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Tanto nos dias muito frio de nos de quanto grande calor, a temperatura d o corpo mantém-se mais ou menos constante. Raramente varia mais de meio g r á u acima ou abaixo do normal. Êsse equilíbrio é devido a um ato de defesa do organismo, no qual a pele desempenha importante papel.

Pratique exèrcicios moderados, habitue-se ao banho frio diário e use roupas adequadas ao tempo, para conservar a pele em condições de proteger seu organismo contça as variações da temperatura exterior.

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Desperte a Bilis do seu Fígado e saltará da cama disposto para tudo Seu fígado deve produzir diariamente ura litro de bilis. SI a bilis nflo corra livremente, ob alimentos nio sâo dlgeridos e apodrecem. Os gases inchara o estômago. Sobrevem a prisão de ventre.

Você se sente abatido e como envenenado. Tudo é amargo e a quevida é um martírio.

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Miguel Dabul, professor dc piano laureado pelo Instituto Xueional de Musica, que acaba de completar mais uni aniversário á 29 do mês findo.

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A Estrada de Ferro do Corco vado ao Decrete n."

6.372, de 7 de jaGraça neiro de 1882, era concedida aos imM> tais engenheiros Fraiv cisco Pereira Passos e Teixeira Somes, Jcão este natural do Estado de Minas Gerais e aquele do Estado :!o Rio. privilégio por 50 anos, para construção uso e gn:-o de uma estrada dc ferro dc sistema Riggenbak entre a tcremalheira) rua do Cosme Velho e o alto do Corcovado. A 0 c!c outubro de 11384, inaugurou-se o primeiro trecho da linha. Cosmo Velho-Prineiras, a unia altitude de 464 metros e numa extensão de 3.760 metros. O outro trecho íoi inaugurado a 1 de julho dc 1885. Por d,creto n.° 0.701. dc 17 de outubro de 1887, transferiu-se a Estrada com todos os seus pertences ao engenheiro J. Leiti Ribeiro de Almeida, cjiu'. em 1880, passou a Estrada ao cidadão inglês lirady. Em 1907, a Empresa foi adquirida pela The Rio dc Janeiro Light and Power. que. em 1C12, substituiu a tração a vapor pela elétrica. Primitivamente, isto é BO tempo da tração a vapor, o trajeto era percorrido em 45 minutos. Atualmente, a excursão é feita em 28 minutos.

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Tal o parecer ou sentença dos editores americanos que acabam de elaborar a lista dos 500 volumes adequados a constituir urna biblioteca de casa modelo.

Ei-la: 190 romances, còntos ou novelas, ou seja ; 70 obras de biografias (14%) ; 25 de narrativas de viagens (5^ó) ; 40 volumes de versos (8%); 10 peças de teatro; 10

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volumes de filosofia (2%) ; 105 diversos (21%).

Uma destas bibliotecas acaba de ser oferecicla por aquela associação ao presidente dos Estados Unidos.

Se em metade dís casas brasileiras hoiivesse 500 volumes, não havia ai livreiro que não fizesse candidatura a milionário.

Infelizmente para os livreiros, e para a cultura geral, a verdade é a existência de mais de metade dos lares, ou coisa designada por tal, onde a passagem não dos 500. mas do livro é acontecimento inédito.

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A originalidade da velha mangueira era conter no seu tronco uma parasita que alimentava outras parasitas. O General Aparicio, chefe da Construção da Escola Militar. tudo fez para conservar curosa arvore, mas não foi possível transplanta-la para outro tucal. Dai, cora grande pezar a velha mangueirr. foi decepada, conjuntamente com suas filhas diletas para que no local fosse construído o espelho da nova Academia Militar.

Aqui vemos a secular mangueira, com suas parasitas, vendo-se ao fundo a ala principal da Escola, quando ainda se erguia para contemplar eternamente as "Agulhas Xegras".

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de Paranaguá a 11 de Outubro de 1883. Contava dezoito anos de idade. Tinha o cérebro povoado de audaciosos sonhos, Parti a alma transbordante de ideais generosos, e gloria eni meu .Oração um doce. tímido. ingenu >, casto amor.

Oito dias antes da minha partida, atras, data do aniversário de minha Mã?. tivemos o rancho melhorado: mais duas compoteiras :le doces t uma garrafa de vinh . do Porto. E com esta amável oferta le um amável parente ensejo houve para afetuosos brindes.

Eram quase sete horas quando terminou o repasto. Como a noite corresse c?lma i o réu estivesse profundamente e luminosamente pingado dè estrelas, arrastámos as cadeiras para o quintalejo calçado, nue ficava a cavaleiro do i libere — o romântico rio qu • beija ura dos (lanços da cidade As lanchas e as (aluas projetavam uma sombra sobre ns águas do dormente* lendário rio, Uma aragem acariciadora vinha das bandas do n.tinga Sentam l nos

O uso das PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me o alegria e bem estar.

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dor da aniversariante e encetámos a cavaqueira, que outra coisa não foi que uma grata tertúlia de corações A presença dessa santa criatura enfeitava com &!£*¦ . asas étéreas o nosso pensamento. !•".' qui leza e. bondade foram o binômio que lhe òivinisou a vida. R o élo ^jmmamm^aatr .'. _SL de ouro do amor que ligava, num nave ambiente, num clima de cândidos sonhos mara\ iÜiosamente banhados .'c efluvios de luar — fa zia de nossa modestt C pequenina casa l tranqüila e doce sucursai do céu.

Em meio do coloqt:w esta pergunta: Por que não K casou \ segunda vez? Quant-js a conheceram cm moça, diziam-na a mais linda flor do jardim paran guára. Cem vinte e nove anos apenas, e tendo a mão solicitada por li nien.o dignos de apreço e de respeito, ': porque se conservou viuv; Minha Mãe dcrrarrr.u sobre todos nós um olhar, mixto dc tristeza e de orgulho, e com uma voz mais musica do céu do que verbo da terra, volveu; — E" quc o amor, que me prendia ao pai de vocês, era tão grande, tão miro e tã . sagrado quanto o religioso respeito pela sua memória. Sempre julguei um ultrage a esse amor e uma ofensa a essa memória, qu» outro homem que nã > ele. participa^se do leito cm i|ue eu me deitasse. E dep is. meus filhos, j, meu marido são vocês, alegria do meu presente, esperança do meu futuro.

Pairou um silencio cr.m vido e au-tero. E, cm breve, uma pergunta. Ee-Ia minha i»mã: E ele nunca lhe deu disg< Os olhos de minha Mãe nublaram-se de lagrimas. E com pr funda, intensa emoção, pausadamente, assim falou: t_"m único. Fsse, porém, imenso terrível, irreparav. 1 ..

Podcr-nos-á ser revelador- indaga, com vivacidade. met» irmão m;is velho.

O ter morrido antes dc mim...

Desse dia em diante o amor — amor imensurável — que lhe consagrava, fez-se infinito. Era ela bem ¦ I>>na Carolina

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Pereira Correia, a compassiva e humilde Xhá Calula que toda Paranaguá respeitava e amava; a Xhá Calula cuja boca jamais foi machucada por uma frase agressiva de cujos lábio., játmis brotou uma mentira ou nasceu uma intriga. Boca que só conheci i palavras de pensão, lábios dos quais apenas escorriam expressões de enternecida piedade pela desdita alheia, e, como um mel divino, preces ungidas de fé, consoladoras e confortadoras. A's sextasfeiras era de ve-la, ainda escurinha a terra, com sua mantilha negra e to-a ela de preto vestida, caminho da Matriz, onde ia pedir a<> Deus misericordioso pelos infelizes, orar pelos seus e católicamente comungar.

Minha Mãe!

Paranaguá!

A Que incaculavel Saudade! minha velha, silenciosa, honesta, amada Paranaguá xingavam d" feia e de triste, Para mim era linda e alegre — muito alegre e muito linda porque a via através a áurea flama que a lâmpada da felicidade, sempre amável e amiga, acendera nos meus olhos.

Lembro-a tanto e tão vivamente! Aos domingos — Se eram de si >I — os sonoros sinos de vetusta matriz bimbalharam sonoramente enchendo de harmonias claras o ar parado e leve. se de chuvas oi sons metálicos parecia virem de longe, de alguma igrejinha de aidéia erguida ao sopé de uma colina.

Os pianos de toda a parte norte da cidade, da Capelinha acEstaleiro, davam a impressão de que eram premidos pela mesma mão, revelando as inquietações de uma mesma alma Dona Iri:i.

Correia notável pintora, musicista ínsigne, eis a professora de todas as moças de Paranaguá, ao tempo em que Paranaguá era como uma só casa com algumas centenas de portas. A' sua técnica irapecavel deram os alunos a correção, a delicadeza, a paixão com que corriam os dedos sobre os teclados obedientes. Era como se estivesse se realisando um concerto a varias dúzias de mão!

Indelevelmcnte tenho gravado na memória o dia 11 de Outul ro de 18Só\ Ah! as despedidas entre Mãe e filho que se amam! O meu rosto estava orvalhado de lagrimas. Minha Mãe cb rava e sorria. Eu sorria e chorava Transpus a porta de casa como um ébrio. Cambaleando no meio da Praia. Ganhei o escalér. Quando o catraeiro do leme gritou — larga! e a miíida embarcação, liberta das rodas que chumbavam ao cais, começam a avançar águas afora — que estrangulamento do coração; Parentes e amigos que me foram levar os votos de bóa viagem, diziam-me. já separados por uma fita dágua, com as mãos, semelhantes a travessas borboletas, os derradeiros adeuses. As minhas recusaram-se a cerresponder a essas manifestações de bem querer, como numa sublime teimosia de oposição á partida. E quando o batei defronlou a casa em que desusavam os mais venturosos e plácidos dias ri? minha vida do quintalejo adornado de minúscula laranjeira, minha Mãe, amor estranho e luminosa divindade, estendia-me os braços, como suplicando que eu a não desprendesse <'o meu coração. E mais adiante, quando o bote delineu o Furado rumo ao vapor ancorado ao largo, senti que, dai a instantes o que subiria ai escadas da náo seria apenas o meu corpo, porque a alma, essa, já não a sentia comigo.

Os três apitos com que o vapor anunciam a partida ecoaram como três gritos de desespero e de angustia cortan.o o espaço.

E, á proporção que ele avançava, a minha alma. crepuscularmcnte triste, recuava, polegada a polegada, para Paranaguá, aí ficando quase toda — fantasma silencioso o invisível — a acompanhar enterros de entes amados e assistir funerais de sonhos que partilharum de ritos as longas reticências de uma vida falhada para o esplendor e para a gloria. Quando, e onde a encontrarei» de novo; No luminar da outra vida? A' beira do túmulo — janela rasgada para os maravilhosos panoramas da Luz, da Beleza e da Verdade" LEOXCIO CORRKIA

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E o navio a jogar.

Urrava o mar. Gemia a náu. Bràmia o vento.

Olhando um bom velhinho o azul do [firmamento, ficou a suspirar, a murmurar sozinho: "Será que voltarei pelo mesmo caminho!?

Agora entendo enfim as horas licenciosas passadas noutro tempo, em doce mar de rosas.

Como se muda o tempo! E quanta evocação...

Hoje só tenho neste enfermo coração recordações, Senhor, queixas, suspiros, ais, que não fogem de mim; não me deixam [jamais. mocidade; Nada quiz entender na minha e tudo já se foi... s$ ficou a saudade."

E olhando o bom velhinho o azul do [firmamento: "E tudo já se foi... só ficou a saudade."

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recolhidas por N. de S.

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ALPHOXSE DAUDET Um escritor francês. Gustave Guiches, assíduo colaborador da revista "Metxure", sintetisou o perfil do autor da "Tartarin de Tzrascon" nestas linhas: "CeSt um Sarrazin provcnçal, et il a gardé Ia tête au vent du cavalier ancestal de <|ui súrement il descend par Ia chame des Mames".

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OS MILAGRES DE LOURDES

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O Dr. Vincent, respeitado cientista residente em IJão, pu ¦ Micou, há tuna ;!czena de anos, um opúsculo sobre os prodígios operados em Lourdes por intercessão de .Vossa Senhora. O Dr. Vin, em escrevia nossos milagres e confirma a juíso explendido (peito por 350 médicos franceses: "que curas inesperadas se produzem em Lourdes mediante uma ação particular, cujo seBTedo a ciência ignora ainda, e que ela não pode racionalmente explicar pelas forças da natureza somente."

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MATERNIDADE

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3.* Edição

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A DIVISA DE CHATEAUBRIAND Informa-nos Edmond Bisé, anotador das obras de Chateaubriand, que a divisa do sublime autor do "Gênio do Cristiamismo" tra: " Um souffle tio agite"

Um livro útil, mesmo necessário

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DE CHÉNIER

La grãee, Ia candour, Ia naive innocence"

PARA AS FUTURAS MÃES

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Foi Mme Laurent Lecaulteux, segunda filha da Sra, Porerrat, quem inspirou ao poeta Anlré Chénier aquela poesia, de que destacamos este verso:

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MULHERES

Em 1928, 3 Dr. François Nazier, autor de um livro, " AntiCorydon", julgado severamente por André Gile, dava à publicidade um outro, "Tróia entretiens sur Ia sexualité". Faz sensação. Mereceu aplausos de cientistas e literatos. O Dr. Nazier classifica Vitor Hugo c Alfred de Vigney entre os "gênios mnscultn l" e I^martine e Chateaubriand entre os "gênios feminirtos", Define Casanova em três palavras: " Casanova, c' est Saplio", t pontifica: "O homem querido das mulheres é, psicologicamente, ura m — mulher. O que elas encontram nele é o reflexo de sua» emoções e sensações."

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QUERIDO DAS

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senhoras

a todas as que

vão

ser

mães.

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PREÇO Cr $ 15,00 ESTR^Gt«0( nôo L LRíeSl de xome dE:R?o?fü confessar á um amigo nunto

Obra do professor Dr. Arnaldo de Moraes, da Universidade do Brasil.

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Onitis Irei i.° I) - L mil Vermelha U -

X I I — 1 9 4 4

UM SONETISTA SEM RIVAL O poeta inglês William Wordsworth (1770 — 1850). autor de Haladas líricas (1798) e dc Excursões (1814), poeina em 9 cantos em que exalça a natureza moral rio homem, foi decantado como " Sem rival no soneto" UM PENSAMENTO DE ZENO O célebre filósofo grego, fundador da Escola estoica. concebeu i -ta linda senteça: . 1 -co-: ê n flor da beleza A

DO

RÉPLICA

DE MONTLOSIER

CONDE

O Condo dc Montlosier. ()ue deixou alguns livros notáveis, "Memórias", "Monarquia franceza" que íbran(1814) e quais a gem a Revolução franceza, o Consulado, o Império e a Restauração, não gosava das simpatias do Conde de Artoi». O irmão de 1 uiz X\'I. certa feita, disse ao conde de Montlosier: O Senhor, às vezes, escreve asneiras...

O outro logo respondeu Pois se eu ouço tantas'.

A "ELLÉNORE"

DE

B.

CONSTANT

Sainte-Beuve, numa das suas aprcciadi><imas " Palestras", refere que a Ellénore, imortalizada por Benjamin Constant cm " Adolphe", era Mme Lindsay.

"FILÓSOFO DESCONHECIDO" QUEM ERA O A Louis — Claude de Saint-Martin (1743-1803) aplicaram tjsse cognome. Ele e Gall, na época, agitada assombraram as camadas sociais dc Paris com suas experiências. (Magnetismo e Mesmcrismo). Saint-Martin, além de um poema "Li Crocodile", cm 102 cantos, publicou " I.'homme de désir et le ministérc de 1' liomme — esprit".

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SAEIO

QUE

COMIA

ESSA ASMA QUE CHEGA QUASI A SUFOCÁ-LO E QUE LHE DEIXA O PEITO A DOER, PÔDE SER COMBATIDA USANDO

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Não aceite substituto. Exijo o nome"CAMARGO MENDES".

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ARAN1I \S

Um astrônomo de renome universal, Laland (1732-1807), nin dos maiores cientistas de seu tempo, tinha um paladar estranho : gostava de comer aranhas e lagartas! Lalarul íoi membro da Academia das Ciências de Paris, onde ingressou quardo completa a apenas 20 anos de idade, c professor no Colégio de França durante 46 anos. Em 1769, deu à publicidade a " Viagem de um francês a Itália", em 8 volumes.

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Oliveira Salazar, Discursos e notas politica-s (1938-1943) . Diversos trabalhos do estadista português, reunidos em livro pela Ccimbra Editora Ltdx., e já divulgados pela imprensa.

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AUTORE § Jlual de Azevedo

Uma das caias editoras mais antigas de Pcrtugal é de certo a "Paice ria A. M. Pereira", de Lisboa. E' uma tradição, e tem editado livros brasileiros. Agora, a grande casa oferece-nus diversos livros de interesse: A bordo do navio chefe, dc Maurício de Oliveira, 1.° volume, episódios politicos e militares da vida da Armada Nacional (1925-1936) . Fartas ilustrações. Farta documentação, estilo claro e correntío.

A Cantadeira, de Teixeira de Queiroz, que usou do pseudônimo de Bento Moreno, ótimo escritor, este rcmance honra a literatura portuguesa. Pertence a série celebre da "Comédia de Campo".

Eu já sou uma senhora, ãe Tia Néné, — (Maria de Figueiredo) — Livro para mulheres de quinze anos.

Simples. O título diz tudo.

Uma Aventura no Clipper, de Tia Néné (Maria de Figueiredo) — Romance no mesmo gênero do outro.

Leitura agradável.

História Maravilhosa da Rainha Astrid, de Alice de Oliveira. — Es:ritora brilhante, que honra Pcrtugal, envia-nos um lindo hino numa .linda edição. E' uma segunda edição, o que recomenda a obra. A vida da

jócaty contra

j&spintias £ocecda Eficaz contra: Acne ou espinhai, eravos ou foliculites, ótimo dissolvente das seborréias do rosto e corpo.

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MALHO

Rainha está aqui descrita, com um belo colorido. O livro é um encanto.

O Instituto, revista cientifica e literaria do notável Instituto de Coimbra, Portugal, volume 102, é uma grande brochura enfeitando matéria cultural incomum. O Instituto de Coimbra afirmeu-se uma das principais corporações literárias e cientificas do mundo, e a sua revista honra e enobrece o país amigo. Colaboração e assuntos, escolhidissimos.

— Publicações da Revista "Ocidente", de Lisboa, uma das mais brilhantes revistas que a lingua portuguesa tem sido: — Eugênio de Castro e a poesia nova, um ensaio notabilissimo de Feliciano Ramos, que os interessados não podem deixar de lêr; Florilegio das poesias portuguesas, escritas em castelhano e restituidas á lingua nacional, pelo eminente João de Cas tro Osório; Soares dos Reis, sua vida dolorosa, um trabalho consciencicsD e esgotante do ilustre escritor português Diogo de Macedo; Luisa de Aguiar Podi por Mario de Sampaio Ribeiro, curioso estudo que muito se recomenda; Fernão Lopes, 2.a edição corrigida, de Aubrey F. G. Bell, tradução bem cuidada do inglez por Antonio Alvar0 Dória, A Pedra do Lago, linda peça em quatro atos, do formoso espirito de Fernando de Castro; Um humanista português, Damião de Góes, por Aubrey F. G. Bell, tradução enredada do inglês de Antônio Álvaro Dória; Luis de Cajnões, A Vida e a Obra lirica, estudo admirável de Hernani Cidade; A Expressão da Liberdade em Anthero e os "Vencidos da Vida", um notabilissimo ensaio de Feliciano Ramos; O velho da horta, farça celebre de Gil Vicente; Fédon, dialogo sobre a alma e Morte de Sócrates, de Platão, tradução feliz de Ângelo Ribeiro e sóbrio prefacio de Leonardo Coimbra, em 3.a edição; Enfatriões, teatro Camoneano, com prefacio e notas do especialista Vieira ile de Almeida; A Bem da língua portuguesa, estudos críticos de filologia, por uma competência indiscutível.'

Vasco Botelho do Amaral; e diversos numeres do Ocidente, e dessa utllissima Revista de Portugal, que quizéramos vêr multo mais difundida no Brasil.

