PETTICOAT - Gilmara Meireles

etticoa

Gilmara Meireles Alves

MOULIN ROUGE: Reflexo da moda íntima na atualidade

Belo Horizonte

Portifólio de criação aprsentado a disciplina de Técnicas de Apresentação Prof. Orientador: Aldo Clésius Tipo de produto final TCC: Coleção

Agradecimentos

Primeiramente a Deus, pois sem ele não teria chegado até aqui. Aos meus pais principalmente, por terem me apoiado na relalizaçao desse

sonho, por terem acreditado em mim, pela força, pelo incentivo, pelos conselhos, por toda ajuda e carinho que me deram, enfim, por tudo! Aos meus irmãos, que tambem me apoiaram nessa jornada e sempre me deram forças nas horas que mais precisei. Aos meus tios e tias que ao longo do curso torceram por mim, me ajudaram em todos os momentos de angustia e ansiedade. E aos meus amigos, especialmente alguns que sem eles nada disso estaria pronto, que me ajudaram de alguma forma a concluir essa etapa em minha vida.

Amo todos!

Resumo/ Abstract Este book tem como objetivo expor todo processo criativo da coleção Moulin Rouge, descrever o DNA da marca Petticoat e mostrar como

foram realizadas as pesquisas de campo que dão tema à coleção. Também estão expostos neste material as escolhas dos croquis e o desenvolvimento criativo geral, que inclui as escolhas dos materiais para a confecção dos looks. Fotos e painéis com textos explicativos colocando em evidência todo o trabalho realizado serão encontrados neste material na tentativa de esclarecer o processo artístico, criativo e de branding da marca. Aqui serão relatadas as características da marca Petticoat e todo procedimento da criação da arte.

Abstract

This book’s main objective is showing the creative process of the collection Moulin Rouge, describing the brand Petticoat DNA e showing

how the field researches that gave theme to the collection where done. There are also included in this material the choices of the sketches and the creative development in general aspects, that include the choices of materials to manufacture the outfits. Photos and boards with explainable texts that put in evidence the whole work realized are also found here, in a attempt to clear the artistic, creative and branding process of Petticoat.

In this material are reported the characteristics of the brand Petticoat and the whole creative development. Key words: elegance, sensuality, fetish, cabaret.

Palavras chave: Elegância, Sensualidade, fetiche, cabaré.

Sumário Currículo ....................................................................................... 07 Briefing de Negócio ...................................................................... 09 Público - Alvo ............................................................................... 12 Manual de Identidade Visual ........................................................ 16 Briefing de Coleção ...................................................................... 24 Painel de Inspiração ..................................................................... 50 Painel de Macrotendências .......................................................... 53 Painel de Tendências ................................................................... 56 Cartela de Cores .......................................................................... 59 Cartela de Tecidos ....................................................................... 62 Cartela de Matérias ...................................................................... 65 Cartela de Aviamentos ................................................................. 68 Descritivo do Processo Criativo das Famílias .............................. 71 Processo Descritivo do Desenvolvimento da Coleção ................. 78 Coleção ........................................................................................ 80

Currículo

Meu nome é Gilmara Meireles Alves, tenho 23 anos de idade, sou natural de Ipatinga Minas Gerais.

Sempre gostei do universo da moda, do designer e da arte. Tudo que envolve idéias, criatividade, algo que me faça viajar para outro mundo

e fantasiar, é bem vindo. Tive a certeza do desejo de fazer moda, quando comecei a trabalhar em uma loja, onde tive contato com vários tecidos, tendências e fornecedores. Na minha adolescencia, pensava em fazer faculdade de Direito, pois era a vontade dos meus pais. No final do segundo grau, veio à pressão para escolher um curso universitário, eu desejava fazer o curso de Moda, mas achava muito difícil, pois na cidade, não existia o curso. Como minha mãe é psicóloga, ela entendeu o meu lado, e explicou para o meu pai a minha situação, o meu desejo. Com muitas dificuldades, meu pai acabou colaborando e consentindo que eu me mudasse para Belo Horizonte e realizar o meu sonho.

Durante o curso foi realizado alguns eventos, tanto interno como externo,onde pude associar a teoria à prática, ou seja, pude fazer uma

conexão dos conhecimentos adquiridos dentro da sala de aula e colocá-los em prática. Dentre vários eventos cito alguns abaixo:

Desfile La Chapelle; Seminários e palestras; Estágio na Distribuidora de tecidos Bazar Cida, durante o período de 02 anos; Oficina: Uma

roupa para chamar de minha; Vitrinismo e moulage; Desfiles; Desenvolvimento de coleções; Desenvolvimento de designer de superfície; Visitas à fabricas e lojas de roupas; Entrevista e acompanhamento de peça piloto realizada no Ateliê Sonia Pinto.

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Foram vários objetivos durante o curso, mas, procurei sempre manter o foco no objetivo principal que é dominar os conceitos abordados

relacionando-o com a prática do cotidiano do universo da Moda. Pretendo ser um profissional criativo, com capacidade de estabelecer novos conceitos, com capacidade de interagir com outras áreas de conhecimento que me proporcione um enriquecimento pessoal e profissional em minha área de atuação. Gosto da área de criação, produção, pesquisa de tedências, têxtil e um pouco da área de marketing.

Penso que esse memorial tem como finalidade relatar experiências vivenciadas e que proporcionaram conhecimento teórico e prático de

cada aluno. As atividades mencionadas acima foram realizadas desde o primeiro período até o quinto período. As disciplinas em que se enquadram são: Produção de moda, Fibras e Fios, Moulage, Desenvolvimento de Coleção, Marketing de Moda e Designer têxtil.

O projeto tem como o tema o Caberé Moulin Rouge, sendo uma coleção de lingerie inspirada no cabaré, em algumas obras de Henri Tolouse, meretrízes da época e as dançarinas de CanCan. Além das peças de lingeries será apresentado alguns looks loungewear proporcionando uma distinção na coleção. Será realizada pesquisa das cartelas de tecidos, cores e aviamentos. Será realizado também, pesquisas do público alvo, tendências do verão 2015, modelos e desfiles de lingerie. Todo trabalho terá foco na inspiração que remete ao Cabaré Moulin Rouge, com suas características marcadas da época, mas que se reflete na atualidade.

Irei executar 8 looks no trabalho, sendo todos femininos.

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Briefing de Negรณcio DNA da Marca

O tema da coleção tem como inspiração o luxuoso cabaré Moulin Rouge, em sua época na Belle Époque Francesa, no século XIX. Ligada

à atualidade, com silhuetas femininas e uma atitude luxuosamente sensual. Com modelos que remetem o poder, a beleza e a sensualidade da mulher sem deixa-la vulgar, a marca coloca em evidência o lado feminino que percorre a alma de todas as mulheres. Mostra o quão pode ser interessante uma lingerie como qualquer outro look.

É o desejo de toda mulher moderna e poderosa, que mesmo com seu cotidiano agitado, não abre mão de sua feminilidade. Aquela que

gosta de se vestir não só para os melhores momentos a dois, mas para ela mesma, pois seu amor próprio é o que importa.

A Petticoat possui como atributos espirituais, a jovialidade combinada com a elegância que traduz o DNA da marca, a sensualidade da

mulher junto com sua feminilidade. Nos atributos físicos possui tecidos fluídos que remete a leveza e delicadeza da mulher, tules transparentes dando uma sensualidade nos looks, o couro remetendo o poder e a pegada mais fetichista, as franjas como atributo principal do tema, e a renda como textura fundamental.

O estilo dominante da Petticoat é o sexy, por serem looks ousados e exibicionistas, com foco na transparência. É um estilo que preza a sedução.

