Revista O Malho

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61 -

XLIII - NUMERO

FEVEREIRO, 1945 - PREÇO

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E se organizasse

pério britânico : e eis aqui bem porquê.

Há pouco tempo um amigo de Mr. Williams enviou-lhe um cartão postal, que, em lugar do endereço regulamentar, levava apenas o nome do condado de Kent um desenho representando os bigodes em questão, mas é claro, em formato reduzido.

CELEBRIDADE

internacional dos mais notáveis bigodes do mundo, é provável que os ingleses seriam colocados em último lugar.

Os filhos de Albion, em geral, não gostam desse atributo. E uma dessas excessões é, não há dúvida, representada por Mr. Hairy Williams, eidadão de Margate, cidade do condado de Kent.

Mr. Williams possui uns bigodes "record", pois que eles medem quarenta e três centímetros de ponta a ponta. Pode-se dizer que o dono de tal prenda é célebre em todo o im-

O cartão postal chegou às mãos do seu destinatário sem atraso.

Em nossa época de "records" desportivos há inúmeros meios de tornar-se um indivíduo célebre. Mr. Williams conseguiu-o com os seus esplêndidos bigodes.

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o marechal Joffre em casa de uns amigos, teve ACHANDO-SE necessidade de telefonar. A telefonista, entendendo mal^o nome, pediu-lhe que repetisse, letra por letra. Documente, vai dizendo o marechal.

J, de José; O, de Oscar; F, de Fernando; F, de Felix; R, de Roberto; E, de Ernesto... Está entendendo?

J.O.F.F.R.E — repetiu a telefonista — O mesmo do herói do Marne, não é?

Sim, senhorita — replicou o marechal — o mesmo nome do herói do Marne.

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GLORIA Glorias no céu, glorias na terra, glorias Sobre os campos de Marte, sobre os mares: "Por toda a parte, louros e vitórias, Refulgentes de glorias invulgares...

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Há gloriasas bandeiras : — são notórias A das águias andinas, singulares; Glorias dos povos livres; glorias, glorias Pela paz que retorna a todos lares;

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Gloria excepcionais a vencedores, A autênticos heróis da liberdade !

Glorias a Deus. às pátrias e às histórias.

Que se cobrem de glorias e esplendores; Glorias ,num preito aos mortos, com saudade; Gloria aos que voltam vivos... Glorias, glorias !...

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Recebemos : Esther Leão Cunha Mello, Fascinação da Amazônia (Pongetti, Rio de Janeiro. 1944). A estréia desta roman cista constituio uma vitória. O seu primeiro livro coloca-a desde logo entre as nossas principáis escritoras. Conhecendo bem a Amazônia, capitais e interior, vêmos nestae Paizagens e costumes páginas admiráveis flagrantes.

As descritos. personagens fixadas sem estão aqui bem exageros.

E o estilo êsse é simples, claro, correntis, sem arrebiques e contrafações, para embaír o leitor incauto. Duma familia de intelectuais, não nos surpreende o triunfo magmfico da nova romancista.Fascinação da Amazônia fica entre os bons romances do ano. * * * Sarah K. Bolton, Mulheres famosas de todos os tempos (Editora Universal Ltda., São Paulo, 1944). Este é um livro verdadeiramente empolgante. A tradução cuidadosa é de Maria Rosa Pazzanese, e os versos sao de Elisabeth Banett Browning, traduzidos e adaptados pelo de acadêmico Guilherme de Almeida. São biografias G livto interessante. mulheres eminentes, feitas de fôrma deve figurar nas boas estantes. * * * * — (Companhia Editora NaRichard E. Byrd. Sosinho — A tradução do Snr. Maslovva cional, São Paulo 1944) original norte-americano do Gomes Venturi foi feita expedição ao Polo Sul, celebre Alone. Descreve-se aqui a Ha magnificas descrições, 1934. em do almirante Byrd e abnegada, e de heróica expedição da relatos fantasticos cientifico. valor excecional * * * terceira série — (LivrfaCritica, de Álvaro Lins, Jornal ria José Olympio Editora) — Critico literário dum dos nossos grandes jornais, o autor está enfeixando em uma série de livros os seus folhetins semanários. Homem de inteligência e cultura, com um estilo próprio, o Snr. Alvaro Lins. afirmou-se como um intelectual de grandes méritos. Relemos com prazer as suas criticas, embór.i discordando algumas vêzes de suas conclusões. * * * Os versos Antônio Gustavo da Silva — Noites claras é que são escuros... * * * do Brasil— (Livraria José Olirn Poetas Jayme de Barros.

— livro este desse brilhante escribélo Um Editora pio tôr, tão pessoal. Os estudos sobre a nossa poesia, e as suas diver.-as escolas, são de destacado sabôr. Destacamos os capitulos sobre o Romantismo, o P^irnarianismo, e a conclusão.

• * * * Lucutno Cardoso, Novas Poesias — (Livraria Jo^é — Prosador e Olimpio Editora, Rio de Janeiro, 1944) livro de versos. poeta Lucití Cardoso dá-nos um bélo lindos.

Que mais Ha emoção nos seus poemas, alguns ? será necessário acrescentar G —

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Elliot Paul, Aquela rua em Paris -- (Livraria do Globo, Porto Alegre, 1944) — E' a história romanceada da grande guerra. Paris esteve sob as patas alemães quatro anos, dois meses e nove dias. Ha páginas horriveis, e outras tocadas dc imensa sensibilidade. * * * E mais : — tntre[ dois destinos, de mcaa nenyaii >— ^:iul" Universitária Ltda.. São Paulo, 1944) - - Um empolgante romance, bem traduzido por Yolanda Vieira Martins. Um livro para filme. Está sendo muito procurado.

Poesia e prosa, obras completas em três grossos voüi"tes, de Edgar d Alan Pae — (Livraria do Globo. Porto Ategre, 1944) — Grande obra , ela foi traduzida cuidadosamente por Oscar Mendes e Milton Amado. Poe vai figurar em todas as estantes. * * Raízes de Portugal, de A. A. Mendes Corrêa — (Edição da revista "Ocidente", Lisboa, 1944) — Está em segunda edição o formoso livro Raízes de Portugal. O autor é um dos melhores escritores do Portugal de hoje. O caPitulo sobre a Raça merece leitura atenta. Muito ele§ante a edição. * * Os humildes, dc Godofrcdo Rangel -- (Editora Universitária Ltda., São Paulo) — Escritor das melhores, enffeixa alguns contos simples e sugestivos nesta bonita edição. O une aos dois prefacio é de Monteiro Lobato, e amizade fraternal de quarenta ano.-. São explendidos

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contos.

* * figurão, de Sintílaif Lewis (Livraria do Globo.

P°rto Alegre. 1944) — Este é um dos melhores livros do famoso autor, e a versão é excelente, feita por José Geraldo Vieira. Vale a pena lêr O Figurão ¦

*

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Sól dc verão, de Marilia Ferreira Gonçalo. - * * AlSuma coisa de Portugal, de Gastão de Bettencourt. — (Coimbra Ltda., Lisboa, 1944) —- Este é um belo ensaio do escritor ilustre, que é um excelente amigo nosso, do aosso País. E' um ensaio ótimo sobre a alma romântica d° sertão brasileiro, na poesia e na música. * * - Na "Coleção A M»ne do Nilo, de Agatha Christie amarela" da Editora "O Globo" de Porto Alegre. :|:

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^e'ra Penna é um cientista e um escritor. Da familia cultural da P. E. N. Club acaba de nos dar um livro Profundo e interessante Botânica Pitoresca. Conhecedor ';erio das plantas do Brasil, da Europa e do Oriente es¦Creveu um livro de verdadeira ciência, e que todos estão tendo com imenso prazer. Escritor penetrante, de estilo simples e correntio. sem as torturas de frases refuscadas. * sua obra vai ficar no gênero entre as melhores que se h^ publicado.

Já no seu famosos livro Dicionário Bras ''"'« dc Plantas Medicinais êle nos surpreendia com "m livro de estudos sérios, de vasta pesquiza e erudição.

Agora com a Botânica Pitoresca presta ao Brasil um erviço inestimável, pois nos parece que esta obra no Senero é única no nosso país. O homem que lê não pôde °'xar de este livro que honra-a cultura e a graça possuir este escritor inconfundível. *

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que, segundo a última estatística publicada, nos Estados Unidos há ali cerca 2400 aviões particulares, muitos dos quais com autonomia de. vôo capaz de atravessar o Atlântico.

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nos Estados Unidos, as escolas não abrem aos sábados, sendo a semana escolar de apenas cinco dias. que o Sahara, na África é o maior deserto do mundo ; e que. ao contrario da crença geral, êle não constitue uma planície, mas sim uma vasta superfície ondulada, muito semelhante a um mar revolto. que o ornitorrinco, ou "platipus", encorttrado na Austrália, é o mais c tranho animal da criação, pois é quadrúpede, peludo como uma raposa, tem bico e pés de pato. põe ovos e amamenta as suas crias. que as três Américas, para que se tornem tão povoados quanto a Ásia é preciso que contenham de 700 a 800 milhões mais de habitantes além dos 250 milhões que possuerp atualmente. que os camelos quando sentem sede nas longas travessias do deserto têm a faculdade de farejar a água a grande distância ; e que, nas raras vezes que isso acontece, aqueles animais se lançam desesperadamente em busca dos poços abandonando a caravana sem que os seus condutores possam detê-lo:-; d. nenhum modo.

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Célebre PythaO goras, filosofo e matemático grego, dizia que a vida humana sofre a _ influência dos números. E êle tinha razão !

Assim proclamou llm jornal científico de Londres. E oaseando-se nessa asserção, o matutino inglês cita o nome de um individuo que na idade de 10 anos, queorou um dedo da mão direita, no dia 26 de agosto.

Três anos mais tarde, nessa mosma data, a pobre criança quebrou a Perna esquerda.

N° ano seguinte, sempre a 26 dc agosto, êle fraturou o braço esquerd0- Um ano deP°is no mesmo dia ÍQi êle atropelado P°r um automóvel <JUe o deixou bas[ante contundido. .A mesma data ainda lhe é fatal ¦y75 dias depois: cessa vez a perna oireita lhe é amPutada.

Uma tal sorce de acidentes fez o nosso homem tomar medidas enerSicas : todos os anos no dia 26 de agosto, achava me'nor ficar recolhio.0 ao leito. E asS1m decorreram 20 ?jnos sem que nada 'ne acontecesse de anormal. Finalmen le o pobre infeliz cansou-se de sua Prudência e um "Cio dia resolveu nao mais ficar acamade nesse dia faudico. Ao levantar, Porem, fê-lo com tanta infelicidade, 'We pela terceira Vez fraturou a *}a esquerda. O perin¦"¦eliz não se surPreende que o dia ^ seja fatal... pois Que é o duplo de 13.

-.Podíamos multiP^car infinitãmenesses exemplos ^e fatalidade.

Mas ^e tudo isso nada proVa- Cada qual vive como pôde, certo, Porém, de morrer "um dos 365 dias do ano. i i __ 19 4 5

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Prudência capitauzaçSd]^ TEMPERAMENTO E REBELDIA Quando o seu filho fôr desobediente, zangado, ."respondão", rebelde, não cruze os braços dizendo : "fulaninho é assim mesmo", "saiu ao avô", "é do temperamento"... Defeitos de formação da personalidade estão por trás disso tudo. A higiene mental en— 9 —

sina como evitar casos como esses, e ajustar a criança à situação normal em que deve viver.

Procure inteirar-se dos preceitos da higiene mental, para poder fazer do seu filho uma pessoa cordata, razoavel e bem educada. — SNES. O

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Rio de Janeiro

CAPITAL: Cr $ 2.000.000,00 - REALIZADO: Cr $ 800.000,00 - RESERVAS DE GARANTIA: Mais de Cr$ 15.000.000,00 OMALHO

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às portas do Carnaval. Já se ouvem, com a insistência das cuicas e dos pandeiros, o ritmo dos ESTAMOS sambas que enchem de alegria ruidosa a alma de nosso povo. Dos morros irão descer as escolas de samba.

Os foliões se aprestam para correr a cidade metidos nas fantasias berrantes. Nas lojas, surgem as vitrinas que convidam as pacatas criaturas a darem espansão a alacridade que anda escondida na consciência de cada um de nós.

Todos sabemos que o Carnaval é a suprema festa da alegria nacional. Essa festa paga é o desmentido mais enérgico da tristeza brasileira. Sabemos que, em breve, teremos as ruas, as praças e as avenidas povoadas de cordões carnavalescos. Os bailes se encherão de gente bulhenta e pândega- Nenhum de nós, por isso, necessita de ser advertido sobre o que representa para o nosso povo o tempo bem efêmero no qual Momo estabelece por estas plagas o seu reinado universal. E é justo que indaguemos à nossa consciência si devemos deixar que o Monarca do paganismo lendário invada os nossos lares e cante e saracoteia ao alcance de nossos ouvidos e de nossos olhos nesta hora dramatica da vida nacional. Não temos ilusões sobre a angustia da hora que vivemos. Temos a convicção de que a bandeira da paz tremulará brevemente em nossa Pátria.

Mas estamos vivendo ainda o instante cruel dos horrores da guerra. Temos irmãos e filhos, pais e amigos empenhados na batalha. Alguns já estão sob a terra, com a cruz da piedade cristã. Outros se acham nos hospitais.

Há muitos lares sentindo a presença da luta. Em tal circunstância, será justo que se saia à rua com o estandarte das escolas de samba, cantando e rindo na mais barulhenta das alegrias ? Aí fica a pergunta. Não é preciso que a respondamos. Cada um que retire da própria consciência a solução que acham mais justa, mais patriótica e mais humana.

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Caminhão rebocando um canhão "Howitzer" da FEB.

Êstes membros do corpo de sinaleiros brasleiros faz em parte do Quinto Exército Americano. Estão encarregados de manter as comunicações. O trecho de estrada de ferro em cuja margem se encontram, foi destruído pelos alemães em retirada.

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Vista do terreno no qual estão combatendo os brasileiros na Itália. A aldeia foi tomada dos nazistas. Os morros do último plano ainda estão nas mãos do inimigo.

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povo brasileiro acompanha, de coração paiO pitante, a ação da F.E.B. na Itália, e é com orgulho e satisfação que tem notícia da bravura, galhardia e eficiência de que dão prova diária os nossos soldados na dura campanha em que se engajaram.

Já que não podemos vê-los de perto, honrando as tradições gloriosas de nossas forças armadas, mantendo o terreno conquistado, suportando ó fogo do inimigo, sempre bem humorado, impetuosos e bravos, é um consolo vê-los, pelo menos, através de flagrantes fotográficos como os que aparecem na ampla reportagem aqui apresentada.

Aí os temos — os nossos alegres e corajosos rapazes — lendo as cartas de casa, andando nas cidades libertadas, combatendo, cumprindo as mais difíceis tarefas da guerra, com a despreocupação própria da juventude.

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LIVRE" e COLONIAL" (NAZARÉ - BAHIA) (Fotos B. Neli)

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homem de atitudes a ocupa ponderadas UM do prefeito poltrona municipal no edifício da Prefeitura. Sua paciência jamais se esgota, se bem ou° t^nha aue atender a 500 entrevistas quotidianas. Ele é, no momento, una organizador, fornecedor e distribuidor, e considera-se o padrinho de 30.000 flagelados de guerra. Duranfce uma quinzena conseguiu quase normalizar tcdos os encontrou locais, negócios alimentos para a população, cuidou de milhares de refugiados dos campos de batalha, reabriu cs mercados, estabeleceu a ordem, castigou quando necessário e consolidou as boas relações cc,m as autoridades locais. Dentro em breve transportar-se-à para outro setor devastado, onde deverá reiniciar a obra de reconstrução.

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Funcionários da O be?fi esttir da população vem sm primeiro lugar.

A.M.G. presididos pelo Duque \í.e Wellington, realizam uma conferência com os chefes da administração civil em Catania, afim d.? cuidar do problema dos abasteci mentos, logo no dia qu.e se seguiu à ocupação aliada.

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A distribuição dv noticias autênticas é da nuixima importância. Soldados britâniccs e norts-americanos, especialmente exercitados, trabalhando em conjunto com a A.M.G. encarregam, se, provisoriamente,' desses serviços.

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¦ A desorganisação é evitada nas cidades libertadas em virtude de cuidadosas disposições tomadas logo de início, sendo todas as informações e notificações dadas à população per iwt.% de alto-falantes.

Este homem que se encontra no de devastada, os oficiais da A.M.G. prensa e de palavra (dependendo da segurança militar) . acham-se diante da tarefa imediata gabinete do prefeito é um oficial do Em resumo, são os seguintes os obGoverno militar Aliado no Territode encontrar transporte, obter alirio Ocupado (A.M.G.). Chegou à ci mentos e impedir que irrompam epejetivos da A.M.G. (1) Auxiliar as dade com o seu estado maior, junoperações militares e permitir que a dimias de tifo e outras moléstias. tamente com o primeiro destacamenTanto quanto possivel a adminisguarnição militar seja reduzida pela to do exército de libertação, e, denorganização de forças policiais; (2) tração local é feita pelos funcionatro do mais curto espaço de tempo, Manter a lei, a ordem e a justiça; (3) lios locais que são convidados a prósintregoivse à tarefa de entrevistar alimentar e cuidar dos habitantes, seguir com o seu serviço habitual. todos os funcionários municipais que A A.M.G. dissolveu o partido fasde acordo com a lei internacional. haviam permanecido em seus postos.

Logo que tal se torna possivel, a cista na Itália, aboliu todas as leis Após uma comunidade ter sido subadministração é entregue ao governo raciais e descriminações contra inmetida ao "dominio do terror" pelas amistoso ou aos seus representantes dividuos em virtude de religião, "de tenforças inimigas de ocupação, quancondo sido mantida a liberdade que trabalham de acordo com a Codo a cidade foi destruída pelas bommissão de Controle Aliada. ciência, além da liberdade ds imbas e granadas, pede apenas duas Nesta cidade italiana a Policia Militar Britânica controla o tráfego. Ao Coisas: ordem e lei, e alimento. Cabe à A.M.G. providenciar para que raviu- la-do vêm-se membros dos "Carabinieri" que apfendem os métodos aliados, de modo a poder substituí-los o mais depressa possivel. pidamente disponha de ambas.

A A.M.G. não é uma organisação efêmera, nascida em virtude das exigencias de uma emergência súbita.

Logo nos primeiros dias da guerra, os chefes aliados compreenderam que a libertação dos territórios ocupados Pelo inimigo apresentaria múltiplos Problemas — problemas que apenas ¦m ¦ MB^^ poderiam ser solucionados pelo co^H Wmr^T' Wm6*>*^mm _E_i^^^^____ W^r _______! " *m ^*J______r __¦____¦ ______ ___B ______________r*_l__ R ______B _________ Ehecimento especialisado. Em vista disso, em Washington e e,_n Londres, íBliPr, _H H____;l_ r ____B_r /^Amwj.lAm foram estabelecidos cursos, e especia__________*«__¦ B__Bf__l ¦ ______ \ **-__ listas em todos os ramos de governo local submetidos a uma longa e exaustiva aprendizagem.

Exigía-se de cada — candidato o conhecimen_f _£-*>'<__¦ tq da língua do país no qual era des,,lrJSSmmmammmm---DHD -* tinado a trabalhar.

Deve-se obser_H____^_ff^^o_H ^^^«w ttwf var, neste particular, que muitos prefeitos italianos admiraram-se dos conhecimentos relativos aos assuntos *' mmm é»i'H»)n-r)*^^^ _______ - mm ___ 1 -ma» u .H __,-___ ammmt 1i . mm t*****r^^^ i locais de que dispunham os representantes da A.M.G. WW» _____i ^_______^_______F _r / ______¦ A confiança da população não é obtida por meio de palavras, mas sVm de atos. Ao penetrar numa çida-

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"FREGUEZIA DO Ó" (São Paulo) que figurou no "Salão" de 1944.

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BENEDETTI, o apreciado HUGO pintor cujo renome de dia para dia se vai firmando nos nossos meios artísticos, vsm de realizar mais uma exposição de interessantes trabalhos, sob o patrocúro da Sociedade Brasileira de Belas Artes.

Hugo Benedetti foi o detentor, em 1943, do "Prêmio Ilustração Brasileira", instituido por êste mensário. e mais de uma vez foi distinguido no Salão Oficial.

São da exposição ora realizada, e que obteve o esperado sucesso, os dois quadros que aqui reproduzimos.

"VELHA CHAMINÉ" — outra téla de Hugo Benedetti.

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Berilo Neves Diabo

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Férias

/"A êxito alcançado, pelo escritor Berilo Xeves com ^>o seu interessante livro "O Diabo em Ferias", de que s; esgotaram sucessivamente duas edições, impôs o aparecimento de uma terceira, que está sendo disputada pelos numerosas admiradores <ia sua

livros de poemas de Paulo Gustavo, dado o r e r. o m e conquistado pelo poeta das preferências femininas, são sempre recebidos com alvoroço jus ti ficado. " Alma de agora" é o mais recente, e tem despeitado o costumeiro interesse entre todos quantos já se habituaram ao deleite que sempre proporciona a leitura de paginas de verdadeira poesia. " Alma de agora" foi editado pela Livraria Civilização Brasileira e contem reternativamente sonetos — todos impecáveis ¦— poemas em que o poeta dá largas ao seu lirismo e a sua inspiração.

Cronista leve. de raciocínio agradavel e de argumentação cheia de saudavel malícia,. Berilo Xeves consegue sempre prender a atenção c é sempre lido com prazer.

"O Diabo em Férias", lançado pela "A Xoitc" Editora, é um dos seus mais homogêneos trabalhos, e enfeixa paginas saborosas, marcadas todas por ' aquele tom " venenoso do ex-acernmo inimigo n° 1. do belo sexo.

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Prado Ribeiro

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Paulo Gustavo

REALEJO % livro de contos "Bonitas e Feias", ultimo cujo r~^ ehastião Fernandes, apareceu em 1937, deu-nos agora nova mostra das suas qualidadesde escritor, com um volume de crônicas livres, interessantes e bem " urdidas, a que deu o nome de Velho Realejo".

E' um pequeno mas agradavel trabalho, em que o autor, figura das mais VELHO

verve e do seu humor.

POR

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conhecidas dos meios literários, e colaborador assiduo das nossas melhores publicações, traça comentários oportunos e pessoais ao quotidiano da \ ida» revelando suas qualidades de observador cheio de acuidade e humor .

