Revista O Malho

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MAIO DE 1945

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ANO XLIII -

NÚMERO 64

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ESTE NÚMERO CONTÉM 70 PAGINAS V — 1 9 4 5

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LIVROS E AUTORES RAUL DE AZEVEDO Beethoven, de Emil Ludvig (Companhia Editora Nacional, São Paulo 1945). Na vasta obra do grande escritor, este livro fica como um dos melhores.

Obra profunda, e de- pesquisa, escrita nietricamente, ela esta tendo um grande êxito. Revelam-se nestas centenas de paginas os vastos conhecimentos musicais do autor. Acresce que a tradução está bem cuidada, feita por Vinícius de Morais Descreyem-se nestas paginas toda a vida acidantada do Mestre. A sua vida foi uma verdadeira. tragédia. Ludvig declara que ele — é o mais moderno de todos os artistas.

Já em 1930, em Três Titans fizera um estudo sobre Beethoven, mas incontestavelmente um ensaio tocado de muito romantismo.

Mas, na obra de agora, ele fez um estudo largo e psicológico daquele, no seu dizer, — que subjulgou o mundo do sentimento. O que é assombroso é que a sua completa surdez não prejudicou as suas estraordinarias sonatas e sinfonias, que ainda hoje e sempre deslumbrarão o mundo culto. E' completo o estudo sobre a sua mocidade, plenitude e maturidade e a sua obra de pianista e compositor.

Como homem, esse era inteiramente dcsconccrtante.

O uso das PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me a alegria e bem estar.

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Obra do professor Dr. Arnaldo de Moraes, da Universidade do Brasil.

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Jouatas Serrano (In Memorian) — A Federação das Academias de Letras do Brasil prestou justa homenagem ao grande escritor e filosofo, publicando um bom livro a respeito do homem e da sua obra .

A colaboração é vária sobre o poeta, critico jornalista, historiador. romancista, humanista, orador, e filosofo. A coordenação foi feita nor dois escritores ilustres, Mario Linhares e Durval de Moraes. O grande amigo morreu no seu posto falando ao Brasil, no momento em que como delegado da Academia Carioca de Letrás, ocupava a cátedra da Federação. Ha neste livro interessantes e profundos estudos sobre o pranteado filosofo brasileiro.

Centenário do Almirante Júlio de Noronha, de Noronha Santos (Editor Zelio Valverde, 1945 Rio). Esse livro bem escrito e bem concatenado é um dos estudos sobre uma das figuras exponenciaes da nossa gloriosa Marinha de Guerra. A sua gestão na pasta naval, o quanto executou, a reforma da esquadra brasileira, ficaram" bem marcantes e este volume, incontestavelmente historico, recorda a vida e a obra do almirante brasileiro. O livro é fartamente ilustrado e com opulenta documentação.

necessário a todas as

mães.

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O Nasareno, de Skolen Asch (Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1945) — Este é um livro bem pensado e um profundo trabalho de bôa arte. A tradução, um pouco descuidada é de Monteiro Lobato.

Muitos consideram este livro uma obra de arte universal. E uni romance sefletido e observado, de cultura, de homens, de eidades de religiões. Maria Magdalena está ai retratada proficientemente. E' um livro soberbo sobre o Mestre, que está tendo grande repercussão. Sholen Asch é um escritor penetrante e agudo, e ha neste seu livro paginas de rara beleza, como aquelas da dança de Salomé.

Os Cadernos do P. E. N. Clube do Brasil, associação universai de escritores, publica nos seus dois primeiros números cousas muito interessantes.

Num, do seu ilustre, brilhante e infatigav-eF diretor academico Cláudio de Souza, publica Assistência aos Escritores, conferencia sensata e elegante realizada em S. Paulo, onde se relembra o trabalho insano que desde 1936 essa notável corporação vem fazendo em prol dos escritores patrícios, tendo apresentado projetos racionais que de certo serão aprovados pelo governo l\b pçiz.

O Segundo Caderno enfeixa a bela conferência do acadêmico Rodrigues Octavio Filho, na serie d0 P. E. N. Club., sobre o inesquecivel escritor Graça Aranha, pronunciada no Salão da Academia

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de Letras. Não sendo um estudo profundo, traz em todo o caso conceitos dos melhores sobre o mestre de Conaan.

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O vigoroso romance, "OS ARTAMONOV", é a crônica de uma família russa que vive em tempos tão antagônicos e próximos entre si como o são o da agonia d0 tzarismo e o da revo'«Ção qUe 0 derrocou, era considerado por Máximo Gorki como a .sua obra-prima, a melhor ideada e realizada, onde caracteres, Paixões, e sucessos são descritos com insuperável mestria.

Os críticos ocidentais foram do mesmo parecer, e quando em várias línguas apareceu traduzido "OS ARTAMONOV", acolheram-no como ao primogênito gorkiano. Todas — as qualidades se estilizam mestras — vigor, calor, profundidade, agilidade e aperfeiçoam neste romance admirável.

Museu de figuras inolvidáveis — servos, mujiques, teceloes, monges — "OS ARTAMONOV", oferece esplêndida galeria de retratos de mulheres russas. As relações entre marido e mulher.

Pais e filhos, irmãos e irmãs, amos e criados, são expostas com a Precisão de um diagrama, em diálogos de extraordinário realismo.

"OS ARTAMONOV" é um novo volume da importante coleÇão literária "Os Grandes Nomes", que vem publicando a conceituada Editora Vccchi, do Rio, e foi traduzido na integra, sem cortes nem alterações, diretamente do russo por Boris Solomonov c Galvão de Queiroz.

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**^Zf O famoso romance ÍBIS consagrou universalmente a \ argas Vila¦ como um dos mais exímios escritores do Novo Mundo.

Poucos romances foram tão exaltados e discutidos como ÍBIS. Dessa sua obra prima or antonomásia o próprio Vargas Vila escreveu: "ÍBIS marcou uma nova era no romance americano; ÍBIS serviu de norma a todos os romances de larga enyergadura que, de então para cá, se escreveram em nossa América.

De ÍBIS, um romance tão traduzido e comentado, estava fazendo falta uma boa tradução vernácula; e esta ficou a cargo de Galvão de Queiroz, que desempenhou fiel e primorosamente seu comltimento.

A Editora Prometeu, que acaba de publicar ÍBIS, anuncia Para muito em breve a tradução vernácula de outro dos mais cé!ebras romances de amor de Vargas Vila : "" FLOR DO LODO".

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Luiz Taparelli D, Azeglio, jurista italiano (1793-1862), de nobre linhagem do Piemonte, e membro ilustre da companhia de Jesus, deixou o seu nome ligado à historia da jurisprudência com a sua obra imortal SAGGIO DI DIRITTO NATURALE APPOGGIATO SUL FATTO. Desta obra redigiu êle mesmo para os alunos das Escolas Superiores um Compêndio em forma de Curso Escolar, onde metódica e solidamente traça as linhas fundamentais da Ética e do Direito Natural, analizando as razões ou causas últimas que dão às determinações juridicas do Direito positivo e moderno.

Estabelecendo nos 3 primeiros livros os princípios que regem t> operar individual e social dos homens, estuda nos 4 seguintes a íicão da sociedade como tal, na ordem cívica isto é em relação aos próprios cidadãos; na ordem política, em que ventila e resolve questões de direito público de grande transcendência e atualidade, quais são as da posse, transmissão e usurpação do poder na ordem internacional, preconizando um século antes do seu aparecimento "a Sociedade de todas as Nações e uma confederação de nações católicas sob a orientação moral do romano Pontífice, em cujos ¦ombros viria assim colocar-se uma grande parte da autoridade internacional . É esta a obra que em lingua portuguesa a Editora Anchieta acolheu na Coleção Anchietana, como primeiro volume da Estante 7. reservada às publicações com que a Faculdade Filosfica Anchietana de Nova Friburgo, dirigida: pelos padres jesuítas, pretende colaborar nessa biblioteca do pensamento clássico, orientadora da elite intelectual brasileira.

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CIÊNCIA

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um jesuíta francês, o Pe. Henri Doré, deve-se a divulgação de um sem-número de antigas superstições e velhos costumes do povo chinês.

O Pe. Doré escreveu, em 1912, "Recherches um livro a respeito, as sur les superstitions em Chine", em que são narrados fatos do maior interêsse folclórico e psicológico.

Adiante publicamos algumrs das "Recuriosidades aparecidas nas cherches".

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Um sábio, Mei-Weng-Ting, conta que o Imperador Yao encarregou a dois de seus -Ministros o prep~ro de um almanaque que contivesse todos os conhecimentos úteis, a exata divisão do tempo, a relação dos dias fastos e nefastos, o significado oculto das coisas, etc..

"Ki hiong tchc tchao" é a ciO "Almaência dos presságios. O naque" registra milhares de augúrios. No número dêles contam-se o "Eul-je" "Ta-p'en-ti". e o "Eul-je" O revela-nos o signifificado do que chamamos "ter as as orelhas quentes". Pode ser bom ou máu presságio. Depende da hora em que as orelhas ficam vermelhas: Às 23 horas, é sina! de concór-

PRESSAGIOS dia conjugai; de 1 h. às 3 h., c sinal de alegria; das 3 h. às 5 h., anúncio de um convite; das 5 h. às 7 h., notícia da chegada de um estrangeiro; das 7 h. às 9 h., indica um bom negócio ou acontecimento favorável; das 9 h. às 11 h., anuncia recebimento de prc' sentes; de 11 h. às 13 h., é sinal de boas novas; das 13 h. às 15 h.. é indício da chegada de um viajante; das 15 h. às 17 h., é sinal de viagem ou convite para festas; das 17 h. às 19 h., anúncio de uma visita de mulheres; das 19 h. às 21 h., é sinal de disputas; e de 21 h. às 23 h., é presságio de processos, contendas e brigas.

"Ta-p'en-ti" é o presságio do espirro. Às primeiras horas do dia, é sinal certo de surpresa agradável; do meio-dia ao ocaso, é índice de pequenos desgostos. Do crepúsculo até ao raiar do dia, acentua-se cada vez mais o caráter nefasto do presságio. Espirrar antes do nascer do sol pode ser indício de morte. . .

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CO'?i destacado relevo, completou o curso jurídico, pela Faculdade Nacional de Direito, o jovem advogado Luis G. Cabral Neves, filho do Dr. Joaquim A. O. Neves antigo Juiz de Direito âe Jaboticabal, e de sua exma. senhora dona Ernestina Cabral O. Neves.

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Gloria Maria, graciosa filhilhai do nosSo companheiro Francisco Ferreira Botelho e Maria da Gloria Rochc Botelho.

ANTECIPANDO-SE ao prometido aparecimento do? "pocket books" norte-americanos, algutras sditoras nacionais ensaiaram o lançamento de pequenos volumes de preço acessivel, naquele genero.

Entre estas figura a "Editora Aurora", cuja "Coleção Azul" foi recebida com agrado pelos leitores. Nessa cole ção figuram já cs seguintes romances: "Amores do Diaboi" — de J. Cazotte; "O índio Afonso" — de Bernardo Guimarães; "'O Correio de Lião" — de P. Zaccone —; e "O último' dia de um condenado" — de Vitor Hugo.

A Editora Aurara lançou também, com agrado do público, "As mulheres de Mantilha", "O Rio do e "O Quarto" culto do Dever" de J. M. de Macedo.

Todos esses volumes, otimamente apreesentados, têem capas ilustradas por Luiz Goulart.

QUANDO MENOS SE ESPERA apanha-se um resfriado Basta que baixe a nossa resistência orgânica, devido à mudança brusca da temperatura ou a um excesso qualquer, para que se instale o m.cróbio, estabelecendo a infecção.

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PIRATAS NA COSTA DA CHINA jornais de Hong-Kong afirmam que existe um anuário geral dos Piratas da costa da China, conOS tendo os nomes de seus navios, com as earacterísticas, velocidade e a relação completa de suas façsnhas. É um mestiço sino-português que o edita. A tiragem é muito reduzida.

Parece, entretanto, que os nomes mencionados são falsos e que apenas, as iniciais revelam, para os que estão empenhados no código, os verdadeiros nomes dos piratas e de seus navios.

Acredita-se que o número deles ascende a mais de dezessete mil.

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ESSA ASMA QUE CHEGA QUASI A SUFOCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO A DOER, PÔDE SER COMBATIDA USANDO »' - s, m

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PIGNEUS PETRIFICADOS antes do inicio da guerra, uma exposição eirealizou exeavações em Vaduahar, no Estaentifica POUCO do de Baroda, índia, encontrando corpos de pigmeus completamente petrificados. Foram, talvês, os menores homens que habitaram a Terra. Sua estatura não ultrapassava quarenta centímetros.

O que ainda é mais curioso, é que o tamanho dos animais era relativo ao dos donos. Encontrou-se, também petrificado, o corpo de um boi que tinha de altura trinta e oito centímetros.

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MACACOS HIPINOTISADOS de várias experiências, o famoso cientista vienense, presentemente residindo r.os Estados DEPOIS Unidos, Dr. Thoma concluiu que os macacos podem ser hipinotisados. Um desses animais, hipinotisado pelo Dr. Thoma, lhe obedecia cegamente. Ia buscar objetos colocados a grande distância, não por meio de ordens recebidas em voz alta, mas pela transmissão de pensamento. A experiência foi repetida muitas vezes, sempre com êxito.

SALUBERRIMO... senhora procurou um agente de publicidade informações sobre certa localidade de pedir para CERTA veraneio.

Oh ! a senhora não imagina. Aquele lugai é tão salubre que, nestes últimos dez anos só morreu ali uma pessoa.

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Quem ?

O médico...

E depois de uma pausa : Morreu de fome.

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?'•* — Que os animais não elevem trabalhar mais de três horas por dia.

2'° — Que eles deverão sêr alojados em lugares aquecidos e ventilados.

30 — Que em caso de doença serão tratados em clínicas especializaods.

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MUTISMO INEXPLICÁVEL sábios se dedicam a pesquisas para descobrir as cousas do inexplicável e repentino mutismo de VÁRIOS Miss Minnie Wall, do College Springs, no Iowa.

Miss Wall conversa facilmente com qualquer pessoa, mas fica muda quando pretende dirigir-se a seu pai.

Miss Wall, que conta presentemente quarenta e seis anos, reconhece que o progenitor sempre foi de extrema bondade para ela.

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segundo os entendidos, possue qualidades nutritivas de primeira ordem. Afirmam cs cienOarenque, tistas que o peso igual pôde substituir muito vantajosamente a carne de boi. Meio quilo de arenque pôde produzir tantos glóbulos vermelhos quanto meio quilo de carne.

Nesta época de escassês de carne é esta uma bôa notícia.

GRANDES HOMENS QUE FORAM PEQUENOS Beethoven e Balzac tinham apenas 1 metro e 63 NAPOLEÃO,' centímetros; Meissonier, l,m 53; Santo Alberto, o grande, o rei Pepino, Curto, Dionísio, Calvino, Beccaria, Descartes, Kapler, Pascal, Lameunais, Milton, Montaigne, Rafael, Ticiano, Racine, Morat. Bossuet, Turenne e Pasteur tinham l,m65.

EXCELENTE T0NIC0 DOS PULMÕES

RIQUEZAS FABULOSAS golfo Pérsico e o estreito de Manaar, entre a Índia O e a ilha de Ceilão, são os lugares onde se encontra o maior número de ostras com pérolas.

No estreito de Manaar, o banco de outras se estende por trinta quilômetros e no golfo Pérsico esses bancos se estendem, em pequenas falhas, por toda a costa da Pérsia e da Arábia.

Dizem os viajantes entendidos que há ali riquezas fabulosas a serem exploradas.

A MAIS LONGA VIA AÉREA DO MUNDNO construção terminou não há muito tempo, num remoto rincão dos Alpes Bávaros, próximo da íronSUA teira suiça. Esse caminho aéreo, semelhante ao do Pão de Açúcar, liga a aldeia de Obersdorf ao monte Ndluhoros, cujo nome signifca cume ou ponta das nuvens.

Seu comprimento total é de 5 quilômetros e a distância maior entre dois pilares é de 900 metros. Sua estação superior está a 2.200 metros de altura e seus carros pendentes têm capacidade para vinte e cinco pessoas.

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O passeio das sensações ! Sensação dc orgulho pela obra científica do homem, dominando o espaço em uma via original e seguríssima. Sensação de patriotismo por se tratar de empresa exclusivamente brasileira. Sensação de deslumbramento na contemplação do panorama da cidade maravilhosa.

RESTAURANTE E BAR O caminho aéreo funciona diariamente das 8 hs. às 22 horas, subindo o carrinho todas as horas e meias horas certas. Passagens : Cr$ 4,00 até o Morro da Urca e mais CrS 4,00 até o Pão de Açúcar.

Grátis para crianças até l,20m. de altura. Bonde : Praia Vermelha, ônibus : "Urca N.° 13" e "Forte São João N.° 41" Informações pelo telefone 26-0768.

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ELA passou... Jóias caríssimas!

Está orgulhosa. Mas sofre... Sabe que, apesar das jóias e toilettes, tem a pele cansada, cheia de espinhas ou sardas! Pense, pois, no precioso dom que possúe: uma cutis fresca e juvenil! Conserve-a sempre assim com Leite de Colonia, que limpa,

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alveja c amacia a pele- E se tem espinhas, cravos, sardas ou manchas, não procure esconder essas imperfeições. Corrija-as com Leite de Colonia, um preparado rigorosamente científico. Preserve a sua beleza usando, de manhã e à noite, Leite de Colonia, a juventude permanente, da pele.

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estabelecimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a União Soviética, agora verificado, é uma conseqüência natural de evoluO ção politica de ambos os países. E essa evolução foi a guerra que a acelerou. Antes da eclosão do conflito, a União Soviética aparecia aos olhos do mundo como uma sombria ameaça. No entanto o que se processava na Rússia era uma experiência social que iria salvar, no entrechoque de uma* luta universal, a milenária experiência da civiliQuando a Alemanha procura eguer nas estepes o seu sangrento pavilhão dominador, a Rússia abriu para o mundo o espetáculo de sua zação.

E a experiência política, que se podia considerar- como unia ameaça para um universo capitalista, revelou-se um força e de sua bravura-.

potencial capaz de viver harmoniosamente com as demais experiências democráticas existentes na terra. O Brasil compreendeu a possibilidade dessa harmonia. Daí apresentar à União Soviética a oportunidade de um entendimento cordial de que resultou, para bem de ambos os povos, o estabelecimento, de relações diplomáticas. A Rússia deixou de sêr a terrível ameaça voltada contra o resto do mundo.

Só os

insensatos ainda a considerarão como um perigo alerta. Da mesma forma por que temos relações com a Inglaterra, que tem na monarquia a sua forma de governo, podemos têr com a Rússia, cuja doutrina politica também não é do gênero da nossa. Um grande político americano advertiu-nos, há pouco tempo, que as facilidades de comunicação haviam tornado a terra em um pequeno mundo. Não nos é licito viver alheiados do que se passa para além da fronteira de nossos vizinhos.

Dai a importância de um entendimento amistoso.

é seu Roberto, a Chá cara do Lucas não presPOISta não. Tem caveira de burro enterrada aí.

Caveira de bui-ro ?

Isto mesmo, homem. Tem azar, feitiço, nesta terra. Os que se metem com ela acabam mal Não conheceu o Chico da Onça, o Coronelzinho Benedito, o Mano Baiano? Pois só se o senhor conhecesse!