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— Na "Editorial Século" recebemos, "Livraria Antunes", çor intermédio da do Rio de Janeiro, — A guerra para o deminio mundial, os grandes do-T cumentos da atual guerra, por Strategicus, tradução do inglês de Mario Neves, obra momentósa; da mesma editora portuguesa, A Itália Capitulou ? de Carlos Ferra ta; Ouro Preto, içna Cidade Antiga do Brasil, admiravel edição "Atlântico", lindas fotografias de Germanie Krull e prefacios recomendáveis de Raul Lino e Ribeiro Couto, uma publicação na al« tura da cidade histórica.

Outros livros: Uma escritora maranhense de real destaque é a senhora Maria José Bastos Ribeiro que nos dá um formoso livro de contos, SciTibras que eu vi...

(Zello Valverde, editor, Rio de Janeiro, 1944) . Os seus contes se tem com um interno prazer espiritual. Escreve com elegância, e maneja o conto com grande relevo.

Aquelas Muralhas cinzentas, de Paulo Dantas. E' uma novela da vida carceral, bem observada, angustiósa, cruel, dolorosissima.

De Brasil Machado de Campos, Exaltação Cristã da Juventude, pronunciada ao microfone. Um livro católico, cum ótimos conselhos á mocldade.

De F. Briguiet & C.a, do Rio de Janeiro, a Gramática, l.a e 2a séries ginasiais, de J Mattoso Câmara Jr. e Rocha Lima.

Recebemos: "Poesias", de Cid Silveira — Editora José Olympio.

"Poetas do Braasil", Jayme de Barros — Editora José Olympio.

"Os Ciúmes da Viuva Vermelha", Cartar Dickson — Livraria do Globo.

"Poesias", Olavo Bilac — Livraria Francisco Alves.

Breve trataremos destes livros e dos outros que nos forem enviados neste mês.

Remessa de Livros —- Redação d'0 MALHO — Rua Senador Dantas, 15 — 5.° andar — Rio — Brasil.

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Sinos grandes, ou pequeninos.. .

Sinos da igreja, sempre a tocar, Delém-gon-dem, fiéis para rezar: Delem-gon-dem, chamando os fieis [Delem-gon-daoi [Delém-gon-dãoi '* ¦

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Sinos da escola, sinos vibrantes, às aulas os estudantes: chamando as

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[DIem! Sinos fininhos das ovelhinhas, tangidos pelas pastorinhas: dlin-dlin-dlin-dlin.

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Mas. Mas, dentre todos, afinal, mais belo eé o sino do Natal! Blem-Blao!

Blem-Blão!

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[Blem-Blão!

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[Blao [Blão Blao! êle traduz. traduz, Quanta alegria ele dizendo a todos: nasceu Jesus!

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pessoal /™\ S dentes normalmente ^ implantados nas gengivas e bem conservados constituem um atrativo pessoai. A limpeza dos dentes deve ser feita, todos os dias, com escova e pasta. As melhores escovas são as de cerdas resistentes, capazes de retirar, de entre os dentes, restos de alimentos. A escova deve ser passada no sentido vertical, de cima para baixo, baixo para cima, nos dentes nos dentes de cima, — e de de baixo; no lado da frente e no lado de trás e, em seguida, na borda livre.

Escove os dentes, com rigor, ao levantar-se, pela manhã; depois de cada refeição e, à noite, antes de deitar-se.

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A Nova diretoria do Banco Fluminense Produção

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M assembléia geral | L_— extraordinária realizada pelos acionistas do Banco Fluminense da Produção, foi eleita a nova Diretoria desse conceituado estabelecim nto de crédito cuja sede é situada em Petrópolis.

A nova Diretoria ficou Constituída por nomes de ihdiscutívej 8 prêStígiô rejçvo no mundo econòinico e financeiro, destacando-se entre os que a compõem elementos de no grande experiência trato com os assuntes bancários.

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Para a presidência foi eleito o Ministro Francisco Campos, nome de internoprojeção cional com uma larga folha de serviços prestados à Nação, nos rnais" eJevadós cargos públicos t, ainda agora na presirJência da Comissão juridica Iriter-Àméricana, c cuja escolha para taí aaaaBSBSaBBBBsaBBaSSSlSaasaaBSaSsasasaaasaa cargo constitue um penhor seguro da atuação do pujante organismo de crédito de várias e poderosas organizaem favor do progresso e do de- ções industriais e comerciais: e o senvolvimento do Estado do Rio e Sr. Hélio Quintella Vaz de Mello, do pais. figura de projeção nos meios banCompletam a diretoria o Sr. Cos- cários e comerciais do país e exta Rego, ex-governador de Alajornalista. goas e nome que é figura de desPermaneceu o mesmo Conselho taque no jornalismo brasileiro; o Fiscal, composto dos Srs.: Ari de Sr. Octacilio Negrão de Lima, c- Andrade Figueira. Jarbas Braga e prefeito dc Belo Horizonte, memdiante da solicibro da Comissão Central de Pe- Carlos Camrcho, diretoria. quisições do Governo, presidene . tação da nova

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Cuidado com o calor dias muito quentes, o sanNOS gue como que aflue à superfície do corpo para permitir a perda do calor A pele torna-se afogueada, sobrevém a transpiração e a evaporação do suor auxilia o resfriamento 3o corpo. Se o calor externo aumentar muito e se não houver ventilação suficiente, a pessoa poderá até ser acometida de insolação.

Auxilie a pele a neutralizar os efeitos do calor, procurando ambiente ventilado, tomando banhos frios c usando roupas leves, folgadas e porosas. — SENS. O

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tradição do Natal, espalhada em todo o mundo e sempre viva A através dos tempos, vai novamente surgir para os olhos cristãos da humanidade neste mês de Dezembro povoado de lutas.

Felizmente, nas angustias da hora que vivemos, lampeja mais perto de nós a certeza de que para breves dias cessará a maior luta de toda a História, pelo restabelecimento da liberdade e da paz na face da terra. As orações de todos os homens de bem, vindas de todos os continentes, se elevarão na noite de Natal, rogando que outra vez tenhamos a glória de Deus nas alturas e a paz na terra aos homens ae boa vontade. Dos tropeços e dos sofrimentos desta guerra a humanidade sái certamente mais animada de que para o futuro, com a memória das dores que padeceu, o mundo saiba compreender a respeito à liberdade e ao sossego dos que têm os seus lares e sonham com a presservação dos patrimônios morais da família. A lenda cristã do nascimento de Cristo não é uma vaga historieta perdida nas páginas milenárias dos Evangelhos. A jornada de luz que esse ponto de partida representa fala bem alto ao coração dos homens, sugerindolhes a beleza das existências retilíneas e elevando-lhes o pensamento para um mundo melhor, construido sobre as bases da fraternidade universal. O Natal que agora se prenuncia já não é mais o Natal triste dos outros anos, quando nos lares se pensava nos que estavam longe e que não cogitavam de regressar das frentes de batalha. Agora sabemos que o próximo Natal — o que virá no ano novo — trará a tranqüilidade das almas que estão aflitas e foram feridas pelo desejo de reimplantar no universo a harmonia que um credo de celerados baniu da presença dos homens. O Natal deste ano é o Natal da certeza de que a paz está bem perto de nós. Os Natais antigos foram os Natais da Esperança nessa vitória que hoje está sendo definitivamente conquistada. A angustia vai, assim, desaparecendo de nosso espírito. A existência se nos mostra mais promissora. Saibamos por isso agradecer a Deus mais essa bençam de sua infinita bondade.

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do Esas comemorações do 7." aniversário da creaçao "Jardim de Indo EN'1'KE tado Nrrional se destacou a inauguração estabelecimento República, fância Campos Sales' . à Praça da modelo e único, no seu gênero, nesta Capital.

Este é um flagrante do ato inaugural, no qual se vê o Prefeito Henrique Dodsworth e o Coronel Jonas Corrêa, Secretário Gerai de Educação e Cultura, hasteando o pavilhão nacional.

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sétimo aniversario do Estado Nacional foi comeO morado com imponentes solenidades em todo o Brasil, e pecialmente na Capital da República, onde a Prefeitura realizou inaugurações de escolas e obras de assistência e onde se efetuaram cerimonias e atos festivos da maior significação.

I iveram e pecial relevo os banquetes oferecidos ao Presidente Getulio Vargas nos Ministérios da Marinha e da Guerra, no decorrer dos quais o Almirante Aristides Guilhen e o General Eurico Gaspar Dutra pronuncia-

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ram discursos, exprimindo o apoio das classes armadas do país ao regimen instituído a 10 de Novembro de 1937".

Respondendo aos dois Ministros Militares, o Chefe do Governo definiu, mais uma vez, a posição do Brasil em face da situação externa, assim como os rumos gerais da política interna do país.

Damos aqui dois espr; sivos flagrante: dos dois banquetes, nos quais se vêem o Presidente Getulio Vargas e os Ministres da Guerra e da Marinha quando ocupavam, respectivamente, os microfones.

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as varias homenagens prestada, em Havana à emENTRE baixada especial do Brasil à posse do Presidente de Cuba, destacando-_e a recepção oferecida pelo casal Jesus Azqueta em seu elegante palacete. onde compareceram as altas autoridades de Cuba e cs elementos mais destacados da Sociedade de Havana.

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O Embaixador General Firmo Freire é apresentado pelo Sr. Azqueta ao chefe da Marinha dc Guerra Cardoso Rui:.

Um curioso flagrante da recepção.

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professores Vera Grabinska e OS Pierre Michailowsky, pioneiros da divulgação da arte coreográfica entre nós. vão realizar no próximo dia 10, no Teatro Municipal, mais um encantador espetáculo de bailados, em que tomarão parte, além dos dois consagrados mestrês, 100 dos seus melhores alunos. espetáculos, presididos sempre acendrado cunho educitivo e são já. por tradição um aconpara a cidade.

Daí o interesse que vem despertando. este ano. o festival de bailados do próximo dia 10. que será realizado Em benefício do Teatro da Criança, que ambos dirigem.

O programa constará de dois gran"Jardim des bailados de conjunto En"Visão cantado" e do Bailado Clássico", este último creação de Pierre Michailowsky, além de 30 números outros, destinados ao mais franco sucesso.

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Seus por um artístico, tecimento

Nesta página vemos alguns flagrantes de Vera Grabinska e Pierre Michailowsky em interpretações interessantissimas.

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VERDURAS — Não sao bananas, mas flores. Ele as prefere com mostarda OU molho inglês, . <iual, por sua ves deve ter tinta de escrever.

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TORTA r>F. ESPONJA — .V<íj /<_<__• gostamos de tortas de creme, mas Chase tem outro gosto e acha que é vais gostosa uma esponja dc Imrracha.

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que vale ter um estômago de avestruz! Xão sabemos se Chase costuma esconder sua cabeça na areia. como as avestruzes, e se seu estômago é um deposito puM.co. O estômago de avestruz tem órgãos que tudo digerem, mas '. <st mago de que falamos é de um homem, Chaz Chase, para o qual, engulir um rato vivo seria a mesma coisa do rjue fazer o mesmo com um bom frango assado. Mas ele Dio K limita a iss >. pois t-n gole cigarros acesos, esponjas de banho, pedaços de camisa, algumas caixas de fósforos e vitaminas dos... cosméticos — Chaz Chase não é um esquimó Vjue come gordura] de foca, mas um ator que exibe nos filmes com suas façanhas gastrouomicas. Já se exibiu un diversos "studins" c nas Vanities de Carl Carrol! ::té quando realizou sosinbo su:<s demonstrações de apetite.

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Tendo treinado para ser dansarino, ele adquiriu essa sua especialidade quando, por engano, enguliu um cigarro aceso. Daí em diante ele não se preocupou mais com cartões de racionamento, se possue alguns, não os troca mas os come simplesmente com um pouco de molho.

Acabado isso. pode condimentar a soia do sapato e come-la como um bife. A diferença c pouca. Eis o que as fotografias mostram a respeito desse respeitável estômago.

As veses, nada havendo de melhor. Chase a favor do estômago e não se preocupa se de devorar o próprio colarinho. Por sua paletó tm o relógio, se este ).'• niio estiver

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despreza a elegância lhe vem o gostinho vez ha-dc chegar o no estômago.

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QUE DELICIA! — guando muita gente costa de fumar, o -. ieio de Chase se define de nutri: maneira. Ele não fuma, mas come o cigarro e não ,'¦ cigarro após outro, mas o maço jun-

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l ma ;vc Chase foi sentar-se e a fralda da camito fictm de fura. Em lugar dc rccolhc-la, C hase arrancou-a e comeu-a — Está ale fazendo concorrência ao "comedor dc topetes" dc Bcrchlesg-.iden nessa façanha.

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OS QUINTUPLOS DILLIGENTI se falou acerca dos cinco MUITO gêmeos argentinos nascidos do diligentíssimo casal Dilligenti, uma réplica à façanha dos Dione, do Canadá.

Entretanto, se as pequenas pupilas do Dr. Dafoe tiveram as glórias de uma publicidade louca, que utilizou até o filme, e se tiveram seus retratos fartamente divulgados, igual sorte não coube aos "heróis" platinos que, embora falados, pouca gente sabe que carinhas teem...

E note-se que muita gente boa chega até a duvidar da autenticidade da proeza dos Dilligenti, acreditando que foi tudo simples boato, o que se explica pela convicção que todos já teem de que essas "áfricas" só teem cabimento nas plagas americanas do norte, onde tudo é espetacular e sensacional. Os que teem suas dúvidas sobre a repetição, em nossa parte do Continente, da façanha dos Dione, hão de perdê-las, agora, vendo estas fotos em que aparecem os 5 bebês Dilligenti, que por sinal são bem bonitos, e no qual aparece a jornalista Regina Monsalvo, que, não lhes fica atraz...

Estas fotos foram tiradas quando os bebês completaram seu primeiro aniversário. E olhem que os "rapazes", "guapos" e para a idade, estão bem "milongueros"...

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"T EMPESTAD E" — Foto de Barrozo Neto.

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TktHAe 'HaU dt 1944 Papai Noel chegou pelo avião da "Panair", fardado de general passou por Copacabana em "black-out" e desembarcou sem passaporte no Aeroporto Santos Dumont, com o seu clássico embornal às costas carregado de material bélico.

Não quiz saber de entrevistas com os Jornalistas.

E lá se foi o santo varão, com as suas botas de sete léguas a distribuir pela noite a dentro um fuzil para cada guri, todo enfeitado de fita verde a amarela, Depois de ter percorrido oito milhões quinhentos e vinte sete mil oltocentes e dezoito quilômetros Quadrados escreveu em cada porta e janela em letras garrafais: — ALERTA PETIZADA! TUDO POR UM BRASIL UNIDO E FORTE! ARLETTE

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CORRÊA

NETTO

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MALHO

risada rouca e cínica ecoava, a todo Instante, pela casa. Os outros SUAhóspedes resmungavam aborrecidos, alguns, mais corajosos, despejavam insultos pelo corredor, sem contudo, causarem impressão na mulher.

Eu me acostumara a considerá-la uma creatura anormal, pacaminosa, cruel.

Quando a via passar pelos rapazes, com o seu andar gingado e provocante, sentia náuseas e esforçava-me por conter a palavra ofensiva, que me vinha aos lábios.

Seu olhar duro e negro, ao encontrar os que a desprezavam, tornava-se irônico e atrevido, o que mais avivava o ódio contra ela. Nunca nos falávamos. Na pensão humilde, ela era relegada ao ostraclsmo humilhante, com que a humanidade costuma demonstrar seu desprezo.

Multas vezes, reunidos no salão, ouviamos sua desagradável gargalhada, e sabiamos que ela zombava de nós, dos "honrados burgueses", como nos apelidava. Nada conhecíamos de sua vida. Sala multo, tinha muitos amigos, que não pro-

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curava- dissimular, possuía multas jóias, vestidos caros...

Quando chegara, era, aparentemente, uma digna viuva; com o tempo, descobrimos que seu véu negro nada significava. E passamos a evitá-la. Seu próprio nome deveria ser falso, conjeturámos, e resolvemos chamá-la "aquela mulher".

Deveria ter uns trinta anos ou pouco mais, e conservava sinais de uma grande beleza, embora seu rosto estivesse marcado pela vida que levava.

Notara nosso afastamento ostensivo, e aceitára-o. Não nos dirigia a -palavra, nem, slquer, um cumprimento. Retribuía nosso pouco caso, com um cínico e Insolente desdém.

Aos domingos, quando íamos para a igreja, ela punha a vitrola a funcionar, e, durante todo o dia, as músicas horrí-

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vels de carnaval martelavam-nos os ouvidos. D. Celuta, a piedosa e respeitável vizlnha "daquela mulher", orava, em altas vozes, pedindo aos Céus luz para aquele espirito tomado pelo demônio.

Todos na pensão admravam D. Celuta. Sua voz suave, seus conselhos, cheirando a Evangelho, eram provas de seu coração boníssimo. E perguntavame-nos, "aquela mulher", também, não por que se sentia tocada pelo brilho dos olhos puros da matrona. As crianças da casa, termlnantemente proibidas de se aproximarem da ovelha desgarrada, não aceitavam os confeitos que esta, no principio, lhes trazia. E, afinal, a mulher esqueceuas. Sua única atenção era para os animais da casa: um feioso cão sem raça, e dois mimosos Angorá.

Certo dia, ao voltar de umas compras, encontrei-a na solelra da porta, a cuidar da pernlnha ferida de um dos blchanos.

Sem pensar, indaguei-lhe da gravidade do ferimento. A mulher ergueu os olhos negros e Incrédulos, e respondeu lacônicamente:

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rar. D. Celuta, que o surpreendera, elogiou-me, assegurando que isso despertaria o remorso da desgraçada e a traria para o caminho do bem.

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— N&o é nadai Só então, vi o inconveniente de minha atitude, e, covardemente, lembrando-me da lingua maldosa dos outros hóspedes, continuei meu caminho, não sem antes relancear a vista pelos arredores. Senti aquele olhar estranho seguir-me disfarçadamente, mas nio me voltei. Meus eincoenta anos, ao envés de me darem confiança e coragem, ante o mundo, apenas aumentaram a minha timidez, o meu desprezível respeito à opinião alheia.

Só, no meu guarto, relembrei a fisionomia cansada da mulher, que, antes, não me atrevera a examinar, e surpreendime a considerá-la quasi simpática.

Naquela noite, para me penitenciar, meu olhar de desprezo à infeliz foi mais prolongado. E, pela primeira ves, vi-a co-

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Quando chegou o Natal, e cercámos o pequenino pinheiro, pintaigado de velinhas coloridas, esquecemos, "aquela mulher". Ouvíamos o por horas, tinir de copos, em seu quarto, sabíamos que ela brindava sòsinha a chegada do Deus Menino, mas, instigados pela bondosa D. Celuta, que achara o castigo c único caminho para o retorno daquela alma extraviada, não a convidamos para o salão.

A meia noite, quando nos aprontavamos para a missa do Galo, aquele som terrível, de sua vitrola, veiu sobressaltarnos. Horrorizadas, corremos para a igreja.

Fui a última a sair, e divisei, pela janela aberta, a mulher debruçada sobre a mesinha cheia de garrafas; pareceu-me notar um movimento conhecido, em seus ombros magros, mas não quiz averiguar. Que importava, afinal, que ela chorasse? E, lá fomos, or-

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gulhosos de nossa imaginária superiorídade, rumo à igreja.

Ao voltarmos, por indicação de D. Celuta, fomos procurar uma preta velha, que morava num pardieiro, logo adiante.

A gorda e bondosa mulher anunciara, ao padre, nosso propósito, e, acompanhadas por suas bênçãos e elogios, encaminhamonos para lá.

Havia luz no humilde quartnho da infeliz, e vozes. Um tanto decepcionada, pois contara surpreender a pobre na escuridão e na tristeza de uma noite solitária, D. Celuta empurrou a porta, semiaberta.

No primeiro momento ficámos mudas de assombro: cercada pelos mulatinhos risonhos e a vovó esquálida, "aquela mulher" entoava, com a sua \oz rouca estranhamente suavisada, um hino de Natal; sobre a mesa, havia guloseimas e vários embrulhos de papel celofane. A um canto, uma garota, neta da dona do quarto, também, dormia abraçada a uma boneca de porcevna, loura c linda.