O complementar é o romantico, com detalhes de babados, tons nudes, tecidos românticos e texturas que remete o feminino. O segmento de mercado da marca é o Lingerie e o Loungewear, roupas feminina, varejista e pret porter.

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Os concorrentes da Petticoat, por preço é a marca Fruit De La Passion, é uma marca brasileira que revela o luxo em suas coleções, com

detalhes e acabamentos inpecáveis, por tanto seus preços são de acordo com seu público alvo. A La Perla fundada na Itália, por possui um estilo elegante e glamouroso com peças mais sofisticadas, que remete a beleza e a feminilidade da mulher, juntamente com a outra concorrente Londrina Agent Provocauter, pelas suas peças fetichistas e sedutoras, traduzindo uma mulher poderosa. O ponto de distribuição da marca Petticoat, está em bairros mais nobres, atendendo em lojas próprias as caracteristicas dominantes da mulher Petticoat.

Os valores das peças estão ligados na qualidade dos materiais, dos acabamentos e dos detalhes. O menor preço, R$ 90,00 uma calcinha

de renda de poliamida simples. A marca preza a elegancia, seu maior preço está em R$ 1.000.00, sendo uma peça mais elaborada e trabalhada com bordados e acabamentos sofisticados.

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Público Alvo

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A mulher Petticoat possui a idade entre 25 a 35 anos, mora em bairros mais selecionados, pertencentes as classes A e B. Vem de uma

família, com condições socio economicas estáveis, de classe média, não necessariamente classe alta, mas que lhe forneça uma vida confortável. É solteira, pois acredita que o casamento vem depois da sua vida profissional, depois dos 30 vale casar e ter filhos, desde que esteja com sua vida profissional realizada, antes disso, prefere aplicar ao máximo o que a liberdade tem para oferecer, pois gosta de viajar sozinha e com amigas, conhecer pessoas e culturas diferentes, sem se preocupar.

Ela estuda ou trabalha, faz um curso na melhor escola de sua cidade e que tenha a ver com seu estilo de vida. Ela tem prazer em trabalhar

no que gosta, é uma mulher moderna, gosta de ser independente, autonoma, não depende dos outros, principalmente dos homens. Trabalha em numa empresa em que possa liderar, é uma mulher com personalidade forte e de muita atitude. Ganha o suficiente para se manter, em média de R$ 8.000 mensais, mas sua família está sempre presente, dando lhe apoio e incentivo moral. Preza o conforto, um apartamento moderno, médio com um toque retrô, pois gosta de misturar esses dois estilos. Gosta de cachorros, de quadros, tapetes e livros, sua alimentação é variada, pois gosta de alimentar se bem, mas não é neurótica com comida, adora comer pratos diferentes, desde saladas a massas. Aprecia um bom e velho vinho, mas não deixa de lado o whisky e uma boa bebida gelada com suas amigas em dias mais quentes. É elegante, poderosa e moderna, mais gosta da simplicidade das pessoas, preza a humildade e acredita que as pessoas podem ser melhores a cada dia. É divertida, ousada na medida certa, atraente e sabe como chamar atenção de alguém quando quer e precisa. Seus valores são básicos e sólidos.

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Quando vai as compras, gosta de pesquisar as tendências fora do Brasil, gosta de viajar para achar peças exclusivas, e adora um brechó

vintage. Quando gosta de alguma peça, não pensa duas vezes para comprar, pois se sente bem assim e gosta de se vestir bem. É vaidosa, mais não fútil, sempre preocupada com a aparência, pois sabe que é fundamental quanto a inteligência. Está sempre comprando uma lingerie, um livro e uma camisa. É decidida na hora de comprar, não gosta de ajuda para decidir, mas, aceita dicas e opiniões. Seu estilo é moderno e urbano, um pouco ousada e muito criativa, gosta de misturar os estilos e sabe que arrasa em seus looks.

Um pouco eclética essa mulher, gosta de experimentar coisas novas, sentir ares diferentes, gosta da liberdade. Aprecia uma boa música,

desde que não seja comum, que tenha conteúdo. Ama MPB, Jazz, algumas músicas alternativas. Tem um amor pelo rock mais antigo, herança dos pais. Quando está na praia, ama de paixa. Gosta de escutar um reggae ou surfmusic e está sempre aberta para conhecer novas bandas e estilos musicais. Ela é romântica quando precisa ser, e carinhosa também, um pouco nervosa, tem muita atitude, está sempre de bem com a vida, é corajosa, muito inteligente, divertida e misteriosa.

Durante os finais de semanas, ela prefere uma praia, correr, fazer yoga e exercícios físicos, beber com suas amigas, visitar algumas gale-

rias de arte, passear com seus cães, ou ficar em casa vendo um bom filme e ler seus livros. À noite, gosta de uma baladinha com suas amigas, ou show, ama festivais de músicas, gosta de jantar em restaurantes bons ou na casa de amigos, ou simplesmente beber e jogar conversa fora.

Ela preza muito a noite, gosta do agito da cidade, que a noite traz. Ela adora viajar para lugares exóticos, conhecer novas praias e novas baladas, adora sentir a natureza, o frescor e a leveza.Seus amigos são pessoas, que estudaram ou estudam com ela, sendo alguns do seu trabalho, e outros de datas antigas.

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VERSÃO A UMA COR Preto no Fundo Branco

Branco no Fundo Preto

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FONTE UTILIZADA: Austie Bost Rest of Our Lives

Austie Bost Rest of Our Lives A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Z 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 ? * / + ( ) ] [ & | % @ # ! a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x z

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ÁREA DE PROTEÇÃO E REDUÇÃO MÍNIMA

4 Centímetros

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MALHA DE AMPLIAÇÃO

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PANTONE E CMYK PANTONE BLACK C

C100 M100 Y100 K100

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USOS INDEVIDOS Alteração não prevista de proporções

etticoa Alinhamento não previsto

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Alteração nos elementos

Uso em Outline

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Utilização de fonte não recomendada

Petticoat

Utilização dos elementos separadamente

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APLICAÇÃO EM PAPELARIA Envelope

Cartão de Visita Frente

etticoa Verso

www.petticoat.com.br R. Prof. Antônio Aleixo, 578 Lourdes Belo Horizonte (31) 3337-8122

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APLICAÇÃO EM PAPELARIA SacolaT

ag

Grande

Pequena

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BRINDE Porta Lingerie com porta Perfume para Roupas Ă?ntimas.

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Briefing de Coleção

Esse artigo aborda a história do famoso cabaré Moulin Rouge localizado em París, abrangendo alguns frequentadores dominantes, sendo

as dançarinas de Can Can, as meretrizes da época e o artista boêmio Henri De Toulouse-Lautrec, juntamente com algumas atrações artisticas que eram apresentadas no cabaré. Além destes destaques, também será analisado a moda íntima desde o surgimento da lingerie até a atualidade e suas tecnologias. Pesquisaremos a história do cabaré no século XIX, ligado a Belle époque. Com averiguação nos estudos relacionados ao tema, será criada uma coleção de lingerie, com as caracteristicas e detalhes da época, mas em deixar de ser atual e elegante, que é a principal ideia desta coleção.

Palavras chaves: Cabaré; Lingerie; Sensualidade; Arte; Historia.

ABSTRACT This article discusses the history of the famous Moulin Rouge cabaret located in Paris, including some regulars dominant, and the Can Can dancers, whores of the season and bohemian artist Henri De Toulouse-Lautrec, along with some artistic attractions that were presented at the cabaret.

In addition to these highlights, we also analyze since the emergence of lingerie to the present and its technologies. We will investigate the history of cabaret in the nineteenth century, on the Belle époque. With finding in studies related to the topic, we’ll create a lingerie collection, with the features and details of the time, while being more current and fashionable, which is the main idea of this collection.

