharia Civil e Ambiental durante visita técnica ao Parque Estadual do Rio Doce

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curso de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE), fundado em 2002, é o único em todo o país a oferecer a formação nas duas habilitações, favorecendo a inserção do aluno no mercado de trabalho. O egresso tem a possibilidade de atuar na construção civil, por meio do planejamento, projeto e acompanhamento da execução de obras e também em atividades ligadas ao ambiente, como saneamento, recuperação de áreas degradadas, dentre outras, que visam contribuir para a qualidade de vida e a sustentabilidade. Para o coordenador do curso, Hernani Santana, a dupla habilitação prepara o aluno para atuar em um mercado cada vez mais dinâmico. Ele explica que as duas engenharias estão intimamente ligadas, pois os empreendimentos da construção civil que integram as premissas ambientais são tendências no mercado. “O auxílio em processos de obtenção de licenciamento ambiental junto a órgãos públicos, gerenciamento de resíduos gerados pelas obras, além de assessoria na obtenção de selos verdes são os principais serviços que despertam o interesse das construtoras e incorporadoras, pois são diferenciais em um mercado cada vez mais competitivo”, diz. O curso de Engenharia Civil e Ambiental alia atividades teóricas e práticas, propiciando ao aluno maior contato com profissionais da área, além de estimular a compreensão das condicionantes sociais envolvidas em cada projeto, bem como as necessidades sociais. O curso tem parcerias com as maiores construtoras da região, empresas de consultoria ambiental e órgãos

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públicos, gerando, assim, oportunidades para que os alunos possam participar de estágios. A Univale também incentiva pesquisas que podem ser desenvolvidas no Laboratório de Solos, de Materiais de Construção, Entomologia e Ensaios Mecânicos. Outro destaque são os convênios firmados com o Instituto Terra, Parque Estadual do Rio Doce e Instituto Estadual de Florestas (IEF).

Hernani Santana Coordenador do curso de Engenharia Cívil e Ambiental

Além do mais, a credibilidade de formar-se em uma Universidade que promove com excelência o ensino, a pesquisa e a extensão há quase 50 anos é um diferencial de peso no mercado .


PERFIS Por: Dileymárcio de Carvalho

Univale garante formação integral do profissional de Arquitetura e Urbanismo

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procura pelo curso de Arquitetura e Urbanismo se mantém em alta em todo país e a cada dia o profissional conquista novos espaços. Na Univale não é diferente: a formação garante ao futuro profissional atuar não apenas na organização de ambientes e decoração, mas como um estrategista dos diversos espaços que compõem o cotidiano das pessoas. Assim, o futuro arquiteto urbanista é fundamental no planejamento e organização do crescimento de bairros e cidades e na forma como as pessoas convivem nesses espaços. E é no dia-a-dia que a identidade desse profissional é construída. Numa visão geral, ele será preparado para trabalhar em projetos internos e externos, além coordenar reformas e construções, elaborar plantas e também definir a organização de ambientes, desde a disposição de móveis e iluminação até a definição dos espaços. Para a coordenadora, professora Ilara Duran de Melo, o perfil do arquiteto urbanista mudou nos últimos anos e foi essencial acompanhar este processo. “Hoje tudo que fazemos no curso é para que o aluno tenha as condições necessárias para desenvolver as habilidades e competências que vai precisar no mercado de trabalho”, diz.

Parcerias

A busca do curso é justamente ampliar a atuação do profissional. Por isso, o projeto pedagógico foi atualizado e foram introduzidas disciplinas para promover a aproximação com a comunidade. Um dos exemplos foi a proposta do “Decora Relíquia”, evento do setor de criação de ambientes que teve a participação de alunos e egressos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Univale. A loja, especializada em decorações, abriu espaço para experimentos dos estudantes no mês de outubro. O curso mantém parcerias com empresas do setor de engenharia estrutural que possibilitam aos alunos estágios durante a graduação.

Foto: Mayara Gama

Coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo, Ilara Duran

Ações de extensão à comunidade, tais como interferências e novos planejamentos no Parque Municipal e apoio a projetos arquitetônicos de igrejas e organizações não governamentais também promovem o aprendizado.

Diferenciais O Escritório Modelo é uma referência do curso de Arquitetura e Urbanismo. O espaço é destinado às práticas orientadas por professores para os projetos desenvolvidos pelos alunos durante a graduação. Já o Laboratório de Conforto oferece oportunidades de múltiplas práticas como testes de acústica, temperatura e iluminação. Outro destaque é a Semana Acadêmica, idealizada e executada pelo Centro Acadêmico. A edição 2016 teve a participação do renomado arquiteto Igor Vetyemi, além de vários outros profissionais de Governador Valadares e região. O professor Clênio Henriques Martins, um dos fundadores do curso, observa que o corpo docente é um dos diferenciais da graduação em Arquitetura e Urbanismo. “Nossos professores são extremamente qualificados, com ótima formação acadêmica além de atuação efetiva no mercado de trabalho”, conta.

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PERFIS

EGRESSOS Rodrigo Andrade Ferreira Primo Engenheiro Agrônomo Possui graduação em Agronomia pela Universidade Vale do Rio Doce. Durante cinco anos atuou na gestão agrícola das Fazendas Regon. Atualmente é sócio da Fazenda Guarani e da distribuidora de Coco Nutri, em Governador Valadares. “A Univale me possibilitou os conhecimentos necessários para minha atuação e crescimento profissional”.

Ivana Coelho da Silva Engenheira Eletricista Ivana Coelho da Silva é graduada em engenharia elétrica, com ênfase em eletrônica pela Univale e é especialista em análise de sistema pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Também possui especialização em Gestão de Negócios e MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral. Iniciou a carreira na Aperam (antiga Acesita) em 1984. “As experiências adquiridas durante a graduação como trabalhos voluntários, estágios e grupos de estudo foram fundamentais para meu ingresso no mercado de trabalho”.

Douglas Guimarães Braga Engenheiro de Produção É formado em Engenharia de Produção pela Univale e tem MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas. Atualmente trabalha na empresa Ômega Engenharia. “Minha formação na Univale foi ótima! Das disciplinas básicas do curso até as específicas, as visitas técnicas e o compartilhamento de experiências, tudo contribuiu para meu ingresso no mercado de trabalho”.

Débora Tameirão Lisboa Arquiteta e Urbanista É Arquiteta e Urbanista formada pela Univale e especialista em gestão de negócios imobiliários. Débora é proprietária de escritório de arquitetura que atua na área de projetos residenciais, de lojas de grandes grupos de franquias e tem oito anos de experiência em projetos de shoppings centers. Também atua como professora da Univale.

Heriston Rodrigues Engenheiro Civil e Ambiental Possui graduação em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade Vale do Rio Doce. Atualmente é diretor da Rodrigues Engenharia Integrada LTDA e professor da Univale. Tem experiência em Engenharia Civil com ênfase em estruturas de concreto.