Rubra de cólera, D. Celuta explodiu: — E' o cumulo! Só para se mostrar ela fez isso!

Saimos. Em meu espírito, algo como uma pequenina e indecisa luz começou a brilhar. Aquela caridade espetacular fezme sentir horror por mim mesma. Era esse espirito bondoso daquelas dignas senhor as, que se revoltavam por ter falhado a sua anunciada comédia. Aquele "castigo" para a Infeliz, aquele desdém, pela pobre decaida, nada mais eram que o orgulho estúpido e egoísta de uma superioridade social.

Desiludida e irritada demais para conversar, tranquei-me no quarto, e passei o resto da noite remoendo aquela lição, relembrando tudo o que me parecera justo e certo, odiando-me por minha ingenuidade.

No dia seguinte, declinando friamente o convite de D. Celuta, que encomendára um almoço especial, dirigi-me à mesinha "daquela mulher",, e sentei-me.

Notei o silêncio, que se fez na sala-, mas, ao contrário do que sempre acontecia, não fui covarde.

Estendi a mão para a minha companheira, que, voltando a si do espanto, tentava sorrir ironicamente, os lábios trêmulos, e os olhos úmidos.

— Feliz Natal, minha senhora! Permite-me?...

E corri os olhos pelo salão de refeições, pelos rostos incrédulos e escandalizados dos outros hóspedes, com a mesma expressão de profundo desprezo com que fitara, uma vez, "aquela mulher".

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LIÇÃO

MARCO - AURÉLIO na reconstrução do mundo, oi homem forem suficientemente SE experimentados para Mgutr a» Uii dl labedoria • obedecer ai normai d* moral, jamaii etquecerão oi magnificos emlnamentoi da vida a da obra da Marco-Aurelio, o grande Imperedor Romano, excepcionei modalo calma a bondada, lerenidade a muito equilíbrio, que foi nio 16 um ettaditta admirável como um filótofo profundo adquira cada vez maii força e vitalidade.

Na história antiga, ia Périclei mottrou a importância da política objetiva a realiitíca, que atende aoi ímperativoi do momento e da época, Marco-Aurelio deu ao mundo uma Rção de política moral, que conitfrue extraordinério acontecimento no evolver da nona etpécie, porque aliou à política a ética, e governou com o maii elevado critério filotófico. Tal experiência é digna de meditação e ettudo por todoi aquele* que ie ocupam da arte de dirigir oi povoi.

Realmente, no futuro te reconheceré plenamente que a política neEntão, a licenita da moral. filoção do magno ettaditta lofo leri compreendida, porque o fator ético é decisivo na vida da civilização.

Esta não pode te detonvolver e progredir lem costumes tédios.

DOS

•em virtudes largamente divulgada!.

A Hlitórla, com expressivos acontecimentoi, noi moitre a veracidade daA Grécia pereceu quala afirmativa. no teu período pela farta da disciplina Roma deimoronou-ie, quanáureo. do o vicio ia alastrou na população.

E o meimo fenômeno, com invariével conitancia, ebiervamoi, no decorrer dos séculos, na vida de todos os povoi.

Oi bom coitumei, ai virtudei viris e a firmeza do carad»r sempre fizeram a grandeza e a proiperidade dai nações; a imoralidade, o vicio e a anarquia fatalmente arruinaram oi alicercei da tociedade, quer no paiA moral, tado como no preiente. tema de um poii, é eternamente na grande atualidade, principalmente Sem ela não pode etfera pública.

Ena verdade ladia. haver cultura muita clareza já foi percebida com na Grécia antiga, com Socratei, que desejava pela doutrinação moral, rele generar a conduta do povo que O mesmo pretendeu em corrompia.

Roma Catão e Marco Aurélio, atpirando que oi romanoi retornassem ao liitema primitivo de vida auitera e enérgica, que, na opinião abalizada Montesquieu, fez a fortaleza do Império.

Em virtude dessei fatoi, oi verdadeiroí estadistai devem reconhecer máxima importânque a moral tem a cia histórica, sodal e cultural; ela te firma em bom hébitoi, fixadoi pela raça, pelo meio e pela educação, mergulhando ai luai raizei nai profundezai do ser, na região do inconciente. Por isso ela resulta de muito trabalho e esforço, energia e disciplina. A conduta moral não é improUm povo não muda o seu visada. o de modo proceder de um dia para de caracter do outro. A formação uma coletividade exige tempo-

GRANDES Noi diai atuais, a cultura precisa acentuar com aipecial atenção a inv portância dos valorai moraii, juridicoi e religiosos, para a vida sa encher Tais valorai, porém, de significação. residam na intimidada da alma. Dal a necessidade do cultivo da vida InHoje a subjetivaterior do homam. imponecessidade ção cultural é uma rioia. A moral eomtitue um ato da consciência esclarecida, a aitim caroce de um fundamento racional. O correto procedimento humano exige ai luzei da razão.

Marco-Aurelio jé tinha compreenDesde dido étte magno problema. muito moço vestiu o manto doi filotofoi a procurou esclarecer o lau aiE não pirito com oi maiorei meitres. conhecimento!. adquirir limitou a te Praticou-os com disposição e deeitão.

A tua vida foi um modelo de virtudei.

Excettivamente duro para contigo meimo, tempre sábio efrugal, ettóico na mait aí*e acepção da palavra, nada poupava para conseguir o teu aperfeiçoamento íntimo- Attim deu um exemplo inimitável de timplicidade e humildade, amor ao próximo e bondade. Tornou-te, nétte sentido, O teu mait proverdadeiro tanto. fundo desejo era praticar o bem pelo bem, iam pemar em retribuição de etpécie alguma.

Daí a magnitude do teu governo.

Jamais te deixou dominar pela vaidada e sentimentos inferiores, que frequente aniquilam oi homent públicot, vitimai de hipocritat a bajuladores vulgares, ot quait, pela tua atividade nefasta, desmoralizam a administração dot politico! mait bem intendoNunca cultivou a litonja e nadot.

O teu obcortejou a popularidade. o jetivo era honrar o mérito, prettiar valor, realçar o caracter e elevar a Por itto atraiu moralidade do povo. para os postos de mando ot filósofos, ot tábiot, ot homent honestos e dig-

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not, conseguindo, por tais processos, o bem-estar e a prosperidade e grandeza do Império.

A lição de polftica moral de Marco-Aurelio precisa ser profundamente estudada pelos Estadistas do futuro, como já viram Dion Casio, Herodiano, J. Capitolino • Suidas; Gibbon, Duruy, Menivale e Schiller; F. W. Farrar, P. B. Watson, Ernesto Renan, etc.

HTal como somos hoje, escreveu aquele grande escritor francês, ainda trazemos o luto de Marco-Aurelio no coração, como se tivesse morrido ontem. Reinou com êle a filósofia.

Graças a êle, um instante o mundo foi governado pelo homem melhor e maior do seu século. Grande alcance teve a realização desta experiência. Sucederá o mesmo ainda outra vez ? A filosofia moderna, tal como a antiga, tornará outra vez o govêrno ? Terá também o seu Marco-Aurelio, cercado de Frontões e por Junios Rústicos ?

Pertencerá ainda aos mais sábios o govêrno das coisas humanas? Que importa que êsse reinado seja de um dia e que êle suceda o reino dos doidos ?

Habituados a contemplar com olhar sorridente a eterna miragem das ilusões humanas, a filosofia moderna conhece a lei dos impulsos passageiros da opinião... O certo é que o homem chamado a governar os seus semelhantes deverá meditar no modêIo exquisito do soberano que Roma ofereceu nos seus melhores dias. Se é verdade que êle pode ser excedido em certos pontos da ciência governamental, que s6 se conheceu nos tempos modernos, ficará sempre o filho de Anio Vero inimitável pela sua fôrça de alma, pela tua resignação, pela sua perfeita nobreza, pela excelência da sua bondade". Nestas condições, por govêrno, protegendo os fracos • desamparados.

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Roma, porém, não aceitou a grande lição de Marco-Aurelio e por isso a morte do santo imperador, como muito bem acentuou Renan, marca o fim do mundo antigo. Em seguida, sobrevem a corrupção, o vicio e a desordem que desabaram irremediavelmente o gigantesco Império Romano, construído e sustentado pela energia e disciplina do povo latino, que deu ao mundo o modêlo imperecivel das instituições jurídicas, políticas e sociais.

Meditando êsses fatos, compreenderão os políticos no porvir, a bela lição de Marco-Aurelio ? Deixemos a História responder, com a calma e serenidade, a essa pergunta. Os que acreditam no aperfeiçoamento da nossa espécie, sinceramente admitem a possibilidade de uma resposta afirmativa. Para êles, a humanidade marcha ... progride ... evolue . •.

"^^3

AIRES DA MATA MACHADO FILHO livro, meu Deus! A autora, em introspecção de que os poetas QUE possuem o segredo, mergulhou na meninice. São memórias infantis da menina que ela foi e da que desejaria ser.

O menino poeta náo sei onde está.

Procuro daqui procuro de lá.

Tem olhos azues ou tem olhos negros?

Parece Jesus ou indio guerre.ro?

Trá-lá-lá-lá-lí trá-lá-lá-lá-lá.

Mas onde andará aue ainda nio o vi?

Nas áruas de Lambarí. nos reinos do Canadá?

Estará no berço brincando com os anjos, na escola, travesso. rabiscando bancos?

A transposição para o mundo das crianças, onde tudo é maravilha, dá em plena poesia. De outros caminhos sei, mas este é certo e seguro. A criança é poeta em estado natural.

Não há como a vermos, solta a imaginação a todos os ventos, sem as medidas da lógica nem as peias das convenções. O menino poeta simplesmente, vóa desprendido, sem chumbo nas asas. Dona Henriqueta Lisboa transfundiu a sua rica sensibilidade, na criança aue soube conservar no intimo da alma adulta e recontou, com a mais pura e autêntica poesia, as suas experiências infantis, sem nada extraordinário e fabuloso, antes em tudo iguais a de todos nós.

Menino a cismar, desenovela as associações, em plena liberdade : Caminho de formiguinhas fiozinho de caminho.

Caminho de lá-vai-um, atrás de uma lá vai outra.

Uma duas angolinhas corrente de formiguinhas.

Corrente de formiguinhas, centenas de pontos pretos, cabecfnhas de alfinete rezando contas de terço.

Nas costas das formiguinhas de cinturlnhas fininhas folhas mortas pesam grandes ¦» cada passo. que oscilam Nas costas das formiguinhas que lá vão subindo o morro igual ao morro da igreja, folhas mortas sáo andores nesta procissão dos Passos Freqüentemente a autora combina o caleidoscópio das associações de idéias com a eficácia poética das metáforas, sempre na delicadeza 11rial, que é o tom do livro: O espelho da água que ondula reflete frocos de arminho (armlnho, palna, alfodào) O

MALHO

E as nódoas brancas no azul são delicadas carícias, recordam jardins de inverno quando bá lã, cristais e neve.

Raro aparecem comparações. Em geral, ocasionam a "poetlzação do lugar comum", como diria Oabrlela Mistral. Antes assim. A comparação faz finca-pé na realidade prosaica.

A metáfora, sim, dispensando o molesto ponto de referência, é o molde adequado à linguagem poética.

Maravilha a riqueza das imagens.

Os cinco registros sensoriais comblnam-se em achados surpreendentes.

E não há rebuscamento na sinestesla.

Vejam o que lhe sugerem jaboticabas : Rebrilham cem olhos agrupados, negros.

E as frutas estalam — espuma de vidro — nos lábios de rosa.

E ainda isso : A igreja é um grande lírio que se acendeu na colina para espantar o frioA expressão poética não dispensa o labor. O encontro da plena eflcácia tranqüiliza. Mas a originalidade da imagem, o arranjo felis do vocábulo fazem esquecer o obscuro esforço de artesão, que a arte esconde.

O musical, no sentido de Valery, eis o melhor coroamento desse esforço. £ poesia sem mistura, como aquela das associações deixadas livres. Esses versos, como tantos outros, chamados obscuros pela gente em prosa, apresentam a música, na índole da expressão, como na disponibilidade em que manteem aquele que os recebe : Clara desliza (Câmara lenta) pelos teclados do polo antártico.

De outra parte, na fala infantil, na linguagem familiar e no folclore, andam modismo que são a mesma poesia, na sua expressividade, como nas sugestões que suscitam. Henriqueta Lisboa soube aproveitá-los. Sáo elementos na pesquisa da forma. Nào se entregou ao frio exercicio de estillzar lénas infantis e rasgos folclóricos. Serviu-se de tais contribuições para bem marcar a atmosfera do livro. No mais, sáo lembretes que desencadeiam reminlscencias poetlzadas. Foram acudlndo espontâneaevocação das memórias mente, na"Menino da banda de lá"; infantis. "tlco-tlco no farelo"; "Slnhá tem "Menino, vem para dentro"; pena"; "Eu náo sou feito de açudar para "a chuva é muiderreter na chuva";

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Henriqueta Lisboa ta"; passarinho comeu"; "giroílêglroflá", sáo exemplos colhidos ao acaso, todos significativos no contexto.

A onomatopéia da parlenda lnfantil sugere o delicado poema: caixinha de musica: Pipa pinga pinte pia.

Chuva clara como o dia — de cristal.

Passarinhos campanhias colherinhas

de metal.

Tamborila tamborila uma goteira na lata.

Está visto que é só isto, náo preciso de mais nada.

Freqüentemente a autora surpreende o mistério que há nas combina"Charanções fonéticas. No poema ga" as palavras são caramelos que a gente saboreia com delicia infantil.

A autora sabe tirar o máximo efelto do ritmo. Em "Rio." as palavras fluem, no balanço de águas correntes.

Sussurram ameaças na cadência do "Caboclo d'.gua": A chuva é muita sobe o rio ne barranco.

O vento chora mais que reza uma oração.

Acende a vela, minha gente, eu tenho medo.

Eu tenho medo. de afogar na escuridão.

Representa limitação Incluir O MENINO POETA na literatura Infantil.

Sim. Há composições excelentes, no gênero. Parecem de meninos que pudessem escrever, como o mimoso poe(ooattnàq ao ila do número; X I I — 1 9 4 1

\m>*L ;OSORIO

NUNBS

Um dia, estas preces claras Subirão aos céus azues Não das Igrejas brancas Esquecidas nos morros sombrios Mas de todos os cantos da terra Onde haja chegado a grande paz Dos que não temem o roubo Porque não será precso roubar.

Dos que não matarão Porque a morte chegará Para os homens e as coisas humanas Com a mansidão dos seres Que atingem o fim E descem para sempre Ao repouso infinito.

Mulheres-rosa, mulheres-lírio, Mulheres dansando, Luzes de teatro Apagando e acendendo, Homens-cêra, homens-ferro, Homens de todos os plasmas Correndo e sofrendo Serão velhas imagens Perdidas, passadas, Velhas -imagens Que adormecerão no tempo E acordarão desfeitas no espaço.

Serão mais belas as preces, Ao crepúsculo, Ao crepúsculo humano.

A morte será Uma grande caricia Que em plumas Descerá do infinito.

Estamos tranqüilos Porque estaremos sem ódios, A guerra será distante Como o exemplo do Cristo.

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Então, saberemos Que é chegado o tempo Da colheita final.

E o nosso último trigo Será o cabelo das crianças Que nos acompanharão Na escura viagem De retorno ao sol Pelos gelados caminhos Do Cosmos silencioso e infinito. ç4o de OOÜLART

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brasileiro e luminar da Igreja foi D. Frei Vital QRANDE Maria Gonçalves de Oliveira, cujo centenário de nascimento se comemorou a 27 de Novembro pp.. Em todo o Brasil foram prestadas homenagens à pessoa desse ilustre paraibano de nascimento, mas que por muitos é tido como pernambucano em conseqüência d a paternidade conquistada pelo seu provado ministério sacerdotal.

O inexplicável silêncio que cercou a figura desse campeão da Igreja católica no Brasil foi, graças a esta efeméride, interrompido; e não se poderia encontrar melhor ocasião do que esta, numa época em que a força material parece querer sobreporse á força espiritual, para apontar sua nobre figura como exempio eloqüente da invencibilidade das forças morais, porquanto saiu o ilustre Bispo vencedor da mais séria batalha espiritual de nossa História, lutando com as únicas armas que compete usar um soldado do Cristo: firmeza de caráter e mansidão.

E não fosse a sua intenção reta, a sua visão real da Verdade, o seu desassombro de atitude, poder-se-ia ter desorientado o virtuoso Capuchinho — de tão alto e de tantos lados lhe surgiam os contendores, em sistemática e diabólica perseguição.

Enrijecido por um noviciado severo em Paris, atingiu D. Vital a plenitude do sacerdócio, a investidura episcopal, aos 27 anos — coisa que nunca acontecera no clero brasileiro e raramente no de todo o mundo. Tomou posse na sua Catedral de Olinda a 24 de Maio de 1871. Época difícil aquela, para a Igreja, em que a situação confusa existente no Brasil era cpenas reflexo do que se passava em muitos paises europeus e americanos. D. Vital foi o escolhido pela Divina Providência para enfrentá-la nestas plagas, e mostrou-se à altura do mandato recebido.

Fazendo valer as determinações pontifícias, D. Vital, que

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1874, paramenta-se com toda suntuosidade e, acompanhado de seus fiéis, entra na prisão. E' enviado ao Rio. Em Fevereiro tem lugar o processo. Defendem-no Zacarias de Góes e Cândido Mendes de Almeida. A 21 de Fevereiro a sentença é pronunciada: o zeloso bispo foi condenado a 4 anos de prisão com trabalhos e custas, pena esta depois comutada em prisão simples na Fortaleza de S. João. E daí, onde permaneceu até 17 de Setembro de 1875, continuou regendo a sua diocese.

Em relação ao Governo o ambiente era de mal-estar e descontentamento. Cai o Ministério Rio Branco. O novo Gabinete inclui Cotegipe e Diogo Velho Cavaicanti e Albuquerque, ministros que haveriam de contribuir para o feliz término da questão.

Finalmente, a 17 de Setembro o Governo concede a anistia.

E' preciso, porém, notar que, durante todo o de* correr dos acontecimentos, máu grado as tentativas do Imperador, de influir na decisão de S.S. Pio IX, por intermédio do embaixador do Brasil no Vaticano, a Santa Sé esteve sempre ao lado do seu bispo, sustentando-o na sua posição de pastor vigilante e esclarecido.

D. Vital, equãnime, nobre, sereno, suportou todos os ataques pessoais que lhe foram feitos, todas as humilhações; só não cedeu no que tocava à dignidade da Igreja. Eis porque os que afirmam ter sido a "questão religiosa" fruto da "imprudência" de um bispo, demonstram não compreender o papel do Pastor da Igreja, depositário da Verdade, defensor desse patrimônio espiritual cuja guarda lhe foi confiada.

Usando de bondade, de cordura, derrotou D. Vital seus ignó* beis inimigos. A Igreja orgulhase do seu filho-mártir, e o Brasil, do cidadão destemido, expressão pu jante de uma raça que não se rende à força e, obediente à hierarquia dos valores, sabe respeitar a lei natural e a lei divina, dando a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

DOM VITAL

X I I — 1 9 4 4

desde a sua posse não fora poupado por dois jornais maçôninicos de Recife, proibiu a ceiebração de uma missa em ação de graças pelo aniversário de certa Loja do Grande Oriente. Desafiam-no os maçons publicando o nome dos padres inscritos na maçonaria. A estes o Bispo pede que façam abjuração; dois apenas recusaram-se. Publicam, então, os maçons, os nomes dos membros de irmandades religiosas filiados à seita maçônlca. Coerente, pede-lhes também o Bispo que façam a abjuração. A Irmandade do S.S. Sacramento da Matriz de Sto. Antônio rebela-se.

E' interditada. Não sa conforma e recorre á Coroa. O Conselho de Estado vota pelo provimento do recurso, e o Governo, que agora toma a si a questão, envia a D. Vital a comunicação do resolvido. Na mesma data chegava às mãos do santo Capuchinho o breve "Quamquam dolores" de S. S. Pio IX, aprovando-lhe a conduta.

