Tribo Skate Edição 222

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RodRigo HuRtado * Samuel Jimmy * RapHael Índio * BRegadetH

Biano BiancHin

Um livro com mUitas histórias

alfa touR longe, mas nem tanto

São João da Boa ViSta o carrinho no porta-malas

Biano Bianchin, bs flip ano 23 • 2014 • # 222 • r$ 9,90

www.triboskate.com.br










índice //

Expr sso 222 ExprE abril 2014 // edição 222

especiais> 40. são João da boa Vista Carrinhos no porta-malas do Carrão 50. alfa tour argentina longe, mas nem tanto assim 60. biano bianchin Um livro Com mUitas histórias seções>

editorial ................................................................................................ 14 Zap .............................................................................................................. 20 lUZ .............................................................................................................. 72 Casa nova ............................................................................................. 80 hot stUff ............................................................................................... 88 Jpg + mov ................................................................................................ 90 ÁUdio: Bregadeth............................................................................. 92 skateBoarding militant ............................................................. 94 Capa: Num giro pelo interior de São paulo, Biano avistou a entrada da casa. Local aparentemente abandonado, logo apareceu um sujeito pra saber o que estava acontecendo ali. ah, é um trabalho pra revista? pode andar! Chão ruim e pouco espaço pra voltar, logo caindo na rampa da garagem. Backside flip, para honra da casa. Foto: allan Carvalho ÍNdiCe: No viaduto sobre a av. Nove de Julho, na região central de São paulo, Hudson da paz “Cebola”, criou uma linha perigosa. pra complicar mais ainda, resolveu fazer o trajeto de switchstance mirando a volta no chão molhado. Switch ollie da morte, sem chance pra erro. Fotos: Marcelo Mug

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editorial //

Por Cesar Gyrão // Foto renato riani

C

omeçou a circular o Expresso 222, que parte direto de Bonsucesso pra depois! Comi um número da linha do ônibus que gerou a música do Gilberto Gil, mas não pude evitar a deixa para refletir nossa edição com três patinhos na lagoa (o número 222 – derivação da expressão do jogo do bicho, com dois números dois, que lembram as aves de nossa infância). Isso é uma revista de skate, mas referências da cultura de nosso país vira e mexe fazem parte de nossos textos, refletem o contexto e dão um molho a mais no caldo saboroso que é o lifestyle do carrinho. Em abril de 2014, os skatistas são seres cultos que gostam de pesquisar músicas e artes para inserir em seus vídeos, seus boards, roupas, sites e redes sociais. Como a única revista mensal da atualidade no skate nacional, nossa velocidade condiz com a necessidade de explanar ao mundo a recente volta do Biano para a Qix, depois de um longo afastamento. O dagger é um profissional com muito conteúdo, referência

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para algumas gerações de skatistas e simpatizantes. Apesar do pouco tempo de mercado, a marca catarinense Alfa Skateboards já vai criando sua identidade em ações nas ruas, desta vez explorando a Argentina. Por outro lado, alguns amigos resolvem pegar o expresso para uma pequena cidade de nome grande, São João da Boa Vista. Conhecida por ter uma boa skateplaza pública, os caras nem quiseram saber da pista, indo explorar o mobiliário urbano e a sede abandonada de um balneário da região (locação incrível!). Quando o trem embala, o tempo é implacável. Todos já tiveram a sensação de que tudo em volta está andando enquanto assistem da janela a paisagem passar. Por isso nosso Expresso 222 lembra uma figura importante do skate mundial, o Rodrigo Hurtado. O mais brasileiro dos argentinos foi patrocinado pela Urgh! e recentemente foi visitado pelo criador da marca, seu amigo Jorge Kuge. Rodrigo enfrenta bravamente um momento difícil na sua vida, mas pode ficar feliz pela homenagem que alguns chegados fizeram para ele nesta edição. Suba no bonde e aproveite a viagem.

A dupla Bruno Arruda e Renato Riani tem conseguido imagens muito loucas em suas andanças. No telhado do balneário de Águas da Prata, um simples, mas poderoso ollie é a mais nova composição assinada por eles. Bruno na ação, Renato no click.



ANo 23 • ABRIL DE 2014 • NÚMERo 222

Editores: Cesar Gyrão, Fabio “Bolota” Britto Araujo Conselho Editorial: Gyrão, Bolota, Jorge Kuge Arte: Edilson Kato Redação: Junior Lemos Colaboradores: Texto: Guto Jimenez, João Brinhosa, Renato Riani, Rodrigo K-b-ça Fotos: Allan Carvalho, Carlos Taparelli, Cauã Csik, Fellipe Francisco, Flávio Gomes, Gabriel Navarro, João Brinhosa, Leandro Moska, Marcelo Mug, Pablo Vaz, Pedro Macedo, Ramon Ribeiro, Renato Riani, Ricardo Per Canguru

Pátria Editora Ltda Presidente: Jaime Benutte Diretor: Iberê Benutte Administrativo/Financeiro: Gabriela S. Nascimento Circulação/Comercial: Patrícia Elize Della Torre Comercial: Cezar Toledo (cezar@patriaeditora.com.br) Cibele Alves (cibele@patriaeditora.com.br) Fone: 55 (11) 2365-4123 www.patriaeditora.com.br www.facebook.com/PatriaEditora Empresa filiada à Associação Nacional dos Editores de Publicações - Anatec

Impressão: Ipsis Gráfica e Editora Bancas: Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Rua Teodoro da Silva, 907, Grajaú Rio de Janeiro/RJ - 20563-900

Distribuição Portugal e Argentina: Malta Internacional

Deus é grande! São Paulo/SP - Brasil www.triboskate.com.br E-mail: triboskate@triboskate.com.br

A Revista Tribo Skate é uma publicação da Pátria Editora. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam as da revista. Dúvidas ou sugestões: triboskate@patriaeditora.com.br





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rodrigo Hurtado

O guerreiro argentino Ele foi o primeiro argentino a ser patrocinado por uma marca brasileira. Ele foi juiz da WCS (World Cup Skateboarding), representou uma geração de profissionais de seu país, venceu uma série de eventos, construiu pistas, foi team manager e “pai” de muitos skatistas. Quando uma doença degenerativa foi minando seus movimentos, continuou a encarar a vida de frente apoiado pela família que construiu no skate, pois era “só no mundo”, por ter perdido a mãe e irmã aos 17 anos, seus únicos laços de sangue. Uma pequena parte dessa história está contada no site da WCS. No atual estágio de sua vida, Rodrigo contempla as coisas com ajuda de sua mulher, Maria Amelia Rios e de amigos que o visitam. Um deles, Jorge Kuge, que esteve no início de fevereiro em Mar del Plata para lhe ver. O criador da Urgh! e seu patrocinador durante anos, lançou uma homenagem ao amigo no Facebook e foram dezenas de mensagens ao “Cachorro”, de personagens como Alê Ribeiro, Sasha Steinhorst, Fabio Schumacher, Jorge Ladas, Bob Burnquist, Steve Ruge, Diego Bucchieri, Marcelo Barnero entre tantos outros. Rodrigo Hurtado tem seu nome cravado na história do skate e a homenagem criada pelo amigo se estende agora para estas singelas páginas da Tribo Skate. Rodrigo, um abraço forte de toda sua família! Alessandro McGregor “Logo que comecei a andar de skate, procurei me informar sobre as marcas e skatistas que estavam na cena, e naquela época ouvi falar do primeiro argentino que estava inserido no mercado nacional, ele se chamava Rodrigo Hurtado e tinha patrocínio da Urgh!. Passado alguns anos me profissionalizei e estava para embarcar na primeira tour internacional, onde o destino era Argentina e Uruguai em uma tour da Tribo Skate que se chamava Mercotour. Estavam comigo Leandro Gringo, José Eduardo Anjinho e o fotógrafo Flávio Samelo. Na Argentina não conhecíamos ninguém e através do contato do Gyrão, iríamos nos encontrar com duas pessoas. Luciano Knabe, que nos recepcionou no aeroporto a pedido do dono da Gossip e Rodrigo Hurtado, que iria nos colocar a par do que fazer e onde ir na Argentina. Fiquei entusiasmado em conhecer o Rodrigo, pois ele era para mim tudo o que eu conhecia do skate argentino na época. A gratidão pelo Brasil ter abraçado seu skate era presente em sua voz. Ele nos contou de como era o skate de seu país, com uma tranquilidade ímpar e também falou um pouco de sua trajetória e como era grato ao Brasil por tudo que nosso país o tinha proporcionado. Ele nos convidou a ir a Mar del Plata e nos hospedou na casa de seu avô Master, mesmo sem nos conhecer, só por conta da recomendação do Gyrão. Tanto o avô

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Grabriel Navarro

// Por Cesar Gyrão

Fs ollie.


arquivo JorGe KuGe

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Hurtado e Schruge.

Ribeiro e Hurtado.

Poupa, Sasha, Hurtado, Kim.

Galera da WCS. arquivo luciaNo KNabe

reprodução do FacebooK

Jorge e Rodrigo.