FRANCISCO

rado Ribeiro, cuja obra literaria se vem marcando pelo esforço de descrever usos, costumes, folclore e caracter da zona, sertaneja, o que» aliás, tem sido conseguido de forma apreciável, vem de lançar á publicidade mais um desses tra"Por onde corre o São 1-ranbalhos. a que deu o nome de cisco."

Trata-se de um romance regional, no qual o apreçado autor estuda o meio social das.margens do São Frantisco e seus afluentes — e no qual movimenta com brilho e habilidade um grupo de personagens que dão vida aos fatos que narra e às paisagens que descreve. " F' mais uma contribuição preciosa do autor de Vida Sertaneja" e Sangue Sertanejo", que assim acresce, vantajosamente, o seu já considerável numero de livros publicados.

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Sebastião Fernandes

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Guy de Maupassant quem obEy serva, num dos seus contos, o«-._i _como são extranhas certas re^TõAçoes que nos ficam de um pasdistante: ha sempre alguma 710 ™ -« grava de .maneira indelével, •je nos mínimos detalhes, e nunca se «os apaga da memória, «o viva e nítida atravéspermanecenlongos *nos. História, ou simples decena, revivemo-la constantemente, no suave 5raSre da saudade, porque o tempo, POr mais dilatado que seja, não con^gue fazê-la esquecer. ,.Na°.uela manhã bramosa e nos'algica, enquanto a chuva, persistenmon^tona, peneirava lá fora, An»I.e sermo Flores relembrava, na quietuseu gabinete, alguns casos sentlm0 "dentais do seu longínquo passado. . ¦*. entre esses, um havia que êle Japudera olvidar, pois nem o lon^•«s °o tempo decorrido jamais o consesuira apagar, como uma esponja, do quadro da sua memória.

POra o seu primeiro caso de amor. então, dez anos de idade. Era jjinha, *lr-da um menino.

Um menino de curtas e feições delicadas, calças constatara por uma fotografia jí-mpépoca, aa com uns olhos grandes * vivos, nariz pequeno, lábios finos, o cabelo ondulado cuidadosamente ^ No retrato aparecia com ^partido.

Uln bleo traje "á marinheira", muito ao gosto dos meninos daquele tempo.

Freqüentava um colégio que °-aVa aulas, em elehorários diferentes, Para crianças de ambos os sexos. E *ra aluna do mesmo colégio, frequentando-o no período da tarde, graciosa menina loura, com feicr_a *oes de boneca, que morava exatadefronte ao portão da entrada, 2*en_e JJp outro lado da rua. Chamava-se Uma encantadora miniatura ^°rina. °-e mulher, precocemente sedutora, Rue já gostava de empoar o rosto, e um certo modo brejeiro de ^nha olhar e de sorrir.

Anselmo surpreendera-a, certa mani-», á janela de sua casa, quando ífanspunha o portão do colégio. orno que atraídos, os dois olhares f* «ncontraram. Corina sorriu , Êle sorriu também. Mas, ao mesmo temP°> sentiu por dentro uma coisa exHüisitaj que nao sabia bem explicar o .ue era. Um calor lhe subiu ao ros/*_ afogueando-o, enquanto as suas ficavam frias como gelo. j?a°s yinou-a mais uma vez, fixando-a com nsistência. Mas não poude contifjuar. Sentia-se desfalecer. Tinha a '•"Pressão que algo de novo e exraordináriode lhe estava sucedendo. ::. Que o pequeno Anselmo, na can?Wez dos seus dez anos de idade, esr*va começando a desvendar um dos na-s profundos mistérios da vida — tt-istério do amor.

Naquela manhã, não poude estudar v*elto. o rosto mimoso de Corina não do pensamento, e os seus ye saía. *Wps ~as azuis se sobrepunham ás pró"^ letras dos livros. Teve que fazero grande esforço para não trair •* segredo.

Começou, assim, com uma troca r6 olhares e sorrisos, aquele seu priíjeiro namoro. Um najnôro que con«i-ou> por vários dias, com a mesma de significativos olhares e sorr[°ca sos. corina sempre à ja=la. j; dla esperava-o a dia parecia mais enah-adoramente feminina, fazendo £alPitar com mais intensidade o e seu tiw,_,afão «urJo. de menino inexperiente 19 4 5

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Certa vez quando se dirigia para o colégio, veio-lhe ter às mãos uma carta perfumada. Disse-lhe o portador que fora a menina loura quem a mandara. Ao recebê-la, Anselmo sentiu uma inexplicável sensação. Uma sensação de íntima alegria, como até então nunca sentira.

Pensou logo em abrir a carta.

Como estivesse na rua, e temendo olhares Indiscretos, achou, porém, mais prudente deixar para abri-la mais tarde. Quando chegasse a casa, de volta da aula, poderia lê-la com piais vagar, letra por letra, palavra por palavra, saboreando deliciadamente todas aquelas coisas deliciosas que, certamente,. Corina lhe escrevera. Sim,' porque logo tivera um pressentimento de que aquilo deveria ser uma carta de amor. O próprio perfume da missiva, suave e embriagante, já o estava indicando.

Guardou a carta entre as paginas de um dos livros qut levava. E conti nuou o seu caminb.:, ansioso e satisleito. , Ao chegar ao p« -#o, lá estava Corina à janela, c sempre. Pareceu-lhe sorrir d ..ia forma ainda mais brejeira tio que das outras vezes. Êle tambe<m lhe sorriu, cumprimentando-a ligeiramente com um aceno .._*- mão.

Entrou, com o coração completamente descontrolado. Nem sabe como poude manter uma certa aparência de calma durante os primeiros momentos dos estudos. Pouco a pouco,. porém, fo? conseguindo controlar-se, procurando alheiar-se daquilo que realmente o preocupava e teimosamente lhe absorvia todos os pensamentos. » A certa altura, quando já parecia ter dominado o seu nervosismo de apaixonado, e após ter lido, de pé, por ordqm do mestre, um trecho do livro que abrira para a lição, eis que êle percebe certos ri-» comenta>roximos. rios entre os cole^ n a -otivo Não atina, a pri ..

daquele zum-zum e daqueles risos zombeteiros. Logo, porém, reconhe ce, entre as mãos justamente de um colega que, talvez por despeito ou rivalidade, vivia a dirigir-lhe indiretas, a carta perfumada que lhe fora entregue naquela manhã. E êle a estava lenao, tomando, assim, conhecimento de um assunto que o próprio destinatário da missiva ainda Ignorava, embora suspeitasse qual deveria ser.

No momento, tomado de súbita raiva e de vergonha, por ver assim descoberto o seu segredo, o seu lindo segredo, teve ímpetos de se atirar ao colega, rehavendo o que lhe pertencia e castigando o pelo seu ato indigno. Menino ajuizado que era, entretanto, compreendeu, num relance, que iria complicar mais a situação, comprometendose definitivamente perante o seu próprio mestre, que o tinha na melhor conta possível. Conteve-se, pois. Mas o sangue lhe fervia por dentro, e lhe obscurecia, por vezes, a razão, num desejo quasi Irreprimevl de vingança.

Nes.e mesmo dia, à tarde, já Corina tinha sido informada do aue sucedera. E não perdoou ao seu eleito o lamentável descuido, que tanto poderia comprometer a ambos, princlpalmente a ela, que tomara a iniciativa de lhe escrever.

No dia imediato, e nos outros que se seguiram, a janela da menina loura permaneceu sempre fechada, intransigentemente fechada. O desditoso namorado compreendeu logo oue nada mais podia aspirar. Estava findo o romance, estava morto aquele amor precoce aue lhe povoara dos mais Ündos sonhos o seu coração de menino.

E foi assim que, aos dez anos de Idade. Anselmo Flores sofreu a sua primeira desilusão amorosa. E, talvez por se ter desiludido tão cedo, não o surpreenderam as desilusões amorosas.

MALHO O

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£$e<t<oa DETETIVE

PARTICULAR Conto

C NTRE seus dedos delgados, a Ar jovem ainda retinha « ^ o cartão que trazia o nome da visitante, ali, sentada a sua frente: Elena M... detetive particular.

A suas ordens, senhora... Supõe, então, que seu esposo lhe >é infiel, e quer contratar os meus serviços profissionais para averigua-lo ?

Justamente...

E' um caso banal. Vulgarissimo. Carece de atrativo, de emoção... Enfim, para comprazer-lhe, aceito a incumbénçia.

Mnito obrigada.

Bem. Queira responder às perguntas que lhe vou fazer.

Pode começar.

Seu nome ?

Suzana Torres O de seu marido ?

Carlos Sandovai.

A idade de ambos ?

Eu, 28 anos ; éle, 35.

Há quanto tempo estão casados ?

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Há quatro anos.

Têm filhos ?

Não.

A senhorita Elena M... pareceu estranhar.

Não têm filhos ? !

Assim é.

Quais os logares que seu marido freqüenta ?

A Bolsa... os Bancos... pois êle é agente de seguros.

Vai também ao cinema, ao teatro, às casas de chá...

Sozinho.?

De uns tempos para cá. Antes, eu o acompanhava a todas as partes... "Agora", não. Por isso, também suspeito que...

Nada de suspeitas, por enquanto.

Quem trabalha sob a .direção de seu esposo ?

Uma secretária e um empregado, apenas.

Apenas ?

Sim. Em geral, as secretárias...

Dessa nada se pode suspeitar. E' a mãe do empregado, e fui eu mesma quem lhe arrangei o emprego.

A Sta. Elena M... extendeu a mão.

Vou vigiar seu esposo, seguir-lhe-ei os passos e, pelo telefone, comunicarei à Senhora o que houver... * * Três dias depois^, certa tarde, chamaram Suzana Torres ao telefone : Já sei -.quem é seu esposo... E' um homem elegante, ainda moço... Estou ao lado dêle... numa Parece nervoso... Espera alguém... casa de chá.

Consulta, a todo o momento, o relógio... Há um instante, realizou uma compra suspeita...

De veras ? Que comprou ?

Gravatas !... E' um artigo que causa espécie...

Que diz ?

A pessoa que êle esperava acaba de chegar...

Mulher ?

Não. E' um homem gordo... vermelho... Traz, sob o braço, uns rolos de papel... Falam... Tomam café... Adeus...

Ao anoitecer, outra telefonema.

Seu esposo acha-se em seu escritório com o homem gordo... A secretária e o filho receberam ordem para sai; mais cedo... Desconiio de alguma coisa grave... de um delito...

Hein ?

Seu espôço nurca falsificou dinheiro ?

Que eu saiba, não.. Espere... Ontem, deu-me uma cédula novinha... Pareceu-me que êle tremia... estava que pálido... Deixou-me apressadamente, nem sequer me deu o beijo costumeiro...

7 Até logo.

Na manhã seguinte, bem cedinho, a mesma voz : Tenho provas de que seu marido está enamorado...

De quem ?¦ Por ora, não sei... Ontem, comprou bon-bons...

Devem ter sido para mim...

Engana-se. Os maridos nunca levam bon-bons para as esposas... E se o fazem é para encobrir uma falta...

Ontem, a senhora almoçou sozinha...

De fato. Como sabe v Segui-o todo o dia... Saiu de casa cedo, vestido elegantemente... Esteve no seu escritório um instante. Saindo, tomou um taxi. Saltou no Suburbio. Ali, esperava-o o homem gordo... Tomaram o trem elétrico.. . Desceram logo adiante.

Separaram-se na estação... Êle levava os bon-bons... Parou em frente a uma casa. Uma jovem loura logo assomou à uma janela... Êle se apartou quase a correr, rumo à estação..

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a momentos, da casa mencionada saiu um cava-beiro.

O esposo da jovem loura ?

E' possivel... Logo, dar-lhe-ei mais detalhes, Pessoalmente...

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* A' noitinha, a «Senhorita Elena M... detetive particu,a* foi à casa da Sra. Suzana Torres. Estava fatigadissima.

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-. - MmhVsenhora, seu maridonão^alsifica^dinheira "*5s \ |r 1 m\WT no banco \ fmca notas velhas... É uma de suas manias. Diz que e por higiene O homem gordo, vermelho, é um arquiteto... Os rolos Seu mando pensei edi?lcarPapel eram projetos de construção.casa defronte à qual ea*j£_y__W_\z ua» chalé .. no estilo daquela kve tanto tempo parado, e que foi construído pelo gordo.., E drTmmeu marido está enamorado? Estou an¦"osa por sabê-lo ¦ EnTmorado ? O que êle sente é uma paixão imensa...

Por.. \ Diga, diga depressa !...

Pela senhora !

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deixou a casa E a Sta. Elena M... detetive ^ Suzana Torres, apressadamente. particular Nem sequer quis receber 08 honorários.

— Renuncio a eles, minha senhora — disse. — Esta uiestigaçã0 foi, simplesmente, uma vitória profissional.. * ^anabém uma derrota. Adeus.

• E, enquanto se afastava, a Sta. Elena, detetive particular, a Pensando: v,, — Uma derrota... sim... Ela não póde compreender 5^ melhor assim... Mas... que homem interessante é Carlos ^ndoval!! í\ dizer que, de seguí-lo-tanto, sem saber como, acabei • pôr me apaixonar por êle...

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que estava num planalto — alto... e que ao longe via SONHEI água — mar...

Sonhei que no planalto também estavam, comigo, dez homens a medi-

"S O N HO DE UM

BRASILEIRA ALMA CUNHA MIRANDA

tar Eram : — um Chinês, um Russo, um Hindu, um Português, um Italiano, um Japonês e um Francês. Também lá estavam um Americano do Norte, um Alemão e um Inglês.

Cada um, com o olhar no horizonte imerso, no próprio idioma a opinar por sua vez.

Curioso... Como eles se entendiam !

E como eu os compreendia a todos dez !...

O assunto (se por estarmos lá tão : alto) era elevado e místico a valer — sobre as forças que regem nossa Vida e o Deus que criou o nosso ser...

Extranho... A linha do horizonte 'que fitávamos, em vez de estar no ni^ vel do local ou a perder-se de vista nos céus, estava lá embaixo... ã fímbria do planalto, aos nossos pés...

Que horizonte se nos deparava !

Um Grand-Guignol... Um Dramalhão !

Terror ! !

Creaturas a lutar umas co'as outras !

Clarões ! Faíscas !

Chamas e trovões ! !

Mas como se desencadeara tempestade na terra? !

Que terriveis esses seres giam com sua fúria desde nuvens às profundezas do A Arca-de-Noé já de via!...

essa

que abranacima das mar !... nada ser-

O cume da montanha mais além — fora de alcance — nos com seu riso branco-de-neve mente ruborizado pelos beijos Poente

alta — mirava ligeirado Sol-

E cada um de nós a sentir a impotência de nossas forças, e a querer pôr fim a esse horror !

Finalmente, as vibrações, de amor e .solidariedade ao sofrimento humano, de nós emanadas, a se fundirem, foram de tal poder gue, de súbito, perplexos, todos nós vimos matérializarem-se essas vibrações em colossal bloco de graníto de aparência etérea porém de porte sólido.

Suspenso por tênues fios de aço distendidos qual faixa de ondas Hert-

zianas vinda do céu, no ar quedou se por alguns segundos...

Nossa tensão de nervos em expe ptativa...

E num repente, como que lançado por forças ocultas de gigantesca*] proporções, precipitou-se em direção ao horizonte, que ainda há pouco contemplávamos, numa avalancW fulminante, Impiedosa, destruldora 1 Como por encanto cessara a tem* pestade humana...

Ali, embaixo, ficaram sepultos °s ódios, as intrigas, iras e ambições; as políticas, as vinganças, as misérias e suas fermentações — tendo por lápide-tumular o bloco de granito concretizado pelas forças do Amór> do Bem, da Solidariedade-Humana!—x— E... No planalto nós nos entreolhámos, eu — a Brasileira — e 0$ homens que eram dez...

Estávamos de-pé a meditar — com a alma de-joelhos, em êxtase, tal- I vez,..

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MALHO

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OSVALDO DE SOUZA ESILVA

em meu quarto, no meu leito não podia dormir - pensava em ti.

Pensava: - Era, decerto, um amor perfeito, o que desabrochara no meu peito, Alta noite,

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no dia em que te vi.

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pensava; aroma que enebria de jasmim, me envolveu - como o senti!

No jardim jasmineiro algum havia.

Assim

Quem sabe o aroma bom, porque pensava em ti ?

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eu o sentia, %

Não podia dormir. Tão penetrante tornara-se o perfume evocador que sai para a rua delirante e pude ver que havia, pouco adeante, por traz: do muro, um jasmineiro em flor. és - pobre de mim ! nada sou, nada valho, incréu e impuro.

Não florirás jamais no meu jardim I

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Inatingível

senão como o jasmim do jasmineiro em flor, atraz do muro I

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Não te terei,

Quanto

te quero !

quanto !

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mesmo assim 1 id

MARIO NUNES

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1 9 4

25

OMALHO

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GÊNESE ANSELMO

MACiEIRA ILUSTRAÇÃO DE GOULART

do casal transcorria, nesse tempo, cheia de silêncios e de Ávida espectativas. As palavras cederam lugar entre os dois a linguagem serena dos olhares e dos gestos. Eram instantes demorados de mudez e de amor. Horas de ausência, em que os seres fogem para viver na distância e na beleza. Sentiam na ponta dos nervos a presença dessa plenitude que é o gosto suave da felicidade terrena. Os dias desfilavam morosos e claros. Cintilava um sol de prata nos telhados vermelhos. O verão. Árvores imóveis, mormaços iguais. Nem uma nuvem, nem um pássaro. Apenas a extensão, o horizonte vago. E as noites imprecisas, as noite sem sono, quando as angústias crescem mais e as mãos errantes erguem-se para colher os astros. O amor está presente. Uma compreensão das almas no silêncio, pacto dos corações na harmonia e na morte. Armadura inconsútil dos seres na luta contra o tempo. O equilíbrio mágico...

Iria perpetuar-se naquele filho.

Uma vida marchava para a terra.

Duas almas se iluminavam para a festa da maternidade. Ante o deslumbramento dos que esperam, iria desenrolar-se aquela mensagem viva. Que milagre imponderável iria consumar-se ?

A esperança e o medo em face do mistério. O segredo.

Havia Juliana. Existia, agora, mais forte do que nunca. Encerrava o sentido da sua existência. Outrora fora um inquieto, gastrônomo incorridores e de prazeres. Chegou ' agivel de julgar-se um sentimental, vindo a compreender, depois, que esta palavra não explicava coisa nenhuma. Fora um triste. Desse fato não podia duvidar. Alguns seres humanos prendemse demasiadamente a tudo o que vai passando — até mesmo o tempo tem,

O

MALHO

para eles, um sabor amargo.

São os '''¦-"'iWmmmmZ^ " inadaptados, portaA ^K^H-BB dores* da nostalgia Homens perene. procurando a infância que perderam.

A infância é a percepção sem a compreensão, das verdades da terra.

Uma conciencia sem ser uma dôr.

A felicidade é um cartão postal: va...rAMtâiSmmmmmWíyZ: Z/T. ^fe ¦fefjgjffe^Mjufafe, ria infinitamente. ¦jSmto r$ff*il~** tow m ¦'tmmmtomm\ UJh-J( Ato _M__^^ Pode trazer uma — lãrnS' *m\\ Z^A^t paisagem, uma fihumana, uma gura mmW^ mTZr mwLwmmmmm\m^Am* ** palavra. A infância era o cartão mmm^Ím^^ mútoto 5ÊÍi!__\^_|É_P^^^ postal que êle desejaria receber — outra vez — do destino.

Novos roteiros, novas tempestades. _B_k.

Uma possibilidade no ventre de cada tivas. Adorava as velhas árvores. dia. O tempo é o banquete dos Olhava os astros na imensidade noturinquietos. Estamos quasi a atingir um na. Passam as luas e os dias, o tempo determinado objetivo. De repente, o bom e o tempo máu. Só não passa o imprevisto acontece. E as'nossas andiálogo sem palavras entre o homem * gústiás adormecem como um sol no Deus. Só não passa o universo. Seus poente. Na sua vida, o imprevisto foi Juliana. Um dia ela surgiu, mansa e pensamentos seriam novos ou trarian1 o signo de mil anos ? Que saberemos bela. Vira Juliana criança, os seus pés nós da continuidade das coisas, do | vadios ainda pisavam a poeira dourada dos caminhos. Entretanto, só iria amápassado e do preséfite ? E do amanhã- ?

Juliana fora Uma resposta. A vida Ia depois, quando a idade tornou lumihumana é um gesto em direção ao nosos os seus olhos e amojadas as suas desconhecido. Juliana trouxera a êle formas. Juliana gostava das plantas e a serena revelação desse desconhecido. dos animais. Gostava dos carros-deEla aprendera com a gleba o segredo bois que falam às distancias e dos trens da doçura e-da profundidade. Em seus que apitam de noite. Só os gatos grilábios havia ressaibo dos sabores étertam com mais alma do que as locomo-

.^

*j°s; Trazia na pele de bronze, na auaacta do seio um esplendor juvenil, «morava a mãe-terra. Seu silêncio que fade horizontes. Os cabelos negros. *•^«o "•fegria que - dorme no fundo dos 0,hos. A sugestão.

O estremecimento.

Buscaram juntos o país das sagratoa harmonias. Conheceram o paraíso Próximo. E agora o filho, no ventre de resto, a agiQue importava /wana. **Çao enorme ou -aquele o canto laneiBJjJtei vindo das cavernas da noite ? *freve não restaria uma nota si^uer, *°s seus ouvidos; os sons preferem gi«etear horizontes, no lombo dos ventos. fomento só o filho despertava inf*0 ^wogações, alimentava cismas.

A ges^Çao tomara conta do corpo de Juli¦pa. Ela dormia. As musicas interioos sonhos. A quietude das sombras, ^s. «os cemitérios abandonados, os cadaVei!es_ estariam mais envolvidos pela solidão e pela morte. Lá fora a noite escura, a noite maior. A Via Lacjnais tea, as estrelas, o vento...

Funambulava pelos espaços granr^s> o fantasma das horas mortas.

Sensação indefinida dos minutos Vfto desfilando. Esse mundo cheio que de e de perigos. A hostilidade ^Pinhos "as coisas e dos homens. Um cárcere aberto aos sonhadores, um calvário reservado aos profetas. A comunhão cos^ca. Sntia medo, irmão da treva e da ausência. Seu filho, ritmo que se fazia carne, estava inemediavelmente condestino. as rudes do provações penado O futuro é a possibilidade e a dúvida.

