Guia das Árvores de Faro

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“ AS ÁRVORES SÃO NOSSAS AMIGAS!”

GUIA DAS ÁRVORES DE FARO Autor: Bruno Lage Depósito Legal - 478074/20 Tiragem: 1000 exemplares 1ª edição Dezembro de 2020

Edição: União das Freguesias de Faro (Sé e São Pedro) Paginação e design: Marco Valle Santos

Contactos União das Freguesias de Faro: Rua Reitor Teixeira Guedes, nº2 8004-026 Faro E-mail: geral@uf-faro.pt Telf.: 289 889 760

www.uf-faro.pt 2


APRESENTAÇÃO O guia das árvores de Faro é uma publicação da União das Freguesias de Faro, de descrição simplificada, que tem como objetivo dar a conhecer, sobretudo aos mais jovens, as principais árvores que podemos encontrar nas ruas e jardins da nossa cidade. As árvores têm uma importância especial nas cidades, uma vez que desempenham funções muito importantes mas que muitas vezes passam despercebidas. São elas que promovem a qualidade ambiental das áreas urbanas uma vez que a partir da fotossíntese melhoram a qualidade do ar, produzindo oxigénio e absorvendo dióxido de carbono. Para além disso fixam poluentes em suspensão, fazem sombra, aumentam a humidade do ar, tornando o ambiente mais agradável e combatem o efeito “ilha de calor”. Embelezam, também, os jardins e ruas, protegem do vento, absorvem o som, reduzindo por isso o ruído, servem de abrigo e alimento a diversas espécies animais, promovendo a biodiversidade, favorecem a infiltração das águas das chuvas, evitam a erosão dos solos e valorizam o património envolvente. Na nossa cidade existem milhares de árvores. São árvores com diferentes tamanhos, de diferentes espécies e com vários formatos. Algumas são autóctones e outras vieram de outras regiões do mundo. A manutenção e o saudável crescimento das árvores em meio urbano constitui um constante desafio às equipas técnicas de jardinagem e à participação cívica dos cidadãos. Juntos, deve-se trabalhar em prol de um ambiente urbano mais sadio e equilibrado onde o respeito pelo espaço público seja uma realidade. Só assim teremos melhores cidades, cada vez mais sustentáveis, arranjadas, bonitas e ordenadas. Diariamente as nossas equipas de jardinagem trabalham de forma a compatibilizar os sistemas naturais com o edificado urbano procurando conjugar vários aspetos e várias condicionantes, de modo a termos uma cidade mais sustentável e equilibrada. Este equilíbrio é considerado por muitos como um dos maiores desafios do século XXI na gestão de cidades e onde o cidadão deve ter um modo interventivo e responsável pelo zelo dos espaços verdes. Para isso contamos contigo! Colabora com os serviços de jardinagem da União das Freguesias de Faro e ajuda a proteger as nossas árvores e a nossa cidade!

Bruno Lage (Presidente da União das Freguesias de Faro)

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INDICE Apresentação UFF.......................3 Indice e Bibliografia....................4 Acácia.........................................6 Acácia Bastarda..........................7 Alfarrobeira..............................8 Ameixeira dos jardins..............10 Amendoeira.............................11 Amoreira...............................12 Araucária da ilha de Norfolk...13 Árvore da Borracha.................14 Casuarina..............................15 Choupo Branco........................16 Choupo Negro.........................17 Cipreste comum......................18 Eucalipto...............................20 Ficus Benjamim........................22

Figueira................................23 Grevílea................................24 Jacarandá................................26 Laranjeira...............................28 Limoeiro...............................29 Lodão Bastardo.........................30 Medronheiro........................31 Mélia......................................32 Nespereira...........................33 Olaia...................................34 Oliveira.................................35 Pimenteira Bastarda..................36 Pinheiro Manso.........................37 Tipuana.................................38 Ulmeiro................................39