Key words: Cabaret; Lingerie; Sensuality; Art; History.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...................................................27 2 OBJETIVOS....................................................28 2.1 Objetivo geral............................................28 2.2 Objetivos específicos.....................................28 3 JUSTIFICATIVA................................................29 4 LINGERIE.....................................................30 4.1 Primeiras peças...........................................33 4.2 Mercado...................................................36 5 SÉCULO XIX BELLE EPOQUE......................................38 6 MOULIN ROUGE.................................................40 6.1 Meretrizes no séc XIX.....................................42 6.2 Henri Toulouse............................................45 7 A COLEÇÃO DE LINGERIE........................................47 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................48

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1 INTRODUÇÃO

No século XIX, fundado por Joseph Ollera no ano de 1889, nasce em París, uma nova atração, uma nova diversão que agitou a vida no-

turna dos parisienses. Talvez o mais inusitado até a atualidade, o famoso cabaré Moulin Rouge (Moinho Vermelho) que trouxe além de atrações artísticas, brilho para as noites francesas e escandalos também. Localizado no bairro Montmartre, popularmente conhecido como Zona Vermelha, surge um cabaré diferenciado dos outros que ali existia, seu charme boêmico e atristocrático da Belle époque enfeitava as noites de Paris com as famosas dançarinas de Can Can, shows de jazz e algumas outras atrações. Atualmente, o Moulin Rouge é frequentado tanto pelos parisienses como turistas, oferecendo jantares e espetáculos com o estilo da boêmia francesa. (JORGE, 2008)

O objetivo geral deste artigo consiste em pesquisar a história do cabaré Moulin Rouge, as dançarinas de Can Can, a prostituição na época,

juntamente com o artista Henri Toulouse, um dos principais frequentadores da casa de shows. Também será abordado a sensualidade da mulher, tanto na época, como atualmente e introduzir a história da lingerie.

Sobre o estado da arte, existem artigos e monografias relacionados ao presente tema, mas com ideias e propostas diferentes. A abordagem

deste trabalho será diferenciada, pois o tema será cuidadosamente tratado, para que não se desvie do foco.

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2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral O objetivo geral deste trabalho será pesquisar a história da lingerie e a hitstória do cabaré Moulin Rouge juntamente com o artista Henri Toulouse e as meretrizes da época.

2.2 Objetivos específicos •

Analisar desde a primeira peça de lingerie;

•

Pesquisar a história do cabaré;

•

Averiguar os modelos íntimos usados na época;

•

Pesquisar a vida de Henri Tolouse;

•

Analisar as meretrizes da época e as dançarinas de Can Can;

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3 JUSTIFICATIVA

O trabalho consiste em saber como era o cabaré Moulin Rouge, as vestimentas, as dançarinas e como isso influenciou a moda íntima até

a atualidade. Com isso, será realizada uma coleção de lingerie, inspirada neste conceitual de cabaré da época, através da sua história que será pesquisada no desenvolvimento deste artigo. A coleção tem como principal fator, elaborar peças íntimas com caracteristicas semelhantes aos adornos das dançarinas de cancan, figurino das meretrizes e detalhes da Belle Epoque, com materiais atuais, juntamente com as obras do artista Henri Toulouse, que se tornou um dos fundamentais frequentadores da casa de show.

Os aportes teóricos foi revisão bibliográfica, incluindo materiais como artigos acessados livremente na internet ou por meio das bibliotecas

virtuais e Scielo, dissertações e teses, e livros.

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4 LINGERIE

Anos após anos, a lingerie continua recebendo modificações, modelos mais ousados, confortáveis, com tecidos e aviamentos avança-

dos, e não mais com a mesma função de antigamente, que era pricipalmente atender a necessidade feminina. Com a tecnologia em alta e a evolução das mulheres tanto no mercado de trabalho como também em outras áreas, objetivou para que essa peça, não muito valorizada no passado, se transformasse em um artigo de luxo, remetendo à sensualidade da mulher.

A partir dessas mudanças, essas peças

intimas passaram a serem usadas, mesmo quando necessidade, era uma questão de estilo e são a partir daqui objetos de sensualidade. Eram eles que determinavam a beleza de uma mulher. (JORGE, 2008, p.38)

Com o passar do tempo a lingerie aparece mais em forma de atração, não possuindo mais a mesma linguagem que tinha na sua origem.

Além da modernidade, a peça intima atual agrega o conforto, a durabilidade dos materiais, a diversidade de modelos e cores diferenciadas.

Inicio do século XIX, usavam se espartilhos para sustentar os seios. Paul Poret aboliu essa peça e com a segunda guerra mundial dificultou o uso deste, sendo que atualmente, a peça já não é usada com a mesma funcionalidade. O espartilho além de ser um vestuário de fetichismo é introduzido também em vestimentas festivas. (GARCIA, 2002.

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Um corpete da mulher por exemplo em vez de permitir que seus seios formacem

colinas, sob o tecido, fazia com que todas as suas curvas atraentes fossem niveladas para formar um cone abstrato, o qual era então adornado com duas guirlandas semicirculares de pérolas.(HOLLANDER, 2003, p.48)

Segundo Jorge (2008), o espartilho foi usado por quatro séculos seguidos, entre a idade media ate final do século XIX. Uma peça cuja

função, além de satisfazer fantasias masculinas, deixavam os seios fartos e era imprescindível que as cinturas ficassem mais finas. Mas essa vestimenta provocava muita dor, problemas de saúde e mal estar, porem era usado como parâmetros da beleza, devido ao formato da cintura de vespa.

De acordo com Thomas (2009), a primeira roupa de baixo era uma espécie de túnica que surgiu no século XII. Logo depois, por volta do

século XIII, a principal matéria prima da peça íntima era o fio de linho do francês fil de lin de onde se origina a palavra lingerie. Steele (1997) relata que a invenção da roupa intima foi prática, não erótica, e que surgiu pela nobreza da Idade Média. Eram feitas de linho e protegiam o corpo da irritação provocada pelas lãs abrasivas. As mulheres usavam como lingerie o cotte, anterior ao corsete, era um modelo de túnica com barbante usado por cima dos vestidos, ele apertava os seios e ainda assim, algumas mulheres usavam faixas, por que era sugestivo que fossem pequenos e estufados, e o ventre proeminente (THOMAS, 2009).

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Com o surgimento de novas tecnologias textêis, a lingerie abrange o mercado feminino, como camisolas, sutiãs, calcinhas, corpetes, a

procura da silhueta perfeita. Os bojos com enchimentos, armações para sutiãs, alças elásticas, contribuíram para o crescimento do mercado de roupas íntimas invadindo os pólos da moda. Nos anos 80, surge então à lycra, que veio para aprimorar as modelagens íntimas, introduzindo na fibra natural elasticidade e diversidades aos modelos que eram mais desconfortáveis. (GARCIA, 2002) “Lycra” em linguagem revolucionária quer dizer “basta”.

Basta de limitação dos movimentos, basta de ficar presa a preconceitos, basta de carregar sobre o corpo todo o peso de séculos de opressão. “Lycra” é a base de um empolgante movimento mundial de libertação, que traz de volta à circulação a mulher ao natural. A mulher como ela é, sem artifícios e sem inibições. Para garantir isso, “Lycra” vem com tudo o que é necessário: uma extraordinária leveza e uma flexibilidade sem igual. Usando “Lycra” você fica livre e soltinha como se não estivesse usando nada. Mas lembre-se: usando um soutien, uma cinta ou uma calcinha de “Lycra” você não estará apenas usando um soutien, uma cinta ou uma calcinha. Você estará envergando uma verdadeira bandeira contra a opressão. (REVISTA CLAUDIA, 1972, p. 205 apud COSTA, 2010, p. 03)

Desde o modelo romântico ao sexy, do básico ao ousado, a indústria de lingerie vem crescendo cada vez mais para antender as demandas

solicitadas pelos clientes. São vários estilos, materiais, tecidos, fibras, estampas que chegaram a um nível de sofisticação, qualidade e conforto no qual não existiam anteriormente. Pode-se hoje, modificar o tamanho, escolher o modelo apropriado para cada corpo, além de revelar a sensualidade da mulher, com luxo e classe, que é uma das principais características da lingerie atual.