(falecido) como o neto, duas figuras extraordinárias e que ficaram na minha memória desde então. Anos depois, fiquei sabendo da doença do Rodrigo Hurtado e sua situação. Fiquei muito triste em saber o estado que ele se encontrava, mas ao mesmo tempo que a doença tomava conta de seus movimentos, ainda assim ele seguia a sua vida fazendo as coisas que era possível fazer, lutando como é o ofício do guerreiro. Hurtado é grato ao Brasil, mas nós brasileiros também somos gratos ao Hurtado, por ter nos aproximado aos demais hermanos argentinos. Hurtado foi o primeiro argentino a fazer carreira no Brasil, a levar o skate argentino para a World Cup Skateboarding, entre outras coisas que fez pelo seu país. Como disse o amigo Pitu, Hurtado é “a Argentina”.” Luciano Knabe “Na noite antes de me pedirem para escrever algo sobre o Rodrigo, sonhei com ele e seu grupo de amigos, divertindo-se em uma tour de skate como se fosse hoje, só que 10 anos se passaram. Juntos, viajamos a diferentes lugares da Argentina, difundindo as coisas que gostamos, entre elas o skate. Foi o primeiro skater a conseguir pistas públicas em lugares onde nunca se havia pensado e onde seguimos viajando quilômetros e quilômetros para desfrutá-las. Até o dia de hoje são referências para as pistas atuais. Por conta dele, conheci boas pessoas do Brasil, as primeiras no ano de 99: Flávio Samelo, (Alessandro) McGregor, (Robson) Gringo e (Eduardo) Anjinho, quando ficaram em minha casa por 10 dias. Também foi juiz em campeonatos mundiais, onde todos os anos ia participar, e sem dúvida nenhuma foi a pessoa encarregada em unir o skate do Brasil e Argentina. Devido sua enfermidade pouco a pouco foi deixando sua realidade passada e compartilhada, uma nova realidade solitária, mas sem dúvida alguma, como para mim e muitos e muitos somos agradecidos pelo que ele fez para todos nós, argentinos. Sempre vai estar presente para mim e todo o skate sulamericano. Gracias Rodrigo!” Diego Bucchieri “Rodrigo Barros Hurtado, ou simplesmente “Cachorro”, como chamavam os mais próximos, foi desde pequeno, como uma espécie de team manager, irmão mais velho, amigo que sempre esteve com todos nós, nos ajudando com conselhos, abrindo sua casa para todos nós, fazendo polenta com leite que tanto nós gostávamos, entre mil coisas. Desde suas viagens com “El Intrépido” encarregado de fazer as rampas, até suas viagens entre Buenos Aires a Mar del Plata direto para a balada. Para muitos, Cachorro foi nosso primeiro patrocinador com shapes usados da Urgh, e nosso primeiro team manager quando trabalhou na Reef. Construiu seu primeiro skatepark em Palpala, Jujuy há 10 anos e fez com que viajássemos para todo o país para apoiar o skate. Muitos não sabem, mas foi por conta da amizade de Hurtado com Bob Burnquist que pude entrar em contato com o Bob e chegar a primeira vez nos EUA. Por conta disso, tive a oportunidade de conhecer o pessoal da Deluxe e Thrasher, que seriam logo em seguida meus primeiros patrocinadores na América. Graças a ele, o skate está por todos os lados na Argentina e muita gente vivendo do esporte. Faz muito tempo não o vejo, mas sempre o levo em meu coração e sei que muitos outros também o levam. Mando um forte abraço pra você. Te quiero mucho!” Juan Manuel “Pitu” Lopez “O que se pode dizer de Rodrigo Barros Hurtado, também conhecido como “Cachorro” pelos amigos mais próximos? Foi o primeiro argentino a desembarcar em terras brasileiras e pela marca Urgh! foi o primeiro a competir no Brasil e falar para nós argentinos sobre nosso país irmão, que ainda não conhecíamos. Foi também o primeiro juiz argentino na World Cup e X Games; a fazer as primeiros tours na Europa; a lutar por pistas públicas que se concretizaram, como a da distante Jujuy, muito ao norte de nosso país, quase na fronteira da Bolívia; sendo gestor de muitas delas, como a de Mar del Plata, Chaco e Formosa. Infelizmente como alguns já sabem, padece de uma enfermidade irreversível que não lhe permite andar de skate faz muitos anos, nem sequer caminhar, uma injustiça que uma pessoa tão boa tenha algo que não é comum, ainda mais sendo esportista. Para mim, ele foi o primeiro a dar um par de tênis quando era team manager da Reef e o primeiro a me convidar a competir em um Mundial de Skate em São Paulo, a me convidar a cinco X Games no Brasil, a me aconselhar a construir uma carreira no Brasil. Foi e continua sendo o primeiro, sempre. Obrigado amigo, por tudo que fez pelo skate e obrigado à Tribo por produzir esta homenagem para um grande homem que representa o skate argentino. É a primeira que fazem para ele depois deste ocorrido e não consigo entender que em nosso país ainda não tenham feito. Obrigado à revista por deixar falar um pouco de Rodrigo, que é um grande amigo. Dá-lhe Cachorro!” 2014/abril TRIBO SKATE | 21




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JuNior lemos

[01] O profissional paranaense Rogério Febem está com novo patrocinador e conta agora com a Gobby Trucks para colocar toda sua criatividade em dia. • Ricardo Tossi e João Henrique Jhonn também estão de patrocínio novo. Eles são os mais novos skatistas da equipe Kemp Skate, marca natural de Itapira/ SP. (kempskates.com.br) • [02] Ari Bason lança pro model de rolamentos pela sua marca, a 1968 Skateboards, batizados de Skull Fly. • A Viva Rodas anuncia Mario Marques como novo integrante da equipe. • [03] 9th Wonder foi nomeado pela LRG como seu novo diretor de conexões criativas, o que quer dizer que o produtor musical/DJ/rapper, referência dentro da comunidade e da cultura hip hop, vai direcionar a criação de novos projetos da marca. • Carlos Ribeiro troca a Converse pela Nike SB Brasil fortalecendo ainda mais a família composta por Luan de Oliveira, Fabio Cristiano, Cezar Gordo, Rodrigo Gerdal, Yuri Fachinni e Felipe Foguinho. • [04] Ligiane Xuxa é a primeira skatista a assinar model de shape pela Ame Skate, marca da Tati Marques. • Confirmando a tendência que vem sendo observada nos últimos anos, Silas Ribeiro “Bisteca” abre sua loja, a Park Skate Shop, que fica em Carapicuíba/SP, rua Antônio dos Santos Neto, número 165. (facebook.com/Parkskateshop) • [05] A Hordem Distribuidora vem com duas novidades, os models de rodas do James Bambam e do ‘comandante’ da parada André Hiena. • [06] Jr. Pig expressa toda sua criatividade customizando lixas de skate com stencil que leva a assinatura de Shit Griptape. (instagram.com/shitgriptape). • [07] A URB Tradeshow já tem data para a segunda edição, prevista para acontecer dias 29 e 30 de abril na Barra Funda em São Paulo (urbtradeshow.com). • O carioca Bruno Passos fez 40 anos em março e recebeu um presente e tanto dos amigos: seu primeiro pro model. Feito em quantidade apenas para os mais chegados, o shape leva desenho do Felipe Motta. Profissional desde os anos 90, Bruno também trampa como videomaker do cunhado, Bob Burnquist. • [08] O skatista ‘pernas de mola’ de Piracicaba/SP, Alex Lekinho, adiciona aos seus patrocinadores a Exit Thirteen NY, mais uma contratação intermediada pela Agência Phibra, do curitibano Gui Labiak, empresa criada para potencializar o talento de skatistas e músicos da cena alternativa brasileira, através de casting e produção de fotos e vídeos. • Sobre a Exit Thirteen NY, a marca foi criada em Nova York e trazida ao Brasil pelo seu fundador, passou por uma pausa de um ano e acaba de retomar as atividades, trazendo uma coleção de inverno pesadíssima. • [09] E pra quem está de olho nos bonés e camisetas Tribo Skate, os produtos estão inseridos no leque de opções oferecidos aos lojistas pelo setor comercial da distribuidora Sick Mind. • [10] Alex Carolino é fã de basquete, por isso o tema de seu pro model de shape pela Cisco é justamente este! • [11] Darkroom Apparel Supply 88 é a marca que o fotógrafo e skatista de Belém do Pará e radicado na Califa, Fellipe Francisco, coloca na estrada, iniciando com bonés e chapéus, com estética voltada para os profissionais que desempenham o ofício de fotografar e filmar os skatistas em ação. (darkroomapparelsupply. tumblr.com)

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cauã csiK

raPHael Índio Ele costuma invocar os espíritos da mata e outras entidades para se atirar em situações que outros jamais pensariam. Drops e ollies monstros fazem parte de sua lenda e as músicas que ele escolheu para o seu Playlist são bem a cara de um profissional que gosta do bom barulho em forma de rock’n’roll. Raul Seixas, Caroço de Manga Os Mutantes, Ando Meio Desligado Matanza, Meio Psicopata Patrick Horla, Azul da Prússia Raimundos, Tora Tora Os Replicantes, Festa Punk Talking Heads, Psycho Killer No Remorse, Single Bullet T.S.O.L, Pyro Metallica, Master of Puppets Bad Religion, Fuck Armageddon Motörhead, Rock Out Black Sabbath, Children of the Grave Tiger B. Smith, Tiger Rock UFO, Boogie Joy Division, They Walked in Line Dead Moon, the 99’s The Cramps, She Said John Legend, Who Did That to You Method Man, Release Yo’Delf

Bean plant to fakie, Kako’s Pool.