Anderson Caetano Gusmão Engenheiro Civil É graduado em Engenharia Civil pela Univale, especialista em Construção Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestrando na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Anderson é conselheiro na Câmara Especializada de Engenharia Civil do CREA-MG. Atua no mercado de concreto, serviços de engenharia e é professor da Univale. “A experiência dos meus professores na Univale contribuiu muito para meu desenvolvimento profissional”.

Accacio Franklin Sistemas de Informação Formou- se em Sistemas de Informação pela Univale (2014) e cursa pós-graduação em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação. Atua há três anos como líder de desenvolvimento da Apiki, empresa especializada em desenvolvimento WordPress. É responsável por projetos de empresas como Imasters, VTEX, Wizard, UOL, Mitsubishi e Saraiva. “O curso de Sistemas de Informação abriu muitas portas para meu desenvolvimento profissional e pessoal. A graduação oferece diversas atividades interdisciplinares que ajudam na construção de um profissional altamente capacitado para o mercado de trabalho”.

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PERFIS Arilton Freitas Sistemas de Informação É bacharel em Sistemas de Informação pela Univale (2009) e atua como Líder de projetos em uma empresa especializada no desenvolvimento de sites focada em WordPress. “Graças à minha formação pude ingressar no mercado de trabalho de tecnologia e me apaixonar pela análise e desenvolvimento de software”.

Gustavo Lopes da Silva Engenheiro Agrônomo Gustavo Lopes da Silva é formado em Agronomia pela Univale e especialista em Gestão em Agronegócio e Legislação Ambiental. Atualmente é diretor operacional da empresa Reflorestar Projetos Agrícolas e Ambientais e professor da Univale. “Estudar em uma universidade referência como a Univale fez toda a diferença na minha formação e inserção no mercado de trabalho”.

Igor Monte Alto Rezende Arquiteto e Urbanista É formado em Arquitetura e Urbanismo pela Univale e Master em Arquitetura pelo IPOG. Trabalhou na BHZ Arquitetura e Gerenciamento, em Belo Horizonte, e em escritório próprio até ingressar na Saneamento, Arquitetura e Urbanismo, em que é sócio-proprietário Atua com projetos de infraestrutura urbana e arquitetura institucional e é professor da Univale. “A Univale me proporcionou uma experiência acadêmica enriquecedora, me fornecendo as ferramentas necessárias para exercer minha profissão de forma digna e ética”.

Thiarley Alves de Oliveira Engenheiro de Produção Thiarlei Alves de Oliveira é graduado em Engenharia de Produção pela Univale. Atualmente é Secretário Municipal de Agricultura Meio Ambiente e Abastecimento de Capitão Andrade, além de Coordenador Municipal de Defesa Civil.

Dayane Gonçalves Ferreira Engenheira Civil Dayane Gonçalves Ferreira é formada em Engenharia Civil pela Univale. É especialista em Estruturas e cursa mestrado em Construção Metálica na Universidade Federal de Ouro (UFOP). Atua como Engenheira Civil na empresa Focus Engenharia e é professora na Univale.

Mariana Louback Engenheiro Civil e Ambiental A Engenheira Civil e Ambiental, Mariana Louback, se formou na Universidade Vale do Rio Doce em 2015. Durante a graduação fez estágios em várias empresas como Ralitec Engenharia Ltda, Construtora Hercon, Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Vale S.A. Atualmente cursa pós-graduação em Segurança do Trabalho no Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) e Gestão, Licenciamento e Auditoria Ambiental na Universidade do Paraná. O curso é a distância. Já no mercado de trabalho, Mariana ocupa o cargo de Engenheira Civil na Primeira Engenharia Ltda.

Pedro Cunha Chagas - Engenheiro Eletricista Pedro Cunha Chagas é formado em Engenharia Elétrica pela Univale e é especialista em Gerenciamento de Projetos Industriais. Atualmente é coordenador de orçamentos na Tereme Engenharia de Manutenção. Já atuou como gestor de contratos de SPDA e Aterramento das usinas de pelotização I a VII na Vale/Tubarão, gestor de contrato de repotenciamento dos motores das rodas de caçambas da recuperadora de finos 1PA5 também na Vale/Tubarão, dentre outras experiências. “A Univale, com sua tradição, reconhecimento nacional e corpo docente qualificado, me possibilitou seguir carreira como coordenador de orçamentos e gerente de projetos industriais. Nada seria possível sem o conhecimento adquirido na universidade”.

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Perfis

Engenharia Civil: obras fazem parte do cotidiano do profissional Por: Luiz Filipe Ciribelli

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úneis, estradas, pontes, casas, edifícios, metrôs, aeroportos, sistemas de drenagem e tratamento de água. Seja no espaço urbano ou no meio rural, estas construções fazem parte do cotidiano das pessoas. Em comum elas têm o fato de serem projetadas, gerenciadas e supervisionadas por um profissional: o Engenheiro Civil. “Nos preocupamos em formar um profissional apto a realizar obras as mais complexas. Projeto, execução, análise de solos, saneamento, gerenciamento de equipes e manutenção dos padrões de qualidade e segurança das edificações são habilidades e competências que buscamos desenvolver durante o curso de graduação em Engenharia Civil”, conta o coordenador Aruac Santos. O curso é um ótimo exemplo de que teoria e prática devem caminhar juntas quando se trata de formação superior. Durante a graduação, o futuro engenheiro cursa disciplinas do núcleo básico tais como matemática e física. Daquelas destinadas à formação profissional, podem ser destacadas sistemas estruturais, hidráulica e hidrologia, desenho técnico, coleta e tratamento de água e resíduos, edificações, topografia, materiais e construção civil e outras. Para as atividades práticas, o curso possui laboratórios como o de Mecânica de Solos, Materiais de Construção, Ensaios Mecânicos e o de Topografia e Geoprocessamento.

“Nossa política de ensino tem como foco a construção de competências que envolvem a capacidade de gerenciar, organizar e controlar processos e equipes, elaborar projetos, além de manter-se atualizado com a tecnologia e o conhecimento contemporâneos, de modo a atender às exigências do mercado e da sociedade”, destaca Santos.

EXTENSÃO Enquanto Universidade, a Univale possui compromisso com o ensino, a pesquisa e a extensão. No curso de Engenharia Civil as atividades de extensão caracterizamse pela interlocução entre os professores, alunos e parceiros da instituição com foco na redução da desigualdade e promoção do desenvolvimento regional. Um bom exemplo é o Escritório Modelo. Por meio dele, são elaborados projetos de engenharia para a população economicamente vulnerável de Governador Valadares e região. “Não podemos perder de vista esse compromisso social”, diz Santos.

Tradição

O curso de Engenharia Civil da Univale foi um dos primeiros a ser ofertado pela instituição e formou engenheiros que atuam com destaque no mercado de trabalho no Brasil e no mundo. A proposta da graduação é formar profissionais capacitados nas mais diversas áreas da profissão tais como transportes, recursos hídricos, saneamento básico, construção civil dentre outras.