BIBLIOGRAFIA Árvores e Arbustos de Portugal: http://www.arvoresearbustosdeportugal.com/ Biodiversity4all: https://www.biodiversity4all.org/ Flora no Parque de Serralves: http://serralves.ubiprism.pt/ ICNF - Espécies Arbóreas Indígenas em Portugal Continental: https://www.icnf.pt/api/file/doc/2ed27ed862242e3e Jardim Botânico da UTAD: https://jb.utad.pt/ Jardim Bordalo: https://jardimbordalo.wordpress.com/ Jardins Calouste Gulbenkian: https://gulbenkian.pt/ Naturlink: http://naturlink.pt/ Portal do Jardim: https://www.portaldojardim.com/

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ACÁCIA Acacia cyanophylla A Acácia, apresenta, normalmente, um porte arbóreo médio, atingindo entre 8 a 15 metros de altura. É uma árvore de folha persistente ou perene, com uma copa densa piramidal ou arredondada. As folhas são longas e ligeiramente curvadas e geralmente verde escuras. Tem um tronco direito, de cor cinzento acastanhado escuro e com ranhuras. Os ramos aparecem desde perto da base do tronco e têm geralmente uma disposição horizontal ou mesmo pendular. As flores são compostas por cachos de cor amarela. Os frutos são vagens castanho-avermelhadas, mais estreitas que as folhas, algo comprimidas e torcidas. Esta espécie é nativa das florestas tropicais do Sudeste da Austrália e da Tasmânia. No continente europeu, esta árvore é considerada uma infestante. Tal deve-se a diversos problemas de infestação em quase todos os locais onde foi introduzida. Os países europeus onde esta espécie ocorre são a Itália, Bélgica, França, Espanha e Portugal, no continente e nas ilhas dos Açores.

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ACÁCIA BASTARDA Robinia pseudoacacia L. A Acácia Bastarda, também conhecida por Robínia é uma espécie oriunda da região Central e Oriental dos Estados Unidos da América, bastante plantada no nosso país, em parques, jardins, praças públicas, ruas e estradas. Tem crescimento rápido, grande resistência e pouca exigência hídrica. É uma espécie arbórea monóica, de folhas compostas, caducas, inteiras e com estípulas espinhosas. As flores de cor branca dispõem-se em cachos axilares e pendentes. O fruto é uma vagem, fortemente comprimida. Esta árvore é robusta, de copa ampla e densa, que em boas condições pode alcançar os 25 metros de altura.

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ALFARROBEIRA Ceratonia siliqua A Alfarrobeira é uma árvore leguminosa de folha persistente ou perene que pode alcançar os 10 metros de altura. A sua copa é mais ou menos oval com ramos horizontais. O tronco é castanho e irregular com casca lisa com algumas saliências. As folhas são verde-escuras e lustrosas na página superior e de um verde mais pálido na inferior. A floração acorre entre agosto e outubro. As suas flores são muito pequenas, de cor esverdeada ou avermelhada, que formam cachos que nascem nos troncos e ramos. Sendo uma espécie dioica, as flores são geralmente unissexuais, havendo árvores masculinas e árvores femininas. É considerada uma espécie autóctone. Os frutos são vagens com cerca de 10 a 25 cm de comprimento, carnudas, que quando amadurecem evoluem de verde para castanho-escuro. Possuem no seu interior 10 a 16 sementes e são conhecidas por alfarrobas. Não se conhece ao certo a origem da sua distribuição por ser uma espécie de cultivo extensivo desde há muito tempo no Mediterrâneo. As alfarrobeiras são árvores bem adaptadas a solos básicos e pedregosos. No entanto toleram também solos arenosos ou argilosos. Encontra-se em regiões de clima quente e inverno ameno. É uma espécie resistente ao calor, à seca e à salinidade mas intolerante ao alagamento.

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AMEIXEIRA - DOS - JARDINS Prunus cerasifera Árvore de folha caduca, com um porte médio que pode atingir 8 metros de altura. Tem folhas de cor avermelhada. As flores, de cor branca ou rosa, são hermafroditas (espécie monóica) e no Algarve desabrocham em fevereiro, simultaneamente ou um pouco antes do aparecimento das folhas. Os frutos são pequenas ameixas (drupas). Originária da Ásia Ocidental e Europa de Leste, é muito usada como ornamental em Portugal.

