5/6 a não perder - must see

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5/6 EQUIPAMENTOS DE ATRAÇÃO TURISTICA


mu st see TOURISM ATTRACTING INFRASTRUCTURES


1/4 Ribeira das naus

2/4 Terreiro do Paรงo

3/4 Campo das Cebolas

4/4 Terminal de Cruzeiros



Ribeira das naus

Localização/Location Avenida Ribeira das Naus, Lisboa Arquitectura Paisagista/Landscape Architecture Global, João Gomes da Silva PROAP, João Ferreira Nunes

2009 (projecto) - 2013 (1ªfase obra) Como chegar/Getting there

Carris 12E, 15E, 28E, 706, 711, 728, 735, 736, 737, 758, 759, 774, 781, 794, Aerobus Metro/TT Cais do Sodré, Terreiro do Paço


O espaço da Ribeira das Naus é um lugar central na cultura nacional e local. O espaço pode ser descrito como o Mítico Arsenal onde embarcações de diversos tipos eram produzidas e reparadas antes de protagonizarem o movimento de descoberta de rotas universais a partir da Europa, iniciando um primeiro fenómeno de Globalização. A Ribeira das Naus sempre foi em espaço irmão do outrora Terreiro do Paço, um imenso espaço vazio que articulava a Cidade como Palácio Real,

e o areal do Rio Tejo. Após o devastador e poderosissimo terramoto de 1755, parte da Cidade foi destruída, não apenas pelo fenómeno sismico, mas também pelo tsunami e incêndio que a este se seguiram, afectando totalmente a Ribeira das Naus como lugar. A Cidade de Lisboa foi sujeita ao plano iluminista que a reconstruíu, sujeitando o poder aristocrata e religioso a uma nova ordem racional. Surpreendentemente a quase totalidade dos elementos de paisagem deste lugar (a doca do arsenal, as rampas

margem antiga old riverbank margem actual current riverbank margem proposta/geometria de desenho proposed riverbank/design geometry

varadouro ou as docas secas) persistiram no novo desenho do lugar, como o evidenciam toda a proficua iconografia e cartografia que chegou até nós. Apesar da escala Imperial e atmosfera que caracteriza a praça irmã rebatizada como Praça do Comércio, o lugar da Ribeira das Naus permaneceu, até 1940, com a mesma tipologia de elementos espaciais. Só então, quando este lugar misterioso e quase inacessível foi cortado do contato direto com o rio Tejo por uma nova avenida para a circulação automóvel, a sua estrutura e


© Tiago Mota

The place of Ribeira das Naus is central and essential to Local, National and World culture. The place can be described as the Mythic Arsenal were ships were build or repaired before initiating the discovery of new maritime and universal routes between Europe and the rest of the world, beginning the first movement of Globalization. Ribeira das Naus has always been a twin brother of the next space known in the past as Terreiro do Paço (the field of the Royal Palace), a huge empty space relating Town, the Royal

Palace, and the sandy margin of the River Tejo. After the big heart quake of 1755, the most of down town was destroyed, not only by the impressive cataclysm of trembling, but also by a submerging tsunami, followed by a big fire, with serious consequences to the place of Ribeira das Naus. The entire city was then subjected to an Illuminist plan of reconstruction trough which, aristocrat and religious power were spatially subjected to a new rationalist order. Surprisingly the most of the

landscape elements on place (dock, shipyard platforms, and a dry dock) persisted in the new design scheme, as it is visible in the prolific iconography and cartography that reached us. In spite of the Imperial scale and atmosphere that characterizes the new twin square renamed Praça do Comercio, the Place of Ribeira das Naus remained until 1940 with the same typology of spatial elements. Only then, when this mysterious and almost inaccessible place was trimmed of the direct contact with the River Tejo by a



ordem foram transfigurados e o seu sentido perdido. O projeto desenvolvido em consorcio com o atelier PROAP, e em parceria com a Unidade de Investigação da Universidade Nova de Lisboa e uma equipa de engenharia marítima, propôs redefinir o lugar através de um re-alinhamento da margem do rio; reorganizando o tráfego e a circulação pedonal e ciclavel e restruturando espacialmente a relação com o edifico de Administração da Marinha, que desde sempre ocupou este lugar, propondo uma contemplação intemporal de elementos fossilizados sob camadas de tempo e de terra. Esta tensão entre elementos do passado (docas e rampas de varadouro) e a nova linguagem introduzida pelo projeto irá criar um novo espaço vibrante de circulação e permanência contemplativa dos elementos da memória e um novo estilo de viver a presença do rio.