O bom e o mal. A ilha de Sancho ou 0 rochedo de Prometeu. Além das en^fuzilhadas, na claridade do amanhã.

Sonatas melancólicas da miséria e fome. O delírio coletivo, inútil e j*a Drutal. Ciclos dramáticos de civilisações íue sucedem. A humanidade destroe e a construir. Falta finalidade ao j*r»a <*raroa incessante. Uma caudal que ain**a não encontrou o oceano definitivo. de tudo, o desejo indomável, j^Pesar ^"üdo marcha. Para os galarins e para 0s declínios. Para a transfiguração e Para a morte. Ante a grande inércia das rochas e das coisas e o olhar indi-

ferente das estrelas. Apesar de tudo.

A atração irresistível da voragem. O fogo eterno na pira das substancialidades transitórias. A história é um sepulcro de babilônias. Dos império antigos, só perdurou a mudez tranqüila das ruínas. As metrópoles contemporâneas são outros infernos. O mesmo tédio, o mesmo nada. Sangue e pó. Guerra e paz. Faces incendiadas no ódio e no amor. Bocas que blasfemam e lábios que murmuram: Gritos e preces.

O turbilhão. A felicidade, mais distante. Que estranho nirvana procurará a espécie humana . t\ guerra, a dansa macabra da morte. O frio e as longas peregrinações...

Cedo, seu filho seria colhido na emboscada sem tréguas do próximo. Às voltas com a maldade, e a incompreensão. Um débil — e a sociedade se encarregaria de humilhá-lo. Um iforte, dotado dos elementos para o sucesso pessoal — e despertaria a inveja hostil dos incapazes.

Indispensável uma couraça no choque desigual. Serenidade e sabedoria. Firmeza e persistência. Força e convicção Diria ao filho, que dorme um tesouro na alma dos simples.

Devemos ignorar os truculentos e estimar os fracos e os humilhados. Amar a liberdade que é o supremo bem do homem. Cultivar a saúde. Não trair jamais, pelo rosto, as emoções interiores, porque u'a multidão de perversos está presente — aguardando a oportunidade de triunfar sobre as nossas fraquezas.

A solidão de cada um. "Onde estão os: amigos ?" — bradam os aflitos, através de todos os séculos. Sim, a humanidade é uma súcia de bárbaros. Precisamos enfrentá-la com espírito de renúncia.

Fechou os olhos e mergulhou no outro sono. Na quietude essencial da carne.

O sono que não tem sonhos e não tem morte. Viagem pelo desconhecido.

Quanto tempo duraria ainda ? Talvez, em breve, o sol remendasse a cortina clara do seu quarto. E os gaios cantassem na manhã rubra. Sim, a madrugada. O perfume no recesso dos bosques e o orvalho sobre c limbo tremulo das

folhas. Poema das águas sussurrantes.

Das cigarras despertas. Dos viajanfes qué partem. O recomeço. Por enquanto o sono, a mudez das silhuetas noturnas.

O infinito da planície sem fronteiras.

Dois olhares que não dormem, prescrutando os enigmas do novo sêr.

Vigília maravilhosa. A inocência. O pranto musical na"casa pequena. "De hoje a vinte anos..." Os bentevís continuam cantando nas auroras outrnais. "Êle vai ser alto e belo..." E os campos cada vez mais lindos, mais verdes.

"Amará a terra e a distância..." A planície varrida pelo vento do mar.

A eletricidade das emoções simétricas, nos corações. Os sorrisos. Os beijos de Juliana, ao som de epitalâmios diferentes. A chaminé fumegante, nos dias de inverno. O tempo, as chuvas. A melancolia do Angelus no sino da capela.

Orações na pureza íntima das almas.

Juliana, Juliana... Seus gestos tornam-se mais tranqüilos no esplendor da maternidade feliz. Um abôio na tarde bonita. Urubus em bando sob o crepúsculo. "Pernoitarão nas matas, ao norte..." A discrecão das linhas. Um acalanto. Juliana embala o seu filho. Um leve temor, um leve pressentimento.

A ternura infinita. Nada mais. A noite próxima. A Via Láctea, as eslceias, o vento...

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II—

1945

CONSELHOS DONAS

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seja eu o menos competente para dar estes concelhos, TALVEZ pias não resisto à idéia de provocar umas tantas cócegas e escandalosinhos, tão freqüentes numa casa em que o marido é o que manda espiritualmente e mulher materialmente.

Regra geral do casal seria a da mulher mandar em casa abstraíndo-se da ingerência do (marido, enquanto este e que manda nos negocios extra-caseiros, sem ingerência da mulher tvê lá se isso é possível). fato da mulher recomendar ao marido de voltar para casa sem demora já não tem mais consistência, em virtude dò remelexo dos transportes, das filas, etc. Se o ciúme é um diabo de intrometido, é muito aconselhável eftitá-lo, porque certas alusões podem criar idéias que o marido não tinha. Ha maridos despeitados, os quais só por birra, por pirraça ou represalia, fazem conta de voltar tarde para casa.

Vamos, agora, ao caso. Suponhamos que o marido esteja fóra tratando dos seus negocios ou similares. E' a ocasião de realisar os arranjos da casa, limpesa, cosinha, etc.

— Não pratique a lavagem da casa ou ao enceramento, pouco antes do marido chegar. O menos que pode acontecer é o marido levar um trambolhão e ver se obrigado a passar uma descompostura que tem de ser inventada no momento.

DE

A'S CASA

MAX YANTOK — Não mande seu marido entrar na fila do leite, da manteiga et quibusdam alis porque nessas filas não — Não acorde seu marido, dizenfaltant pequenas que não procuram do-lhe que vai ficar atrasado no sersó leite ou manteiga, mas uma conviço, porque ele, nos tempos que corversa muito chfegadinha. rem, não pode mais andar sentado — Muito cuidado ao revistar os no bonde e, portanto não pode dorbolsos do marido, deixando-lhe só os mir aí, como fazia antigamente. níqueis para o bonde, porque pode 10 — Se o marido estiver de ferias, 'neles, alguma ratoeira muito haver não o "convide" a fazer serviço em prejudicial para os dedos. Pode, em casa, porque ele pode estragar mólugar dos niques, agora tão escassos, veis que agora custam os olhos da encontrar passes da Light ou um lote cabeça, quebrar louças que podem de caixàs de fosforos, algum caderservir de projeteis numa refrega. no de notas taquigrafadas que obri11 — E' preferível esvasiár a gegam a recorrer a um interprete. ladeira a colocar cadeado nela, no — Não troque as etiquetas nos sentido de evitar certos sonambulisperfumes e cosméticos, pois isso muimos famintos. to prejudica as piratarias do marido, 12'— Se seu marido costuma cano qual pode trocar uma loção por um tar arias de operas no banheiro, prodepilatorio e ficar careca para todos cure acompanhá-lo ao piano. E' proos efeitos. vavel que ele deixe de cantar ou que — Não é raro o marido lamentar levp o rádio para o banheiro. a comida mal cosinhada, especialmerv 13 — A economia é a base da próste se feita pela patroa. Muita eStrateperidade. Isso se dizia antigamente, mas agora quando nãó ha meio de gia nisso é necessária. Em lugar de discutir sobre o as&unto, empregue a infazer econoania também não ha ventiva, confecionando pratos novos meio de se gastar. Se o marido facom comida disfarçada fazendo paslar em economia, a boa dona de casa sar por carne alguns legumes, fazentem um ótimo argumento, aconsedo passar o gato por um coelho ou lhando-o a economisar as palavras. misturando banha com purê de ba14 — Evite as recomendações, não fazer isto, não fazer aquilo, porque tata dizendo que é manteiga. isso é inútil, pois vai lembrar-lhe jus— Se o marido costuma voltar ta^nente o que se esqueceu de fazer, tarde, tirando o sapato para não acordar a cara metade, não espalhe o que é sempre o oposto do que a taxas chão cara metade costuma aconpelo selhar ou recomendar. O espara que êle estrile ao apanhar pirito de oposição é um fato, de outra maneira algumas nos pés e não haveria guerra. denuncie com o estrilo a sua presença em horas clandestinas.

— Mande ins talar uma lajnpada elétrica bem acima da pçrta de entrada, para que seu marido possa facilmente encontrar o buraco da fechadura ao regressar, não mas ponha campainha de alarme na fechadura.

— O rolo da massa e outras ar(mas secretas devem ser abolidas, por ilfc# serem objetos obsoletos que já tem sua contra-ofensiva.

28

no "divan", Paulo Oustavo lia o célebre livro de NieDEITADO tzsche — "Ainsi parlait Zaratnoustra".

Na sala tepida a luz do sol, coandoatravés das cortinas, iluminava ^«ocemente o ambiente.

Paulo deixara cair o livro, doce iassitude invadia-lhe os membros, "fazendo-o adormecer, e um sonho transportou-o a uma época futura, ein longínquo país. vira-se numa cidade desconhecida. *° sair de casa, a primeira cousa que Jhe chamou a atenção foi o fato da População do lugar andar completanúa, olhando-se os transeunj^nte les indiferentemente. intrigado, dirigiu-se a um tipo que ° olhava espantado, vendo-o metido n° suplício chinês dò trajo complicado do século XX. ~- Mas o houve no mundo que 0 tranformouquedessa forma, amigo? *— Amigo, não. Não há amigos...

Mas...

Está bem. É natural. Você paum selvagem estupito do século j^-e r^x. tal como se vê nas gravuras do ^useu Histórico da Idade Barbara...

"— Oh ! ! ! ???

Há se fundaram academias séculos o que estudo de Nietzspara e criaram-se grandes estabele£."e c oinidas i_ntos' onde as creanças eram repor ordem do governo para uma educação de acordo ^ceberem com os principios do célebre filosofo. om a nova educação, os habitanteá aram_se insensíveis e dispensara todas as inutilidades, salvo a j.111 embora muito reduzida, te!_.entaça0, e os requintes de palari ««ar dasacabado épocas meio barbaras de utrora... conforme nos contam os uvros históricos.

Nem ao- menos deixaram os pobres gastronomos em paz; gente sempre tida em conta de inofensiva...

As civilisações antigas tiveram lento progresso por possuírem viceras aflitas, segundo nos diz o grande filosofo alemão... No principio entenderam de suprimir completamente a nutrição, mas essa lei chegou até a provocar uma revolução dos menos convictos da insensibilidade budista.

Os mais fanáticos conseguiram insensibilidade de "fakir". A maioria, porém, se revoltou contra o jejum filosófico. ?

Com a diminuição das necessidades de vida os camponêzes puderam impôr-se aos patrões, oferecendo-lhes maior resistência. Além disso, com a sobriedade com que viviam e o aumento dos salários, eles reunisam algum capital e recusaramse a trabalhar em terras alheias, podendo adquiri-las; o que produziu a divisão das propriedades, agrícolas proporcionalmente às necessidades (". o s habitantes. Os fazendeiros, lírandes latifundiários de outróra, ti"eram de lavrar as suas terras com cs próprios braços. Também multo contribuiu para isso o fechamento das fábricas de artigos desnecessários que, antigamente, ocupavam grande número de operários, os quais foram trabalhar no campo em terrenos pertencentes ao governo, favorecendo à socialização das terras, devido à concurrencia que faziam aos produtores capitalistas, arruinado-os.

— Então desapareceu o capital?

— Até bem pouco tempo havia ainda milionários que viviam, nas grandes oidades, do comércio das máquinas agrir\ (_' <-y colas, — única in/_ / / dústria que, então, existia.

Entretanto o governo resolveu implantar o cooperativismo para destruir esta reminiscência da é r a da barbaria. Além disso tal tendência já existia na classe agrícola, que repre-

ljip_C T \W

ii __ 19 4 5

29

E.

VICTOR

VISCONTI

senta quase a totalidade da população do país, a qual formava cooperativas para atender a serviços de interêsse geral. Em razão do desaparecimento das indústrias inúteis, os grandes centros urbanos cairam em ruinas e foram substituídos por pequenas e aprazíveis cidades, que, antes, parecem encantadores jardins.

Nisso houve progresso.

Nisso e em tudo mais. Os grandes edifícios, construções brutais, anti-higiênicas, em que habitavam vários indivíduos, Sem ar suficiente, foram demolidos, dando lugar a pequenas vivendas, cheias de ar e luz; as habitações são todas iguais, simples e confortáveis. O atrazo acabou-se. Agora vivemos a vida racional...

As cidades assim se tornaram mais belas.

Belas ? Ah !

Ah ! No Ah ! mundo não há belo nem feio, bom nem máu, prazer nem dôr. Existe o que existe. O mais são palavras arcaicas do tempo em que os homens se iludiam com preconceitos.

Como se chama essa cidade tão original?

—. N.° 1. É a capital... Tudo agora é por números, visto cada nome encerrar quase sempre um preconceito. Os adjetivos qualificativos foram riscados dos dicionários. Não há mais o que qualificar... Os substantivos concretos substituídos por números e os abstratos eliminados por inúteis. Até da linguagem extirpámos o preconceito. Se falo com você na lingua doutros tempos, — empregando adjetivos, é porque, nas tíoras em que não tenho que fazer, vou pára o museu estudar, os tempos bárbaros.

Mas como conseguiram esta transXormaão?

A custo de muito' esforço, muito desvario. No começo, uns julgavam o super-homem superior à própria morte, daí grande número de suicidios, e o extraordinário livro de Ibsen — "Romersholmer" — viveu a sua realidade. Outros viam o superhomem, na impassibilidade budista e disso resultou muitas mortes por inanição. Os alucinados deixavamse morrer de fome, completamente . imobilisados. Outros divinizavam a força e o prazer, atirando-se a um epicurismo degenerado e feroz e tripudiando sobre tudo e todos para aicançar riquezas, poder e prazeres depravados. A maioria felizmente procurou criar uma humanidade melhor e mais feliz e produziu a nossa civilização perfeita. Não existe mais governo. Cada um age de acordo com sua consciência, dirigida pelo instinto de conservação, sublimado pelo ideal coletivo, da conservação da espécie. A seleção racial e o aperfeiçoamento intelectual permitiram que o indivíduo colocasse, acima do in-

(Termina no fim da revista) O

MALHO

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P MM70 i Na lição dos

grandes mestres Proí. HUMBERTO GRANDE

SÀO FRANCISCO DE ASSIS a reconstrução do mundo, para o aperfeiçoamento da personalidade, a sublime lição de S. Francisco de Assis é do mais PARA alto alcance possivel. Foi éle que, dominado por intensa fé e desejo sincero de imitar a Jesus, reconstruiu a Igreja nos seus fundamentos, e pirmitiu a esta instituição desempenhar o seu papel civilizador na história; foi êle que vivificou o ideal cristão na humanidade através dos seus humildes missionários, que espalhados por toda parte, com abnegação e desinteresse, doutrinaram os ensinamentos imortais de Cristo; foi êle que empolgou milhares de pecadores, convertendo-os para a prática do bem e da caridade A obra do grande Santo ainda hoje continua dentro das suas finalidades, e no futuro terá que ter, por certo, maior sentido. Sim, porque S. Francisco, em vida, atingiu o auge da perfeição humana. Assim deu ao gênero humano uma fição de caridade de fraternidade, bondade e profunda humildade, uma lição, enfim, de verdadeiro cristianismo e da mais alta santidade.

Mas S. Francisco não se limitou a doutrinar e pregar. Êle mesmo, por meio de atos e'realizações expressivas, proporcionou o exemplo vivo das virtudes que ensinava. Desde moço, quando tomou consciência da sua missão humanitária, fez votos de pobreza e humildade. Por isso inteiramente despreendido das apetencias materiais e livre das preocupações mundanas, arrancou do corpo as suas roupas de jovem rico, para se meter em vestes andrajosas, num misero hábito com um cordão a cintura, e descalço e sem nenhum recurso, seguindo as instruções do Evangelho, na mais nobre imitação de Cristo, poz em ação o seu programa, levando sempre uma vida rude e dura. Extremamente sóbrio, comia apenas para não morrer; dormindo poucas

Ilustração d* Goula*1

horas, em leito tosco e sem conforto, trabalhava incessantemente no seu grandioso apóstolado. Assim, em constante estado de jejum e de oração, era desejoso de conquistar o coração dos homens, para conduzi-los, pelas suas atitudes elevadas, a prática dá conduta cristã. De natureza bastante sensivel, apiedava-se de Iodos os desgraçados e infelizes, querendo confortar-lhes a alma com a força aas suas convicções. Neste sentido encaminhou a sua fecunda atividade, animada pelos sentimentos mais altos de caridade, paz, amor e fraternidade.

Tornou-se, por tal procedimento, a personalidade mais impressionante do Século XIII e uma das figuras mais significativas da história no terreno da moral e da religião. Esse fato vigoroso revela a capacidade criadora do cristianismo, que domina ainda hoje a nossa civilização. Êle influiu poderosamente em todos os seteres da própria cultura moderna. Aliás, na história da humanidade, as religiões sempre governaram os povos, quer no Oriente como no Ocidente. Por isso, a religião constitue a força vital da cultura, como podemos estudar também nas- manifestações do confucionismo, budismo, islamismo, etc. A crença e a íé sempre foram, realmente, as supremas forças civilizadoras.

As religiões é que possibilitaram as grandes civilizações.

Quem estuda história, e não compreende esse fenômeno, nada Percebe daquela instrutiva disciplina.

A religião pura, sentida, compreendida e praticada, Melhora o homem e o encaminha para a perfeição.

A vida e a obra de S. Francisco de Assis evidenciam essa verdade. Daí a importância da religião na cultura para a hierarquização dos valores, de vez que ela estabelece a ligação do humano com o divino, isto é, com o Sêr Supremo. Assim, o sentimento mistiço é rico de espiríValidade, e. inunda a alma de alegria e entusiasmo.

Por isso mesmo, a religião é um valor insubstituível no que futuro desempenhará um papel cada vez maior, à proPorção que o gênero humano adquirir unidade mental, moral e cultural.

S. Francisco de Assis é a expressão máxima do Verdadeiro sentimento religioso, consubstanciados no' rico conteúdo ideológico do cristianismo. Êle, mais do lue homem de ação, era poeta e artista. Possuía muita "ondade e ternura, mas também grande sentido da beíeza e da arte. Não há duvida que uma personalidade assim tâo poderosa tinha que exercer a maior influen-" C1a. E foi o que aconteceu. Logo no inicio da sua pre^ »aÇão, S. Francisco encontrou os mais dedicados dis1 I — 19 4 • ¦ • ,

çipulos, que foram os seus esforçados colaboradores.

Fundou, deste modo, uma confraria, que se ampliou rapidamente, extèndendo o seu raio de ação em todos os paises. E estes fervorosos franciscanos nada poupavam na sua obra de evangelização e propagação da fé. Desprovidos de recursos, mendigando de porta em porta, com o firme propósito de renuncia e privação, sem nada quererem ter, lá iam eles, confiantes metidos no seu burei pardo, com uma corda a cintura e descalços, nas estradas poeirentas dos países mais longínquos, pregando a paz e as virtudes cristãs. E o movimento, que teve apoio da Igreja Católica, cada vez mais aumentava, com entusiasmo crescente, determinando a maior repercussão em todas as classes; através da preciosa cooperação de Santa Clara, uma das mulheres mais notáveis da história pela sua abnegação e caridade, fundou-se nova organização, que trouxe a participação feminina na atividade daqueles fieis e dignos imitadores de Cristo.

Tal influxo, depois do estabelecimento da Ordem Primeira e da Ordem Segunda, culminou com a Ordem Terceira, na qual também podiam ingressar as pessoas, as quais, embora casadas e presas a interesses de ordem material, ou de outras condições sociais, desejassem seguir, no possivel, as normas da vida piedosa daquela Irmandade.

A obra de S. Francisco, animada de intensa fé e muito amor, visando operar uma transformação espiritual no homem, empolgou o mundo inteiro, alcançando, pelas suas extraordinárias realizações humanitárias, o maior respeito e consideração. Assim influenciou profundamente a sua época nos mais diferentes sectores sociais e culturais, deixando sentir a sua benéfica orientação na arte, ciência e filosofia, e muito principalmente, na literatura. Neste sentido é que se pode falar da existência de uma verdadeira éra franciscana.

A imortal lição de S. Francisco de Assis merece, pois, especial atenção da humanidade inquieta e angustiada de hoje, que vitima do egoísmo, do ódio e da violencia, sofre terrivelmente a maior tragédia de todos os tempos. Em razão dessa imensa desgraça, ela necessita da pregação do grande Santo, que se agora voltasse ao mundo, dirigir-lhe-ia, certamente, como costumava, sua pacifica e tranquilizadora saudação : — "QUE O SENHOR VOS DÊ A PAZ".

S. Francisco de Assis é • o símbolo impereçivel da humildade, abenegação e paz.

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MUDANÇA DE MENTALIDADE _fl

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BELARMINO VIANA

ordem velha. O sentido de liberdade anula ___B3m^Bt_/ ^9uH ^^l^^^»^%»C\^^B pressão — conservadora dos hábitos e costuarcaicos. mes m—^jm »^^Bp^5^*;'^^^^^ ^^^^^^La»»»l O povo, por tantas maneiras comprimido, prisioneiro de crenças e postulados criados para deter sua intelia/*- MmMAjJS' ^?XV^^^ conserva o étergência, '% I no sentido de liberda^Bnui/>: , de, sempre radiante de valor criativo. Embora se veja explorado pela ganância dos contumazes exploradores — os negocistas de todos os tempos — nunca perjld;: .::!', lliíiilJiíik dem a flama da ação renovadora. Por isto, é que, a ebulição do pensamento das massas, nunca pode ser contida sem "Qae é çue cria deeharmouma justa compensação dos seus nia em nossas Vidas ?

A anseios.

Todavia, existe, da parte de muitos falta de compreensão do somente intelectuais, orientadores o:mbiente que nos cerca. reza mental das massas.

Conquanto as massas humanas seQuando começamos a interjam dirigidas pelas elites da humarogar e a compreender o nidade, é fato, nos tempos presentes, ambiente, seu pleno mereque a orientação das elites, está sendo influenciada por novos pensamencimento e significação, não tos, os quais impõem mudança de tentando imitá-lo ou seguimentalidade.

