Agradecimento A Chapa 2 União na Luta quer agradecer os 569 votos que recebemos dos companheiros petroleiros de Caxias nas eleições à direção do nosso sindicato, 46% dos votos válidos. Nossa chapa foi montada a partir da necessidade de união dos lutadores petroleiros para a defesa da Petrobrás e de seus trabalhadores. Esta unidade e um programa voltado para os interesses dos trabalhadores foram fundamentais para que nossas propostas fossem aceitas pela maioria dos trabalhadores da REDUC e da UTE-GLB e por quase a metade dos petroleiros de Caxias. Perdemos por uma diferença de 101 votos. O resultado comprovou que existe um forte desejo de mudança na política sindical aplicada. Este sentimento já é majoritário na REDUC, a principal base, que nos consagrou com uma pequena e importante vantagem (51%). E também na UTE (61%). Mas ainda é muito minoritário entre os aposentados e no TECAM, infelizmente.
O resultado final das eleições (de 54 a 46%) deve nos trazer importantes reflexões. A primeira reflexão deve ser da própria direção eleita, que tem utilizado o método divisionista para afirmar uma condução monolítica da nossa entidade. A divisão e a mentira só nos fragilizam. Por este motivo que a chapa eleita possui 26 de 60 diretores lotados em apenas 2 locais da nossa base sindical (PL na Reduc
e TECAM). E vai iniciar um mandato sem representatividade nos demais setores. Por outro lado, a Chapa 2 acabou por arcar com uma responsabilidade muito grande, conferida a nós pela votação extraordinária que obtivemos, majoritária na principal base, a Reduc na UTE-GLB e quase empatando no geral (46%). Veja o quadro geral de votação:
Democracia operária
Acatamos a decisão dos trabalhadores e reconhecemos a vitória da chapa governista neste pleito. Esta é a vontade dos trabalhadores, ainda que baseada numa ilusão de que é melhor
ter um sindicato atrelado aos governos e à direção da empresa. Respeitamos esta decisão por que acreditamos na democracia operária e no respeito às decisões dos trabalhadores.
Esperamos que este nosso exemplo estimule a direção eleita a corrigir sua postura diante das decisões de base, muitas vezes desrespeitadas nos últimos anos.
União na Luta
2 c hapa
Os ataques morais e as mentiras Embora reconheçamos o resultado eleitoral, sabemos que diversos fatores contribuíram para que este acontecesse. Entre estes fatores, o principal é a ilusão que amplos setores da categoria ainda têm em manter seu sindicato com vínculos com governos, direção da empresa ou partidos políticos. Repudiamos os ataques morais e a postura desrespeitosa que o presidente eleito manteve em seu discurso e seus panfletos. Tratamentos como “coxinhas” e “mentirosos” além de não caberem num debate político, rebaixam o nível das discussões importantes que
frente à Reduc, bem como a iniciativa de retirada da urna do Cepe/Caxias no dia do churrasco dos aposentados. Além dos dirigentes sindicais terem feito campanha com os carros do sindicato e a oposição à pé, sob a cumplicidade da Comissão Eleitoral. Tais fatos demonstram fraqueza e desrespeito aos adversários e aos aposentados. Outra manobra eleitoreira rasteira foi a execução da ação do Minuto a minuto do H.A. com o recebimento dos cheques pelos trabalhadores durante o processo eleitoral. Tudo em acordo com a gerência da empresa.
precisamos fazer. O presidente eleito responde aos nossos argumentos sempre da mesma maneira: que o que dizemos é mentira. Não é assim, presidente. Discordar de suas opiniões não nos torna mentirosos. Acessem nosso blog e vejam todos os materiais da nossa campanha. Em nenhum deles fazemos quaisquer ataques morais ou pessoais a quem quer que seja. Fizemos uma campanha limpa e nos orgulhamos disto. Achamos desnecessário e uma baixaria que tenham esvaziado dois pneus de nosso carro de apoio, em
A exigência da Execução Provisória da ação da RMNR Ao longo da campanha eleitoral, nossa chapa optou por uma linha de cobrança da execução provisória da ação da RMNR. Nosso entendimento era e ainda é de que precisamos e podemos fazer esta execução e não há nada que a impeça. A chapa governista foi muito mal
neste debate. A decisão jurídica de executar provisoriamente a ação da RMNR é uma decisão política que o presidente eleito simplesmente não consegue tomar. E não o faz pelos compromissos que tem com a direção da empresa, esquecendose e relegando a um segundo plano
Por um sindicato independente em defesa da Petrobrás e dos seus trabalhadores Julgamos ser fundamental para um sindicato uma postura independente de partidos políticos, da direção da empresa e dos governos. E é justamente no TECAM – única base onde a chapa governista venceu - que esta tese ganha importância. Por que é lá na Transpetro que o nosso sindicato mantém dois sindicalistas como assessores de um dos acusados de corrupção da Operação Lava Jato, o presidente licenciado da Transpetro. Esta situação é humilhante para os petroleiros e vergonhosa para a história do Sindipetro/Caxias. Nada justifica o respaldo a uma gestão que poderá estar manchando o nome de nossa empresa
e de seus trabalhadores. Insistimos que o Sindipetro Caxias e sua direção eleita devem exigir imediatamente que ambos os companheiros se desliguem de seus cargos, parando de contribuir com uma gestão suspeita de corrupção. O nosso sindicato não pode abrir mão da luta para reestatizar a Petrobrás, acabar com a terceirização e proibir demissão de trabalhadores nas empreiteiras. Ou seja, precisamos agir duramente contra corruptos e corruptores. Para isto, precisa se engajar ao chamado do Sindipetro/ RN pela Conferência Nacional pela Reestatização da Petrobrás.
suas responsabilidades como nosso representante. Neste aspecto, nos preocupa que a direção sindical venha com uma nova versão de respostas, detalhando uma proposta que absolutamente não existe. Reafirmamos nossa exigência de execução provisória da ação da RMNR.
A Prestação de Contas que questão importante Outra levantamos foi a necessidade da diretoria que se encerrava fizesse a Prestação de Contas de seu mandato. A resposta da chapa branca foi que a Prestação de Contas do exercício 2013 havia sido realizada em abril deste ano e que era somente “uma das mentiras mais cabeludas
da oposição”. Reafirmamos que é uma prática fundamental para a democracia operária que a gestão que se encerra realize sua prestação de contas. Num momento em que a nossa empresa está sob ataques da mídia entreguista, os trabalhadores devem dar o bom exemplo e manter as boas práticas. Não há aí qualquer acusação moral, mas uma exigência de transparência e lisura que só fortalecem o processo democrático.