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Raphael Índio (Red Nose Shoes e Preda Skateboards)



Jn Charles agora é pro

isso é um wallride Flávio Samelo leva, mais uma vez, o skate para a plateia do tamanho de uma metrópole! Isso porque ele é o quarto elemento a participar do The Wallride Project, que consiste em ocupar com arte os muros de um estacionamento localizado em uma esquina bem no começo da Avenida Ipiranga, Centro de SP, bem em frente ao histórico edifício Copan. Samelo ampliou fotos de manobras de André Genovesi, Luan de Oliveira, Glauber Marques, Sandro Dias “Mineirinho”, Alexandre Tizil, Sérgio Yuppie, Rodrigo Gerdal e Gabriel Sândalo (que apresenta toda a parada com um belo wallride) e as colou nas paredes usando a técnica conhecida como lambe-lambe, acrescentando por cima seus característicos traços coloridos, mais tons de cinza e preto. Para quem estiver de passagem pelo centro da capital, a arte fica por lá até o final de maio.

Fotos Guilherme GNomo

Novo profissional do street skate brasileiro a representar Aracaju/SE, JN Charles recebeu da Future Skateboards uma verdadeira festa de skatista pra skatista, na Roosevelt em São Paulo. A galera que normalmente vai à praça aos sábado se juntou a uma outra grande leva que colou pra parabenizar o profissional, tendo o Kamau como comandante da bagunça. JN e Future retribuíram com disputas descontraídas e brindes pra galera. Alguns garotos que estavam com os shapes zoados tiveram o privilégio de usar em primeira mão o pro model recém lançado, exemplo de que JN subiu de categoria preservando a humildade que sempre teve. No canal de vídeos da Future tem um pouco desta e de várias outras histórias, confira! (youtube.com/sktfuture)

marcos bacoN

JuNior lemos

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a festa de Molocope O bar/skateshop/point Banx em Porto Alegre ficou pequeno para a festa que comemorou a nova fase de Douglas Molocope como skatista profissional. Com exposição dos produtos assinados por ele (trucks Liga, tênis Code Skateboard e shape Chronos Skateboarding), a noite reservou outras boas

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surpresas como a sua vídeo parte assinada pelo Samir Barcelos e a distribuição surpresa de nossa edição 221, com capa e entrevista com o profissional. Confira todos os vídeos da Liga Films com o Molocope no canal da marca (youtube.com/ligatrucks).



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Quando andaM pelas ruas, os skatistas CostuMaM observar eM todas as direções, na intenção de desCobrir alGuM novo piCo para Manobrar. e Quando olhaM pra baixo, eles taMbéM ConseGueM enxerGar detalhes Que passaM desperCebidos para Muita Gente por aí.

@Anderson_tuca

@FabioTirado

@FlavioSamelo

@GuilhermePuff

@Instamolusco

@LpAladin

@MarceloMug

@RodrigoTx

@t_thomas

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Fotos Flávio Gomes

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Magrão, blunt to fakie.

A skate shop.

Os Felix Welber e Masterson.

Magrão amplia o sp 011 Muitos vão se lembrar dos vídeos SP 011, do Masterson Magrão e Ari Bason. Outros vão se lembrar do Magrão Skate Camp, com várias temporadas no NR Acampamentos e depois migrando para outras áreas em forma de aulas de skate para iniciantes. A partir deste mês de março de 2014, o Masterson Felix será lembrado também pela sua nova “galeria”. Trata-se de um novo pico com minirrampa e skate shop que ele construiu na Freguesia do Ó, bairro de São Paulo com bastante tradição em termos de skate. A mini foi construída pela Fuska Obstáculos e é docinha, com um cantinho maluco em

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forma de “u”. O ambiente foi decorado com grafite estiloso, a loja está bem municiada com produtos nacionais e importados e o espaço pode ser locado para festas e eventos, além das sessões avulsas e da escolinha. Serviço: SP 011 Rua Santa Romana, 23 A, Freguesia do Ó / Segunda a sexta das 10h00 às 20h00 / Sábados: das 10h00 às 18h00 / (11) 2373-9143



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saMuel JiMMy eM uM Curto espaço de teMpo ele foi duas Capas da tribo skate, nas edições 171 (jan 2010) e 186 (abr 2011). era uM proMissor aMador Que já doMinava CorriMãos de todas as enverGaduras. aGora eM seu priMeiro ano CoMo profissional, saMuel jiMMy foi esCalado para este linha verMelha na Certeza de Que despertaria uMa série de fãs e aMiGos a partiCipareM da brinCadeira. suas respostas são Muito, Muito boas e MereCeM todo o destaQue. inClusive, os 10 deGraus de seu envolviMento CoM o skate serveM CoMo uMa lição de vida para todos. eMbale nesta leitura Que voCê vai Curtir.

// Samuel Jimmy 22 anos, 12 de skate Patrocínios: Qix, caPital skateboards, indePendent e Funhouse skateshoP natural de andradina, ndradina, mora em brasília

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(shape) e está localizada na barriga porque simboliza a fome de skate! Decidi morar em Brasília depois que o LP Aladin me chamou pra Capital e pelo fato de ter os melhores picos do Brasil e muito corrimão. Vi que aqui meu skate ia evoluir, então decidi ficar! Também não me arrependo, hahaha. • Exodus ou Notorious? Por quê? (Arnaldo Saldanha, Brasília/DF) – Salve mestre, esse é dos meus! Sabe que Exodus, Bonded by Blood é o hino do metal e um bom trash me metal inspira botar pra baixo. Ouvir Notorious B.I.G. é bom pra relaxar, me lembra as raízes no skate, as partys and bullshiiiit, hahaha. Da hora pra descontrair, mas ambos dependem do estado de espírito do momento. É nóis, Pardal! • Do seu primeiro ollie até a sua evolução atual no skate, e na sua vida, foi bastante chão. E agora que vai ser ainda mais res respeitado, o que você pretende fazer pelo skateboard daqui pra frente? (Jonathan Monteiro Lima, Curitiba/PR) – Salve, Jonathan! Respeito é pra quem tem, humildade também, como já dizia o grande Sabota. Minha missão é somar sempre com o skate, inspirar e moti motivar a nova geração de que é possível: se você sonha, acredite e corra atrás, as portas estão todas aí para serem abertas, só depende de você! Grande abraço e fé na caminhada. • O que você vê hoje em dia no skate que não lhe agrada? Você acha que deveriam fazer mais “festas de skate” com bandas do meio independente, artistas, churrasco e gen gente se divertindo e vivenciando isso, do que apenas campeonatos cheios de manobras, mostrando quem é competiti o melhor, que faz do skate uma coisa chata e competitiva? (Kaue Ribeiro, Sorocaba/SP) opi – Salve Kaue, com certeza! Um evento, na minha opinião, tem que agregar tudo: música, skate e o interagir da galera. Prefiro mil vezes uma confraternização da hora do essên que uma competição zuada. Não deixe morrer essa essência. Estamos juntos! • Imagine que sua vida hoje estivesse representada por uma escada, como se cada degrau fosse algo que você come aprendeu nos seus anos vividos de skate, desde o começo. Que nomes você daria para cada degrau, do 1° ao 10°? Descreva um pouco de cada um. (Tica Bartoli, São Paulo/SP) – Esta aí é uma pessoa que acompanhou minha evolução desde neneco! Obrigado Tica. Bem complexa a pergunta mas Mi vou tentar simplificar essa escada. 1º) Fé: Veio de berço. Minha família sempre me apoia e me ensina a ter fé em tudo que faço. 2º) Respeito: Primeiramente respeite pra ser respeitado, tanto os mais velhos quanto ao próximo; liçãozinha essencial gar da vida. 3º) Dignidade: Aprendi a lutar pelos objetivos com garra para conquistá-los por mérito do meu esforço. 4º) Humildade: Ninguém é mais que ninguém, somos todos iguais, independente camilo Neres

• Quando você vai descer um corrimão, prefere ficar pensando em como fazer sem cair, ou já vai de primeira com tudo pra acertar? Você prefere vir devagar e escalar o corrimão no ollie ou vir muito rápido e jogar a trick lá embaixo? Ensina aí pra gente! (Wesley Silva, Belo horizonte/MG) – Salve, Wesley. Como te falei em BH, gosto de analisar bem o corrimão an antes, me sentindo seguro, vou pra cima. Prefiro ir devagar e escalar o corrimão, assim tenho mais controle pra escapar das quedas, haha! Obrigado pelas sessões em BH e até a próxima. • Pra você, o que seria se no skate não houvesse humildade? Por exemplo: o cara se aproveita do que conseguiu através do skate somente para querer ser mais do que os outros. (João Vitor Oliveira da Silva, Estrutural/DF) – Joãozinho, cada um colhe o que planta; ande de skate por amor sempre e nunca esqueça suas raízes. Humildade e perseverança são as diferenças para ir além, no skate e na vida. Boa sorte na caminhada! • Certa vez te trombei em um busão que fez escala em Floripa, você estava voltando para Ribeirão Preto, sozinho (você não devia ter mais que 12 anos), de um campeonato que rolou em Curitiba, e com troféu em mãos. A partir de que época da sua vida você se deu conta de que é um fiel devoto dessa religião chamada ‘skateboard’? (Fernando Zaninha, Ribeirão Preto/SP) – Salve mestre Zaninha, ótima recordação! Me lembro como se fosse ontem, minha primeira viagem para Curitiba no Drop amador, bons tempos. Comecei a andar de skate aos 10 anos de idade na quadra abandonada do C.S.U. (UBS), em Ribeirão Preto/SP, e desde o primeiro ollie fui abduzido. Só pensava em skate, a vontade de evoluir foi crescendo cada dia, naturalmente, com os aprendizados e vivências que o skate vinha me proporcionando. Percebi que era isso que eu queria pra minha vida! Não me arrependo nem um pouco, haha. Obrigado a todos reais skateboarders de Ribeirão Preto: UBS, (Tiago) Garçons e InterSP, eles sempre me incentivaram e orientaram da melhor forma para minha formação no skate! • Qual o significado da tatuagem dos machados que você tem carimbada na barriga? Por que escolheu Brasília pra morar? (Miller Graciano Nascimento Santana, Aparecida de Goiânia/GO) – Bem oculta sua pergunta, Miller, hahaha! Mas então, a ideia dos machados simboliza minhas pernas, sempre partindo as madeiras