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AMENDOEIRA Prunus dulcis A Amendoeira é uma espécie monóica de folha caduca, sendo uma árvore muito ramificada, que pode atingir os 8 metros de altura. Tem poucas exigências hídricas, estando cada vez mais a ser utilizada como árvore ornamental em jardins mediterrânicos. A floração, no Algarve, ocorre normalmente em janeiro e fevereiro sendo anterior ao aparecimento da folhagem, originando uma paisagem muito típica de flores de cor branca ou rosa. A semente do seu fruto é geralmente considerada como um fruto seco: a amêndoa. É nativa do oriente médio, nas regiões de clima mediterrâneo da Síria, Turquia, e Paquistão, apesar de já ter sido introduzida em vários outros lugares. Em Portugal, é frequente na região do Douro, Trás-os-montes e no Algarve, sendo considerada uma espécie autóctone.

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AMOREIRA Morus rubra A Amoreira é uma árvore de folha caduca que pode alcançar 12 metros de altura. A sua copa é densa e bastante ramificada, com um diâmetro que pode atingir 10 metros. O tronco e os ramos mais velhos possuem a casca fendida (ou gretada). Nos ramos jovens, a casca é lisa. As folhas são alternas, frequentemente com margem duplamente dentada, verde-escuras e brilhantes, amarelas no outono. É uma espécie monóica (cada árvore apresenta órgãos sexuais dos 2 sexos). A floração ocorre entre março e maio. A Amoreira é nativa das regiões temperadas e subtropicais da Ásia. Não sendo espontânea em Portugal, é uma árvore ruderal, que pode surgir espontaneamente em zonas de habitação e margens de caminhos, fruto da queda das sementes de árvores cultivadas. Tem preferência por solos profundos, ricos em matéria orgânica e humidade. É bastante usada em jardins e hortas, tanto pela sua sombra como pelos seus frutos. É uma árvore de crescimento rápido e tem várias utilizações.

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ARAUCARIA - DA- ILHA - DE - NORFOLF Araucaria heterophylla A Araucária-de-norfolk ou Pinheiro-de-norfolk, é uma árvore nativa da ilha de Norfolk na Austrália. De grande porte, pode ser encontrada em várias regiões do mundo, desde regiões frias até às mais quentes, tendo um uso sobretudo ornamental. Os seus exemplares crescem até uma altura de 50-65 metros, com troncos verticais e ramos simétricos, mesmo em zonas em que os ventos são muito fortes. As folhas em forma de agulha com 1-1,5 cm de comprimento e cerca de 1 mm de espessura na base, são perenes ou persistentes. De crescimento lento e de grande longevidade, a araucária é conhecida como um fóssil vivo, havendo provas de que existe desde o Mesozoico (ou seja, perto de 251 milhões de anos).

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ÁRVORE DA BORRACHA Ficus elastica A Borracheira ou Árvore-da-Borracha é originária da Índia e Ásia Ocidental. É uma árvore de grande porte de folhagem perene ou persistente, frequentemente utilizada como planta ornamental de interior ou exterior. Pode alcançar os 15 a 20 metros de altura, ou 60 metros no seu habitat natural. As folhas são grandes e ovaladas, apresentam tonalidade verde brilhante com nervuras bem marcadas, sendo pouco resistentes ao frio e à geada. De crescimento rápido o seu tronco pode chegar aos 2 metros de diâmetro, tendo raizes muito agressivas. Daí dever-se plantar longe de casas, muros, estradas e calçadas.

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CASUARINA Casuarina cunninghamiana A Casuarina é caracterizada por ostentar ramos esbeltos e delicados, com folhas perenes e em forma de agulha, o que lhes confere um aspeto semelhante a pinheiros e podem atingir até 35 metros de altura. Tem distribuição natural centrada na Australásia e ilhas do Pacífico ocidental, sendo hoje comum nas regiões tropicais e subtropicais, onde algumas espécies são plantadas como árvores ornamentais, encontrando-se naturalizada em múltiplas regiões. São árvores que se podem desenvolver em todos os tipos de solo, sendo bastante resistentes, tanto à seca como ao encharcamento. São também resistentes a temperaturas negativas e ao ambiente salino das áreas costeiras. De crescimento rápido, requerem luz direta, não se desenvolvendo em situações de sombra. Pela sua versatilidade e características, esta espécie é uma boa opção para estabilização de taludes e prevenção da erosão em áreas declivosas, bem como para a constituição de sebes de proteção aos ventos. A sua madeira é aproveitada para lenha e pequenas construções.