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A moda inventou um vocabulário visual poético para demonstrar, mesmo de modo inconsciente, os temas sobrepostos e simutâneos de temporalidade e contingência, ou de localização social e personalidades, mas sempre nos termos sexualizados que são exigidos pelo corpo vivo, dele ou dela.

(HOLLANDER, 2003, p.40)

4.1 Primeiras peças

Steele (1997) descreve que a roupa intima no início da era moderna, teve uma evolução importante no erotismo na vestimenta feminina. A

roupa de baixo surgiu entre os nobres na idade média, para se protegerem do suor e das irritações e higiene. Ela teve um olhar singular por volta do século XVIII, a sociedade contraiu um interesse sexual pela vestimenta, e teve maior destaque no século XIX. Durante esse período, a roupa intima teve uma contradição em sua repercussão. Acreditavam se que as vestimentas por baixo, faziam com que aumentasse a curiosidade sexual dos homens só de imaginar os frufru e rendas, ou referência do desnundamento como introdução da intimidade sexual.

Porém nessas épocas a lingerie tinha seu marco histórico, a mídia relatava que este não passava de um tema escravizante, pois era considerada como sinal de depravação (JORGE, 2008, p.47).

No renascimento, a peça intima já eram utilizadas como vestimenta. Steele (1997) relata que as mulheres, sendo cortesãs, dançarinas e

crianças usavam ceroulas. Eram consideradas um pouco masculinizadas, as mulheres mais respeitadas,adotaram as ceroulas por volta do século XIX, por higiene e calor (ver anexo fig.9 a 11 p.28). No momento em que a peça se espalhou, começaram a confeccionar com tecidos mais finos, como seda e materiais luxuosos, eram leves e tinham cascatas de rendas com fitas.

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A lingerie ingressou com transformações e mudanças de comportamentos nesse periodo. O espartilho foi embutido como um acessório de

fetiche, associado à repressão e dor. Sobreviveu a quatro séculos, passando por regimes politicos, mudanças do comportamento cultural, guerras e etc. Era usado para sustentar os seios, antes deste as mulheres usavam um colete justo sobre uma camisa e amarrada atrás para dar o sustento aos seios.

Segundo Jorge (2008), apesar da saúde ser prejudicada, o espartilho era estimado pela a alta sociedade um sinal de ascendência, devido ser obstáculo ao trabalho.

A mulher de baixa renda usava corpete estilo medieval, fixado por cordas, menos apertados e amarrado na frente para

facilitar o uso. Bem distindo do corpete aristocrático, amarrado nas costas e exigia ajuda de outras pessoas. Essa hierarquia dava mais ênfase à distinção de classe do que a saúde.

De acordo com Ludwinsky (2009), a partir do século XIV surgem então os sutiãs, peça que aparecia nos anuncios de publicidade da época, substituindo o espartilho. O primeiro sutiã foi usado na Grécia pelas sacerdotisas, no período Acaico Grego surgiu o proto sutiã, uma espécie de tira de pano que envolvia os seios. Logo, depois da invasão da Roma, essa faixa passou a cumprimir os seios para que estes não crescessem. Após a queda do império romano e das invasões celtas e germânicas a preocupação em sustentar os seios finalizam, por alguns séculos.

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Logo após o Renascimento, onde a moda era mostrar um dos seios e o outro não, surge o Vasquim, que

era um corpete amarrado nas costas com fios de latão. Surge então, o Cops Pique, que aperta a cintura e deixa o busto como um aspecto de cone. Era amarrado com haste que podia pesar até 1kg (LUDWINSKY, 2009, p.07).

Segundo Ludwinsky (2009), na década de 20 a Kestos Company of America, produziu um sutiã feito de dois pedaços triangulares de tecido,

preso a um elástico que passava sobre os ombros, cruzava nas costas e era abotoado na frente, sob um par de taças com pence. Nos anos 30, surgi um sutiã com barbatanas e sem alças, logo em seguida na década de 40, um sutiã com enchimento. Os modelos de sutiã que distinguiram e que são diferenciados são sem costura, leves e macios. Sustentadores que modelam os seios, com tules e bordados, transparência, sensualidade, recortes e fendas, com bojo.

As calcinhas no ano 40 A.C em Roma eram pedaços de tecidos em algodão, lã ou linho amarrado no corpo, como fraldas. Por volta do

século XIV já era consideras reproduções da vestimenta masculina. No inicio do século XIX as dançarinas e artistas de teatro, era condenadas a usar essa roupa de baixo. Quanto mais a mulher ganhava seu espaço na sociedade, enquanto sua postura alterada, mais sua calcinha era diminuída (LUDWINSKY, 2009).

O fetichismo então entrou com a intenção de atribuir um determinado comportamento ou atitude, rejeitando uma postura de sociedade

discreta para uma sociedade “anormal”. Os materiais com que eram feitas, chamavam atenção de todos. Eram tecidos suaves, como filó, rendas, tule, cetim, couro e veluto. Faziam com que seus corpos ficassem contornados e atraentes.

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4.2 Mercado

Com a crescente demanda, a indústria textil tem uma grande representatividade na estrutura industrial nacional, e possui um papel im-

portante em termos de emprego e peso na economia nacional. A forte influência competitiva criada pelas economias de mão-de-obra barata, a mudança no paradigma econômico, a alteração acelerada das preferências dos consumidores e a evolução da tecnologia, exige-se das empresas têxteis e do vestuário um novo grau de competência concorrencial e de flexibilidade tanto dos produtos, como dos procedimentos produtivos e estruturas de gestão. (FORNARI..., p.06)

De acordo com Fornari (2011), as indústrias de lingerie no Brasil iniciou-se por volta do final da década de 1960. Uma empresa de tece-

lagem de Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro, foi vendida para uma multinacional que deu início ao processo de fabricação de lingerie.

Nos anos 1970, o país afrontou uma forte crise econômica e muitas costureiras desta fábrica tiveram que ser demitidas, passando, a partir deste momento, a confeccionarem as peças em suas próprias casas, o que, por decorrência, acarretou o aparecimento de micro e pequenas empresas que se tornaram responsáveis pelo crescimento do setor na região.

Hoje, diversas regiões do país desenvolvem esta atividade, fortalecendo-a diante do mercado internacional e gerando empregos e renda, o que influencia diretamente nos resultados em nível de país (FORNARI,...p.08).

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O estado do Rio de Janeiro, mais exatamente, Nova Friburgo, é o líder na seção de confecção de lingerie no país. Fornari (2011) explica

que o pólo possui cerca de 900 indústrias, gera mais de 20 mil postos de trabalho, diretos e indiretos, e tem um faturamento anual por volta de R$ 600 milhões. Diferentes localidades do país estão em forte desenvolvimento na área, a região Nordeste já é considera um alento e, na serra gaúcha, embolsa a segunda instalação em nível de país neste setor.

Este ambiente produtivo forneceu uma nova cultura. As variações provocaram mudanças na relação com a mão-deobra, de forma a ex-

pandir sua participação e inclusão no processo de trabalho. No setor têxtil muitas são as tecnologias que podem ser implantadas na finalidade de aprimorar a produção de lingeries, sejam elas nos insumos, sobretudo no maquinário e assessórios que submergem a produção das peças. Nas disposições setoriais normalmente ocorre colaboração entre as empresas, como compras conjuntas, visando minimização dos custos, organização de feiras e eventos, buscando maior aglomeração nacional, entre outras (FORNARI, 2011).

