TERÇA-FEIRA
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DIRETOR: BENEDITO FRANCISQUINI
04 DE JUNHO DE 2019
INVESTIGAÇÃO
ANO XXIII - N0 3846 R$ 1,00
Perícia e testemunha indicam que Andrei foi executado por policiais
O laudo elaborado pelo Laboratório Papiloscópico do Instituto de Identificação do Paraná, a pedido da delegada Daniela Correa Antunes Andrade, que preside o inquérito da Polícia Civil que apura a morte do jornalista e publicitário Andrei Gustavo Orsini Francisquini (35 anos), ocorrido da madrugada do dia 12 de maio, na Praça da Estanha, em Curitiba, mais o depoimento de uma testemunha, jogam por terra a versão dos PMs e tudo leva a crer que houve uma execução sumária. Os policiais que realizaram a abordagem da vítima tentam caracterizar um suposto confronto, pois Andrei estaria armado com uma pistola 9 mm. O laudo da Identificação deu negativo. Não há impressões digitais da vítima na arma, reforçando a suspeita da família e do advogado que
a representa, Paulo Cristo, de que a arma foi plantada no colo do jornalista para indicar que teria havido enfrentamento.Para agravar ainda mais a situação dos PMs perante as investigações, uma testemunha que depôs na delegacia afirmou categoricamente que os policiais, logo após a morte de Andrei Francisquini, lhe disseram que a perseguição ao jornalista havia iniciado na Avenida Vicente Machado quando reconheceram a placa de seu veículo. Os policiais relataram à testemunha que Andrei já havia fugido de outra abordagem dias antes, indicando que ele era alvo da Polícia Militar mesmo antes de ter ocorrido a primeira abordagem quando os PMs desferiram cinco tiros contra o carro, mas omitiram este fato no Boletim de Ocorrência.
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