O Governo resolve mandar processar o prelado. A isso resa pastoral de ponde D. Vital com "O 8 de Dezembro: bispo de Olinda e os seus acusadores no tribunal do bom senso", onde rebate as acusações de que é vitima. Preso a 2 de Janeiro de 37

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MALHO

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Conto de ROBERTO LEDESMA ela, tudo sacrificara: meus meus amigos, meus traPORgostos, Durante dois anos, eu só balhos. privara com as relações £<: -ua intimidade. Longe de sentir-me feliz, vivia atormentado e vexado por essa paixão, que era a renúncia de mim próprio.

Queria llbertar-me e, não podendo, um dia recorri a um expediente decisivo: casei-me com outra. Isto não me curou.

Continuei intimamente ligado a eia, e durante longo tempo evitei com precaução encontrá-la.

Mas, afinal, esqueci-a. Quando, numa tarde, deparei com ela na rua, já me julgava completamente livre.

Por onde andas, que ninguém te vê? — começou ela. Parece que os amigos de outróra te espantam.

Enganas-te. Eu agora só saio por acaso — repliquei, sabendo que mentia — Estou cheio de trabalho — acrescentei, crendo justificar ante mim mesmo uma mentira com outra.

Então, sou grata ao acaso, já que me permitiu ver-te. Aonde ias?

Agora?... —vacilei — Ia a uma casa de chá.

Vem comigo a meu apartamento.

A história do chá tambem era uma mentira. Quando me perguntou aonde eu ia, eu pensava: "Ainda não se convenceu de que perdeu seu domínio sôbre mim", e achei que devia dar uma resposta que patenteasse minha indiferença. Antes tivesse dito esta simples verdade: — "Minha mulher espera-me".

Pelo menos, não me veria forçado a re•cusar seu convite. E por que "forçado"? Noutra oportunidade teria encontrado uma desculpp, e até uma desculpa que me permitisse ser indiferentemente amável. Bastava dizer, por exemplo: "Em tua casa, conversando, eu me esquecerei do tempo. E, francamente, tenho pressa". Pensei, entretanto: "Se eu recusar, acreditará que lhe tenho medo". E aceitei.

No pequeno apartamento onde ela vivia, reconheci, pelos objetos que o ornavam profusamente, que ela possuía um gosto pessoal, uma duvidosa inclinação à opulencia, um confort feito de almofadas e de uma penumbra tão macia como as almofadas, que porfiavam inutilmente em remediar a incomodidade dos móveis.

Ainda não me dlsseste como te vais? Sentes-te feliz? — perguntou-me, acabando de tomar o chá.

Já sabes que com pouca coisa me sinto feliz — respodi.

O

MALHO

E' verdade. E eu também. Entretanto, não nos podemos entender.

Não falemos nisso.

Tens razão. Para que exumar o passado? — objetou, embora com um tom de lamúria.

Nesse diapasão, a conversa poderia prosseguir desta maneira: "— Talvez tivéssemos chegado a odiar-nos. Assim, é melhor continuarmos a ser amigos.

Não é menos triste por isso pensar no que aconteceu. Lamento que seja impossível voltar ao passado.

Acaso valeria a pena?

Quem sabe! Eu mudei muito..."

Mas eu me esquivava de novo e rerefletia: — "E' a mesma. Agora, provoca-me a emoção, e ela também está disposta a emocionar-se. Com que fito?

Pois nunca me quiz deveras nem espera querer-me agora. Que satisfação a preocupa? Eu não devo permitir-lhe, nem tampouco acreditar que seu pesar é sincero. Se julgasse que a frieza era mais eficiente, mostrar-se-ia fria em vez de comovida."

Meditava nisso, quando ela, para me dar razão, talvez, mudou de atitude.

Não aparentou Maldade, estudou um meio de enleiar-me com mais força.

Olha, — disse-me — senta-te a meu lado, neste diva. Estaremos mais à vontade. Não não recordes as vezes que nos sentamos juntos no mesmo lugar. Fala-me de ti. Que fazes agora?

E adotou um ar de abandono, que poderia ser inquietante se eu não estivesse prevenido.

Enquanto discreteavamos sobre banalidades, eu refletia: "Trocou a emoção pela sedução. Mas... com que fito?

Noutra mulher, isso poderia ser o último fim, mas nela o fim é outro...

Que desejará ela?. ..

Através de cada movimento seu, em cada palavra sua eu presentia o interesse oculto, e talvez ela fizesse o mesmo.

Entre nós — ponderou — não deve haver mistério. Dize-me a verdade. Que estás caído por tua mulher, nem se discute. Todo o mundo o sabe. Será indlscreção perguntar por que?

Mentia deliberadamente. O que todo o mundo podia saber com certeza era que eu estivera apaixonado por ela. Por minha mulher, não. Isso era invenção dela.

38

Não, não será indiscreção — respondi, fingindo deixá-la crer na sinaridade de meu amor conjugai.

Ela é multo linda? Desejaria conhecê-la.

E' uma boa moça — atalhei, voltarído às evasivas. E cogitei: "Não me iludo. O que a move é pura vaidade feminina. Acredita-se mais forte que sua rival, e seu triunfo seria que eu lhe fosse infiel com ela. Ora, que triunfo!

Qualquer mulher, com processos idênticos, o obteria! Mas sucede que, entre todas as mulheres do mundo, esta é a última com quem eu desejaria ser infiel. ^— Uma boa moça, apenas?...

Apenas. Ainda que eu não n'a quizesse, agradar-me-ia só por isso.

Então, ela se mostrou mais felina e, colocando as mãos em meus ombros com uma confiança artificial, disse-me num tom que eu não ouvia há bastante tempo: Fala, fala. Agora que entre nós não deve existir segredo, podemos ser sinceros. Que encontraste em tua esposa que não havia em mim?

Há acordes musicais que, ao ouvilos, me transportou à infância. O perfume das acácias devolve-me todas as minhas primaveras. Quando provo o chá sem açúcar sinto-me no sombrio solar de uma tia solteirona, já falecida.

O timbre de sua voz, mais que o contacto de suas mãos, arrebatou-me a uma época de desmaio total de meu ser.

Ela vencera, e podia já, com razão, adotar francamente um ar de dominadora. Mas quiz, com uma expressão indefinivel do rosto, simular que ignorava o efeito causado. E tornou a perder terreno. Tal expressão indefinivel era para mim, entretanto, bem familiar e inteligível — "Dá-me vantagem" — pensei. E molestei-me.

Já conversámos bastante — adverti, erguendo-me. — Perdoa-me não ficar mais tempo. E' que minha mulher me espera...

Eu disse no fim o que devia ter dito no começo.

Ao retirar-me, refletia: — "Prlncipiamos a jogar com medo e terminamos mostrando as cartas. Eu sei o que ela intenta, e ela sabe que meu casamento não me tornou inacessível. Isto basta para que insista no ataque. Ela não ignora que estou prevenido e que já não pode usar de dissimulação para me levar a uma emboscada. Ademais, dificilmente se repetirá a caso de nos encontrarmos e de eu dizer que vou tomar chá... Que fará? Multo simpies. Atacará de frente. Aposto qualquer coisa como, amanhã, ou depois, me fará um convite... Um convite para que? Ainda n&o sei, mas tem

tempo. Far-me-á justamente um convite que eu não possa recusar.. E' claro que eu estarei preparado para alegar um compromisso anterior. Porém isso também ela terá previsto e há-de comprometer-me para outro dia. O melhor, então, será nada alegar, e aceitar logo.

Isso a desconsertará, e no entanto não será menos arriscado. Haver-me livrado de seu poder, para tornar a cair ao ílm de dois anos, seria a minha derroçada definitva. Esta vez, ela se equivocou. Para que eu me defendesse, alardeando invulnerabilidade, ela evitou alardear irresisfibilidade, sem compre-

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ender que assim alardeava muito mais ainda. Na próxima vez, ela será mais hábil...

Assim pensava, quando me reuni à minha mulher.

Prepara-te — disse-lhe.

Amanhã, sairemos para uma viagem...

Assim, de improviso?

Sim. Amanhã, amanhã mesmo! Não podemos demorar um dia.

Mas, por que, e aonde vamos?

Agora vou comprar as passagens. Quando explicar-te-ei.

voltar,

O pior é que eu mesmo não sabia porque nem aonde la-mos. Só sabia que era urgente partir...

X I 1 — 1 9 4 4

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MALHO

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j(k> "Planejai e trabalhai coletivamente, porim busçai a VERDADE, a REALIDADE, individual• mente". Krlihnamurti — B¦ out.

931/32. P. 30.

EALIZAR o «pertebimento da nosía individual mental!dade tradicional, i maii acertado do que lançar condenação aos que estão no meimo estado em que já no« enencontramos.

Não devemos condenar o nosso semelhante, quando ele se encontra dominado pelos propositos negativos da mentalidade velha.

Nossa revolta, agora, não deve ser pelo tem-, po em que viviamol desnorteados, inconcientes, ignorantes e sem apercebimento das causas que moviam nossas ações. Mas. pela impossibilidade de vivermos livres, embora parcialmente, da* causas por nós conciente ou inconcientemente acumuladas no passado Agora que estamos apercebidos da dtficiencia da notsa mentalidade velha, podemos encontrar no ambiente das nossas relajóes mutuas, razóes para lutarmos pelos propositos criativos e cooperadores, doa quais vivemos afastados.

Devemos realizar essa luta. concientemente, isto é. cora discernimento. com apercebimento Hoje, o nosso apercebimento, deve se tornar uma evidencia, como se tivessem os emergido da treva da ignorancia. Nossa compreensão dil que t um dever ajudarmos o despertar do entendimento, nos que se encontram prisioneiros da confusão, decorrente da« acumulações do passado.

Guardamos a lembrança da nossa velha orientação, do .tçnpo em que .vivíamos como .tontos, inquietos por incompreensão d a nossa própria mentalidade.

I»to que se passa com um. se passa com a maioria das pessoas, antes 'do despertar do apercebimcnto.

O

MALHO

-

WWM&MIÜ&VMS (BELARMINO Naquele velho estado subconciente. sentiamo-nos prisioneiros da tristeza, de sofrimentos inexplicáveis. E' nestas condições, que a moioria das pessoas cria o ambiente das relações mutuai, resultando constantemente, atritos e choques.

Se a« causas dos atritos e choques se encontram nos indivíduos, como poderá ser mudado o ambiente das coletividades ?

Aqui, surge, claro e evidente o discernimento e c entendimento do que t preciso faxer Pa< que outro seja o estado mental do homem que pretenda viver criativamente.

Porque os homens se encontram nesse estado ? : Pela naturexa da educação que receberam, a qual não proporciona outro estado mental.

Por isto, i que o homem civilizado continua sendo a expressão da mentalidade conservadora.

Mas o homem de mentalidade conservadora, i como uma pedra que rola, esmagando na sua rota tudo quanto encontra.

O homem que pensa, pode entender que ai causas dos atritos e tristezas nas relações mutuas, está no seu proprio subconciente, na sua própria personalidade. O seu trabalho, o seu objetivo, deverá ser, portanto, a reforma do seu modo de ver e realizar a rida.

Na natureza tudo ae transforma. Mas o ho~ mem civilizado pela cultura, esteque criou tantas utilidades para sua comodidade, ainda não pensou na possibilidade da sua transformação mental, no emprego da sua inteligência, da sua sabedoria em função da coletividade, do bem estar do seu semelhante. E i somente neste particular que ele se encontra em confusão, em cáos. Eis a causa do mal que vai pelo mundo.

A altura dos acontecimentos universais, porim, «urgiu no senario do mundo um personagem cujo pensamento explica: para quem com ele entrar em contato, as causai individuais das inquietações reinantes. Easa personagem, é a de um indú, criado e educado no seio da tradicional mentalidade brltanica. Não obstante sua origem e educação, seu pensamento e seu eaplrito. signiflcam a expressão viva do entendimento, do discer-

VIANA)

nimento, da sabedoria, a serviço não de uma nação ou de uma raça, mai de todo o homem prisioneiro de conceitos e preconceitos tradicionais.

Esse indú, fala para todos os homens livres ou que pretendam alcançar a liberdade pelo entendimento. Na sua palavra há pureza de compreensão e discernimento.

O que ele apresenta ao estudo do homem que pensa, não contem a limitação duma crença ou duma raça.

Ele toma o homem, na sua formação integral, total, de Ser portador da sabedoria, da inteligencia. Ele não conclama o homem a se revolatr contra poderei organizado*, convida-o a investigar a penetrar no âmago de sua própria natureza, de sua existencia, para al começar a reforma indlvidual da sua mentalidade; para realizar a vida com os elementos de sua própria inteligência; para formar sua "nova tradição", com as realidades essenciais da razão.

Em lugar da submissão a preceitos incoerentes para a compreensão desperta, dis Krishna murti: o homem pode promover o despertar d? tua mente, baseando-se no discernimento proveniente das suas próprias experiências; não as experíencias político e economicas, mas das experiencias criadoras, inteligentes.

Kiishnamurti, o ultimo dos educadores universais, que há vinte anos percorre o mundo na faina benefíca de desnudar o homem de sua rou» pagem mental esfarrapada, envelhecida pelo trato cruel dum mundo falsamente educado, deve ser ouvido.

O homem bem intencionado, o homem cuja inteligência já tem função na sua vida, tem. em si proprio, os meios de iniciar sua reforma mental, embora para isso seja necessário realizar o balanço. a revolta Interna contra seus vidos, defeitos e deficiências.

Todas as grandes reformas individuais, eustam, em regra, grandes sacrifícios. Agora, porim. podemos conhecer através dúa ensinamentos de Krishnamurtl. os meios de realizarmos por nossa própria conta e com os nossos recursos mentais, a nossa libertação, a nossa Revolta Interna.

X I I — 1 9 4 4

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ça para os meus filhos".

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Por isso mesmo,

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talvés,

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sua leitura se ofereça mais saborosa

ainda, pelo

que apresenta de expontaneidade, sinceridade e côr local, Nio se trata de uma autobiográfia.

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figura do

memorlalista aparece, é ciaro, em teus capítulos, como elemento ^m^^LmW IflV _^________tfaflflflflPfl|Bflfl^J

de

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curso de que o autor confesta ter feito uso para "fazer a descrição poder

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de alguns dos nossos costumes que alnç!a encontrei e que vio de dia em dia

LIVRE-SE DA" SOMBRA DA OBESIDADE ^^ — TOME -M>]

EMAGROl/; En~TOt>~//

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FARMAClV

se apagando, e, ao mesmo FARMÁCIA

Francisco de Paula Rtxtnd*

"MINHAS RECORDAÇÕES" A

coleção "Documentos Brasileiros", diri-

tempo, me ocupar de algumas pessoas que fui

gida pelo escritor Otávio Tarquínio de

achando pelo meu caminho, e muitas das

Souza uma das mais interessantes ini-

quais lograram alcançar em nosso país uma

ciativas da Livraria José Olimpo, vem de ser enrequecida com o aparecimento do seu quadragessimo quinto volume "Minhas Recordações", de autoria de Francisco de Paula Ferreira de RezendeO precioso documentário de fatos de homens da vida do Brasil em uma época que já vai afastada, e que por isso mesmo se torna mais atraente, vem precedido de uma introduçio de Cassio Barbosa de Rezende, filho do memoTÍalista, que orienta de maneira segura o leitor sobre a matéria que vai ler. além de traçar um rápido esboço biográfico do autor de "Minhas Recordações".

Feita com essa disposição de espírito, a obra de Ferreira de Rezende é, assim, imparciai, sincera, e por isso sua leitura

se torna

agTadabilissima, pois nos arrebata, no tempo e no espaço,

panfuma

que se agitavam figuras

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sobre as quais é

enorme, hoje em dia. a nossa curiosidade.

O prefácio, de autoria de Otávio Tarquínio de Souza, justifica a sua inclusão na coleção "Documentos Brasileiros", por se tratar, como se trata, de uma obra vigorosa, documentativa.

altamente

digna de conhecimento

das

gerações atuais e futuras que, através de suas

pouco á< pressas" — conforme explica o autor em uma "Advertência", nâo foi feito visando

páginas, terão uma visão mais nítida e mais

as glórias da publicidade. Foi destinado a

ontem,

1 9 4 I

fo

época distante, em

O livro, "feito apenas de memória e um

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Wm:

notoriedade maior ou menor."

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viva dos homens, fatos e coisas do Brasil de —Msí»m--.-

41

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MALHO

casa da fazenda havia amanhecido num alvoroço. Desde madrugada A os empregados entravam e saiam em grandes preparativos para o banquete que deveria realizar-se à noite.

Era uma linda manhã de Dezembro» A tempestade de verão caída na véspera havia lavado as (olhas das árvores e refrescado os campos que se estendiam a perder de vista. O gado mugia nos currais. Os gaios cantavam. As galinhas pipilavam chamando os pintainhos para a refeição da manhã. Ouvia-se o chiar de um carro de boi sumindo-se na curva da estrada.

Os cavalos relinchavam nas baias, aociosos por uma corrida na frescura da manhã.

Perturbando o barulho calmo dos cam"Fords" que traziam pos as businas dos convidados. os primeiros Na semi-dohnéncia que precede o despertar. fiquei longo tempo ouvindo aqueles sons que acompanharam por tantos anos o meu acordar. Meio adormecida pude sentir sem compreender que algo de ' estranho se incorporara àquele doce e gostoso barulho. Por certo, seria o fonfonar dos automóveis. E por que automóveis? A idéia atravessou o meu cérebro como a faísca rasga o céu.

Era o dia de meu casamento.

Fechei os olhos e fiz fôrça para adormecer novamente. t Agora distinguia perfeitamente dos "Vampiro". Com outros o relincho do toda a certeza estava sentindo a minha falta. Já passava da hora em que todos os dias livres e felizes galopávamos sôbre os campos.

Hoje não podia ser. Talvez nunca mais, pelo menos da mesma maneira...

Pensamentos importunos tiravam-me o resto do enlanguecimento provocado pelo sono. Mas, continuei deitada, envolvida na meio-obscuridade do quarto.

Alguém entra e se aproxima de minha cama: Acorda. Nhanhã! Acorda!

Oh Babá, deixe-me dormir mais um pouco.

Nhanhã, vancé tem que se aperpará pro casamento. Convidados tão chegando e vancê ai deitãcla! Tempo báo se acabó. Vamo, nêga véia tem di tratá di cabelo, de corpo de smhÁsinha prã ficá Bem bunita hoje.

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MALHO

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E vendo que eu continuava imóvel começou a me cócegas.

Começamos a lutar. Babá a me fa2er cócegas e eu a me defender com braços c pernas.

Num dos movimentos mais bruscos esbarro com o braço no eselho pousado na pequenina mesa de cabeceira. Bamboleia e vem espatifar-se a meus pés.

Em um segundo estou fóra da cama.

Babá olha consternada, ora para mim, ora para o espelho, Agachei-me e comecei a catar um por um os cacos.

Era um espelho veneziano. Aros de ouro contornavam os motivos que circundavam o' corpo principal. Apoiava-se em três pés de leão tanbém de ouro. No verso era todo forrado de veludo carmezim.

Havia sido de minha mãe que o havia recebido de minha avó. Quando minha mãe faleceu, meu pai mandou-mo com outros objetos a ela pertencidos. Durante os meus poucos anos de vida costumava ficar diariamente e por longos minutos olhando-o na Ânsia de que o aço polido houvesse retido a imagem querida. Aquilo era para mim quasi uma obcessão. Tinha a impressão que o espelho poderia darme uma visão de minha mãe. tal qual era quando, vaidosa, mirava-se nele.

E agora aquele objeto querido jazia ali completamente esfacelado, qual os nossos sonhos...

Afinal, Babá arrancou-se do estado de estupor e olhando-me resmungou: — Néga véia num gosta disso...

Mais tarde, pude' observar no semblante de minha tia que o episódio a comovia mais do que desejava manifestar< Seu rosto geralmente tão sereno e melgo, stava marcado por um sulco de preocupação.

Olhava-me longa e amorosamente como que tentando se interpor com sua 42

ternura ao triste destino que certamente me aguardaria.