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5 SÉCULO XIX - BELLE POQUE Entre 1871 a 1915 um cenário político entrou em cena, onde o liberalismo economico e a interdepedência comercial, cooperou para grandes avanços tecnológicos e descobertas. Um momento em que os avanços tecnológicos e economicos, fizeram com que, surgissem uma alteração no comportamento individual e política. Esse periodo então ficou conhecido pelos franceses como, Belle Epoque (Bela época) (MERCHER, 2002, p.01). A máquina de costura e as tintas a base de anilina, também foram invenções importantes nessa época para a história da vestimenta. Dando vida com as cores mais fortes, pois usavam tons pastéis e sóbrios.

Uma época marcada por grandes movimentos artisticos, embates sociais, economicos e acadêmicos, surgiu a Arte Nouveau (Arte Nova). Agregando transformação no período, avanço na urbanização e diversidade dos produtos.

Após destaque de París na moda, na Inglaterra surge um movimento cultural, voltado a

estética dando valores a linhas curvas graciosas e exageradas, aspirais inspirada na natureza, traços alongados e linhas que se entrelaçam com ramagens de flores. Este movimento traz inovações ao gráfico e ao comportamento estético, chamando se Art Nouveau. (JORGE, 2008, p.31).

A mulher desse período, tanto na classe alta como média, é vista como uma consumidora em potencial. Colaborando com o processo ini-

cial de autonomia feminina, reforçavam suas posições sociais através do financeiro, com o exibicionismo de suas jóias, acessórios e consumo de moda.

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Nobres, atrizes, lésbicas, cortesãs, burguesas, camponesas e operárias compartilhavam, cada vez mais, os acotovelamentos da democratização do espaço

público. O liberalismo francês, além de democratizar o espaço e de diminuir as distâncias entre as camadas sociais, também acelerou a diminuição inicial da distancia entre os sexos e deu importantes degraus para a consolidação da autonomia feminina que ocorreria no século XX. (MERCHER, 2002, p.02)

Na Belle Époque a mulher francesa de fato passou a associar uma rede de dinâmicas de direitos e meditações de gênero que distinguiram

os primórdios dos movimentos feministas do século XX. Da nobreza até a classe média da sociedade, as mulheres passaram a protestar seu papel de reprodutora do homem, como os limites de sua autonomia financeira e de conduzir seus ganhos após irem para as fábricas ou usurparem a fama artística. Determinadas mulheres obtinham autonomia financeira por meio de heranças e de negócios escusos como as cafetinas, outras mulheres no período se sobressairam nas artes, como grandes atrizes, dançarinas performáticas e cantoras, expandindo as possibilidades de ganhos materiais e de exposição popular. Na Belle Époque muitas mulheres autônomas encontravam nas artes um novo caminho para o reconhecimento social e, em muitos casos para a sobrevivência financeira. (MERCHER, 2002, p.04).

Segundo Jorge (2008) as esposas tinham que ser modelo nos afazeres domésticos, pois a osciosidade representava status para o marido.

Suas vestimentas vão se modificando, as anáguas devido ao seu peso, são substituidas por crinolinas de armação. Expressava um movimento de libertação, já que essas possibilitavam o mover das pernas. As crinolinas aumentavam os quadris e representava a fertilidade feminina, era também um elemento de sedução.

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Foi um período de grande euforia, anexo à ostentação e extravagancia. Jantares, bailes, teatros e adultérios, eram frequentes na Belle Epoque.

As vestimentas femininas, possuiam adornos espalhafatosos e nobres, por se uma época de luxúria a alta costura se destaca, colaborando com a aristocracia e a burguesia. Estas defendiam seus privilégios e suas riquezas, frequentavam restaurantes nobres e teatros exibindo seus modelitos de lançamento (JORGE, 2008).

6 MOULIN ROUGE - MOINHO VERMELHO

Bousteau (1999 apud Jorge 2008), afirma que o Moulin Rouge foi construido em París no bairro de Montmartre, por Joseh Olera e Charles

Zidler em 1889. Frequentado por elites, artistas, desenhistas, o famoso cabaré ocasionou noites escandalosas, festivas e hitoricas. Situado em um bairro marginalizado onde a boemia sobrepujava a atmosfera, ocorriam misturas de classes e culturas, os burgueses e os menos afortunados bebiam juntos enquanto jogavam cartas e fumavam seus cigarros. Devido a um símbolo emblematico no terraço de seu edifício um moinho vermelho, originou se então o nome Moulin Rouge (ver anexo fig.1 p. 24. Montmartre era uma região situada em um morro, do lado esquerdo do Rio Sena. Era até o meio do século XIX, uma vila separada de Paris, até ter sido incluída nas fortificações feitas por Luís Filipe. Permaneceu, porém, como uma região distinta de Paris, logo tornando se o lugar no qual se desenvolveria a nascente vida noturna parisiense. O Pigalle era um distrito de Paris, também na região de Montmartre mais conhecido pelo número de cabarés, entre eles o famoso Moulin Rouge.

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Nesse clima que favoreceu a criatividade artística, círculos literários apareciam e desapareciam em função de reunir pessoas, ao mesmo temo, pintores e desenhistas passam a ter inspirações especialmente por essa alegria, por vezes escandalosa, mais cheia de fantasia atmosfera que quebrou completamente com o classicismo de um período regido. (BOUSTEAU 1999 apud JORGE 2008)

A ideia era levar a fina flor da elite parisiense para a marginalizada região de Montmartre, com a intenção de mostrar o novo fascínio que

repercutia pela burguesia. A escandalosa dança do cancan induziram os virtuosos homens de cultura nobre, a gracejar com as dançarinas. Eram lindas e formosas, com seus ir e vir de pernas para o alto deixando a mostra suas roupas de baixo. Com traços finos, corpos torneados e caracterizados pela beleza na época La Goulue, como era chamada Louise Weber, fez com que muitos se arrastassem aos seus pés. Tornou se a mais afamada do cabaré. Além da dança, o cabaré proporcionava shows de jazz, orquestas e balé com as dançarinas e muitas noites festivas (JORGE, 2008).

Com o incremento da nudez de centímetros, compreendidos entre o fim das meias pretas e a barra das calças brancas das dançarinas, o Moulin Rouge se tornou o senhor dos cabarés. Por conta dele, a noite parisiense está mais festiva do que nunca - e escandalosa também. (VEJA, 1889)

Segundo Jorge (2008), esse clima boêmio que transipirava pela Montmartre colaborou para muitos artistas da época. Surgiram muitos cria-

dores, desenhistas a favor de uma vida mais liberal, a arte e a diversão, predomivam nas noites. O ambiente quebrou completamente o classiscismo rígido de um período que era totalmente contraditório. As influências que reprimia na época era do Extremo Oriente,o estilo japonês que foi o apogeu das inspirações do maior artista em seu tempo, Henri de Toulouse Lautrec. Este designava vários cartazes do Moulin Rouge, anunciando os espetáculos que aconteciam no cabaré.

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6.1 Meretrizes no século XIX De acordo com Margareth (1992) desde o final do século XIX, com o meretrício e o tráfico das “escravas brancas”, as mulheres veem sobressaindo seu papel na sociedade. A imagem pública destas teve uma modificação avançada em seus estilos de vida. No trabalho, no lazer, na vida doméstica, a mulher vem devastando as barreiras simbólicas nas classes sociais, alcançando mais liberdade em seu cotidiano. Pela primeira vez, constituíam se espaços destinados à fruição dos prazeres, como cabarés, cafés-concertos, bordéis de luxo, ao lado dos restaurantes, teatros e music-halls.