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saMuel JiMMy de classe social, raça ou status; devemos ser humildes pra aprender com o próximo. 5º) Compaixão: Já me ajudaram muito nessa vida e o mínimo que eu posso fazer como ser humano é retribuir, como eu posso, a quem precise, né? Repartir o pão é necessário! Imagine se o “Estado” pensasse assim, nosso país seria bem melhor. 6º) Verdadeiro: Comigo não tem meio termo: ou gosto ou não gosto. Digo o que penso na hora que tenho que dizer, não sou de ficar dando sorriso amarelo pra me dar bem ou agradar alguém; fecha comigo ou se fecha. 7º) Paciência: Muitas das vezes ficamos tão ansiosos com algo que o impedimos de acontecer naturalmente. Já caí nessa e foi uma grande lição mas, como nada nessa vida é por acaso, aprendi a ser mais paciente! Tudo é no seu tempo. 8º) Honestidade: Minha família sempre ensinou que ser honesto é a melhor forma de viver livre, sem dever a ninguém. É andar com a mente tranquila, o coração cheio e a alma limpa! 9º) Prestativo: Sempre por onde estou, seja casa de amigos ou sessões na rua, dou um jeito de ajudar em algo. Não me sinto bem parecendo um peso morto, por isso, onde quer que eu esteja e com quem seja, rolou atividade é com nóis mesmo! 10º) Gratidão: Aprendi que tudo nessa vida, quão mínimo que seja, teve alguém por trás que se sensibilizou em ajudar e ter gratidão pela ação é o pagamento mínimo a quem seja. Tica, espero ter me compreendido. Fico feliz pelo carinho e amizade desde o início da minha caminhada, muito obrigado. • Como foi sua reação ao saber que você iria ser patrocinado pela Capital? (Marcos Paulo, Brasília/DF) – Quando o Aladin me chamou pra fazer parte da Capital, fiquei muito feliz e animado com a nova estrada que íamos percorrer. Entrei no início da marca, hoje em dia vejo o que fizemos e os reflexos, fico muito satisfeito. Ainda é só o começo! • O Street League é o campeonato profissional mais falado dos últimos tempos. Você pensa ou sonha um dia participar dele? (Cristian dos Santos, Olímpia/SP) – Não sonho em correr o Street League, mas se um dia rolar a oportunidade quem $abe. • Primeiro, meus parabéns pelo o skate de peso que você tem e pela inspiração que você é para muitos skatistas! Sou amigo do seu irmão (Eliel) e ele já tá no corre do skate, participando de vários campeonatos e viajando. Qual o conselho que você sempre dá pra ele? (Luan Oliveira, Votuporanga/SP) – Obrigado Luan, fico feliz pela consideração! O conselho que dou pro meu irmão Eliel Jimmy é o mesmo: correr atrás dos sonhos com fé e humildade, sempre. Porque tudo é possível. Continue sempre na pegada, um salve pros skatistas de Votuporanga e região! • Se você pudesse escolher um lugar agora pra viajar e filmar uma vídeo parte, sem se preocupar com as despesas, pra onde você iria? (Gabriel Mendes, Campo Grande/MS) – China, sem dúvidas! • Skate é algo já nasce na vibe, ou constitui conforme as experiências e rolês? (Lucas Luis, Goiânia/GO) – Salve, Goiânia! Cada um tem seu dom, basta identificá-lo. O skate, na maioria das vezes, é amor à primeira vista. O amor vai crescendo conforme vai ficando mais íntimo! Aí já era, é contrato vitalício, haha. • Qual é a sensação de sair na capa da revista mais vista no Brasil, como uma das novas promessas do skate nacional? Se é que você se importe com isso. (Steven Regis, Paragominas/PA) – Salve Steven. Sair na capa de uma revista de skate é algo que acontece meio que de surpresa. Você vai na missão com o fotógrafo, produz a foto, a sensação de dever cumprido é muito boa e quando vem a surpresa que aquela foto é capa, a sensação é única e a satisfação própria também é inexplicável; é o seu trabalho sendo reconhecido e valorizado, e isso não tem preço! Um salve aos skateboarders da Paraíba. Aproveitando, deixo um agradecimento especial ao grande mestre da fotografia, Shin Shikuma, que fez a foto da minha primeira capa pela Tribo Skate. Obrigado, sou eternamente grato. Ande de skate por amor, se divirta o resto é consequência!

Próximo enFocado: FábiO caStilhO envie suas Perguntas Para: tribOSkate@ymail.cOm com o tema linha Vermelha – FábiO caStilhO coloQue nome comPleto, cidade e estado Para concorrer ao Produto oFerecido Pelo ProFissional.

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Feeble.


camilo Neres

// zap

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viagem // são joão da boa vista

// Por Renato Riani

F

inal do ano, mês de dezembro: sinônimo de férias, diversão com os amigos e viagens inesquecíveis. Essa é sempre a intenção da maioria, que muitas vezes não chega nem perto do planejado! Eu e Bruno Arruda passamos meses pensando no que fazer neste período do ano, salvamos grana pra gasolina e pra comida, dinheiro previsto para durar de uma semana a 10 dias, no máximo, contando para isso com a casa de Felipe Lima pra passar as noites em São João da Boa Vista, interior paulista. Cidade já conhecida pelo Bruno, que havia passado uns dias na casa do Felipe, mas desconhecida pra mim, Renato Riani, que esperava fazer algumas imagens da trip, mas sem grandes pretensões.

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Bruno Arruda, fs grind acompanhado de um reflexo sobrenatural no vidro.

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viagem // s達o jo達o da boa vista

Wacson Mass solta a pedrada: bs wall ride no primeiro dia de trip.

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Rafael Panco, switch crooks.

Bruno Neves, fs hurricane.

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viagem // são joão da boa vista Dia 2 de dezembro, malas no carro, 250 quilômetros no mapa e a soma de Wacson Mass e Rafael Panco no último momento de partida pra trip. Horas de muita música boa até a cidade, que logo de cara apresentou sua plaza como ponto central do planejamento que fizemos pros picos que viriam. Bruno Neves se apresenta pra missão também como guia skatístico da região, e representa logo de cara nos levando à “Praça do Violão”, pico com sequência de bordas e uma arquitetura única pra linhas extensas de solo. Nesse cenário, Wacson logo esquece da lógica e manda um wall ride cabreiro numa pedra, tendo o banco em curva como palco pra trick. Segundo dia, nada de skate, a intenção era sombra e água fresca nas cachoeiras de SJBV. Um dia inteiro de sessão aquática, com direito à hidromassagem natural pra preparar pro peso dos dias que viriam. E assim eles vieram, na cidade de Águas da Prata, 10 quilômetros de SJBV, a calmaria da cidade contrastava com o som dos shapes batendo no cimento queimado do balneário, que aliás, era quase que um monumento à má administração pública, com termas e piscinas naturais fechadas há anos por culpa de burocracias e desvios de verbas, mas abertas ao skate de uma forma que parecia ter sido projetada para este fim. Escadas de 8 e 12 degraus, corrimãos cabreiros, bordas infinitas, drops socados e um chão quase perfeito faziam do lugar um parque de diversões que deixaria muita pista pública de queixo caído. Porém skate não é lógica, e depois de comer os trucks e shapes nas possibilidades, bateu a vontade de explorar além, e com aquele jeito gambiarreiro e uma escada “emprestada” da construção que havia perto, o skate subiu de nível, quer dizer, subiu pro telhado, e lá, com um chão ruim, mas cheio de pontos manobráveis, a diversão não teve fim. Balneário de Águas da Prata foi o principal cenário da trip, rendendo linhas, moments e principalmente risadas e muitas histórias pra contar. Mas a trip era pra SJBV, então não poderia deixar a cidade passar em branco. Com a companhia do Felipe e Bruno Neves, qualquer canto era motivo pra parada, fosse apenas uma bordinha, um gap ou até um chão liso pra fazer linhas de solo, qualquer lugar era lugar. Assim foi na praça da igreja central, no corrimão (com trava no fim) da principal escola particular da cidade, no piscinão de contenção de enchentes e na avenida principal que toda noite bombava, fazendo um convite pra apreciar o que a cidade tinha de melhor, mas sempre com o skate nos pés. Foram 20 dias de skate na forma mais pura, na total intenção da diversão! Fotografias e vídeo foram apenas consequência. Porém toda trip tem perreios, dias e dias de pão com manteiga e miojo pra todo mundo, dores nas costas de dormir em colchão de ar, fila pra usar o banheiro (mesmo porque um deles dormia sentado na privada, mas vamos ficar em off pra preservar o amiguinho), ou seja, uma verdadeira trip de férias, completa e inesquecível, e como não poderia deixar de ser, aquela trip que faz você querer repetir todo ano e faz as excursões pro Playcenter na escola não serem mais as férias do sonho da gente.