Aquela que daquéle dia em diante seria minha sogra, ficóu nervosíssima. Queria transferir a data do casamento. Inquieta ia contando aos convidados o fato de máu agoiro. Êstes, cochichavam entre si fazendo disso mais um elemento que os iria distrair nos seus ócios.

Meu noivo mexia-se nervoso daqui para acolá e repetia a todo momento: Isso não tem importância nenhuma.

Não sou supersticioso e não acredito nessas bobagens.

Mas, a despeito dessa afirmativa, podia-se-lhe constatar o brilho exagerado do olhar e a tremura das mãos.

Para mim, o acontecimento só tinha o lado doloroso: a perda de algo que havia passado pelas mãos de minha mãe e refletido centenas de vezes a fisionomia querida. No meio do 2ufa-lufa acudiu-me ao espirito de que por certo minha mãe também havia procurado vislumbrar naquele mesmo espelho a imagem de minha avó. Era mais um élo que me ligava àqueles séres queridos há muito desaparecidos.

Sempre cerquei de todo o carinho qualquer recordação de minha mãe. Nas longas noites de inverno, sentada no colo de Babá fazia-lhe repetir, pormenor por pormenor, os episódios de infância e mocidade de minha mãe. Babá falava-me dela com a voz embargada e os olhos mansos nublados de emoção. Quando eu lhe perguntava: Babá. mamãe era bonita?

Linda, nhanhãzinha. Nhanhã Itervina era bunita cumo a garça.

Parava um momento e continuava: Era arva, arva. tinha os óio cumo X I I — 1 9 4 4

jabuticaba. Os cabelo era tão cumprido qui ela se sentava neles. Era arta e tinha a cintura fininha assim.

E unia os polegares e os indicadores das mãos.

'— Babá, conta, mamãe estava linda no dia de seu casamento?

— C h i i, nhanhãzinha, ua beleza.

Tava vistida, cum u vestido di casamento de Sinhã Maria. Êsse mimo que vancê divia visti.

IIP

E num entusiasmo descrevendo o yes-i tido: Era dua seda chaquaiante. cô de As manga larga apertava nu braço perla. e caia nas mão. A cintura munto fina.

A saia rodada subia atrais nas anquinha. O véu era di renda. A cauda se arrastava pelos chão fazeno chique-chique.

E concluia: Tava tão bunita a minha fia e num pensava cumo ia sofri pra depois morre tão moça. Tadinha da minha fia!

As vezes, apontando para o espelho, dizia: Êsse. qui tá [ si falassi pudia contà cumo nhanhâ Itervina era bunita i alegre, Queria saber mais e mais todas as minúcias da pequena vida 3e minha mãe e fazia-lhe perguntas sôbre perguntas, Babá, e quando minha mãe morreu sofreu muito?

Não, nhanhãzinha, morreu cumo um passarinho cansado di tanta mardadi

du mundo. Quando tava isticada na mesa parecia ua santa dormino. Tava branca cumo os liro. Tava rino, contente di dexá êsse mundo ruim.

E papai ficou triste. Babá?

Num si fala di sinhô moço, nhannhãzinha, vancê sabi isso...

E calava-se.

Assim vivi os primeiros anos de minha vida cercada de recordações de minha mãe. Minha tia e meu tio adoravam-na.

Falavam constantemente sôbre ela, sôbre sua meiguice e seu gênio alegre e foigazão.

Contavam que quando ela começava a rir não parava mais. Era necessário que. minha avó dissesse: Fecha a porteira. Etelvina Os outros começavam a rir e ela, desapontada, parava um instante para reiniciar logo mais com a mesma intensidade.

Muitas vezes Babá penteando-me os cabelos, falava-me: Vancê tem os cabelo di sua mãe.

Vancê si parece cum ela. só num é tão bunita. Deus permita qui vancê num tenha a sorti dela.

E benzendo-se: Cruis Credo, isso nun há da acontecê.

Enquanto duravam os preparativos para o casamento eu ia me lembrando de tudo isso. . . * * * Hoje. querendo lembrar-me daquela cerimônia não o consigo. Vejo tudo atravês de um véu nebuloso. A única recordação presente, como que marcado a ferro e fogo na minha memória e no meu coração, é o espatifar do espelho...

Volto os olhos para o passado e no longo e penoso caminhar só vejo a profecia do espelho... *

*

•

Muitos anos depois, na noite decisiva de meu destino, ouvia ainda o barulho de vidro a se quebrar... E, desde então, nas noites de solidão e tristeza, olho para a mesinha de cabeceira e pressinto-o ali.

Tenho, mesmo, a sensação de poder tocar ainda aquela velha moldura de oiro, tristemente, fatidicamente vazia...

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Minha querida amiga. já «ei. Sou um monstro, um incrivei e um sujeito deplorável. E' a SIM, quinta vez que você me convida para uma reunião em seu bonito apartamento, e eu não vou.

Da primeira vez eu lhe enviei um ramo de flores com um cartão mentiroso, mas nas outras nem sequer me dei a éaix trabalho.

Sou um malcriado e mereço castigo.

Pique, porém, tranqüila, que eu mesmo me castigarei. E o castigo será do* mais severos. Irei á sua próxima reunião.

Porque você, na certa, fará uma próxlma reunião. Você é um desses seres cuja vocação pelo social é Incoercivel.

Uma Florêncla Nightlngale dos coquetéls. Você acredita que eu a desdenho.

Nada disso! Juro por essa maionese azeda que põem nos Ingredientes do aperitlvo, nas festas em sua cas»!

Bem sei que, em compensação, as croquetas de galinha são formidáveis. Mas O M A L il O

quando me dá vontade de comer croquetas de galinha, corro â confeitaria onde você as compra para as suas festas e me farto delas. Sem necessidade de ver a cara desse camarada gorducho que nio falta a nenhuma reunião. E que não usa ligas. E que limpa os dedos engordurados nos braços das suas poltronas verdes E' claro que você tem necessidade de que a sua Alzlrlnha esteja em contacto com esse rapaz que parece tão bom par* tido. Mas, francamente, é exagero seu, isso de promover uma reunião por tio pouca cousa! O melhor é chamá-lo diretamente pelo telefone. Êle está louco para atender! E, além disso, escreve diáriamente â Alzlrlnha. Por Intermédio dessa criada fiel que você tem. E que utiliza para dizer aos cobradores que nio está em casa. Assim, já se vê que pouco adlanta vigiar o telefone.

Além disso, sua cunhada Aui.rinha contou a todos os rapazes que você fazia a mesma cousa, quando era mais jovem.

Antes de se resignar a aceitar seu de-

44

funto marido. O Inalo d* Aurora • pai de Alzlrlnha. Para esclarecer bem.

Já sei que vpcê dia que eu sou multo engraçado. E que a minha presença pode animar a reunião. Maa nio me resigno a esse papel da óleo-caníorado social.

Além do mais, nio sei como faser para convencê-la de que o meu gênio é uma aptidão profissional. S nio uma arte de exibição pública.

A última vez que estive em sua casa, uma senhorita esteve longo tempo a recitar poesias minhas. E ao terminar pedlu que eu autografasse um livro também meu. Quando me trouxe o livro, vertfquei com alegria que o livro era de outro. E não o digo somente porque não era eu o autor. Mas também porque tinha a sua assinatura a um canto da página Advirto-a de que lhe pespeguel uma grande dedicatória. Que assinei com o nome do autor do livro. Não ficava bem desiludir assim no mais uma dama que já deixou de tingir os cabelos. E que tinge diretamente o casco da cabeça.

Além disso, minha cara, sua casa é multo pequena. A gente entra e fica encurralada entre o piano e um movei de pés flnlnhos. Que suponho que serve para suportar um cinzeiro. Onde a gente coloca pontas de cigarro e caroços de azeitona. Eu detesto os caroços de aseitona. Sempre acreditei que as pessoas bem educadas deviam engulir oe caroços das azeitonas. Ou guardá-lo* na carteira.

A criada anda com a colfa para um lado. Demonstrando que não tem o háblto de usá-la. Apesar-de-que, é multo mais graciosa que a maior parte das suas convidadas. E com a vantagem de não ser poetisa.

Você dirá que tudo isso não tem Importâncla. K que as suas reuniões sio multo agradáveis. Sem dúvida, senhora.

Mas a vida nio é uma festa E sim um duro combate. __s_e é o meu credo austero. E dele não me quero desapegar.

Crela em minha devoção e em minha ausência irredutíveis.

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•Eliseu YiscGnfi

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HOMENAGEADO CARIOCA dois retratos que valeram OS de pretexto para minha presença nes a tribuna, trazendo a homenagem pobre da m'nha admin: ção pelo grande artista, são de nossa coleção particular Duas telas que falam sempre à minha e moção. O primeiro é um retrato de Alberto Nepomuceno feito por Visconti em Paris c ali exposto em 1895. O segundo é seu auto-retrato em ' 1910.

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u Visconti no seu atelier — A ultima foto de Visconti, feita especialmente "Ilustração Brasileira". para a 7~~\ mtro cm seu programa dc exaltação da vida Lr cultural, entendeu oportuna a Academia Carioca dc Letras a realização de uma sessão pública cm homenagem a memória do pintor F.iiscu Visconti, Im um mes falecido.

Foi uma brilhante festa intelectual, presidida pelo Sr. Carlos Snssclnr.d dc Mendonça e com a presença da Família Visconti, artistas, escritores e outros elementos da mais culta sociedade carioca.

Três oradores apreciaram a vida e a obra do artista. Foram cies: dois convidados — o proleitor Osiealdo Teixeira c o jornalista Frederico Barata — e um acadêmico: Carlos da Silva Arau<o, 'O Diretor do Museu Xacional de Bdlas Artes, com a autoridade dc grande pintor que também c, fe: a apreciação da obra do homenageado sob o titulo "Mestre Visconti". Frederico Barata, biógrafo apaixonado do artista, pois que sobre cie tem no prelo bem documentado livro, discorreu sobre " Um pintor que não morreu", c projeto,; na /rfu. comentando-as, diversas estampas dc quadros de Visconti nã* divulga '.os entre nós. O ilustre aradêmico Carlos da SSva Araújo deu ao sc ..___lente estudo o titulo " Dois retratos di m.n\ '.cria." e do seu trabalho destacamos os trechos seguintes, em que o confereiicista " sc refere precisumente às duas preciosas leias da sua galeria".

X I I

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PELA ACADEMIA DE LETRAS Museu em 1943, Eliseu Visconti expoz uma tela em que usou consigo mesmo daquela crueldade a que se referiu o comentarista do retrato de Nicolina, na Ilustração Brasileira, de Abril de 1933.

E' que o pintor insígne sofrera um pequeno derrame cereb.al.

Nunca o nome insulto para esse acidente anátomo-patológico me pareceu tão acertado. A lesão trouxera, como sói tanta vez acontecer, a paralisia de ne-vos faciais e com ela modificações fisionômicas.

Fez então o artista seu reretrato, com a cfbeça ultrajada, em três posições. De frente e de perfil: destro e sinistro. Não escolho propositadamente os adjetivos. Convenho, contudo, que trazem muito de sugestivo, em seus segundos sentidos. Ao fundo aparece a esposa, companheira dedicada de longos anos.

A fisionomia está cheia de preocupações, cuja expressão três dedos pousados sobre o mento, ao canto direito da boca. acentuam. Não se engana o coração amante. Aquilo é o prenuncio da partida. Da irrevogável separação a que somos todos condenad os.

O retrato de Alberto Nepomuceno. hoje em nossa galer a foi pintado quando os dois jovens artistas aprimoravam estudos na Cidade-Luz. No canto direito inferior da "Ao tela. está a dedicatória: amigo Nepo offce. E. Visconti.

Paris. 1895".

No canto superior esquerdo, ainda se pode ler: "Salon des Champs-Elisées de 1895" Fácilconcluir que o quadro aí deve ter estado exposto.

Além da excelência pktórica. há nele a poesia que o pintor soube pôr. como sempre, na expressão do musicista. como êle, cheio de sonhos.

"No auto-retrato, foi Visconti verdadeiro e honesto para consigo como sempre Acadêmico Carlos da Silva Ataujo fora para com os amigos que retratou. A beleza de expressão, entretanto, também como nas outras não __fe faltou nessa tela. Há nesse retrato, como no do crítico Gonzaga Duque, como no músico Nepomuceno. do aquele dom superior de Visconti ^e pôr em comunicação, através sua arte, as almas das figuras que pintou com a dos observadores futuros.

Isso é Arte! Há algo de divino nesse dom. E é!e está sempre presente nos trabalhos de Eliseu d'Angelo Visconti.

Na Exposição de AutoReTratos organizada pelo — 45 —

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ocasião de sua recente viagem à República de Cuba, aonde foi como integrante da Embaixada POR Brasileira às cerimônias de posse do Presidente cubano, o nosso diretor Oswaldo de Sousa e Silva, teve oportunidade de demorar-se algumas horas em Recife, sob acolhida do govêrno pernambucano. Aproveitou êsse ensejo para conhecer algumas das realizações da administração do Dr. Agamenon Magalhães, ilustre Interventor de Pernambuco, a cuja inteligência deve o grande Estado do Nordeste algumas das iniciativis de mais elevado alcance na perspectiva de seu desenvolvimento econômico e social.

Em companhia do jornalista Paulo Germano, o diretor da S. A. O MALHO visitou a Secretaria da Fazenda em Recife—um ediiício moderno, levantando de acordo com as linhas arquiteturais do prédio da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro. Essa edificação moderna, em vias de ser ultimada, obedece ao plano de reaparelhamento de edifícios públicos traçado pelo Interventor Agamenon Magalhães com o propósito de dotar o Estado de Pernambuco com modelares instalações dos seus órgãos de administração pública, em concordância com a expressiva situação econômica pernambucana.

Além dessa visita foram realizadas inúmeras outras, a diversos pontos de Recife e Olinda, e ali poude constatar, que o Estado Nacional, sob a orientação do Presidente Getúlio Vargas, tem no Sr. Agamenon Magalhães um dos seus auxiliares mais eficientes e mais dignos. Uma estrada moderna liga hoje Recife a Olinda. Os pântanos, que serviam de estímulo ao "mocambo", estão aterrados, e o panorama dos arredores da cidade está sendo prodigiosamente alterado, com o desaparecimento dos casebres imundos construidos à margem do lôdo.

Vilas operárias têm sido construídas em pouco tempo. Recife está saneada e seu panorama, favorecido em parte pelas belezas naturais, é hoje um dos mais surpreendentes da paisagem do nordeste brasileiro.

Ponto chave de operações militares, numa das fases mais dramáticas da guerra atual, Recife nem por isso alterou a marcha das realizações de seu govêrno, fazendo alterar-se cada dia o aspecto das impressões que deviam ser modificadas. Ao reerguimento econômico do Estado, à obra de vastas proporções no campo da assistência social e ao trabalho ciclópico de dotar o Estado com uma nova fisionomia de seus edifícios públicos, reúne o Interventor Agamenon Magalhães o de estar realizando um programa de largo alcance cultural, dando um novo incremento às iniciativas educacionais do Estado, de modo a cumprir para com o povo os compromissos de educação popular.

Quer na parte econômica, quer na parte social, quer na parte política, a obra da Interventoria de Pernambuco pode ser apontada como uma das mais eficientes realizações do govêrno instituído pela Carta Política de 10 de Novembro. Foi essa a impressão que, no rápdo percurso de algumas horas, com o seu espírito de jornalista sequioso de informar-se sôbre tôdas as coisas, recolheu o nosso companheiro durante a sua estada na capital pernambucana.

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A-pccío da recepção, vendo-se o acadêmico Osvaldo Orico ao lado .do subsecretário da Economia e Comércio.

CONDECORADO O ACADÊMICO OSVALDO ORICO

governo PELO do Chile, representado no ato pelo sub-secretário d e Estado d o Ministério cia Economia e Comércio daquela República amiga, foi agraciado com as insígnias da Ordem de "Al Mérito Chileno", o nosso colaborador acadêmico Osvaldo < )tico, qi'.<=* ocupa em Santiago o cargo de Conselheiro Comercial da Embaixada do Brasil.

Ao ilustre homem de letras e diplomata Íoi ore"foi recida uma recepção especial, ocasião em que lhe feita a enUega das honrosas insígnias, e da qual aqui divulgamos alguns aspectos.

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LUIZ DE SOUZA E SILVA — Com destino acs Estados Unidos, onde foi a serviço da S. A. Marvin, de que é um dos diretores, viajou no dia 12 de Novemb.c no Clipper da Pan American Airways, o nosso prezado companheiro Luiz de Souza e Silva, diretor-prcsi lente da S. A O MALHO. No flagrante acima vemos o ilustre vajante entre seus companheiros de diretoria da S. A. Marvim, e amigos, momentos antes do seu embarque no aeroporto.

X I I

19 4 4

— 47 —

O

MALHO

o ciclo de conferências da Insti- r tuição Mitre, n_ presente temperada, o Abrindo escritor Cristovam de Camargo pronunciou na sé_e daquela associação uma palestra subordinada ao titulo — " Mitre visto por um brasileiro". A sessão foi presidida pelo dr.

Aráoz Alfaro. que estudou longamente a personalidade do orador, convidado a falar naquela tribuna por uina distinção toda especial, visto 9________. i como era a primeira vez que um estrangeiro tomava a palavn». naqu-lc recinto. Achavam-se presentes os diversos membros da familia Mitre e as figuras de maior destaque das letras, dos meios oficiais e diplomáticos e da sociedade portenh?.. O orador fez um estudo minucioso da vida e obra do general Mitre. mostrando-se profundo conhecedor da época em que atuou o grande argentino. Dcscreveinl i a velhice do seu biográfico, disse que ele envclhecia como envelheceu as arvores fortes, de " Velhas que fala Bilac no soneto célebre — árvores", que declamou entre aplausos. Ana-

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lisou as general,

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Dante na formação da sua men-

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conferências

escritores argentVKM Os acabam de oferecer a Cristovam de Camargo uma significativa homenum nagem, consistente banquete que se grande efetuou no salão Império do Jockey Club da xapital piatina. Orou em nome <dos presentes o embaixador Otavie. Amadeo. Agradecendo, de Chistovam pronunciou Camargo um discurso sob "Kl escritor o titulo — frente ai momento n-.und ai, que foi recebido com aplausos pela assistência e as mais lisonjeiras apreciações da imprensa.

No instantâneo ao he !o figura a cabeceira do banI quete, no qual vemos. direita do homenageado, o bispo de Iborá, monsenhor embaixador o Martinez, Adrian Escobar e o general Martinez Pita; e, à esquerda, o general Satunin cia, e os embaixadores Otavio Amadeo e EduardoLabougle.

MALHO

patrício,

que

saiu

publicado na integra nas colunas " I-a Nsción". São demais de

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carinhosa-

mente a sua feição de escritor e poeta, tradutor de Horacjo, cie " RiDante, de Hugo e autor de

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ARQUITETOS URUGUAIOS EM VISITA AO BRASIL

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estudrntes de arquitetura do OSUruguai que recentemente estiveram no Brasil em viagem de intervisitaram também câmbio cultural, Ouro Preto.

A obra arquitetônica da legendária cidade mineira, em puro estilo colonial, e arte do Aleijadinho, emocir naram intensamente os estudantes do

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sul. alguns dos quais estão colaborando no plano de remodelação da cidade de Montevidéo.

Estampamos nesta página instantâneos dessa viagem e um "croquis" de Júlio Acquarone. presidente do Centro de Estudantes de Arquitetura de Uruguai-

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Sr. Armando de Almeida, presidente da Inter-Americana de Pu blicidade S. A. em conta que a guerra TENDO atual está visivelmente atingindo o seu termo. e,que.a sojic brasileiro-americana dariedade "algo uma simples mais do quc bandeira de imprensa, por isso quc está cimentada em estreita câmaradagem de armas", vem a empresa Publicid; tio dc Inter-Americana S. A., que tem como presidente o conhecido publicista Sr. Armando de Almeida, vem de dar por finda a sua articulação com o Escritório ter-Americana, que vigorava com os ternacionajs.q ue vigorava com os melhores resultados, desde 1939.