Io, a ele nos ajustar ou dele Todas as velhas barreiras, políticas estão abaladas nos seus doutrinárias, fugirmos, então nasce a infundamentos. Para vêr isto, não é teligencia, a qual é beleza, preciso possuir dom divinatório. Esse abalo é conseqüência lógica e natuverdade e amor", Krishnccral de causas mentais acumuladas murti Ojae 1934 — P. 63. no passado. fi verdade porém, que poucos dos portadores da velha mentalidade das elites, estão sentindo a aproximação, sinão a presença, de uma.nova Éra, espírito da nossa civilização esna qual, cada homem que pensa, já O tá mudando, está se transfornão tem dúvidas quanto ao sentido mando vertiginosamente. Coudos acontecimentos renovadores. sas que há vinte anos seriam — conO momento humano, já não é de sideradas absurdas, exdruxulas por ostracismo e estaguinação cultural. trazerem cunho de reformas radicais, O mundo está produzindo acontecino sentido filosófico, econômico e pomentos que obrigam o uso do dislítico dos povos, são, hoje, consideracernimento. É necessário mesmo, ao das razões positivas para melhorar a homem desperto, rebuscar nos refovida do homem na coletividade. A lhos da sua velha cultura, os eternos e política tradicional, cede lugar à noassenciais ensinamentos, pelos quais vas orientações no trato com raças e o esforço do homem deve estar ligado, da maneira mais estreita, ao descastas que se moviam tangidas pela O

MALHO

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E' necessário tino da humanidade. isto, para que haja o bem estar e o progresso, para que haja a felicidade esperada pára todos.

Infelizmente, esta grande realidade tem sido incompreendida pelo homem culto, presioneiro ainda do egoísmo — da mentalidade velha — da autoridade e do hábito de posse individualista. Não é que falte ao homem culto, os conhecimentos para a realização da fraternidade e da cooperação. Falta-lhe, sim, que sua orientação, na coletividade, seja feita através duma nova educação dirigida para a verdade, para a realidade, para uma finalidade que signifique liberdade e felieidade para todos.

Devemos esperar dos homens cultos e, presumivelmente, de entendimento claro e desperto, novas normas de educação?

Normas que eles conhecem e sentem a necessidade de sua implantação, mas que não a realizam por simpies questão de comodidade, de medo de se afastarem da tradição, do confôrto, do poder e da autoridade?

Há evidente necessidade dessa reforma, dessa mudança de mentalidade, porque trata-se de realizar, de por em pratica, a harmonia e a felicidade das coletividades até aqui presas no antagonismo das classes e castas.

Que a mudança de mentalidade seja realizada com elevação de propósitos, e só por isto, trará as garantias absolutas de segurança e harmonia para um mundo melhor.

Será necessário encontrar uma especial base de cultura, para que a reforma beneficie o homem em geral?

Se assim é, o caso pode ser resolvido, pois, a nova cultura, baseada no essencial, no discernimento, já se encontra na vanguarda de todas as culturas conhecidas.

Aí estão divulgados nos últimos vinte anos, os ensinamentos do maior educador do nosso tempo. Leia-se Krishnamurti, e toda a cultura velha, absolêta, psicologicamente imprestavel para estabelecer a cooperação e a fraternidade entre os homens, cairá como cousa inútil.

Lendo Krishnamurti, o homem culto encontrará os meios de realizar sua Mudança de Mentalidade.

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EVOCAÇÃO DE SÃO PAULO

HUMORISMO ILUSTRADO

POR VIOLETA DE ALCÂNTARA CARREIRA discurso com que recebeu, na NO Academia Brasileira, o escritor português Joaquim Leitão, Cláudio de Souza recordou a vida de Sao Paulo naquele tempo em que "o Viaduto era um portento da engeBharia, as projeções fixas de um ciBerna que se limitava as cenas da •Paixão de Cristo, maravilhavam, o íonografo considerava-se uma descoberta insuperável".

Poi nesse tempo que se conheceram °s dois homens de letras que a ses.são da éasa de Machado de Assis feuniu em novembro. Tendo sido arnigos de Juventude, esse encontro ho clima da imortalidade foi muito Oiais afetuoso que solene. PrinciPalmente, graças à evocação de São Paulo, feita por Cláudio de Souza com uma grande felicidade. O seu discurso encantou pelo tom espontaneo, pelo caráter intimista, sempre tão interessante quando se trata de Bente célebre que fala de si, do seu Passado e seus amigos. Mas quem começa a recordar em geral, só sabe tazê-lo com excessiva complacência, Perdendo-se em diyagações, em deta•hes ingratos para o público. Claudio de Souza, nessa evocação ao mes°io tempo internecida e espirituosa, soube ser tão breve como natural.

Se quem recebia a homenagem dessas recordações amigas se reconheceu comovido, eu também tive especiais oiotivos para não ficar interessada aPenas pela fatura literária. Nesse São Paulo viviam então, meu Pai e toinha Mãe — tão delicadamente citados no discurso de Cláudio de Sou2a — e a saudade dessa época torlou-se minha conhecida através do lue ambos me contaram. Ainda hoje, minha Mãe (que conseguiu voitar, há ma}a de dez anos, a morar, como desejava, na sua terra, depois **c uma longa ausência na França e e*n Portugal) adora descrever a sua v*da na casa — e na chácara ! — da .•"¦•«a Tabatinguera, os hábitos gene*"osos e as modas da época, as figuras lUe se distinguiram. Cláudio de Souza, pelos traços vivos de uma in19 4 5

teligência, e os da sua fisionomia, estava entre elas. Era um rapaz que aa mulheres admiravam e cujo futuro se anunciava destinado ao êxito literário.

Agora, para um escritor como êle, o encontro com esse amigo da mocidade, numa cerimôõnôia bem expressiva das consagrações que ambos alcançaram, deve ter tido o valor de uma dessas Importantes cenas que os dramaturgos e os romancistas costumam tratar com especial carinho. Romancista p homem de teatro, Cláudio de Souza pertence ao número daqueles que podem obter da vida mais essa fina delicia — reconhecer o que, do brejo da realidade, merece passar para o jardim da fieção. Quantft a mim, essa reunião e essa evocação tiveram qualidades mágicas, servindo-me para avivar mil emoções simpáticas. Esse São Paulo que se não foi o meu, foi o dos meus, onde minha Mãe nasceu e meu Pai encontrou, além de grandes amisades, o definitivo amor da sua vida intensa e curta — toca-me de perto.

Vendo, hoje, o cenário engrandecido e os personagens largamente realisados, creio sentir ainda maior e melhor ternura por tudo o que dele conhecí, através das recordações familiares, enquanto vivia longe do Brasil, se é viver longe estar, apenas, a uma distância reduzivel por meios materiaes.

O meu São Paulo, o que deixei em 1939, depois de alguns anos de excelente convivência, é como o estranho contraste de uma pessoa crescida — tão crescida, neste caso ! — ao lado do retrato do adolescente que ontem era.

Pela redução das duas imagens, a velha imagem literária parece renovada aos meus olhos, que vêm o São Paulo de uma época e da outra com amisade equivalente.

Ela: — Porque

não usas um preparado contra isso calvicie

Agora me lembro, que ia "cercar o }acaté"_

————

——I

Lamento muito, mas findaram as minhas oito horas de trabalho, e voa-me embora.

Ó Chico ! Acho que é hora de susptndtr o serviço...

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O

MALHO

,1 então só eu falara. Ouvia-me o dr'. Prestes, ujn médico célebre ATÉque eu conhecera de pouco ali mesmo no hall do hotel. Antes de eu concluir êle nada dissera, limitando se a assentir corn simples movimento de cabeça o que eu lhe dizia. Quando acabei êle descançou da posição em que permanecera, quase imóvel, e disse: i— Sei de caso igual. Aliás são semSerá pre parecidos os casos passionais. uma massada, mas... se o senhor quizer ouvir contar-llVo-íi.

Terei prazer em ouvi-lo, dr., disse-lhe.

O dr. verificou as horas no seu relógio e advertiu: Não é curta a história. ¦.

—Ora, ora, dr. Que importa isso !

Afinal de contas estou sem expediente, e não devo sair mais esta noite... o tempo não convida...

Contar-lh'o ei então — dicidiuse. Mas antes de começar fez uma pausa, retirou com elegância o pince-nez do nariz, relustrou-o com o lenço perfumoso, acomodou-se melhor na poltrona, deixando-se nela afundar lentamente, contou: "Conheci um solteirão que se dizia inflexível às mulheres, não admitindo que um Homem de senso, se pudesse tornar criminoso ou deixar-se vitimar por questões de amor. E pabulava mesmo com jovial ironia : Mesmo na plenitude dos meus tão inesquecíveis vinte anos não fui assim tolamente romântico, como essa mocidade frivola de hoje, que por ai anda imitando, incerimoniosamente, os amorosos do cinema.

Meu amigo — disse-lhe certa vez — pôde considerar-se um homem esperto, extraordinário mesmo... Mas... fie-se pouco no demônio.. . Olhe, Cupido é tra-vêsso, e caprichoso...

Qual ! — exclamou êle, dando expansão ao seu excelente bom-humor.

E, bonachão que era, contraiu num sorriso fácil os lábios sensuais, e desatou logo numa gargalhada cristalina : Não digo ? Romantismo .. Romantismo...

Pois sim — balbuciei. Êle continuou a falar, rindo jovial e cristalimente : Amor, dr. !... Isso é mal dos homens tolos.

Avesso nas idéias, pouco lógico nos pontos de vista, era todavia um homem simpático. E eu ria porque não podia resistir os seus disparates. Dessa vez conciuiu segurando-se. com força a destra ; O senhor, dr., um homem de ciência devia dedicar-se à pesquisa do bacilo dessa epidemia trivial! — E despediu-se.

Piquei rindo dessa sua última blague. E cá para mim considerei: MALHO O

"Não

há .dúvida, meu amigo é um homem curioso! " Nessa altura da sua narrativa o Dr. Prestes fez um intervalo para pedir ao garçon que lhe trouxesse do bar um maço de cigarros.

Servido, o dr.

Prestes violou o maço, ofereceu-me um cigarro ao qual chegou a chama do fósforo com que acendera o seu. Depois cruzou as pernas, tomou nova posição na poltrona, e prosseguiu: "— E desde então não vi mais aquele simpático solteirão.

Mas veja como o destino é irônico: um dia fui chamado a socorrer um moribundo Apressei-me. Tratava-se de um homem que tentara contra a vida, atravessando o peito com uma bala.

E que grande surpresa causou-me o fato.

Eu já lhe digo."

O dr. fez outra pausa. Era seu aquele modo refletido de falar, muito agradável aliás., Tirou outro trago. Soprou alto a fumaça: — "O homem que aliás, como vê o senhor, não me competia socorrer, estava gravemente ferido. Apoiado sobre dois travesseiros, o sangue fluía grosso do ferimento mortal, ensopando o lençol com que lhe haviam envolvido o tronco esguio. Da testa minava o suor frio dos que sofrem o efeito de umá morte lenta, cruciante. Aproximei-me do leito. Segurei-lhe o pulso, examinei o ferimento profundo. Coitado ! O pobre estava irremediavelmente perdido. Não tentei extrair o projétil, e era inútil. Ao fixar-lhe a fisionomia transfigurada, êle, que tinha as pálpebras caídas, levantouas. Ao ver-me pareceu readquirir ânimo.

Fez forca para moyer-se do leito, mas vencera-lhe a dôr. Um gemido arrastado partiu dos seus lábios sem côr.

Curvei-me refletidamente sobre êle e pousei a mão na sua testa. Ao erguer-me

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fl eflRffl Pósfümfl Conto gesto. E eu sabia que as suas palavras nâo eram de delírio. Pois, apesar do seu estado gravíssimo, era curioso notar-se que ainda tinha conciência de si. Por isso compreendi que as suas palavras tinham sentido. Nâo um sentido vago, como seria de acreditar, mas um Não me enganei. O senhor já saberá." sentido objetivo de que eu estava ao par.

O dr. Prestes tomou fôlego. Ageitou-se de novo na poltrona.

senti que seus dedos fracos tateavam a minha mão, e é certo que êle tentava segurá-la. Entreguei-lh'a.

— Dr— — Ouvi-lhe balbuciar.

Fiquei parado, observando-lhe as expressoes da fisionomia que se contraía numa tentativa de sorrido. E êle fazendo esfôrçg supremo, moveu tremulamente os lábios, e disse : — O senhor tem razão...

Mas razão de que ? Indaguei-me refletidamente. O homem me olhava apreensivamente, como se me quisesse dar confidencia do seu desesperado

Depois prosseguiu: "— O senhor não deve falar... disse ao meu assistido.

— Por certo, dr. — Respondeu-me ê 1e com extrema resignação. — Nunca maiâ falarei... O silêncio me espera... noite... a noite, para a qual todos iremos se aproximar... Mas fique certo meu caro Ar. Prestes: O senhor tem razão... Todos estamos sujeitos a epidemia trivial." Êle disse epidemia trivial, ouviu o senhor ? Está claro que ouvindo estas palavras, eu tenha revelaTanto do espanto. que êle, o próprio agonizante, apesar da minha relutância para que não falasse, continuou dizendo, com voz sumida, arrastada, exausto: — Não se espante, dr Isso nãü ç nada... logo o senhor saberá de tudo... °nde quer que eu esteja... dentro de Sumas horas, rir-me-ei de mais esta **Ça que lhe preparei..."

E, j.~estes visivelmente consternado, o dr. concluiu : m.. — Foi só. Não disse mais nada. A jjç^W pendeu para um lado. Seus dedos rpraeram o que ainda tinham dç enere se afrouxaram dentro das minhas ^. cançadas de descer cortinas de (jta°s atUas semelhantes...

Pelo sentido da conversa — intç^ ° dr- Prestes — ° sr- também íá Qeve d°mpeu ter tirado as suas conclusões.

—- Naturalmente, — disse. jw r~ Pois só então — acrescentou êle no IUp apagou cinzeiro a ponta —de Cigarro' enquanto falava só então

do

ROMÃO

vim a saber, por indagações, quem era o homem que acabava de morrer tão trágica e romanticamente Mas... — nz eU- perante os Não se precipite, homem! — exclamou o dr. Prestes, olhando-me fl— xamente Nem me pergunte se eu o não reconhecfantes. Não. Não o reconheci. Nem o reconheceria o senhor, se o tivesse visto há anos, no apogeu de uma maturidade boêmia; forte, sadio, bonãchão, nada parecido com aquele fragmento humano que ali estava. Ademais crescida e cabeleira grisalhas, crescida e cabeleira grisalhadas.

Julgando que ojir. Prestei estivesse a terminar, dispus-me a retirar-me. Mas êle deteve-me:, Náo, espere ! Ainda não acabei.

Voltei à posição cômoda em que manecera e atentei. O dr. sorriu: perNão lhfe disse eu que a história era longa ? — Dizendo isso estendeu-me mais uma vez o maço de cigarros, ofereceu-me um, tirou outro para si.

Meu amigo, agora é que a história vai começar: Esforceime para evitar qualquer mostra de aborrecimento diante da sua advertência, mesmo porquê, sobretudo não me desagradava a companhia do dr. Prestes.

E êle continuou falando: Eu não lhe disse que aquele solteirão de Idéias arrevezadas, tinha aversão irredutível ao passionalismo ?

Afirmei que sim.

E se eu lhe disser que a causa do seu suicídio foi a paixão ? O sr. duvida ?

Não o censuro. Se bem que tudo é possível neste mundo, eu também duvidaria que, tão cético em matéria de amor, íosse este causa da sua tragédia. Mas estáva claro. A verdade êle mesmo deixara escrito. E até nisso foi curioso. O sr. já saberá.

O auto-atentado — prosseguiu o dr. após ligeiro silêncio — se deu cerca das 13 horks. Antes porém, o suicida escreveu uma carta, a qual entregou ao criado dizendo: "Esta encomenda não deverá chegar ao seu destino antes das 15 horas." Sem dúvida calculou o tempo possível de duração da agonia, no caso de não ser imediato o efeito do tiro. É sabe o sr. a quem se destinava essa carta?

O doutor deixou que eu meditasse.

Depois falou: A mim. Quando saí para atender o chamado eram precisamente 14 horas e um quarto... e já ela devia andar a , caminho.

Quer dizer então — apressei-me — que o chamado fazia parte dos planos do suicida?...

Nada disso. O chamado foi coincidencial. E isso aconteceu justamente

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OA

SILVA

porque no seu caderno de notas havia êle apontado o meu nome, endereço e especialidade.

Hum !... agora compreendi disse eu deixando que o dr. prosseguisse^ Bem... mas que dizia eu ?...

Ah ! sim... pois bem. Quando acorri ao lugar determinado já a carta devia estar a caminho. E isto é certo porque ao entrar em casa,; de regresso, foi a primeira cousa de que me. falou a emgtegada : Doutor, sobre a mesa. há uma carta para o sr. — disse ela —' parece ser cousa importante.

Sem interromper a conversa a dr.

Prestes tirou novamente o pince-nez, relustrou-o e pô-lo de novo, com elegância, no nariz. Ê estranho. Mas é verdade. A polícia não deixara nenhuma declaração.

A mim, entretanto, relatara tudo, minuclosamente, nessa carta que... a propósito, tenho-a aqui...

Levou a mão num dos bolsos internos do paletó, donde retirou uma folha de papel amarelecida, na qual passou a lêr: "Meu caro dr. PresTes : Parece at>surdo que eu, tão cioso da minha singu,;laridade, me tenha tornado um homem tolo. Se não está esquecido do nosso últlmo encontro saberá sobre o qhe me estou referindo. Tornei-me um homem tolo, quando dos tolos em questão de amor tanto falei. Convenço-me agora de que o sr. tem razão. Julguei-me esperto e confiei'demasiado em Cupido. Êle agora pregou-me esta peça. Chego à sua razão, meu caro dr. Prestes, e compreendo que sou apenas humano. Meu coração é igual ao de qualquer um. Veja o que me aconteceu : Conheci uma mulher. Era jovem e bonita. Conquistei-a, para tirar partido, pois bem sabe o sr., eu não levava a sério estas cousas. Entretanto facilitej demais, e minha experiência tão proclamada foi falha nesta partida. A mulher que a princípio conquistei por esporte, derrubou minha fama conquistando-me seriamente. Tornei-me um joguete da sua vontade. Apaixoneisme. Fiz tudo por ela e perdi tudo, começando pela personalidade. Ela só me fez mal, cegou-me de amor para levar minha fortuna e empobrecer-me de caráter. Sou vítima da epidemia trivial. Ela foi-se com outro. Fiquei só. Não trie resta mais nada, senão .coragem para morrer."

Aí o dr. Prestes fez uma pausa senti.da. Baixou a cabeça como que para evitar que lhe visse a expressão compadecida na flsípnomia. Depois disse * .... — A vida tem dessas cousas...

E levantou-se.

Só então reparei que era tarde demais. As poltronas em volta estavam vazias e o plantão do hotel dormia a sonosolto arriado numa cadeira atrás do balCão da portaria.

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DIREITOS DE AUTOR DE OUTR'ORA : — Lemos em' uma revista parisiense : Atualmente não há escritor, por modesto que seja, que não que as tiragens de suas obras alcancem a cifra de 25.000 exemplares. pretenda Não falaremos dos que, ruidosamente, anunciam tiragens de 200.000 ou 500.000 !

Que diferença do que se passava em 1835, quando Emilio de Girardin classificava do seguinte modo os literatos. Dizia êle : "Entre os vendem cêrca de 2.500 exemplares e ganham três a quatro mil francos, só há que em França dois : Vitor Hugo e Paul de Kock. Os que logram vender 1.500 exemplares : Balzac, Soulié, Eugênio Sué e Jules Janin. Aquele cuja venda chegava a 1.200 exemplares e que recebia mil a mil e duzentos francos : Alphonse Karr. Os que por 600 ou 900 exemplares cobravam 500 francos eram doze e entre êles Musset.

Os que vendiam quinhentos 'exemplares, pelos quais percebiam cem a trezentos francos, poucos e, entre êles Theophile Gantier (!)

O DIA DOS CELIBATARIOS : — Segundo uma velha tradição inglesa, os anos bissextos são fatais aos celibatarios, que deixam passar seu 366." dia sem se casar. Em tal caso terão que esperar mais quatro anos para descobrir aquele ou aquela a quem ligarão seu destino.

Essa crença é tão profundamente enraizada no espírito do povo britânico que vários jantares e bailes são organizados em cada dia 29 de Fevereiro para suscitar encontros, no correr dos quais os celibatarios mais endurecidos se deixarão convencer.

Na Escossia no século XIII, quando um celibatario recusava a oferta de casamento, que lhe era feita no correr de um ano bissexto, os juizes lhe infligiam pesada multa.

PARAQUEDISMO: — O paraquedismo, hoje, se tornou uma coisa comum.

Pode-se dizer, mesmo, que já é uma profissão diretamente ligada ao Exército.

Necessita coragem e bôa saúde. Os paraquedistas teem demonstrado, na guerra moderna, que sua ação pode ser verdadeiramente espetacular, não só atacando a retaguarda das tropas inimigas como para o emprego da sabotagem.

Convém lembrar que o primeiro paraquedista que o mundo teve apareceu em 1797. • Foi o cidadão francês Garnerin, que se atirou num salto supreendente de um balão, em Paris.

O SÍMBOLO DO PEIXE : — Se reunirmos as iniciais das cinco palavras "Jesus Cristo, filho de Deus Salvador", gregas, que significam obteremos a palavra peixe. Os primeiros cristãos adotaram êsse signo, cuja tradução era luminosa para êles e desenharam sôbre a porta de suas residências a efígie do peixe, ao envés de uma inscrição comprometedora, nos tempos das perseguições.

Tal é a origem dêsse símbolo e não, como se julgava, uma reminiscencia do peixe de Tobias ou uma recordação da profecia do apóstolo S, Pedro, pescador de homens.

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MALHO

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II—

1945

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DE

MUSICA

Silveira e Maria Alcina, elementos da arte nacional capazes de competir com aplaudidos "virtuoses" de outras plagas.

A lirica oficial não ofereceu aos aficior.ados as incomparaveis obras pri*ras da cena lirica, firmadas por Mozart. Tivemos, entretanto, magistrais creações de Violeta Coelho Neto de Freitas, Leonard Warren e da jovem Maria Augusta Costa, seguindose-lhes Charles Kullman, Silvio Vieira, Giacomo Vagghi, Maria Sá Earp, Heloísa de Albuquerque, Maria Helena Martins, Solange Petit Renaux, José Perrota e Alice Ribeiro (apenas em "Carmen").

Na serie oficial da Escola Nacional de Música, além do excelente recital Arnaldo Estrela

A temporada passou

que

focalizar as atrações de 1944, entre as quais scbreeleVAMOS Madalena Tagliaferro, vam Kleiber, Violeta Coelho Neto de Freitas, Leonard Warren e Noe.mi Bittencourt, no Municipal; Leticia de Figueiredo, na Escola Nacional de Música; e Leonor Macedo Costa, nas "missas sinfônicas", instituidas por Szenkar.