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Bruno Arruda, heel flip to fakie no meio dos olhos do piscinão.


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viagem // são joão da boa vista

Wacson Mass, filho do Will Smith e treinado pelo Jackie Chan: 360 flip ninja.

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Foram 20 dias de skate na forma mais pura, na total intenção da diversão! Fotografias e vídeo foram apenas consequência.


Bruno Arruda, fs ollie sobre a escada do Balneรกrio da Prata, depois de tirar o vidro e colar com Super Bonder alguns cortes.

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//TexTo e foTos Jo達o Brinhosa

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buenos aires // alfa tour

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buenos aires // alfa tour

No sol escaldante do meio dia, Roberto Souza almoรงa um varial heelfip na tradicional praรงa da faculdade de Medicina.

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alfa tour // buenos aires

NĂŁo ĂŠ um Furnarius Rufus, ave tradicional argentina, mas sim Luiz Neto voando de bs flip pelo ares portenhos.

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Eduardo Martins, impossible, Casa Rosada.

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buenos aires // alfa tour

Jesué Tomé, nose grind no Memorial.

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buenos aires // alfa tour

Silas Ribeiro arrisca não voltar inteiro pro Brasil com este equilibrado fakie five-o grind em Puerto.

No final de janeiro cruzamos as fronteiras do Brasil. Sobre as asas do avião estavam Roberto Souza, Jesué Tomé, Silas Ribeiro, Eduardo Martins, Luiz Neto e esse que vos escreve na revista pela primeira vez, para narrar como foi a Alfa Tour Buenos Aires 2014, também minha primeira tour de skate internacional. Buenos Aires é longe, mas nem tanto! A capital dos nossos vizinhos é uma ótima opção para quem quer andar em lugares styles e sem muito custo. Eu, Luiz e Silas éramos novatos na terra do alfajour. A outra parte do time (Bebeto, Eduardo e Jesué) já tinha visitado o país há alguns anos e isso nos proporcionou um planejamento que durou apenas os primeiros duas. A famosa Faculdade de Medicina foi o primeiro lugar a receber nossa visita. Uma praça que não tem um chão lá muito liso, porém é repleta de picos para todos os tipos de skate. Estivemos primeiro em ‘La Medicina’ pois disseram que “depois de Puerto Madero nada seria tão perfeito”. Puerto é para Buenos Aires o que o Macba é para Barcelona! É o principal pico é o mais famoso spot skate de BSA; uma praça repleta de picos perfeitos, linhas, corrimãos e manuals, tudo em uma área (muito) nobre da cidade com crescimento planejado, o que resultou em um bairro perfeito para a prática do skate. E por ser o lugar mais perto do nosso hostel, íamos remando em 10 minutos. Era o nosso point, era onde quase sempre passávamos para curtir um agradável fim de tarde, seja para fazer um caixa dois com as peças usadas na sessão ou tomar um bom café gelado do Starbucks. E com a reforma e ampliação da praça, que nossos amigos conheceram há dois anos atrás, surgiu o mais novo gap de Puerto Madero, devidamente espancado pela equipe. Rivalidade do futebol à parte, a língua que nós skatistas hablamos é a mesma, seja onde estivermos. Em uma sessão nos arredores da Casa Rosada nos enturmamos com alguns hermanos que ‘patinavam’ por ali. Entre eles, conhecemos Martin Isoldi, recente capa da Buenos Muchachos, revista argentina que nos servia de mapa dos picos locais. Também conhecemos Nahuel, seu amigo que virou nosso guia para o resto da viagem. Ele nos apresentou e guiou por ‘coletivo’ (ônibus) e ‘subte’ (metrô) até famosos picos de Buenos Aires. Inclusive o mais novo grande skate spot local: ‘Plaza de La Memoria’, um memorial aos mortos pela ditadura argentina, legado repleto de cimento e muito mármore, que fez valer muito a pena cruzar a fronteira para patinar no país hermano. Afinal, esta ação da Alfa Skate me fez concluir que Buenos Aires é longe, mas nem tanto!

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artigo pro // biano bianchin

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Voltar ao começo de uma história nem sempre é um passo atrás na Vida. retomar uma união que acabou de forma precoce, mas que no subconsciente das pessoas nunca haVia deixado de existir, é eVoluir e crescer. a amizade, a boa relação e a Vontade de fazer mais e melhor, agora contam também com maturidade. assim é a história de biano bianchin com a qix. como um liVro que Você deixou de ler na metade, mas que sabia que, um dia, iria querer conhecer o fim da história. TexTo rodrigo K-b-ça // FoTos allan carValho 2014/abril TRIBO SKATE | 61


artigo pro // biano bianchin

Bs smith no clube abandonado.

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D

esde muito novo, aquele garoto de cabelos loiros e sardas no rosto tinha talento andando de skate. Todos que o viam manobrando sabiam que ele tinha esse dom. E foi assim, desde muito jovem, que Biano Bianchin acabou descobrindo o que queria fazer para o resto da sua vida: ser um skatista, um skatista profissional. Em 1993 esse sonho começou a se tornar realidade quando Biano participou do primeiro campeonato profissional de street realizado no Rio Grande do Sul. Um ídolo começava a formar-se. Nessa mesma época surgia uma marca de tênis. Novo Hamburgo foi o local de nascimento e seria necessário algum tempo para que o trabalho de um empresário fosse reconhecido, ainda que somente de forma regional. A Qix dava seus primeiros passos no mercado. Um mercado muito diferente do que existe hoje. Poucas marcas apostavam no tênis de skate no começo dos anos 90. A ideia de que o skate teria a dimensão que tem hoje, não passava pela cabeça nem dos mais otimistas. Nem o mais utópico dos sonhadores poderia profetizar as conquistas do carrinho nesses últimos 20 anos... Não demorou muito para que o talento promissor se unisse ao empresário visionário. Biano Bianchin e Ramon Müller selavam nesse momento uma união que, possivelmente, tenha sido uma das mais prolíficas do skate brasileiro. “Nos conhecemos na sede da Qix, em Novo Hamburgo. Foi no ano que eu tinha passado para profissional. Nessa época o Ramon já tinha a ideia de fazer a diferença no mercado do skate. Ninguém de fora de São Paulo tinha patrocínio de tênis; era raro, muito menos um salário. Lembro que fiquei muito feliz, pois fechamos um salário, condições para viajar e uma excelente cota de tênis, que na época era um dos poucos para skate. Saí de lá com aquela sensação de ser um profissional e poder viver do skate. Era um salário alto para a época. Foi quando as coisas começaram a mudar. Lembro que a Qix foi a primeira marca a pagar bonificação de foto no Brasil!”. Talvez seja por esta primeira impressão que, quando perguntado o que lhe vem à cabeça quando se fala em Qix, Biano responde em poucas palavras: “Uma marca de tênis que entrou no skate para fazer a diferença e o melhor para o skate e skatista.” Eram comuns as viagens para São Paulo e o carregamento massivo de tênis em skatebags. Biano não pensava duas vezes em levar tênis para distribuir para skatistas da capital paulistana. A realidade de marcas pequenas e escassas, fazia com que o skate fosse mais solidário. “Uma coisa que me lembro muito, foram as viagens de ônibus para Sampa com a mala cheia de tênis. Isso me marcou demais e comento até hoje para todo mundo”. Essa é apenas algumas das histórias que o dagger tem para contar dessa fase. Logo Biano assinou seu primeiro modelo de tênis pela Qix, em uma época em que isso não era prática comum. O lançamento do seu primeiro pro model foi um dos primeiros no Brasil. Ao contrário do que acontecia nos anos 1980, a década seguinte trouxe consigo um certo ranço em relação aos produtos assinados por skatistas brasileiros. Talvez, por isso, na época, atitudes como essa tenham passado um pouco despercebidas.