Roberto não conhecia. Era novo ali. O médico aconselhara-o a sair da capital, a • mudar de- ares, se quizesse viver um pouco mais. E cie, que aninhava bem lá no íntimo um velho desejo de cuidar da terra, de ser lavrador como o foram seus antepassados maternos, levou o conselho mais a sério do que o próprio médico poderia esperar. Reuniu o que lhe restava da escassa herança de família e fez-se'ao mundo, dando com as pernas ali-, « Era uma casa sombria. Evidenciava abandono, a fachada empietecida pelo vento sul, uma janela aberta no andar superior e a her. va de passarinho que vicejava solta na larga pratibanda colonial.

Entraram com a sem-cerimônia com que se penetra nas casas velhas, deshabitadas.

Ninguém sabe direito a história. Desde que eu me entendo a casa existe por aqui, fechadff, suja, a não ser quando o Coronelzinho Benedito cismou de morar nela. Mas não deu certo, pagou caro pela bobagem.

Não teve sorte.

Nada, seu Roberto, não é issp não.

Acontece sempre o mesmo. O lugar é amaiCliçoada.

Isto aqui estava largado desde que a cscravidfto acabou e os negros arribaram para

se sabe. longe. Dos antigos donos pouca coisa Maciel, família uma de era Corre, apenas, que da qual não resta ninguém mais. O nome veio do preto Lucas, que morou aqui até morrer.

O sítio estava entregue ao mato e aos mosquitos. Ninguém plantava nestas tenasNem os caboclos levantavam casa de taipa por aqui. Levou assim anos e anos. Corriam histórias esquisitas sobre a Chácara. Eu não dou muito ouvido a êsse negócio de assombração mas, a gente de tanto escutar acaba acreditando. Dizem que um viajante, certa vez, passando por aqui à tardinha, viu uma velha de dentes grandes e olhos esbugalhados, debruçada na sacada... E quando faz luar, contam que se ouve até lá na estrada do Burití, o jongo das almas que enche as noites daqui. Não é só. O peor é que a terra também não presta. Não serve pra nada. A fazenda da Piedade ali pertinho é aquilo que o senhor viu.O sitio do Jeremias, do outro lado, também dá quase tudo, enquanto isto* .

Chico da Onça resolveu que iria tirar alguma coisa darju.. Os negócios estavam bons naquela época e a lavoura dava dinheiro de verdade. Êle foi no cartório e deu geito de ficar dono da Chácara, com selo, certidão e 4udo. Não veio morar anuí. Mandou seus homens preparar a terra e plantou cana c arroz, lá no brejal.

No primeiro ano uma seca imprevista estragou o resultado. No ano seguinte incendiou-se o canavial aí da frente c o prejuízo foi enorme. Chico da Onça então negociou o sitio com o Coronelzinho Benedito. Como cie possula uma fazenda que confinava com a Chácara pelo norte, topou o negócio, sem ligar para as histórias correntes Gostou da casa e quiz morar aqui. Mandou fazer uma grande reforma .durante a qual 6uccdcu um fato que ninguém pôde entender, morreu o mestrc .de obra. Amanheceu morU

dentro da casa. Ainda assim o Coronel*' não desistiu. Era homem de capricho. j> niun que não tinha mèdo de alma do outro e contratou um segundo mestre.

P|j A casa não ficou muito bòa, mas servia'3 a com ra morar. O dono instalou-se nela, f lia. Foi quando chegou a crise do açúc» Cana não dava mais nada Apodrecia na ^ ra. -Dominava o desconsolo e a misériatôda esta zona. O Coronelzinho queria teimarNão desistira com a primeira dificuldade. lice. Continuou tudo de máu a peor. Mc1® se com os bancos, encalacrou-se para semP1 Acabou entregando a Chácara aos credoresChegou a vez do Mano Baiano. Combi^0 com os homens do banco e veio explorar Chamou até o padre Joaquim, lá da San Bárbara, para benzer a terra, antes de corn6* fa çar. Veio depois um doutor da cidade ^ Cavaco11 terreno, do artificial a irrigação por uns dias, abriu caliais e aprontou tudoMano Baiano começou bem. Sua plant* ção prosperava. Êle recusara até uma Pr°^ posta para passar o sitio. Entretanto, de ^ 0<5 pente, a desgraça aportou outra vez por a morreu dois anos, Uma filhinha dêle, de e_ gjc gada no riacho que passa atrás da casa acabou morrendo também,, de sentido 9 ficou.

Depois, ninguém mais teve coragem ^ enterrar o corpo neste lugar. Lá vão mais dez anos que o Mano morreu.

Agora Roberto era dono daquilo. SimP® tizara com o sitio é íôra atraido pelo ba ^ preço que pediam por éle. Efetuara a comP ^ sem conheèer aquelas histórias. Náo es'3*j arrependido. Era um civilizado, sem sup01 ções. Não iria dar crédito a lendas. Só a'1*" ditava no trabalho, na enxada que fere a f>lc* ba, na chuva que a encharca. O solo oú 0 uma promessa infinita. Esfinge eterna qtíC trabalho e a alegria podem decifrar. da felicidade; do equilíbrio e do silêncio-' Fala pelos seus póros a bela voz da nW' LC' Da morte de todos os cadáveres que ela gu da no seu seio. t|t Mas. e apenas o ludo bom da motl'- ' ela nos sugere Da morte repnusantr.

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*»»• Daí a serenidade dos homens da terra, contrastando com esse homem artificial das •Wades, sem raizes sem e crenças. Para o lav>ador não existem os minutos; éle conta o empo pela sombra do sol Seu calendário Ktà na lua e nas estréias. Seus olhos descansam n° horizonte e na beleza. . Chegou o primeiro inverno. E a primavera nao tardou, arrebentando em ílôres silvestres. as lavouras cresceram, ficaram esplêndidas a 'uz e ao vento, escondendo o gorgeio de mil Pássaros. Já lá iam três anos que Roberto ""orava ali, quando os ventos impropícios paeceram ameaçar a sua sorte.

Primeiramente foi a febre. Bateu queixe dois meses, com um impaludismo jjurante wabo. Pensou até que não agüentasse. Veio m seguida uma praga no canavial, provocando um prejuízo de monta. "Eu lhe avisei, seu Roberto ." Mesmo assim não estava perdido.

"Prendera os segredos da lavoura e Ia encontrando um remédio "A vitória é dos para tudo. irreverentes ao destino".

Devemos teimar com todo mundo, teimar antes de tudo- com esse Covarde que mora dentro de nós e deseja reCuar a cada instante.

Que importam os lon-

Clara chegou mais tarde, trazendo a lua aiul dos seus olhos, uma grande suavidade e uma estranha beleza. "Desde quando eu procurava Clara?"

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— Seu Roberto desenterrou a caveira de burro. Acabou com o azar da Chácara...

Ao longe, quem passasse pela Estrada Ver-melha veria a casa imensa, aboletada na elevaçáo. Lembrava um alcacer antigo, viveiro de Lendas.

Os negros, busto nú, dentes brarícos, porém, nunca pensaram nisso. Nem Roberto, nem Clara. A gente simples, que lida com a Urra, nunca fai comparações. Aceita as coisas tal qual elas s&o. O céu, o rio, o campo, o amor .. E o que existirá, afinal, além disto?

•Jue outra resposta encontrou a humanidade, •té hoje, na sua meditação e no seu desespero?

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terras. E muitas mulheres tiveram filhos. Um canto de amor e alegria locupletava as noites "Fastamas!, onde estais'.'" As profundas. águas fecundavam o chão, todos os anos, garantindo a messe. Clara fazia narrativas nos serões tranqüilos. E o tempo, foi passando !

Os pássaros orquestravam harmonias nas auroras novas. E as searas pródigas foram chegando, um povo inteiro cultivou aquelas

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gos invernos, as solldões irremediáveis? Ainda que os ventos apaguem as velas, nas noites tristes da casa-grande. Ainda que os fantasmas cirandejem a dansa macabra perto dos pusilânimes e dos loucos, cabe sempre ao homem, perguntar: que importa? Que importam os ventos, os fantasmas, a tristeza, a solidão?

A vida* t o roteiro do desconhecido. Que dife. rença faz, pensarmos ou não pensarmos nela?

O que vale é a decisão, é a força com que queremos algo. O prazer esportivo das maratonas mirins. O resto é apenas a nuvem creada para provocar a tempestade inoportuna...

Não existem dramas interiores para o nómem forte. Existe apenas o sêr humano e a terra. O trabalho e o amor. O sol e a música.

O mundo, nos seus contornos e no seu magnetiamo.

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O SEGREDO DO SÓTÂO LUCAS

Assim que entrares no gôso de tanta riqueza, hás de vêr como crescerá o número de teus amigos, quão vasto se tornará o círculo de tuas relações. Sei ainda que te entregarás à luxúria, na ingênua suposição de que se não acabará esta fortuna.

E o pior é que não resistirás à tentação das mulheres, não de uma, mas de muitas mulheres, assim como à atração dos casinos e do pano verde. Ah! Que terríveis hão de ser as conseqüências de tua insensatez! Ver-te-ás abandonado de todos os amigos, quando soar a hora da cobrança judicial com todo o aparato do despejo e penhora executiva.

O que te peço, meu filho, é que procedas como o faria eu, em tal

tmià 'y0Ê OENTINDO-SE bastante enfermo, resolveu um rico industrial lançar em testamento as disposições de sua última vontade, deixando grandes recursos para o filho único, um bonito rapaz. Com o agravamento de seus males, chamou-o à sua presença e lhe disse: "Querido, sabes que te deixo este rico castelo, outros imóveis e vultosa soma em jóias e dinheiro.

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MALHO

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emergência.

Não' enxovalhes o nome de teu pai. Não te acovardes. Busca logo a escada daquele sótão e lá encontrarás uma tripeça, com laço pendente, em que hás de meter a cabeça para te enforcares, precisamente à hora do leilão.

Eis como deveras honrar o nome de teu pai!

Falecido o velho industrial, tudo ocorreu na forma do seu vaticínio. Logo, aos primeiros apertos,

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DE

MORAES

CASTRO

verificou o pobre rapaz o desaparecímento dos companheiros dc farras.

Abatido pelas desilusões, mas encorajado pelas palavras do seu progenitor, dirigiu-se ao sótão do castelo, onde se lhe deparou, sinistro, o laço que o havia de salvar da deshonra.

Corajosamente nele introduziu o pescoço, como lhe fora recomendado, e com as pernas procurou fazer funcionar o aparelho. Quando esperava pender enforcado, no*i tou que sô serviu aquele esforço para afastar as taboas que ocultavam uma urna cheia de dinheiro, três vezes mais do que a fortuna que desbaratara.

De tudo se apoderou radiante, descendo para levantar a penhora com o resgate do que devia.

Honrado o nome de seu pai, jamais poude esquecer a lição quc receberá. Daí por diante soube dar nova rota à vida, dentro dos ensinamentos práticos que se lhe im' primiram no espírito ao desfecho. da primeira fase de sua existência de potentado.

Então, bem compreendeu o segredo do sótão, prova cm última análise de quanto é capaz o amor paterno!

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^Ml/NW NA LIÇÃO DOS GRANDES MESTRES HUMBERTO GRANDE RROF.

WATT civilização moderna de car_NA ter técnico e industrial, poucos ohr percebem a alta importância da de James Watt, o Reü ,gigantesca engenheiro inglês, que aperleio a maQuina hurr?U -J^nidade, com atal vapor, e deu ã procedimento, a s:Snificativa lição de todos os« terSaÍS "ípoa, porque ensinou ao homem Con}o, c "tuplicar através da máquina, pôde « as suas forças e econoinienergias, exercendo, deste modo, v J"madeiro domínio sobre a natureza, exPer*dida e maravihosa reali-:' dari 5 aí está isso cumpre bem diante de nós, e por examiná-la com a devida atenção. Desde o século XVIII até liminar com a Revolução Industrial *° século XIX, no evoloperou-se er do humano uma transormaçãogênero radical tão profunda, que "jegou a modificar a face do globo Mestre, a começar na Ingaterra, iemanha e Estados Unidos, os quais, suas exepcionais condições geojyas Sicas, favoreceram o surto da in°"stria metalúrgica, que depois ae nos efeitos» seus para o j^ndeu, o inteiro. Principalmente ^ündo rro e o aço, produzidos em abunnaqueles países ricos de carv?nCia rip. de Pedra, expandiram o seu poatravés de milhares de inven^'o, como e o avião, em £?es oaa parte, a nalocomotiva construção de cidades c colossais arranha-céus,, pontes ex•pftsissimas, intermináveis, ferrovias "avíoa gigantescos, dirigiveis enor*es. etc..

A técnica mecânica, ser^a do ecombustível como o carvão, energia hidro-elçtrica, do^trõieo a terra, o mar e o ar; atravessa í?ina °das as regiões terrestres, subjuga j5 oceanos e vence o espaço aéreo, e Z^!1*1 .aproxima povos e nacionaliA História toma novo rumo, como . Wca antes, em período algum, coJ^ceu. a grande produção da rique7* Possibilita inédito crescimento da r°Pulação, que se comprime nos cenindustriais, se levantam «^°s abricas e usinas. onde A máquina, ínsade combustviel, fura o subso^Vel °io em busca de minas de carvão de e de jazidas procuran¦ ^dra ° também utilizar petróleo, as dágua, Para aproveitar a forçaquedas hidro-elétri5a- Nessa intensa atividade predoo espirito do engenheiro, do ptoa ecnico. do grande empresário, do in"Ustrial e do homem de negócio. São «es a influenciar a socie°ade.que apassam novo ritmo mais toma vida «çelerado, exigindo outra organizaeconômica, financeira e. social. **|aocomo conseqüência resultam lutas, evoluções e guerras. É.que a huma;*ldade procura se adaptar às suas °°vas condições de existência.

Tal é, em rápido esboço, o panofama realistico da civlização moderfla- Milhares de invenções vierar V __ 19 4 5

facilitar o trabalho e proporcionar ao homem a maior soma de confôrto.

Fizemos essas considerações, com' o intuito de mostrar a grandeza de James Watt, sem dúvida alguma, um dos maiores benfeitores da humanidade, o qual, aliás, além de genial inventor, tornou-se também erudito verdadeiro e sábio profundo. A sua educação foi aprimorada, revelando desde muto cedo excepcionais aptidoes para o estudo da matemática e da mecânica. Tão grande era a sua sede de saber, que procurava lèr com verdadeira avidez, sobre botânica, mineral-ogia, geologia, íisica, quimlca, medicina, cirurgia, história, poe.sla, ele. Sempre teve os melhores mestres e colaboradores. Adam Smith, Black e Robert Simson auxiliaram a sua brilhante carreira na juventude; técnicos como William Murdoch, William Buli, Richard, Trevithick, Edward Cartwright, Hernblower, Falk, Cugnot, Mijler, Tayler, Fitcb> e outros trabalharam com êle no aperfeiçoamento da máquina a vapor. O famoso escritor Walter Scott, com estas palavras, descreve o celebro físico e mecânico inglês: "Watt não era somente o sábio mais frofundo, aquele que com o maior sucesso tinha tirado de certas combinações de números e forças as apiicações usuais; êle não ocupava sòmente um dos primeiros lugares entre os que se fazem notar pela genialidade da sua intuição; era ainda o melhor, o mais amável dos homens".

Em Glascow. para ganhar a sua vida James Watt foi construtor de instrumentos de precisão. E mais tarde, já nâs funções de engenheiro da Universidade de Glascow, ocupou-se seriamente da máquina a vapor, desejoso de melhorar e aperfeiçoar a sua construção. Servindo-se assim do modelo de Newcomen, teve a idéia de separar o cilindro e o embolo da caldeira bem como do condensador, e com esta orientação conseguiu a máquina a vapor de duplo efeito, máquina do mais largo alcance no desenvolvimento da técnica moderna.

Tal invenção, que poucos refletem sôbre os seus extraordinários efeitos, mudou radicalmente o curso da civilização e garantiu à pátria de Watt um poderio desconhecido na história, poderio que fez da Inglaterra uma nação lider do mundo.- Por isso, em Westminter. imponente monumento, em mármore de carrara, obra prima de Chantrey, perpetua a memória do grande sábio no Pantheon inglês.

James Watt, em virtude do seu milagroso invento, que tantos beneficios tem feito ao homem, merecjfe perene gratidão do gênero humano.

No futuro, o seu nome será sempre relembrado com o maior respeito, principalmente quando se pensar na função decisiva da máquina para o

15

_2^MémmV melhoramento da sociedade e da eivilização.

Na reconstrução do mundo reaimente, a máquina poderá desempenhar alto papel, nào só conferindo ao homem maior força e poder, c,onfôrto e bem-estar, saúde e tranquilidade, como procedendo a sua libertação cada vez mais completa dos trabalhos rudes e penosos. Não participamos do ponto de vista dos que temem a técnica e acreditam no esmagamerito do gênero humano por ela. Não. Pensamos que a máquina é o maior instrumento para a liberdade e felicidade de todos. Embora seja recente a sua atuação no processo civilizador, datando de poucos anos de existência produtiva, ela já fez prodígios em vários sentidos, o que aqui seria supérfluo analisar, examinando, por exemplo, a soma de benefícios prestados pelas grandes invenções e aparelhos, como a locomotiva, o automóvel e o avião, o telefone, o rádio e o telégrafo, o cinema, a imprensa, etc.. Quando a máquina fôr usada inteligentemente, obedecendo às exigências da cultura evoluída, dará ao mundo o Império do espírito. Sim. Livres os individuos das preocupações materiais, distribuida a riqueza com justiça, poderão todos, nas largas horas de lazer, ocupar-se das atividades mais belas e agradáveis. Vitorioso o paraíso baconiano, as ciências, as artes, filosófia e a religião terão enormes possibilidades de desenvolvimento. Nesta marcha, o futuro alcançará o período feliz que Dante previu na sua obra prima.

Então, a glória de James Watt aumentará mais ainda. A posteridade hão olvidará que êle foi uma das figuras mais significativas da técnica moderna.

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MALHO

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MlbTERIO GIOGONDA

ISIS FIGUEIRÔA

se és bela, toda seio

Não posso, meu amor, por mais que queira viver nesta incerteza, num tormento; mesmo que seja coisa passageira, que dure apenas por um só momento.

substância ou não, gigantesca e forte 1 a Criação a própria morte ! -

O teu mistério grande me fascina Numa volúbia lntérmlna, Incontida 1 Quero saber quem és, força divina l E conhecer a tua essência, Vida !...

LABÉCCA

Dizer verdade, meu amor, não falas, me deixas, constrangida e preocupada; — Se te interrogo, quase sempre calas, e, eu fico sem poder dizer mais nada.

Força que a humanidade inteira sente, Mas não sabe nem pode discernir !

Sob o teu 'jugo eu filo independente, E quero mais o teu grilhão sentir ! és luz, que és preside no teu

CARMO

Existe em teu olhar tanto mistério, tanta coisa difícil de se ler: —- Um passado nojento, deletério, é tudo isto que me faz saber.

ó Vida que és mistério e que és loucura!

Que és abismo de glória e de prazer !

Que és paz ! Que és alegria e que és tortura, Eu te sinto vibrante no meu sêr 1

Dize se Pois sei Sei que E trazes

DO

Eu quero nos teus olhos a verdade límpida, clara, Imaculada então; mesmo que seja dura a realidade que me esmague de fato o coração.

Sim ! nos teus olhos há metamorfose; há centelhas de luz, contradição... eu vejo em ti a minha simbiose mas, vou seguir o meu caminho, Irmão.

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t2&&Z<is2%/LS&/Z'L/

¥ LÍVIA MARTINS FALCÃO Há um No rio Lugar, Nunca,

E tudo silenciou depois que tu partiste...

Tudo parou.

O próprio Tempo não existe. , Não há Passado. .

Nem haverá Futuro, tudo é presente.

Beleza Virgem, inviolável, Tem seu remo por ali Choram palmeiras, tempestadas, Cantam — sabiá e bemtiví.

e*o silêncio...