Desligando-se do acordo firmado então, e que teve como finalidade uma campanha patriótica de vir.culação cada vez maior entre o nosso país e os Estados Unido?, numa época em quc as duas nações líderes do continente uniam seus destinos na luta pela causa da liberdade, a empresa presidida pelo Sr. Armando de Almeida vai passar por ampla reorganização, voltando a atuar sob orientação própria, embora continue a proMALHO

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Comemorando a passagem do aniversário natalicio do jornalista Mário do Amaral, foram prestadas a este nosso antigo confrade, no dia 17 do corrente, várias manifestações de apreço. As 8 hotas da manhã, na Igreja do Convento da Lapa, a Veneravel Ordem 3." do Carmo da Lrpa mandou rezar missa em ação de graças, sendo celebrante o Rvdmo.

Frei Policarpo. Comissário da Ordem. Em seguida, na sacristia, foi re-lizada uma solenidade, tendo a V. Ordem 3.* oferecido ao aniversariante, seu secretário, valioso brinde. Foram oradores os Drs. Otávio Ferreira de Melo, Manoel Augusto de Carvalho e o jornalista Manoel Lavrador Agradeceu o homenageado.

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"Hospital Cerimôna realizada por ocasião da entrega das plantas dc Metropolitano", a ser construído, brevemente no Rio de Janeiro por «niciativa de uin grupo dc jovens médicrj£ sob a direção do Dr Antônio Dino. pugnar, como sempre o fez. pela permanente íproximação entre as amedemocracias duas grandes ricanas.

Sairá, assim, do campo restrite para uma ampla esfera de ação, cujo programa trará à imprensa brasileira, na medida das possibjlidades do momento, uma súmula da evolução política, econômica c social do que se vai operando entre todos os povos do mundo o. principalmente, em nossa terra. de operosidade da Inter-Americana, obediente à direção de um técnico experimentado e dinâmico como Armando de AlA nova

fese

meida, anuncia-se promissora c naturalmente será coroada pelo mais completo êxito 50 —

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Transcorreu a 4 de Novembro passado o aniversário natalicio úo festejado . artista Jorge Livert. bailarino do Corpo Estável do Teatro Municipal. Por esse motivo o aniversariante, quc é também literato, sendo constante colaboradur de O MALHO, ofereceu um coquctél, em sua residência, a ainigos e colegas que o foram felicitar.

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ijenhorinhas cia nossa sociedade que tomaram parte na festa de arte realizada há dias no Club dos Caiçaras, em benefício das vítimas das enchentes em Alagoas.

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que presidiu

a sessão solene no Teatro Municipal, comemorativa Sociedade Scientifica Supermentalista.

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do

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aniversário

da

A Escola Técnica de Serviço Sociai de que são diretoras as Sras. condessa Pereira Carneiro, Nair Haddock Lobo e Theresita M. Porto da Silveira, acompanhadas de uma turma de alunos das três »éries, visitaram o Instituto do Açúcar e do Álcool, onde após a visita de instrução e cordialidade, lhes foram oferecidos, pela direção, um almoço. E' a fotografia obt:da por ocasião da aula em que falava o Dr. Nelson Coutinho, um dos diretores do Instituto.

OMALHO

...^ .

DE

VALDEMAR

VASCONCELOS e a sua Brasileira

O Seu Último Livro Candidatura á Academia

" dizendo o seguinte em seus z mentários: O molde estético a que submete emoções e visoes é. conforme afirmam"-, de comêçi . recortado

realidades

sobrr

sensíveis.

Claros

encadeiam-se no deserrv Ivimento dos temas os termo-

Aj

poéticos

imagens,

de

PáBBBBs**k5'

risco

próprio, são vivas, bem coloridas. Justa medida.

Metros ricamente combinados. Rima".

O úlrio de acentuar! p poder SUgestivi

timo livro de versos d. Valdemar de Vasconcelos intitula-se " Poesias" e é uma coleçio de

VALDEMAR DE VASCONCELOS literário de Valdemar de VasCnome concelos está neste momento focalizado pela recente do seu último livro e pela sua candidatura à Academia Bra-ileira. na vaga do eminente Alcides Maya.

"Ruinas Vivas" e o O romancista de poeta "Visita das Horas Tardias foram dois de amigos fraternais, sendo assim um aconsem

surpresa

todos inéditos.

Lançou-o recentemente a Livraria do Globo

?*M:

teçimento

105 poema-, quase

a candidatura

de

de Porto Alegre, dizendo do autor na apresentação do volume que "muitos dos sensonetos são criações definitivas nas letr. s brasileiras". O poeta é também o ensaísta de " Rússia", opúsculo com o sub-título " Ensaio

sobre

naç."o"

a aventura

espiritual

de

uma

c que é um estudo dc filosofia da

história.

Autor

numerosos

de

estados

conferências, como ainda a 29 dc agosto úl timo a conferência sobre Apolinário Porto Alegre Valdemar

Academia

da

Brasileira,

de Vasconcelos já publicou

ai-

a can-idatura

iKupada p r Alcides Maya. Entre os muitos laços que ligavam os dois escritores há o

e ensaísta,

perfil que este último fizera daquele, como introdução à " Visita das Horas Tardias",

umbém é do aparecimento da última cbra

do

livro

transcrevemos um dos "

demorado period i de enfermidade, em que guardou o leito bisAp.'.pirando sérios cuidados, vem de entrar em franca convalescença T> nosso companheiro escritor Rtul de Azezedo, membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto de Coimbra, c representante daqucle cenáculo nortista nesta Capital. 'o Figura de relevo nas letras Amazonas, Raul de Azevedo conta naquele Estado, com elevado número de admiradores e amig riis. ao ter noticia da sua convalescença, mandaram celebrar missa de ação Je graças na Igreja de São Joio Bosco em manáos, ato que teve numei sa concorrência, conforme noticia teV(Trafica dali proveniente.

Poesias",

porque

esta

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notícia

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poética dc Valdemar de Vasconcelos:

Y®ri\éã

Quando se tem o coração partido, quebrada a concha de cristal sonora,

ÉÊÂá COM. ALBERTO BONFIGLIOLI

a vida, então sem cro repetido, deixa de ser o >|ue já foi outrora.

Tudo quanto encantou o nosso ouvido, i concavidade muda agora, nur;ca mais se ouvirá reproduzido, imites e dias pelo (empo em fora.

Se alguma cousa ainda cm nos perdura.

•) eco nâo é da vida que murmura, mas o silêncio cada vez maior...

Já morto para a onda rumorosa, enchem o coração, concha saudosa, ''tnbranças que ele tem de cor I MALHO

AZEVEDO

acadêmica desse poeta

aqui

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DE

guns volumes de poesias. Ao registrarmos

Valdemar de Vasconcelos à cadeira que foi

J©r>e

RAUL

— 52

de destacado relevo no ceFigma d<>s negócios de São Paulo, o snr Ci in. Alberto BonfigH 'li, presidente d< Banco Au" hu.viliar mio, { um autentico man", repartindo com variai t iniciativas a sua invejável cap.icidade dc trabalho. reíerenEnt' ti merciais que "Cica" — industria ofereci de <!»¦ Companhia Industrial Conservas Alimenticias — com fabrica em Jundiahi c produtos se impuzeram aos i midores de todos o- Estados do Brasil.

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O

GRANDE

PRÊMIO

"PRESIDENTE VARGAS"

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>.

I realização do "Grande Prêmio Presidente Vargas" a prova máxima do ano no derbv nacional, foi expressiva homenagem prestada pelo Jocvey Clube Brasileiro ao chefe do Governo, por acasião da passagem do 7o aniversário do Estado Nacional.

Damos aqui dois flagrantes cm que se vê o Presidente Getulio Vargas quando chegava ao Hipodromo da Gavea e quando assistia ao páreo em sua honra, na tribuna especial.

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"VILA A

DOS

BANCA RIOS"

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CAVALCANTI

ÍV A ais uma grandiosa iniciativa do Instituto de Apoposentadoria e Pensões dos Bancários vem de se tornar realidade, com a inauguração, no bairro suburbano de Cavalcanti, de aprazível " Vila" p?ra a seus associados, composta de 30ü casas modernas, dispostas em blocos de quatro residências cada uma.

Foram agora entregues aos moradores as primeiras 100 casas da " Vila". j|7»«n»»ii¦¦« -B^Buauyasi^H® A "Vila" Bancária" é destinada aos associados "_ ¦ .439 ^-i-i- • de menores vencimentos, mas constitue um pitoresco e moderno conjunto, dotado de reservatório dágua próprio, estação de esgotos, lavandeirias, clube, cinema e um pequeno comércio instalado cni edifício apropriado, plav-ground, créce e serviço médico especializado para crian- , ças. Seguindo a sá-Ispecto da '* Vila" construída bia política de assisem Cavalcanti.

1*4^) i • tência social do Presidente Vargas, atratavel aos seus milhares de as^¦HTTTtHH vés da orientação in¦ ¦ ¦ ¦I ji sociados.

Ministro teligente do Na sua realização muito se a Marcondes Filho, destaca a dinâmica ação de seu *l T. A. P. B. tem dei * !K*i!»» um todo senvolvido presidente, Dr. Adherbal Moraes, CSta^^«j| U|^ ••¦BBC .-,. monumental plano que tudo envida para solucionar destinado a proporcioo problema residencial dos bannar residencia conforcários.

Aqui aparecem aspectos da "* " * "Vila Bancaria" de Calvacanti. "fila" dt• Cahucanti. ora inaugurada.

Outro asfccto d a X I I — 1 9 4

— 53 —

LORENZO FERNANDEZ Lorenzo Fernandez, proeminente figura da música brasileira, viu transcorrer, entre o júbilo de seus inúmeros amigos e admiradores, o seu aniversáno natalicio a 4 de Novembro.

Compositor dos mais ilustres, tem sido, no campo da composição, inúmeras vezes distinguido oficialmente por v.rias nações amigas, como a Espanha, Columbia, Panamá e Chile e por artistas excepcionalissimos, como Arturo Toscanini e Madalena Tagliaferro.

Assim, representou condignamente a música, brasileira, dirigindo concertos de obrai suas naqueles passes, acedendo a convites dos respectivos Governos, convites que somente se endereçam a artistas ilustres.

Lorenzo Fernandez não, é' entretanto, apenas o compositor e o regente que, no Brasil e no exterior, tem contribuído para a elevação da nossa música. Sabem muito bem os brasileiros oue éle tem a.seu crédito a organização e a d!reção de uma jóia do nosso ambiente musicai — o Conservatório Brasileiro de Música, estabelecimento que segundo o Vilas

DE MUSICA Houve ainda -.sle ano o Festival Mozart, com a partieiação do autorizado maestro Eleazar de Carvalho e do soprano lírico brasileiro — Violeta Coelho Neto de Freitas. Resultou, pois, na devida altura a seleção do regente e da solista do concerto dedicado ao Mozart, pois só artistas experimentados podem desincumbirse honestamente de um Festival Mozart.

O último concerto da temporada oficial efetuou-se, como dissemos, a 4 de Novembro. Dirigiu-o, com a habitual eficiência, o maestro Eleazar de Carvalho, sob cujas ordens colheu esplendidos triunfos, este ano, a Orquestra Sinfonia do Teatro Munipal, cemo anteriormente colhera a corporação obediente ao maestro Szenkar.

Duas atrações apresentou o derradeiro espetáculo oficial de música sinfônica: as jovens pianistas brasileiras Jeanette Herzog e Ivy Improta, discípulas de Tomás Ter.n. Ambas se mostraram ã altura do cometi-

temporada oficial, organizada pelo Dr. Arthur Imbassahy.

O jovem artista teve a seu cargo números de grandes responsabilidade, em que poude satisfatoriamente revelar suas qualidades de virtuose do piano.

A orquestra foi regida pelo maestro Eleazar de Carvalho.

MARIA ALCINA NO TEATRO MUNICIPAL Muito aceitadamente andou o Dr. Arthur Imbassahy, critico musical do Jornal do Brasil, incluindo na Temporada de Concertistas Nacionais, iniciativa do prefeito Dodsworth, uma representante da nova geração de piairstas brasileiras. Recaiu a escolha na piaivsta Maria Alcina, que mereceu e justificou a distinção.

Maria Alcina cumpriu com bastante seriedade e compreensão um programa de evidente responsabilidade, onde, afora belas pág:nas pianísticas, se destacavam a Sonata ap. 27 n.° 1, de Beethoven, a Polonaise ap. 40 n.° 1, de Chopin e o Concerto para piano e orquestra de Edward Grieg.

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Mm. Maria Aparecida Prista

Lorenzo Fernandez

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Lobos deveria enamar-se Conservatòrio ivacional de Música.

Merecidíssimas foram, pois, as homenagens que recebeu o artista patriclo.

mento, notavelmente desembaraçadas e fazendo alarde de muito bôa técnica ,a par de outras qualidades francamente elog'áveis.

Como conseqüência imediatas de suas perfomances nesta noite de bóa música, Jeanette e Ivy, que interpretaram respectivamente o Concerto em ré menor de Bach e o Concerto de Schumann, tiveram seus nomes incluidos entre as jovens artistas nacionais que, ainda este ano, serão apresentadas nos concertos da A. B. I, da série "Valores Novos", recentemente instituído pelo Departamento Cultural da Casa do Joranlista e sôbre a qual são as linhas que se seguem.

A assistência — bastante numerosa tendo em vista o temporal que desabou sobre a cidade na noite do concerto — tributou expressivas homenagens à concertista, tanto mais merecidas porque sua participação no recital-concerto era também resultante da última vontade de seu extremoso pai, que afirmou ouviria lá de cima a estréia de sua dileta filha Teatro Municipal.

A Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, sob a regência de Eleazar de Carvalho, colaborou dec'sivamente com Maria Alcina, cuja e.tréia nos concer.os dcnumcais, em 15 de Novembro de 1942 e sob a regência do mesmo Eleazar de Carvalho, constituiu uma das mais deliciosas surpresas destes últimos anos.

O ENCERRAMENTO DA TÊMPORADA SINFÔNICA NO MUNICIPAL Encerrou-se a 4 de Novembro a temporada da Osqaestra Sinfônica do Teatro Municipal, após vários vezes de intenso e profícuo trabalho em prol dos nossos _'oros artísticos, em franco e nunca bastante louvável desenvolvimento.

Recorde-nos. antes de nos determos no concerto final, os primeiros c_mf.',r:ris, parcialmea : :1p.I;c.'c!os. de ordem do prefeito Dodsworth, à Juventude Brasileira, aos quais sucedeu a tempoiada do maestro Erick Kieiber, o qual, <_m vista do sucesso que alcançou, voltará a dirigir a nossa orquestra em 1945, executando, além de um Festival de Música Brasileira e de um Festival Wagner, o Ciclo das Sinfonias de Beethoven.

O

MALHO

BARBOSA

GERALDO

O pianista Geraldo Rocha Barbosa teve uma grande nol.e, no Teatro Municipal, quando da realização do 5.° Recital Concerto da 2.a série da 54

EDUARDO DUTRA E A O. S. B. Sob a ep:grafe acima, comentámos em Novembro o Concerto para piano (Continua no fim do número).

XII-

194 4

Suplemento" Cinematográfico d'o ma;lho

32

I

I E EM

FAVOR

DO

! E I CINEMA MARIO

um filme ao Tomemos acaso: "A Filha do Comandante", por exem"musical comedy" tal pio, como se as fabrica nos Estados Unidos. E' primoroso no seu propósito de agradar, e agrada integralmente aos olhos pela beleza do colorido e da luz e pelas suas bonitas

melodias,

verdadeira apoteose à côr e ao som; mas, também, e mais do que tudo, pela apresentação de valores artísticos excepcionais, que assim se podem considerar Katryn Gravson, a juvenilidade cheia de encanto, expressiva e sedutora, entusiasmando quando canta; Genne Kelly, em um

mediante incornparável por sua finura interpretativa; Virgínia 0'Brien, que fez da estagnação uma forma de comicicidade grandemente original; as orquestras Kay Kyser, Bob Crosby e Benny Carter, compositor de exquisita musicabilidade em que a extravagância se sublima em polifonias arrebatadoras; e além de muitas outras excelências, esse José Iturbi, regente admirável e pianista seguro de todos os segredos do teclado, que magistralmente dedilha.

E', de fáto, uma produção de classe do çãocinema americano, e que teve a direção de George Sidney e a colaboração de diretores auxiliares de igual p rojeção na arte que a América creou.

Marie Mc Donald em uma incontestável demonstração de que o '•rnaillot" é o vestuário ideal,., quando o corpo é belo.

tipo de galã másculo de fundo paradoxalmente inesplendidamente genuo, interpretado pelo artista; êsse querido John Boles a melhor mistura, no piade no cinematográfico, ternura e de simpatia; e todos os astros que desfilam no "show" musical; Judy Garland, a intértérprete suprema da cánção americana; Eleanor Powell, tôda ela ritmo e graça coreográíica folclórica; Frank Morgan, co* ¦¦

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NUNES

Um bom filme, se dirá.

A apreciação superficial não basta. E' preciso pensar no trabalho de coordenação, na soma de conhecimentos adquiridos, no esforço das inteligências

em cooperação. E' preciso considerar o alto gráu de civilização a que terá atingido uma comunidade para possibilitai maravilhosas realizações como essa... ... .e nesses instantes de maravilhadas contemplação, sentir, através do labor inteligente, da pertinácia no desejo de alcancar o êxito através do melhor, um povo que dessa têmpera sairá vitorioso de tôdas as competições, porque dominará tôdas as dificuldades. ... E, por estranho que pareça, assistindo á exibição de um filme como êsse, deliciado até os mais íntimos refolhos dalma, a gente sente que êsse povo vencerá a guerra, porque se é insuperável produ:;indo o bem e o belo, selo-á também quando haja de antepor ás fôrças do mal sua capacidade de lutar. E' a vitória pela supremacia.

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^yALVEZ haja não WÊ invejada mais vida PMfP» 1 que a de uma estréia de cinema em Hollywood. A culpa não é da vida em si, mas da pro. . Realmente, quem fazem... fazem. paganda dela paganda que mesmo no mo* Marshall, Brenda invejara não invejará jl nao [ Mm^mk mento mento em que espera saudosa o regresso do " VHM| marido, marido, o conhecido William Holden, ora serQM j forgas armadas do Tio Sam? Basta Wr~.

W& vindo i&XJP *M* JL '" vindo nas forças Jill atentar Mf f atentar na vida que leva na sua linda rasa maximo conforto de Beverly Hill, rodeada do máximo arredores. Disencantadores nos e passeando Vim e trepa nas escolhida, bibliotéca biblioteca uma de põe poe ataárvores arvores talvez levada por um impulso atá'• vic0 dispoe com ancestral> passeia vico ancestral, Passeia de bicicleta, dispõe lougas da sua inexcedivel os cristais e louças gosto inexcedível gosto do corpo linhas as sala de jantar, aprimora J?, fazendo sala Ifm' carinho com cuida a fazendo caminhadas pé, pe, fim e seu do por e flores jardim das plantas atraves dos ouve na estrada a voz de William através ele regularmente lhe envia. Como discos que êle nao fôsse fosse estrela de cinema! Ah! se não ée bom ser estréia a preocupação de

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ShUe uni 40.Müzô> e una ftaíatàa W(£ e n.8ce;sa"o vestir com absoluta traje de mansira ámples, cem vestidos

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H.f Mas nao se esqueça simplicidade.

PSrtJâ a leitora de que os accessorics terminr.n a "toilette".

Não se esqueça de u:ar se puder, ad.reçcs de ouro n~s v°stid s escu.os para uso aesde ás cinco aa tarde, como se apres.nta aqui GERALDINE FITZGERALD talartista de atitudes ncbres e mais nobre conjunto de beleza Os grandes mestr.s da costura em Nova York ínciuindcse os da Europa que se transportaram para a maravilhosa terra da Tio Sam, exigem que a mu.her se

mramimèwnmis rmsmmm mi

absolutamente singelos, reservando tcda.a fantasia aos detalhes, dos quais já 83 falou acima, e agora se insi.ts chamando a atenção da leit:ra para o chapéu de miss FITZGERALD, tão apropriado ao nosso inverno.