A preocupação em delimitar claramente os lugares permitidos para a circu-

lação das jovens de família, distantes das meretrizes acentuou-se, enquanto diversificavamse e expandiam-se as novas formas de consumo dos amores ilícitos e da cultura erótica (MARGARETH, 1992, p. 45).

Pela primeira vez, as mulheres libertavam se de seu papel de donas de casa acanhadas e adequadas, e passavam a frequentar lugares

como, teatro, salões, cinemas que proliferavam pela cidade. As meretrizes eram apresentadas para alta elite burguesa, e vistas como “fantasmas” que circulavam pela sociedade, ameaçando

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a moralidade de todos. Margareth (1992) afirma que a meretriz foi elaborada como um contra ideal para atuar como limite a libertação feminina na sociedade (ver anexo fig. 7 p 27). Termos como virgindade, casamento começaram a circular mais invariavelmente nos meios preocupados com a formação do caráter da mulher.

Entre as jovens da elite, as missas deixavam de ser o en-

tretenimento principal e a frequência aos passeios públicos, confeitarias, teatros, cinemas e clubes, assim como as novas práticas esportivas e a própria inserção no mercado de trabalho, seja enquanto estudantes, seja enquanto normalistas, professoras ou meras consumidoras, davam-lhes maior visibilidade (MARGARETH, 1992, p. 45).

Por um lado a inquietação com a moralidade feminina, em particular da jovem ainda em fase de fixação dos rumos da vida, e que cada vez

mais resistia ao controle paterno, instigava à produção de discursos moralizadores definidores dos códigos morais de conduta. Aquele conceito feminino, de ser dócil, compreendedor, meigo, vinculados ao lar e imaculado, não era o mesmo, a mulher já não aceitava essa vida pacata, as meretrizes estavam desviando o estilo delicado e correto das moças de família (MARGARETH, 1992).

A mulher é a humanidade vista pelo seu lado tranquilo; a mulher é o lar, é a casa, é o centro de todos os

pensamentos suaves. É o terno conselho de uma voz inocente, no meio de tudo que nos envolve, nos irrita e nos arrasta. Muitas vezes em torno de nós são todos inimigos; a mulher é o afeto (MARGARETH, 1992 p.38).

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Homens da alta classe burguesa, de idade e profissões dignas frequentavam lugares onde os prazeres das noites eróticas predominavam.

Onde bebiam, falavam sobre politica e jogavam cartas, acompanhados pelas “cocotes” termo usado para designar as meretrizes. Segundo Marreiro (2005), os burgueses cursavam os cabarés onde se bebiam conhaque, champanhe, vinhos finos, nos quais desfilavam corpos femininos alvos com seus cabelos –preferencialmente – loiros ou ruivos, ostentando artifícios e adornos como jóias, colares, pulseiras, brincos, que atestam o status da cortesã. Roupas brilhantes, escarlates, coloridas, negras, justas, colantes, vistosas, decotadas, insinuantes, realçando as formas físicas bem conformadas. A prostituição teve um fator importante na época, contribuiu com o cenário da cidade como um elemento a mais do processo civilizador com seus personagens de alcova caracterizados por encenações lânguidas e nem tanto ofensivas à moral e à sociedade. Eram retratadas as vantagens da prostituição, ou melhor, de um viés dela (MARREIRO, 2005).

A preocupação com o aumento da prostituição nas duas

capitais mais famosas do século XIX, Londres e Paris, se deu a partir do momento em que estas cidades passavam por transformações urbanas para seu embelezamento e a burguesia começava a reivindicar para a cidade um saneamento público, com a reordenação das ruas, criação de praças e boulevares, iluminação, redes de água e esgoto, destruição de velhos casarões e casebres das ruas centrais, e um saneamento moral, que era a retirada das ruas centrais dos pobres, vagabundos e prostitutas, além de acabar com todos os vícios (NASCIMENTO, 1950, p02).

Com a prostituição em evidência no século XIX as burguesias juntamente com as autoridades governamentais começam a tomar uma

série de medidas para tentar resolver o problema da prostituição: nascia assim a teoria regulamentarista. Esta regulamentação alcançou o seu ápice tendo inclusive, apoio de médicos, autoridades policiais e magistrados, todos interessados em realizar uma “limpeza” na moral e nos bons costumes: era o processo do aburguesamento da sociedade que se deu de forma heterogênea e marcada por uma série de conflitos.

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Também foram aprovadas as leis para tirar as meretrizes das ruas, jardins, praças públicas ou ainda frequentar locais desertos e escuros, assim como cabarés, hotéis, tavernas, casas de tolerância, etc. Não podiam de modo algum se dirigir aos homens acompanhados por mulheres e crianças, ou mesmo se dirigir a qualquer pessoa em voz alta e insistente (NASCIMENTO, 1950).

As meretrizes mesmo com as proibições em certos lugares públicos, organizavam festas carnavalesca e junina, para onde afluía grande número de homens, o que também preocupava as autoridades policiais que também não tiravam o olho das festas promovidas nos bordéis.

6.2 Henri Tolouse Lautrec

Nascido em 24 de novembro de 1864 em uma família nobre francesa, com origem aristocrática, Henri Toulouse foi um importante artista

impressionista na época do cabaré. . O mesmo, não aderiu a vida burguesa de sua ascendência, optou pelo encanto da boemia não agradando seus pais, o conde Aphonse de Toulouse Lautrec Monfa e sua mãe Adelie Taie de Celeyran. Ambicionavam que ele fosse um excêntrico caçador de falcões, seguindo a linhagem da nobre família e mimado pelas aversões da corte (SPINELLE, 1997 apud JORGE, 2008).

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Segundo Jorge (2008), Toulouse Lautrec sofria de uma doença incógnita em sua época, distrofia poli hipofisaria, um desenvolvimento in-

suficiente de certos tecidos ósseos. Devido a essa doença desconhecida, os ossos de Henri faziam com que ele não excedesse a altura de 1,52.

Na sua juventude, sofreu dois acidentes que fraturou seu femur esquerdo e direito. Ficou um longo período de cama, que o estimulou a fazer desenhos e pintar aquarelas, descobrindo seu incrível talento. Mais tarde foi estudar pintura, com um professor que não o agradava Leon Bonnat.

Em seguida com Fernand Cormon, cujo estúdio ficava no subúrbio de Montmartre. Inicia se então, sua nova vida boemica, junto com artistas de caráter duvidosos, meretrizes e pessoas de classe média.

Frequentador assiduo do Moulin Rouge e outros prostíbulos, o pe-

queno nobre acaba se acomodando muito bem naquele ambiente tão estranho que seus pais nunca aceitaram em ter o filho. O tema principal de Tolouse era a vida boemia parisiense, que ele representava através de um desenho que lembrava uma composição dinâmica que poderia ter sido influênciada pela fotografia e as gravuras japonesas, dois fatores importantes na cultura no fim do século XIX. (JORGE, 2008,p.55)

Toulouse possuia uma habilidade fantástica, reconhecida tanto pelos seus amigos como para críticos da arte. Participu do Salão dos In-

dependentes em París, da exposição dos Vinte e da Galeria de Boussod e Valadin. Um dos frequentadores predominantes do Montmartre sabia retratar a vida boemica nos quadros, nos cartazes promocionais dos prostibulos e teatros,elogiado muito pelos Degas, fazendo parte da revoluçao da publicidade do século XIX. Tolouse abasteceu um novo conceito de arte, na vida dos parisienses. Revolucionou o novo designe gráfico dos cartazes, revelando um estilo que seria conhecido como Art Nouveau (PIOVESAN, 2010).