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CHOUPO - BRANCO Populus alba O Choupo-branco é uma árvore de folha caduca, de crescimento rápido, que pode alcançar 25 metros de altura. Possui um tronco branco com fissuras castanhas em forma de losango as quais, com a idade das árvores tendem a aumentar. As folhas, de 5 lóbulos desiguais, são verdes na página superior e brancas na página inferior. As folhas mais jovens apresentam indumento branco também na página superior. A floração surge no início da Primavera, quando a árvore quase ainda não tem folhas, sendo uma espécie dióica (flores masculinas e femininas, nascem em árvores diferentes). É originária do centro e sul da Europa, oriente asiático e extremo norte de África, tendo sido introduzida em muitas outras regiões do mundo. Em Portugal encontra-se um pouco por toda a parte, nomeadamente associada a ribeiras e zonas mais húmidas. É uma espécie que pode desenvolver-se em todo o tipo de solo, requerendo humidade e boa exposição solar.

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CHOUPO - NEGRO Populus nigra O Choupo-negro ou Álamo é uma árvore de folha caduca que pode alcançar os 30 metros de altura. É uma espécie dioica (flores masculinas e femininas, nascem em árvores diferentes). A sua copa pode ser piramidal, oval ou colunar, de 8 a 15 metros de diâmetro, com ramificação abundante. A casca é cinzenta e lisa nos exemplares jovens, fissurada longitudinalmente e mais acastanhada nos exemplares adultos. As folhas são triangulares, com 5 a 8 cm de comprimento e 6 a 8 cm de largura, verde brilhante em ambas as superfícies, tornando-se amarelas no outono. A sua proveniência não é consensual, sendo apontada a Europa oriental e o Oeste da Ásia como áreas de origem mais prováveis, tendo-se tornado silvestre na maior parte da Europa e Norte de África. Há registos do seu cultivo desde a antiguidade. Os choupos são árvores de galerias ripícolas, podendo surgir espontaneamente em locais bem iluminados com solos profundos, húmidos e frescos. É utilizada como ornamental e na proteção dos vales das ribeiras. É uma árvore de crescimento rápido e ciclo de vida curto.

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CIPRESTE - COMUM Cupressus sempervirens Da família das coníferas, o Cipreste é uma árvore de folha persistente que pode atingir 30 metros de altura. Esta é uma árvore de extraordinária longevidade, conhecendo-se exemplares com mais de mil anos. Possui uma copa de forma cónica, de verde intenso. O tronco é castanho acinzentado finamente estriado. É uma espécie monóica (com produção de flores masculinas e femininas na mesma árvore). Os frutos (pinhas), de cor verde, têm forma globosa-elíptica com cerca de 3 a 4 cm de comprimento. Tornam-se castanhos ao amadurecer no Verão. As sementes servem de alimento a alguns animais. É nativa da região mediterrânica oriental e é cultivada desde a antiguidade. É considerada um dos elementos vegetais que melhor invoca a paisagem mediterrânica. É muito resistente à seca e a temperaturas extremas, especialmente as estivais. Pode viver em todo o tipo de solos, exceto em solos com gesso, salinos ou encharcados, requerendo boa exposição solar e solos bem drenados. É desde o antigo Império Persa, considerada a árvore da vida, simbolo da eternidade e da imortalidade.