Mas dentro do mistério deste imenso Silêncio eu continuo, milagrosamente, ouvindo a música da tua voz, vendo o desenho harmonioso dos teus gesto* e sentindo a caricia suavíssima do • teu olhar...

WANDA DE ROYCEWICZ • lugar em Mato Grosso, Alto-Paraguai que a gente não conhece ninguém por ali vai.

Folhas enormes e redondas Cobrem a água azulada; O céu perde seu espelho : Não reflete nada, nada...

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vive lá — sonhando Flor — maravilha, "mal, não conhece o bem Não conhece o Esverdçada de lua, dourada de sói, De nada precisa — e de ninguém...

Vive incrível, Vitória Regia Fujam anos, A sua beleza

misteriosa, ¦ — flor real céculos passam — é Imortal!

• M. DEZONNE PACHECO FERNANDES são os exércitos, não são as marinhas que |\ jAO * defendem os Povos... Na luta de irmãos contra aos que se matam, que se degladiam, não se conslra jamais o alicerce que manterá a Paz, porque ek eternamente ficará o ódio que elimina, que rr°i os corações e mata a pureza dos sentimentos bons.., ^ão há glória quando irmãos se abatem mutuae«te pela força e pela violência... Não há vencis nem vencedores quando no âmago do coração nomem o rancor se esconde fazendo uma guerra **na aquele que o dominou.., Se as mães refletissem um pout , jamais per-" "'Iam que as mãos inocentes de seus filhos se manassem procurando prazeres em brinquedos bélis--< Fariam um sério protesto pára que deixassem existir esses monstros que envenenam e nfatam o raÇão... __ Instrumentos para descobrir os tesous da Terra... Arados em miniatura, instrumentos US)cais para educar o espírito, livros em profusão, p eios de ensinamentos, como sementes para uma ara, grandiosa e promissora; sim. é imensurável o an,Po infantil! — Formar um celeiro e aguarar seu futuro! — Quão diferentes se tornaàtn as gerações...

Lendo num matutino de .ho|e a notícia e que De Gaulle abrira novamente a Sornne. e ponderando as palavras desse granc "A vitória está à vista e o inimigo em u9a". o coração bimbalhou numa alegria n°rn,e e senti, realmente, a vitória se apro"nando... Quando o pensamento se eleva, fiando a cultura retorna, o materialismo já deve ir longe...

Evoquei a lembrança do fundador dessa Universidade... A grandeza do seu verdatfeiro espirito de Patriota querendo pelo saber elevar °s homens de sua Pátria... Organizando com sacrilc'° a Academia de Paris que tomou o seu nome... "ecordci-me de suas lutas para formar os alunos p°bres que a miséria não permitia lhes fosse possível — 1 9 4 J7

concluir seus estudos superiores, e, depois dessa peleja ingente, a glória de ter deixado esse cabedal incalculável, essa Universidade mundialmente conhecida e que recebe em seu seio a juventude de todps os paises, sem distinção de credos ou de raças. Irmãos pelo pensamento, pela cultura que diz liberalidade. democracia, fraternidade...

Como Sorbon. De Gaulle se me parece Luz que abertura guiará os homens para uma nova Éra... A da Academia de Paris, a Nova Sorbonne, enfim, é que devem sentir e desejar os homens de todas as nações e professam uma única e verdadeira religião; aquela que pelo saber, pela culda afastando-as esplritualisa as tura, gerações, a síntese

do

guerra...

Sorbonne de todos

os tempos:

tu és realmente

a Luz de uma Liberdade redentora que jamais deverá desaparecer, para assim ficar assegurada a felicidade dos homens!...

O COMEÇO DO FIM...

HOMENAGEM A I UM EXPEDLGIONARI01 Por Da

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COIMBBA de Letra*

Pátria é o altar sacrosanto dos cidadãos, (fl*. ^ A sabem cumprir com os seus deveres. porque pereceu no dia 12 de Dezembro P^ mo findo, o valoroso 2° Sargento SEVERINO B BOSA DE FARIAS, que integrava as fileiras do br I S» REGIMENTO SAMPAIO, sob o Comando do dig eI° Coronel AGUINALDO CAIADO DE CASTRO, operações de Guerra, contra a tirania dos barbarei * e vil invasores. O 2.° Sargento FARIAS, que deu ' vida em holocausto na defesa da honra da Pá^1 como os demais componentes daquela adestrad Unidade do nosso Glorioso Exercito Nacional; &' tou certo, não vacilaram como não vacilarão v' £ó momento no cumprimento das ordens recebidas» para honrar as tradições dos nossos antepassados» bem como do caracter da nossa raça inquebrant»* Conheci-o muito... juntos estivemos ei* vel. missão especial, onde sempre demonstrou espírt*0 de corpo, de sacrifício e patriótico. Ao chegar n0 r«osso querido Brasil, no dia 13 do corrente, a nflü- j cia do seu perecJjnento no campo da honra a noss* abobada celeste cherou!... chorou!... Chorou & alegria, de satisfação, por saber que os brasileiros não/ teem tiblêza nem desfalecimento quando vêem o símbolo sagrado da Pátria tremulando, na m»15 leve brisa. E nós os brasileiros estamos pronto ulcis para pugnare cum hostibus, vacare militia, ad cendam. Êle como todos os outros que lá ficarei*1 estarão sempre no coração da' Pátria que ad l**' abS" petua memorium. Os brasileiros teem virtus tinentioe a vida e sabem que decorum est pro patri* mori, mesmo porque depugnare <?portet potius qual*1 servire.

Soldados expedicionários do Brasil! Vos obredites ducis império, porque Deo juvante, credo eu111 tao iturum, muito breve os canhões da tirania »ar' bar» dos vândalos, e, então voltareis a Pátria 3lie " esperados para abrrçar e agradecer os teus esfo

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Fechando o livro.

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ços.

Como tu ! FARIAS, outros já se foram, mas P0' deis está certo, de que não faltou as familias o coíi' forto fnoral dos verdadeiros amigo?, como tambeí11 mão faltará jamais o carinho e desvelo da Pátria-

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FOIresto do Mundo, do súbito desaparecimento do Presidente Franklin Delano Roosevelt, o grande democrata

endeu para que fossem fartos e abundantes.

Roosevelt era um grande amigo do Brasil, e o pe23* <iü por sua morte foi unânime, entre o povo brasileiro, o admirava e nele via um dos maiores homens da AiBe

intensissima

a repercussão,

na América

que há 12 anos vinha presidindo os destinos da grande democracia do Norte.

0' creador da política da Boa Vizinhança lutador extremado que foi psla causa da liberdade, desapareceu do cenário mundial às vesperas. justamente, da colheita rariosa dos frutos opímos da Vitória, de que foi semeador

rica de todos os tempos.

Aqui aparecem alguns flagrantes evocativos da vi do grande leader democrático a que o Mundo devef grande parte da Vitória prestes a ser alcançada.

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COMBATENDO NA BIRMÂNIA Os invasores japonezes estão sendo expulsos da BirmanioVê-se a guarnição de um mof" teiro Norte Americcno em ação sob o sói tropical.

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Poderosa força operacional da Marinha dos Estados Unidos, encaminha-se com seus numerosos aviões em direção a Tokio na mesma ocasião que os fuzileiros navoes desembarcaram com sucesso na ilha de Iwo Jima.

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BOMBARDEIO DAS COSTAS DA CHINA Aviões com base em portaaviões da classe do "Essex", comandados pelo almirante John S. Maccain, bombordei am navios no porto de HongKong. Vê-se a fumaça dos incêndios provocados pelas bombas.

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O lançamento da candidatura do General Eurico Gaspar Dutra a Presidência da República, em Minas Gerais impressionantes instantâneos do grande DOIS comicio popular e da convenção das forças políticas de Minas Gerais realizados em Belo-Horizonte, para lançamento da candidatura do general Eurico Gaspar Dutra à presidência da República.

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Duas das magmjicas télas que figuraram na recente exposição do jovem pintor Armando Pacheco, realisada no Salão do Palace — Hotel.

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Tela do pintor Malinverni Filho que figurará na sua exposição de pintura a ser inaugurada na quinzena de Maio no Palace — Hotel.

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Monumento ao Barão do Rio Branco, na de Esplanada do Castelo, inaugurado a Setembro de 1943.

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OMALHO

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homem não deixa de lutar pela O felicidade que sempre lhe alimentou cs sonhos. No momento em que vivemos, trava-se mais uma tre,menda batalha pela sua dificil adaptação a novas normas de vida. E' a guerra da ciência contra a mistificação, do pensamento contra o arbitlrio, da liberdade, contra a escravidão). E* anciã, mas verdadeira, a afirmativa de que o pensamenÊle, entreto renova a civilização. tanto, mal interpretado, pode estabelecer a confusão no mundo e levar Tantas eram os hoímens à anarquia. as doutrinas e teorias com que pretendiam modificar, consertar ou subverter a ordem universal, que acabaram arrastando os homens à catastroife que agora os dizima... O pensamento politico, em íntima relação com os progressos cientificas, foi amiüdado às conveniências de cada grupo partidário. Em alguns países, os juristas atribuíram ao Estado funções policiais. Muitos pensadores se opuseram à volta à soberania absoluta do Estado, por ser essa soberania Incompatível cc.m as atuais aspirações humanas. Lançou-se mão da legislação social, como instrumento valioso e importante, para evitar o extremismo da esquerda, mas essa legislação — com algumas exceções na O

MALHO

Europa—foi apressada e extemporânea, por isso não produziu os frutos que dela se esperavam... socialistas /sllguns defenderam um sistema de organização fundada no princípio de função e na doutrina pluralista da soberaniaOs psicólogos perderam-se no enredo de complexas teorias que poderiam favoacordo de recer, com a conveniência de cada partido, as Idéias em choque...

Certos aspectos das doutrinas jucidicas e econômicas convergiram em ofensiva — a palavra está em moda — contra a concepção da soberania do Estado, defendendo a descen-

O MUNDO DOFUTURO tralização e be direitos dos grupos No cenário universal prepoliticos. valeceram as correntes individualista e socialista, com tendência imoderada; e, efemeramente, anarquista e socialista de Estado, que representavam' o extremismo. Havia em todas elas diferentes matizes de opinião para a reorganização administrativa e para a defesa dos interesses. particulares. Os tratadistas, entre os quais Giddings, Ward, Hobhouse, Ludwig Sten, consideravam o Estado a instituição social suprema e sublinharam a i,mp:_rtancia de sua autoridade, vendo nele o órgão decisivo do proAlguns, porém, comgresso social. bateram essas opiniões, pretendendo sanar os males da vida social pela atuação de outros órgãos — internacionais — que suplantassem à ação do Estado.

O pensamento politico, que se procura deter na analise de todas as questões relativas ao homem, des-envolve-se na incerteza e insegurança Sua imperfeidas coisas humanas. ção se manifesta nos intentos sucessivos para realizar os altos anseios da humanidade. Apezar disso, do e,maranhado de idéias, opiniões e tenden— 28 '-

cias, espera-se que surjam orientações que encaminhem os povos, de acordo com suas crenças, sentimentos e tradições, para uma vida decorosa, Uvre e feliz.

O absílutismo está sendo derrcgaNa reconstrução do mundo se do. selecionarão as idéias práticas encerradas nessas doutrinas, e sua adaptação à realidade da vida varrerá da existência humana certas desigualdades choicantes. Contudo, uma pergunta ocorrera aos curiosos: esa renunciar dispostos a tarão individuaAmerica do Norte ao seu lismo, a Grã-Bretanha ao seu imperialismo e a ditadura vermelha à ferça que é o alicerce do seu regimen ?

Unir-se-ão sobre as ruinas deste mundi mergulhado em sangue, dispostas a fazer imensos sacrifícios em prol do bem coletivo, tornando realide admirável sentença a dade Aristóteles: I "O Estado se constituiu para fazer pcssivel a vida e permanece para torná-la boa e agradável?".

Todas as esperanças se concentram nos "big tree", confiando em que eles saberão extrair do pensamento politico moderno id que é útil para o momento e o sorã para os dias vindouros, afi,m de objetivar os supremos ideais humanos.

OSVACIO

SANTAMARINA

Monarquia em Pernambuco ? colônia p e rA n a m b u c ana aqui reunida sob a presidência do Conde Pereira Carneiro, proelamou o Príncipe dos Poetas, OleMariano, gario candidato do g*> vern3 do Leão do Norte nas proximas eleições.

Príncipe Olegario Por sua vez, um grupo de perem Recife, sob a nambucanos presidência do Comendador Jayme Santos, iquer apresentar a candidatura do Tenente da Catende, o Rei do Açúcar, à sucessão do D:. Etelvino Lins. E tudo isto, na Terra onde surgiu o primeiro grito de República em 1710 !

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-*7 (Desenho de GOULART) Mês de Maria da minha terra Quantas belezas encerras Mês de Maria da minha terra!

Lembras-te minha mãezinha quando eu vinha feito uma noivinha toda de branco de grinalda e véu?

Caminhando devagarinho pela igreja áfóra carregando a coroa de rubis de Nossa Senhora, e cantando baixinho com a voz fraquinha de menina aquela toada tão bonita Que-re-mos a Ma-ri-a...

Depois o padre Luiz benzia a coroa de rubis e a gente ia subindo... subindo... àquelas escadas azuladas estreladas cercadas de anjos por todos os lados como se fosse voando mesmo para o céu!

E quando chegava a hora de pôr a coroa em Nossa Senhora?

Que alegria!

Que alegria!

Aí a gente nem mais cantava gritava o foguete estourava o sino repicava a banda tocava e as flores ficavam bailando no ar prá lá e prá cá...

Que bonito mesmo que era o Mês de Maria da minha terra!

ARLETTE CORRÊA NETTO

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ESCULTORES ¦¦¦'¦' ¦¦¦

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sempre interessante conhecer a opinião e o sentir dos artistas, dentro do âmbito da própria arte a que se dedicaram e da qual fizeram seu supremo ideal.

Muitas revelações, confissões e ensinamentos contêm sempre as suas respostas, e o leitor, ávido de coisas novas, recebe sempre com agrado a palavra de todos os privilegiados cujo convívio com a verdadeira Arte os torna seres de eleição.

Por ser assim, O MALHO decidiu ouvir, em rápida enquette a respeito da escultura, alguns nomes de relevo nesse -p^, H

setor artístico entre nós.

Foram escolhidos o professor Corrêa Lima, as escultoras Margarida Lopes de Almeida e Celita Vacani, e o escultor Modestino Canto, a quem foram feitas as perguntas abaixo, e cujas respostas divulgamos logo a seguir:

P E R G U N T A S Margarida Lopes de Almeida

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COMO NOS RESPON-

DEU

A DECLAMADORA E

1) Há interesse pela escultura, no Brasil?

2) Tem sido eficiente o auxílio do governo aos escultores is? nacionais'.

3) Quais os escultores do Brasil que marcaram época ou fizeram escola?

4) Deve a educação do futuro artista ter início na infância, ou será preferível quando sua mentalidade, já estiver formada?

5) Como surge no artista a inspiração?

ESCULTORA MARGARIDA LOPES

DE ALMEIDA

Menos que pela pintura, a julgarmos pelo número imenso de pintores e diminuto de escultores em nossa terra. Entre a gente rica que conheço, muita ha que compra quadros nas exposições dos artistas nacionais e estrangeiros; nenhuma adquire estátuas ou mesmo estatuetas originais; limitam-se aos bibelots de bronze ou de porcelana e faiança feitos em série mais ou menos artísticas, agradáveis á vista... e ao bolso. ' — Que eu saiba, tem sido nulo. Que auxilio oficial teve até hoje um escultor brasileiro? Qual entre os vários que possuímos de real mérito, obteve um amparo como o que vem tendo Portinari? Nenhum.

— Rodolfo Berhardelli, o grande, o maior de todos. Num paiz cm que se prezasse a escultura, o seu atelier seria conservado e transformado em museu.

Seria um exemplo de toda uma existencia devotada ao trabalho, de toda uma vida dedicada á arte. Ele foi o nosso mestre, mestre de todos os escultores do Brasil, direta ou indiretamente. Dos vivos prefiro não falar...

— A não ser a Música em que a preçocidade é facto vulgar, talvez por ser ela mais intuitiva do que qualquer outra, as O

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demais artes só podem ser compreendidas e sentidas quando o cérebro atingiu um certo desenvolvimento. A criança deve aprender apenas o essencial. O estudo das belas artes é coisa muito séria e a criança deve empregar o tempo que lhe sobeje das suas aulas indispensáveis, em bricar, rir e saltar.

— Ele mesmo não o sabe. Nem a inspiração obedece a métodos para surgir.

E ASSIM SE EXPRESSOU O CONHECIDO ESCULTOR MODEST1NO CANTO: — Há. Principalmente pela escultura funerária.

— Não. Ha completa falta de estimulo.

— Rodolfo Bernardelli e Corrêa Lima.

— Na infância.

— E' impossível determinar como surge no artista a inspiração.

RESPOSTAS DA ESCULTORA CELITA VACCANI — No Brasil, o maior interesse pela escultura tem sido demonstrado por parte do Governo, pois esta nobre e bela arte possue, mais ainda do que as outras artes plásticas, um grande poder educativo e social.

— Tem sido muito eficiente aos escultores, o auxílio do governo no sentido de organizar concursos quando deseja erguer um monumento em alguma praça ou decorar um edifício público. Esses concursos, entretanto, teem sido internacionais, pois arte não tem pátria.

— Rodolpho Bernardelli foi o maior mestre brasileiro de escultura. Antes dêle não havia quasi nada realizado e hoje, os escui tores brasileiros de maior projeção foram discípulos de Bernardelli ou freqüentaram seu atelier.

— É muito comum observar entre as cri anças um grande interesse, tanto pelo desenho, quanto pela pintura ou escultura.

Na minha opinião, as crianças que demons tram estas aptidões, podem e devem ter uma verdadeira orientação artística, que lhes permita mais tarde tornarein-se grandes ilustradores, pintores ou escultores.

Ao mestre cabe muito maior responsabilidade, ensinando a uma criança do que a um adulto.

Acredito que a criança fique muito mais imbuída do verdadeiro amor a arte e permanecerá como o passarinho criado em gaiola que ao ver a porta aberta não deseja fugir. Quero dizer com isto o seguinte: quem teve uma iniciação artistica verdadeira desde a infância, uma vez adulto nunca abandonara o seu ideal de arte, seja para um triste ou grande destino.

5 — A inspiração surge em geral de .umia curiosa associação de idéias, que V — 1 9 4 5

se realiza sem que a própria pessoa se aperceba do que está se passando.

Existe, entretanto, outro tipo de inspiração, di " gamos dirigida", na qual tema foi dado; para este tipo de inspiração o que acontece é equivalente ao que se dá com as arvores.

Uma vez plantada a semente é preciso esperar que germine, floresça e irutifique.

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ASSIM NOS RESPONDEU O PROFESSOR CORRÊA LIMA : — Parece-me que, sim embora em meios restritos de inteletuais, tal como su cede com as demais artes.

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— Se tem havido auxilio, não tem sido eficiente por falta, talvez, de uma segura orientação.

— Que fizeram escola, nenhum.

Entretanto, destacam-se no meio insipiente em que viveram e labutaram nos tempos coloniais, Francisco Lisboa, o Aleijadinho, em Minas e no Rio, outro mineiro de grande merecimento, Mestre Valentim.

Nos nossos tempos o professor Rodolpho Ber nardelli, marcou época, pela atuação quê exerceu no nosso meio artisco e com a reforma do ensino das artes plasticas, de que foi o principal orientador além de escultor de grande talento.

4) Penso que quanto mais cedo se iniciar a educação artistica, melhor, — uma vez manifestada precocemente de um modo marcante, a sua vocação o que sóe acontecer quasi sempre.

