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compôs a modinha “Presidente Bossa Nova”, uma sátira inspirada no presidente Juscelino Kubitschek, que foi gravada em 1961.
A música ficou mais famosa depois que foi proibida pela censura. Com um mandado de segurança, ele ganhou, pela primeira vez no Brasil, uma questão judicial com a censura.
Alguns dias depois, Juca conseguiu uma entrevista com o presidente e compareceu descalço ao encontro.
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Dai para frente, diversas sátiras foram feitas com políticos, homens da sociedade, problemas urbanos etc., que continuavam incomodando muita gente.
Em 1962, Juca lançou a sátira
“Caixinha Obrigado”, onde insistia em falar nas mazelas político-administrativas da época.

Exílio na Europa Em 1963, Juca partiu para a Europa. Esteve em Portugal onde se consagrou como ídolo dos jovens. Na Itália, começou tocando órgão numa igreja. Pouco depois estava tocando em cabarés e apresentou-se na televisão, gravou oito compactos e um LP.
A música “Pequena Marcha Para um Grande Amor” foi um sucesso de vendas. Em 1969, retornou ao Brasil e começa a fazer shows pelo país.
Juca criou o “Circus Sdruws” (S de snob, D de divino, R de ralé, U de wonderful, W de Water-closed e S de souvenir), que instalou no Rio de Janeiro, nas proximidades da Lagoa Rodrigo de Freitas, onde apresentava o show “Menestrel Maldito”.
Depois dessa fase, Juca Chaves voltou a fazer shows por todo o país e a se apresentar em programas de televisão, sempre com sua irreverência.
O bordão mais famoso do “menestrel”, como gosta de ser chamado, é: “Vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar”.
O artista e a esposa eram casados desde 1975 e tinham duas filhas: Maria Morena e Maria Clara. Segundo a família, Juca estava internado há 15 dias no hospital São Rafael, na capital baiana, e o estado de saúde piorou aos poucos. Morte
Juca Chaves foi velado no domingo (26), no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador. O compositor, músico, humorista e crítico morreu na noite de sábado (25), aos 84 anos, devido à complicações de problemas respiratórios.