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Aruac Santos Coordenador do curso de Engenharia Cívil


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Foto: ASCORG

EVENTO promove integração dos cursos

Palestras, minicursos e exposições científicas fizeram parte da programação por Paulo Henrique dos Anjos e Roney Alves

O Centro Cultural Hermírio Gomes da Silva, o Hermirão, acomodou centenas de convidados, estudantes, professores e profissionais na abertura da Semana da Engenharia Agronomia e Agronegócio Univale /Sicoob Crediriodoce. A solenidade foi realizada na noite de 30 de maio de 2016. Fizeram parte da mesa o Reitor da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), José Geraldo Lemos Prata, o presidente da Fundação Percival Farquhar, Rômulo César Leite Coelho, o vice-presidente do Conselho de Administração do Sicoob Crediriodoce e presidente da União Ruralista Rio Doce, Cantídio Ferreira, o diretor de relações institucionais do Sicoob Crediriodoce, Silas Dias Costa Júnior, o Engenheiro Agrônomo, Mário Vilela, bem como os coordenadores dos cursos de Agronomia, Agronegócio e das engenharias da Univale. O reitor José Geraldo Lemos Prata agradeceu o apoio do Sicoob Crediriodoce e ressaltou a importância do evento para a universidade. “Toda vez que a Univale realiza um evento desta importância, nós sentimos que estamos no caminho certo na busca de formar profissionais preparados para fazer diferença em um mercado cada vez mais competitivo”. O vice-presidente do Conselho de Administração do Sicoob Crediriodoce e presidente da União Ruralista Rio Doce, Cantídio Ferreira, ressaltou que eventos científicos contribuem para formar profissionais preparados para os desafios do futuro. E destacou a importância do agronegócio como pilar de sustentação da economia brasileira. O diretor de relações institucionais do Sicoob Crediriodoce, Silas Dias Costa Júnior, falou sobre a importância da Univale no contexto da educação regional 20 Revista Engenhar

e apresentou números crescentes do Sicoob regional e nacional.

Coordenação Para os coordenadores a integração entre os cursos foi o principal benefício da Semana da Engenharia, Agronegócio e Agronomia Univale / Sicoob Crediriodoce. “As engenharias precisam convergir, se comunicar. E um evento como este promove o encontro”, observou o coordenador do curso de Engenharia Civil e Ambiental, Hernani Ciro Santana. Na opinião da coordenadora dos cursos de Engenharia de Produção e Sistemas de Informação, Rossana Cristina Ribeiro Moraes, as discussões realizadas durante as palestras, conferências e minicursos foram fundamentais para se compreender as demandas do mercado. “Eventos assim contribuem para capacitar os estudantes para atenderem as mais diversas áreas e setores como o industrial e o de bens e serviços”, destacou. Nezy Elvira Chagas Viggiano Rabello, professora do curso de Engenharia Civil, avaliou que o contato dos universitários com egressos e profissionais de mercado estimula os alunos a se especializarem. Segundo ela, as dificuldades atuais do mercado de trabalho são geradoras de oportunidades futuras. “A Semana de Engenharia é um evento essencial para qualquer universidade. Ela promove conhecimento, leva o aluno a saber o que está acontecendo do lado de fora dos muros da instituição. E é justamente em momentos de crise que as oportunidades aparecem”, finalizou.


Semana Por: Luiz Filipe Ciribelli

A força do agronegócio

A principal novidade da edição 2016 da Semana da Engenharia, Agronomia e Agronegócio Univale/Sicoob Crediriodoce foi a participação do curso de tecnologia em Agronegócio. A palestra de abertura – O agronegócio no Brasil e sua importância mundial – realizada pelo engenheiro agrônomo Mário Vilela foi justamente sobre o tema. “Enquanto muitos setores da economia nacional registram queda, a agricultura alimenta a população das nossas cidades e parte da produção é destinada ao mercado externo”, disse Vilela. Para demonstrar a importância do setor, o engenheiro agrônomo apresentou uma tabela com estatísticas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior . Os números mostram que no período de 1989 a 2011 o agronegócio gerou uma produção excedente destinada ao mercado externo que foi fundamental para

Foto: ASCORG

o Brasil pagar parcela importante de sua dívida externa. Além disso, de acordo com a tabela, o saldo da balança comercial do agronegócio – exportação menos importação – sempre foi positivo durante o período analisado. Já os números do país como um todo mostram déficit entre 1995 e 2000. Segundo Mário Vilela a tecnologia é uma marca do agronegócio brasileiro nos dias de hoje. O investimento teve início a partir da década de 1970 e hoje o Brasil encontra-se na terceira colocação no ranking de exportação agrícola do mundo, atrás dos Estados Unidos e União Europeia.

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Semana

proximadamente 80% por cento das empresas precisam rever e trabalhar os seus processos para obter melhores resultados”. A afirmação do engenheiro mecânico Alan Kardec durante a palestra baseou-se em pesquisa realizada pelo Aberdeen Group, companhia de tecnologia e serviços com sede nos Estados Unidos, França, Espanha e Reino Unido. O estudo mostrou que do total de empresas pesquisadas, 30% foram consideradas atrasadas, 50% medianas e apenas 20 % se encaixaram na categoria excelentes. Segundo o engenheiro, os gestores e empresas “excelentes” apresentam características que os distinguem dos demais. É o que ele chamou de sete passos de pessoas e empresas de topo.

“A

Fotos: Cristian Neves

Gestores e empresas de topo buscam a melhoria sempre; Não possuem o monopólio das ideias no mercado; Os sistemas, métodos e ideias trabalhados por eles estão continuamente abertos a mudanças; Mais que bem-vindas, as mudanças são necessárias; Gestores e empresas de topo buscam novas formas de inspiração; Eles adaptam e adotam as ideias mais úteis encontradas no caminho; Querem atingir e ultrapassar a melhor performance conhecida em qualquer processo. Para as organizações chegarem ao topo, segundo Kardec elas precisam investir em “tecnologia” e em “gestão”. “A tecnologia é fundamental, sem ela você não vai a lugar algum. Porém, em si não resolve todos os problemas. É preciso gestão. Infelizmente a maioria das organizações é resistente a mudanças e as que buscam a excelência largam na frente”, disse. O gestor, por sua vez, precisa ter características consideradas fundamentais como ter conhecimento técnico da área em que atua, além de ser um incentivador incansável dos colaboradores da empresa. “O gestor também precisa ter visão de futuro, estar aberto às mudanças e ser capaz de liderá-las. Se no decorrer do processo constatar que os resultados não estão sendo satisfatórios,

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A evolução

da Gestão Por Luiz Filipe Ciribelli, Caio Mourão e Nawaf Letieri


Semana é necessário corrigir os rumos”, avaliou.