5) para mim surge da contemplação de um motivo da natureza, de um fato social da vida que logre impressionar a minha sensibilidade, de uma leitura, da audição de um trecho de musica.

Surge como uma visão e vai tomando forma, mesmo que procure desinteressarme. Que de estatuas e grupos tenho esboçados indelevelmente na minha memória, desde a minha mocidade e que nunca execiitei, plasticamente. Cjonsidero-os minhas melhores obras de arte.

Corrêa Lima — 33 —

ESCOLA TÉCNICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL "CECY DODSWORTH" HHtBaBBBal^Ciaf^' MBil Jllflfr JjflB ^^MMaW

"TvESTINADA

ao preparo de visitadoras-sociais, educadoras familiares, puericúltoras e nutricionistas, acha-se em pleno funcionamento a Escola Técnica de Assistência Social "Cecy Dodsworth", fundada pela Mu^ nicipalidade e mantida pela Secretaria Geral de Saúde e Assistência.

Damos aqui dois flagrantes de suas atividades, sendo um da aula inaugural e outro de uma das aulas de nutrição. ^-^

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" R Á D I 0 - T E A T R Q DA MOCIDADE!" Grupo de estudantes cariocas pertencentes ap east do "Radio Teatro da Mocidade", creado na PRA-2 do Ministério da Educação. Os componentes desse elenco foram selecionados niediúrfte um concurso que obedeceu à direção dlo> conhecido broadeaster René Cave, chefe da Secção de Pr eparo c Irradiação daquela emissora, de que é diretor o> Snr. Fernando Tude de Souza. 0 "Rádio Teatro da Mocidade" tem como diretor o escritor e jornalista Edmundo Lys. e tem realizado audições (adiatrais interessantíssimas.

A VISÃO DO ORIENTE NO NOVO LIVRO DE LIMA FIGUEIREDO:

"O JAPÁO POR DENTRO"

da hinterlandia, que o autor de "Limites do Brasil" conhece desde longa data, a carreira das armas levou-o, por terra, mar e ar às contemplações dos quadros e perspectivas do Japão, Coréa, Mandchukuo, ilha Formosa e campos de batalha do norte, centro e sul da China, quando ao tempo em que serviu como adido militar junto à embaixada do Brasil em Tóquio e observador da guerra chino-japonesa. Resultaram, dessa nova jornada, trabalhos que vieram consagrar ainda mais a obra de Lima Figueiredo: "Um ano de observações no extremo-orieniíf mf ^s te". "No Japão foi assim..." e, agora. "O Japão por denafl $S P flflflflflflflflflflflfl tro", volume de quasi quatrocentas páginas publicado pela Companhia Editora Nacional. Animou o escritor, na elaboração de seu novo livro, uma sadia e profunda WJmW confiança na vitória das Nações Unidas sobre uma região e um povo que êle aprendeu a conhecer, nos seus ângulos gerais, ao desempenhar aquelas árduas funções de observador mili. tar. Ao lado dos aspectos pitorescos do Micado. com sua civilização exótica, seus costumes Coronel Lima Figueiredo típicos e seus cenários peculiares, há rnais afastados quadrantes, tanto no uma panorama de tensão, de barbaria Pais como no estrangeiro, tem-lhe e de luta em que o psicólogo, o socióProporcionado contactos com realilogo se debruçam para meditar sobre dades que valem também como etaa jornada de sangue dos guerreiros Pas de sua carreira de escritor. Daí que procuraram assimilar a cultura ser sua obra literária uma espécie ocidental unicamente para destruí-la. de itinerário em que os livros valem Na realidade, "O Japão por dentro", cOmo marcos de uma longa jornada. de Lima Figueiredo, vem proporcio'Oeste Paranaense", "índios do Branar a todos os que observam as tensil", "Cidade e Sertões", para falar dências da guerra e do mundo em apenas nos mais importantes, conschamas um seguro repositório de intituem uma arrojada revelação do formações, orientação e deduções inBrasil interior, com seus problemas dispensáveis. O escritor e o técnico êerais, seus flagrantes e seus aspectos, consagrando Lima Figueiredo militar, numa arte muito própria de c°m um dos maiores continuadores Fgueiredo, Lima identificaram-se Qe Euclides da Cunha. Dos cenários na realização de uma obra que tanFigueiredo não é apenas um LIMA dos líderes das nossas forças arrnadas. Escritor brilhante, com uma serie de obras de vulto, é também ^m dos maiores expoentes das nossas letras. Assim, como militar e escritor, tem procurado realizar, pela aÇão e pelo pensamento, um ideal de harmonia em que as funções de sua v-da se identificam e se completam.

A carreira das armas, levando-o aos

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A escritora paulista Maria da Penha "Céu Horta Leite, autora do romance Nublado", cujo aparecimento, está sendo anciosamente espetado, e do qual reproduzimos, nesta edição, um interessante capitulo.

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Senhorinha Raimunda Viana que acaba de concluir com brilhantismo o curso de cantora pela Escola Técnica de Comércio desta cidade de Sobral, Ceará.

to serve a leigos como a especialistas, proporcionando a todos uma dramática visão do mundo amarelo, com suas angústias, seus dramas e seus problemas, e a todos oferecendo a certeza e um sorriso de ironia, na plena confiança da vitória e definitiva sobrevivência da civilização democrática.

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MALHO

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pavilhões já acabados e em funcionamento, os quais oferecem um magnífico conjunto e dão bem idéia da grandiosidade das obras, quando totalmente terminadas. O edifício central, de vastas proporções, com' preende os dormitórios dos alunos, espaçosos e arejados, refeitório, lavanderia, cozinha, gabinete cirúr' gico, gabinete dentário e salas de aula; na parte da frente estão instaladas a sala do diretor, secretaria, almoxarifado, biblioteca e demais dependências. O prédio já está pronto e em pleno funcionamento. Também já se acham concluídos os pavilhões de avicultura.

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wfeê-.T-^r.:

Fachada

da Escola Prática principal "Getúlio Vargas".

de Agricultura

a poucos quilômetros de Ribeirão Preto, SEDIADA na antiga Fazenda Monte Alegre, que perten"rei ceu ao Cel. Francisco Schmidt, o do café", a Es"Getúlio Vargas" é já cola Prática de Agricultura uma esplêndida realidade, constituindo uma realização de elevadas proporções. Sua orientação obedece, como é, aliás, do espírito da lei que a criou, e às demais escolas práticas de agricultura, a um sentido essencialmente utilitário, de caráter prático, visando a formação de trabalhadores rurais perfeitamente capazes para o serviço agrícola. A fazenda possue cêrca de quatrocentos alqueires de terra para agricultura e criação.

Tal área será um imenso laboratório onde todos os conhecimentos do aprendizado agrícola serão minis"Escola, através da prática diária. trados aos alunos da "por "fazendo" O educando aprenderá e descobrirá o quê" das coisas no trato contínuo dos fatos e problemas rurais.

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DAS

AULAS

A 25 de Janeiro último iniciaram-se as aulas da primeira turma de alunos da "Getúli° Escola Prática de Agricultura Vargas". De cêrca de duzentos aluno? inscritos, 160 alcançaram matrícula, sen do os demais reprovados no exame mé' dico; as inscrições continuam aberta?/ até o preenchimento total das vagas, que é de quatrocentas. O limite de ida' de dos alunos está compreendido entre 14 e 25 anos, sendo a duração dos cursos da escola de três anos. De preV — 1 9 4 5

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ferência, sao recrutados alunos no meio rural, a vantagem dessa seleção, que, entretanto, não é abs°luta, é evidente, visando a formação de uma nêCessária mentalidade ruralista nas nossas gerações futuras.

A VIDA DOS

ALUNOS

O regime interno que se observa na Escola Piática de Agricultura "Getúlio Vargas" demonstra a in-

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apicultura, horticultura, sericicultura, oficinas e as residências para professores, funcionários e mestres.

Com as suas obras em andamento, deverão estar bre' vemente terminados: pavilhões para bovinos, casas para operários, instalações para coelhos, galpão para for' ragens, secção de laticínios, pavilhões de indústrias de origem animal e vegetal, estádio, almoxarifado, pocilga, apriscos, silos, tanques para peixes, pavilhão do café, residência do diretor, hospital e capela.

INÍCIO

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Alunos fotografados à entrada da séde geral

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O plano geral de construções do estabelecimento ainda não está concluido. Contudo, numerosos são os Vista

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ESCOLA

DA

AGRI'COLA

Aspecto parcial do campo de cultura

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interna

conhecimentos elementares, sem os quais é materialmente impossível o trabalho realmente produtivo. Aos demais educandos, será ministrado um curso cie revisão geral dos seus conhecimentos, visando a consolidação dêstes.

Na Fazenda Monte Alegre, adquirida pelo Govêrno do Estado por ocasião do decreto de criação das escolas práticas de agricultura, vêm, desde então, sendo realizados os mais variados trabalhos agrícolas, ao para a formação de campos de cultura destinados aprendizado profissional dos alunos. Por meio dessa produção se fara o abastecimento da escola, no que se refere à alimentação, o que lhe dá, assim, um caráter de auto-suficiência; o excedente das colheitas será vendido, revertendo a renda em benefício do estabelecimento, aplicada em fins diversos.

Assim, com instalações adequadas, com vastas culturas, com selecionado e hábil corpo docente, convenientemente assistida pelos órgãos superiores dé "Geadministração, a Escola Pratica de Agricultura túlio Vargas", bem como as duas demais congêneres, correspondera, certamente, às esperanças que néla — e nelas — depositam as autoridades e o povo de São

tenção da direção do estabelecimento de proporcionar ao aluno um ambiente propício ao livre desenvolvi®ento da sua personalidade, afastada qualquer espécie de coação. Por ocasião da matrícula, o aluno é Paulo e do Brasil. submetido a um inquérito vocacional, pelo qual os examinadores se orientam afim de encaminhá-lo nesta Portão de entrada do recinto da Escola au naquela especialidade do aprendizado agrícola, segundo as tendências reveladas.

A alimentação na escola é farta e racional; a assistência médica, pronta e eficiente, o ensino, prático, dirigido, comPleto. Os alunos são divididos em turjf?.

Hás que sáem pela manhã, rumo aos bastos campos de cultura da fazenda, T - ¦¦¦¦ ,1,1 t.ifsmvsKy... . __ .. ... .. ........, Qa companhia de professores agrônomos e práticos competentes, e trabalham (aprendendo) até à hora do almoço: apôs a refeição, um ligeiro repouso e, novamente, a faina aos mais diversos misteres.

Não há exame intelectual para o in9resso na escola. Para os alunos analfabetos, funcionará um curso de alfabeüzação intensivo, visando ministrar-lhe V — 1 9 4 5

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Maestro Francisco Braga

AUDIÇÕES DE MUSICA BRASILEIRA temporada musical da A.B.l., cujo esboço publicou a edição precedente de O MALHO, foi há pouco acrescida de duas grandes audições de música brasileira as quais assinalarão o início de um notável ciclo de música pátria no Palácio da Imprensa.

O nosso prezado companheiro M. Silva Reille, dedicado colaborador do Departamento Cultural da A.B.l., indicou o nome do venerando e inesquicível Francisco Braga para inaugurar os concertos de nossa música na Casa úo Jornalista. Excvisa dizer que Francisco Braga é o compositor naturalmente indicado para a ihauguração do ciclo, pois ninguém ignora a valiosíssima contribuição do glorioso maestro na formação do patrimônio artístico sul-americano. Deve o Brasil ao seu grande compositor a pr'meira iniciativa na instituição de temporadas nacionais de música sinfônica, sob os auspícios da Sociedade de Concertos Sinfônicos do Rio de Janeiro, organizaoão que Francisco Braga idealizou há anos e dirigiu até à morte. Durante longos anos, Francisco Braga foi o batalhador incansável que sem cabotinismo nem exibicionismo (coisas que sempre lhe repugnaram, no que devem m?ditar os ambiciosos vulgares que vegetam no cenário musical) plantou a semete magnífica que se observa e de que é testemunho eloqüente, o crescente interêsse pela música sinfônica entre nós. A propósito, basta assinalar o enorme interesse em torno da próxima temporada Kleiber, estando praticamente esgotada a lotação do Munic^pal para as séries noturna e vesperal. Este excepcional interesse em torno de um programa não completamente novo, traduz (náo vai aqui alusão alguma à Sociedade de Concerto Sinfônico) que à nossa melhor sociedade não foram propiciadas, ultimamente, modelares edições de

MUSICA

Beethoven, Wagner e proeminentes músicos nacionais, pois se o fossem não se justificaria o incomum mterésse que levou milhares de afiecionados a exgotarem, com grande anteced.ência, a l.a assinatura para os concertos sinfônicos sob a mágica batuta de Erich Kleiber.

O 2.° concerto de música bracileirra na A.B.l. será dedicado a Vila Lobos, não apenas ao nosso maior músico, porque seu nome já se acha inscrito entre os maiores gênios da arte dos sons. Seus incontáveis triunfos nos grandes centros culturais europeus e americanos são prova irretorquiveis de seu grande mérito, de invulgar acervo artístico de que é detentor e sobre o qual, ridículamente, pretendem levantar dúvidas

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Maestro Szenkar espíritos mesquinhos e incapazes de se tornarem perceptíveis sem recurso à publicidade.

Trocando impressões com o Sr. Herbert Moses sobre estas audições, manifestou o ilustre presidente da A.B.l., que as atividades musicais da agremiação não poderiam prescindir da apresentação de grandes festivais de música brasileira.

Folgamos em registrar este nobre ponto de vista do Sr. Herbert Moses, que deve sêr seguido por quantos, compositores ou não musicistas, detêm ou venham a deter posições em associações musicais, pois não há motivos plausíveis para que as nossas agremiações de cultura artística deixem de programar compositores e "virtuoses" brasileiros de renome internacional.

Liderando este movimento, a A.B. I. incluiu, no panorama de 1945, — 38 —

Francisco Braga, Vila Lobos, Madalena Tagliaferro, Violeta Coelho Neto de Freitas, Moacir Liserra e Arnaldo Estrela. Mais tarde, a A.B.l. promoverá 4 audições de música patricia, dedicadas a obras de Lorenza Fernandez, Francisco Mignone, Camargo Guarniéri e Radamés Gnatali.

O "Festival Francisco Braga" estará a cargo do violinista Edgard Guerra, da pianista Leonor de Macedo Costa e da cantora Leticia de Figueiredo.

O "Festival Vila Lobos" terá por intérpretes os consagrados "virtuoses" Arnaldo Estrela, Oscar Borgeth e Iberê Gomes Grosso.

"THE BIG THREE" volta de primeiro de Abril, surgiu um novo cronista musiPOR cal, cujos exquisitos (pelo menos os primeiros o foram) escritos são estampados em um vespertino carioca.

O conspicuo plumitivo, com um espírito de seleção que talvez corasse o saudoso Oscar Guanabarino, e desej ando fazer uma referenciazinha a "The Big Three", decretou irrecorrivelmente que só existem entre nós três autênticos maestros.

O observador desapaixonado indicaria naturalmente, usando de adjetivos menos fortes, os maestros Eleazar de Carvalho, Iberê Gomes Grosso e Alberto Lazzoli como as melhores afirmações nacionais contemporâneas no campo da regência.

O novel cronista, entretanto, pensa diversamente, apontando Szenkar, Antão Soares e Silveira como "The Big Three". Szenkar não é brasileiro e Antão Soares não dirige orquestra sinfônica. Logo, foi tudo um "primeiro de Abril", como também o foi a assertiva que aponta o eminente clarinetista acima como "a figura mais reoresentativa da música brasileira ". Será que o vento levou a produção de Carlos Gomes, José Mauricio, Miguez, Nepomuceno, Oswaldo e Francisco Braga? Não haverá, entre os contemporâneos, precedência para Vila Lobos, Lorenzo Fernandez, Mignone, Camargo Guarniéri, Radamés Gnatali e Cláudio Santóro ?

Desconhecerá, por outro lado, a existência, em pleno Rio de Janeiro, de "virtuoses" da tempera de Mada'ena Tagliaferro, Arnaldo Estrela, Oscar Borgueth, Iberê Gomes Grosso, Mario Camerini, Moacir Liserra e Violeta Coelho Neto de Freitas?

Voltando a "The Big Three", somos levados a crer que o cronista quis referir-se a Eugen, Jair e Ademar, três "cracks" do... Vasco da Gama!

Francisco Cavalcanti V — 1 9 4 5

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ENCOLHENDO

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Republicano

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1^* °S dois primeiros anos da luta farropilha, com DIcgo Antonio Feijó na regência do Império, Kj), o®^ Murmuravam os adversários do aus^v ;£v/} tero Paulista não sêr êste, no ^ momento histórico, aquêle mesmo estadista resoluto do tempo em que ocupou a pasta da Justiça, por ter idéias republicanas, não procurando P°r isso, restabelecer a ordem com a • sua rara energia e firmeza de atitudes. (As suas idéias liberais, depois .manifestadas na revolução de São "p'J Paulo, di-lo o cuidadoso anotador do , <~a S\ \L*^y j\ V^ Processo dos Farrapos, vieram confirmar, em parte, indícios e presun/ f" &%%7 //i^Iz%r P' -M " ¦ "J t /oo^T \ •'V,.. lJ> Ções).

A0W Mffl Existe no Arquivo Nacional, Memó%, rias Históricas, uma interessante carta de Ernesto Ferreira França, --' --—~^^^^yyyy/^y/y -'2:'** */ LuièSa datada de Washington, 5/II/1839 em Ji/o — 4S QUe diz ao Ministro da Justiça que Um diplomata francês, ali residente, C QUE ESTÁS PROCURANDO FUHERER ? lhe iníormára da existência no Brasil "GRANDE da sociedade Cruzada da Liberdade, A ALEMANHA"///...

Que tem por fim exclusivo instituir o regime republicano. Essa sociedade Somente * 1,° de Março de 1845, do tinha por séde o Rio de Janeiro, sen- can,U, tendo filiais em Pernambuco, do Feijó o seu principal mentor. Dela São Paulo, e Rio Grande do Sul, Quartel General da Presidência 2 do Tinha carater de sociedade secreta e faziam parte Manuel de Andrade Comando em Chefe do Exército, no correspondia se com suas congeneres Campo de Alexandre Simões, margem (Paes de Carvalho) e Holanda Cavaiexistentes em Paris. direita do Santa Maria, veiu a proclefsnação, anunciando o fim da guer. ra civil que por mais de nove anos devastou a bela Província do Rio Não obstante haver Feijó resignaGrande do Sul. do a regência a 18 de Setembro de Poder estranho ameaçava a inte1837, contrariado pela oposição do gridade do Império, e os revolucionapartido conservador no Parlamento e rios previam que a continuação da na imprensa, oposição habilmente luta seria o ultimatum da destruição dirigida por Bernardo Pereira de e do aniquilamento da nossa terra, Vasconcelos, não se modificou o ceconsoante a prodaaafcção de David nário pampeano da luta fraticida que Canabarro quando, do acampamento os farrapos prolongaram por mais de Ponche Verde anunciava também oito anos, no decurso dos quais braa paz. sileiros idealistas sacrificaram vidas, E, assim, foi extinta mais uma reinteresses, por darem ao Brasil nova volução republicana; mas, tangendo e melhor forma de governo, sendo à mentalidade brasileira, como o reservada ao Barão de Caxias a glóbraseiro abafado debaixo das cinzas, ria de por têrmo à longa e sanguificou viva a idéia que ninguém nolenta luta, ficando »alva a integridominou. dade do Govêrno constituído e o HORMINO LYR.\ prestígio da Lei. 37

O

MALHO

Brasil, contam com inumeros inúmeros valocea valores C~7j S letras femininas. femininas, no Brasil. ainda não nao totalmente revelados revetados em tod tôdaa a sua pujança, pujanga, e entre estes êstes se inclue a escritora Maria da Penha Horta Leite, cujo "Céu Nublado". romance "Ceu Nublado", que está esta sendo esperado com ansiedade aparecera aparecerá proximamerite.

