BOLETIM MENSAL
JANEIRO/2020
MÃE DE DEUS E NOSSA MÃE!
o ano civil com a graI niciamos ça de celebrar a Solenidade de
Santa Maria Mãe de Deus (Theotókos). A Santíssima Virgem é, desde os tempos mais antigos, honrada com o título de “Mãe de Deus”. Essa comemoração ocorre dentro das festividades de Natal, na oitava de Natal (oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano novo), para relembrarmos o nascimento de Jesus, o Filho de Deus. Fazendo a relação desse mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma, sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus. No terceiro Concílio Ecumênico, o de Éfeso, em 431, foi declarada Santa Maria a Mãe de Deus. Com o tempo, essa memória da Virgem foi transferida para comemorar a Circuncisão do Senhor, mas seria mantido o caráter mariano. Em 1931, o Papa Pio XI a restabeleceu para o dia 11 de outubro, por ocasião do XV
centenário do Concílio de Éfeso, e lhe deu uma categoria equivalente à solenidade atual. Mediante o mistério do nascimento de Deus no tempo, mediante a evocação dos acontecimentos de Belém, separamo-nos do ano "velho" e entramos no ano “novo”. A oitava do Natal une, por assim dizer, essas duas margens do tempo humano e da existência humana sobre a Terra. Mais ainda, Deus entrou no nosso tempo humano, porque o Filho consubstancial ao Pai Se fez homem, por obra do Espírito Santo, e nasceu na noite de Belém da Virgem Maria. A partir desse momento, o nosso tempo humano tornou-se o Seu tempo e, por conseguinte, tempo preenchido não apenas pela história do homem e da humanidade, mas, outrossim, pelo mistério salvífico da redenção, que precisamente passou a operar na mesma história humana. Foi graças a ela que nós hoje pronunciamos o nome de Jesus, porque foi nesse dia que tal nome foi posto ao Filho de Maria. Por ela também e juntamente com ela nós clamamos esse mesmo nome ao iniciar-se o novo ano: Deus tenha piedade de nós e nos abençoe e clamamos, pois, em nome de Jesus, que significa “Salvador”; e clamamos em união
com a Mãe, a quem a tradição da Igreja chama "onipotência suplicante” (omnipotentia supplex). Como Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento somos chamadas a sermos mulheres marianas, sendo Maria a primeira consagrada e modelo de fidelidade ao plano de Deus; a seu exemplo, exercer nossa maternidade espiritual, no espírito de oração por toda a humanidade, santificando e construindo a Igreja de Jesus Cristo e gerando a presença de Cristo no mundo. Desejamos que Maria permaneça ao nosso lado neste novo ano e durante toda a nossa vida. Entregamos aos cuidados de Maria cada homem e mulher de boa vontade que, reconhecendo nela a Mãe de Deus, sejam transmissores dessa paz que ela trouxe em seu seio virginal, o “Príncipe da Paz”, e permanece a gerá-Lo em nossos corações. Muitas graças de Jesus por meio de Maria neste novo ano de 2020 a todos os nossos amigos e colaboradores! Paz e bem! Fonte: homilia do Papa João Paulo II (1° de janeiro de 1979).
Ir. Solene, (Missão Quito)
filhas da pobreza do santíssimo sacramento