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EUCALIPTO Eucalyptus O Eucalipto é uma árvore de folha persistente, de crescimento rápido, que pode alcançar 60 metros de altura. Possui uma copa ampla, de forma irregular. O tronco é liso, direito mas com tendência a uma torção em espiral, com uma casca que se desprende em placas nas partes mais altas criando uma imagem manchada de verde, cinza e castanho. As folhas são estreitas e verde-escuras, com cerca de 10 a 30 cm de comprimento. As folhas das árvores jovens e rebentos da base são, por sua vez, mais largas e tenras, cobertas por uma resina azul-acinzentada. As flores amarelas surgem entre junho e outubro, solitárias na axila dos ramos ou em grupos de 3 flores. Têm numerosos estames, produzindo um néctar muito apreciado pelas abelhas. O eucalipto é natural do sudeste da Austrália e Tasmânia, estando disperso pela maioria dos lugares de clima temperado. Em Portugal marca presença em todas as regiões, estando associado a povoamentos florestais intensivos o que é prejudicial para a preservação da floresta portuguesa e da biodiversidade. Tolera a seca, mas é pouco tolerante às baixas temperaturas invernais, geadas, nevoeiros intensos ou secas prolongadas. Tem preferência por solos argilosos, siliciosos e húmidos, podendo mesmo ser pantanosos. As folhas têm inúmeras propriedades medicinais, nomeadamente balsâmicas e antisséticas, sendo usadas para farmacêutica, perfumaria e confeitaria. As flores são utilizadas pelas abelhas para produção de mel. Contudo é uma espécie que quando plantada em quantidade pode inibir a biodiversidade à sua volta, uma vez que acidifica o solo e capta acentuadamente a água disponível no solo.

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FICUS BENJAMIM Ficus benjamina O Ficus é uma árvore muito popular, nativa da Ásia, utilizada principalmente no paisagismo e na decoração de ambientes internos. Com caule acinzentado, raízes aéreas e ramos pêndulos, ela tem um crescimento moderado a rápido e, em condições naturais, chega a 30 metros de altura. As suas folhas são pequenas, brilhantes e perenes, de coloração verde e por vezes com apontamentos de branco ou amarelo. Os seus pequenos frutos são muito procurados pela avifauna. Deve ser cultivado a pleno sol ou meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. É uma árvore bastante rústica e não deve ser plantada em calçadas, próximo a edifícios ou canalizações enterradas, pois possui raízes agressivas.

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FIGUEIRA Ficus carica A Figueira é uma árvore com 4-14 metros de altura e contem látex. O sistema radicular pode expandir-se por mais de 15 metros no solo e tem folhas caducas de forma palmeada. As figueiras podem crescer de forma enérgica e por isso não é indicado que sejam plantadas perto de casas, calçadas ou estradas pois o crescimento das suas raízes tem a capacidade de deteriorar as paredes das residências. Por fornecer alimento a vários tipos de animais dispersores de sementes, tem importância na preservação de vegetação nativa tropical e subtropical. Os figos caídos no solo e na água servem também de alimentos a vários outros animais, incluindo peixes e insetos. O figo comestível era cultivado por todas as civilizações do Mediterrâneo na antiguidade, incluindo os povos egípcios, judeus, gregos e romanos. O figo comestível tinha a vantagem de poder ser secado e se manter adequado à alimentação durante meses. Para atravessar o deserto, os povos antigos do Oriente Médio e norte da África utilizavam frutas secas, entre elas o figo, ricas em nutrientes e fáceis de conservar.

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GREVÍLEA Grevillea robusta A Grevílea também conhecida por Carvalho-sedosa, é uma árvore de tamanho médio, de 20-30 metros de altura, podendo chegar a 37 metros no seu lugar de origem. Tem uma copa cónica ou piramidal e folha tardiamente caducifólia (perde a maioria das folhas pouco antes de florescer). De tronco alto e grosso (que pode medir até 1 metro de diâmetro) tem uma casca cinzenta-escura, fissurada com a idade. As folhas adultas tem de 20 a 25 cm de comprimento, de cor verde escura na página inferior e prateado na inferior. As flores nascem sobre compridos pedúnculos, de um amarelo vivo a alaranjado. A Grevílea é nativa de florestas temperadas das regiões costeiras do Sudeste australiano, estando adaptada a vários tipos de solo e a um clima quente e húmido, resistindo bem às secas estivais, desde o nível do mar até a mais de mil metros de altitude. Esta árvore é muito atrativa como ornamental, sobretudo pela sua folhagem peculiar e suas flores muito vistosas, sendo comum encontrá-la nas nossas ruas e jardins. A madeira apresenta cor castanha amarelada, de consistência ligeira, podendo ser utilizada para tornear ou para construção de móveis.