"Ceu "Céu Nublado" Qbra de elevado cunho psicologico. revela psicológico. um temperamento vigoroso de [iccionista, e conquistará conquistara para a sua autora lugar de destaque no cenario cenário das letras nacionais.

A pagina lêr. [oi por n6s nós destacada do livro de página que se vai let.

Maria da Penha Horta Leite. data aos nossos leitores uma Leite, e dará "Ceu "Céu ideia idéia nitida nítida do valor literario literário e psicologico Nublado". psicológico de

último andar de um arranha-céu em lindos olho* NO Copacabana, um par de 'luminosidade verdes concebia toda a azul d» tela impar. Mas Luisa não a compreendia naquele momento. Pela porta de vidro, da pequena sacada, emitia para longe a vista, não em proejura do panorama próximo, mas bem mais adiante, em busca de uma linda casinha entre um cuidado jardim. num bairro residencial da Pauluéia, Não saberia dizer se havia em sua aluía, saudade propriamente dita, mas talvez uma tristeza profunda e silenciosa, uma nostalgia muito mansa, ou apenas um desejo intenso de se sentir acabrunhada.

Era esta, uma das raras ocasiões em que seu espirito infantil e alegre, acoívadava-se diante da vida e parecia aquilatar p passado e através dêle, o seu futuro. Tudo em redor falava de uma alma fútil, apegada aos ditames do alto mundo, do prazer e da moda: rendas e chifons em fôrma de negligées. tsm.anquinhos de setim e fcLmas ou bordados em fios jie ouro formando conjunto com peignoirs riquíssimos e lindas 'iseuses. enquanto andava no ar e-sências de Paris: Caron, Chanel ou Patou.

Nessa adorável desordem Luisa sabia literalmente, como se enquadrava também, aquela rica boneca japonesa que parecia maquilar-se ao espelho*sentada essim na. banqueta do psiché.

Eram nove horas da manhã de um dos últimos dias de Maio. O friozinho que chegava çra suficiente para reter no aconchego das cobertas macias, a- carioca despreocupada. E os páis de Luisa respeitavam-lhe o repouso com o devotamento que deviam dedicar à sua única filha.

Assim, podia entregar-se ao devanê:o. como agora, certa de que nada a importuna ria.

Levantou-se ajustando ao corpo elegante o peignoir em metelassé. Guiada por um impulso, dêsses que a gente não sabe dizer como nascem. abriu a tampa da escrivaninha e postou-se juntq dela como quem se prepara para escrever; Retirou de uma das gavetas, a caixa de papéis finos e abriu uma folha sôbre a mesa. Era azul. impregnada de esquisita essência (sem que para is-o houvesse intenção) e parecia por qualquer motivo, o céu que enchia todo o espaço delimitado pela moldura da perta. Luisa pensou então, que aquela folha era a liO

MALHO

berdade imensa a convidar suas idéias: era a atração do infinito a insistir no vôo de suas preocupações e tristeza».. .

Lenta e caprichosamente traçou o nome de seu ex-companheiro no alto da folha azul: "Ricardo, meu bom amigo...

A manhã está linda, o céu claro e eu posso ouvir daqui o barulho das ondas preguiçosas... Há no quinto andar uma araponga maluca que se não cansa de martelar. .. martelar. . .

Sóbe da rua uma rara onda de vida, meio sonora, meio térmica, que me dá esta constante sensação de altura. . . E meu coração está sósinho e triste. ..

Não sei se há saudade em mim, daquele breve romance, ou máguã muito funda .pela ausência dessa mesma saudade. Mas. tudo em volta me fala hoje de alguma nostalgia.

Não sei, Ricardo, se eu já desejei seu carinho impetuosamente, amado, enfim, na verdadeira acepção da pelavra, mas sempre o estimei como a um grande amigo (e disso estou bem ' certa), assim como o encontrei a todo momento leal e devotado. Você teve de qualquer modo, um lugar especial em minha amizade... mas...

Criada com muito gosto e fazendo absolutamente a minha vontade, não estava preparada para uma existência séria, a que deveria levar a seu lado. Você atraiu-me pelo porte senhoril. pela boca audaciosa, pelas palavras bem soantes que dizia ao meu ouvido, quando dansávamos e eu o aceitei com uma incrível impressão de que estava a causar inveja às minhas amigas e castigando (por quê, afinal. . .) meus andoradores servís. Foi isso, tudo o que levei para você ao nos casarmos e em compensação quanta prova de amor não me deu você até ao fim?

Por outro lado, culpo a minha idade pelo fracasso de nossa vida conjugai. Era pouco mais velha que urtia criança.... Crendo apenas no culto à minha beleza (totalmente convencida!) na homenagem que ela devia merecer, devo tê-lo decepcionado muito, não?

38

Apesar de nunca haver concebido a idéia de engajá-lo, juro-lhe, envaidecia-me a honra silenciosa que me prestavam seus amigos, em nossa linda casinha: amigos, que passavam a suas visitai» ser mais assfduofl desde que ficavam conhecendo a Sra. Almeida. E saiba, Ricardo, a mim não passava inadvertido o seu orgulho (ainda amor, nio?) dos meus sucessos.

Mas depois... meu amor, (pec' mita-me chamá-lo assim, quando mesma reconheça o exagero, tal como se dá com os poetas, que necessitam amar perdidamente suas musas imaginárias é inspiradoras nunca accessiveis. E' uma urgência orgânica de que me não posso desvencilhar.* Fa2me bem à alma, denominá-lo dêsse modo ainda que seja uma das manifestações de auto amor... afirlal, egoísmo...) mas depois... meu amor, sobreveiu a catástrofe da sua moléstia... tão grande, que aterrada fugi. levando por lema a insensatez de um impulso pueril e na alma a célula geradora de um mal irremediável.

Ninguém teria agido assim...

Apenas uma menina fútil e imponderada pensaria abandoná-lo, quando mais precisava de carinho e desvelo»Eu não me confessava culpada e muito menos covarde, apelando para um raciocínio qu« a falta-de sentimentos alimentava.' E dizia para mim mesma: "Ricardo está muito bem instalado tem Q no Sanatório das montanhas: "e necessário a tempo a hora": vem sendo assistido pelos melhores especialistas de São Paulo: t... há muito não vejo meus pais. Depois... o cjima do Rio será ideal para curar-me de vez deste resfriado que apanhei ao sair do Municipal, naquela noite da festa de arte, organizada em beneficio das vitimas da guerra."

Pensava em tudo isso, quando o avião sobrevoava já a Cidade Maravilhosa... enquanto você, meu amigo, se deixava £icar numa cama de hospital sósinho... c6m a terrível condenação! A sentença monstruosa que me tirara até a respiração e me dera um medo intenso, um pavor de. . . de apanhar também o mal que morava em seu peito!

E' pensar que ainda assim, ou tal" vez só por isso, até minhas rares cartas eram mentirosas. .. Durante isso começava a se levantar em meu espirito a atração sempre encantadora do mundo social, das festas e dos bailes, quando ,eu descobri que meu estado civil em nada me diminuía diante de meus antigos namorados.

Então, meus ppbres cartões pretextavam sempre motivos para prolongar a estadia em casa de meus país.

Ah! se a experiência de uma amiga me houvesse aberto os olhos para ver o futuro!... talvez as coisas não pre • cisassem tomar um rumo tal. mas em minha casa eu sempre fiz o que ditava a minha vaidade ou o comodismo de idéias e de ações, pquí também se aprovava, como hoje e sempre. tudo quanto eu d-s^jasse. Todos me auxiliavam na conquista dessa v — 1 9 4 5

felicidade efêmera, à qual hoje me aPego entretanto. . .

Depois. dos primeiros tempos, a readaptação se fez e eu me convenci de que tudo andava certo, ainda mais porque, ao espiar medrosamente as suas cartas, Ricardo, sempre as ençontrei bem ao. molde do meu egoismo. .. mas eu não via que ainda issç._ era bondade, ou mesmo amor qu» procurava uma compreensão absurda!

Você foi-se curando lentamente . um dia veiu para me buscar e. .. eu não corri aos seu» braços amoroso», mesmo porque andava àquela how me divertindo numa roda alegre. ad> mirada e adulada como sempre.

Atrazada para o jantar, irrompi em casa (ainda morávamos naquela mesma casa, onde nos casámos, lembrase?) e fiquei literalmente aturdida com sua presença. Mamãe não sabia o que dizer e papai começou a estalar os dedos, nervoso, impotente diante da nigligência da esposa e da maldade da filha.

E você, meu amor, pálido e envelhecido. cravava em mim os olhos, aumentados em seu rosto magro, mas nada pedia... E que turbilhão de pensamentos não andaria a dansar em sua cabeça pendida sobre o peito?!

Depois, foi tudo tão rápido e simpies.. . Você apenas me telefonou para dizer adeus, porém ainda me contou a hora em que partia o avião, esperançado, (quem sabe?) de me ver tomar uma atitude digna de companheira por você eleita. . . mas eu não fui...

Sou, talvez uma insensível. Não soube amá-lo ontem, como não o desejo agora, no entanto lamento 0 passo que dei porque alguma coisa me fala da inutilidade de alguém se embrirgar em loucas disparadas pelos caminhos da vida.

Tudo isso me chega à alma. porque eu sobe à noite por um amigo comum, da justíssima pretensão que tem você de se casar novamente. E' o fim inapelável, de ym romance, de um amor ao qual eu não fiz jús. E mais alguma coisa, porque não me posso impedir um leve assomo de inveja: é um castigo também para mim. que permiti sua volta para o Sanatório. depois de sua vinda ao Rio. Sim, meu amor, eu soube mais tarde que o choque produziu-lhe um tal abatimento, que os médicos receiaram por sua saúde penosamente conquistada. Nem assim ainda fui capaz de vencer a minha covardia: você continuava a ser um doente, um tuberculoso. diante de minha mocidade e beleza.

Minha franqueza e esta vaidarle inúteis não teem perdSo, Ricardo. E. agora, você vai se casar com outra...

Sei que sou mais jovem e muito mais bonita que. . . Marina (ouvi seu nome também), mas sei de antemão que não ha luta possivel. Ela deve ser para você. tudo quanto eu não fui e será rquilo que eu não consegui, porque não quiz.

Mas de que valem minhas palavras. se nem agora 'posso ter a cerV

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teza de que o aceitrria. caso i.e procurasse outra vez?. . . Sinto uma impressão desoladora. de não' ter hoje, (ou jamais o tive)' um coração a me pulsar no peito. E isso é muito triite. . . muito triste. ,.

De uma coisa estou certa: alguém pela primeira vez, feriu de leve os meus sentimentos de vaidade. Talvez porque seja eu muito agoisM. .. Porém, de qualquer modo sinto perdê-lo para outra. Você me feriu e eu estou por isso muito abatida..'.

E agora, quero fazer-lhe um pedido. meu amor. um pedido bem singelo: não a leve pelos mesmos mar;.vilhosos recantos que juntos percorremos em nossa lua de mel. Não lhe mostre a nossa Buenos Aires, tão "nossa" naqueles dias distantes...

Quem dirá que aqueles cenários encantadores não serão as únicas lembrancas de amor que guardarei para sempre? Poupe-me uma angústia a mais, apesa» de eu nào o merecer, mas porque desejo sinceramente sua felicidade.

Saiba. Ricardo, que coi quer lógica, eu sou muito s muito mesmo.

Adeus, meu amor, e que seja ii «onho o seu futuro, é o meu voto.

Luita."

A folha azul nio se parcela moU cgm o céu luminoso a convidar uma alma ao vôo de liberdade. Ali estava cheia da letrinha miúda c igual de Luisa. Esta tpmou-a nas mãos fritadas e finas e (te pé olhando o mar.- sempre o mesmo, deixou que a sua vista se alongasse, em busca de qualquer coisa inaccessível.

Ouviu um leve chamado à porta ( se voltar perguntou: Quem é? Entre . .

A empregad"" veiu ccrin.oniosamente e disse nesse tom neutro que vonvém às serventes: O Sr. Roberto telefonou-lhe há pouco e disse que daqui a meia hora virá de

fl l/Nv

(Continua no (im do número).

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bauli*^

Cada copo que bebo, tira-me um dia de vida... e dize-me quanto devo.

Com êste, é um mês e cinco dias jusrtos. é 0 flrmamento austral que enclauzura I-NCONTESTAVELMENTE maior número de estréias de principal grandeza que o boreal, entre as quais aurifulgem as que formam o famoso "Cruzeiro do Sul".

Ninguém há que, possa contestar as infinitas possibilidades e influências dos astros sobre o orbe Terraqpeo — conhecendo-os, poderemos dirigi-los e governá-los. "Sábio é o homem que governa suas estréias".

Não é por casualidade que essa constelação indivizivel e , fulgurante patroniza desde que o misterioso insondavel criou e materializou os sistemas solares, planetários e terreal, e - que o humano disso teve conhecimento após o dia 22 de abril, de 1500 — quando um. navegante português — de origem fidalga ip homem de goyêrno se dirigia às índias em missão especialíssima de real majestade de Portugal — El-Rei D, Manoel,; acossado porém, pelas çalmarias das costas africanas afás;ou-se tantò e -de tal maneira — que" a frota veleira O MALIIO

SOB

Dá-me mais um,

A

rio do mundo — essa maravilha da caprichosa natureza, cuja bacia é equivalente a 5/6 da Europa — e uma das Ilhas, a de Marajó, excede a Suissa em território.

A Cachoeira de Paulo Afonso êsse enorme volume líquido e cristalino que abisma, apavora, encanta e maravilha.

As florestas impenetráveis que ainda ocupam extensões vastíssimas e inestimáveis, onde o mistério guarda talvez fantásticas riquezas.

O clima ameno — que é —• temperado no sul — agradavel no centro e tórrido no norte — forja — um tipo de homem lúcido forte e diíerente.

Independente em 1822, lutou em guerras em 1825, em 1850 e ainda de 1864 a-1870 — sem que jamais seus inimigos tivessem vitórias finais.

Foi colônia, império e agora República-— houve escravidão —e nobfeza — hoje grandeza e liberdade onde os homens se entendem se harmortizam lutam e cooperam Indissolúveis, quer na opulenta Rio de. Janeiro e em todos os seus Estados, como nas invias e longinquas selvas do Amazonas, para que ó Brasil cumpra e assegure o título que lhe é devido — êsse futuro que desde os albores de sua formação política lhe está reservado Brasil País do Futuro — e o presente nos dá a segurança dêsse futuro grandioso, que um destino ale-

CUSTODIA

CRUZEIRO desnorteou-se vindo a aportar em uma estranha e desconhecida terra na qual salientava-se um elevado monte que chamou-se de Pascoal, e cuja enseada denominou-se "Pôrto Seguro".

Através a história e memorável epístola de Pero Vaz de Caminha a El-Rei D. Manoel, no qual o cronista ins'gne relata o descobrimento feito por Alvares Cabral, diz a praia é muito formosa, com arboredo tanto, tamanho e tão basto e de tantas plumagens que não pôde homem dar conta. / A tal estado os maravilhava o panorama verdoso da selvagem e inculta terra que o homem civilizado não podia interpretá-la.

Impossivel torna-se ainda ho^iernamente se dar conta de um colossõ imenso — em cujo seio deslisa o maior 40

DO

DO SUL

vantado de paz, de harmonia, de cívilização e concordia — sublimado e perfetibilízado sob a guarda do "Cruzéiro do Sul", será do mundo padrão exemplar.

Carlos Miranda Matheus

Doutor, de um tempo para cá estou sofrendo de v^tigens.

E' porque você pó-/ preços muito altos na sua mercadoria.

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NO RESTAURANTE

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QUE CARA FEIA QUE ESTAS FAZENDO. ¦ NAO Ê POR MENOS. IMAOINE QUB LEVO O DIA INTEIRO NAS FILAS. UMA VIDA DE CACHORRO. - ...DE FILA.

A MOLÉSTIA DE SUA PILHA í CRÔNICA OU AGUDA ? . £ AQUDA. ELA CHEGA ATS O SIBEMOL ACUDO, ACIMA DA PAUTA.

QUANTO ME COBRAM SÔ PARA CHEIRAR A COMIDA ?

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DOUTOR. ACHO QUE VOU PIORAR. SONHEI QUE ESTAVA COMENDO COISAS QUE O DR. PROIBIU.

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UEH ! O PR. TAVA PINTANDO O >IEKCADO E AGORA BOTOU PRETO POR CIMA 1 PRUQUÊ ?

NAO VÊ QUE 6 "MERCADO NEGRO"?

O SR. ME DESCULPE. PEDIU PARA QUE EU SEJA BREVE, MAS NAO HA MEIO DE EU -FICAR CURTO.

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$<&$&, O DE TRÁS, NA FILA. — MINHA SRA. * FAVOR AVISAR-ME QUANDO APARECER UN ÔNIBUS.

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GALINHA: HN ! VOU MENTO DE SALÁRIO.

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— OLHE, MULHER. OUE SACRIFÍCIO TIVE DE FAZER PARA COMPRAR UM PAR DE SAPATOS. FIQUEI EM TRAJES DE ADÃO. IDIOTA, ADÃO NAO USAVA SAPATOS.

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O CAVALHEIRO ESTA SE SERVINDO DO BINÓCULO AO CONTRARIO. ASSIM. AFASTA A IMAGEM. É QUE ESTOU VENDO MINHA SOGRA AU.

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QUE FALTA DE MEMÓRIA !

EM QUE FILA TENHO DE ENTRAR? DO LEITE, DA CARNE, JX> ÔNIBUS, DO TOMATE. DA CEBOLA, OU DO CINEMA?

xfrrâtolu O

M A L H O

condenar seu próprio pai. Com ele não se lograria abafar um escândalo cwno o de seu colega, no an» passado... Quê! já são dez e quinze ? Sr. Moutier, eu me retiro... Uma pergunta. Sabe que possuiu uma panépna admirável-?

— Como não havia de saber ? Pois dlhe.

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'/ pressa, Sr. Gambard -E!ISTA cpm muita um nr.imento.

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aquela ali, na antecâmara, é mais admiravel ainda. Quando passarmos por ali, mostrar-lha-ei. E dar-lhe-ei a apreciar, também, um punhal ín»lato que adquiri, outro dia.

Ante-ontem. A um marinheiro, de nao sei qual país, que vendia toda classe de curiósidad«s de regiões exóticas, comprei uma arma. Disse-me ser um punhal malalo. Sêloá realmente ? Eu o ignoro, amfesso. Que é uma arma curiosa, não há a mínima dúvida. Imagine que, quando o punhal se acha introduzido, ap«rta-se um botão e ao retirar se a arma formase uma horrível ferida em cruz... Vamos. Para a frente ! Cuidado com os últimos degraus. A panóplia está contígua à'janela... oh! quem daria!...

Que sucedeu ?

POr essa não esperava I -» Que foi !

O punhal não se encontra em seu logar. Qu«*n, o teria tirado?

Talvee, esteja por ai mesmo. Procuremo to no chão ..... E' possivel que um dòs pregos que 0 surtinham tenha caído.

Náo. Os pregos acham se em seus logares. No chão não vejo nada. Preciso sabec quem se atreveu a tanto I

JVLxxXj,

— E' que vão* dar dez horas, Sr. Moutler.'

Conta d* TRISTAN BERNARD A feira encerra-se ao meio-dia. Tem llu.tr. tempo de sobra para lá chegar. de FAIRHURST Eu sei. Sr. Moutler, mas minha mulher espera-jne em frente a uma barraca d» ris. Gasta como um lord. Dou-lhe dinheiro Sr. Moutler, lamento o muito, mas a todo momento, e ainda pede mais à mãe... não fazendas e retalhos. posso me demorar mais.