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Henri Toulouse-Lautrec, que amava um espetáculo, gostava particularmente de La Goulue. Ele se sentia atraído pela sua gula voraz perante a sorte e o prazer. Seus desenhos capturaram suas silhuetas, suas afetações e sua arrogância. Pelo fato de La Goulue ser tão conhecida em Montmatre, Henri Toulouse-Lautrec ganhou fama e ficou conhecido como pintor de rostos da região (FREY, 1997, p.78 apud PIOVESAN, 2010)

De acordo com Pioversan (2010), em seu primeiro cartaz a mensagem era objetiva:“Moulin Rouge – Toda noite – La Goulue!”. Tendo en-

contrado suas vantagens, Toulouse-Lautrec iria trabalhar com litografia até o resto de sua vida. Esses cartazes constituíam uma produção bem pequena entre suas criações, mas foram elas que lhe deram muita fama e reconhecimento.

Em 1899, Tolouse foi internado em uma clinica psiquiátrica, por execesso de alcool, e crises repentinas. Quando saiu, era vigiado constan-

temente para que não voltasse à vida boemia, cabarés e bebedeiras. Em 1901, Tolouse já estava com sua saúde devastada, não conseguia viver sozinho, sofria de ataques de paralisia e não conseguia pintar mais. Em 09 de setembro de 1901, Tolouse falece no colo de sua mãe. Perdendo assim um grande artista que contribuiu para revolução da arte (JORGE, 2008).

7 A COLEÇÃO DE LINGERIE

Com a ajuda da pesquisa realizada a coleção de lingerie será confeccionada. A análise do público alvo, referências da época, formas e

cores das obras do artista Toulouse, adornos usados pelas dançarinas, modelos e acessórios das vestimentas das meretrizes serão o norte desse trabalho final.

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Será realizado um levantamento dos materiais que serão utilizados, visto que o mercado tem uma grande variedade de tecidos e aviamen-

tos tecnológicos. Com isso, a coleção será fabricada com todo cuidado e exclusividade de tecidos e cartelas de aviamentos específicos. Materiais como couro, lycra acetinada, seda, paetê, veludo e outros serão de grande importância na execução das peças, assim como aviamentos, tal como pérolas, franjas, plumas e bordados.

Sabendo-se que o

Moulin Rouge auxiliou com intensidade os mode-

los de peças íntimas atuais, a coleção será inspirada neste cabaré de muito valor sentimental como também econômico para a atualidade. Graças aos modelos ousados pelas dançarinas e meretrizes no século XIX, o mercado da lingerie alavancou-se, trazendo como fonte de inspiração para novos modelos e releitura.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O propósito deste trabalho foi analisar o Cabaré Moulin Rouge, abrangendo alguns frequentadores dominantes, sendo as dançarinas de

Can Can, as meretrizes da época e o artista boêmio Henri De Toulouse-Lautrec, juntamente com algumas atrações artisticas que eram apresentadas no cabaré. Foi analisado também a moda íntima, desde o surgimento da lingerie até a atualidade e suas tecnologias.

Percebe–se ao longo da pesquisa a mudança do comportamento social da mulher, visto que deixavam de ser apenas dona de casa, para

se tornarem grandes artistas, mulheres com independencia financeiras e inovadoras.

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Observou–se também o inicio da prostituição e das leis na época, onde mulheres que trabalhavam no cabaré não eram aceitas pela so-

ciedade, tendo inicio a Lei Regulamentista onde se via estatutos de moral e bons costumes.

A pesquisa demonstrou que atualmente a moda íntima tem maior valor, tanto no mercado econômico como também na vida cotidiana da

mulher, com significados diferenciados em cada cultura. O uso da lingerie que teve inicio como algo necessário, tornou se um acessório de luxo, de fetiche e variáveis. Ficou evidente que a moda intima moderna esta entrelaçada com o século XIX, sendo que atualmente alguns modelos são releituras das vestimentas da época. Mesmo com a precariedade de recursos tecnológicos da época, nota– se através do estudo uma riqueza da arte, da criatividade entre os proprietários e frequentadores do local.

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Painel de Inspiração

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O painel de inspiração remete a mulher moderna e poderosa, a sensualidade e o sua capacidade de seduzir. As dançarinas de CanCan,

com seus figurinos de babados e provocantes, a cor do Moulin Rouge que é o vermelho, Algumas obras de Henri Tolouse, artista conceituado na época. Tudo que inspira a excência do Cabaré, e a mulher independente, elegante e feminina.

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Painel de MacrotendĂŞncias

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O fetiche é a macrotendência da vez, tanto na decoração e formas exageradas que remete uma atitude ousada, como em personalidades

que buscam revelar essa atitude. O designer de interior como de acessórios, ganha uma nova força, o fetiche está nas cores pesadas e sensuais como o vermelho e o preto, em objetos de decoração que remete o desejo e nos materias que simbolizam esse comportamento social. Livros e filmes traduzem esse comportamento, como “Cinquenta Tons de Cinza”, que influenciou e continuará influenciando grande parte do público que se enquadra nessa cultura e “O Grande Gatsby” que também mantém presença nesse conjunto de valores que representam a Petticoat. A cantora Madonna com seus figurinos exagerados e fetichistas atemporais possui grande influência no mundo da moda e também no mundo musical, sendo contempladas por mais de três décadas. Sapatos Loubotin também se adequa nessa macrotendência, pois o sapato com solado vermelho é um artigo de fetiche e luxo, sempre está presente no público que se identifica com sua marca. O estilista Alexander Mcqueen aderiu na passarela do verão 2014 para 2015 detalhes com tecidos e texturas que remete ao fetiche, não só ele, como outras marcas também apostou nesse estilo comportamental.

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Painel de TendĂŞncias

Anthony Vaccarello

Bluemarine

Anthony Vaccarello

Rodrigo Rosner

Reem Acra

Chanel

Céline

Chloé

Alexander MCQueen

Rodarte 57

A transparência no verão 2015 aparecem em sharpes mais largos e em tecidos leves, como nos looks da Bluemarine e Anthony Vaccarello.

A coleção, possui tecidos fluidos transparentes que revelam a pele da mulher, remetendo sua sendualidade.

O Estilista Rodrigo Rosner apresenta uma coleção com tons mais nudes, como rosê, marfim e branco que expedem a nudez da mulher,

seu natural junto com sua feminilidade, rendas, tules, babados, texturas femininas que traz a leveza do verão, o frescor feminino e o romantismo que nunca sai das passarelas no verão.

Alexander Mcqueen e outros estilistas apostaram em suas cartelas de cores, tons escuros como o preto que em toda estação revela o poder e o luxo. O vermelho aposta no quente do verão 2015, a cor que exibi a paixão e uma atitude fortíssima que é a cor principal do tema da coleção Moulin Rouge. O Azul bic, que se manifestou em várias passarelas, como se vê nos looks da Céline, a cor que traduz a tendência do azulejo e dos papéis de parede, a cor que remete uma sofisticação sem fim. Tons metalizados como o dourado aparecem nas passarelas, presente tambem nos looks da Reem Acra, para dar um brilho a mais. Pérolas, bordados, plissados e franjas também marcaram presença fortíssima nas passarelas do verão 2015, sendo, marcas como Chanel, Blumarine, Chloé, Rodarte, dentre outras aderiram essa tendência.

Tecidos como o paetê, couro, rendas, gloss, sedas e organza são tendências também para o verão 2015, entram na coleção, tecidos finos

e elegantes, para dar movimento aos looks e leveza, como a seda e gloss, o paetê sofisticado e provocante, a renda delicada e sedutora e o couro que traz referência do poder e do fetiche.Bordados que exprimem o luxo, o romantismo e o glamour do cabaré na época, como as pérolas, criando peças elegantes, fazendo alusão de uma mulher poderosa. Juntamente com a forte tendência, que é o fetiche, peças com detalhes, tecidos e texturas que remetem o poder, a sensualidade e a atitude de uma mulher fetichista, sem deixar de ser elegante.