Crise e oportunidade Na palestra Alan Kardec também falou sobre as consequências da crise política e econômica brasileira para as empresas. Segundo ele, muitas delas estão reduzindo as atividades e o quadro de funcionários. Outras tantas demitiram toda a equipe e fecharam as portas. Porém, o engenheiro observou que algumas poucas organizações estão crescendo, produzindo e contratando

mesmo em época de crise. Diante do cenário político-econômico complicado, Kardec fez uma projeção com as tendências do mercado de trabalho pós-crise. Um dos nichos que deve crescer é o de educação e saúde voltado para atender ao público da chamada “melhor idade”. Outra tendência é a ênfase na tecnologia, automação e desenvolvimento de softwares. Áreas como biotecnologia, engenharia renovável, engenharia ambiental e sanitária também são promissoras, segundo ele. “No entanto estas são apenas tendências. O que estava na moda no início dos anos 2000 hoje não está mais. Fundamental mesmo é trabalhar com o que gostamos”, disse. Revista Engenhar 23


Semana

Por: Luiz Filipe Ciribelli

Energia e sustentabilidade

“As linhas de transmissão e suas implicações construtivas e ambientais” foi o tema da palestra do engenheiro eletricista Leandro Moura Nery Wild. Ele é especialista em construção de linhas de transmissão de energia elétrica. Durante a palestra, realizada no terceiro dia da Semana da Engenharia, Wild explicou que a construção das torres gera desequilíbrio ambiental, mas os prejuízos podem ser minimizados, bastam algumas estratégias. Uma delas é construir torres mais altas e otimizar a supressão de vegetação ao longo da faixa de servidão. “Hoje diversos estudos estão sendo feitos

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para aumentar o tamanho das torres. Desta forma, a distância entre o cabo e o solo fica maior, o que evita o desmatamento de florestas”, disse. Soma-se a isso a importância de aprimorar o uso de outras fontes de energia renováveis tais como a eólica, biomassa e a solar, que apresentam características específicas e também desafios de integração ao sistema elétrico no país. Porém, avanços importantes já podem ser percebidos. “As usinas eólicas, por exemplo, produzem um impacto mínimo se comparadas às hidrelétricas. E elas são cada vez mais comuns no Brasil”, observou o engenheiro.


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Semana

Foto: Mayara Gama

Relações entre a

o Marketing

nada mais é do que uma forma de exercitar e transformar ideias em projetos e ações capazes de ajudar o ser humano a viver melhor”, disse. Vinicius também falou sobre a importância que a Goodyear Tire & Rubber atribui aos consumidores. Segundo o engenheiro, a empresa está atenta a todas as faixas de consumidores e busca conhecê-los por meio de pesquisas. “Tão importante quanto fabricar um bom produto é ter certeza de que as pessoas que vão utilizá-lo vão desfrutar das qualidades que ele oferece”.

por Tracy Bonilla

Interação

A videoconferência “Engenharia: ligação entre o desejo e a realidade do consumidor” foi uma das atividades mais aguardadas. O engenheiro mecânico valadarense, Vinícius Rezende Sá, participou diretamente dos Estados Unidos. Atualmente é diretor de marketing de produto para América Latina (Linha Consumer) da Goodyear Tire & Rubber. Vinícius trabalha na multinacional norte-americana – especializada na produção de pneus - desde 2002 e já exerceu funções como piloto de testes, coordenador técnico do campo de provas, coordenador e gerente de marketing. Durante a apresentação enfatizou a importância da engenharia na sociedade, especialmente para satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores. “No meu ponto de vista, a Engenharia

O público participou da videoconferência. Em resposta a um dos questionamentos, Vinicius destacou que os erros e acertos cometidos pela empresa foram fundamentais para se chegar à qualidade e segurança que os produtos (pneus) são capazes de oferecer hoje. “Digo tranquilamente: ainda bem que erramos. Não temos medo de errar. A fase de testes é fundamental para alcançarmos a excelência que buscamos”, avaliou. O estudante de Engenharia de Produção, João Paulo Pinheiro, disse que o conteúdo foi importante para a formação dos futuros engenheiros. “Por meio de palestras como esta conhecemos um pouco melhor o mercado de trabalho e a experiência de profissionais que chegaram longe em suas carreiras”.

Engenharia e

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Semana

O planejamento empresarial e o

cuidado com o meio ambiente por Tracy Bonilla Em novembro de 2015 o Brasil e o mundo assistiram, atônitos, às imagens dos 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério provenientes do rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). Além de soterrar a localidade e provocar a morte de centenas de pessoas, o rompimento da barragem da mineradora Samarco causou impactos ambientais sem precedentes na história do país. Pelo menos 1,5 milhão de hectare de vegetação foi comprometido. O leito do Rio Doce, que abastece de Governador Valadares, foi totalmente contaminado e centenas de espécies de peixes foram destruídas. Durante alguns dias a população ficou sem água e até hoje sua qualidade é questionada. Por conta do impacto negativo da tragédia, a Semana trouxe como um dos temas o “Acidente da Samarco e as medidas mitigatórias”. A palestra foi realizada pelo Engenheiro Carlos Eduardo Orsini. Ele é diretor da YKS, uma empresa que trabalha com consultoria estratégica e técnica na área ambiental, e também diretor de expansão da Copasa. De acordo com Orsini, “sustentabilidade” é a palavra que define o futuro das empresas no mundo. O cuidado com o meio ambiente e com a vida no planeta deve ser parte inte-

grante de qualquer planejamento empresarial.

Acidentes ambientais: é preciso evitar Acidentes como o rompimento da barragem de Fundão podem ser prevenidos a partir da prática da gestão sustentável. De acordo com o engenheiro, para isso as empresas devem obedecer a alguns princípios. Antes de tudo é fundamental avaliar as condições do local onde a atividade econômica vai ser realizada, sempre de olho às normas previstas nos tratados internacionais. O olhar atento aos recursos naturais renováveis, a proteção da biodiversidade e o respeito às comunidades locais também são indispensáveis. O plano de gestão ambiental deve ser claro para as empresas e seus funcionários, para os agentes financiadores e também para o público. “A sustentabilidade está diretamente ligada à boa imagem de uma empresa. Uma organização que utiliza recursos naturais, renováveis ou não, com consciência, mostra ao cliente uma visão que vai muito além do crescimento econômico”, diz Orsini.

