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Gráfico 1 – Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade Brasil – 1940/2010 (BRASIL, 2012)
Apesar de (aparentemente) significativa, a redução percentual não revela qualitativamente a qualidade do aprendizado de leitura e escrita no território nacional. O dia a dia no “chão da escola”, especificamente no que concerne à rede pública, tem revelado uma realidade bastante paradoxal. É
bastante
comum constatarmos
em
séries
finais
do
Ensino
Fundamental ou no Ensino Médio, um quantitativo bastante importante de alunos com sérias deficiências em leitura, escrita e cálculo. E me refiro aqui às tarefas mais básicas de decodificação, codificação e operações aritméticas. Em razão disso, existem inúmeros programas suplementares implantados pelas diversas esferas governamentais visando a mitigar tais deficiências, ou mesmo a (re)alfabetizar tais indivíduos considerados analfabetos funcionais. Mas quais seriam as possíveis causas desse problema multissecular? Baseados em um conhecimento comum da nossa realidade educacional, poderíamos citar como possíveis respostas à questão, dentre outras: a carência de políticas públicas (eficientes) de educação; a infraestrutura da rede pública de ensino deteriorada; a desvalorização do material humano; e o preparo insuficiente dos educadores, especialmente de alfabetizadores. Sabemos que não nos compete, enquanto educadores, ações diretas na esfera política com o fim de reverter o insucesso na aprendizagem da leitura e