No Municipal, tivemos a temporada Kleiber, grandes concertistas, a temporada Imbassahy e a lirica oficial.

A música sinfônica encontrou magnifica exteriorização em Kleiber e na Orquestra Sinfônica Municipal, apresentando programas atraentes, e primorosamente executados. Enquanto isto se dava com Kleiber, Szenkar pouquíssimas primeiras audições programava, numa prova iniludivel da incontestável escassês de repertório, terminando a sua temporada com o Ciclo das Sinfonias de Beethoven, que, escolhido também para encerrar as atividdades da mesma orquestra em 1943, não despertou interesse na imprensa especializada, sejndo apenas comentado pelo "Correio da Manhã" (cujo crítico, Eurico Nogueira Franca, iniciou suas atividades em 1944), "O Jornal", "Gazeta de NotL cias" e "Fon-Fon".

Entre os sucessos sinfônicos no Municipal, cabe ainda uma referencia ao Festival Mozart, com Violeta CoeIho Neto de Freitas e Eleazar de Oarvalho.

Madalena Tagliaferro, Borovski, Jennie Tourel, Tomas Terán, Oscar Borgerth, Iberê Gomes Grosso, Moacir Liserra, Felicia Roon e Szering compõem o quadro dos afamados concertistas, cabendo as maiores honrarias à inconfundível Tagliaferro.

A temporada de concertista nacionais, organizada pelo Dr. Artnur Imbassahy, ilustre critico do "Jornal do Brasil", apresentou, em primeiro piano, Noe.mi Bittencourt, Iolanda Ferreira, Mario Neves, Edith Bulhões, Estelinha Epstein, HeAna Carolina, loisa de 'Albuquerque, Luizita Cunha I I

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Julinha Wagner Cohin de Leticia de Figueiredo, merecem realce os concertos de obras de Francisco Mignone e Camargo Guarnieri, interpretados por Alice Ribeiro e Iberê Gomes Grosso, com os laureados autores ao piano. O Ciclo de Sonatas de Beethoven, mantidas as restrições que já fizemos, constituiu outra interessante realização da E. N. M. Léa Batista, Ester Naiberger, Lais Sousa Brasil, Lucí Sales, Amélia Santos Moreira e Elisa Naiberger, talentosas discípulas do prof. Fontainha, justificaram plenamente a inclusão dos seus nomes no Ciclo, o qual, digase ainda, não foi concluído, pois sete Sonatas deixaram de ser programadas. Houve, pois, varias falhas (e aigumas graves) no Ciclo.

Leonor Macedo Costa, Honorina Silva, Mario Neves, Edith Bulhões e Ruth Brafman desenvolveram excelentes perfc.mances nas "missas sinfonicas" principalmente Leonor Macedo Costa, que proporcionou aos amantes da bôa musica uma admiravel versão do mais belo Concerto para piano e orquestra — o Imperadort de Beethoven. Nada mais justo, pois, que Leonor Macedo Costa figure entre as maiores atrações musicaid de 1944. As aludidas "missas sinfonicas" foram regidas por Alberto Lazzoli e Iberê Gomes Grosso, que sempre estiveram à altura das circunstancias, como artistas concienciosos que são. Excusa dizer, pois, 37

que Lazzoli e Iberê poderão continuar a reger honestamente, colaborando eficazmente com o ilustre Szenkar.

José Vieira Brandão, musicista de escól e perfeito gvntlzman, reapareceu com absoluto êxito, conduzindo o Madrigal Vox, o quai nasceu sob o sino da vitória, pois tem à sua frente uma das mais abalizadas organizações artísticas nacionais.

Finalizando a resenha, vejamos a temporada da A. B. I. Inaugurando-a. conseguiu Celso Kelly reunir ilustre artistas líricos, pelo que brilhante assistência superlotou o Salão Guanabarino, ávida de aplaudir Jennie Tourel, Silvio Vieira, Heloisa de Albuquerque e a jovem Maria Helena Martins.

Pouco após, e atendendo a sugestão do cronista musicai de O MALHO, resolvia Celso Kelly a apresentação de jovens concertistas nacionais na A. B. I. Da imediata vitória desta serie, denominada Valores Novos, fala eloqüentemente o elevado número de críticos (10) que compareceu aos primeiros concertos, nos quais te fizeram aplaudir Luizita Cunha Silveira, Maria Aparecida Prista, Ester Naiberger, Maria Augusta Costa, Ivy Impróta e Jean Clair Sandbank.

Assim, prestigiara.m a A. B. I. e os artistas nacionais os srs. Arthur Imbassahy, Andrade Muricy, Aires de Andrade, Lopes Moreira, Eurico Nogueira França, Amarilio de Albuquerque, Oscar d'Alva, Dniestes M. da Silva e as sras. Maria de Falco Brito e Hestia Ribeiro Barroso, críticos musicais do "Jornal do Brasil", ".Torna- do Comercio", "O Jornal", "Gazeta de Noticias", "Correio da Manhã", "Vamos Lêr", "Fon-Fon", "Diário da Noite", "A Manhã" e "A Noite", respectivamente.

Cabe, ainda, uma justa referencia à jovem pianista Vilma Graça, cuja exuberante musicalidade foi merecidemente aplaudida por quanto tiveram o prazer de comparecer ao seu belo recital no Municipal, em beneficio das Universidades Católicas do Brasil.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA A meritoria e relevante obra administrativa do Sr. Herbert Moses na A.B.I., dita a justiça se acrescente outra notável iniciativa, de feitio cultural por excelência. Referimonos à temporada musical da Casa do Jornalista, problema que desde os planos de edificação do Palácio da Imprensa vem merecendo carinhosa atenção do infatigave* presidente da A.B.I. Ultimada a construção, ganhou o Distrito Federal, como_ ninguem ignora, o seu melhor salão de concertos, que se denominou Salão Oscar Guanabarino, em justíssimo memória do inolvidavel cripreito à "Jornal do Comercio". tico do (Continua no fim do número) O

MALHO

O Sr. Interventor do Amazonas — quando das fases inaugurais do tado que dirige.

II TV/T IGRAÇÃO é o vocábulo que

¦*¦ "^ exprime a muita gente estado penurioso de extrema miséria que obriga o indivíduo a fugir de seu torrão natal — e com a palavra — "Amazônia" entende-se a extensão indefinida, — que abrange milhares e milhares de hectares de um solo quasi desconhecido mesmo para muitos brasileiros.

A Amazônia é infinita: e não podemos conceber-lhe limite; porque, "a capacidade se alguém assertir: amazônica" — limita-se a determinada — possibilidade, sobrevirá imediatamente um questionário ao qual serlhe-á impossível responder.

As correntes migratórias influem de modo preponderante e inestimável no desenvolvimento do vasto e profundo vale do Amazonas.

Assim é que, convicto dessa importância, o governo pelo decreto-lei n. 14.535, de 19-1-44. aprovou o acordo entre o D. N. I. -e a CAETA, ao mesmo tempo que, estabelece atribuições ao D. N. I. ao sentido de encaminhai" imigrante;-; de Fortaleza a Belém.

O Departamento Nacional de Imigração, a cuja frente está um homem de a*ção e capacidade, absolutamente identificado com a Amazônia e seus imensos problemas — Dr. Henrique Doria de Vasconcelos O

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— cristaliza disseminando realizações que dizem eloqüentemente como se está travando a "grande batalha da borracha".

Existe em Belém do Pará (Tapanã) uma hospedaria com capacidade

Todos rigorosamente selecionados pelo S. E. S. P. (Serviço Especial de Saúde Pública).

Do total enviado de Fortaleza para Belém — no período de fevereiro a outubro de 1944. observa-se a seguinte distribuição: Amazonas — 9.496 pessoas das quais 6.656 homens.

Pará — i.814 pessoas das quais

para 4.000 pessoas e eventualmente 5.000.

De fevereiro até esta data foram transportados pelo D. N. I. de Fortaleza para Belém 17.993 pessoas, das quais 12.194 homens maiores de 18 anos compromissados para os serviços de extração. _>

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O Sr. Interventor do Pará — em visita às hospemide darias \gran,tes em Taipana.

942 homens.

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T. F. Guaporé — 565 pessoas das quais 553 homens.

Esses totais incluem somente homens maiores de 18 anos.

Ao considerarmos o que se realiza na Amazônia — teremos forçosamente que salientar a coadjuvação valiosa e prestimosa do Pará e Amazonas nas pessoas de seus ilustres e incansaveis interventores Cel. MagaIhães Barata e Dr. Álvaro Maia.

Os Estados Unidos teem emprestado o seu imprescindível apoio, no que diz respeito ao financiamento — porém financiamento êsse desfalcado em parte — com resultados improdutivos na questão do saneamento — o que se vem fazendo em torno desse insoluvel problema é sensivelmente temerário — o saneamento total — é impraticável dado ao seu estado imbrifero e muito pantanoso devíamos sanear por regiões isto é, com emergência, nas zonas do látex onde se localizam os núcleos migratórios — afim de preservarmos o estado sanitário perfeito do local.

O que também é mister — alterar modificando o estado demográfico regional do imenso e prodigioso vale.

Em todo o Amazonas quer xo como no alto — o painel desenrola à vista do viajante pre do contraste — digamos

no baique se é semmelhor

Famílias

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imigrantes

nordestinos na hospedaria Velho (Belém do Pará)

— o provisório e o definitivo — habitações precárias — e habitações edificadas.

Sentimos através disso -— o que domina a maioria dos imigrantes nordestinos — a volúpia de ganhar e safar — eis o ponto capital que deve ser defendido na catequese de se ha-

Aspecto panoramico atual — no interior do Vale Amazônico — onde se localizarn os núcleos migratorios-

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bitar o vale do Amazonas e não apenas mourejar.

Nada na Amazônia deve ser feito a titulo provisório — a região máxima do continente é definitiva — e definitos devem ser seus problemas e suas realizações.

Amazônia desabitada é uma possibilidade morta — portanto os dois essenciais fatores para o desenvolvimento improtelavel são — o saneamento e a migração.

Uma

Na conferência das quarenta e qua"Bretton Woods" o tro nações em Brasil figurou como parte quotista — terá indubitavelmente uma estimavel quota de imigrantes europeus — e a todo custo devemcs orientar a localização dessas correntes afim de que não se centralizem em Estados populosos e explorados — mas, encaminhá-los para o vale da promissão — para o qual levarão volumosa experiencia do labor no cansado e esteril solo europeu, às fertilissimas e dadivosa margens ao Amazonas.

CARLOS MIRANDA MATHEUS

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a passagem do 19.° aniversário de sua fundação, COMEMORANDO o Grajahú Tênis Clube, que agora entrou em auspiciosa fase de soerguimento realizou um brilhante programa, do qual constaram ,a_ inauguração da nova sede, cerimonia que esteve grandemente concorrida, e um baile de gala.

A nova Diretoria, presidida pelo Dr. Mario de Morais Paiva, traçou todo um plano para reconduzir o veterano Clube ao seu antigo prestigio, e

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3.° ANIVERSÁRIO DE FORMATURA DA "TURMA DO REITO DA UNIVERSIDADE DO BRASIL — Realizou-se, no sário de fonmatura da "Turma do Cinqüentenário" da da qual foi pwraninfo o Sr. Getulio Vargas. A essa festoí nessa primeira reunião, depois da formaturtt, cs tempos de camaradagem que ontem se fez O

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estão começando a surgir os primeiros frutos dessa determinação.

São da inauguração da nova sede os flagrantes que aqui publicamos, num dos quais se vê o atual tezoureiro geral do Clube quando discursava.

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CINQÜENTENÁRIO", DA FACULDADE NACIONAL DE DICassino Atlântico, um jantar comemorativo 'do 3.° aniverFaculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, comparecera!n cerca -de 100 bacharéis, que comemoraram da Faculdade, durante os quais sempre imperou o espirito presente com maior intensidade.

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE CULTURA INGLESA — Aspecto da reunião promovida pela Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa, para entrega dos prêmios e certificados aos estudantes dos cursos por ela mantidos.

A cerimônia teve lugar na A. B. I. estando presentes o Embaixador da Inglaterra cuja esposa sè vê, num des flagrantes, fazendo eutrega de um dos diplomas.

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Ba*--, m / ¦ w. .mámW A NOVA SEDE DO "SHELL ESFORTES CLUBE" — Flagrante feito após a inauguração da nova sede do "Shell Esportes Clube", constituído de funcionários da Anglo-Mexlcan, vendo-se o Secretário Geral da Grande Companhia em palestra com o Tenente-Coronel Felinto Muller, presidente do Consêiho Nacicnal do Trabalho e outros convidados.

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COLOMBO E AS 6as FEIRAS alguns biógrafos de Cristovam Colombo, o grande navegaSEGUNDO dor tinha predileção pelas sextas-feiras, porque foi numa sexta-feira "ir às índias (3 de agosto de 1492) que deixou o porto de Paios para pelo ca,minho do mar". Foi nesse dia da semana que viu pássaros, indicio de proximidade de terra. Numa sexta-feira, depois de setenta dias de viagem, aportou em, terras de um novo mundo, a ilha Lucaia. Em 17 de Maio de 1493 — sexta-feira — ele desembarcou triumfalmente em Barcelona. Numa sexta-feira êle plantou uma cruz em Porto Santo.

Ainda em uma sexta-feira voltou a Paios coberto de gloria, gloria que lhe iluminaria o nome através dos séculos.

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EXPOSIÇÃO FELICITAS — Flagrantes

colhidos por ocasião dá exposição realizada por Felicitas, a consagrada pintora e ilustradora, no Hocel Serrador.

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MALHO

DUAS

JUSTAS

BILHETE DE ANIVERSÁRIO

PROMOÇÕES

tú nasceste, um anjo OUANDO lindo e benfazejo assistiu esse feliz acontecimento... E premiou-te com os mais lindos dotes...

Fêz-te iinda e mimosa como a açucena, e simples e modesta como a E fêz-te bondosa como o cardo que nasce nos agrestes alcan-

violeta...

tis cem a ància benemérita de disf arcar sua esterilidade e tristeza...

E desde então o anjo não mais te deixou...

Protege-te

de

Cap. Hélio Freire

Cap. Geraldo K. de Souza

da maneira mais REPERCUTIU simpática nos nossos meios militares como sociais, o ato do Presidente Getulio Vargas que promoveu ao posto de Capitão os los. tenentes Hélio Freire e Geraldo K. de Souza, oficiais dos mais distintos, que vêem servindo com brilho no Gabinete Militar da Presidência da República. Os dois jovens militares, que gozam de largo prestigio pelas qualidades culturais e morais que os

distinguem, integraram, recentemente, a Embaixada Especial que representou o nosso Governo na posse do Presidente de Cuba, na qualidade de assistentes do Gneeral Firmo Freire, que a chefiou.

Foi essa mais uma oportunidade que tiveram de pôr em evidencia seus dotes de oficiais cultos e possuidores de marcante personalidade, à altura de bem representar a corporação a que pertencem.

todos te estimem...

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pre aberta a porta doirada do encantado castelo da Felicidade..."

Hoje faz mais um ano que êle te acompanha...

Oxalá assim te siga sempre, sempre te guiando pelo mesmo lindo caminho que tens percorrido, afastando de tua frente as' urzes venenosas dos desenganos e tirando do roseiral dos teus sonhos os espinhos acerados das desilusões...

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' : Realizou-se no Salão Rio HOMENAGEADO UM ANTIGO JORNALISTA Branco o almoço oferecido ao Jornalista Snr. Gil Amora, oferecido por um numeroso grupo de amigos e confrade, por motivo da passagem de seu aniversário natalício. Usaram da palavra por essa ocasião saudando o aniversariante os Snrs. Heitor Beltrão, Vice-presidente da A.B.I. e Mattos Pimenta.

No clichê vê-se um aspecto da homenagem quando falava o Snr. Gil Amora.

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NOVOS

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O Dr. Alexandre Macieira Bellizzi, que acaba de colar grau pela Faculdade de Medicina desta capital, após um curso brilhante.

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noite de 31 de Dezembro assinalou um A acontecimento de grande expressão social na crônica mundana da cidade. Em Petrópolis, a serra quando as hortências já estão florindo e têmporada os receber prazeres começa a para da de verão a elite social brasileira, o Hotel abria os seus salões para o seu maQuitandinha " ravilhcso Reveillon". Festa de deslumbramento, beleza, graça e elegância, onde a mulher bra-

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sileira dominou com o incomparaprestigio vel de seu faxinio, a jovialidade de sua alegria comunicativa e o seu harmonioso senso de elegancia e distin"Reveillon" de ção. o Quitandinha foi, em expressão vitosua vios, uma brilhantissima parada de beleza e alegria, como atestam os flagrantes que ilustram estas págnas.

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senta nos seus mínimos e complexos detalhes, todas as características do solo na sua acidentalidade admirável. Divide-se em 31 blocos de 0m,70 x 0m,70 e é montado em caxiFeito em escalas holhos especiais. rizontal de 1:1.000.000 e vertical de 1:20.000 (aproximada), em cotas de 50 em 50 metros, baseia-se este mapa na cana internacional (americana), sendo a técnica empregada para efeito de relevo, a de superposição de lâminas, com representação de curyas.

Reproduzimos nesta página um detalhe parcial do mapa orográfico e um flagrante da visita feita pelo General Rondon ao Instituto Canabrava Barreiros, a convite de seu diretor, para examinar o importante traba!ho.

Detalhe do Mapa em Relevo mostrando o Estado do Rio de Janeiro, parte dos Estados de Minas Gorais, São Paulo e Espírito Santa.

O MAIOR MAPA DO BRASIL, Amà-r-^ : EM RELEVO, NA ESCOLA B^TaSTaT1:" S Llá^T' 'J MILITAR DE REZENDE \ 1 "SbbbKmI ' I sbPIsBb flft^^Mjf^SalB? IM^lcfji ?¦"' If-fl- m •/"ff|^^T^F^|L>Wt,J>iT,|,bbBBbBBbBbbbbbb1 "^

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Escola Militar das Agulhas Negras, em Rezende, vai A possuir dois notáveis mapas, em relevo, do território" nacional, os primeiros no gênero, até hoje realizados Trata-se dos mapas orográficos e hidrográíino Brasil. cos, trabalho minucioso e complexo do Instituto Cartográfico Canabrava Barreiros, .mediante planos aprovados pelo Ministro da Guerra.

Desses mapas, que têm dimensões idênticas (5x5 metros), o que prende mais a atenção é o orográfico, o qual, pretendendo o máximo possível de precisão, apre-

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O casal Canabrava Barreiros ladeando o General Rondon, jornalistas e dsmais visitantes.

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"pelouse" do Hipôdromo r\OIS instantâneos feitos na fíloqu&ntes expressões do munIJ da Gávea, fixando ^^ danismo elegante de que se revestem as tardes desportivas do "derby" carioca.

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TEATRO JORACY

DE CAMARGO

CAMARGO é hocontinental. O nome JORACY je sucesso de sua peça "Deus lhe pague" tornou o escritor conhecido em quase todos os "Deus países latino-amerilhe pague" foi canos. representado por companhias argentinas, uruguaias, peruanas e até dominicanas. Editaüa em volume, já atingiu à 8.a edição, caso verdadeiramente espantoso em nosso comercio editorial; é sabido que o público brasileiro ainda não se acostumou a ir a uma livraria para comprar uma peça de teatro. apesar disso, digno se torna de incentivo a iniciativa arrojada do editor Zelio Vaiverde, que anuncia o proximo lançamento de uma coleção de autores do nosso teatro contemporâneo. A primeira série de coleção será o "Teatro de Joracy Camargo". De uma só vez apareceram nas livrarias quatro peças do consagrado teatrologo: I — "Ma"Deus lhe pague"; II — "O — ria Cachuça"; III Burro" e IV — "O sábio". É preciso que se note: Joracy não é autor de uma única peça. A sua obra de teatro é das mais fecundas e interessantes. Suas peças revelam sempre um escritor elegante, dono de uma imacreadora fértil, cheio ginação de "verve", de malicia, de graça e de uma sã filosofia de sentido popular, comentando os acontecimentos cotidianos às vezes com profunda sabedoria, embora a forma seja a mais accessivel possivel. do A apresentação "Teatro de Joracy gráfica Camargo" é sóbria e elegante. As capas foram desenhadas por Santa Rosa, formando os volumes um conjunto harmonioso, digno de figurar nas estantes dos colecionadores mais exigentes.

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Um ângulo da sala do chefe da Cirurgia da CAP dos funcionários da Central do Brasil, onde se vê o Dr. Francisco de Assis Ribeiro entre pessoas de sua exma. família, amigos e colegas, quando-teve inaugurado o seu retrato ao completar sete anos naquela chefia, na fundação Grafée Guinle. ^Hit

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Alunas que concluiram o curso de Córte Costura do do-se o paraninfo Dr. Carlos Godinho, Miss Alice professoras Cacilda Pereira da Costa, Car tnen Lopes Entre as diplomadas está a senhorita El vira, filho Mucillo.

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Adeusa Luiza, dileta filna do Snr. Antenor Araújo Vianna, que vem de concluir o curso na Escola Alagoas, nesta Capital, sendo classificada entre as primeiras alunas daquele estabelecimento.

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Instituto Central do Povo, venCobb, diretora do Instituto, Conde e Marfisia B. Braga. do nosso companheiro Arlindo

no aia 13 de JaneiTranscorreu ro a data natalicia do nosso prezado confrade Celso de Figueiredo, dired o tor - secretário "Movimento Artístico Brasileiro", dire<kl Al? 1 §1?S<¦ Xk - w&0w 5 ^Slllfe tor da sucursal ca| "O rioca da revista ML Correio do Campo", de São Paulo e nosso antigo colaborador. Jornalista de longo tirocinio, com efetiva atuação na imprensa carioca, Celso de Figueiredo goza de ampla simpátia no seio da classe, sendo numerosas as manifestações de apreço que recebeu por motivo da passagem da sua data natalicia.

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a TENDENDO a várias circunstânr\ cias entre as quais se destacam a demora nas comunicações entre esta Capital e os Estados mais afastados, motivada pela escassez de transportes, e levando em conta as grandiosas finalidades que tem em mira, a "Casa MERCI" deliberou prorrogar, pelo prazo de 60 dias, o prazo para inscrições ao certamè que instituiu, em colaboração, com O MALHO, da creação de modelos de cerâmica, escultura e trabalhos em madeira.