Foto: Mayara Gama

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Fotos: Ludmilla Cotta

Resistência e arte lado a lado Por Vínícius França

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epois de um ciclo de palestras, oficinas e minicursos, o último dia da Semana da Engenharia, Agronomia e Agronegócio Univale/Sicoob Crediriodoce foi reservado para as aguardadas competições de pontes de palitos de picolé e concreto colorido. Nas disputas a resistência foi levada a sério pelos participantes. O que mais chamou a atenção nas provas foi a capacidade que as pequenas estruturas têm de resistir a uma carga crescente para avaliação do seu desempenho estrutural. As pontes de palitos de picolé não costumam medir mais do que 1,5 metro de comprimento e, segundo as regras, recebem sobre si anilhas de metal de pesos variados, começando na faixa dos 25 kg. Embora pequeninas e aparentemente frágeis, essas construções são projetadas para chegar ao limite. Neste ano, o grupo vencedor do torneio alcançou um recorde na história da competição ao bater a marca de 385 kg. O estudante de engenharia civil e um dos integrantes do grupo, Jonathan Vilar, explicou que foi necessária muita estratégia para alcançar a marca. “Nós nos preparamos bem. Decidimos que uma ponte em arco seria mais resistente e também pensamos na melhor maneira de colocar as ani-

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lhas, usando primeiro as maiores e posicionando cada uma o mais centralizado possível sobre a ponte. O resultado foi que conseguimos usar quase todos os pesos que estavam à disposição”. Colocar a mão na massa e não ter medo de arriscar no momento de pensar em um projeto de ponte são elementos fundamentais para se ter sucesso na competição. Mas, segundo o coordenador do curso de engenharia civil, Aruac Alves Santos, a tecnologia é fundamental. “Com o conhecimento em treliças e usando programas como o SAP 2000, os alunos têm uma ideia de como fazer o projeto na prática, ajuda a escolher o formato e até a determinar a resistência. É muito importante para um bom planejamento”.

Os professores Aruac Santos e Nezy Rabelo com o grupo vencedor da competição


Semana Fotos: Ludmilla Cotta

Concreto colorido Por Vínícius França

m termos de resistência, os blocos de concreto colorido não ficam atrás das pontes de palito de picolé. Mesmo com a proposta um pouco diferente, o objetivo da segunda prova do dia foi o mesmo: construir uma peça com força digna de super-herói. A estudante Ludmila Rodrigues, do sexto período de Engenharia Civil, comemorou a vitória na competição deste ano e pretende voltar na próxima edição. “Foi muito bom ter conseguido. Vi que escolhi os materiais certos para meu bloco, tudo funcionou muito bem”. Um dos mediadores da disputa dos concretos, o professor Anderson Caetano Gusmão, atentou para o trabalho dos alunos, que resultou em blocos de concreto de alta resistência, dotados de coeficientes muito acima dos encontrados no mercado. Para ele, os métodos desenvolvidos pelos estudantes ainda na graduação podem ter aplicação comercial no futuro. “Hoje, no mercado, encontramos peças de concreto com coeficientes de resistência na casa dos 40. Aqui, os alunos conseguiram construir blocos que alcançaram 300. Ou seja, no futuro, o mercado pode utilizar essas técnicas comercialmente”, disse.

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Semana

MINICURSOS Excel Avançado

Excel Básico

Excel Intermediário Ministrante: Sérgio dos Reis

Ministrante: Rogério Kleuber de Oliveira

Georreferenciamento

Dosagem de Concreto

Excel Avançado Orçamento Básico para Obras I

Ministrante: Carlos Miranda Arruda Sobrinho Ministrante: Ádames Coelho Assunção

Ministrante: Anderson Caetano Gusmão

Ministrante: Patrícia Vasconcelos

Educação Ambiental / Compostagem

Inseminação Artificial

Ministrante: Raul de Cassio Amorim

Ministrante: Hernani Ciro Santana

Ministrante: Jean Marcell Alves Coimbra Ribeiro

Manejo de Orquídeas

Cadastro Ambiental Rural – CAR

Demonstração de Tecnologia BIM

Orçamento Básico para Obras II

Ministrante: Alex Junio Fonseca e Silva

Segurança do Trabalho Ministrante: Nezy Elvira Chagas Viggiano Rabello

Integrais Múltiplas

Ministrante: Denise Coelho Queiróz

Ministrante: Ivana Cristina Ferreira Santos

Ministrante: Guilherme Valente

Norma Regulamentadora NR‐10

Derivadas e suas aplicações

Escala de Distância no Universo

Programas de Análise e Dimensionamento

Ministrante: Elias Samor

Ministrante: Natalia Amarinho

Trabalho de conclusão de curso: Aspectos sobre Elaboração e Apresentação Ministrantes: Dayane Gonçalves Ferreira

Ministrante: Marieta Vieira Byrro

Ministrantes: Aruac Alves Santos ‐ SAP 2000 / Heriston Rodrigues‐ EBERICK

Manutenção e Conservação Rodoviária Ministrantes: Rulliam de Oliveira Vidigal

Depoimento José Geraldo Pedra A Semana da Engenharia, Agronomia e Agronegócio Univale/SICOOB CREDIRIO DOCE foi um sucesso! Com palestrantes de alto nível, foram disponibilizados conhecimentos com grande interação dos alunos e professores. Os mini-cursos foram destaque e atingiram seus objetivos, mostrando a vontade de adquirir conhecimentos por parte dos alunos. O evento mostrou a preocupação constante da Univale com a preparação do formando para o mercado de trabalho. Dois aspectos são fundamentais para a formação: o interesse do estudante e a qualidade do ensino a ele ofertado. O mercado busca no candidato conhecimento específico, atitude e qualidade na solução dos desafios. A Univale mais uma vez mostrou sua competência e no contexto educacional da região e se torna mais que uma referência: se mostra uma instituição voltada à excelência educacional com uma interação cada vez maior com a cidade, participando com soluções para seus problemas. Há que se ressaltar o comprometimento de todos os envolvidos na realização do evento e uma coordenação firme e envolvente na busca dos resultados almejados. Parabéns a toda equipe organizadora e à Univale! 30 Revista Engenhar


Perfis

congressos e seminários ENGENHARIA CIVIL E ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL Congresso Nacional de Meio Ambiente Estudantes e professores dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Civil e Ambiental participaram do XIII Congresso Nacional de Meio Ambiente, realizado entre os dias 21 e 23 de setembro, em Poços de Caldas (MG). Foram apresentados 10 trabalhos. O tema da edição foi “Inovações e Soluções Tecnológicas Sustentáveis”.

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ENGENHARIA ELÉTRICA

Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE)

Congresso Brasileiro de Eficiência Energética

Os alunos do curso de Engenharia de Produção da Univale, João Paulo Oliveira Pinheiro, Luiz Felipe Xavier Teixeira, Mariana Coelho Maciel, Thiago Teixeira e Werenna Andrade Albuquerque tiveram o trabalho “BemTiVi Registro Eletrônico” selecionado para o XLIV Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE), realizado em Natal (RN). Os estudantes construíram um equipamento que cessa o fornecimento de água de um ambiente quando ele não estiver sendo utilizado, evitando o desperdício. O trabalho foi orientado pela professora Emirene Lodi dos Santos.

