Turbo Oficina 12

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PROTAGONISTA

Outros produtos, como alternadores, são de consumo mais lento, mas para nós é importante ter essas referências disponíveis o mais rápido possível no nosso catálogo. Comparando com o primeiro equipamento ainda têm poucas referências no aftermarket. Porque não têm mais? É complicado, a divisão ainda é jovem e estamos numa fase de nos adaptarmos ao setor do aftermarket. Temos mais de 200 fábricas em cinco continentes e nem sempre é fácil agilizar os processos. Mas temos condições para crescer rapidamente em número de referências no mercado de reposição. Como foi o ano de 2012 para a Denso Aftermarket? Somos muitos jovens no aftermarket e por isso temos uma realidade diferente dos nossos concorrentes. Mas surgem num contexto difícil... É verdade, mas a nossa aposta não é para um ou dois anos, é para longo prazo e viemos para ficar. É um bom momento porque estamos numa das piores fases, mas temos um projeto bem estruturado, adaptado ao momento e um ambicioso plano de desenvolvimento da nossa estrutura assim que as condições melhorem. No segundo ano duplicámos o nosso negócio face ao primeiro ano de atividade, apesar de ser sempre mais fácil porque estamos a começar. Estamos a ampliar a estrutura e, recentemente, duplicámos a capacidade do armazém perto de Madrid. É um projeto a cinco anos, para fazer com passos seguros, como é tradição numa empresa japonesa. Que papel tem Portugal nesse projeto ambicioso? É um mercado para desenvolver e queremos dar-lhe a importância que merece. Há uma garantia que deixamos: Portugal não será tratado como uma região de Espanha. É um mercado com as suas particularidades e queremos apoiar-nos nos nossos distribuidores para crescer. A Denso tem muito peso nos veículos japoneses e esse parque é maior em Portugal do que em Espanha, o que faz com que seja um mercado muito importante para nós. É uma realidade que é um parque pequeno, mas queremos ter uma quota de mercado confortável em todos os países onde estamos. A nossa estratégia passa por trabalhar Espanha e Portugal em conjunto em alguns pontos, porque é possível beneficiar de sinergias importantes. Ainda assim, são mercados diferentes.

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Tem algumas diferenças e além do parque automóvel japonês superior em Portugal, os carros são menos equilibrados: ou são de menor cilindrada ou são de gama mais alta. Mas há uma realidade em que ambos os mercados estão muito próximos: já tiveram um parque automóvel muito jovem, mas estão ambos a envelhecer rapidamente. Costuma dizer-se que isso é uma oportunidade para o aftermarket. Pelo menos no imediato. Concorda? No imediato sim, mas no longo prazo é bom que se vendam muitos carros. Se não, teremos um problema no futuro. Como somos uma marca premium no primeiro equipamento interessa-nos que exista uma massa crítica de parque automóvel. As prioridades mudaram por causa da crise? A situação de Denso é atípica. É uma aposta clara no aftermarket e a crise não afeta este projeto porque os investimentos estão a ser feitos num momento ótimo, já que a seguir o

abril 2013

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