Oh t então, »&o se afligirá com a sua Recolhe-se alta noite e. todas as manhãs, é Até já, amigo Gambard... Justina !... dem .'ra..Tem com que se entreter... Deseja- uma luta para íazê lo levantarse. Franca- Justina !...

E' você, Clemência ? Onde se ria que o Sr. náo se retirasse antes de ver ,mente, não esperava que meu filho chegas- meteu a Justina ? meu filho. se a esse pcnto. Se não mudar de rumo, Está aos fundos do Jardim com a Bci que já voltou de Paris, o senho» não conseguirá triunfar em sua carreira. patroa. Eu volto da feira.

Se aâo rre engano, » Senhor o destiestá ccntente ? Ele terminou bem seus estuMas que tem vwcê ? Como está pánava à magistratura. dos de direito? lida!

Já colou grau. A mãe está radiante.

E' a profissão que serve E tenho boas razões para isso. Cona quem não "juizo".

Eu, nem por isso. Acho-o parisiense demais. tem taram me uma colaa horrível! Imagine que E' verdade que o filho de Me?nin Estudou em Paris e todos os seus amigos a senhora do castelo.».. voltou, com o posto de Juiz de instrução? eram artistas. ^ Sustenta agora umas teoQue lhe aconteceu ?...

E' Dásc com meu filho. Parece rius !... Ontem, durante o jantar, disse um Encontraram ha morta no parque de tantas bobagens, que eu quase o esbofeteei. rapaz muito sério. sua herdade, ontem à noite, cerca de nove O filho de Megnin? Seria capa» Parece me que deixou uma namorada em Pade horas. Supõe-se que tenha sido assassinada 1 9 à-

Por um malfeitor. A desventurada tinha no Peito uma ferida em forma de cruz... Mas, que sente o Senhor ?

Nada, nada !... Apenas estou impressionado... Minha esposa sabe do ocorrido?

Por enquanto, nao.

Nãp lhe diga nada. Poderia impressionar-se também.

E era anda já tão amargurada. Nào sei se o patrão sabe que o Sr. Julião...

Que sucedeu a meu filho ?

Ontem, dormiu tora... Mas, o Senhor se sente mal ?

Nâo sei... Desde ontem... sinto uma angustia aqui no coração...

Seria mslhor tjue o senhor ficasse em repouso...

Boa idéia Vou fazer Isso.

— , Ajuda lo-el a subir a escada...

Não é preciso. Obrigado.

Está bem. Mas o senhor não pode se manter tm pé... Porque nào se senta na poltrona ?... Está melhor, agora ?

Alguma coisa...

Estou certa de que lhe desagrada que seu filho passe a noite foT».

Não é por isso que sofro. Desde cntem m^ sinto mal.

Quer que avive a patroa ?

Não; deixe-a sossegada.

Disíe, e isso agravJU os meus tormentos.

Não faz mal qu« Julião durma fora de casa, uma vez ou outra... Em sua idade, isso é natural... Agora, o que me inquieta são suas maneiras estranhas... Há pouquinho, eu estava na antecâmara, a colocar flõ.res nos vasos que ornam as consolas, sob a escada. Como me achava num logar mal iluminado, êle não me viu. Eu o vi retirar qualquer coisa da panóplia... Eduardo, que tens ? Estás tio branco I Não é nada... da importância...

Deixa me, por favor... Preciso ficar sózlnho...

Abandonar te quando te sentes mal ?

Asseguro-t* que Isto passará .. Não me contraries, senão fico peor.. Por favor, retira te...

Estou te estranhando... Clemência, que quer ?

Uma pessoa pede para falar com o patrão.

Você devia dlserlhe que meu marido se acha indisposto.

E' que se trata do juiz Mesnin.

Diga lhe que meu marido .. Espere... Eu mesma vou ver c> que ele deseja.

Nâo, não... Tragam no aqui. . Cieméncia. retire se, e não me apareça tão cedo! E tu... deixa-nos a sós...

Estás te tornando insuportável.

Perdoa me... Precisamos ficar a sós.

Talvez éle careça de algum informe confi dencial... Poderia molestar-se vendote em nosssa companhia...

Francamente, Eduardo, não sei o que

Olhe ela ai... Parece que o patrão se acha Indisposto...

Eu não tenho nada !... Não dês ouvidos a Clemência !... Vá para a casinha.

Clemência !

Contei lhe, patroa, que o Sr. Julião...

Fez muito mal em contar... Vá para tem!...

Causas me apreensão... Entre, a cosinha !. .. E aprenda a ficar calada !... Sr. Megnin. FJquem a vontade. Eu me reEssa mulher é insuportável. Disse-te que Ju tiro...

Sr. Megnin, fiz ver à minha senhora lião. ? .

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CUMULO

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a conveniência de deixar-nos a sos... Não acha que procedi bem ?

Esteve com seu filho, Sr. Moutler J Por enquanto, não.

Está inteirado d» assassinato ocorrido no castelo ?

Estou.

Toda a cidade o sabe. E' incrrvel como sti espalham noticias desse gênero.

Seu filho não lhe disse nada, então ?

Nada.

Prestou me relevante serviço. Jantamos juntos, fomos depcls ao teatro, e ainda nos encontrámos juntos quando me chamaram... Que lhe ocerre, senhor ? .. Nào se Olha-me com uma expressente bem ? *o...

Peçolhe que me desculpe... Estou um tanto perturbado... Disse me que passou toda a noite em companhia de meu filho ?... Náo foi o que me disse, Sr. Megnin ?

Exatamente. Ele me acompanhou ao castelo e, ao ver a ferida, disse-me' — 'Essa ferida foi aberta com um punhal íiialalo.

Meu pai tem um cm sua panópsia".

Foi, então, busca Io, e com muitas pre cauções, naturalmente, pois não desejava despertá-los. Demais, temia que os senhores se impressionassem demasiado, ao conhecerem de improviso o sinistro acontecimento.

Deu me cs sinais do marinheiro que vendeu ao senhor esse estranho punhal e que, provávelmente, devia possuir outros semelhan.

U.s. Conseguimos, em seguida, deter o su posto criminosa a três léguas dc distância.

Confessou logo, mas eu necessitava offvir o .senhor... Olhe, seu filho está chegando, Sr. Moutier... Julião, seu pai já sabe de tudo. Parece que não se sente bem. .

Não é nada... E' que estou multo nervoso... Peço-lhes perdão por chorar assim... Estou multo nervoso...

Porque, papai ?

Nào sei... Vem, abraça me, abraçame, querido filho !

PRECAUÇÃO

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UM MUNDO NOVO BELARMINO VIANA "Explorador, é o indivíduo que se ...rue de vós, conciente ou inconcientemente e vós a ele conciente Ou inconcientemente cedeis, por não comprèenderaès; vos tornais econômica social, política e religiosamente o expiorado, tornando-se ele vosso expiorador".

Krishnatnvfii. Ojae 1934.

P. 51.

dade estará distanciada da hipocrisia, do falso confôrto e dos destruidores hábitos de aquisividade individualista.

O homem de amanhã, será individualmente mais liberto, porque compreenderá mais que o "homem de hontem" escravisado pela ausência de entendimento.

Os homens de hontem, riem-se dos homens de amanhã; riem-se por não compreenderem o que é essencial na vida.

Mas, o essencial os dominará, fatalmente, e então, quer queiram quer não, suas personalidades serão orientadas pelas energias da verdade, pois as realizações da verdade não podem sêr confundidas com as realizações da personalidade. Quem diz personalidade, diz luta entre opostos. Quem diz verdade, diz ação construtiva ausente do teu e do meu. , «No mundo criado pelas personalidades do passado, não há lugar para os conhecedores da verdade no eterno presente.

Estamos vendo a aproximação do Mundo Novo tangido pelos anseios da nossa própria vida.

A vida, a compreensão, está livre da escravidão dos desejos, da dominação dos instintos, da hipocrisia da personalidade.

O mundo novo a que nos referimos, já é uma realidade para os que tem entendimento de sua própria natureza para os que compreendem sua própria vida, através da luta e do sofrimento.

Não há razões para tristezas, para enganos, para dúvidas; a grande árvore da vida — a humanidade — regada pelo sangue dos homens, renova os seus brôtos, e, após seu florescimento, virão os ^_j frutos do bem e da verdade. E aí, então, a grande árvore humana dará sombra ^S -ZS

mundo novo já despertou no horizonte da UMvida humana, no presente século. Êle vem banhado pelos raios bfuscantes da verdade eterna, e a humanidade se movimenta envolta nos pensamentos doá renovadores da mentalidade do homem.

Saídos da "humanidade velha" estão retidos, por incompreensão, nos bolsões mentais criados pelas instituições decrépitas.

O sangue do homem está caindo sem interrupção aos pés da humanidade, nesta hora de transição dos falsos valores.

O homem que vive a mentalidade Velha, está atordido com o fragor da tempestade que ruge nas entranhas da natureza em revolta. Mas, o homem de mentalidade refeita pelo despertar do apercebimento, está vivendo com o espírito do mundo novo.

Quem pensa um pouco e pôde racipcinar, entende que não deve voltar-se para trás para vêr o fragor da batalha entre a ilusão e a realidade; trabalha com a mente e o coração para a humanidade nova que vem surgindo na sua alma cooperadora.

O "homem velho" esse que tem sua mente fresca a UM MUNDO NOVO. aristalisada nos ensinamentos das instituições decrepitas, já não merece credito, não merece por que êle nada tem para dar ou para ensinai- ao mundo.

As instituições pelas quais se rege, tem o aspecto das múmias ressequidas pelas drogas e pelo tempo.

Entre os*hábitos que regulai., a mentalidade do "homem do passado" estão os de exploração, os manda; com autoridade e os do ódio. Esses tos são os elementos fundamentais das mentalidades do passado. São eles as bases essenciais das personalidades arcaicas. Não existe entendi^mt^T mento nas ações auto-vingativas dos homens de A^M^m f ã t r^ mmÊmm\^r\ mentalidade velha, conservadora. Essas ações, para aquisição e manutenção da posse, são semelhantes ás cutiladas vibradas por insano verdugo, no vão esforço de constituir segurança própria.

Os pròdromos duma nova mentalidade, com a qual os homens não temem os seus semelhantes já estão firmados no novo nível mental do homem pois o entendimento do "homem de amanhã" é cooperador. Esse novo nível está à vista mesmo dos observadores já superficiais.

A verdade eterna, criadora desse novo nívçl, está pondo em ação energias aniquiladora da exploração organizada.

Esse grande mundo, diferente, sêr observado por entre as labaredas pôde estão consumindo o mundo velho. que Haverá alegria, verdade, amor, intrepidez e solidariedade na mentalidade do ^^B .-^H WêêêêÈJ* ____________ homem do novo mundo. Esta mentalio M A l h o

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Suplemento

mu'IVJ'Urjf'IJriU'UM

Cinematográfico

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DO

CINEMA MARIO

I ORACÍ CAMARGO no seu excelente livro "O Tea-' tro Soviético" explicando o surto renovador do teatro que a mudança radical do clima político-sociai propiciou constata que "as teorias do Teatro de Arte viriam libertar os diretores até então presos ao texto e às rubricas das peças. Por outro lado, permitio o desenvolvimento rápido da arte dramatica pela criação de novas modalidades. A prova disso é que a mesma peça póde ser apresentada e interpretada de varias maneiras e com intenções diferentes, como tem acontecido desde aquela época até hoje".

Isso vem fazendo desde os seus primordios o cinema americano não só porque o campo fotográfico multiplicou ao infinito o enquadramento do palco a que se acha adstrito o teatro, como para atender aos gostos e pendores do público americano, entrelaçando-se as questões técnicas às de ordem econômica. E' claro que não terá exercido influencia menor o modo de sentir dos diretores artísticos que, se sobrepondo ao autor, vêm imprimindo aos filmes seu feitio pessoal, conformando a obra alheia às suas próprias emoções estéticas.

Não será isso uma novidade: em relação à música, em campo mais restrito com efeito, de ha muito isso sucede; de se não chega à alteração do texto, afeiçoa-o o executante à sua estesía. "À meia luz" da Metro com Charles Boyer e Ingrid Bergman em exibição com enorme agrado nos nossos cinemas e *'Luz de gás" representada no Phenix pelo grupo Amigos do Teatro, aquele a versão cinematográfica de "Gaslight" e esta a própria "Gaslight" de Patrick Hamilton na tradução de R. Magalhães Junior, ilustram de modo preciso as considerações que venho de fazer. Divergem grandemente quanto à forma, o que é compreensivel, e quanto ao fundo, o que o é menos, os dois espetáculos.

E' do a b c da cinematografia que a simples referencia, no texto, a fato passado em ambiente diverso se transmude na apresentação desse ambiente, e que as palavras que situam os perscna-

NUNES

gens na vida, de onde vêm, para onde vão se transformem em descrições pela imagem.

O cinema não narra, vive. Em "Gaslight", porém, como em milhares de produções desse gênero a liberdade vai além. Enquanto a peça é nitidamente policial, apoaiando-a o autor — sendo essa a razão do sucesso enorme que obteve — em um angustioso fundo psicológico avivado pela meia luz do apcsento de uma fria severidade ingleza de ha 80 anos, o filme apossa-se desse fundo psicológico, exalta-o, acena com o mistério de uma tara, faz de um ladrão assassino um tipo sombrio de caráter excepcional, aumentando em largas proporções o poder emocional da peça.

Tal como no teatro russo de apoz revolução, o cinema americano vê o autor atravez do diretor e a peça de teatro em face do público de cinema. E — esta a maravilha do gênio humano — tanto "A meia luz", como "Luz do gás" são duas obras primas, desdobrando-se empolgantes, par a par, identifiçadas pela idéa central e pela patente equivalencia de valores.

Charles Boyer e Ingrid Bergman os dois de "À meia luz".

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E por falar em nomes de grandes dimensões. Verônica Lake chama-se na realidade Constance Alpert Keane. Não há dúvida "loura aerodinâmica"... que o nome atual é mais adequado á Sendo Chauchoin. como Lily Claudette Colbert foi batisada muito criança quando deixou Paris, sua terra natal, para "estrela" de "ADORÁVEL ir habitar nos Estados Unidos, a ENGANO" conservou o seu nome original até ingressar no teatro. Claudette lucrou também com a troca; pois Colbert é de

ainda

pronuncia bem mais agradável do que Chauchoin...

Ray Milland, embora conhecido em toda parte este nome, continua a ser, para os seus íntimos, o folgazão Jack Mullane.

"A MULHER O partenaire de Ginger Rogers em QUE NAO "UM LlRIO NA SABIA AMAR" e de Barbara Britton em

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CRUZ", confessa que se deu bem com a mudança e a ela está acostumada a ponto de não saber mesmo se o seu prenome é Jack ou Ray...

Dizem os entendidos, os tais experts, que

1 compensação existem inúmeros atores que adotaram pseudônimos artísticos de incrível mau gosto, quando os seus verdadeiros nomes eram bem mais atraentes e sugestivos. E citam uma porção de exemplos...

íífo narfa «law í tio a«e «m abrigo em Londres em 1940/1. Eles são " Esta noite e todas Rita Hayworth e Lee Bowman no Tecnicolor as noites".

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NOTAS

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HOLLYWOOD, ABRIL DE 1945. _ Terá alguma importan"estrelas" em recia o nome das lação ao êxito no cinema? A opi'" «B OS Vai nião dos fans está dividida e Uns ¦i^aJy>^^m,|r7,^lf yf i*. flflflaH Bflfl . Bti H|: H Hk AA acham que tem, outros não dão T-^BJ H ao caso a menor importância.

Mas a julgar pelos experts de Hollywood, criaturas dotadas de MU aaaL aéWsl »sK»i__a»sfl um privilegiado olho clinico e que examinam a vida dss estrelas em seus mínimos detalhes, esse é um dos elementos que mais facilitam o acesso ao Hall da Fama.

Ginger Rogers, por exemplo, antes de abraçar a carreira cinema gráfica era conhecida como Virgínia McMath. Os produtores convenceram-na de que o nome : Ginger. Rogers era mais mneumônico, não tardando a ser êle adoVan Johnson, astro-bacharel, é agora o aí - Jesus das " Duas tado pela "estrela" de "A MUmocinhas americanisadas. Foi o principal de "Trinta NAO SABIA LHER Lawson de Fed e QUE e um marujo" gürotas "Na AMAR", do que não se arrepensegundos sobre Tokio". foto seleciona distes, deu. A mãe de Ginger ponderou para a sua Vitrola: a coleção vai das rumbas a Ravel; mas prefere os clássicos. que o nome era um tanto exótico para as pessoas que sabem inglês; logo lhe fizeram ver que o nome éra exótico em qualquer idioma, e que isso era uma virtude ...

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carta para Greer Garson escrita Uma à ultra-baixa temperatura de 23 graus, Fahrenheit... Está assinada pelo Tenente H. A. Lewis, do 18° Esquadrão de Bombardeiros dos EE. UU., o qual a escreveu enquanto pilotava o seu avião a uma altura de 8.000 metros.

Tte, Lewis confessa (com todas as aparências de sinceridade) que não teve inten" record" — foi sim, ções de bater nenhum unicamente porque em terra não costuma dispor de muito tempo para essas coisas.

Aquela hora, lá nas alturas, e fora do perigo de um ataque aéreo, era justamente a ocasião mais propícia para esse mister !

Bem, na mencionada cartinha, pedia licença à estrela da Metro para batizar o seu aparelho com o nome dela. " Perdoe a letra, E acrescentava: pois estou com as mãos geladas e os dedos mal _^ podem segurar a caneta".

Não é preciso fazer notar que Greer respondeu imediata e afirmativamente. Além disso, juntou na resposta uma medalhinha, para que lhe desse sorte.

Joél Mc Crea e Betty Field no lindo filme Triunfo sobre a dor que veremos breve.

Bing Crosby nada mais fez senão conservar o seu apelido dos " Tempos de garoto. O verdadeiro nome do protagonista de O BOM PASTOR" é Harry Lillis Crosby, mas não há dúvida que Bing sôa bem melhor...

Muito pouca gente sabe quem é Ruby Stevens^ ao passo Q'10 milhões de pessoas conhecem Barbara Stanwyck. A fartenaire de Frcd Mac Murray em "PACTO DE SANGUE", segundo um conselho do produtor Bclasco. adotou, um pseudônimo artístico extraído dos nomes de duas conhecidas atrizes do palco norte-americano. Barbara Fritchie c Jane Stanwyck.

Bowen Charleston Tufts III possue agora um nome bem mais "SEREI simpático: Sonny Tufts. O galã de Paulette Goddard em seu nome verdadeiro era compreendeu TUA" SEMPRE que o mesmo as marquises cinemas, e dos demasiado grande para para ser decorado pelos fans...

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-J* Mui %r.'e fato, porque preocuparse na escolha do sitio DE onde suas noites passar "boite" do Posto livres? É lá, na Seis, em meio ás pessoas de sua mesma alta hierarquia social que V. S. poderá divertire se na companhia da familia "shows" dos amigos, assistindo festas de que são verdadeiras luz e côr.

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Transcorre no dia 16 do corrente o aniversário natalicio do nosso estintado ex-colega de imprensa, Sr. Armando Waddington que, atualmente, exerce suas funções na administração de Imóveis da Casa Bancária Nacional, onde é muito estimado.

da sociedade Senhorinhas carioca num flagrante colhido no Prado da Gávea, por ocasião da últma "matince" desportiva e elegante ali realisada.