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biano bianchin // artigo pro Hoje, porém, essa iniciativa é vista como algo importante e fundamental para o skate brasileiro e virou algo praticamente obrigatório nas marcas de tênis. Para Biano, fazer a diferença naquela época era parte da evolução. “Todas minhas ideias diferentes e inovadoras eram bem aceitas na Qix. Lembro que ter produtos assinados não era algo muito bem aceito no mercado, que não absorvia esse conceito. Os próprios skatistas tinham preconceito em comprar produtos com o nome de um pro. Pensavam que isso era pagar pau... Acho que esse passo à frente ajudou muito. Hoje estamos numa época em que se vende muito material com assinatura de skatista. Ter um tênis assinado naquela época era quase impossível e, atualmente, uma das grandes metas de um skatista é assinar um modelo de tênis. Tenho orgulho do que fizemos nessa época.” Quase no final dos anos 90 essa parceria acabou, porém a separação não durou muito e Biano entrou o novo século calçando Qix. O gaúcho já não era mais um novato. Com algumas viagens para o exterior e reconhecidamente um dos principais e mais influentes profissionais brasileiros. Destruidor de corrimãos, overall nato, skatista de atitude, eram apenas alguns dos muitos adjetivos atribuídos a Biano, fundamental na projeção nacional da Qix, que já havia deixado de ser uma marca regional há algum tempo. O sucesso da Qix como marca de tênis inspirou muitos empresários. Haviam empresas oriundas do surf que começaram a patrocinar skatistas e outras marcas nasceram do zero. Com um cenário mais promissor e após criar tradição com seus campeonatos amadores, chegava a hora de organizar o primeiro evento profissional. Não poderia ser um campeonato qualquer. E assim nasceu o Qix Pro Contest. Biano ilustrava o cartaz e deu credibilidade ao evento que seguia o exemplo do Tampa Pro, nos Estados Unidos, e do Mystic Cup, em Praga, ou seja, era uma grande festa, com um tratamento dado aos skatistas sem precedentes em competições no Brasil. Mas o grande diferencial era mesmo a premiação: um carro para o campeão. Se alguém tinha alguma dúvida sobre se tudo isso seria possível, afinal as premiações no Brasil mal chegavam aos R$ 10.000,00 e a Qix oferecia um automóvel para o primeiro colocado e uma boa quantia para as demais colocações, Biano deu credibilidade ao evento que reuniu a nata do skate brasileiro. Foi uma das oportunidades do skatista conhecer um pouco os bastidores da organização de um grande evento. “Sempre andei de skate, mas também sempre quis fazer parte do backstage, ajudando e dando ideias. Isso vem desde sempre. Gosto disso, faz parte de mim. Além de ter o prazer de ilustrar o cartaz do evento mais inovador, importante e com a maior premiação já vista no skate do Brasil, ajudei na organização, convidando a galera, com ideias de obstáculos novos para a pista, trazendo pessoas influentes do skate brasileiro e mundial. Acabei sendo um anfitrião do Qix Pro Contest. O Ramon sempre me deu essa liberdade. Poder ver, junto com a Qix, a satisfação dos profissionais e amigos em um evento com a tamanha grandeza e valorizando os skatistas como eles sempre mereceram, me deixou muito feliz”. Wallie.

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Heverton ribeiro

artigo pro // biano bianchin

Fs hurricane.

Em 2001 o campeonato foi maior e melhor, mas em 2002 a aliança Biano - Qix encerrava-se e o skatista firmou uma nova parceria. Era hora de dar uma pausa no livro. Um marca páginas nos assegura que, na sua devida hora, voltaremos a buscá-lo na estante, afinal, uma história como essas, merece ter continuidade... Primeiro Biano assinou com a Reef. Apesar de ser mais conhecida no mercado do surf, na época a marca resolveu apostar no skate. Neste período, Biano acabou descendo o famoso corrimão na Dutra Tour, que é considerado até hoje o maior corrimão que um skatista desceu no Brasil e acabou servindo de inspiração para um campeonato, o Corrimãozão, em 2007. A parceria rendeu um model de tênis, o único assinado por um skatista na Reef do Brasil. Para o lançamento do tênis, em 2007, foi produzido um documentário que contava a história do skatista, Minha Alma Sobre Rodas. A união durou até o final dos trabalhos da marca com o skate. Ainda houve tempo de Biano fazer uma passagem meteórica pela Adio, mas no final o skatista acabou sendo contratado pela Converse, em 2009. Mais

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Gap pole jam.

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rodrigo K-b-รงa

artigo pro // biano bianchin

Fs boardslide, Belo Horizonte.

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Fakie tucknee.

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artigo pro // biano bianchin

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uma vez Biano se despediu do patrocinador apenas quando ela resolveu rever sua participação no mercado do skate, em 2014. Foram seis anos de equipe. Biano é daqueles que gosta de manter laços e quando entra em uma equipe, sempre visa um trabalho duradouro. Existe segredo para essas uniões tão longas, algo difícil de acontecer no Brasil? Para Biano, o segredo está no profissionalismo e na identificação com as marcas: “Em primeiro lugar tem que ser o mais profissional possível e fazer o dever de casa. Tem que estar sempre à disposição para fazer o melhor trabalho, não só como um skatista da marca, mas também participando de projetos, dando ideias; fazendo parte da marca por inteiro, carregando no peito, de verdade. Sempre falo que é para isso que uma marca patrocina um skatista: para que ele dê o retorno justo e faça um bom trabalho de marketing. É importante escolher marcas que têm algo a ver com você, com as quais você se identifica... É igual a um casamento: você tem sempre que fazer algo diferente e melhorar, buscando fazer coisas novas para manter a chama acesa!”. A vontade de que a dupla Qix – Biano voltasse a se unir era mútua. Porém, nesta nova fase da marca, a Qix buscou skatistas talentosos que estavam sem suporte de marca de tênis. Nada de tirar ninguém de sua equipe. A saída de Biano da Converse era a deixa que a Qix precisava para que houvesse algum tipo de diálogo mais sério. A notícia da volta de Biano para a Qix repercutiu muito rápido e no inconsciente de muitos, o elo entre o skatista e a marca nunca tinha acabado. “Fiquei muito de cara que, depois de mais de 10 anos, ao voltar para Qix, e houve quem me enviasse mensagens, achando que eu nunca tinha saído ou que eu sempre tive tudo a ver com a marca. Isso só me mostrou como nossa história foi legal e marcante no skate. Estou muito feliz e motivado a continuar essa história, que foi tão legal e importante para mim e para o skate.” Uma reunião no Marketing da Qix em Florianópolis foi a chave de uma negociação. Segundo Biano, estar ali de volta, ver parte da equipe que trabalhava naquela época, que também voltou, lhe dava a sensação de volta ao lar. “Estou muito feliz de poder voltar para a família e continuar essa história que ajudei a construir, como primeiro profissional da marca. Voltar e encontrar velhos amigos ainda trabalhando e ser bem recebido me deixou contente, me senti seguro e bem acolhido, como se eu tivesse feito uma viagem longa e voltasse para casa!” Como um livro que nunca acaba, Biano e a Qix voltam a escrever uma história juntos. A marca que deu suporte para um skatista muito talentoso a divulgar ainda mais o seu skate e o skatista que ajudou uma marca a ter reconhecimento nacional. Uma união que deixou de ser meramente profissional. Laços de amizade foram rapidamente estabelecidos graças, principalmente, à maturidade com que o tempo nos presenteia. Alguns projetos já estão sendo desenvolvidos entre duas almas que nunca param e sempre buscam mais. Mãos que estão preparadas para escrever muitas e muitas páginas de um livro que ainda vai render muitas histórias. Bluntslide.

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LUZ Rafael finha, flip to fakie na MaRginal pinheiRos, sp. foto: CaRlos tapaRelli

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LUZ

YuRi faCChini, fakie biggeR flip, ponta gRossa, pR. foto: pablo Vaz

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LUZ Denis silVa, switCh flip, JunDiaĂ­, sp. foto: leanDRo Moska

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wallaCe MenDes, noseblunt, Rio De JaneiRo foto: peDRo MaCeDo 2014/abril TRIBO SKATE | 77


LUZ

eDuaRDo bRaz, bs CRail sliDe, Ca/eua. foto: fellipe fRanCisCo

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casa nova //

Charlinho // Fotos Ramon RibeiRo Ser skatista: É a melhor parte de mim, é onde aprendi a respeitar e conviver com todos, independente de qualquer diferença. Me faz evoluir sempre. Quando não está andando de skate: Estou junto com a família. A razão do apelido: Como eu tenho o mesmo nome do JN Charles, acabou que algumas pessoas começaram a me confundir com ele. Dificuldade em ser skatista na sua cidade: Como os eventos aqui no Nordeste deram uma diminuída, tenho que estar sempre viajando ou usando a internet para aparecer. Skatista profissional em quem se espelha: Adelmo Jr, por tudo que ele passou e faz pelo skate. Skate atual: Shape Vegetal, trucks Metallum 139mm, rodas Hordem 51mm e rolamentos Make. Marca fora do skate que gostaria de ter patrô: Apple. Som pra ouvir na sessão: Rock ou rap, depende do dia. Parceiros de rolê de skate: Todos meus amigos da pista Cara de Sapo: JN Charles, João Vitor, Gustavo Batata, Iran Rodrigo, Felipe Gouveia, entre outros. Melhor viagem: São Paulo. Melhor pico de rua: Orla de Atalaia, Aracaju. Melhor pista: Pista Cara de Sapo. Sonha alcançar com o skate: Ser um skatista profissional, conhecer várias culturas e lugares, levar minhas ideias e meu skate. Aquele salve: Seja humilde e justo acima de qualquer circunstância, respeitando sempre sua família e seus amigos. // Charles starrett santos 25 anos, 10 de skate araCaju, se PatroCínio: distribuidora Hordem aPoio: Vegetal e metallum

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Crooked.

vida é uma sucessiva sucessão ‘‘deasucessões que se sucedem. ’’



casa nova //

Rail flip.

