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O PRESIDENTE DA CODERN, PEDRO TERCEIRO, FALA SOBRE PROJETO DE EXPANSÃO E DE “CABOTAGEM” NO PORTO DE NATAL. PÁGINA 6
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economia
Editora: Renata Moura [ renatamoura@tribunadonorte.com.br ]
Natal • Rio Grande do Norte • Sexta-feira • 25 de abril de 2014
Economia crescerá abaixo da média « BRASIL » FMI estima crescimento de 1,8% para o Brasil este ano, uma das menores taxas de expansão
das Américas. Problemas de infraestrutura e inflação estão entre os redutores de competitividade do país
N
ova York e Rio (AE) - O Brasil deve continuar com a economia em marcha lenta e a inflação elevada em 2014, apesar da forte alta de juros promovida pelo Banco Central, destaca o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um relatório divulgado ontem em Lima, no Peru, chamado “Perspectiva Econômica Regional para o Hemisfério Ocidental”. A previsão do FMI é de que o Brasil cresça 1,8% este ano, uma das menores taxas de expansão das Américas. Excluindo a Argentina e Venezuela, apenas países pequenos da região - Santa Lúcia, Jamaica, Granada, Antígua e Barbuda, Dominica, Barbados e El Salvador - devem ter expansão menor que a economia brasileira este ano, segundo o relatório do Fundo. No continente, os Estados Unidos devem ser um dos destaques e crescer 2,8% este ano. A Argentina deve se expandir 0,5% e a Venezuela encolher 0,5%, segundo as projeções do FMI, que não tiveram alterações em relação às divulgadas na reu-
DIVULGAÇÃO
nião de primavera do Fundo em Washington, no começo do mês. O Brasil deve se expandir menos que a média da América Latina, com crescimento previsto de 2,5% este ano. O destaque na região entre as grandes economias deve ser o México, com expansão estimada de 3%. Já o Panamá deve ficar com o maior crescimento do PIB, de 7,2%.
Em 2015, o Brasil vai crescer mais, porque temos visto queda da incerteza e isso tem efeito sobre investimento”
Gargalos
ALEJANDRO WERNER
O FMI atribui o fraco desempenho do Brasil a um conjunto de fatores. A fraca confiança dos empresários continua pesando negativamente no investimento privado, que vem mantendo desempenho pífio. O Fundo também cita os gargalos na infraestrutura, que desestimulam o investimento privado e contribuem para a perda de competitividade do País. No caso da inflação, o relatório destaca que ela deve permanecer no topo da meta do Banco Central, apesar do aperto monetário significativo desde abril do ano passado. Os economistas do Fundo citam alguns fatores
Diretor do FMI
para explicar a persistente alta de preços, que incluem os estrangulamentos na infraestrutura, inércia inflacionária e reflexos da desvalorização passada do real. A recomendação do Fundo para os países com inflação persistentemente alta é de que ambas as políticas, monetária e fiscal, sejam usadas para conter a pressão nos preços e reforçar a credibilidade da política econômica. Para 2015 a previsão é de que haja “certa recuperação” nas taxas de crescimento das econo-
Brasil terá uma TV por habitante e nº de celulares superior aos EUA « MERCADO » Estudo da FGV indica impulso da Copa ao mercado de TVs e que Brasil já supera os Estados Unidos em telefones por habitante
MAGNUS NASCIMENTO
S
ão Paulo (AE) - A Copa do Mundo representará o impulso que faltava para o mercado de televisão no Brasil atingir a média de um aparelho por habitante. Atualmente, 97% da população tem uma TV, média acima da mundial, de 72%, de acordo com dados da 25ª Pesquisa Anual Sobre o Uso de Tecnologia da Informação (TI), divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). “O Brasil vai chegar a uma televisão por habitante neste ano. Estamos muito perto do ‘um pra um’ e vamos ter um impulso nas vendas neste ano por causa da Copa do Mundo”, afirmou o professor Fernando Meirelles, coordenador da pesquisa. O levantamento também mostrou que o Brasil superou os Estados Unidos no quesito de quantidade de telefones (fixos e celulares) por habitante. No Brasil, o índice é de 158% (mais de 3 a cada 2 habitantes), ante 156% nos Estados Unidos e 115% na média mundial. As promoções para ligações para celulares da mesma operadora, que se popularizaram nos últimos cinco anos, ajudaram o Brasil superar os EUA em quantidade de telefones (fixos e celulares) por habitante. Com chips de celular vendidos em bancas de revista a preços simbólicos, muita gente optou por ser cliente de mais de uma operadora. O consumidor se viu obrigado a evitar ligações para celulares de operadoras diferentes, diz Meirelles. Nos EUA, como as tarifas são mais baratas, isso não é necessário. Segundo Meirelles, há uma popularização dos aparelhos entre a população mais pobre que
O índice de brasileiros com TV em casa já está acima da média
ganhou poder de compra nos últimos anos, associada à preferência de boa parte dos consumidores em deter mais de um aparelho com planos de operadores diferentes para combinar tarifas mais baixas nas chamadas. “A política de não tarifação entre as mesmas operadoras provocou uma proliferação de celulares entre as camadas mais pobres”, explicou. Já nos Estados Unidos as tarifas são mais baixas, em média, diminuindo a necessidade de aquisição de diferentes chips
Computadores
No caso dos computadores (segmento que inclui desktops, notebooks e tablets) a perspec-
tiva é de um aparelho por habitante no Brasil em 2016. Atualmente, 67% da população brasileira detém um computador, porcentual abaixo da média mundial de 72%. Em 2014, as vendas devem crescer 10%, ante 19% em 2013. Segundo Meirelles, essa desaceleração é natural tendo em vista o grande número de vendas e de aparelhos que entraram em uso nos anos anteriores. “Crescimento de 10% é bastante grande considerando o número alto de 2013 e a situação macroeconômica nebulosa que temos pela frente”, disse. O destaque serão as vendas de tablets, crescendo em ritmo acima de notebooks e desktops.
mias, mas a perspectiva para o País e para a América Latina é de níveis de expansão menores do que em anos recentes. A afirmação foi feita pelo diretor do FMI para o Hemisfério Ocidental, Alejandro Werner, em entrevista coletiva para apresentar o estudo sobre a região. “Para 2015, o Brasil vai crescer um pouco mais, porque temos visto queda da incerteza (com relação à política econômica), e isso eventualmente vai ter efeito sobre o investimento. Também porque o programa de infraestrutura tem ganhado velocidade e deve ajudar o crescimento”, disse Werner. A América Latina tem crescido muito pouco, afirmou o diretor, basicamente por culpa de Brasil e México, as maiores economias da região e que vêm tendo desempenho fraco desde 2012. “O crescimento deste ano da América Latina deve ser o menor dos últimos 11 anos, excluindo 2009, que foi marcado pela crise financeira internacional”, disse. Em 2015, a região deve ter uma recuperação e avançar 3%.
Werner, do FMI: O cenário é ruim para o Brasil e a América Latina