Ficam, pois, os candidatos, com a possibilidade de apresentar seus trabalhcs, nas formas das Bases que foram aqui repetidamente divulgadas, até o dia 31 de Março vindouro, quando, então, se encerrará definitivamente o certame.

As bases a que nos referimos são, já, sobejamente conhecidas, pois O MALHO as divulgou em suas edições anteriores.

Limitamo-nos, assim, a reproduzir aqui apenas a relação dos prêmios, cujo valôr total ascende a 12.000 cruzeiros, e através da qual se pôde bem aquilatar a importância da inioiativa da "Casa Merci", através déste mcnsário.

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SEGUINTES OS PRÊMOS DO CONCURSO

CERAMICA 1.° — Vasos e Potiches (forma e decoração): (desenho) 1.° prêmio CrS 750,00 " 250,00 2.° " 2.° — Estatuetas (forma e decoração): Crg 1.000,00 1.° prêmio " " o 500,00 2 (modêlo em gesso e desenho) 3.° — Bibelots (forma e de decoração): 300,00 Crg 1.° prêmio " 200,00 2,° " (modêlo em gesso e desenho)

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""l Yvonne Cintra da Gama e Silva, representante do Estado do Rio, obteve lugar destacado no "Curso de Especialização" da Escola Nacional de Educação Física, sendo aprovada no ultimo exame com distinção, gráu 10 com louvor, e direito ao diploma de Frofessora em Dansa Natural e Ginastica Riturica.

ESCULTURA (Para reprodução em pedra-sabão) Estatuetas (modêlo em gesso): l.o Cr$ 2.000,00 1.° prêmio " " o 1.200,00 2 " " 500,00 30 2.° — Máscaras (modêlo em gesso): Cr$ 1.500,00 1.° prêmio " '1 o 1.000,00 2 (Para reprodução çm madeira)

1.° — Estatuetas (original em jacarandá): 1.° prêmio Cr$ 1.500,00 500,00 2.° " 2.° — Prensa-Livros (original em jacarandá): 1.° prêmio Cr$ 500,00 300,00 2.° " TOTAL DOS PRÊMIOS - CrS 12.000,00

oferece aos seus funcionários cada fim se tornaram tradicional as festas que THE SYDNEY ROSS COMPANYSao Cr.stovao. Alem da parte dansante e de do Clube B. I. e A. da nos salões ano. As últimas tiveram lugar de Pedro Vargas, Grande Otelo, Trio serviço completo de buffet, houve um sensacional show, com a participaçao e um aspecto da mteressante acima fotografia A etc.

Pastoras, as Almeida, Arací de Ourò^ Manézinho Araújo, festa.

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Suplemento Cinematográfico

d" O MALHO

EM

FAVOR

DO

CINEMA MARIO

[\ S Estados Unidos contaram nes^~* ta guerra que na passada era um tanto ineficiente por muito moderna ainda — o cinema. A cooperação da imagem animada é inestimavel. Por ela pôde a propaganda estimular o ódio às nações agressoras e incutir nas massas a idéia de que não se tratava, apenas, de dever patriótico, mas de imperativo mais elevado, — o bem da humanidade, a construção de um mundo melhor.

Mais persuasivo que a palavra falada ou escrita, através de narrativas empolgantes em que os fatos são vividos com impressionante naturalidade, a ação dos filmes de assuntos de guerra saídos às centenas dos estúdios de Hollywood pode ser comParada, no esforço de ganhar a gucrra, a de qualquer outra arma empehhada diretamente nas batalhas, a aviação, a artilharia, a força navai. Foi o cinema que mostrou o que era e é, na realidade, o nazismo, a Monstruosa máquina opressora tiue antes de se lançar contra extranhos, esmaga intre-muros a consciência tio povo, suprime qualquer idéia de liberdade e até mesmo a de pensar, Porque pensar e decidir é privilégio , dos dirigentes e só eles sabem, °mniscientes o que convém à cada Pessoa e à coletividade ! Mostrou o einema os torvos processos de que os 'smos lançam mão para desfibrar, embrutecer, desmoralisar caracteres Pondo por terra os mais nobres principios — aqueles precisamente de que 0 homem se orgulhava porque, se respeitados, asseguravam a felicidade

NUNES

avestruz que deante do perigo esconde a cabeça debaixo da asa — foi, talvês, o fatôr mais decisivo. O mundo futuro, governado pelos principios democráticos, era de bem estar por que morre em desapiedados massacres os moços de hoje, deverá muito ao cinema, a grande força que levou aos campos de batalha decididos e ardorosos milhões de combatentes e implantou nas consciências o dever de esmagar o nazismo e seus usufrutuários como a mais negregada insánia, a infâmia maior da história da humanidade !

de cada um e, conguintemente a fclicidade universal. Tutela compulsória de presunção, de vaidade intolerante e de infatuação criminosamente exercida por hediondas figuras lombosianas, desgraça maior não podia colher a humanidade que, para se bem, para se precaver e defender necessitava ser esclarecida e ser alertada. Isso o cinema tem feito e continua a fazer magnificamente.

Na luta travada contra o isolacionismo, — forma de suicidio lento preconisado por larga corrente de opinião nos Estados Unidos, gesto de

Os principais personagens de A ARMADILHA DE HITLER, drama biográfico Paramount, Heinrich Himmler (Luis Von Rooten), Rudolph Hess (Victor Varconi), Adolph Hitler (Robert Watson), Hermann Goering (Alexandre Pope) e Josef Goebbels (Martin Kosliche). /^fla

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Ella Ranies e Alan Curtis aparecem juntos em "A Mulher Misteriosa", formando um par encantador.

NOTICIAS

DIVERSAS

filme com Judy Garland e 0'Brien juntas!

UM Margaret Trata-se de "Agora seremos felizes" (Meet me in S. Louis), que a Metro-Goldwyn-Mayer fez em tecnicolor e que foi muitíssimo bem recebído pela critica. Mary Astor e Marjorie Mam também estão no elenco dessa história encantadora que se desenrola em 1903 e que tem lindos números de música. A direção é de Vicente Minelli, que dirigiu, por exemplo, "Uma Cabana no Céu".

três anos de serviço junto às A"*óSforças norte-americanas, Robert Montgomery, agora Tenente, voitara aos estúdios da Metro-GoldwynMayer. Seu primeiro filme, nesta nova fase, será "They were expendable" — cujos direitos a Metro-Golwyn-Mayer adquiriu recentemente.

• LAMARR está esperando a visita da cegonha... E por isso HEDY os trabalhos de "Her Highnes and the Bellboy" foram retardados por algumas semanas, segundo anunciam os estúdios da Metro-GoldwynMayer.

— Estamos contentíssimo com esse acontecimento, — declarou H e d y Lamarr a vários amigos. Hedy Lamarr é, na vida particular, a senhora John Loder, como se sabe. Casaramse em Maio de 1943.

• a mais difícil e exaustiva dança até hoje concePOSSIVELMENTE bida para qualquer filme é a que Gene Kelly apresentará como "Fandango" em "Marujos do Amor" (Anchors Aweigh), que a Metro-GoldwynMayer está realizando agora, e que mostrará Frank Sinatra, o famoso Sinatra da voz de ouro com Gene Kelly. A direção é de George Sidney, sendo de Joe Pasternak a produçao, o que quer dizer, a mesma dupla tão feliz de "A Filha do Comandante". "Anchors Aweigh" está sendo feito em tecnicolor, e não se pode deixar de frizar que a encantadora Kathryn Grayson é a figura capital do naipe feminino...

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HOLLYWOOD BOULEVARD Souto, represen(De Gilberto tanle de "O MALHO" em Hollywood)

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WWWWm^^ÊmÊMMí campanha política terminou.

O Presidente Roosevelt foi reeleito e os artistas de Hollywood voltaram às suas atividades cinematográficas, depois de haverem tomado parte em "meetings", programas de rádio, discursos e toda sorte de propaganda e mfavôr dos mF: seus candidatos. Pode-se dizer que, dentre todas as campanhas Durante a filmagem de "América", Laird Cregar, o simpaticissimo Satãpresidenciais, foi esta a que mais interessou aos astros e estrelas. naz, de "O diabo disse: não!" deve Ann Richards encontrou no campo uma vitelinha e logo se tornaram Como é de esperar-se, houve artisgrande parte de sua popularidade à grandes amigos... É que o animaltas que favoreceram a reeleição do bela evocação do companheiro cons- zinho como o público de cinema achou-a encantadora !

Presidente Roosevelt, outros que tratante de todos os mortais ... balharam pela vitória do candidato Thomas Dewey. Os mais ativos na campanha em favor da reeleição do presidente atual foram Tallulah Bankhead, Humphrey Boggart, Franchot Tone, James Cagney, James Garfield, Orson -TrBmim <sfl____f _ÉS_r Welles, Virgínia Bruce, James Gleason, Gene Kelly e outros; no ^ÊÈáa\Jj¥ campo adversário os que mais batalharam foram Edward Arnold, '*_____________¦_# ¦' i^A i '*'*¦ Ün Ralph Morgan, Ann Sheridan, Gary Cooper, Lionel Barrymore e -^H Mb ^t* v ____¦ HÍ| outros. Houve programas de rádio com "sketches", canções, anedotas contra o candidato Dewey e outro tanto foi contra o presidente Roosevelt...

Mas, a atividade política da gente tíe cinema não parou aí. *' íjfAWP'' jsb3 l______J_Í9IV k: Lucille Gleason artista e esposa de James Gleason, foi candidata ao posto de intendente municipal, o mesmo fazendo Albert Dekker, o conhecido artista da Paramount. Helen Gahagan, esposa tm¥ ^m ¥mM^- -_____¦*;; '_t de Melvyn Douglas, candidata ao senado federal, foi eleita. Rex W'\ ____¦¦ m%m d^M i____í^^ Bell, ex-cowboy, e marido de Clara Bow, perdeu a eleição. Era WWW- _^-- *<i_______W jj*AmÈÊ^A ^'1 candidato pelo estado de Nevada ao posto de senador em Washington...

Em virtude de apostas feitas, Ann Sheridan foi obrigada a passar pelo Hollywood Bculevard de automóvel, guiado por um dos irmãos Wetsmore, encarregado da maquilagem do estúdio da Warner Bros. toda pintada de preto... mm T* ^B^IKifl Wm tf E, assim, agora que a campanha passou... Hollywood volta 'mmm^mmmmmmmimmmmmmmmmmmmmwmKm Eí a preocupar-se com o trabalho cinematográfico.

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O NARIZ DE ELLA RAINES

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PACTO DE SANGUE da Paramount será um dos prinveiros grandes sucessos do Ano Novo. Nele, atuam grandes astros como Barbara Stanwick, Freã Mac Murray O Edwatd G. Robinson que figuram na cena aqui reproduzida.

Faturas Estréias I

Tendo agora o seu cartaz firmado em Hollywood, o que conseguiu graças ao seu primoroso desempenho ao lado de Eddie Bracken em HERÓI DE MENTIRA, Ella Raines — a dona dos mais lindos olhos verdes do mundo —, sentiu-se mais à vontade para confessar não ser aquela a primeira vez em que entrava num estúdio cinematográfico. Já uma vez, há alguns anos atrás, ela entrara num estúdio para ser submetida a um teste, sendo regeitada exclusivamente por causa do feitio do seu nariz.

— Eles disseram que se eu reformasse o meu nariz, dando-lhe um estilo mais clássico, talvez me fosse possivel conseguir um papel nu,m filme modesto. Meu pai achou isto um desaforo, e mandou que eu voltasse para casa sem tocar no nariz que era, em sua opinião, uma belezinha.

Passado algum tempo, Miss Raines voltou a Holly"eswood com o mesmo nariz, e logrou se tornar uma trêla" de pri,meira grandeza. O paj^y¦¦ pai é que estava com a razão...

O BISAVÔ DE BING CROSBY

(Filmes vistos em Hollyiooc-d por GILBERTO SOUTO) THE MAN ON HALF MOON STREET (Paramount) — Um filme de argumento inverossímel, mas que interessa e prende a platéia. Mais uma dessas experiências científicas que Hollywood vem produzindo desde "Frankenstein".

Não pensem, porém, que oferece monstros, vampiros, lobishomens, etc. Um trabalho bem feito e bem interpretado por Nils Asther e onde se destaca, de modo brilhante, o ex-dlretor alemão, Reinhold Schunzel, no papel de um cientista vienense. É, realmente, admiravel o seu desempenho. Os velhos "fans" lembram-se dele como artista, há muitos anos, e mais tarde como diretor de fil.mes de grande valor.

Aparece no principal papel feminino uma linda artista, Helen Walker.

Morton Lowerly, Paul Cavanagh e Edmond Breon completam o elenco com bons desepenhos.

SINCE YOU WENT AWAY (David Selznick) — O primeiro filme produ"E O zido por David Selznick, desde Vento Levou", que tar\bem escreveu o argumento e o cenário cinemátografico. É u,m bom trabalho, principalmente pelo desempenho dos artistas do elenco, todos ótimos. O filme oferece sete nomes: Claudette Colbert, Cotten, Lionel Barrymore, Joseph Jennifer pequenino), (num papel Jones, Shirley Temple, Monty Wooley e Robert Walker. Hattie Mac Daniels aparece no papel de uma criada preta, mais um bom dese,mpenho dessa esplendida artista.

Neil Hamilton só aparece em fotografias — êle faz o papei do marido de Claudette e pai de Shirley e JenniO

MALHO

ARY BARROSO chega aos stuáios da 20 th Century-Fox, em Hollywood, e è recebido por CARMEN MIRANDA. ARY foi convidado pela. grande Companhia cinematográfica americana para musicar um dos próximos filmes em Técnicolor de CARMEN, com música e <Wbiente tipicamente brasileiros. Não admira que CARMEN ostente um sorrüso tão feliz...

Em homenagem à memória do bisavõ de Bing Crosby, acaba de ser lançado ao mar, nos Estados Unidos, o navio "Nathaniel Crosby"'.

De acordo com os dados contidos no álbum da família, o vovô Crosby foi um pieneiro dos mares, tendo feito, e,m 1850, a rota da costa de Oregon à China.

Bing não poude comparecer ao batismo do navio, realizado, nos estaleiros de Portland, devido a estar preso nos estúdios da Paramount, terminando a filmagem de O BOM PASTOR. Representou-o no áto o seu irmão Bob, que se fez acompanhar de outros membros da família.

DE NOITE SONHAMOS conta-nos « histórna do amor sublimado de Frederic Chopin (Cornei Wüde) e George Sand (MerlejOberon) um Columbia Tecnicolor. ^mmmmàsWsss\3msss\mam\mWtm

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fer que foi para a guerra. O filme descreve o ambiente da frente civil, a familia que também luta e enfrenta todas as dificuldades enquanto o chefe da familia está servindo à pátria.

O ,mal do filme é que é muito grande e, em certos trechos, extremamente sentimental e excessivamente pátriotico. Com isso não quero dizer que patriotismo deva ser criticado ou ridicularizado, mas há certos momentos em que o filme exagera esse grande sentimento humano. Há momentos de grande beleza, e a fotografia é das me. lhores. O filme é distribuído pela United Artists.

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mulher elegante sabe que não se usam arbitrariamente jóias, sem incorrer muitas vezes em ofensa a certas regras sutis de A bom-gôstc e bom-tom.

Daí o cuidado e o meticuloso afã que põem todas as que o são realmente, na eleição dos enfeites com que hão de ornar, completando-se, seus encantos naturais.

Para a reunião noturna, o jantar, o teatro, o baile, há que saber escolher, com argúcia e segurança, as jóias que se vai usar. Isso constitui, de veras, toda uma ciência. E ciência altamente transcedente, que só mesmo a sutileza da intuição feminina logra apreender por completo.

Essa intuição, aliás, é que faz com que a mulher consiga requintes de atração e de encanto, que adivinhe e lego adote aquilo que a favorece e amplia seus dons de natural sedução.

E ninguém duvide de que foi graças a esse dom divinatório, aliado ao prazer que de tal hábito usufruia, que fez do cigarro o seu inseparável companheiro, mais indispensável, até, que as próprias jóias...

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Fontes dos Amores, Represa, Campo de Aviação e Cascata das Antas... Qual dos habituais visitantes de Poços de Caldas poderá esquecer-se desses sitios tão encantadores e agradaveis? Ali, á sombra amiga das árvores antigas povoadas de ninhos, nas manhãs pródigas de iuz e de pipilos de aves, ou nas tardes macias, tépidas e deliciosas, os aquaticos se divertem após os banhos que lhe renovam a saúde e o entusiásmo nas Termas Antonio Carlos. A noite, há a vida trepi"grill" do dante e magnífica de elegancia e esplendor do Cassino Palace-Hotel, estabelecimento confortável e acolhedor, que abriga os turistas habituados ao conforto e aos refinamentos dos grandes centros. Ali á luz opalina dos lampadários. "garçons" hábeis e polidos, os fluorescentes, servidos por aquáticos estão admirando nesta temporada a arte original e magnética de libertad Lamarque; de Lusita Datios; Jane and Raymond; Pastora Romero e Índios Jota.

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SUPLEMENTO

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Jan.e Wy nan, da Warner, vestida por Milo Anierson.

NOS em plena estação estivai — EIS temporada de férias, de vida ao ar livre, vestindo-se com simplieidade, roupas leves, claras, graciosas, roupas adequadas às luxuosas, cambiantes de luz, da luz do sol que se estende pela cidade, brilha nas montanhas, aviva o azul do céu, intensifica o verde azulado do oceano cujas ondas vêm morrer em espumas brancas á beira da praia onde se espreguiçam as s.reias de Copacabana, de Ipanema, do Leblon.

O verão é a fase da alegria, ou me-

SORCIÈRE

lhor, de uma alegria diferente, mais comunicativa, portanto menos formalizada.

De saia e blusa estamos bem de manhã á noite, o que não significa que ponhamos de parte outra espécie de traje pois a faceiricé é uma das qualidades da mulher, e sêr faceira é renovar-se: com um vestido diferente, u,m adorno, um penteado, uma feição de "maquillage"...

No verão os nossos costumes — roupas ou o dia a dia — sãó diversos dos do inverno. A própria claridade proporciona mais entusiasmo pela vida, tão boa de viver, apesar dos. pesares...

As roupas claras ou estampadas são as que mais se enquadram no presente, maior boniteza concedendo ás mulheres.

Ao contrario do que houve nos últimos anos, o chapéu nãó se evadiu do guarda roupa feminino. Isso é mesmo obra dos modelis tas, na matéria, empenhados, outro sim, em manter o delicado comercio. Trataram de dar tanta graça, tanta originalidade aos novos feitios que ao menos um ou dois exe,mplares somos obrigadas a adquirir, harmonizandoos, está visto, com as "toilettes" que acompanham. Ha, por exemplo, um expressivamente bonito quando talhado em fustão, o qual assenta com -iT'E E vestidos claros ou estampados, sendo comple.men.o maravilhoso para um traje preto w\w ' % -Ww ¦ ou marinho, caso em que as luvas serão feimesmo tecido. tas do "aguadeiro" é um dos mais moderO nos. "bréton", embora as abas seLembra o jam levantadas com exagero, principalm.nte nos pequenos. Numa criatura elegante vai muito bem, vai mesmo á maravilha.

As "capelines" grandes estão tambem de chapéus esquisiem uso, toda uma série"chie". tes feitos para gente Mas as jovens preferem atar os cabelos com uma fita de veludo ou adorná-los cem flore?.

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Traje ¦preto para gente jovem. (F.eitio de Johara, Chicago).

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Para um bonito corpo este "maillot" de Sheila Byan, artista da 20th Ceníury-Fcx.

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Blusa branca, entremeio de cadarso — gracioso modelo cie Juãy Bond, New York.

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Irene Manning, "Star" da VVarner em "make gour own bed" exibe êste atraente "jumper-dress" marinho com tiras vermelhas, blusa branca.

A leitora é alta, esguia, jovem? copie, então, o vestido de Janet Blair, figura proeminente da Night", produção "técnicolor" da Columbia.

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Rosa, cravo e negro — a bonita estamparia do vestido de Trudy Marshall, outra artista da Fox.

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Modêlo para crépe branco, folhas de ouro a volta da gola. Carole Landis exibe-o em "Quatro moças - * num "jeep", da Xuventieth Century Fox. I I —

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Labtex desenhou para Eileen McClory, uma das lindas pequenas que a Columbia apresentou em "Modêlos", êste esportivo traje branco.

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"Cciffant" para recepção. E' de palha brilhante — guarn&ciáo com plumtís e véu.

Miss Landis apresenta-o.

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Agasalho para a alta elegância que veraneia nas estâncias de águas. Trata-se de um chalé 'dc lã clara bordado com lã preta.

— Ruth Ford, da Fox, ma-o "técniem "Wilson", produção color".

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Uma novidadí': renda -de "crochet" como guarnição de vestido. — (Joan Blondill — 20 th Century Fox).

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Ideal para o nosso verão é este chapéu ãs crina de seda apresentado por Carole Landis, da 20 th Century Fox. O

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A RESPEITO DE ROSTOS CANSADOS "No final dos meus dias de trabalho estou tão cansad-a que ,meu rosto o demonstra".

Quantas vezes se ouve semelhante queixa ? Talvez você própria diga a mesma cousa. Se a formula é porque anda a par do que diz respeito à aparência do rosto. Se o seu rosto está cansado, você naturalmente o sabe pelo fato comum da falta de atração qUe ele exerce nos deir. ais.

1 A partir de tal ponto chegará depressa à conclusão de que o "glamour" tão do seu agrado desapareceu por completo.

HOLLYWOOD FAZ ALGUMA COUSA Atualmente se você está interessada bastante no as sunto, algo pode fazer em beneficio do seu aspecto de cansaço. Hollywood rnuito tem contribuído para solução do problema, praticando remedios que podem ser empregados com vantagem pelas mulheres de toda a parte do globo terrestre.

Por muitas razões as estrelas da téla não são jamais apreciadas no trabalho quando começam a apresentar cansaço no resto. Assim é oue elas não fc;mente observam as horas de repouso indicadas para de noite, como também procuram descansar durante os espaços entre as filmagens, isso com o mais religioso cuidado, que elas entendem e sentem como se tcca,m trabalho e descanso.

PONTO NÚMERO UM Um dos primeiros planos na matéria consiste em evitar que as estrelas se cansem depressa, não podendo completar o trabalho exigido por cada uma das produtoras de Hollywood. Assim, exigem os diretores que as horas de trabalho corresponda^ a outras tantas de descanso.