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GALERIA ITAPETININGA — Aspecto da inauguração em São Paulo, da exposição coletiva dos artistas mais representativos da terra bandeirante. A nova mostra de arte, que se acha instalada na Galeria Itapetininga, reúne cerca de cem trabalhos de autoria dos pintores Alfredo Oliani, Alipio Dutra, Ângelo Simeoni, Antônio Rocco, Arlindo Castelani, Bernardino S. Pereira, Clodomiro Amazonas, Dario Vilares Barbosa, Gino Bruno, O Mulato, Reynaldo Manzke, Ricardo Cipicchia, Silvio Alves, Túlio Mugnani e Vicente Larocca.

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Nova sede da Prefeitura Municipal

^etta /gre/tz Matriz da histórica cidade Sergipana de Santo Amaro das Brotas, construída em 1728

O BRASIL Longe da cinelandia

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Vila fundada em 1697 na povoação de Porto das Redes, Ssrgipe. Transferida para a povoação de Santo Amaro das Brotas em 1712. Suprimida em virtude da no, aprovada Restaurada por membrada do

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Escolas Reunidas Doutor Esperidião Monteiro

Resolução do Conselho do Gover-

por Lei Provincial de 9-1-1835.

Lei Provincial de 11-8-1835. Desmunicípio de Maruim. Tomou o nome de Juruama pelo Decreto Lei n. 377, de Restabelecido ao nome primitivo 31-12-1943.

(Santo Amaro das Brotas) por solicitação da população, movimento que tomaram parte como pioneiros o vigário e o coronel

do

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Dias Ribeiro. O município tem 294 quilômetros quadrados e uma população (1940) de 5.201 habitantes. Monumentos históricos e artísticos: a Igreja Matriz de Santo Amaro, edificada no último quartel do século XVII e a Igreja de N. S. da Conceição, edificada no terceiro quartel do século XVII. Santo Amaro das Brotas, segundo as últimas pesquizas realizadas pelo Serviço Geológico e Mineralógico, está fadado a grande progresso visto que importante lençol petrolífero se estende em toda área do município.

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APRESENTA NO TEMPO DA VIUVA ALEGRE — uma rapsódia calorida sobre motivos E em "VOLGA-VOLGA", um® musicais de Viena, a antiga capital da valsa. magnífica página coreografica em que resplandece a grandeza da velha Rússia No mesmo programa, ainda as seguintes atrações: lírica e heróica.

Palitos, Berry Brothers, Dorian Sisters, Irmãos Queirolos, Elene Delamot" & partners e a Orquestra de Carlos Machado apresentando a cantora norte americana patsy Ruth Muller.

RESERVA

DE

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26-5550

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SUPLEMENTO

FEMININO Por

SO R Cl E R E

derna: é prática, é graA bem pensar a estação oficial começou, que as exposições de alta ciosa, é singela ,indicando-se para as prielegância já vêm sendo feitas desde meiras horas do dia, meiado de Abril, incluindo-se a e pôde sêr "toilette", nova "boite" de alto luxo — Lingerie oportuna, então, em Didi — reinaugurada sob o título — ocwsiões onde o caráter Didi "Sport" —, onde os vestidos de "raffiné" seja exigido. toda a sorte, os accessórios e a "linAliás as montras da gene", ora importados da Argentina, cidade exibem maior de New York, da França, ora confecnúmero de indumentá"sport" cionados na própria casa constituem propriamenria a mais alta expressão de "chie". te dita, ou da outra, de Mais adiante "Fanny", na mesma alta elegância, que os rua Senador Dantas, surpreende e demais vestidos, o que fascina com os seus chapéus, talvez não determina em abum tanto ousados, tocados, entresoluto o desuso deles, tanto, as por varinha mágica posta em inúmeras são pois mãos de artista. adeptas daquilo que se indica como especiai "for dressy atternoons", segundo noParis e América cio Norte aplaudem esta silhueta tável modelista da América do Norte. invernal.

A indumentária você é nova, se seu tipo é um ieminina é agora, tão rica de modelos, de tecidos, de guarniSE tanto "dramatic" ou possa torna^eáka%^^mam lo como tal, não hesite em vestir ções que às vezes não se torna -¦"" C'y:; ¦ fácil escolher o que convém, \ um traje completado por pequena Í convindo sobretudo ao orça\ pelerme, marinho ou preto, alegrado I ' ¦ ' viS4 mento... Na presente estação i> i\ - 'w ¦* j *K por um laço ou uma "écharpe" de ' v ¦ "surah" com estamparia em os tecidos lisos vêm predomiN| jl \ K \ } quadros, nando.

• usando-o desde que as tardes princiContudo há estamparias piem a sêr tão frescas que a lã lhe que valem a pena empregar proporcione conforto. num vestido e no "turban" Em sendo jovem, o primeiro cha- que deve acompanhá-lo, o que péu, o bizarro, o que lhe assentará o enquadra no "sophisticate" com os novos vestidos para a rua ou tão necessária à silhueta de um "tailleur" gracioso, é o que se hoje em dia. assemelha ao antigo "palha" que os homens usavam.

De dia, quando houver sol e céu claro, traje-se de lã cinza azulado, conjunto no tipo Outro modelo de chapéu para a juven"sport", o "toilette" qual fará tude, este de Marshall Field, Chicago. desde que saiba escolher accessórios para tal fim.

Com esse traje o seu chapéu Mais adiante... será uma espécie de touca de copa bastante afunilada, aba O Rio movimenta-se enormemente. ajustando-se aos cabelos. TaToda a aristocracia social aí está de "taffetas" lhada em de quadros éEa Sm 3r novo, reunindo-se nos "cocktails" de cores vivas vai servir-lhe a outros "ensembles" assim como findam as tardes e iniciam que a bolsa da mesma matéria. as noites alegres da mais divertida A moda "sport" é para a leitemporada do ano. tora jovem, é para a menos jovem, é para gente ainda menos • jovem, naturalmente com modêlos para cada idade.

Chapéu de feltro para gente A moda "sport" é uma das mais benquistas da mulher momoça. Modelo americano.

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Vidrilhos negros enfeitam o belo vestido "toilette", talhado em verde escuro, feito especialmente para Andree King, artista da Warner Bros em "The Very Thought of You". Moderno chapéu de feltro preto e verde claro.

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Em "Thrill of a Romance", da Metro, estrelada por Esther Williams e Van Johnson, veremos Francês Gifford, aqui deliciosamente trajada com um dos da estadão, pois casacos mais práticos e elegantes tanto serve com um vestido "sport" como vai à maravilha com um vestido para de tarde. A boina também está em grande moda.

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Vestido de veludo preto enfeitado com arminho, pérolas no pescoço, nas orelhas, nos cabelos. Vista-se assim quando fôr a uma das noitadas do Municipal, e ficará tão linda quão Dusty Anderson, artista da Columbia Fictures.

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Renda preta, flores côr de chá — conjunto romântico ideado para Jayce Reynolds, uma das bonitezas da Warner Bros.

Confortável casaco de lã, bem para. 1945, apresentado por Lucille Bali com a mesma elegância, a mesma graça, o mesmo "charm" com que veste as preciosas em espetaculares e "glamorous creations" para a quarta seqüência de "The Ziegfeld Follies" da Metro-Goldwyn-Mayer. O casaco é de Saks-Fifth Avenue, talhado eme lã verde escuro. Accessórios de pele de cobra.

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Missangas de ouro e crépe rosa suavissimo formam o admirável traje para uso à noite que Susan Peters, fl da Metro, aqui apresenta.

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Í...^tWaB>M^^ Laraine Day veste aqui um gracioso conjunto para jardim, feito com algodão quadriculado

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Esta página apresenta vários tipos de roupa "sport", feitos para uma das mais lindas artistas da tela — Laraine Day, a qual apreciaremos breve numa das produções de valor da Metro-Goldwyn-Mayer : "There Were Three of Us". Este celulóide dirigido Eddie Buzzell reúne também Lana Turner e por Susan Peters, todas cooperando magnificamente para o êxito de "Women's Army Corps".

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Aqui ela apresenta um moderno traje para montaria. As luvas são de "crochet" de linha natural, a palma de pelica escura.

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Calças brancas, blusa marinho pastilhada de branco — veste para qualquer esporte ao ar livre, incluindo-se a marcha que tanto bem proporciona à mulher.

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Calças curtas, de gabardine verde, blusa estampada — ideal numa silhueta como a de miss Day, ideal durante as horas de sol.

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DE MOCIDADE ¦*"'**rt**--

Uma mulher inteligente sabe que não deve exagerar ao teursr parecer mais joven. Se unia delas, .ao chegar aos quarenta e cinco anos, procura aparentar, com o uso de '" maquilage", vinte ou mesmo vinte e cinco, o resultado será por força de uma aparência ridícula. Mas essa mesma mulher pôde, com sucesso, passar por trinta e cinco.

Tem-me sido bastante agradável verificar que o tipo da mulher ingênua, ou melhor, daquelas que procuram enganar-se a Sl próprias, já deixou de existir. Todavia existe ainda um grupo Pequeno que teima em não querrer ver a verdade nua e crua. .. * ara elas dedico esta crônica.

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CONSELHO

Primeiro: quero repetir um conselho que ha amjs. venho dando ás mulheres: '* Não se preocupem por causa da idade. Vistam-se e pintem-se de acordo com o prisma geral da idade em .ue estão sem procurar esconder as muitas "primaveras" sob uma mascara artificial de juventude". A arte do " make-up" desemPenha um grande papel em aumentar a beleza das mulheres, mas, mesmo a magia não poderia realizar milagres, transformando uma Criatura de sessenta anos numa menina de dezesseis!

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SOPHIE TUCKER...

Já que abordei este tema, vem-me á lembrança a personaliilade interessante da minha velha amiga, Sophie Tucker. Não quero aprofundar-me na questão da sua idade exata. Tudo que Posso dizer é que Sophie ha muito deixou de ser, convi diria o |)oeta; " entre-aberto botão, entre-fechada rosa"...

Apesar da sua aparência joven do seu modo alegre — qua«idades essas que são realmente prerrogativas de um espirito moço 1— Sophie Tucker não procura enganar-se a si própria, aos seus amigos e ao seu publico, querendo bancar a mocinha dc vinte e 'cinco anos.

Além disso, ela nunca se preocupou com o avançar dos aoos.

Sophie têm sempre aparentado a idade que tem.

Ao afirmar tal coisa, não quiz implicar que Sophie pouco se importou que os anos passassem, sem nada fazer em prol da "conservação da sua mocidade. Ela e outra grande artista tamJ>em, Irene Rich. não negam que já passaram da casa dos qna"•enta.

CUIDADO

COM

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PELE...

Estas grandes estrelas do cinema e do palco, desde muito tempo têm dedicado um cuidado especial com a pele. Tanto unja como outra sabem que conservar uma cutis macia e suave é o primeiro passo contra o decorrer dos anos. Ambas ao aproximar-se a casa dos quarenta, passaram tambem a usar o baton e o rouge e"i quantidade quasi que diminuta. Muitas vezes, com a vinda das rugas, tanto no pescoço como dos lados do rosto, certas mu'heres procuram oculta-las penteando-se de tal modo que o cabelo pretende encobrir a velhice que se aproxima. £ um erro crasso. O penteado deve ser uma espécie de moi'''ura. Usa-lo, pois, como se fosse um biombo, tende a prejudicar ^nomií-mente a função do cabelo como complemento do encanto •('e um rosto. Sophie Tucker e Irene Rich sabem muito bem que -tal pratica deve ser abandonada.

NOVIDADES PARÁ PRESENTES!

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Anderson desenhou pura Ami, Sheridcm, artista da War: cr, este bílu traje cinza fritado, de n:ul turquesa.

RUGAS...

Outro ponto importante sobre a questão das rugas é o seguinte; toda mulher deve compreender que a primeira pessoa a descobri-las é ela própria. Não ha mulher que não esteja sempre precavida em descobrir a primeira ruga. E' ela quem se olha no espelho bem iluminado, menos duas vezes por dia. Ali, em plena luz, qualquer ruga poderá ser notada imediatamente, o que, certamente, não sucederá a outra pessoa que simplesmente a olhe. Tal mulher preocupa-se, naturalmente, com a descoberta. Lamenta tal tato, mas parece ignorar que as primeiras rugas, mal apontadas, nao serão notadas por outros, a não .ser dentro de alguns am,,. mais -tarde.

Uma pessoa que olhe uma mulher não poderá descobrir o que o espelho bem iluminado revela.

Agora, outro conselho. Sc tais rugas surgirem nenhuma mulher deverá recorrer ao auxilio de uma camada pesada dc maquillage, -na ânsia dj. escondê-las. Tal pratica prejudica muito mais do que beneficia. A presença de rugas não significa que o periodo de plamour e fascinação passou completamente, Uma mulher de certa idade pode ser tão interessante quanto o foi ajios passados, O que. porém, deve ser abolido completamente,' é a mascara de maquillage pesada, a qual só poderá destruir toda e qualquer aparencia encantadora!

Nota: Ai está um velho e oportuno artigo de Max Factor, o qual legou a Max Factor Jr. o talento com que tratava ria técnica do " Make-up" e outros segredos de beleza feminina.

APARELHOS PARA JANTAR. CHÁ E CAFÉ. FAQUEIROS. CRISTAIS PORCELANAS. PRATARIAS. BRONZES E OBJETOS DE ARTE

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Dois conjuntos de Schiaparelli, ambos atualíssimos, inclusive os chapéus.

Blum Store, de Philadelphia, lançou este modelo de vestido feito com jersey côr de cravo, gravata e cinto taxeados.

Eis um bonito costume de lã cinza, aplicações de veludo côr de vinho dos lados do casaco, botões de madrepérola.

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Prático, elegante e juvenil modelo de "rayon gabardine" de tonalidade média. (Criação de Carson Scott — Chicago).

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Um tipo de bolsa confortável e moderna para executar em "crochet".

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Traje gracioso, feito com jersey de lã, da autoria de Altman — New York.

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Em tecido escuro ou de tonalidade média este vestidinho resulta sempre a apropriado elegante, qualquer hora do dia, dependendo dos accessórios o caráter mais ou menos "toilette".

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Este cnto de sala de estar é comum nos apartamentos modernos. Mobiliálo, então, pela fôrma expressa na gravura é torná-lo mais confortável, e mais frizante a boniteza ambiente. Movjeis despretcnciosos, porém no velho estilo. Forro do sofá e cortinas de "chintz" alegremente estampado. Ta pete de tonalidade unida.

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Quarto traçado no estilo moderno, o qual é tão interessante, quando aplicado com bom gosto, como o da velha guarda. A cabeceira da cama leva estofo de cetim rosa muito pálido, a colcha rosa cravo. O pano de fundo e as cortinas são dc cetim rosa estampado de azul anil, rosa, e folhagens verde médio; a banqueta e a poltrona forradas com " taffetas" crépe quadriculado de marinho. Tapete azul anil em todo o aposento.

OFERECEMOS ORÇAMENTOS GRÁTIS

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REVISTA INDUSTRIAL DE S. PAULO

P-R-E-V-I-D-E-N-T-E

S-E-J-A

de Auxílios e Beneficências Estrela, f*.i VITE inquietações inscrevendo-se na Sociedade de Maio de 1909. Sede própria: Rua Carolina 1.° em Fundada K Sociedade Beneficente, — Rio de Janeiro.

Lago Lucídio e — Cordeiro Arquias Entre Meier, 29

magnif íca pOM apresent ação A MAIOR ORGANIZAÇÃO POPULAR DE BENEFICÊNCIA grafica, está cirCr$ 1.915.509,70 Patrimônio .. culando o n.° 4 da Cr$ 5.231.727,90 fundação a desde Funerais e Benefícios pagos Revista Industrial Cr$ 657.051,80 Funerais e Benefícios pagos no ano de 1944 de S. Paulo, publicada sob os auspi142.976 sócios Quadro Social cios da Federação Assistências: médica, jurídica das Indústrias do e econômica.

Estado de S. Paulo Ambulatórios: funcionam diáe do Centro das Inriamente de 8 às 11 horas e de dústrias do Estado 17,30 às 20 horas e aos sábados de S. Paulo. de 8 às 11 horas.

Condensa o presente número desta MENSALIDADES: publicação matéria de grande interesse Chefes de matrícula, Cr$ 2,00 para todos aqueles e Cr$ 1,00 para cada pessôa da que se dedicam às família. atividades insdustriAGÊNCIAS: ais ou estudiosos dos complexos problemas Nas cidades de Valença, Nia elas relacionados. terói, Rezende, Caxas, Barra do Dentre os trabaPiraí, Nilópolis — E. do Rio e lhos que constam em Juiz de Fora — E*. de Mideste número, cumnas Gerais. destacarmos: pre A eficiência das fornalhas de autoHv ria do Eng. Antônio A. Barros Pen- Tecnológicas; Medicma Social, Veiga de Carvalho; Direito Sindical, teado, magnificamente ilustrado com Vasco de Andrade; Front interno e gráficos elucidativos; O desenvolvibatalha econômica; Abelardo Villasmento e o futuro da indústria têxtil Bolsa de Valores, estatísticas e Boas; hidráuno Brasil, redação; Potencial informes de grande interesse para üco do BrasU, redação; Técnica e todos quanto se dedicam as atividaIndústria, Eng. Francisco Barros de Campos do Instituto de Pesquizas. des industriais.

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Os Srs. Eduardo Américo de Faria, alto funcionário do Tribunal de Contas, Luiz Motta, comereiante no Estado de S. Paulo, e senhora, senhorita Maria José de Castro, Snr. Francisco Teixeira e senhora, senhoritas Cibelle e irmãs e senhorita Lucilia Monteiro, em goso de férias, no Parque de S. Lourenço, em pose para esta revista.

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COMBATE A PRISÃO DE VENTRE E NORMALISA AS FUNÇÕES DO TUBO DIGESTIVO

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e para automoveis — fazem-se em 5 minutos.

Outros tipos em 60 minutos.

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FOLKLOllE Perdemos no rádi0 o talento forte, seivoso, tropical de Mara da Costa Pereira. E a sua falta tem sido inconteste. Há outros elementos mais fracos, pequeninos, muito embora mais corajosos, mais convencidos.

Existem os que andam, de Norte a Sul, catando motivos, procurando assuntos nativos, e, quando: voltam, parecém esquecidos do que colheram', e apresentam, os mesmissimos numeros sovados das outras vezes.

A ausência de Mara da Costa Pereira não foi ainda suficientemente preenchida.

DESPERTE fi BILIS

do seu fígado

B Saltará da Cama Disposto para Tuda

Seu fígado deve produzir diariamentt um litro de bilis. Se a bilis não corre livremente, os alimentos não são digeridos e apodrecem. Os gases incham o estômago. Sobrevém a prisão de ventre. Você sente-se abatido e como que envenenado.

Tudo é amargo e a vida é um martírio.

Uma simples evacuação não tocará a causa. Neste caso, as Pílulas Carter são extraordinariamente eficazes. Fazem corrir esse litro de bilis e você sente-se disposto para tudo. São suaves e, contudo, especialmente indicadas para fazer a bilis correr livremente. Peça as Pílulas Carter.

Não aceite outro produto. Trc-çcc Cr. $ 3,00,

MALHO

DUPLAS CAIPIRAS

Concertam-se fechaduras, abrem-se cofres.

RUA DA CARIOCA N.° 1 (Café da Ordem) CARIOCA, 75 — TEL. 22-7565 RUA 1.° DE MARÇO N.° 41 (Esquina de Rosário) PRAÇA OLAVO BILAC, 16 (Frente ao Mercado das Flores) AV. PRESIDENTE VARGAS, 716 (Atendemos a domicilio) — Telefone 43-5206 —

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MOREIRA DA SILVA

DIRC1NHA -¦

Ninguém sabe, ao certo, a causa do afastamento de Dircinha, que se deixa ofuscar pela graça, pela "charme" inebriante da Linda Batista, muito embora ela possua voz mais bonita, inebriante da Linda Batista, muito mais brilhante. A verdade é que ela vive muito recatada, longe dos ciarões da publicidade dos bom? contratos...