Claudinha // Fotos PeR CanguRu Ser skatista: É ter personalidade, ser alguém diferente e se destacar entre os demais. Quando não está andando de skate: Estudo educação física, para ser professora em uma escola ou academia. Dificuldade em praticar freestyle: São poucos skatistas e a modalidade é pouco valorizada, ainda mais por ser a única garota que compete no Brasil. Skatista profissional em quem se espelha: Per Canguru. Skate atual: Shape Decomposed model Per Canguru, trucks Bullet e rodas Moska 56mm 98A. Marca fora do skate que gostaria de ter patrô: Coca-Cola. Som pra ouvir na sessão: Gosto de música que me deixa pra cima, como eletrônico ou rock dos anos 80.

Parceiros de rolê: Dande, Per, Tavinho, Kaman e muitos outros. Melhor viagem: Rio de Janeiro. Melhor pico: Ibirapuera, faça chuva ou faça sol. Campeonato dos sonhos: Participar do Mundial de Freestyle em Cloverdale, Canadá. Sonha alcançar com o skate: Conseguir reconhecimento no skate com a ajuda de marcas. Ter um patrocínio, conseguir um lugar por ser mulher e principalmente por praticar freestyle. Um salve: Pra Li Moraes, todo mundo que gosta de freestyle, os leitores da revista e toda a galera do Ibira. // Cláudia ogorondik dos santos 24 anos, 11 de skate, 5 de freestyle são Paulo, sP aPoio: Per Canguru

skate é a base de tudo; criatividade, ‘‘uma válvula de escape, uma paixão. ’’

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casa nova //

Tickét // fotos Pedro Macedo Ser skatista: É viver. Quando não está andando de skate: Estudo, trabalho e saio de vez em quando. A razão do apelido: Levava chiclete pra escola quase todo dia, um amigo veio e me pediu um “tickét”. Era novo na escola, ninguém sabia meu nome, aí já era! Dificuldade em ser skatista na sua cidade: Não há, aqui temos muitas pistas e bastante picos de rua também. Skatista profissional em quem se espelha: Luan Oliveira. Skate atual: Shape Collapso, eixos Thunder, rodas Hubba e rolamentos Mini Logo. Marca que não é do mercado de skate que gostaria de ter patrô: Apple. Som pra ouvir na sessão: Tupac, Kanye West, Wiz Khalifa, Kamau, Projota. Parceiros de rolê de skate: Pedro Henrique (Nem), Ramon, Cadu, Vitor, Léo Cesar, Maurício Nava, Toddynho, Marcelinho, Patrick, Edson (Véi), entre muitos outros. Melhor viagem: Rio de Janeiro, em 2013. Melhor pico de rua: Roosevelt, SP. Melhor pista: Ginásio Municipal do Skate, Volta Redonda. Sonha alcançar com o skate: Acho que todo skatista sonha em viver do skate, caso não consiga continuarei na vivência por amor. Aquele salve: Adeline, Collapso, Nem, Ramon, Léo, Nava, a toda galera que cola na sessão; meus amigos, pais e mães de coração do Rio, São Paulo e Espírito Santo. E um salve especial ao meu paizão de coração que eu amo demais, Pedro Dylon. Se não fosse ele não sei se estaria no skate ainda! // Gabriel Valim Sueth 17 anos, 5 de skaTe VolTa Redonda/RJ

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360 flip.

‘‘a alma é skate, o espírito é de deus.’’


˜ Rodolfo Ramos ˜

Respeito à cultuRa

do skate

foto JunioR lemos

bRasileiRo


casa nova //

Castor // Fotos maRCelo mug Ser skatista é: Estar bem consigo mesmo, sentir a liberdade de fazer o que quiser, na hora que quiser, fazer algo que só depende de você... Ah, só quem é sabe o que é isso. Quando não está andando de skate: Ouvindo música, assistindo filmes, vídeos de skate, etc. A razão do apelido: É uma história bem tosca. Quando era pequeno, tinha os dentes meio avantajados. Daí, pra piorar a situação, caí de boca no half da falecida Skate House (BillaBong) e falaram que eu havia roído o half. Maior dificuldade de ser skatista na sua cidade: Falta de investimento/descaso por parte dos governantes. Skatista profissional em quem se espelha: Curto o estilo do Jeff Grosso. Skate atual: Shape Narina Old School, trucks Indy Silver 159, rolamentos HotHills Ceramics Black Balls e rodas Narina Série Animal 53mm. Marca fora do skate que gostaria de ter patrô: Tam, porque tá complicado (risos). Som pra ouvir na sessão: Horror Punk ou HardCore dos mais podres. Parceiros de rolê: Quem quiser adrenar a sessão. Melhor viagem: Florianópolis em dezembro de 2013. Melhor pico de rua: Puts (risos)… Melhor pista: Que já andei, Bowl do Rio Sul/RJ. Sonha alcançar com o skate: Meu bem estar, amizades novas, conhecer novos picos, etc. Aquele salve: Primeiramente agradecer a Deus; minha família, que sempre me apoiou; às marcas que me apoiam; a todos que colam na sessão comigo e pra galera da Tribo Skate pela oportunidade. // matheus Fiuza Pereira 19 anos, 10 de skate são Paulo/sP PatroCínio/aPoio: narina, freeday, naVedosdeuses.Com.br, old sCHool skate e HotHills Parts

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Backside boneless.

‘‘

’’

skate and destroy!


˜ Produtos tribo skate ˜ O nOvO encOntra O clássicO

base - ref. ev 13009

creme - ref. ev 13008

cores - ref. ev 13007

sombra - ref. ev 13005

sangue - ref. ev 13013

Mantendo - ref. ev 13006

Halftone - ref. ev 13011

escrita - ref. ev 13010

chama - ref. ev 13003

bola - ref. ev 13012

logo - ref. ev 13001

na veia - ref. ev 13002

estrela - ref. ev 13004

cultura sObre rOdas distribuição sick Mind: (11) 3868 4378 comercial@sickmind.com.br * venda exclusiva para lojistas

www.triboskate.com.br facebook.com/triboskate twitter.com/triboskate instagram.com/triboskate


hot stuff // abril

// oakley Novidade para a próxima estação, a marca traz o Factory Lite, novo tênis da já consagrada família California Culture, reconhecida por sua qualidade e design inovador. O Factory Lite se destaca por ser um produto autêntico e muito confortável, tendo como principais atributos a leveza, a flexibilidade e a inspiração no estilo de vida californiano, que caracteriza o DNA da marca. (11) 5189-4597 / oakley.com.br

// MorMaii A Mormaii preparou uma linha de cases com composição 100% em bambu. A produção dos acessórios carrega o selo FSC, garantindo que não causa danos ao meio ambiente. O material confere proteção natural ao aparelho e tem total integração com SmartCover. Disponíveis para iPhone 4, 4s, 5 e para iPad. 0800-644-7711 / mormaii.com.br

// Snoway A Snoway apresenta seu truck pro color em liga de alumínio especial, prisioneiro em aço e amortecedor de poliuretano 95A. Também na linha pro, a marca lança rodas Snoway 51mm, com dureza de 100A e ideais para o street skate. (11) 3313 0442 / snoway.com.br

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// alfa SkateboardS A nova série de shapes da Alfa representa as árvores brasileiras, como forma de incentivar a preservação ambiental. As estampas da série representam que para cada deck usado deveria ser plantada uma nova árvore. (48) 3626-2164 / alfaskateboards@hotmail.com // lucky bearinGS A diversidade de rolamentos Lucky está disponível com exclusividade na Plimax, passando pela linha de entrada, a Jackpots, pelas séries Abec 3, 5 e 7, a Hardball, a série Titanium e chegando nos rolamentos top de linha Swiss. (11) 3251-0633 / edgar@plimax.com

// X GaMeS Novidades para o primeiro semestre, a Orient lança três novos modelos de relógios X Games, são eles: Xport, Xtreet e Xteel. Os modelos abusam de cores vibrantes e reúnem uma série de elementos estéticos diferenciados, inspirados em ícones marcantes de quem segue o estilo de vida dos esportes radicais. (11) 3049-7777 / orientnet.com.br/xgames

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AvAnçAndo com o ExprEsso 222, trAzEmos umA Evolução dEstA trAdicionAl colunA: o *JpG+vp EntrA nA linhA sEmprE quE tivErmos A foto dE mAnobrA dE umA vídEo pArtE, EstrEAndo com o pAulistAno victor cArdoso. loGo mAis no www.triboskAtE.com.br. Victor cardoso, bs noseblunt to fakie, Praça do MoruMbi, são Paulo, sP. foto Junior leMos

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Nós skatistas somos coNhecidos por Nossa criatividade, seja Nos picos de skate ou fora deles, e essa é uma marca que carregamos desde o iNício e fica coNosco para sempre. outra característica que Nos acompaNha é a de valorizarmos a diversão acima de tudo, Nas sessões ou fora delas, e Não é à toa que taNtos de Nós estão eNvolvidos com as artes de alguma forma. a baNda bregadeth é a síNtese de tudo isso que foi falado acima: eles são muito criativos e se divertem um bocado fazeNdo um som úNico deNtro do vasto uNiverso do puNk rock. por guto jimeNez // Fotos divulgação

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intenção dos quatro tiozinhos old school (Luiz Schaun, Anderson Fleischmann, Alessander “Maninho” Osório e Eder Silva) foi a de se juntarem pra fazer barulho depois das sessões de skate, algo comum em várias bandas contendo skatistas ao redor do mundo. Porém, a grande sacada está na escolha do repertório, que é exclusivo de covers dos mais varia-