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JACARANDÁ Jacaranda mimosifolia Árvore ornamental de crescimento rápido, nativa da Argentina, Bolívia e Sul do Brasil que se encontra ameaçada no seu habitat natural. De porte médio, que atinge cerca de 15 metros, copa rala, arredondada a irregular de folhagem delicada. As folhas, que medem 40 cm de comprimento, são de coloração verde-clara acinzentada, que se concentram na extremidade dos ramos. No inverno, o Jacarandá perde as folhas (tem folhagem caduca), que dão lugar às flores na primavera e duram até ao início do verão, perfumadas e grandes, de coloração azul ou arroxeada. Os frutos surgem no outono, são lenhosos e contêm numerosas e pequenas sementes. O fruto tem uma cápsula lenhosa, muito dura, oval, achatada, com numerosas sementes. Excelente para a arborização urbana, e caracterizada pela rusticidade e floração decorativa. Pode ser utilizada na ornamentação de ruas, calçadas, praças e parques, visto que as suas raízes não são agressivas. Deve ser plantada com grande exposição solar, em solo fértil, bem drenado, enriquecido com matéria orgânica e irrigado no primeiro ano após o plantio. Multiplica-se por sementes. Adapta-se amplamente, mas aprecia o clima subtropical. Quando jovem, não tolera frio excessivo, mas torna-se mais resistente ao frio com o tempo. Não necessita de podas ou qualquer tipo de manutenção. Não tolera secas prolongadas, ventos fortes ou a salinidade no solo. É resistente à poluição urbana e à maioria das enfermidades.

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LARANJEIRA Citrus sinensis A Laranjeira é uma árvore, que pode atingir 10 metros de altura, provida de raminhos com alguns espinhos. A copa é compacta, arredondada, com tronco provido de casca lisa, cinzenta e algo áspera. As folhas são perenes e de cor verde-escura. O fruto é arredondado de cor alaranjada ou amarelo-alaranjado em maduro, de polpa adocicada e sumarenta. A Laranjeira é amplamente cultivada na região Mediterrânica, embora sejam árvores originárias do sudoeste Asiático Tropical e Subtropical, cultivadas desde tempos remotos em todo o Extremo Oriente. A Laranjeira chegou à Europa pelos árabes e os seus frutos eram considerados frutos de luxo, reservados às pessoas abastadas. São essencialmente árvores de fruto, mas têm sido também utilizadas na malha urbana e em jardins mediterrânicos como árvores ornamentais.

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LIMOEIRO Citrus limonum O Limoeiro é uma árvore de folha persistente que é originária da Ásia e que pode atingir os 8 metros de altura. Tem uma estatura média, com caule lenhoso, amarelado e muito ramificado. Folhas grandes, com forma oval de um verde intenso que contrasta na perfeição com o seu fruto, o limão, com um aroma inconfundível. Desde há séculos que é cultivada e utilizada, principalmente para aproveitamento dos seus frutos e nomeadamente pelas maravilhosas propriedades do sumo que estes possuem, sendo comumente utilizada em jardins mediterrânicos como árvores ornamentais.

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LODÃO-BASTARDO Celtis australis O Lodão-Bastardo é uma árvore de folha caduca que pode alcançar cerca de 30 metros de altura. Possui tronco e ramos lisos de cor cinzenta que escurece nos troncos mais velhos. A copa é redonda, bastante ramificada, com os ramos mais jovens ligeiramente pendentes. É uma espécie monóica, de floração simultânea com o aparecimento das folhas entre março e maio. As flores que nascem mais perto da base dos ramos são masculinas e as que surgem nas zonas apicais, femininas ou hermafroditas. Natural do sul da Europa, Oeste da Ásia até à Turquia e norte de África, existe em quase toda a Península Ibérica, sendo muito utilizada em jardins, alamedas e espaço público em geral. De crescimento rápido e bastante exigente em água, encontra-se em estado selvagem em zonas frescas, como margens de ribeiras ou áreas com lençol freático superficial, surgindo normalmente na companhia de espécies como Salgueiros, Ulmeiros ou Freixos. Pode desenvolver-se em todo o tipo de solos mas prefere solos arenosos e profundos. É pouco resistente a frios intensos e geadas tardias.