O professor do curso de Engenharia Elétrica, Herculano Xavier da Silva Júnior, e os estudantes José Calixto Lopes e Antônio Carlos Júnior apresentaram artigo no 13º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (COBEE), realizado em agosto na cidade de São Paulo. O trabalho “Retrofit em sistemas de iluminação e ar condicionado de estabelecimento comercial como medida para eficiência energética” foi classificado entre os dez melhores do país. A partir de uma análise detalhada do Balanço Energético Nacional (BEN), observou-se que o setor do comércio consome 14,5% da energia no país. A partir de caso real, aplicou-se o conceito de “retrofit” nos sistemas de ar condicionado e iluminação do comércio. O resultado foi um ganho importante de eficiência energética. O trabalho também foi apresentado na 14ª Conferência de Estudos de Engenharia (CEEL), realizada em Uberlândia (MG), bem como no 7º Congresso Iberoamericano de Engenharia de Projetos, realizado em Joinville (SC).

Internacional Um estudo desenvolvido por um grupo de alunos e professores do curso de Engenharia Civil e Ambiental foi apresentado no International Technical Symposium, realizado em outubro na cidade de Gramado (RS). A pesquisa “Mudanças de hábitos de consumo de água e percepção sobre a qualidade da água de abastecimento em Governador Valadares” foi realizada junto a 106 moradores do bairro Ilha dos Araújos. O estudo foi motivado pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), que ocasionou o despejo de aproximadamente 60 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério no leito do Rio Doce.

Feira de Ciências e Inovações (FEICINTEC) Dois projetos do curso de Engenharia de Produção foram selecionados para participar da Feira de Ciências e de Inovações Tecnológicas (FEICINTEC) em 2015: “Água, Indústria e Economia: diagnóstico do impacto da escassez de recursos hídricos na Indústria de Injeção Plástica” e “Reuso da água hospitalar como fonte sustentável e econômica”. Em 2016 foi apresentado o trabalho “Reciclagem, reuso e reaproveitamento de resíduos derivados da construção civil em pintura de meio fio”.

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Engenharia elétrica: formando profissionais para além das tendências

Por: Mayara Gama

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á 38 anos o curso de Engenharia Elétrica da Universidade Vale do Rio Doce (Univale) procura atender às exigências do mercado, preparando engenheiros com conhecimento científico e tecnológico e capazes de executar tarefas de supervisão, coordenação e orientação aplicadas ao campo da eletrônica e da eletrotécnica nos vários segmentos ligados à energia elétrica. No campo da eletrônica, as atividades estão relacionadas à automação e controle, computação, microeletrônica, circuitos integrados e telecomunicações. Já na área da eletrotécnica, o engenheiro eletricista atua junto a indústrias, no desenvolvimento de máquinas e equipamentos. Segundo o coordenador do curso, Gyovane Alves Armondes, formar profissionais com capacidade de acompanhar o rápido desenvolvimento tecnológico é o principal objetivo do curso. Assim, além de exercer a profissão, ele poderá contribuir para o processo de expansão da área na região e no país. “Este objetivo é consequência de várias outras metas que devem ser atingidas no decorrer do curso tais como ampliar e consolidar a atuação do estudante na comunidade externa, incentivá-lo à iniciação científica visando o desenvolvimento da ciência e de novas tecnologias, desenvolver o raciocínio e capacidade de criação, estimular a busca contínua de aperfeiçoamento profissional e intelectual e outras”, explica o coordenador. Em 2016 o curso de Engenharia Elétrica teve um artigo científico classificado entre os “TOP 10” no Concurso Cultural de Eficiência Energética, realizado durante o Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (COBEE). Segundo o coordenador, faz parte da proposta do curso a realização de visitas técnicas aos mais diversos ramos da indústria e da construção, tanto civil quanto industrial, por meio de parcerias com empresas da região. “Nossos alunos colocam em prática o conhecimento adquirido em sala de aula, desde a construção de equipamentos, melhorando

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processos, e até propondo alterações na planta de forma a maximizar a produção com significativa redução de custos”, diz. No calendário acadêmico a produção da Feira Tecnológica, promovida juntamente com a Semana Acadêmica, é considerada um marco no curso. Nela são elaborados e expostos projetos elétricos, eletrônicos e robóticos que proporcionam ao público um conhecimento no que há de mais moderno em tecnologias.

Gyovane Alves Armondes Coordenador do curso de Engenharia Eletrica

A formação do engenheiro eletricista promovida pela Univale visa ao desenvolvimento da autonomia intelectual, a busca da aprendizagem continuada e uma atuação positiva nas transformações sociais. “Estimulamos a atuação criativa na identificação e resolução de problemas, o acompanhamento tecnológico constante sempre levando em conta os aspectos éticos e humanistas da profissão e com foco na promoção do desenvolvimento regional”, diz Gyovane.


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Engenharia de Produção forma profissionais preparados para o mercado

Por: Izabela Rangel

Inovar é preciso Foto: Mayara Gama.

por Nataly Maier

O curso de Engenharia de Produção da Universidade Vale do Rio Doce (Univale) forma profissionais aptos a desenvolver, de forma plena e inovadora, as mais diversas atividades demandadas pelo mercado de trabalho. Com uma abordagem integrativa e dinâmica, o curso oferece uma proposta de aprendizagem por meio da discussão de temas atuais e fundamentais para a atuação do engenheiro de produção. Os estudantes são estimulados a desenvolver uma prática criativa, a partir de uma visão holística do ambiente organizacional, sempre atentos aos critérios de qualidade, melhoria da produtividade, eficiência econômica, responsabilidade social e ambiental, que contribuem para o aumento da qualidade de vida e do desenvolvimento regional. Segundo a coordenadora, Rossana Cristina, um dos objetivos do curso é preparar o discente para aplicar os conceitos e técnicas de qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos, serviços e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria. O curso também torna o estudante capaz de dimensionar e integrar recursos físicos e financeiros, a fim de produzir com eficiência e menor custo. “Nós preparamos o aluno para projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos, serviços e processos, sempre levando em conta as características econômicas, sociais e ambientais das comunidades envolvidas”, diz a coordenadora.

Perfil profissional O Engenheiro de Produção é um elo fundamental para as indústrias e empresas de quase todos os setores, sendo capaz de gerenciar os recursos humanos, financeiros e materiais das organizações. Com conhecimentos em administração, economia e engenharia, pode racionalizar o trabalho, aperfeiçoar técnicas de produção e ordenar as atividades financeiras, logísticas e comerciais. É o profissional que integra a mão-de-obra, equipamentos e matéria-prima para o aumento de qualidade e da produtividade. Ao atuar entre o setor técnico e o administrativo dos mais diversos tipos de empresas, o Engenheiro de Produção é um profissional com ampla inserção no mercado de trabalho. Segundo a coordenadora, por isto é fundamental formar profissionais aptos às mais variadas possibilidades que a engenharia oferece. “A ideia da nossa formação é de que o aluno tenha a vivência em empresas de diversos segmentos de seu entorno, possibilitando assim, sua inserção no mercado de trabalho”, comenta.

