ArteFato

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Nos últimos anos a evolução da tecnologia veio a superar todas as expectativas. Cada vez mais ela se inclui em todos segmentos da vida profissional e pessoal. E, como era de se esperar, não seria diferente com a arte, porém, chegamos a uma situação um tanto complicada. Há aqueles que acreditem que arte não pode ser feita em uma tela de computador, ou com o uso de recursos tecnológicos. A arte não se trata somente da obra final, mas também de como foi feita. Todo o processo artístico que se envolve na criação da obra, acrescenta à obra. Podemos usar como exemplo, o quão vangloriados alguns artistas ficaram por pintar capelas, igrejas e quadros gigantescos, não só pela perfeição nos detalhes, como também por ser algo trabalhoso. Mas será que isso quer dizer que a arte digital é tão “preguiçosa” como todos falam, só por nos auxiliar com novas ferramentas? A arte digital é um novo jeito de fazer arte. Ela pode facilitar a superação de alguns obstáculos, mas também abre a porta para novos patamares. Já foram desenvolvidos vários acessórios para aproximar e evoluir o conceito de arte das novas tecnologias. Temos tablets que são usados como se fossem folhas de papel e são mais amigáveis a correções, ferramentas para obter todas as cores possíveis e imagináveis com o clique de um mouse, entre outros. Porém, temos a cultura de achar que só porque a arte digital não é algo definitivo (pode ser refeito), ela deve ser menosprezada. O que muitos não enxergam é que junto com a forma mais tecnológica da arte, vieram exigências e possibilidades cada vez mais complexas. Temos como exemplo a arte 3D que só pode ser criada pelo computador e é de uma grande complexidade. Para os artistas e também os apreciadores de arte digital, a realidade não é mais o bastante. Não estão atrás de verem o que poderiam ver em quadros, querem mais. O que proponho é que artistas digitais não têm mais o papel de copiar facilmente tudo aquilo que lhes foi ensinado ao longo dos anos. Estamos em tempos diferentes que nos aborda com conseqüências diferentes. O que indica que a arte digital não é uma simples evolução da arte tradicional e sim um novo segmento dela, que não pretende substituí-la. Aquilo que pode ser criado em uma escultura ou um quadro não pode ser comparado com o que pode ser criado em um tablet, ou em um modelo 3D digital. Cada um tem seu espaço e seus respectivos consumidores. Como exemplo, podemos citar artistas como Park Jong Won, Kevin Aymeric e Ian Mcquee que conseguem misturar a arte clássica com a moderna e criar efeitos que são amplificados por serem digitais, como a sobreposição de planos, a mistura de cores vibrantes em um mesmo local e o design fantasioso.

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