Naturalmente muita atriz vai ao excesso de fadiga, o que o rosto reproduz ,ao fim de 12 a 14 horas de serviço.

COMO AGIR ?

Todos os fatores contribuem para cansar mais uma artista que outra (mulher. Embora a pratica de esportes. de exercícicios diários, determinados movimentos, posturas e os grandes focos eletricos são instrumentos de ação para cansar o organismo. O próprio "make-up" não esconde a falta de encanto dos traços caídos, e o proprio "mak-up" retirado nos interválos feitos para um pouc0 de repouso, é um dos fatores para o descanso fisionomico.

Um "make-up" completo aplicado a seguir, refará toda a aparência.

Quando o cansaço se apossa de um rosto, um des primeiros traços a indicá-lo é a linha obliqua da boca,

NOVIDADES

FIM

PRESENTES!

!:RANCES GIFFORD — uma ãas mais telas e jovens ar. tistas da Mttro-Goldwyn-Mayer. cs canto® resvalando para baixo. E não ha "lipstick" que. corrija depressões de tal especie.

Os olhos •bambem expressam cansaço. Alguns ficam a fechar-se a miúdo, enquanto outros apresentamse alargados, sem luz. E' necessário, então, refrescá-los, o "make-up" fazendo desaparecer as olheiras, atestado insofismável de cansaço.

Finalmente: qualquer modalidade de "make-up" ccr. rige o cansaço de madeira fugaz, pois é remédio de e,mergencia. Numa fisionomia descansada o "make-up" produz maravilhas, redundando em "glamour" na verdadeira acepção da palavra.

APARELHOS PARA JANTAR. CHÁ E CAFÉ. FAQUEIROS, CRISTAIS PORCELA 'AS. PRATARIAS. BRONZES "E OBJETOS DE ARTE

Iftuiuuu.

Cias:» H RUA SETE DE SETEMBRO. 66/68 - PROXIMO Á AVENIDA 57 —

ELEGÂNCIA

PRATICA efA

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Vestido 'de crépe de seda, para usar à tarde.

Feitio para tecido branco ou em quadros.

Guamição de pospontos e botões, cinto de couro.

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Costume dc Saks (Neio York). Para tecido liso ou quadricuíado.

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Vestido quadrkulado em cores zrivas, "pique" branco. Criagola e. punhos de ção dc Altman, New York.

Vestido de "s hantung" branco ou tonalidade pastel.

Indicado a gen. te moça.

Feitio para seda estampada. Muito modernas as abas dos lados da saia, como prolonaamento da blusa.

"Short"

de panamá branco, guamição cscarlatc. Casaco de panamá branco, adequado á estação estiral.

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Gracioso vestidinho para usar pch' manhã — na praia ou no campo. Ê de algodão listrado, (iitarnição do tecido em horizontal.

Grandes colchetes de metal guarnecem este vestidinho de crépe de seda verjmêlho maravilha.

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Tres feiíios de sapatos para uso à tarde, originais de Houston, Richmond e Saks (New York).

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Uecof?ação âa casa

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li '! BB*d. '¦'^"'w.-Jp,_ Pequena sala de entrada-. Parede* forra, das de cinza forte ¦?. branco, laçadas ver.

•de forte <?.m- cima, num velho estilo ImpeMal. Móveis escuras, istôfo branco.

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Espaçosa sala de estar com as paredes forradas de azul-cinza, flores rosa cravo, folhas verdes, sofá e poltrona forrados de azul-cinza, a poltrona de costas e o sofá junto à janela envidraçada com um chintz azul forte e branco, em listras. Madzinj, escura, fapste cinza, um belíssimo espelho de Venesa e um biombo completam delicada feição decorativa:.

PASSADEIRASTAPETES-MOVEIS

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QUITANDINHA

HOTEL

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Comi a inauguração de seus novos ambientes artísticos, sociais e esportivos, e de novos apartamentos com capacidadde para 800 hospedes, 0 Hotel Quitandinha é hoje, o maior centro de turismo das Américas, localisado em pleno coração da serra petropolitana, num clima adoravel, oferecendo aos seus hospedes vários motivos de interesse, com sua. "boite", "grill-rocm", "grill" do lago, restaurante rústico, etc.

^j^gjpg Refe, itorio

das

criancas..

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DE APARTAMENTOS: 42 - 6190-RAMAL 16 O

RIO

MALHO

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SOCIAIS DO RÁDIO Eis aí uma coisa que a evolução, o progresso do rádio anda a exigir que se evite: a serie de aniversários irra diados sempre, com noticias de lau tas mesas de doces, e de virtuadas supre,mas dos aniversariantes.

De vemos reparar que. não somente PS estações menores incorrem nesse erro, ma? até as grandes.

Se o rádio é para educar e para di vertir que nos poderá interessar que o sr. Manuel Pereira Antão. alto funcionário de tal Ministério comple te anos. e esteja com os amigos entre festas e flores ?

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_l^ ___fSsP^W*>w Consuelo Fortuna está can tan do na Nacional.

Nilo Sérgio, com a sua orquestra é um cartaz conhecido da PRE-8 Jararaca e Ratinho necessitam mais cuidado com o publico escolhen do melhor os seus números sem tan ta anedota picante. Á orquestra de Rui Rei é um acontecimento artístico da Nacional.

Dilermando Pinheiro está na Na cional.

Os Namorados da Lua é o con junto musical de grande publico que está aa PRE-8.

A PRA-2 está apresentando, com brilho, "Hora Universitária".

SAMBISTA BOLAS

Jaclra Salvc-dor é um cartaz novo nos estúdios., tendo feito, recentemente, uma ixcwsâc triunfante ptltí America do Sul. onde levou a conhecer a música alegre do Brasil, o samba qu.l ela canta cq n tanta beleza.

Devemos aguardar mais uma novela de José Mauro, "Aventuras de 4 Ases e um Coringa".

A Nacional está apresentando um bc,__ programa carnavalesco, cçm Francisco Alves. "Trio de Oure" e varias "Escolas de Samba".

Viriato Correia ingressou para o rádio, escrevendo uma novela de costumes para a PRE-8.

O "Conjunto Tocantins" tem agradado muito no rádio.

UMA VITÓRIA DS ALMIRANTE Almirante acaba de dar ao rádio dois artistas brilhantes, brasileiro atravez do filtro purificador de um concurso movimentado de calouros, sem ter havido deboches, ridicularias com -S candidatos, como é comum em certames dessa espécie.

E deve estar orgulhoso do seu tra balho conscencioso e digno, porque soube mostrar aos diretores artisti cos, — teimosos em deixarem cs ar tistas serem os mesmos — certeza de que existem realmente cá fora, elementos de valor capazes de fazer carreira.

Ha como que um propósito de se evitar que eles surjam — como se _s velhos que deveriam estar aposentados, receiassem a concurrencia. E esse tem sido o grande mal do rádio, o de se cançar de ouvir, por vários lustros, a mesma voz, o ,mesmo artista. um querendo imitar a voz do outro, numa . teimosia desmoralisada de copias incríveis.

Sempre afirmei ser Almirante um "broadeaster" dos mais perfeitos.

Trabalha, sua, estuda, investiga e oferece, todas as vezes, iniciativas brilhantes e dignas, cqtio a da possibilidade de terriios agora um casal de novos artistas, no rádio, que possue ameias e barbacans intransponiveis contra os calouros, que sangram nas suas experiências em certas estações cariocas.

FRANCISCO GALVÁO

MALHO

1

Em ondas curtas, a Nacional tam enviado interessante programa especialmente feito para Portugal, com Lúcia Helena, como locutora Emilinha Borba vem cantando bons sambas carnavalescos.

"Coisas do Arco da Velha" não deixa de ser um interessante passatempo da Nacional aos domingos.

Paulo Serrano continua a ser wna voz das mais bonitas da PRE-8.

João Petra de Barros estix no "cast" da Rádio Globo.

O Teatro das Lendas Maravilho sas é um programa agradável da PRA-9.

Jorge Fernandes é na Globo um nome de muita credencial.

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_____m__pP^_é lÉfÉrail IP MwÈ&JÊÊr MARCHA Linda Rodrigues tem encantos na vez morena _ tropical, sendo u n dos atrativos dos ouvintes, como intérprete da música popular brasileira, ond? se Um feito uma das nossas melhora$ artistas.

Embora te.V-iem algumas estações parece haver diminuído, de manei ra considerável, a mania das noveias.

Sente-se isso, sem muito esforço, sem muito trabalho. Os bufarinheiros da novidade andam ressabiados, porque passou aquela primeira impressão e o publico, vendo o logro em que an dava, prefere agora, boas comédias nacionais e extrangeiras.

TANGO Encontra-se no Rio, Fernando Botei, Cartaz de valor do rádio argentino artista da Belgrc.no, de Buenos Aires, qus fez muito êxito na Rádio Globz, cantando a. ?núsica bonita e triste (i. sua íe. ra.

COMPOSITORES CARNAVAL

BREQUES Vai ser construído o grande estu dio da Rádio do Ministério da Edu cação.

Interpretando melodias mexica nas, encontra-se na Mairink Edçard Lafourcade.

Tomaz Teran. grande pianista conhecido da nossa platéia, deu um lir.do concerto na Globo.

A Cruzeiro do Sul mantém, c.m agrado geral, ha dois anos o pregrama Carlos Gomes.

Os "Amores Celebres da Histó ria", é, de certo, um numero dos mais da Nacional. queridos ",_—i_ Léa Silva continua a apresentar interessantes crônicas sobre a beleza;

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CASELLA LONDON O

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AS NOVELAS

EXIJAM SEMPRE TH ERMO METROS para FEBRE HORS

PODERIA SER EVITADO

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ACORDEON Atílio Cizctto é um acordeonista 'dos melhores da terra bandeirante, estando, agora, na Rádio de Marilia. agradando a todos os ouvintes com as suas músicas melodiosas e bim interVretadas pelo seu talento artístico.

_

62

O

Sente-se ama pobreza de espirito nos nosáos compositores earnavales cos. Vocês não acham ? Falta de ale "verve". As músi gria, de graça, de cas boas são raras e arrastam por ai. faivez seja pelo pouco animo de se brincar ros folguedos de Momo.

Quem sabe ?

jóçm^ contra espinhas Eficaz contror Acne ou espinhas, eravos ou foliculites, ótimo dissolvente dos seborréias do rosto e corpo.

Laboratório RUA CONDE

LACERDA

DE

BONFIM, 832

Rio de' Janeiro Lie. D. S. P. n. 24ó Em

12-4-39-Classe

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Capacidade: 100 c. c.

Farmco Albino de Lacerda Industria Brasileira

CANTOR

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Fixa, tonifica e dá novo vigor ao cabelo

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Nelson Trigueiro gravou lindas músicas para a temporada carnavalesca.

As suas músicas pegaram, e ele rec?beu a consagração do público, pela graça dos seus sambas _ das suas marchas vivas e agradáveis.

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CONCOURS

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Não sabemos porque, em certas es tações nos programas de peças poli ciais, ha sempre um "prontidão" metido a engraçado. Berüez Júnior nãa poude evitar o seu Baraçal, bem ves tido na roupagem de Jair Tamatur go. Esteve pior. mas mudou um pcu co de atitudes. Mas, a Mauá, cujos elogios são poucos pela sua pragra mação, aos domingos, em programa policial tem o prontidão 32. Inega velmente, Gilson Amado não lhe prestou atenção, porque ele é verda deira.mente inconcebível, de um per nosticismo nas suas graças, a raiar pela irreverência com a Religião, com a própria organisação- técnica policial. O 32, é o motivo único de se desligar o "dial" da Mauá, aos domingos, sem se poder apreciar as pe ças ali radiofônicas. Mas, com um pouco mais de boa vontade, aquele prontidão, sem tanto pernosticismo. sem tarnanha liberalidade. e confianca com c detetive, poderia agradar ao em vez de irritar tanto os ouvintes.

O mais perfeito fixador do cabelo

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63 —

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MALHO

Direção de Chô-Ghô REGULAMENTO Cada torneio abrange dois números de O MALHO. Para concorrer aos nossos torneios os leitores de O MALHO deverão remeter-nos as soluções em laudas de papel escritas de um lado só e acompanhadas do cupão de inscrição devidamente preenchido.

DICIONÁRIOS ADOTADOS: Simões da Fonseca (ed. antiga); Peq. Dic. de H. Lima e G. Barroso (3.a edição) e Breviario do Charadista, de Sylvio Alves.

PRAZO: As decifrações serão aceitas até 45 dias após a publicação do segundo número.

COLABORAÇÃO: Aceitamos charadas novíssimas, casais, sincopadas, em versos, enigmas pitorescos e palavras cruzadas, uma vez sejam baseadas nos léxicos adotados.

PRÊMIOS: Os prêmios oferecidos por esta secção são constituídos por dicionários da lingua portuguesa, livros charadisticos e literários e assinaturas das revistas editadas pela S. A. O MALHO, os quais serão remetidos pelo correio.

CORRESPONDÊNCIA: Deverá ser endereçada à: JOGOS E PASSATEMPOS — Redação de O MALHO — Caixa Postal, 880 — Rio de Janeiro.

CANTINHO DOS NÉOS Charadas

Novíssimas — 16 a 19

2-1 A sua piada sempre "chega" na ocasião.

Formiguinha — B. Horizonte 1-1 O pedano de madeira que existe aqui, também será incluído na relaeão.

Flora Lúcia — Rio * * 1-2 A poeira é coisa comum no acidente.

A. Silva — Rio * * "possue" 1-1 Quem extraordinária renda, tem probabilidade de em viver um grande espaço de tempo.

Star — S. Paulo * * # Charadas casais — 20 a 22 3- Comprei a credito uma grande fila de tijolos.

Edpim — Rio

Charadas

Sincopadas — 23-24

3- Com astucia e habilidade consegue-se fazer muita coisa. 2 Urutáu — Rio *

*

ii:

3- Êle é incansável quando tem uma incumbência. 2 Lucilva — Rio CHARADAS Novíssimas

25 à 30

2-1 Deus vigia com o fim de proteção o sentimento de todo aquele que poupa a sua vida.

King-Kong — Vitória »fc * *.

2-1 A totalidade nazista "julga" que com a matança conseguirá nos arrefecer.

Navlig — Rio * * * 2-3 Conforme havia "imaginado" tudo foi feito de propósito. Édipo — Mato * * 2-1-1 Sendo bem combinado, esse passo tem valor e proveito como variedade do fandango.

Fone — Vitória

*

*

+

2- Um pedaço de peixe foi colocado sobre o meu prato.

Iriam — Rio O

MALHO

3- É muito louvável a argúcia do principiante. 2 Miss Tila — Rio 3- Correu muito sangue na época do terror. 2 Lucilva — Rio Logogrifos em prosa — 37 e 38 Não posso compreender (1-4-3-4-6) (1-7-6) os astrônomos porque motivo dão tanto "valor" (4-1) a uma simpies (1-2-6-5) estrela cadente.

Irapuan — Rio

* * * Com teu desaparecimento (5-2-71-4) meu coração cobriu-se de luto, (9-7-8-5-10) já não tenho prazer em viver e minha fisionomia, (6-7-) está bastante envelhecida. Nas minhas orações (5-7-2-9-8-3) suplico ardentemente para que a data (10-7-6) de minha partida esteja bem próxima, sei que de amor também se porque "morre".

Chô-Chô — Rio

Enigma N.° 1 — Leopos

/A3A?^

* *

* *

2-2 Por causa de arrelia a polícia prendeu certa pessoa importuna naquela tasca.

Riva de Mir — Goiânia

CRUZADAS

PALAVRAS

1-3 Antes parecer descrente que demonstrar superstição.

Aco — S. Manoel

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Logogrifo em prosa — 31 e 32 Ê demasiado (3-6-7-4-8) e sobejamente sabido (3-8-5-8) que a pessoa, de apurado tato (5-2-3-8» social, so tem cm mira (1-4-5-8) viver em pa? com seu vizinho.

José S. Iglesias — Brumadinho À Imára.

* *

...e o pároco (8-3-5-9-10-2) embevecido e trêmulo (9-3-1-10 "fita" (7-10-2-4-3) (8-10-6-5-3) a serena imagem de Jesus.

Ralvollvas — Rio Casais

3- O homem "domina" pela força, porém, maior virtude é a da mulher porque o faz pelo carinho.

"O Chicharro"

Sincopadas — 35 e 36

J^^O-i>-tr}.

flA>.

Horizontais: 1 — Vaivém. 7 — Dizse do boi ou cavalo que tem malhas.

8 _ Obliqüidade. 9 — Paralização.

2 — Verticais: 1 — Obstáculo.

"Mulher".

Pássaros. 3— Que lê. 4 — 5 — Serra no Est. do Ceará. 6 — Trombeta feita de bambu.

33 e 34

3- Toda mulher nobre tem um coração generoso.

Edpim — Rio * * * 3- Acalma os nervos vêr, após a tempestade, o céu limpo de nuvens.

Lila — Rio 64

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Mais de 50%: Miss Tila — Aco — Navhg — "Nilòf" — Calepino — Lucy Gray.

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PÍLULAS

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Palavras

Enfraquecem. 8 — Ardente. 9 — Rio da Beira Baixa (Port.). 10 — Doce de pêras. 11 — O mesmo que amargos.

Verticais: Cidade do Brasil sobre o Amazonas. 2 — Espécie de bolo de milho ou de arrôs moído, assado ligeiramente ao forno. 3 — Emudecera. 4 — Impulsionar. 5 — Renunciado. 6 — Enganas.

TORNEIO DE NOVEMBRO N.° 58 — Soluções Cantinhos dos Néos: 1 — Golpear!

2 — Estolido. 3 — Morto. 4 — Doesto. 5 — Nova-o. 6 — Lombo-a. 7 Bicha-o. 8 — Elenco-eco. 9 — Ribamar-rimar. 10 — Bargadobardo.

Solucionislas da totalidade: "João Fogaça" — Mysel — Alvoroço — Melagro — Lord — Aco — Rira de Mir King-Kong — Mautra — Dama Loura — Ciro Pinalis — Jelza Jardim Toledo — Ronega — ila — Sinhô — Libio Fama — Carlino — Paraná — Aramis — Leopos — Bae) Pereira Campos — "Luzimar" — Japibo — Édipo — Bisturí — Fone José Iglesias — Magalí — Aécio Lessa Alves — Luzele — Imára — Dr. Alquinha — Tonio — Malice — Viça Pota — Lucy Gray.

Mais de 50%: Miss Tila Indaiá" — Navlig.

"Bloco

Premiados: João Fogaça, residente em Mendes, E. do Rio; Luzimar, Niterói, E. do Rio e Bloco Indaiá, Rio Claro, São Paulo.

Charadas: 11 — Extravagante — 12 — Escolado. 13 — Estevão. 14 — Entrelinha. 15 — Viador. 16 — Farda-o. 17 — Extremo-a. 18 — Mofinoa. 19 — Descaido-a. 20 — Mulher Que bem se areia nunca é feia. 21 — Mancada-manda. 22 — Zorate-zote.

23 — Tacito-tato. 24 — Mangamagoa. 25 — Licença-liça.

Solucionistas da totalidade: Luzimar — Ronega — João Fogaça — Mvself _ Alvoroço — Melagro — Lord — Riva de Mir — King-Kong — Mautra — Dama Loura — Ciro I I

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4 5

cruzadas

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n.°

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Horizontais: 1 — Ta. 3 — Ir. 4 — Quarcau. — 8 Curro. 9 — Ra. 10 — Aca. 11 — Suan. 13 — Liar.

Verticais: 1 — Tiara. 2 — Aruana.

4 — Que. 5 — Ural. 6 — Ar. 7 — Rosa. 8 — Cab. 12 — Ur. Enigma n.° 2 Horizontais: 2 — Caf. 4 6 — Camarau. 7 — Laias.

Verticais: 1 — Paraiso. mara. 3 — Faraó. 4 — sal.

— Saras.

8 — Aso 2 — Ca 5 — Sas.

Solucionistas: Luzimar — Bisturi Nilof — Ronega — Myself — Me"Lord" — "Aco" lagro — Alvoroço — Mautra — Riva de Mir — KingKong — Miss Tila — Dama Loura Ciro Pinalis — Bloco Indaiá — "Jotoledo" — Lila Sinhô — Libio Fama — Raivo Uvas — Paraná — Fone — Leopos — Bael — Malice — Pereira Campos — Japibo — Édipo Magalí — Navlig — Aécio Lessa Alves — Imára'— Viça Pota — Calepino — Lucy Gray.

Premiados: Totalistas: Lor de Aco respectivamente residente em Goiânia, Goiaz e S. Manoel, São Paulo e Jotoledo, residente nesta Capital.

COLABORAÇÃO Agradecemos os bons e interessantes trabalhos que nos foram enviados por: Edpim — Lila — Édipo — KinKong — Mautra — Riva de Mir — Lord — Miss Tila — José S. Iglesias Leopos — Sinhô — Pereira — Campos — E. Torres — Urutáu — Armond — E. Aurray — "O Chicharro" — Japibo — Formiguinha.

INSCRIÇÕES Registramos com prazer as seguintes: Sebastião Siqueira — Tio San (Niterói) — Cidadão (B. Horizonte) E. Torres (Bahia) — Amond (Niteroi» — Joaga (Vitória) — Edpim Russinho.

ALMANAQUE

MENSAGEIRO

DA

Empregadas

pílulas, figado

ou

figado

além de tônicas,

dispepsias, •

dores

da de

prisão

nas

suecesso

com

estômago,

moléstias

intestinos.

Essas

são indicadas

cabaça, ventre.

Sâo

roso digestivo e regulariiador

nas

moléstias um

do

pode-

das funeções

gastro-intestinaes.

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Estado

páginas de charadas, enigmas e logogritos. Agradecemos o exemplar que nos foi gentilmente enviado.

FELICITAÇÕES A todos os nossos amigos, confrades e leitores que tiveram a gentileza de no? enviar votos de felicidades pelo Natal e Ano Novo, na impossibilidade de dirigirmo-nos a cada um de persi. aproveitamos este ensejo para retribuindo, apresentar-lhes os nossos cordiaif agradecimentos.

CUPAO

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[NSCRIÇÂO

Nome

FÉ

Está em circulação este excelente almanaque, propriedade da Editora Mensageiro da Fé Ltda. e referente a 1945, onde o confrade Datrinde (José Petroniio da Trindade), apresenta-nos o "ÁLBUM DO ESPORTE DA INTELIGÊNCIA", interessantes — 65 —

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PODOPHYLINA)

do

Premiados: Totalistas: Ralvollvasj residente nesta Capital e Bisturi, Rib. Preto, São Paulo, mais de 50%: Nilof, Petropoiis, E. do Rio.