new avenue for car circulation, its structure and order were transfigured and its sense lost. Our project, shared with landscape studio PROAP, history research unit of Lisbon Universidade Nova and maritime engineers, proposed to redefine the place by re-aligning the bank of the river; reorganizing traffic and pedestrian circulation along with the new Lisbon cycling system; redefine the spatial relation with the Navy Admiralty that occupies since ever the space; and proposing an timeless contemplation of fossilized elements buried under layers of time and earth. This tension between elements from the past (docks, shipyard ramps, etc), and the new design language introduced will create a new vibrant space of circulation and contemplative permanence of the elements of memory and a new style of living the presence of the river.


Planta Geral. Sem Escala /General Plan. Unscaled




Terreiro do Paço

Localização/Location Praça do Comércio, Lisboa Arquitectura/Architecture Luís Jorge Bruno Soares Arquitectura Paisagista/Landscape Architecture Sofia Castelo

2012 Como chegar/Getting there

Carris 12E, 15E, 28E, 711, 728, 735, 736, 737, 759, 774, 781, 794, Aerobus Metro Terreiro do Paço TT Terreiro do Paço


Livre da anterior predominância do espaço destinado à circulação rodoviária, o projecto da Praça do Comércio tem como aspectos marcantes da reconfiguração do espaço público a recuperação da sua utilização marcadamente pedonal, a ortogonalidade pombalina, a evocação da configuração oitocentista da placa central e a reintegração do Cais das Colunas como elemento estruturante e diferenciador desta “Praça-Cais”.

Neste projeto, deu-se especial atenção à excepcional dimensão da Praça e à percepção, pelo peão, dessa dimensão. Foi neste contexto que se debateu (mais uma vez) a existência ou não de árvores, e se adoptou a, também polémica, malha de diagonais no pavimento da placa central. Reconhecendo a existência de áreas com apetência para diversas formas de ocupação pelas pessoas, diferenciaramse, no desenho do pavimento, dois tipos de espaços: por um

Free from the previous dominance of road areas, the project for the Praça do Comércio focus its public space reconfiguration on the recovery of its original pedestrian utilization, the Pombaline orthogonality, the evocation of the nineteenth century setting of the center plate and the reintegration of Cais das Colunas as the structuring and distinguishing element and this “Square-Pier”. In this project, special attention was given to the


squares exceptional size, and the pedestrian perception that dimension. It was this context that leaded to a debate regarding the existence or absence of trees, and to the adopted, and also controversial, diagonals mesh on the central square pavement. Two typologies of spaces were differentiated by the pavement design, distinguishing the existence of areas with aptitude for different forms of occupation by people: on one hand, areas that provide a more frequent


lado, os que proporcionam uma utilização mais frequente e densa junto às arcadas e junto ao Rio, neste caso com a capacidade de atração do Cais das Colunas; e, por outro, a placa central que permite, simultaneamente, uma utilização mais esparsa no diaa-dia e a ocupação mais intensa quando têm lugar eventos e manifestações que trazem consigo grandes concentrações de pessoas. Assim, o desenho do espaço público deve ser entendido a dois níveis: Um desenho geral que procura garantir a leitura global e integrada do espaço, tornando legível a simetria entre

o seu lado Nascente e o seu lado Poente introduzindo para isso, ao nível do pavimento, um ritmo com correspondências directas e reconhecíveis com as arcadas, ao mesmo tempo que reintegra e revaloriza o Cais das Colunas, marcando a assimetria Norte/Sul. Desenhos e materiais diferenciados para os “passeios-esplanada”, para os arruamentos envolventes e para a placa central, criando diferentes leituras de proximidade relacionadas também com diferentes possíveis funcionalidades e diferentes memórias deste espaço como é a memória do “Terreiro”