N;s d3dos enluvados ela traz o cigarro que leva aos lábios entre um sorriso e uma palavra, dando maior significação a um, e à outra o clorido indispensável acs mil nadas que as mulhtres sabem cementar com exclusividade... — (Foto Warner B/os> .

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ecoa em nossos corações sua voz delicada e macia "pebetas" da Boca e do que lembra o lirismo das Riachuelo, que sugere a poesia da terra e dos peões "Martins Fierro' que vivem eternos nas páginas do No Cassino Atlântico, onde está se exibindo com grande sucesso, Libertad Lamarque dá novo brilho e sentido ao desejo de aproximação dos dois povos.

Suas canções, que falam ao espirito e ao coração, reforçam os elos de estima que nos unem à gente argentina, constituindo u'a mensagem sonora de "boite" do subido valor que a fina assistência da Posto Seis tem sabido apreciar.

Libertad Lamarque *W

EU nome, que lembra o que nos é mais caro, não é mais belo e envolvente porém que sua beleza peregrina de flor do Pampa solitário e dolente. Nada, entretanto, supera a magia de sua voz terna e aveludada, regia roupagem sobreposta aos tangos e canções que são come a essência mesma da alma gaúcha nobre e cavalheiresca, romântica e mística. Libertad! Como nos domina o sortilégio dessa simples palavra, tão simples quanto uma modesta florzinha exposta aos ventos frios de todos os quadrantes! Libertad Lamarque, que a Argentina emprestou agora ao Brasil, é bem a mensageira da arte e do cancioneiro portenhos que vem do Sul para deliciar a sensibilidade carioca com suas melodias onde suspiram todos os amores da gentilíssima e amável gente que vive à margem do Prata. Veiu para uma temporada. Veiu para renovar os 1 ços de estima e admiração deixados quando de saa última passagem entre nós. Veiu para sentir como MALHO

Libertad 1iam.

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Estampados ou listrados são mais próprios, mais faceiros, fa- vorecendo o aspecto moço.

Muito usado em costumes tipo afaiate durante o verão passado, o panamá volta para vestidos singelos, de talhe " sport", com mangas curtissimas. Nos .alvos os botões de côr e de feitios preciosos constituem adorno incomparavel. Nos outros, de tons pastel ou quentes, ainda aparecem botões, contudo frizados de metal.

Bordados á inglesa, no tipo Richelieu, bordados de todos os estilos e matizes vèm-se em mammmai vestidos para de tarde, reservando-se folh s e entremeios de bordado inglês para a inJumentaria de caráter esporte, indica assim, a gente jovem.

Crepon de algodão com listras estreitas ou largas serve a costumes interessantes, guarnecidos a lapela com flores ou lacinhos de "pique", o mesmo adorno no penteado.

Parece que, no que diz respeito á moda feminina, estamos ingressando no terreno de absoluta garridice. Cuidado, porém leitora, com a respectiva dosagem, principalmente se não fôr moça...

Jure Lockliart. atualmente sob contrato na Metro-Gondttyn-itayfr, tttrgindo cm "Evocação", ao lado de Irene Diinne. aconselha á carioca este belo vestido branco, de organza, o corpete todo bordado, para as festas do fim do ano.

Amaina, então, o prurido de enrif|uccer o guarda roupa estivai, e os costumes quentes saem á haila.

Foi assim em Outubro, Novembro inaugurou-se como tal.

E vamos beirando o fim do ano. época dc festas e de esperanças que se renovam, renovar»'o-se até nos corações dos que muito viveram e a marcha do tempo foi contando alegrias a maiores tristezas..

Caminhemos, contudo.

Hoje é a sombra que nos arrefece ctusiasmos.

SORCIÈRE

Os afortunados irão para fora, em !,usca de clima suave, a dormir satisfatoriamente as noites frias do alto das cidades serranas.

Mas o mar é uma atração tambem, e, pelo numero de pessoas que enchem as praias durante a temporada de sol em braza, supomos que o Rio não se desfez de um só dos seus habitantes.

Um banho de mar pela manhã ajuda a dourar a pele exposta aos ardentes raios do astro rei.

Um banho de mar á tarde refresca tanto o corpo ao ponto de garantir boas horas de sono.

Vamos vestir, então, adequadamente.

Em primeiro lugar vestidos lavaveis, os de algodão de preferencia aos de seja, fáceis de executar, executados mesmo em casa, no mais das vezes com êxito.

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temperatura está-sc pautando pela dos anos anteriores: faz A calor, ha dias quentissimos.

De repente chove e a temperatura desce.

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Amanã o brilho do sol compensará as amarguras de véspera. ¦ mUm—mMa J Esperemos que o Natal nos prometa a tranqüilidade coníh-mada Outro traje para as consoadas do Nata! e na paz pela qual ansiámos, a paz Ano fíom apresenta . \nn Sheridan, da para o mundo todo, o direito de Warner üros. £ de "faütlc" dc seda verde viver com liberdade, dc trabalhar limão, largamente decolado, com uma bc.i e grande flor cm vários tons dc roxo. para viver bem os cias ligeiros qne no homem é dado ficar sobre O .terceiro vesa terra. tido para as noiConsoadas alegres festejarão a vinda dc Papai Noel, tadas de fins de o velhinho amigo da criançada e das moças bonitas.

Dezembro c àe renda preta, inPresentes c mais presentes, desde o brinquedo á jóia clusivc as luvas, de alto preço, uma flor muita vez alegrando a alma por inem apresentação teiro. ac jüiut juittr, Depois o estío estalará forte. da Columbia.

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Jovem, loura e linda — Wi Evel vn Kcycs, artisla cia Columbia e:n " Nine Girls". F.la a[>resenta uma blusa brunca para usar com saia" corselei" verde escuro, msfcasórios brancos borliados dc verde c vertnelho, um folho braiif.t, plissado, mim dos lados.

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/*»i " Co ver", da Columbia veremos Francine Counihan com esta graciosa " toilcltc" de "fique" azul fraco, um lenço eslan:[<ado á cabeça, traje prufrio ao verão carioca.

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" Tuilleur marron". pala a:ul horlenn.i — ideado para a bpnita Ann Sfilll i. da Columbia.

Belíssimo vestíd > paro as Ceias do Xatal e S. Svlvestre. . tprcsenta-o l>ctt\ . llexander, uma das m tis lindas artistas tvood.

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líaigie Stcwort, da HKO, junta maior originalidade à sua beleza usando este bizarro chapéu branco bordado com lã de tonalidade forte.

Flores alvas e vitt azul apil guarnecem este " coiffunt" azul noite. Faye Emerson pequeno é o " modelo".

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CHAPÉUS NOVOS Boina de falha, graciosa c discreta.

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PrimaverQ chapcu composto de tinia copa de palha brilhante * Ideado flCrrcs. para llilccn Mc Glory, da Columbia. por I. Magnin

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SEGREDOS DE BELEZA DE HOLLYWOOD (Por Max Pactor Jr.. famoso conselheiro de das estrelas do cirema).

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" make-up"

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TOSSES,

RESFRIADÒS,

COSMÉTICOS

Evidentemente uma mulher que tenha sofrido ,1 • um res.riado de cabeça durante alguns dias não pode sentir-se dona de um aspecto fascinante ou " glamorous". E, se o resinado é bastante inteso, invariavelmente ela mesma não se importa cem a respectiva aparência.

Na maioria do* casos um resfriado não faculta o aspecto agradável do (|uando o elemento feminino gosa plena saúde.

Evistem ,hias fortes razões para tal: a primeira consisti no nariz vermelho, nus olhos lacrimejantes, olhos que não expre-sam nada; a segunda está em que, de modo gera!, as minera se esquecem de tratar-se ainda mais cuidadosamente quando resfriadas.

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0 USO DO MAKE-UP

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Tal condição de falta de " glamour'' pode ser vencida, não só com as indicações terapêuticas para a moléstia, como também ato rigoroso do "make-up" em facetas de artificios diversas da ordinariamente aplicada.

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BASE

Make-up" de base e o " Pancake" são particularmente importantes no rosto entristecido, originário de um resfriado, mesmo porque tais elementos garantem melhor permanência o dia que outra espécie de "maquillage".

Todavia é inevitável que o uso continuado do lenço remma um pouco do ".Make-up" do nariz, quando nele reside a área que deve ser resguardada em beneficio da aparência. Apesar (Ia aplicação mais generosa do "Make-up" na região referida, 6 mister corrigir as falhas que o lenço vai abrindo por meio de uma loção especialmente indicada para o caso, e a esponja cm arroz. Na verdade a o emprego de tal loção é bem su perior. no caso, i mais -uavisante que outro material de baJC. ;vira mesmo como substituto do pó-ba»e

APLICAÇAiO TRÍPLICE Se o nariz fica muito vermelho em virtude do resfriado, experimente duas ou três aplicações de " Pancake".

Xos olhos lacrimejantes de um resfriado de cabeça, convém evitar cosméticos e outras cousas que poderiam irritá-los mais, manchando o rosto de maneira desgraciosa.

Os lenços de papel são superiores aos outros durante u iratamento de um resfriado, mais higiênicos, fáceis de substituir, pu duzindo menos irritação na pele.

GUERRA

X I I — 1 9 4 4

DE

VERSUS

LENÇOS

Durante o momento que passa é preciso reconhecer que a uni escritor é mais fácil aconselhar lenços de papel que obtê-los. deduzidos de tamanho, não são fáceis de encontrar á medida das nossas necessidades.

Existem porém lenços de pano, finos e indicados, apesar da superioridade dos outros.

Que isso não indtlza a leitora a vingar-se na própria beleza, molestando-a.

Quando houver falta de lenços de papel, remedie a situação tendo em vista, que da sua aparência vai facilitar, em grande parte, o que pretende ou venha a pretender.

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APARELHOS PARA JANTAR. CHA E CAFÉ. FAQUEIROS. CRISTAIS PORCELA IAS. PRATARIAS. BRONZES _ OBJETOS OE ARTE

NOVIDADES PARA PRESENTES!

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Tudo isso deve >er diligenciado com critério, cuidados essenciais ao êxito feminino, o qual depende, numa porcontagem grande, da aparência.

Se i nariz íica vermelho em virtude do uso du lenço, ripetidamente a fricioná-lo experimente empregar o "make-up". pondo de parte a impressão de que nada adiantará a desfazer o pimentão em V|ue ele tornou, nem melhorar a água que muda os olhos a cada passo.

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»* Blusa de $ (Nev> York) Seda ou algodão.

Saks ideou este galante vestida de gabardine, feitio apropriado a qualquer tecido para a estarão que atravessamos'. linho. "shantung", "pique, etc.

F.ustão i ranço, bolas de cores — vestido paro dias quentes, X I I

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(fci*<ü roía salmonodo ftinido de azul pedido, bran, " beije" alegram este canto de quarto cujas paredes são forradas de azul pálido com pastilhas "marron". Ambiente original, bem ao sabor do gosto moderno, o qual associa um pouco de velho M decorafão dos novos apartamentos.

DECORAÇÃO DA CASA ,

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Confortáveis sofás ladram uma lareira encimada por um belissitue espelho preto e branco.

O forro dos móveis é verde pistache como também pode ser asul, rosa ou branco, tonalidade predileta em ambientes dc luxo

PASSADE1RASTAPETES-MOVEIS _.^^

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— 68 —

MALHO

"O FANTASMA DA ÓPE RA'', o famoso romance dc Gaston Leroux, acaba de ser publicado em nosso idioma. Foi o maior êxito de "boulevard" em tempos não muito distantes, quando ainda era permitido a PARIS ser uma cidade encantadora. Naqueles dias, quando dois amigos se encontravam na rua, um deles exclamava: — Sim... já sei o que vai recomendar-me "O Fantasma da Opera". — Você já o leu? Qual a sua opinião? Romance soberbo ., que intriga amorosa, que interêssc fascinante, que tema novo, Com razão dizem que seu autor, quão sugestivamente está escrito.

Gaston I.eroux, por sua portcntosa fantasia, é considerado o único sucessor possível do grande Alexandre Dumas. ..

Depois— não foi súmentc em Paris. Até Hollywood ficou presa no encanto de " O FAXTASM \ DA ÓPERA". Nada menos de três filmagens teve êste romance, record" que até agora não foi batido por nenhum outro livro de seu gênero. "O FANTASMA DA ÓPERA" foi a revelação do inesquecível Lon Chaney... Agora, uma nova e empolgante versão na tela de "O FANTASMA DA OPERA", começa a deliciar as multidões em nossa terra. Coinciíientemente, com notável oportunidade, dá à luz pública a Casa Editora Vecchi, uma esmerada e lição completa de " Ó FAXTASMA DA ÓPERA", tradução valorizada com o célebre prefácio escrito por Gaston Leroux, no qual êste conta que o tal " Fantasma" não foi nascido da imaginação, mas que de fato existiu.

Enriquecido com uma bela sobrecapa dc cores, e outras ilustrações cinematográficas que lhe empres tam muito realce, êste livro ciegantemente apresentado, está alcançando merecidamente excepcional sucesso dc livraria.

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l czi MUSICA ( Conclusão )

e orquestra de Eduardo Dutra. Foi omitido, então, o nome de Mario Neves, o virtuose patrício que pela l.a vez interretou o trabalho do laureado músico brasileiro. Aqui ficam as nossas excusas e a retificação.

"VALORES NOVOS" NA A. B. I. A exemplo do que vem fazendo a Difusora da Prefeitura, onde estão realizando gravações jovens artistas nacionais, o Departamento Cultural da A. B. I., orientado pela inteligéncia de Celso Kelly, resolveu, afim de prestigiar a nova geração de arX I I — 1 9 4 4

:

tistas brasileiros, incluir a série "Valores Novos" na temporada de concertos da A. B. I. Verificou-se a 6 de Novembro o concerto inicial desta série, devendo ainda êste ano realizarem-se mais três, nos quais se apresentarão o soprano Maria Augusta Costa e as pianistas Ester Naiberger, Ivy Improta e Jeanette Herzog Participaram do concerto inaugural, cujo êxito foi além da espectativa, o soprano Luizita Cunha Silveira e a pianista Maria Aparecida Prista, que propiciaram à assistência um programa caprichosamente organizado e finamente interpretado.

Colaboraram eficientemente neste recital, acompanhando Luizita Cunha — 69 —

Silveira, o maestro José Torre e o flautista Ary Ferreiro, ambos do Teatro Municipal.

A série "Valores Novos" apçesentará na A.B.I., em 1945, as pianistas Maria Alcina, Vilma Graça, Léa Batista, Julinha Wagner Cohin, Elisa Naiberger e Laís Souza Brasil, a cantora Elisabeth Leal e a violinista Marilia Espanha.

Também no ano vindouro, ampliando a série "Valores Novos", gravarão para a Rádio Difusora da Prefeitura — as pianistas Jeanette Herzog, Ivy Improta, Maria Aparecida Prista, Amélia Santos Moreira, Léa Batista, Lourdes Gonçalves, Laís Prado Vasconcelos, Marina Espanha e outras FRANCISCO CAVALCANTI O

MALHO

Quando é que teremos um noticiário leito ?

Aguardemos os programas de 1945.

O público porém, a,ila desconfiado de que teremos a mesma coiza para variar, a não ser a nova estação do "O Globo", que continua disputando elementos de mérito das demais estações-

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A voz de Henrique Guimarães interpreamadaTornou-se, pela tando sambas artista concencioso e um perseverança, querido do público.

ZARUR Alzira Zarur _ um homem que sc fez no rádio com capacidade de dirigir a melhor das estações, pois possue talento real, eunhecúnento exato <1<> meio e a estima do o público- Qualidades das melhores para caso- Entretanto, há muita gralha engeitada dirigindo estações, emquat.t:. ele fica a mourejar do lado de fora. E' <|ue IK) rádio ainda vale muito o pistolão a- altas cujo posições, a pose de certos individuos. conhecimento intelectual é diminuto.

Talvez seja por isso que estações destinadas a imenso sucesso junto ao público, na pel i material que possuem, vivem ainda uridad .

BOLAS Continua a se dizer que Carmem Miranda virá passar o Natal no Rio. —Álvaro Moreyra semanalmente apresenta ótimas crônicas pela Cruzeiro cio SulA Mauá veio preencher um dam na vida carioca: muita gente que passou a acordar cêdinho para ouvir o seu bem feito noticiário internacional.

Waldemar Galvão está integrando o quadro dos locutores da Tupi.

ZèZé Fonseca vai a Transiu!

Ha quem afirme também que a Transmissora pretende levar para o seu "east", o Orland . Silva Ouviram o programa feminino dí llka Labarthe ?

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MfXifesX ílfril '>cm. em varias estações, os julgamentos sc lazem com os aplausos da platéia.

Bôa, ou má. a iniciativa dos diretores artísticos ?

DOMINGOS Aos domingos ,,s programas radiofonicos são verdadeiramente incríveis, jamais agora que foot bali desapareceu do cartazTamanho é o mau gosto e o seu desCuido das noisas emissoras, que o público prefere ir para as praias, a ouvir o que vem das estaçõesAfinal Um s um público educado e culto que eslava a merecer melhor carinho dos diretores artísticos - Vamos a ver se a

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NOTAS A

"Jornal

do Brasil" vem aprcs.ntando um noticiário de guerra muito bem selecionado.

O "Trio de Ouro" capricha, cada nos números levados ao públicomais, ves E ¦ i~ ai um doí segredos de seus êxitos artísticosI

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OS QUE JULGAM NO RÁDIO J foto mostra o que s, j-, :i ;,-,.i-tenda de um estúdio de rádio todas noites. Gente ile todas as classes. Pois

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pode estudar o assunto, resoIvel-O, mo pr ximo. Creia o seu Presidente, qu ¦ também é diretor de uma emissora ser o easo digno da sua atenção-

e dá novo vigor ao cabelo ^^^ Fixa, tonifica

Bryicreem 0 mais perfeito fixador do cabelo

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INTERNACIONAL

PROGRAMAS

INFANTIS

"O Tapete Mágico", da Tia Lúcia, ouvido duas vtzes por semana por todas as crianças do Brasil, é um exemplo digno de ser imitado, porque, o que há por ai no genero, deixa seriamente a desejar, pela falta de gosto, psicologia, de exato conhemento do que seja interessar a juventude.

Ilka Labarthc, que se esconde sob o disfarce de " Tia Lúcia", aprimora-se cada vez mais na apresentação do programa instrutivo e bím feito, recebendo de toda a parte, os maiores incentivos c os mais fortes parabéns.

Agora mesmo, neste Dezembro das consoadas e dos presépios, eil-a a fazer o Natal para os meninos pobres, atendendo a milhares de crianças sem Natal, num doce exemplo de carinho e de ternura para cs que não possuam, no dia de nascimento de Jesus, a alegria colorida de um brinquedo e o amavio espiritual de um sonho realisado Seria interessante que os dentais responsaveis pelos programas infantis pudessem nos dar de festas em 1945, a certeza de modificarem, por ocmpleto a moldura gasta dos quadros infantis que apresentam sem o menor interesse para a petisada, FRANCISCO GALVAO BREQUES Marilia Batista, cujo talento sempre " Tres elogiamos, preferiu ser uma das Marias".

Fala-se que Celso Guimarães vai para a TransmissoraCésar Ladeira, é um galã de rádioteatro dos mais perfeitos da cidadeHeloisa Helena vai voltar para o rádio-teatro-

Ouvimos, mais utna vez, Pedro Vargas, e, não podemos deixar de elogiar o seu repertorio: A mesma passagem da lua, os mesmos " senderos e veredas" iluminadas, a mesma voz agradavel e lindaMas, ele de há muito não nos traz músicas do geito de " Flôr de Lis", " Farolito", e algumas outras, canções que a gente cantava o resto d ano, com saudades de sua volta¦HHaoi&K ^n«Kr .^i--^-uMMia—gMMntvjWMer

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FRIAS

NA; AMERICA

Damos aqui uma foto atestando a rumor sa passagem do Frias nos Estados Unidos, de onde, quando regressou, como novidade, deu-nos o sensacional furo da invasão da Europa¦ Se não aproveitou muito conversando, como está aqui, com os técnicos de rádio teve. entretanto, esta reportavel notável para os ouvintes <la Tupi.