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Cartela de Cores

A cartela de cor possui cores que remete ao tema, desde tons escuros como o preto e o azul bic, como tons mais nudes, branco, preto,

vermelho, azul, dourado, rosa claro, marfim e bege. As cores mais escuras como o preto, faz alusão do luxo, pois é uma cor forte e elegante, e era muito usada no cabaré e continuará sendo aderida por muito tempo. O preto faz referência a seriedade, a nobreza é uma cor que simboliza o estilo sexy também. O vermelho além de ser a cor fundamental que representa o tema, é também uma das cores principais das passarelas de 2015. É uma cor forte, que representa várias características de uma mulher, como: conquista, coragem, vigor, glória, ira, emoção e paixão. O vermelho é elegante quando usado de maneira certa e ousado. Essa cor simboliza o amor e será usada nas principais peças dessa coleção.

O azul bic ou azul royal por ser uma cor que traz serenidade, é também a cor do momento e continuará sendo, pois é uma cor que repre-

senta a feminilidade, intelectualidade, paz e confiança . A cor aparece nessa coleção, deixando os looks mais femininos, dando uma harmonia entre as outras cores usadas.

As cores mais claras como o rosa, branco e marfim, serão aplicadas em looks mais romanticos e femininos. Para dar equilibrio nas peças

mais pesadas e remeter a delicadeza e a beleza da mulher. Os tons nudes como a cor bege, entra na coleção para simbolizar a pele da mulher, a transparência e o nu.

O dourado por ser aposta indispensável nas passarelas de 2015, é uma cor super elegante que está associada ao sol, à abundância (ri-

quezas) e ao poder. Também está relacionada com os grandes ideais, a sabedoria e os conhecimentos. É uma cor que revitaliza a mente, as energias e a inspiração. A cor dominante da coleção é o preto, pois combina melhor com os looks e da harmonia com as outras cores escolhidas.

O tonalizante que é o vermelho, cor principal do tema da coleção, e as intermediárias que é o rosa claro, branco, marfim e beige.

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Black

Marfim

Off White

Red

Dominantes

Rosê

Bic

Dourado

Bege

Tonificantes

Rubi

Intermediárias 61

Cartela de Tecidos

A cartela de tecidos possui diferentes texturas, como a Renda, Organza, Gloss, Seda, Musseline, Couro sintético, Vinil, Paetê, Tule, Prado

e Cirrê. Os tecidos selecionados foram escolhidos de acordo com cada look, atendendo a características como caimento e leveza, a elasticidad, brilho, volume e a modelagem.

A renda é um tecido transparente de malha aberta, fina e delicada, que forma desenhos variados com entrelaçamentos de fios de linho,

seda, algodão, poliamida, ou até mesmo de ouro. Tecido com caimento, utilizado em confecções de lingerie ou modinha, transparente, com ou sem bordado, leve. A renda e o tule são fundamentais para essa coleção, pois maioria dos looks terá a presença desses dois.

Organza é um tecido leve e um pouco transparente, feito de seda ou fibras sintéticas. Duas das principais características desse tecido

são a sua fina trama plana e sua rigidez, que vem das fibras torcidas, é um tecido que possui a facilidade de armar, transparente e leve. A Lycra, utilizada para peças intimas possui um bom caimento, boa elasticidade, junto com a Seda, com o Gloss, com os tecidos fluidos, transparentes, com bastante caimento e leveza. O Gloss possui um pouco de brilho para dar uma sofisticação aos looks. O Couro sintético e Prado que será utilizado tanto como detalhes como também nas peças inteiras rígidas, para remeter ao fetiche e ao poder, juntamente com o Paetê, para looks mais ousados e elegantes.

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Microtule

Lycra

Filó

Seda

Renda

Prado

Paetê

Couro

Veludo

Organza

Gloss

Cetim de Lycra

Shantung 64

Cartela de MatĂŠrias

Alguns apliques de designer de superfície são escolhidos para dar o acabamento final e enriquecer a coleção, como as franjas e o bordado,

que é tendência fatal nas passarelas. O bordado de pérolas remetendo o romântico e a sofisticação, os canutilhos para dar o brilho que remete ao cabaré, e algumas fitas trabalhadas que retratam o estilo da Petticoat. Uma concha natural Avalon, para enriquecer a peça mais elaborada da coleção. Juntamente com o plissado que é uma superfície elegante e que voltou em peso nas passarelas desse verão. O plissado revela a sensualidade feminina. Alguns looks são tingidos em degradê, para diferenciar a coleção.

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Remodelagem Babados

Plissado

SuperfĂ­cies Vidrilhos

PĂŠrolas

Tiras de renda

Franjas

Beneficiamento Tingimento

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Cartela de Aviamentos

Os aviamentos propostos para a confecção são os que representam a excência do tema, os botões em formatos de pérolas e alguns de

metais para representar o fetiche e a sensualidade, alças simples e algumas trabalhadas, colchetes, elásticos resistentes, acessórios de regulagens, zípers de metal e simples que remetem a elegância da marca. Materiais de qualidade e ousados com a cara da Petticoat.

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Descritivo do Processo Criativo das FamĂ­lias

As famílias são dividas em seis, consistindo 10 looks em cada uma, com elementos que descata cada família, sendo 05 looks masculinos

na família Tolouse, que era o artista principal do Cabaré.

A família Rouge que significa vermelho tem como o elemento, a mistura de todas as famílias, seja na cor, textura e referência. A Lamour

ou amor são os looks mais elegantes, seja na modelo, textura ou acabamento. A família Sensualité ou sensualidade tem como o elemento principal, a franja que remete a sensualidade dos looks mais inusitados. A Désir ou desejo tem como os elementos principais, os looks mais ousados, com tecidos e cores provocantes. A Beauté ou beleza tem como os elementos principais, a delicadeza da mulher, tecidos e texturas femininas e delicadas, como os babados. A família Tolouse artista principal do cabaré tem como os elementos principais, as referências de algumas obras de Henri Tolouse, pintor que frequentava o cabaré. As referencias estão na cor, nos detalhes de suas pinturas, na expressão e figurino da época.

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Formas e Silhuetas

As silhuetas que remetem as formas dos looks são, a retangular que é usada nas camisolas e outras peças. O triângulo invertido nos looks

com detalhes nos ombros ou na parte de cima da peça. A triângular em peças com destaque na parte de baixo. Ampulheta em alguns espartilhos e macaquinhos com marcação na cintura. Foram escolhidas essas, pois são as que marcam o corpo femino e também as que combinam com os shapes da coleção.

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Alexander MCQueen

Valentino

Jonh Galliano

Louis Vuitton

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Processo Descritivo do Desenvolvimento de Coleção

O processo de criação foi apartir de pesquisas realizadas durante todo o percurso do trabalho. Inspirações que remetem ao tema, análises

de materiais que combinam com os looks, fotografias, histórias do tema e desfiles que aborda os modelos e texturas dos looks. Os looks foram criados e escolhidos de acordo com o que a marca traduz, aviamentos, tecidos, beneficiamentos e texturas, foram selecionados com todo cuidado para que possam representar o tema e marca Petticoat. A apresentação final, será realizada como desfile ou exposição afim de mostrar todo o trabalho executado para o público.

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Coleção

SensualitĂŠ

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82

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84

85

86

Désir

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88

89

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BeautĂŞ

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94

95

Tolouse

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97

Rouge

98

99

100

101

Lamour

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104

105

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10

108

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110

111

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120

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SensualitĂŠ

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Désir

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BeautĂŠ

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Tolouse

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Rouge

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Lamour

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