que continua a ser a Praça do Comércio. No que refere ao desenho geral, ele é gerado (simetricamente) a partir do eixo dos pilares das arcadas Nascente e Poente, em sentido perpendicular à fachada, num compasso de três arcos. A partir do encontro destas directrizes com a placa central desenvolvem-se faixas oblíquas cruzadas - definidas pelo triângulo virtual que liga os centros do Arco da Rua Augusta e das fachadas dos Torreões – as quais evidenciam a grande dimensão do espaço e a diversidade de perspectivas que a Praça oferece.


and dense utilization along the arcades and by the River, in this case with the attractiveness of the Cais das Colunas, and on the other, the center of the square that allows both a more sparse, day-to-day occupation, and more intense when events and demonstrations, bring with large concentrations people, take place. Thus, the design of public space should be understood in two levels: a) A general design that seeks to ensure a comprehensive and integrated space interpretation, introducing, at floor level, a rhytyhm and direct correspondence with the arcades, making legible the symmetry between East and West wings, reintegrating and revaluating Cais das Colunas, and simultaneously, marking the asymmetry North / South. b) Differentiated designs and materials for the “terrace-walks”, to the surrounding streets and the central square, creating different perceptions, also related to possible different features and different memories of this space as the memory of the “Terreiro” that Praça do Comércio is. In terms of overall design, the square is (symmetrically)

generated from the axis of the pillars of the East and West arcades, perpendicularly to the facade, with a compass of three arches. The oblique cross bands – defined by a virtual triangle that connects the centers of the Arco da Rua Augusta and the facades of Turrets - are generated from the meeting of these guidelines with the central board of the square. These oblique bands show the large space and the diversity of perspectives that Square offers.



Planta. Sem Escala /Plan. Unscaled


Š NazarÊ Nascimento


Campo das Cebolas

Localização/Location Campo das Cebolas, Lisboa Arquitectura/Architecture João Luís Carrilho da Graça Arquitectura Paisagista/Landscape Architecture Victor Beiramar Diniz

2012 (projecto) Como chegar/Getting there

Carris 12E, 25E, 28E, 728, 735, 737, 759, 781, 782, 794 Metro Terreiro do Paço


A intervenção proposta para a antiga Ribeira Velha centrase na criação de um espaço urbano de conforto, através de um conjunto de operações sobre o território muito contidas, de grande serenidade. Uma intervenção que, com o mínimo, potencia o máximo, enquadrando e respondendo às diferentes variáveis e saberes em presença. Propõe-se a definição de uma praça que, pela sua natureza e formalização, se contrapõe ao vizinho Terreiro do Paço. Não um espaço seco, de representação, com uma relação visual e física com o rio franca e encenada, mas antes uma praça que se volta para a cidade, recolhida sob um coberto arbóreo. São criadas as condições para que se torne

Corte longitudinal/Longitudinal Section

um espaço mais habitável, mais amável, e que, através de uma intervenção discreta, devolve ao lugar a capacidade de ser palco da vida urbana. Materializa-se através da deformação do plano existente, criando um desnível suave que nos conduz ao interior da praça e a um anfiteatro que se volta sobre a encosta da Sé, que evoca a localização e geometria dos muros do antigo Cais de Vero-Peso. Uma superfície pétrea, permeável, que se dobra com subtileza para conformar esse espaço rebaixado e se reergue depois num pequeno pódio, estendendo-se sobre a avenida marginal até alcançar a Doca. A presença dos pinheiros mansos, espécie arbórea transversal a várias épocas e culturas, como que celebra


to, once again, become a stage for urban life. It is materialized through the deformation of the existing ground plane, thus creating a gentle slope that leads us to its interior and to an amphitheater that gazes at the cathedral’s hill and that evokes the site and wall geometry of the former Ver-o-Peso quay. The ground plane becomes a porous petrous surface that subtly bends, to mold the slightly sunken space, reemerges as a small podium, and then spans the riverside avenue to reach the dock. The presence of the umbrella pines, species transversal to different periods and cultures, symbolically celebrates the history — and future — of this site, Lisbon’s departure and arrival point. The umbrella