ABR.

Hlerminha Cosia SAMBA Heleninha Costa veio para o meias curtas- Não se deixou pelos prognosticos da criticação do Dr. Gilberto, merecendo da critica sensata.

rádio, de envaidecer Foi estulouvores»

Fundou-se a Associação Brasileira de Rádio- Para ser Presidente foi eleito o dr. Gilberto Andrade, Procurador do Tribunal de Segurança NacionalDesejamos muita prosperidade a nova agremiação e que, em verdade, possa trazer a reunião e a fraternidade aos que mourejam no meio.

Muito, entretanto, devemos esperar da ABR- porque conta na diretoria em seu seio. elementos de rádio como César Ladeira e alguns outros de valor-

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LOCUTOR César de Alencar, é um locutor moderno. Não copiou ninguém.

Preferiu sêr êlepróprio. Daí, naturalmente, o haver vencido quando os demais locutores se deixam arrastar pela mania de imitar os chefes dos "speakers".

LTDA. CHARUTOS DISTRIBUIDORA SUERDIECK DE 43-6802 TEL. RUA^ BUENOS AIRES, 177 RIO DE JANEIRO — 71 —

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quasi toda a parte do mundo celebra-se a entrada do novo ano fazendo-se o maior ruido que é possivel. Esse costume uma sobrevivência da i ca em que os homens temiam a má sorte c os fantasmas.

5,'as colinas da Escócia um

aBafll ^T aradT MSímJ^Í^ ^Mmmmmm^^^^^^ **H -Sfl Estas Reservas são '^á^km^T ^^«g. .aaBãflBaBB*^^^^ ^ ;.; destinadas a cobrir tojaBflBB ¦kaadJB BBJ**^ ^^^aaaBBBas»**^ dos os direitos que os afaf \^^fl»B»r^ ^^.aaBSBBBB»**^ < títulos garanÍSflflT-iíííx >&'j^^^^^^»»*^ \^*»Bflfl™^^^ nossos tem

homem era cada aldeia devia meter-se num trajo feii Um couro de vaca, percorrer a povoação, dando três voltas a" redor de cada c; sa. c sendo acompanhado por um grupo de jovens armados de grossos bastões. O que ia vestido com o COUTO de vaca corria, tend i aempre a casa á ^ia direita, enquanto os que o seguiam a toda força gritavam golpeavam o couro com os seus bastões. Km seguida todos penetravam na casa. pronunciavam algumas p;«lavras em forma <!e exorcismo, aproximavam os bastoes do fogo, o que tudo constituía uma maneira de salvaguardar o lar contra as bruxas. O costume lazer disparos com armas de fogo, soltar foguetes e fogos de artificio de tecar tambores provem do mi mo desejo ou ânsia de afuçentar as bruxas, os fant:-sn

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Um médico negro que tratou de Napoleâo V *-~ iu 1798, a Bahia fora agitada por um U-vante revolucionária O Govêmo poude su o movimenta Na luta fratricida per deram a rida inumeráveis brasileiros. Um o preto Caetano insurrecto, Lopes dc V ma. escapou á sanha das autoridadi s policiais que voltada, a paz á Província, procediam á copiara dc sediciosos. Caetano era muito novo ainda. Meteu-se numa gaKra que /arpava em derrota da Europa.

Em Lisboa, passou alguns dias; em --'guida. rumou para Coimbra. Nesse célebre centra de cultura, conseguiu raatricular-se na Universidade, e ai. vários mos mais tarde diplomou-se em Medicina ! >u rante sua estadia na Lusitânia, entregouse de eorp.i e alma á clinica cirúrgica, e era tão perito nesse ramo da ciência de Pare. «pie o convidaram para íaz'-r parte do C rpo de Saúde do Exército português Passando-*e para a França, abriu uma clinica em Paris. Nas horas de lazer, de-

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19 4 4

dkava-se porfiadamente aos estudos dc seu interesse, conipulsando obras dos mestres alemães, ingleses, italianos. Notabilou-s • em pouco tempo e. como em Portugal, oíi receram-lbe o posto de cirurgião no F.sércit • Grangeando a estima de Napoleâo '"¦ o Imperador manteve-a, por algum tempo. em sua companhia, distinguindo-o com o título de "médico de confiança" de sua M ages tade. "hisTornando á Pátria, escreveu uma té.ria de Napoleâo Bonaparte", que foi publkada em 1846.

Nunca poude olvi<lar o Imperador dos Franceses, de tinem falava com uma ei;' extraordinária.

O Dr. Caetano Lopes de Moura teve unia vida longa, e os últimos anos que o Destino lhe concedeu transcorreram tristes. Não pereceu de fome, graças à magnanimidade de nosso Imperador, qui lhe outorgou uma

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modesta pensãa — 73

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Direção

de

REGULAMENTO Cada número de O MALHO constitue um torneio.

Para concorrer aos nossos concursos os leitores de O MALHO deverão remeter-nos as soluções dos problemas em laudas de papeil escritas de um lado só e acompanhadas do cupão de inscrição devidamente preenchido.

DICIONÁRIOS ADOTADOS — Simões da Fonseca (ed. antiga), Peq. Dic. de H. Lima e G. Barroso (3,a edição) e Breviario do Charadista, de Sylvio Alves.

PRAZO — As soluções serão aceitas até 45 dias após a publicação da Revista.

COLABORAÇÃO — Aceitamos cha radas novíssimas, casais, sincopadas, em versos, logogrifo em prosa e verso, enigmas pitorescos e palavras cruzadas.

CORRESPONDÊNCIA — Toda a a esta correspondência referente secção deverá ser endereçada á: JO GOS E PASSATEMPOS — Redação de O MALHO — Rua Senador Dan tas, 15 — 5.° andar — Rio de Janeiro. % CANTINHO D08 NÉOS Torneio organisado com charadas fáceis, toaseadaas no Peq. Dic. de H. Lima e G. tsarroso e Breviario do Charadista, com três prêmios para sorteio entre os solucionistas.

Não é somente o erudito que tem substancial cultura.

Formiguinha — B. Horizonte * • * — 1 Com uma palavra somente, você fará com que eu seja feliz.

A. Silva — Rio • * • — IO lírio está timbem no rol das flores bélas.

Iriam — Rio • • * — IA peleja quando é ardua causa aflição ao atléta.

Formiguinha — B. Horizonte • • • Charadas Casais — 5 á 8.

2 — A apar.rncia deste objéto é bóa, porem é vendido por alto preço.

• • * 2 — Torna se excessivo o aumento de certos produtos.

A. Silva — Rio • * * 2 — A responsabilidad? que tenho, as vezes chega causar-me ¦embaraço.

Flora Lúcia — Rio MALHO

Chô-Chô 3 — O fr-zte de uma carroça deve ser diminuto.

Formiguinha—B. Horizonte » * * Charadas Sincopadas — 9 e 10.

3 — O prisioneiro de guerrz será levado para o fundo do acampamento. 2.

Iriam — Rio • • • 3 — O indivíduo saudável maneja a espada curta com grande segurança. 2.

Flora Lúcia — Rio CHARADAS Oferecemos três prêmios para sorteio entre os decifradores da totalidade, mais de 50% e menos da. metade.

Charadas Novíssimas — 11 á 16.

— 3 Apesar da oposição inimiga, em investidas corroborantes de sua Expedicionária bravura, a Força Brasileira eleva bem alto o nome do Brasil nas trincheiras da Europa.

Liila — Rio * 0 1 — 2 O pouco muitas vezes basta como o muita que de mau se gasti.

João Fogaça — Mendes » * ficou alueihomem IO — pobre nado somente porque era dado a bebedetia.

Imára — Rio • • * — 2 Admitir Uberdadz é corresponder a namoro.

Aramis — Niterói • • * — 1 Não vejo razão para, num clima quente, um homem andar umbarcado.

Formiga Leão — Sergipe * * • 2 — 2 Lutei em certa cidade do Estado do Paraná com um respeitavel curamdeiro.

Dama Loura — Rio Logogrifo em prósa Ao J. Fellsale.

17.

merece o conceito O mestre (1 -10 3 2) que tem, pela maneira com que prepara (5 6-7 14) magistral (3 2 9-2) e "resume" (9 8 5-7-2) qualquer provérbio, num bonito enigma figurado.

Raivo Ilvas — Rio Charadas Casais — 18 á 20.

4 — Quem dorme em leito n:<icio, acorda com preguiça.

João Fogaça — Mendes • • * 3 — Confia e ajuda a pessoa. que protege os pobres e serás feliz.

Imára — Rio 74 —

2 — O feiticeiro fez um sortilegio com a borboleta noturna.

Lucy Gray — Niterói Charada em verso — 21.

Quando escuto a tua vóz — 1 Nova coragem me invade; — 2 Si estou triste me transmudo Num vôo de felicidade.

Formiga Leão — Sergipe Charadas Sincopadas — 22 á 25.

Homenagem cionarioa.

aos

hercicos

expedi-

3 — Soldado de minha terra, que na Europa distante lutas para que a liberdad-?, em todo o universo adquira a sua plenitude, eu te saúdo ! 2.

Lila — Rio * * • 3 — Correu um boi to falso a respeito da derrota dum exercito na Europa. 2 Dama Loura — Rio * • * 3 — Darei um bolo frito ao mais corajoso. 2 Lucilva — Rio • • * 3 — Aquele contrato fraudulento foi um phino do pobre negociante. 2 Imára — Rio Logogrifo em prosa — 26.

Ao Apoio: E' com escarneo (5 2-10 16) que um ateu cuve um sacerdote (17-9 3 8-9) falar em Deus (3-9-7); mas fica pamlisade (10 2-7 4 6) de pavor quando medita na outra vida.

Raivo Ilvas — Rio

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PALAVRAS CRUZADAS Dedicamos dois prêmios para sor teio entre os solucionistas.

ENIGMA DE TONIO

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Horizontais: 1 — Barril de lixo.

4 — Constelação austral. 5 — Teimar em não se mover (o animal) .

Verticais: 1 — Pequeno guindaste.

2 — Lingua da cobra. 3 — Adminis trar diligentemente.

INSCRIÇÕES Registramos com prazer mais as seguintes: Aramis — Bloco Indaiá — BLsturi Calepino — Dama Loura — Edo Beve — Irsouâ — João Fogaça — José Soalha Iglesias — Japito — KingKong — Lila — Libio Fama — Luzéle — Luzimar — Melagro — Magali Nilof — Pigmeu — Raivo Ilvau — Saneta — Sâralc — Sefton.

COLABORAÇÃO Recebemos e agradecemos os bons trabalhos que nos foram remetidos por: Raivo Uvas — Lila — Lucilva — João Fogaça — Dama Lousa. — Tonio — Libio Fama — Formiquinha Imára — Aramis — Leopos — Blo co Indaiá — King Kong — Pigmeu — José Soalha Iglesias — Formiga Leão Luzéle.

SOLUÇÕES DO TORNEIO DE SETEMBRO N.° 56 CANTINHO DOS NÉOS: 1 — NEO FTTO. 2 — POAIA. 3 — REPRESA 4 — ENTRANHA. 5 — DONA BRAN CA. 6 — PERERECA-O. 7 — SOLDA DOA. & — NO VELA-O. 9 — PAGO A. 10 — DANADO DADO. 11 — SAÇAN GA-SAGA. Solucionistas da totalidade: Mautra Bael — Paraná — Ciro Pinalis — Ronega — Aramis — Leopos — Fone Malice — Lord — Melagro — Edo Beve — Saneta — Luzimar — Luzéle Bisturi — Japibo — Libio Fama R. Loura.

Tatagiba — Dama Mais de 507.-: Navllg — Imára — Lucy Gray — Riva de Mir — Miss Tila — lilJ — Bloco indaiá — José Westin — Magali.

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PREMIADOS: Aramis solucionista da totalidade premiado com uma assinatura semestral de O. MALHO: Lila' e Magali decifradoras de mais de 50%, premiadas com obras literárárias.

CHARADAS: 1 — UFANO. 2 — RE NOME. 3 — PROLFAÇA. 4 — CLI ENTELA. 5 — ALVOROTO. 6 — PRE MOÇAu. 7 — RABECADA. 8 — GUIACANA. 9 — ***. 10 — PEANHA-O. 11 — PETISCO-A. 12 — MURA-O. 13 — INVERTIDO A. 14 — CADU CO-CACO. 15 — UFANO UNO. Logogrifo em prosa: FILANTROPIA. *** Devido ha um iapso tipografico fica anulada a charada ND 9.

Solucionistas da Totalidade: Mme. Amaral — Jotoledo — Mautra — Bael Paraná — Ciro Pinalis — Ronega Lecpoi — Fone — Malice — Imã ra — Lord — Tonio — Riva de Mir João Fogaça — Lila — Melagro — Edo Beve — Nilof — Bloco Indaiá — Luzimar — Luzéle — Calepino — Bisturí — Japibo — R. Tatagiba — Dama Loura.

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Mais de 50%: José Solha Iglesias Aco —. Aramis — Navlig — Lucy Gray — Miss Tila — Jcsé Westin -Libio Fama.

PREMIADOS: Leopos, residente nesta Capital, solucionista da totali dade, premiado com um Peq. Dic. de H. Lima e G. Barroso; Mautra, residente em Vitória, ç Lucy Gray, residente em Niterói, decifradora de mais de 50%, premiados com obras literárias.

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PAPAINA

DE

(PÍLULAS

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PODOPHYLINA) Empregadas do

pilulas,

além

dUpepsias, fig.do

sucesso

com

estômago,

ou

fígado

de tônicas, d.

dores

e prisão

de

nas

moléstias

intestinos.

Essas

são indicadas

cabeça, ventre.

moléstias São

um

nas do

podo-

rase digestivo e ragularizedor das (uneçõet gasfre-i.tesfinaei.

Enigma N.° 1 —

A VENDA

Horizontais: 1 — FÉ. 3 — IMO. 5 — I.IARON. 8 — NADA. 9 — ATÉ.

10 — RÉ.

Verticais: 1 — FIM. 2 — EMANAR. — ORATE. 6 — ODE. 7 — NA. Enigma N.° 2 —

EM

TODAS

AS

PRARMACIAS

Depositários : JOÀO

ÍA>TISTA

DA

FONSECA

Vidre 2$M0. pelo Corr.i. 3$000 Rua Acre, 38

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Rio de J.n.iro

4 — LAÇA. — MIADOR. — LHANO. 16 — OSO.

G. Barroso; e Miss Tila, residente nesta Capital, uma obra literária.

O prêmio instituído para sorteie entre os decifradores de um só enigma coube á Rosemary, residente em Belo Horizonte.

Verticais: 1 — RAMADAN. 2 — ICI. 3 — CALARA. 4 — LAIA. 5 — TRI LHOS. ? — MALHO. 8 — OROLO. 12 — ARO. 15 — OS.

O exemplar do livro ARTE E TLC NICA DO CHARADISMO, de Sylvio Alves, coube por sorteio á Ronega, residenae nesta Capital.

Horizontais: 1 — RIC. — TAMIL. 6 — RIA. 7 9 — AL. 10 — ARA. 11 13 — HOR. 14 — LO. 17 — OS.

Solucionistas da totalidade: Mautra — Mme. Amaral — Jotoledo — Aco — Paraná — Ciro Pinalis — R°nega — Aramis — Bael — Leopos — Fone — Malice — Navlig — Imára— Lord — José Gabriel Ferreira — Lucy Gray — Tonio — Riva de Mir — Miss Tila — Lila — Melagro — Edo Beve — Saneta — Nilof — Bloco Indaiá — José Solha Iglesias — Luzimar — Luzele — Calepino — Japibo — Libio Fama — ti. Tatagiba — Magali — Dama Lou«a.

Solucionistas de um só Rosemary e José Westin.

enigma:

PREMIADOS: Coube por sorteio á Luzéle, residente em Vitória, um exemplar do Peq. Dic. de H. Lima e — 75

A assinatura trimestral de O MA LHO sorteada entre os colaboradores coube á Myself, residente em Mendes, Estado do Rio. CUPAO

DE

INSCRIÇÃO

A'omt

Pseudônimo Residência Cidade F.stado

O

MALHO

VIDA E MORTE DAS PEDRAS PRECIOSAS Próspero Ano

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matéria dc origem cósmie?, c sujeita a uma deToda sagregação mais ou menos lenta, pontificam os cientistas. O Dr. Francillac, inspirado neste axioma, dedicou-se do estudo da vida dos diamantes <• chegou I conclusãn dc que: " < •diamantes, cristalisações dd carvão puro. atravessam dois pe' .j ríodos no decurso de sua vida milenaria. O primeiro — formação — é unia condensação l'in volta do núcleo central, em Pr<>~ veito du qual as moléculas esrtej riores se rareíazem. \< segundo, ./' que não dura, em geral, mais oa V. Kl séculos, <¦ que sc denomina re'¦'" \9 s irção, produz-se o mesmo nomeno no sentido im

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Que a Paz, reinante em seu lar, o que a alegria, nele mais viva nestes dias de festa, sejam uma realidade para todos, eis os votos de todos os homens de bôa vontade. Que 1945 inicie, realmente, para a humanidade, uma era de reconstrução, de vida

nova. Corações voltados para o ideal há 2.000 anos pregado pelo Cnstianismo, demo-nos as mãos numa só vontade de cooperar para um futuro que seja de paz no lar, paz na sociedade, paz sobre a terra, baseado no trabalho, na previdência e no amor.

America

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Em Chicago, outro cientista •''' mérito, o Prof. Young Soleis, atirou por meios artificiais a reSOf" ção de um diamante bruto de 2" canil.,. \ pedra foi perfurada Sté 0 núcleo central, onde o Pr' colocou uma partícula de s-^" tância radioativa. Ao cabo de aiguns meses, o envoltório de ecr'-1com que a pedra fora recobert*' assinalava vestígios de um falte-*0

^C bombardeio molecular.

COMPANHIA NACIONAL I)E SEGUROS DE VIDA FUNDADA

i i íim de tal período marca a V decrantude do diamante cai08 i f princípios vivos s0 evadirãn "° ' _ núcleo genésioo por um verdadeiro ^9 bombardeia molecular.

"Dei léculos de resorção nar**' n/" iAí são, cm relação à nossa existência. ^ 0 um pcriíxlo prolongadissimo para que o diamante vá perdendo -l l1 ^9 V valor".

EM 1893

A pcdra

perdera t «los os carateristicos do diamante e não pzrecia mais <l1"' V Ura grão de sal acinzentado.

V O Dr. Francillac publicou em V l('.i5, uma obra muito curiosa, '"" "Vida •X; r'"s < morti ~\9 titulada \/i :''

itoúros".

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O

MENINO

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POETA

(Conclusão)

ma "Coraçãozinho". Em certas composições, das mais belas, cimo "Pala vras" e "O tempo é um fio", há fine zas e profundezas que ultrapassam a cempreensão dos meninos. Mas isto é o enos. P:esia não _ para compre c-nder. Qualquer poema desse livro a criança . sentirá à sua maneira, mis t riosa ,naneira, _sqiiiva a v>ãs análi e experiências presunçosas. O ponti é que, deixando liberdade de expressão á criança existente em toO

MALHO

dos nós, Dona Henriqueta Lisboa rea llzou, sem restrições, js intuitos de nu inspiração. A fruição plenária d.

O MENINO POETA só está ao alcanc do adulto, dotado da virtude de se tornar semelhante ás criancinhas, para entrar no reino da poesia Certos livres iníantis nào p., de mutilações. Literatura facilitada, artiíiciosamente, desagrada por igual a grandes e pequenos. Outros livros primam pela naturalidade e são real — 76 —

mente o regai, das crianças. O Pia zer que o adulto encontra em tercei ros está justamente no que é falso para as crianças, porque especifica de adultos, ainda que satisfatória a sua realização literária. Nada disso acontece no caso de O MENINO POETA. O que realmente çTipolga e arrasta > leitor é a realização cabal do livro no que èle tem de especificamente infantil Claro que isso que senttrms, na introspecção ,e na saudade, escapa forçosamente aos próprios meninos.

O MENINO POETA é um grande e raro livro de poesia, de poesia pu; .simplesmente. x i i — i y 4 i

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