PAPAINA

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Pseudônimo Residência Cidade Estado O

MALHO

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ESTUDANTE

BRASILEIRO o século passado firmou o marco inicial de sua afoita arrancada tamporal, já o Brasil agrupava QUANDO trezentos longos anos de vida. ou melhor de ma neira ocidental de trabalhar e organizar a vida em seu aspecto social.

Durante este longo periodo o Brasil, então colônia ou parte do império Português, havia consolidado as mais variadas situações econômicas que haviam vindo desde as concessões madereiras até as exportações de ouro.

Fazia-se, em última análise, èste Brasil, então co lonia, o grande supridor de recursos para os faustos metropolitanos que se afirmava,m desde o luxo da côr te até aos arrojados primores arquitetônicos dos tem '.ViWIWie pios e dos palácios.

A própria universidade de Coimbra, em seu esplen dor arquitetônico era uma afirmação disso.

Certamente os que viviam por éssas paragens bra sileiras ou reinois abrasileirados a pouco e pouco, dese javam para êles ou pelo menos para os seus filhos unia situaçãozinha superior a de simples fornecedor de for Esta alguma tunas para o sul da península Ibérica o uso das PASTILHAS MINORATIVAS cousa pretendida por êles e para êles. seria certamente restituiu-me o alegria e bem estar. a aquisição de um acervo de cultura, maior, rada universitária finalmente não podia ser construída suave laxativo Êsse produto é um aqui e por isso mesmo, os pretendentes à ela gipara todas as idades. nham que ser enviados para Coimbra, centro universi tario organizado rigorosamente dentro dos corriclilos da Siga o meu conselho e"tomt época. ..

Esta excursão, ou melhor, incursão destemida a aque quando le centro cultural distante, não se podia fazer Por isso se queria, porém e apenas quando se podia. quando se mesmo, 'osporque era feita a incursão __ apenas também os incursionadores podiam não sêr podia, minoRÀTJVAs: _ mais capazes.

De qualquer maneira, entretanto, mais hábil ou me conTRR n prisão 0 6 uenTRe nos hábil aquêle rapaz seria um estudante brasileiro em terra extranha mas e,m situação muito diversa da de um estudante de hoje, que, com bolsa de estudo ou sem ela vai a um país extrangeiro. Era diferente aquela situação coimbrava porque o rapaz brasileiro lá em portugal ou seu espírito ou seria um elemento a parte na comunidade estudantil. e. & qJUML guia Com Sigismundo Freud ou sem êle t&mos que afirmai que a situação desse rapaz podia não ser de inferioridade PARA AS FUTURAS MAES de fortuna, pois era o dinheiro de sua família que o man tinha em Portugal, mas era de inferioridade universitá ria. pois na sua terra, o Brasil não tinha essa cousa ma DE MATERNIDA MATERNIDADE SA SÃ gnífica.

O coimbramento de que nos referimos, não era sem consequencia pois teria imesmo que radicar-se no espirito do jovem passando até a namorar ao modo português; ao 3.* Edição retornar ao Brasil ou se senteria piai, ou então aportugue saria o seu futuro modo de vida, apcrtuguesamento aue se refleteria em sua literatura, criando, por exemplo ima útil, mesmo --—-"H H Um livro util, gens tejanas para descrever um quadro baiano. ' 1 ¦¦ ^ ' Quando em 1825 são instalados os cursos jurídicos no > tôdas as 1 flfl necessario necessário a todas Brasil muito e.mbora esses cursos não representassem a universidade total, já encontramos um desafogo cultural ser I vão ser senhoras que vao nos nossos patricios desde que aqui mesmo, seria possível porte constituir-se uma cultura sistematizada de grande subsidiário de nossa emancipaçao elemento mães.

Como (Mil re maes. política firmada três anos antes, osumcursos jurídicos desgolpe mesmo, grande sendo presentáriam ,muito, coimbrana em nossos rapazes. ferido na preponderância PREÇO "já era um estudante brasileiro que Daí por diante iria falar, que iria estudar e mesmo namorar, buscando Cr | 15,00 lite nas aulas' de seus mestres brasileiros e da tematica raria também regional, toda a razão de ser de suas aspi rações e de seus sonhos. a Certamente a escola de direito de Recife e também UniUmda o da como Moraes, de Arnaldo edifício tinham Dr. pomposos Obra do proíessor de S Paulo não professor versidade do Brasil. versidade de Coimbra e secções luxuosas como a de curso °*\de jurídico mas era uma escola nacional de direitoos de orientaria proble diplomados que os sair teriam que Serviço de 'mas importâncias ou pelo Servicjo segu Pedidos com as importancias jurídicos nacionais, fazendo-o com a mesma Reembolso Postal, aà S. A. "O Malho" - C. Postal, 880 rança dos diplomados de além-mar, desde que iam hau rir o seu classicismo nas mesmas fontes. jaCY RIO DE JANEIRO O

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quando sentimos o verdor dos anos. intrépidos e resoluto., vencendo obs-

mocidade, NA caminhamos

MATARYé um preparado cientifico que preserva a pele contra espinhas. cravos, sardas, panos, broloejas e qualquer afeção cutânea.

Seu perfume suave é delicioso.

táculos e afastando espinhos, escalando a escarpa da vida como se ela fosse o mais suave de todos os caminhos.

E. olhando sempre para a frente, sem nos preocuparmos com o que vai ficando atrás, subimos, subimos incessantemente, acalentando as mais lindas esperanças, embalados pelas mais riscnhas ilusões, em bu^ca da realidade que nos sugerem os sonhos bonitos daquela quadra.

Assim' tranqüilos e felizes, sem atentarmo- a longa caminhada que fizemos, alcançamos um dia o cimo da montanha onde nos detemos por um momento como que surpreendidos de havermos chegado tão depressa ao meio da

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jornada.

Então, volvendo os olhes ao ponto de partida, temos a idéia exata da enorme exten-ão percorrida.

Tudo porém nos pareceu tão fácil que a impressão deixada é de que aquela subida tãc íngreme bem se assemelha à mais suave de todas as descidas.

Reiniciamos, então, a marcha para o lado oposto e. olhando sempre para baixo, descortinamos o caminho reto limpo, sem escolhos e sem espinhos mas, ao contrário do

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que esperávamos, sentimos que tropeçamos a cada passo e que é cada vez maior o nosso cansaço.

E vamos descendo descendo sempre, numa rapidez que não podemos evitar, tendo a alma aflita e o espírito conturbado sentindo que ficaram para trá- as esperanças lindas, as ilusões risonhas e os sonhos bonitos que nos amenizavam a vida.

Ao chegarmos ao fim da jornada o no-so cansaço é sem limites e aquela descida, na realidade tão suave, até parece a mais áspera de todas as subidas i. . .

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Procuraremos, pois, continuar a fa zer jús às benevolas expressões de tão distinto amigo, cabendo, por enquanto antecipar que entre as grandes atrações que proximamente empolgarão cs sócios e convidados da A.B.I.. fi guram Madalena Tagliaferro, Sousa Lima, Guiomar Novais Pinto, Arnaldo Estrela, Violeta Coelho Neto de Freitas, Oscar B:rgerth, Iberê Gomes Grosso, Mario Camerini, Silvio Vieiia, Moacir Liserra, Antonieta Rudge, Maria Antonia, Noemi Bittencourt, Leonor Macedo Costa, Maria Sá Earp, Helcisa de Albuquerque e Leticia de Figueiredo. . Entre os jovens concertistas nacionais, a A.B.I. apresentará Vilma Graça, Maria Helena Martins, Maria Augusta Oliva, Nilza Maria Drumond, Léa Batista, Vanda de Sousa, Ruth Brafman, Waljfe' Morais Leal, Julinha Wagns. Cohin, Leda Vasconcelos, Maria Alcina e Marilia Espanha.

A PRD-5, Rádio Difusora da Prefeitura do Distrito Federal, irradiarã todos os concertos promovidos pelo Departamento Cultural da Associação Brasileira de Imprensa. Colaboiando inestimavelmente com a A.B.I., a ffnissora da Municipalidade possibilitará a todos os brasileiros acompanharem a temporada musical da A.B.I., cujo desenrolar será periodica mente anunciado nos principais orgãos da Imprensa brasileira.

"SHORTS" MUSICAIS A popular "Gazeta de Noticias", Dispõe, portanto, a A.B.I. da mais pela pena do seu autorizado critico requintada sala brasileira de concermusical, prof. Lopes Moreira, lançou tos, por sinal que disputadissima por a excelente idéia de se recentemente "shorts" musicais no Brasil, parte de consagrados artistas, qus a fazerem elegeram para suas audições. Nada afim de que, sem mais demora, todos mais natural, pois, que as atividades brasileiros possam conhecer, atracs altas culturais da A.B.I. pairem em vés do cinema sonoro, as grandes paplanes, como de fato vem sucedendo gmas da musica nacional e estran. e continuará a suceder. geira, interpretadas pelas glorias da A direção artística da A.B.I., em música e pelos jovens concernossa bôa hora confiada à experiência de aos quais caberá fulistas nacionais, Celso Kelly, Gastão de Carvalho e tura mente dignificar os nossos foros Antônio Garcia dc Miranda Neto, de Nação culta nos centros estrantraçou magnifico panorama, cujos geiros, nobre tarefa atualmente desfrutos ressaltam à luz meridiana. empenhada por Vila Lobos, MadaleSolidarizamo-nos, como decorrenna Tagliaíerro, Sousa Lima, Guiomar comuns, com lógica de propósitos cia Novais Pinto, Bidú Saião, Arnaldo a bandeira desfraldada pelo DsparEstrela, Violeta Coelho Neto de Freitamento Cultural da A.B.I., que visa, tas, Maria Antonia, Lorenzo Fernanprimeiramente, 9 apresentação das üdez e Francisco Mignone. dimas expressões da arte nacional e A propósito do assunto ventilado muda fina flor da nossa juventude "virpelo prof. Lopes Moreira, estamos sical, acrescidas, é lógico, dos autorizados a infor,mar que a Prefeituoses" -estrangeiros aue desejem cotuAi do Distrito Federal vai realizar instituição. laborar com a prestigiosa vários filmes, com a Orquestra SinfoE por assim proceder, fomos distinnica Municipal e ilustres solistas, filguidos pela nimia gentileza do ilustre presidente da entidade, conformes que serão projetados em lograme abaixo se verá: deuros públicos, consoante o plano de concertos e espetáculos ao ar li. "Associação Brasileira de Imprensa, 27-12-44. vre para o povo carioca, de iniciatiPrezado consocio Francisco Cavai-, va do ilustre prefeito Henrique Docanti, — dsworth.

Quero agradecer-lhe, em meu nome E' evidente o interesse do Governo e no da nossa A.B.I., as suas amaFederal na educação musical da Juao nosso proreferencias veis Brasileira, que, para tanto, ventude neste grama (musical desenvolvido uma sociedade musical. subvenciona sua a ano (1944), e que contou com As imissoras oficiais (PRD-5, da Precolaboração. e eficiente prestimosa feitura; PRA-2, do Ministério da EduMuito obrigado. cação; e Rádio Mauá, do Ministério Cordialmente, — (a.) Hfrbert Mooferecem aos brasileiTrabalho) do I ses". ( C o nfc I u s ã o )

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ros programas selecionados, abrangendo toda à antologia musical internacional.

Os "shorts" musicais serão, pois, natural covmpletamentação à benemerita campanha de música para os brasileiros, e serão, ao que tudo indica, realizados pelo Departamento de Imprensa e Propaganda e pelo Ministério -da Educação nos meios oficiais, sendo, por outro lado, muito apreciável a colaboração de empresas particulares, como, por exemplo, a Brasil Vita Filmas e a Atlantida, a que não são indiferentes as grandes causas da cultura artística brasileira.

'CAVALCANTI FRANCISCO

No ano 3.000 (Conclusão) Inicialterêsse pessoal, o coletivo. mente criamos uma classe de creaturas eugenicas como reprodutores.

A morai hoje é uma conseqüência fisiológica do instinto de perpetuação da espécie. Isso permitiu o governo de £l mesmo. A sociedade obedece a um automatismo maravilhoso que só homens oerfeitos poderiam realizar.

As horas de lazer e,m que as empregam ?

São muitas, pois para que todos trabalhassem diminuímos as horas de trabalho, passamo-las a passear, a descançar, a pensar etc— As artes ? As diversões ?

Somos insensiNão as temos. veis.

Só mesmo dando um tiro nos ouvidos !...

Paulo Um ruido surdo ouviu-se.

Gustavo caíra do "divan" e, espreguiçando-se, assentou-se no iapete, abençoando o século XX, cheio de imperfeições e encantos...

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o século passado firmou o marco inicial de sua afoita arrancada tamporal, já o Brasil agrupava QUANDO trezentas longos anos de vida, ou melhor de ma neira ocidental de trabalhar e organizar a vida em seu aspecto social.

Durante este longo periodo o Brasil, então colônia ou parte do império Português, havia consolidado as mais variadas situações econômicas que haviam vindo desde as concessões madereiras até as exportações de ouro Fazia-se, em última analise, este Brasil, então co lonia, o grande supridor de recursos para os faustos metropolitanos que se afirmava.m desde o luxo da côr te até aos arrojadas primores arquitetônicos dos tem pios e dos palácios A própria universidade de Coimbra, em seu esplen dor arquitetônico era uma afirmação disso.

Certamente os que viviam por essas paragens bra sileiras ou reinois abrasileirados a pouco e pouco, dese javam para eles ou pelo menos para os seus filh ;s uma situaçãozinha superior a de simples fornecedor de for Esta alguma tunas para o sul da península Ibérica cousa pretendida por eles e para eles. seria certamente a aquisição de um acervo de cultura, maior, tada universitária finalmente não podia ser construída aqui e por isso mesmo, os pretendentes à ela ti nham que ser enviados para Coimbra, centro universi lario organizado rigoro-amence dentro dos corricúlos da jpoca Esta excursão, ou melhor, incursão destemida a aquê le centro cultural distante, não se podia fazer quando Por isso se queria, porém e apenas quando se podia mesmo, porque era telta a incursão apenas quando se podia, os incursionadores podiam não sêr tambem os mais capazes De qualquer maneira, entretanto, mais hábil ou me aos hábil aquele rapaz seria um estudante brasileiro em cerra extranha mas e,m situação multo diversa da de um estudante de hoje, que, com bolsa de estudo ou sem ela vai a um pais extrangeiro. Era diferente aquela situação porque o rapaz brasileiro Ia em portugal ou coimbrava seu espirito ou seria um elemento a parte na comunidade estudantil Com Sigismundo Freud ou sem éle temos que afirmar que a situação desse rapaz podia não ser de inferioridad? de fortuna, pois era o dinheiro de sua familia que o man tinha em Portugal, mas era de inferioridade universita ria. pois na sua terra, o Brasil não tinha essa cousa ma gnifíca.

O coimbramento dc que nos referimos, não era sem conseqüência pois teria nesmo que radicar se no espírito do jovem passando até a namorar ao modo português; ao retornar ao Brasil ou se senteria mal. ou então aportugue saria o seu futuro modo de vida, apcrtuguesamento aue se lefletería em sua literatura, criando, por exemplo ima gens lejanas para descrever um quadro baiano.

Quando em 1825 são instalados os cursos jurídicos no Brasil, muiio c.mboi cursos não representassem a universidade total, já encontramos um desafogo cultural no.-- nossos patrícios desde que aqui me^mo. seria possivel constituir se uma cultura sistematizada de grande p I Como elemento subsidiário de nossa t mancipacãu política, firmada tn antes, os cursos jurídicos re presentarlam muito, sendo mesmo, um grande golpe des coimbrana em nossos rapazes ferido na preponderância Daí por diante "já era um estudante brasileiro" que iria falar, que Iria estudar e mesmo namorar. buccando nas aulas de seus mestres brasileiro» e da temática Hte raria tambem regional, toda a razão de ser de suas aspi rações e de seus sonhos Certamente a escola de direito de Recife e cambem a de S. Paulo não tinham edlíicic pomposos como o da Uni versidade de Coimbra e secçõfs luxuosas como a de curso jurídico mas era uma escola nacional de direito de onde teriam o,u<- sair os diplomados aue orientaria ds proble mas jurídicos nacionais, fazendo o com a mesma scgu lança dos diplomados de além mar. desde que iam nau rir o seu classlclsmo nas mesmas fontes.

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MATARYé um preparado cientifico que preserva a pele contra espinhas, cravos, sardas, panos, bro/oejos e qualquer aleção cutânea

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K I A mocidade, quando sentimos o verdor dos anos. ^ caminhamos intrépidos e resoluto-. vencendo obstáculos e afastando espinhos, escalando a escarpa da vida como se ela fosse o mais uave de todos os caminhos.

E olhando sempre para a frente, sem nos preocuparmos com o que vai ficando atrás, subimos, subimos incessantemente. acalentando as mais lincas e-peranças.

•¦mbalados pelas mais riscnhas ilusões em bu-ca da realidade que nos sugerem os sonhos bonitos daquela quadra.

Assim' tranqüilos e felizes, sem atentarmo- a longa caminhad;. que fizemos, alcançamos um dia o cimo da montanha onde nos detemos por um momento como que surpreendidos de havermos chegado tão depressa ao meio da jornada.

Entào. volvendo os olhes ao ponto de partida, temos a idéia exata da enorme exten-ào percorrida.

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Reiniciamos então, a marcha para o lado oposto e. olhando sempre para baixo, descortinamos o caminho reto limpo, sem escolhos e sem espinhos mas. ao contrário do que esperávamos, stntimo- que tropeçamos a cada passo e que é cada vez maior o nosso cansaço.

E vamos descendo descendo sempre, numa rapidez que não podemos evitar, tendo a alma aflita e o espirito conturbado sentindo que ficaram para trá- as esperanças lindas, as ilusões risonhas e os sonhos bonitos que nos imer,izavam a vida.

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Ao chegarmos ao fim da iernada o no-so cansaço é sem limites e aquela descida, na realidade tão suave, até parece a mais áspera de todas as subidas i...

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Entre os jovens concertistas naci"nais, a A.B.I. apresentará Vilma Graça, Maria Helena Martins. liaria Augusta Oliva, Nilza Maria Drumcnd, Léa Batista, Vanda de Sousa, Ruth Brafman. WaLf Moiais Leal, Julinha WagDir Cchin. Leda Vasconclos, Maria Alcina e Marilia Espanha.

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Dispõe, portanto, a ABI. da mais requintada sa!a brasileira de concer tos, por sinal que disputadissima por parte de con.3grad".s arthtas, qu. a elegeram para suas audições. Nada mais natural, pois, que as atividades culturais da A.B.I. pairem em altoa plancr, como de fato vem sucedendo e continuará a suceder.

A direção artística da A.B.I bôa hera confiada a experiência de Celso Kelly. Gastão de Carvalno e Antônio Garcia de Miranda Neta, traçou magnífico panorama, cujos írut: a luz meridiana.

Soliel. com j decorrei, cia lógica de propósitos comuns cora a bandeira desfraldada pelo D:par tarrento Cultural da A.B.I.. que visa, primeiramente, . apresentação das lidlmas expressões da arte nacior. da íína flor da n~s?a juventude mu sical, acrescidas, é lógico, dos vir tuoses" estrangeiros aue desejem laborar com a prestigiosa instituição.

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A popular "Gazeta de Noticias". pela p°ni do seu autorizado critico musical, prof. Lcpe* Moreira, lançou a excelente idéia de se recentemente fazerem "shorts" musicais no Brasil, afim de que, serr mais demora, tidos -. bracileiros possam conhecer, atra vés do cinerra sonoro, as grand°s pa ginas da musica nacional e estran i.etadas pelas glorias da a música e P=los j-.vens concer listas nacionais, aos quais cabeia lu mente dignificar os nossos foros i culta nos centros estran is nobre tarefa atualmente desnhada por Vila Lobos. Madale na Tagliaferro, Sousa Lima, Guiomar Nvais Pinto, Bidú Saião, Arnaldo Estrela, Violetj, Coelho Nct0 de Fieitas, Mana Ai tonta, Lorenzo Fernandez e Francisco Mignone.

A propósito do assunto ventilado pele prof. Lopes Moreira, estamos autorizados a infor-iar que a Prefei. tuAi do Distrito Federal vai reaü.-r vários filmes, com a Orquestra SinH nica Municipal e ilustres solistas, 01mes que serão projetados em lcgradoures públicos, consoante o plano de concertos e espetáculos ao ar li vre para o povo carioca, de Inlciati va do ilustre prefeito Henrique Dod^worth. vidente o interesse do Governo Federal na educação musical da Ju ventude Brasileira, que, para tanto, subvenciona uma sociedade musical. nssoras oficiais (PRD 5, da Pre .. PRA 2. do Ministério da Edu Rádio Mauá, do Ministério do Trabalho i oferecem aos brasilel— 68 —

ros programas selecionados, abran gendo toda à antologia musical internacional.

Os "sherts" musicais serão, pois, natural ccvnpletamentação á bene rrerita campanha de música para os brasileiros, e serão, ao que tudo ba dica, realizados pelo Departamento de Imprensa e Propaganda e pelo Ministério 'ia Educação nos meio.. oficiais, sendo, por outro lado, muita apreciável a colaboração de empresas a particulares, como, por exemplo, Brasil Vita Filmts e a Atlantida. a que não são indiferentes as grandes cau eas da cultura artística brasileira.

FRANCISCO

CAVALCANTI

No ano 3.000 {Conclusão) Inicia! terésse pessoal, o coletivo. mente criamos uma classe de oreaturas eugenicas como reprodutores A morai hoje é uma conseqüência fisiológica do instinto de perpetuação da espécie. Isso permitiu o governo de 'i mesmo. A sociedade obedece a um autorr.atismo maravilhoso que só homens oerfeitos poderiam realizar.

As horas de lazer em que as em pregam ? _ Sáo muitas, pois para que todos trabalhassem diminuímos as horas de trabalho, passamo ias a passear, a descançar, a pensar etc. .

As artes ? As diversões ?

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Paulo ouviu se.

Um ruido surdo "divan" e, espreGustavo caíra do gui .ando se, assentouse no ai 3bençcando o século XX. cheio de '.xperfeições e encantos...

Desperte a Bilis do seu Figado e saltara da cama disposto pata tado

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