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dos tipos: as influências de Devo, Misfits, Black Flag, Grinders e Matanza não faltam nas jam sessions. Você deve estar se perguntando: “OK, qual é a grande diferença afinal? Já ouvi essa história várias e várias vezes!” A diferença é que o Bregadeth faz versões aceleradas e esporrentas de algumas das músicas mais bregas já compostas em todos os tempos em nosso país. Os caras vão a fundo e detonam “pérolas” de Odair José, Wando, Reginaldo Rossi, Ri-


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da esquerda para direita, em sentido horário: Schaun, Alessander Maninho, Anderson, Eder. Maninho, Schaun, Kuge, Likoska, Eder, Anderson e Fornari. Eder, Maninho, Anderson e Schaun.

tchie & vários outros que já embalaram corações sentimentalóides pelo Brasil afora, no melhor ritmo do punk 77 e hardcore. A diversão prossegue com o nome e o logo, que remetem a uma das bandas seminais de thrash metal, o Megadeth. Eu bem que avisei que eles eram únicos na espécie... ... e não pararam por aí. Juntos há pouco mais de quatro anos, já fizeram algumas apresentações locais – sendo várias delas em eventos de skate - e inclusive fizeram parte do line-up do festival Hardcore Pride, que rola anualmente no Sul do país. O culto à banda e o interesse pelo som deles só vem crescendo e, enquanto os caras aguardam pela oportunidade de tocar em eventos de skate no eixo SP-Rio, vão curtindo as sessões de skate, rock’n’roll e cervejada na “Bregarampa”. Espera aí, onde mesmo?! Bem, o Schaun é engenheiro civil e já construiu pistas de concreto na chamada “Quebra-mar” e em algumas outras cidades do interior gaúcho. Há pouco mais de um ano, resolveram construir uma minirrampa que recebeu o nome óbvio; segundo o Anderson, “o nome caiu de maduro pra nossa mini e encaixou perfeitamente, inclusive na proposta da banda. Dessa forma, temos um lugar sagrado pras sessions da velharia e ainda fazemos uma singela homenagem a esse ícone do skate contemporâneo, a Megarrampa”. Bem, os nomes têm lá as suas explicações lógicas, mas e o repertório?! Dessa vez, é o Maninho quem esclarece a proposta da banda: “Todas essas músicas habitam o inconsciente coletivo e estão gravadas nas memórias auditivas de todos nós, e com as guitarras com o punch certo e alguns goles de cerveja, qualquer um se acha à vontade pra subir ao palco e até cantar com a gente essas pérolas da música nacional”. Nada mais natural pra ele, que além de cantar, tocar e mandar boneless no estilo texano, ainda fabrica excelentes guitarras artesanais como hobby. Não deixe de conhecer o trabalho dos caras, é garantido que você irá bater cabeça e dar boas risadas ao mesmo tempo! Aproveite pra baixar as músicas na faixa no www.souncloud.com/bregadeth e não deixe de curtir a página deles no Facebook, onde eles sempre postam fotos e novidades a respeito da banda. All hail Bregadeth!

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skateboarding militant // por guto jimenez*

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Ivan ShupIkov

e tempos em tempos, o skate passa por processos de renovação que, na maior parte das vezes, tem a ver com a expansão dos limites daquilo que a galera faz nas sessões do dia a dia. Isso vem acontecendo desde as origens do carrinho, quando os pioneiros serravam patins com rodas de metal ao meio e pregavam em quaisquer tábuas que tivessem em mãos. A partir do momento em que os skates começaram a ser fabricados em escala industrial, abriu-se espaço pro surgimento das modalidades, sendo o footwork (também chamado atualmente de “dancing”) e o slalom as primeiras entre todas elas. Nos anos 60, os equipamentos da época só permitiam mesmo a prática do slalom e da novidade do momento, que era o freestyle. Assim que as rodas de uretano foram inventadas no início dos anos 70, a capacidade de manobrar os skates aumentou de uma maneira que ninguém poderia imaginar até então, tanto que as duas modalidades também sofreram mudanças bastante significativas. Os próximos alvos foram as transições de piscinas secas nos EUA, que normalmente têm o fundo curvo, e daí nasceu o vertical; mais ou menos na mesma época, descobriu-se que era possível dropar uma ladeira com um mínimo de controle, e com isso deu-se o nascimento do speed. Quando os primeiros skateparks fecharam e as autoridades começaram a expulsar os skatistas das ladeiras, as ruas foram invadidas e parecia que o skate estava em um constante processo de revolução. Não seria diferente no meio das competições; de vez em quando, há uma necessidade de se renovar os formatos de disputa de alguma forma. No início, uma quadra de esportes era tudo aquilo que se precisava pra se fazer um campeonato de skate; quando o vert teve o seu primeiro boom, várias pistas foram construídas e viu-se a necessidade de se organizar um circuito com eventos em várias pistas. Nasciam as chamadas “series”, e as mais famosas foram a Hester Series (de pros e amadores), a CASL Series (de amadores) e a ASPO Series (das equipes de pistas de skate). No entanto, os eventos quase sempre aconteciam nos extremos dos EUA, principalmente na California e na Florida, e coube a Frank Hawk (pai do mito Tony) organizar o primeiro circuito nacional que se teve notícia. Surgia a NSA (National Skateboarding Association) - nada a ver com os espiões trapalhões, por favor... Mais adiante, viu-se que o skate tinha adeptos e fãs por todo o mundo e foi quando foi criada a WCS (World Cup Skateboarding), que alastrou as competições de street e vert por quase todo o planeta e conquistou importantes espaços na mídia televisiva. Bem, você deve estar se perguntando

pablo vaz

Renovação e revolução

Luan de Oliveira é o brasileiro da Street League, um circuito fechado com alta premiação. Bs smith em Foz do Iguaçu, 2013.

sobre as outras modalidades; saiba que ninguém ficou parado, e inúmeras entidades de caráter mundial foram sendo fundadas. Uma verdadeira sopa de letrinhas foi sendo preparada por skatistas em todo o mundo: IGSA (speed e luge), IFSA (de freestyle), ISSA (slalom). Quando parecia que tudo estava resolvido pra todos, chega mais um período de revolução – só que, dessa vez, atingindo as entidades em cheio. A primeira dissidência veio do street, com o surgimento da Street League e sua proposta de realizar eventos pra promover e premiar cada vez mais um número restrito de skatistas, num formato de disputa mais parecido com as sessões diárias. Mais adiante, o racha atingiu os praticantes de slalom, e pintou a WSS (World Slalom Series) com o objetivo de fazer mais eventos de nível internacional. Não demorou muito pra que os speedeiros mais considerados e os promotores dos melhores eventos ao redor do mundo se unissem pra realizar um circuito com condições melhores pra todos os envolvidos, e daí nasceu a IDF (International Downhill Federation). A iniciativa mais recente foi do pessoal de vert, e a ISU (International Skateboarders Union) apareceu pra promover campeonatos com cada vez mais dindin e skate pros competidores, e cada vez menos hype inútil. Há que se respeitar e se considerar as entida-

APOIO CULTURAL * Guto Jimenez está no planeta desde 1962, sobre o skate desde 1975.

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des pioneiras pra sempre, pois foram elas que arregaçaram as mangas, trabalharam muito duro e abriram as portas pra que todo esse cenário atual pudesse se tornar realidade. No entanto, uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa... O skate de competição está atingindo níveis de performance cada vez mais altos, assim como as expectativas dos competidores, e o fato comum em todas essas mudanças mais atuais é que as entidades pareciam não estar enxergando o que acontecia diante de seus olhos. O erro comum foi o de insistir com formatos de disputa que já não agradavam mais aos competidores, sem falar em eventos com premiações consideradas modestas pelo nível de skate que era apresentado. E aí, é aquilo: não se pode ignorar o clamor dos protagonistas por muito tempo. As mudanças sempre acontecem no meio do skate, seja de um jeito ou de outro. O futuro dessas iniciativas ainda é desconhecido, assim como o próprio futuro do skate em si. Se você pensa em passar “pro lado de cá” do jogo, e começar a organizar o seu cenário de alguma forma, aceite um conselho: procure sempre manter os ouvidos e a mente aberta às sugestões de melhoras. Afinal, todos somos skatistas, e não há ninguém melhor do que nós mesmos pra saber o que se quer do própro skate em si.



shops! //

Elas mantêm a chama acesa O papel das skate shops não é apenas vender produtos. É oferecer um atendimento de qualidade, que satisfaça o cliente e alimente seu desejo de andar de skate, vestir-se bem, entender e viver esta cultura. Neste cenário, a informação é mais uma alavanca para o sucesso e é justamente aí que algumas lojas se sobressaem. Elas são pontos de convergência, investem no esporte e ajudam a construir a história do skate brasileiro. > Mato Grosso do sul - Campo Grande Rema Boardhouse Rua Pedro Celestino, 1387, Centro (67) 3213-2504 > Paraná - Guarapuava Atrito Board Shop Rua XV de Novembro, 7860, loja 1, Centro (42) 3623-6818 > rIo de janeIro - Armação dos Búzios Geribá Skate Shop Rua Maria Rodrigues Letina, 8, Geribá (22) 9 9843-1020 / 9 9796-6764

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> rIo Grande do sul - Porto Alegre Matriz (Total) Av. Cristovão Colombo, 545/1072,1073, Floresta (51) 3018-7072

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