© Carrilho da Graça arquitectos

The proposed intervention for the former Ribeira Velha is centered on the creation of a comfortable urban space, through a number of very concise, and serene, territorial operations. An intervention that, with minimum actions, potentiates maximum results, framing and addressing the questions in presence. A square is proposed that, by its nature and formal materialization, counteracts with the neighboring Terreiro do Paço. Instead of a dry, representational space, with a forthright and staged relation with the river, the new square, nested under an arboreous canopy, turns its gaze to the old city. The conditions are met for it to become more inhabitable, more amiable, through a discreet intervention that returns the site the capacity


© Carrilho da Graça arquitectos

simbolicamente a história — e futuro — deste lugar, um ponto de partida e de chegada de Lisboa. A cobertura vegetal dos pinheiros mansos, na superfície côncava, concorre para uma possibilidade de desaceleração e descontracção: um espaço de estadia, ensombrado e silencioso. O tratamento da área junto à Casa dos Bicos é sensível ao facto de estar aqui sediada a Fundação José Saramago e ao memorial do escritor aí erguido. Propõe-se uma entrada na Fundação mais suave, através

da modelação do pavimento, e a definição de um novo banco, que confere ao memorial o espaço de reserva e recato de que é digno, recentrando-o face à Casa dos Bicos e ao terreiro fronteiro. O intuito de criação de um lugar para o memorial levou à localização do edifício da loja numa posição mais afastada mas de destaque, constituindo o remate do quarteirão. É um volume translúcido, com um alpendre prolongado, cujo extremo pousa no dorso de um elefante em pedra — espécie de cariátide.


provided by the pines, above the concave surface, concours for a possibility of deceleration and detente: a space to linger, shadowed and silent. The treatment of the area adjacent to the Casa dos Bicos is sensitive to the fact that this building is the seat of the Saramago Foundation. Through the deformation of the ground, a softer access to the foundation is proposed, as is a new bench that confers the writer’s memorial the reserved and dignified space that it deserves and, simultaneously, re-centers this space with the Casa dos Bicos and the facing square. The desire to create a reserved space for the memorial led the location of the proposed shop for the Saramago Foundation

A relação da Praça da Ribeira Velha com a Doca da Marinha reveste-se de especial importância, tornando-se mais franca e permitindo o acesso efectivo até ao rio. A grande operação aqui realizada, além da reformulação do programa edificado, é a demolição do muro periférico que actualmente a separa da Avenida, dando lugar a um grande passeio arborizado, que desde Santa Apolónia se estende ao Terreiro do Paço, sendo também suporte dos percursos de mobilidade suave.

to a farther, yet still prominent site, caping an existing quarter. The shop itself is a translucent volume, with a prolonged porch leaning on the back of a stone elephant — a sort of caryatid. The relation between the Ribeira Velha square and the Marinha dock is of special importance, becoming unobstructed and allowing for direct access to the river. The major operation, apart from the reformulation of the built program, consists on the demolition of the perimetrical wall of the dock that separates it from the riverside avenue, giving way to a tree lined promenade that, from Santa Apolónia, reaches the Terreiro do Paço, and that supports the soft mobility lanes.


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© fg+sg


Terminal de Cruzeiros

Localização/Location Santa Apolónia, Lisboa Arquitectura/Architecture João Luís Carrilho da Graça Arquitectura Paisagista/Landscape Architecture Global - João Gomes da Silva

2010 (projecto) Como chegar/Getting there

Carris 706, 712, 728, 734, 735, 759, 781, 782, 794 CP Santa Apolónia Metro Santa Apolónia