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MEDRONHEIRO Arbutus unedo O Medronheiro é um arbusto ou pequena árvore de folha persistente, com um porte que vai dos 5 aos 10 metros de altura e excecionalmente atinge 15 metros. Possui copa oval e espessa. O tronco e os ramos são tortuosos. A casca é gretada, destacando-se em tiras, geralmente castanho-avermelhado. As folhas são persistentes (existem folhas na copa durante todo o ano), grandes (medem 4 a 11 cm), lustrosas e verde-escuras na página superior e mais claras na página inferior. São muito parecidas com as do Loureiro, sendo considerada uma árvore autóctone. É uma planta nativa da região mediterrânica e Europa Ocidental. Sobrevive em zonas de elevado declive onde dificilmente outras culturas sobrevivem. O seu fruto é denominado medronho. Em Portugal, pode ser encontrado por todo o país, mas a maior concentração ocorre nas serras do Caldeirão e Monchique. Mais recentemente, até pelas poucas exigências hídricas, tem sido utilizado como árvore ornamental, sobretudo em jardins mediterrânicos.

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MÉLIA Melia azedarach A Mélia é uma árvore nativa do Oriente, que pode alcançar entre 6 e 15 metros de altura, de folhas caducas, com tronco direito, de casca gretada, acinzentada, que nos ramos se torna verde. Possui uma copa semi-arredondada e densa. Tem folhas alternas, de grande tamanho (até 90 cm), de forma mais ou menos triangular e medem de 2 a 5 cm. As flores são lilases, aromáticas e dispõem-se em forma de cachos. Os seus frutos globosos (drupas esféricas) no início são verdes, mas rapidamente se tornam amarelos. É plantada frequentemente como árvore ornamental e de sombra, especialmente junto às estradas pelo Sul da Europa. É uma árvore pouco exigente e de rápido crescimento, multiplicando-se por sementes e é muito resistente à seca e ao frio.

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NESPEREIRA Eryobotria japonica A Nespereira é uma árvore originária do sudeste da China. A sua fruta, chamada de nêspera, também é chamada magnólio na região Norte de Portugal e para além de árvores de fruto são também plantadas como árvores ornamentais, existindo por todo o mundo. É uma árvore pequena, com uma coroa circular e um tronco curto. Pode crescer até 10 metros de altura, mas é geralmente menor. As folhas são perenes, alternas, simples, de 10 a 25 cm, verde-escuras, de textura rígida e com a borda serrilhada. Diferente das demais árvores frutíferas, as flores aparecem no outono e início do inverno e os frutos amadurecem no final do inverno e início da primavera, sendo portanto de extrema importância para as abelhas já que nessa estação existe menos abundância e variedade de flores. As flores têm cerca de 2 cm de diâmetro, são brancas, com cinco pétalas, produzidas em cachos com três a dez flores.

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OLAIA Cercis siliquastrum A Olaia é uma pequena árvore de folha caduca que pode atingir 5 a 7 metros de altura. Possui folhas de 6 a 10 cm, de cor verde-escura. As flores, de cor rosa intenso, têm aproximadamente 1,5 cm de comprimento, cálice curto, e agrupam-se em fascículos densos. Florescem no final do inverno, antes do aparecimento das folhas, em ramos de um ano e também no tronco. As flores são polinizadas por abelhas e outros insetos. Originária da região mediterrânea oriental, até à Pérsia, pode encontrar-se em estado espontâneo na Península Ibérica mediterrânica sendo, contudo, muito rara. É relativamente resistente à secura estival, preferindo climas quentes e pode viver em solos calcários ou siliciosos. É muito utilizada como ornamental em Portugal, em jardins e arruamentos, devido à sua abundante floração e rusticidade.

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OLIVEIRA Olea europea A Oliveira é uma árvore resistente e de grande longevidade, usada por vezes de forma ornamental e que pode alcançar milhares de anos. A mais antiga de Portugal tem cerca de 3350 anos, sendo uma árvore de fruto originária do Mediterrâneo Oriental, (atuais Palestina e Síria) e também do Norte do Irão, tendo-se daí espalhado por toda a bacia do Mediterrâneo e um pouco mais além. É uma árvore que raras vezes atinge os 10 metros de altura na variedade europaea ou 15 metros na variedade sylvestris, de folha persistente. O porte é assim mediano, com um tronco que toma formas curvas, mais ou menos tortuosas, e uma copa que tem tendência para adensar, com lançamentos verticais que mais tarde pendem, formando uma copa arredondada. As folhas são verdes-acinzentadas, escuras na página superior e acinzentadas ou prateadas na página inferior, são lanceoladas (em forma do bico de uma lança) com um pequeno bico terminal, brilhantes e com a margem inteira. A Oliveira é uma espécie autóctone de pouca exigência hídrica e bem adaptada a solos pobres devido às suas raizes profundas. O seu fruto é a azeitona, que há milénios é utilizada na alimentação, na iluminação e para fins medicinais.