Rossana Cristina Coordenadora do curso de Engenharia de Produção

Dentre as diversas atividades desenvolvidas pelo curso de Engenharia de Produção, o Projeto Integrador se destaca por consolidar a articulação entre ensino, pesquisa e extensão. A atividade tem cunho interdisciplinar e objetiva contribuir para o desenvolvimento da sociedade através de ações sustentáveis e inovação tecnológica, além de colaborar para a formação profissional dos discentes do curso. As ações do Projeto Integrador são planejadas com o intuito de prover o estudante de informações que lhe possibilitem articular o conhecimento acadêmico com as demandas sociais. O processo de construção e consolidação do projeto envolve a geração de novos conhecimentos, através do estudo minucioso e sistemático, com a finalidade de detectar os fatos geradores da situaçãoproblema e identificar oportunidades de intervenção, a partir das soluções desenvolvidas. Para apresentar os resultados dos Projetos Integradores, o curso de Engenharia de Produção, em parceria com o curso de Sistemas de Informação, promoveu a 1ª Feira de Inovação da Univale, realizada entre os dias 7 e 9 de junho de 2016. A feira envolveu alunos e professores de todos os períodos dos cursos. Segundo a coordenadora do curso de Engenharia de Produção da Univale, Rossana Cristina, foram apresentados na feira mais de trinta trabalhos. “Eles tiveram escopos diversos e atendiam aos mais variados ramos de atividade da sociedade”. Com o intuito do estimular o aluno a desenvolver projetos inovadores e um pensamento empreendedor, a 1ª Feira de Inovação foi aberta pelo publicitário Bernard de Luna, que ministrou a palestra “Inovação em Talentos”. Bernard atua em projetos digitais desde 1999 e já participou de diversos trabalhos no Brasil, EUA, Inglaterra, França e Austrália. Atualmente ele é CEO da 3 days e é proprietário da Deluna Creative, uma empresa especializada em consultoria e oficinas criativas de produto e inovação. Na noite de abertura, os alunos tiveram a oportunidade de apresentar seus projetos ao palestrante e receberam dicas de como melhorar a proposta para inserí-la como produto no mercado. A feira foi uma oportunidade de apresentar a toda a universidade e aos segmentos empresariais da região os projetos desenvolvidos pelos alunos. “O objetivo foi promover a interação entre os estudantes e o mercado de trabalho, por meio da interdisciplinaridade, troca de experiências, disseminação de novas tecnologias, estímulo ao interesse pela pesquisa e inovação e incentivo ao empreendedorismo”, concluiu Rossana.

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Perfis

Por: Luiz Filipe Ciribelli

Informação em alta

Habilidades e competências dos profissionais de Sistemas de Informação os tornam cada vez mais importantes no mercado e na sociedade

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um mundo altamente globalizado, conectado e competitivo, profissionais que lidam com as chamadas tecnologias da informação são cada vez mais requisitados pelo mercado. Para atender a esta demanda, um dos cursos que forma especialistas na área é o de Sistemas de Informação. “Os sistemas de informações nas organizações representam ganhos de eficiência no uso de recursos, com impacto positivo na produtividade e competitividade”, explica a coordenadora do curso, Rossana Cristina. Durante quatro anos o aluno estuda disciplinas como programação, engenharia de software, segurança da informação, desenvolvimento para web e dispositivos móveis, dentre outras. Uma das especialidades do bacharel é o tratamento das informações disponíveis na internet. O profissional também está apto a desenvolver aplicativos para smartphones e tablets, por exemplo. Estas habilidades abrem para os graduados um mercado de trabalho amplo. O profissional pode atuar em empresas de software e alta tecnologia, instituições de ensino, pesquisa e grandes indústrias. Além disso, muitos optam por trabalhar na modalidade Home Office, prestando serviços para mais de uma organização ao mesmo tempo e de forma remota. “O mercado de tecnologia da informação está em crescimento e existe atualmente um déficit de mão-de-obra especializada. Por isto as oportunidades não param de surgir”, diz a coordenadora. O curso de Sistemas de Informação da Univale tem uma parceria com a Microsoft que viabiliza o acesso gratuito dos estudantes a diversas ferramentas e treinamentos oferecidos pela empresa. Outra forma de manter os alunos conectados ao mercado é o Workshop de Informática, realizado anualmente pela Universidade e que já está na 17ª edição.

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Foto: Mayara Gama.

Professores do curso de Sistema de Informação: Thomas Jeffre, Rossana Cristina, Cristiane Mendes e Anderson Cordeiro Cardoso

EXTENSÃO O curso participa da Agência de Inovação da Univale, que tem por objetivo ser um polo articulador entre a Universidade e os segmentos da sociedade. O foco é promover a inovação e o empreendedorismo a partir do apoio a projetos que contribuam para o desenvolvimento social e tecnológico das comunidades. Além disso, os estudantes são incentivados a formar empresas. “Nossa experiência mostrou que muitos dos trabalhos desenvolvidos no âmbito universitário poderiam ser transformados em negócios que, por sua vez, também beneficiariam a região”, diz Rossana. Um bom exemplo de como a Universidade chega até a comunidade é a participação de professores do curso no Grupo de Educadores Google Governador Valadares (GEG-GV). O grupo discute o uso de tecnologias na prática educativa e apresenta sugestões de como elas podem aperfeiçoar o processo de ensino aprendizagem. Para consolidar a articulação entre pesquisa, ensino e extensão, desde 2007 o curso realiza o chamado Projeto Integrador. As ações são planejadas com o intuito de prover o estudante de informações que lhe possibilitem articular o conhecimento acadêmico com as demandas sociais. “Desta maneira colaboramos com a missão da Univale de promover o desenvolvimento regional”, finaliza a coordenadora.


ARTIGO

Crea-Minas terá nova sede em Governador Valadares Por: Jobson Andrade Engenheiro Civil e presidente do Crea-Minas A proximidade entre profissionais e Conselho é uma das questões que mais contribui para o pleno funcionamento da instituição. Entendendo a importância dessa aproximação, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CreaMinas) tem como prioridade estreitar os laços com os profissionais da área tecnológica. Uma dessas medidas é a construção de sedes próprias nas cidades. Em Governador Valadares, as obras para a construção do novo prédio que abrigará a Regional e Inspetoria do

Crea-Minas já foram autorizadas. A unidade vai funcionar em um maior espaço, propiciando conforto aos profissionais da área tecnológica do município e região, o que irá impactar diretamente na melhoria da qualidade do atendimento. O local possui 1.044 metros quadrados, com quatro pavimentos, estacionamento, duas salas para a realização de cursos, treinamentos e capacitação dos profissionais, além de um auditório com mais de 100 lugares. O espaço também vai contribuir para uma maior integração com a comunidade ao facilitar o acesso da sociedade e dos profissionais ao Conselho. A previsão de término da obra é de um ano e meio. Ao promover essa aproximação, o Conselho estará presente no dia-a-dia do profissional, cumprindo a sua missão que é defender os interesses sociais e humanos, promovendo a valorização profissional, o desenvolvimento sustentável e a excelência do exercício das atividades profissionais. A mudança faz parte do programa de obras do Crea-Minas, que a partir da construção de sedes para as inspetorias, visa aproximar ainda mais os profissionais da área tecnológica, sendo determinante para o processo de interiorização da organização em todo o estado.