Vista geral/General view

A criação do novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa oferece uma oportunidade rara de repensar e questionar a relação vivencial e urbana entre a cidade de Lisboa e o rio Tejo. A proposta de um edifício volumetricamente conciso vem responder ao desejo de libertar o espaço envolvente, reclamando-o para o uso público, oferecendo à cidade e aos bairros adjacentes um espaço verde com capacidade de comportar diferentes actividades, evocando os boulevards propostos nos séculos XVIII, XIX e XX. A escala contida do edifício aproxima-o da escala urbana, enquanto o espaço liberto garante a distância necessária

para contemplação da encosta de Alfama. A relação visual rio/cidade ganha assim tanta importância como a da cidade/rio, encontrando-se o parque e o edifício na transição, coexistindo e potenciando-se mutuamente. Assim, o edifício surge como uma resposta ao programa, enquanto o parque responde à cidade. Um dos pontos fundamentais da proposta é a conservação da estrutura da doca existente, reafirmando a sua memória através da manutenção do seu espaço vazio e da recuperação dos muros de pedra existentes em todo o seu perímetro. A acomodação dos transportes procura ser simples e flexível,


Š Carrilho da Graça arquitectos

The creation of the new Cruise Terminal in Lisbon offers a rare opportunity to question and rethink the urban and experiential relationships between the city of Lisbon and the Tagus river. The proposal presents a building designed as a simple volume, that responds to the desire of liberating the surrounding area. This space will be offered to the general public, providing green spaces to the city and to the adjacent neighborhoods, which can support different sort of activities, evoking the ancient boulevards proposed in the 18th,19th and 20th centuries. The small scale of the building is an approach to the urban scale, while the

free space ensures the required distance for contemplation of the Alfama’s slope. The visual relation river/city takes as much as importance as the city/river. The building and the park are in the transition, coexisting and being mutually enhanced. Thus, the building appears as a response to the program, while the park meets the city. One of the key points of this proposal is the maintenance of the existing dock`s structure, reaffirming its memory by keeping the void space and recovering the surrounding stone walls. The transport accommodation intends to be simple and flexible and is set among the trees alignments. To achieve this,

Passadeira/Passageway


entre os alinhamentos de árvores, recorrendo a extensas faixas pavimentadas integradas no parque e recusando o carácter rodoviário no desenho e definição do espaço. Fazendo a separação entre o parque e o porto, o edifício do Terminal concretiza também a praça de ingresso, a Sudoeste, e o parque de estacionamento, a Nordeste, que se apropria da doca. Na intersecção desta praça com a pré-existência da doca, cria-se um plano de água que evoca a sua anterior utilização. O edifício é uma solução simples e compacta, com grande racionalização dos meios e

sistemas utilizados, aliada a um uso do espaço flexível. O edifício assume perante o parque e a cidade um carácter de pavilhão, um sistema de transbordo. Aparenta ser um volume flutuante, quebrado, que gera zonas de tensão e inflexões que sugerem os pontos de entrada e saída do edifício. Um percurso/promenade envolve o edifício, permitindo a descoberta lenta da envolvente, enquanto se percorrem os vários alçados. Culmina na sua cobertura, que ganha características de palco, relacionando-se com o rio e a cidade sem qualquer tipo de obstáculos, como uma praça.

© Carrilho da Graça arquitectos

Vista Sul/South view

Zona de embarque/Boarding area


Š Carrilho da Graça arquitectos

extensive paved tracks are integrated into the park, refusing the road design in space definition. Separating the park from the harbor, the building of the terminal also defines the entrance plaza, at Southwest, and the car parking at Northeast, which occupies the dock`s space. At the intersection of this plaza with the preexisting dock, a water plan is created evoking its previous use. The building has a simple and compact design solution, concerned by streamlining facilities and systems used, combined with a flexible space

use. The building is assumed towards the park and the city as a pavilion, an overflow system. It appears to be a floating volume, as it is broken, generating tension zones and inflections that suggest entry and exit points for the building. A path/promenade surrounds the building, allowing a slow discovery of the surroundings while passing through the different facades. This path culminates in the roof that assumes the features of a stage, relating with the river and the city without any obstacles, such as a plaza.


Coordenação TURA - Architecture Tourism www.tura.pt

Colaboração Ordem dos Arquitectos - Secção Regional do Sul

Agradecimentos Turismo de Lisboa Global Arquitectura Paisagista Bruno Soares Arquitectos Carrilho da Graça Arquitectos

Design Marta Correia

50 exemplares 2013


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