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PIMENTEIRA-BASTARDA Schinus molle A Pimenteira-Bastarda, também conhecida por Aroeira, é uma árvore (ou arbusto) nativa da América do Sul, de porte mediano, que pode medir até 15 metros de altura, com um tronco até 30 cm de diâmetro. Tem folhas perenes e o seu tronco é de madeira dura de cuja casca se extrai uma resina com propriedades medicinais. Produz em abundância pequenas flores amareladas agrupadas em cachos que suportam um grande número de frutos vermelhos de tipo baga. Floresce entre os meses de agosto e novembro e a maturação dos frutos ocorre entre dezembro e janeiro, permanecendo na árvore até março.

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PINHEIRO MANSO Pinus pinea O Pinheiro-Manso é originário da região mediterrânica, pertence à família Pinaceae e ao género Pinus. É uma espécie que carece de muito sol (heliófila), muito resistente, capaz de se adaptar a solos pobres e temperaturas elevadas. Distribui-se sobretudo por toda a costa mediterrânica. Ainda que seja de crescimento lento, é uma espécie com uma vida muito longa. É uma espécie de porte arbóreo capaz de crescer até aos 50 metros de altura de forma excecional, sendo habitual chegar até aos 20 metros. Pertence ao grupo das coníferas e a sua copa e tronco vão mudando à medida que cresce. Quando é uma árvore jovem tem formas arredondadas e na etapa mais adulta, desenvolve uma copa tão larga que parece um guarda-sol. A sua casca é grossa, avermelhada e tem fissuras. Possui uma folhagem persistente formada por folhas em forma de agulha em grupos de duas, de cor verde brilhante e muito rígidas. As flores, masculinas e femininas, crescem na mesma árvore (trata-se de uma espécie monóica). Os seus frutos são conhecidos como pinhas. Com forma oval até 15 cm de comprimento, escamas achatadas e com duas sementes no interior. Estas sementes carnosas e muito saborosas são denominadas pinhões.

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TIPUANA Tipuana tipu

A Tipuana é uma árvore florífera, de crescimento rápido e pode atingir mais de 15 metros de altura, tendo sido muito utilizada na arborização urbana em vários países. Tem uma copa arredondada, ampla e densa. É uma árvore que gosta de sol e dá-se bem em qualquer tipo de solo, sendo originária da América do Sul. O tronco apresenta casca cinzenta escura, de superfície rugosa e fissurada. De folhagem caduca, as suas folhas são grandes, opostas e verdes. A floração ocorre no final do inverno e na primavera, despontando em grupos ou cachos (inflorescências) com numerosas flores de cor amarela.

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ULMEIRO Ulmus minor O Ulmeiro é uma árvore de folha caduca com uma ampla copa oval, que podem atingir 35 metros de altura e diâmetro. O tronco é rugoso estriado castanho-escuro e os ramos jovens podem apresentar umas membranas esponjosas. É uma espécie monóica. As flores, hermafroditas, são esverdeadas, muito pequenas e discretas, aparecendo antes das folhas, no final do inverno. Originária da Europa, norte e oeste da Ásia e norte da América, encontra-se distribuída por quase toda a Península Ibérica, aceitando-se hoje o seu carácter autóctone nesta região. É bastante exigente em água surgindo junto a ribeiras, em vales e zonas com o lençol freático superficial. Tolera todo o tipo de solos exceto os salinos, preferindo solos frescos e profundos. É relativamente resistente tanto ao frio como ao calor. O ulmeiro é uma árvore de grande importância como ornamental. As suas folhas eram usadas antigamente na alimentação animal. A sua casca possui propriedades medicinais. Possui crescimento rápido e grande longevidade, podendo alcançar 600 anos.

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