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Formigas do Parque Estadual do Rio Doce sĂŁo tema de pesquisa na Univale Por Ludmilla Cotta, Jussara Fernandes, Christian Neves e David Silva

Foto: Mayara Gama.

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PESQUISA Você sabia que as formigas fazem muito mais do que andar e trabalhar o dia inteiro? Já sabemos, por exemplo, que elas são capazes de carregar mais de 100 vezes o próprio peso. O que poucos sabem é que as formigas são utilizadas como bioindicadores. Mas, afinal, o que é um bioindicador? Segundo a professora da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), Renata Campos, bioindicador é um organismo vivo que indica alterações ambientais. Renata é doutora em Entomologia, ciência que estuda os insetos, e coordena o projeto de pesquisa “Território da natureza: formigas como bioindicadores da sucessão lago-brejo e sua história evolutiva recente no Parque Estadual do Rio Doce (PERD)”. A pesquisa é desenvolvida na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) desde 2011 e o responsável é o professor Sérvio Pontes Ribeiro, com quem Renata trabalha há dois anos. Devido à proximidade entre o Parque Estadual do Rio Doce e a cidade de Governador Valadares (113 KM) e pelo desejo de continuar a trabalhar com formigas, a professora trouxe o projeto para a Univale, onde dá continuidade às pesquisas.

O Parque Estadual do Rio Doce O Parque Estadual do Rio Doce (PERD) foi criado oficialmente a partir da assinatura do Decreto de Lei nº 1.119, em julho de 1944. O PERD possui o maior complexo de lagoas de Minas gerais, um total de quarenta lagoas naturais. O parque é o terceiro maior do Brasil e fica atrás apenas de um existente na Amazônia e outro no Pantanal. Além das lagoas, o PERD abriga a maior floresta tropical de Minas, com 35.970 hectares. Por lá são encontradas árvores centenárias, madeiras nobres de grande porte e também o maior remanescente de Mata Atlântica de Minas Gerais. Acredita-se também que o parque possua uma das maiores populações de onças do Estado. Mas, apesar da beleza e riqueza de fauna e flora, o parque - principalmente as

lagoas- sofre com o processo de assoreamento natural. E um dos objetivos do projeto “Território da natureza” é justamente fazer o acompanhamento. “O processo natural dos lagos é o assoreamento. À medida que o tempo vai passando eles se transformam em brejos e algumas vezes viram terra firme”, conta a pesquisadora.

Um projeto a muitas mãos Bolsistas de iniciação científica dos cursos de engenharia da Univale participam do projeto “Território da natureza”. A Engenharia Ambiental, por exemplo, contribui com suporte técnico e estratégico na escolha e determinação das áreas de estudo, considerando a visão de escala e analítica do engenheiro. Os engenheiros ambientais gerenciam, organizam e controlam as atividades de campo. A realização de testes granulométricos e análises de solo coletadas na margem das lagoas também estão relacionados com a formação acadêmica de engenheiros ambientais. À engenharia ambiental também é reservada a tarefa de observar como se dão os processos naturais de degradação em uma área preservada, levando-se em conta todos os componentes do ecossistema. A partir daí é possível elaborar soluções para promover a sustentabilidade. Sarah Louback, estudante do 6º Período de Engenharia Ambiental, é uma das bolsistas. Segundo ela, o aprendizado ao trabalhar no projeto tem sido grande. “É uma experiência única conhecer uma unidade de conservação ambiental. Além disso, é interessante ver como o projeto se encaixa no curso que estou fazendo”, comentou. Estudante do mesmo período de Sarah, Antônio Carlos destaca que o trabalho interdisciplinar promove o conhecimento. “Aprendi muito com os biólogos com os quais trabalhei e ter experiência de trabalhar em uma área de preservação como o Parque é algo único. Quero continuar no projeto”, diz.

Professora Renata Campos

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Artigo

Crea-Minas Júnior Maycon Juan - Presidente Criado em 2000, o Crea-Minas Júnior se orgulha de ser o pioneiro de um movimento que fomenta a aproximação dos futuros profissionais com o mercado de trabalho, entidades de classes e os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs). Hoje a iniciativa está presente em 23 Estados e no Distrito Federal (DF). Composto por futuros profissionais e recémformados dos cursos vinculados ao Sistema Confea/ Crea, o grupo está presente em 47 municípios mineiros, abrangendo todas as regionais do Estado. Os trabalhos desenvolvidos estão alicerçados na valorização profissional, divulgação do Sistema Confea/Crea e Mútua e formação de jovens lideranças, com a realização de seminários, palestras, minicursos, visitas técnicas e ações sociais, visando o incremento da formação de seu público e colaboradores. A equipe difunde conhecimentos relevantes para o incremento da formação pessoal e profissional, priorizando conteúdos acerca das tendências da área tecnológica, legislação e ética no exercício profissional. Apoia movimentos empreendedores jovens e

assessora estudantes e recém-formados em suas relações com o mercado de trabalho. Mais que um espaço para disseminar informações, o Crea-Minas Júnior é palco para geração de resultados e desenvolvimento de pessoas, tornando-se referência na formação de jovens lideranças e capacitação profissional. Ao longo dos 16 anos de história tem levado diversos tipos de atividades para os futuros profissionais da área tecnológica, através de congressos, seminários, visitas técnicas, palestras, projetos, atividades sociais e outros. Dentre os diversos projetos destacam-se: Projeto Engenharia Pública: apresentação da engenharia nas comunidades mais necessitadas. São realizadas palestras sobre tratamento de resíduos sólidos, reciclagem, sustentabilidade e outros. Além disso, leva os formandos em engenharia para fazerem o trabalho de conclusão de curso voltado para a resolução de algum problema destas comunidades. Crea nas Escolas: apresentação das profissões da área tecnológica para os alunos de ensino médio com o objetivo de aumentar o número de ingressos nos cursos de engenharia, agronomia, ciências geológicas e meteorologia. Abertura de Programas Jovens nas Entidades de Classe: tem por objetivo fomentar a participação dos estudantes de engenharia e agronomia nas entidades de classe para contribuir para união e fortalecimento das profissões da área tecnológica.

ANÚNCIO Institucional da Univale

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R R O O D D A A N N R VEER OV G GO EESS R R A A D D A V VAALL A

16. DEZ SEXTA-FEIRA

ATRAÇÕES CONFIRMADAS

Realização:

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