E por que ?

BREQUES Januário de Oliveira anda agora fazendo uma volta pelas estações de águas minerais.

"Visões da Terra Carioca", indiscutivelmente é um dos melhores programas da Radio da Prefeitura.

A Rádio Ta,moio apresenta um lindo original de Campos Ribeiro, sobre o nome de "Cancioneiros".

Na PRA-2 Maria Silvia Pinto tem apresentado! ótimos programas de músicas hespanholas.

A Rádio Globo semp;e apresentando novidades, acaba de criar um programa de "Critica Musical" entregue à competência técnica de Magdala Gomes de Oliveira.

Nice de Araújo Jorge continua atuando na Rádio Jornal do Brasil.

Gagliano Neto foi uma das melhores conquistas da Rádioi Globo.

O òenor Mareei Klass está cantando na PRE-3.

Sérgio Vasconcelos oferece, a seus ouvintes da PRA-2, interessante programa sob o título "Os grandes Mestres".

Cleia de Barros, cantora da Mairink está trabalhando em rádio teatro na mesma estação.

"Rapsódia Carioca" é uma atração artística vitoriosa da Rádio Globo.

A soprano Lilí Seco está cantando na Jornal do Brasil.

A Rádioi Clube apresenta agora a Universidade Católica.

"Momentos Musicais" é um programa magnífico da Cruzeiro do Sul. — 62 —

Moreira da Silva fez épocas. Cantava de maneira diferente os sambas moles dos morros. Ninguém podia negar. Estrugiram os adjetivos: o Ladeira mudou o seu nome para o "Tal". Moreira da Silva, que tem, de fato, valor artistico, tem andado injustamente desaparecido. Não sabe mos bem porqua, mas tem andado, surgindo, de vez em quando, num festivai artistico. Chega a ser extranhavel tí fato dele não ter continuado àquela sua ascen,ção, que era em disparada certa para a fama, para a gloria, para o cartaz definitivo.

Tem se abusado muito do gênero caipira. O que se apresenta com esse nome por aí é ctora de carregação mal acomodada, feita sem arte e bom gosto. Ou temos, no teatro, as pachochadas de Alda Garrido, ou, no rádio, as graças cheirando a Cinelandia, com pruridos de roça, de Alvarenga ¦3 Ranchinho, quando é certo que, muito existe de sabor pitoresco na vida calma e .mansa dos que vivem nos sertões e nos taboleiros, nas restingas e nas chapadas do hinte."land, capaz de agradar aos ouvintes saudosos das piadas matutas.

E é pena. E' pena, precisamente sente-se perfeitamente que os porque "caipira^" preferem anedotas picantes, repletas de pornografia, como se os coronéis do interior fossem capazes de criações tão maldosas.

Quando se tem de ouvir a dupla Jararaca e Ratinho, pode-se contar, na certa, que eles apresentam não as graças ingênuas do Nordeste, mas as mais pesadas anedotas apanhadas na praça Tiradentes, sem que, com tudo isso, o publico que enche os auditorios arrebente de rir, o que entusiasma os mocinhos convencidos que dirigem o rádio...

E assim vivemos, em matéria de caípirismo, nos nossos estúdios sem que se preveja mudança de cenários para muito em breve.

FRANCISCO GALVAO

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ESTÚDIOS

Se repararmos bem, com a multidão dos estúdios atravéz dos vidros, os diretores artísticos esquecem, um pouco, o público; que escuta os receptores. Prestem a atenção como os artistas e os locutores se dirigem, de preferencia, ao público, das cadeiras cômodas da rádio, e mal informam o outros, do que está se passando no interior.

Já não nos queremos referir aos campeonatos de tolices radiofônicas das horas de patos e dos trens da alegria, programas que mostram ainda a pouca dose de psicologia dos diretores artísticos; queremos nos voltar mesmo para os programas de classe, os mais sérios, os mais cotados dos nossos estúdios...

RAINHA DA HUNGRIA

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VENDA

De Mme. Campos A TODA EM

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NOVELAS

Muito embora as novelas radiofo nicas ressuscitassem o século passado, com os seus folhetins, e fizessem com. que as domesticas deixassem queimar os assados, assim mesmo são ouvidas. Deveriam, entretanto, os seus autores, se existem ainda Puvintes para esse gênero, capricharem mais um pouco na escolha dos assuntos, desde que os artistas fazem o possivel afim de salvarem os dramalhões estridentes do fracasso geral.

Mas, achamos mais aceitados que os escritores de semelhantes novelas observem mais um pouco a cultura do publico carioca, que perde o tempo, mais ou menos precioso, em aguar, dar os episódios bi-semanais das suas tolices românticas.

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A NOVA DUPLA DO RÁDIO

Limpe a pele uma vez por dia PASTA DE AMÊNDOAS

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Xerêm e Dè-Morais estão conquistando aplausos, na P.R.A.-9 com suas piadas caipiras e creação vocais sempre interessantes e divertidas.

Aqui aparecem eles tal qual são e como se apresentam ao auditório da "sua" estação.

ASSOCIAÇÃO RADIO

LOCUTOR Volta-se a falar que Carlos Frias vai deixar a Tupi. A noticia anda nas rodas de rádio. Há quem diga, comtudo, que ele irá, ao contrario, estudar as novidades da terra de Tio San. Aguardemos os acontecimentos, na certeza de que se ele fòr aos Estados Unidos, que nos traga algumas novidades, sam aquela modéstia da vez passada... t

BRASILEIRA

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Com este nome pomposo, quando se fundou a ABR todos pensavam nos problemas largos abertos à discussão. O tempo foi passando. Depois da ajuda governamental, magnifica e justa, veio o silencio. Um dos mais altos membros da diretoria o sr. Júlio Barata, largou ioi cargo, certo, ao que disse, de que a Sociedade não estava disposta a pugnar pela classe. A imprensa vem se batendo no sentido de que cs responsáveis pela Associação agitem as questões e venha resolver os assuntos que estão aguardando, ha anos, a seu estudo e solução. Anda, enquanto isso, uma tristeza imensa, larga, em todos os que acreditaram que, dessa vez, os que trabalham noi rádio tivessem, afinal de contas, resolvidas as suas justas equações erguidas ha tanto tempo.

Em todo o caso convém esperar-se mais um pouca.

j»^^ Fixa, tonifica e dá novo vigor ao cabelo

Bryicreem

OREI De uma coisa pode se orgulhar Francisco Alves — com toda a sua estabilidade, com toda a sua possivel aposentadoria, ele ainda é quem pode ser considerado o maior cantor do país.

O seu título de Rei é o mais cubiçado, e há de ser bem dificil tomarem-no ¦>"- cetro que anda muito bem em suas mãos...

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O mais perfeito fixador do cabelo

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Direção

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REGULAMENTO Cada torneio é constituído por dois números de O MALHO, devendo as soluções sêr enviadas de uma só vez, dentro de 45 dias após a publicação apenas um cupão de inscrição para cada lista, porém, as que trouxerem o cupão deixarão de entrra em sorteio.

ADOTADO: Simões DICIONÁRIO da Fonseca (ed. antiga); Peq. Dic. de H. Lima e G. Barroso (3.a edição^ e Breviário do Charadista, de Sylvio Alves.

PRAZO: As decifrações serão aceitas até 45 dias após a publicação do segundo número.

Aceitamos chaCOLABORAÇÃO: radas novíssimas, casais, sincopadas e em versos, esiigmas pitorescos e palavras cruzadas, uma vez sejam baseadas nos léxicos adotados.

PRÊMIOS: Os prêmios oferecidos por esta secção são constituídos por dicionários de lingua portuguesa, livros charadisticos e literários e assinaturas das revistas editadas pela S. A. O MALHO, os quais serão remetidos pelo coreio.

Deverá sêr CORRESPONDÊNCIA: endereçada à JOGOS E PASSATEMPOS — Caixa Postal, 88Q — Rio de Janeiro.

CRUZADAS PALAVRAS 3° TORNEI — MAIO E JUNHO Charadas Novíssimas — l.a à 6 A maneira de sua generosidade transforma um homem triste no mais alegre dos antes. 1-2.

Navlig — Rio. ¦irtrü

A "mulher" prospera quando não é fingida. 2-1.

Cidadão — B. Horizonte. irír-Cr

Quem deixa o certo pelo duvidoso, diz a experiência, acaba ao desamparo. 2-2.

João Fogaça — Mendes •frf-V.

Além do mais esta árvore das margens do Niger causa um frio veemente. 1-1.

Leopos — Rio. •írtWr A criminosa antes de receber o julgamento terá que representar com exatidão o crime cometido. 1-2.

Minelrinha — B. Horizonte.

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O povo está muito contente (4-9-2-8-9) e rende graças" ao Senhor (4-9-6) Deus (8-5-1-9) porque o govêrno do déspota (6-7-3-8-7-9) foi extinto.

Raivo Uvas — Rio.

Chô-Chô Para a inteligente Lila responder.

Porque tanta preseguição com esta mulher velha, magra e feia? -2.

Dama Loura — Rio. CHARADAS

CASAIS

Enigma Pitorêco — A. Auvray.

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Certo médico, tentou fazer um curso especial de higiene, mas, tantas asneiras praticou que de lá saiu envergonhado. -3.

Myselt — Mendes.

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Não é elegante brindar o homenageado com aguardente de cana. ¦3.

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Édipo — Matáo

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itis-U Para entrar em desafio entre cantores, aqui em Goiáz, é preciso ser repentista desembaraçado. -3.

Riva de Mir — Goiáz.

CHARADAS SINCOPADAS — 10 a 12 3 — A cidade principal do império do Japão está ameaçada de cerco. 2.

Raul Petrocelli — São Paulo

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PALAVRAS

Enigma n.° 1 — Riva de Mir (Goiáz)

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3 — A criancinha estava com um . cstido de tecido ordinário de algodão. 2.

Tonio — Rio. Um conselho a confreira Miss Tila: 3 — As castanhas assadas na brenha são ótimas. 2.

Portela — Rio. LOGOGRIFO EM PROSA — 13 à 16 O enfado (8-5-6-9-2-l_.-4-7>, mal corrosivo (1-2-3-4-12-S-9-10-5), curase com uma bôa dose de charadismo, que faz de um vagaroso (6-1-10-3-121 um ligeiro (6-9-2-11-5) e abate toda fraqueza.

Raul Petrocelli — São Paulo. irtrü Rápido (1-7-5-4-1-4) e sem dificuldade (6-2-5-1-7) para as forças aliadas, sucumbe (6-4-3-4) o esgotado (5-4-6-7) exército alemão.

Raivo Uvas — Rio. ¦irtrít

CRUZADAS

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Horizontais: 1 Mamimento desdentado. 5 — Esfomeados. 7 — Enlaça.

Tomar. 9 — Arrumada.

8 Extraordinário.

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Verticais: 1 — Lavrador. 2 — Trela.

3 — Acrescentar. 4 ¦- Decorrido. 5 — Escolher.

CUPAO

6 — Emenda.

DE INSCRIÇÃO

Nume

Pseudônimo O imperador romano (1-5-6-10), atravessou a arcada (2-3-8-10) do palácio para se unir (7-4-2-3) ao culto (3-9-4-10), levando a pasta de papeis avulsos.

R. Brasileto.

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Residência Cidade Estado

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Enigma n.° 2 — Libio Fama nenenni,imiimii_|iiinnn_ijii, 6

(Rio)

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11 |r-^II|llllllll'.lll)lllllllillll)lllllllllllllllllllllllllllMII|IIMIIIlilMII)li:i:

Horizontais: 1 — Serra do Est. do Ceará. 7 — Regozijar. 8 — Recua. » — Abelha da família dos Apídeos.

10 — Mistério. 11 — Libras esterlinas.

Verticais: 1 — Conveniente. 2 ,— Obstinação. 3 — Rio do Est. do Rio de Janeiro. 4 — Esclarecer com codentários. 5 — Barranco. 6 — Mavegamos.

SOLUÇÕES [ Cantinho do? Néos: 16 — Bolada.'

17 — Pauta. 18 — Poente. 19 — Tempão. 20 — Fiado-o. 21 — Abafa-o.

22 — Posta-o. 23 — Maranha-manha.

24 — Frequente-frcte. <r-ir

Soluc'onistas da totalidade: Dama Loura — João Fogaça — Aramis — Mineirinha — Ciro Pmalis — Mariate Luzimar — Saralc — Leopos — Bael — Melagro — Lila — "O Chicharro" — Carlino — Sinhô — Ronega — Raivo Uvas — Imára — Tio Sam — José S. Iglezias — Paraná — Lord — Alvoroço — Aecio Lessa Alves — Myself — Luzéle — Riva de Mir — ivta.uto Goiano — Joaga — Mautra — Jotoledo — Mm Titã. ¦ícictt

Mais de 50%: Irs-ouan — Cidadão Aco —"Edelwe_s_i" — Navlig — Magali — íris — Portela — Joanita Lucy Gray — Maria B. Vieira.

Solucionlstas da totalidade: Luzlmar — Sinhô — Mariate — João Fogaça — Aramis — Dama Loura — "O Chicharro" — Lila — Carlino — Raivo Uvas — Tio Sam — José S. Iglesias — Aco — Ronega — Imára Melagro — Bael — Leopos — Ciro Pinalis — Saralc — Paraná — Lord My.elf — Alvoroço — Luzéle — Rima de Mir — Matuto Goiano — Joaga — Mautra — Jotoledo — Miss Tila — Mineirinha.

SolucíonLitas da metade: Portela — Miss Tila — Japibo — sefton — Bisturi — Rosemary - Mineirinha.

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O Dicionário ria Língua Portuguesa oferecido ao autor do enigma mais fácil coube ao confrade E. Aurray, que conseguiu maioria de votos. Entre os votantes procedemos o sorteio de uma as: inatur.. tri-mestral da O Malho, saindo vencedor o confrade S_nhô desta Capital.

Mais de 50%: Cidadão — Irsouan Magali — íris — Aécio Lessa Alves — Japibo — Bisturi — Lucy Gray. trfrít

Menos da metade: Navlig e Portela.

Premiados: Matuto Goiano — Catatão, Goiaz; Myself, residente em Mendes, Estado e Sefton, residente nesta Capital.

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Premiados: Coube a Miss Tila, residente nesta Capital, uma assinatura semestral de Moda e Bordado.

"O Chicharro", S. José dos Campos, Sao Paulo, premiado corri uma assinatura de O Malho por 6 meses. As quatro obras literárias ecuberam respectivamente à Tio Sam, imára, Citíadão e Portela.

PALAVRAS CRUZADAS Enigma n.° 1 — (Lucy Gray) Horizontais: 1 — Burilar. 8 — Oroneta. 9 — Lufadas. 10 — Oia. — 11 — Ra. 13 — Or. 14 — Onírico.

Verticais: 1 — Bolero. 2 — Uru. 3 — Rofo. 4 — Inaiar 5 — Leda. 6 Ata. 7 — Rastro. 12 -- An. 13 — Oc. iríric

Engma n.° 2 — (E. Auvray) Horizontais: 1 — Manida. 6 — Alão. 7 — Néo. 8 — Fé. 9 — Dó.

10 — Tom. 11 — Rego. 12 — Ca. 14 — Rol. 15 — Aro. 17 — Sá. 18 — Ralhar. ] \f'f\ Verticais: 1 — Manducar. 2 — Aleo. 3 — Não. 4 — Io. 5 — Abemolar. 8 — Fogaça 10 — Ter. 13 — Ara. 16 — OI.

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Enigma n.° 3 — (Leonos) Horizontais: 1 — Talão balão. 7 Oveiro. 8 — Pendor. 9 — Estase.

Verticais: 1 Tope. 2 — Aves. 3 — Lente. 4 — Aida. 5 — Oros. 6 -Boré.

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Premiados: Mariate, residente em São Paulo; Aécio Lessa Alves, residente nesta Capital e Irsouan, Teofilo otoni — Minas Gerais.

Charadas: 1 — Remate. 2 — Covacova. 3 — Retrata. 4 — Mamude 5 "¦*- Arranca-tocos. 6 — Estilografo.

7 Magnético. 8 — Imaculado-a. 9 Let:fica-o. 10 — Honesto-a. li — pavorita. 12 — Pro-homem. 13 — Aristocrático. 14 — Estorcegão. 15 — De grande subida grande caída. 25 —; Guardador.

26 — Massacre. 27 — sòbre-ppnsado. 28 — Felize-mu-bem.

29 — Prejuízo. 30 — Frege-mosca.

31 — Finítimo. 32 — Transumpto.

33 —. Fidalga-o. 34 — Serena-o. 35 ~- Notável-novel. 36 — Melado-mêdo.

3? — Meteoro. 38 — Desaparece.

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Enigma n.° 4 —¦ (Libio Fama» Horizontais: 1 — Macaca. 7 — Abatem. 8 — Calido. 9 — Aravil.

10 — Perada. 11 -- Amaros.

Verticais: 1 — Macapá 2 — Abarem. 3 — Calara. 4 — Ativar. 5 — Cedido. 6 — Amolas.

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Totalistas: Dama Loura — Cidadão Ronega — Imára — Melagro — Bael — Leopos — Ciro Pmalis — Sarale — Aco — Luzimar — Sinhô — Mariate — Aramis — "O Chichorro" Lila — Carlino — Raivo Uvas — José S. Iglesias — Seco — Japonesa Paraná — Lord — Alvoroço — Myself — Aécio Lessa Alves — Luzéle Riva dp Mir — Matuto Goiano — Joaga — Mautra — Jotoledo — Lancy Gray. _., — 85 —

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Não veja, no doente mental, um sêr extranho, mas um ente humano que precisa de ajuda e tratamento. SNES,

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«E E O CRIADO

-DE QUEM SÃO ESTAS MÃOS? AÊAAAÊ^ÊMjj^AÈWA

I EAN JACQUES ROUSSEAU ^ conta a seguinte ocorrência que se passara pntre o marechal Henry de La Tour d'Auvergne, visconde de Turenne, e o criado.

Era um dia de verão, fazia muito calor, e o visconde dc Turenne, em vestes menores e de gorro, estava na janela de sua ante-câmara. Aconteceu vir a passar pela sala um dos seus criados e, enganado pela vestes, tomon-o pelo ajudante de cozinha, com quem tinha liberdade.

Aproximou-se devagarinho por trás e, com uma mão, que não era nada leve, aplicou ao marechal uma boa palmada.

O visconde volvcu-se imeliatamente. O servo, vendo o rosto fremente do amo, lançou-se aos seus pés, atordoado e explicando: Monsenhor, Turenne tinha direito a este tratamento) pensei que fosse George !...

Inda que fosse George.

— exclamou Turenne, esfregando a região dolorida — não precisava bater com tanta força.

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IV, certa vez, quando caçava, HENRIQUE perdeu-se e encontrando-se com um camponês, tomou-o para guia. Pelo caminho, o pobre homem, julgando tratar-se, apenas, de um fidalgo, perguntou-lhe se conhecia o rei.

Henrique IV respondeu: — Muito. Quando nos reunirmos aos meus companheiros de caçada, ve-lo-ás. Verás que aquele que não se descobrir, é o rei. Todos os outros, na sua presença, tiram o chapéu.

Chegados lá, o camponês, atarantado anteluzidia comitiva de fidalgos, conservou o seu a chapéu na cabeça, ao lado do rei, enquanto todos se descobriram. Henrique IV, então, observou-lhe: — Amigo, um de nós dois é o rei.

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Algum tempo depois, como estivesse demorando, o médico foi ao seu encontro e lhe perguntou o que fazia.

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