LÁ | Folha de Sala Digital

Page 1


SINOPSE

Dois homens e uma rapariga querem mais da vida. Do interior para a cidade, nos anos sessenta do século passado, da cidade para o interior, na atualidade, a sua história é uma metáfora das migrações nas últimas décadas e, também, das desigualdades territoriais neste canto da Europa.

Miguel Seabra

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

texto José Luís Peixoto

encenação e desenho de luz

Miguel Seabra

interpretação Abel Duarte, Cristiana Sousa, Eduardo Correia espaço cénico Hugo F. Matos e Miguel Seabra figurinos Hugo F. Matos música original e espaço sonoro Rui Rebelo

fotografia Susana Monteiro, Martim Plantier Varela

assist. de encenação Mariana Lencastre

assist. de cenografia e figurinos Marco Fonseca (T. Meridional), Carlos Cal e Conceição Almeida (T. Montemuro) operação técnica e montagem

André Reis (T. Meridional), José José (T. Montemuro)

limpeza Paula Capelo, Elisabete Rodrigues

produção executiva e comunicação

Abel Duarte, Sofia Macedo, Joana Miranda (T. Montemuro), Susana Monteiro, Teresa Serra Nunes, Catarina Pereira (T. Meridional) assessoria de imprensa Rita Mendes assist. de produção (estágio) Christian Fernandes e Salomé Cavadas

gestão financeira e direção de produção Paulo Duarte (T. Montemuro), Vanessa Alvarez (Teatro Meridional)

direção artística T. Montemuro

Abel Duarte, Eduardo Correia, Paulo Duarte

direção artística T. Meridional Miguel Seabra e Natália Luiza

Lisboa, 1965

Licenciado em TeatroFormação de Atores pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 1992 funda o Teatro Meridional, Companhia onde se mantém como codirector artístico e que tem marcado o seu percurso profissional como ator, encenador, desenhador de luz, formador e produtor. Está ligado a todos as distinções recebidas pelo Teatro Meridional dos quais destaca o Prémio Europa Novas Realidades Teatrais, recebido em 2010.

no Mestrado de Estudos Africanos. Tem dividido a sua atividade como encenadora, formadora, atriz, programadora e dramaturgista. Realizou 27 encenações e participou como atriz em 22 espetáculos de Teatro em várias companhias de Teatro. Programa há 30 anos, juntamente com Miguel Seabra, o Teatro Meridional. Faz rádio, cinema, dobragens e televisão.

Abel Duarte

[direção artística

Teatro do Montemuro, interpretação]

Campo Benfeito, 1973

É um dos fundadores da companhia, sendo atualmente o Diretor de Cena, Sonoplasta e ator desde 1998 em todas as produções levadas a cena pela estrutura. Como ator teve o privilégio de participar no espectáculo da Companhia belga LAIKA “Peep&Eat” e “Hotel Tomilho”. É também da sua responsabilidade a montagem de exposições e desenvolvimento de ateliers do Festival Altitudes. Em 2022, encena o espetáculo “As memórias do meu pai na rádio do meu tio” e em 2024 o espetáculo para famílias "Game Over".

Eduardo Correia

[direção artística

Teatro do Montemuro, interpretação]

Campo Benfeito, 1968

Desde 2004 é diretor artístico do Teatro do Montemuro, do qual é fundador. Nas inúmeras áreas que desenvolve, destaca-se o trabalho como ator. A experiência adquirida advém de um contínuo trabalho prático, em paralelo com inúmeras formações que tem vindo a participar enquanto formando e enquanto formador. Para além disso tem trabalhado como encenador, e sobretudo na área da dramaturgia, adaptando histórias para diferentes contextos, desde 2005.

Paulo Duarte [direção artística

Teatro do Montemuro, gestão financeira]

Campo Benfeito, 1972

É um dos fundadores do Teatro do Montemuro. Exerce na companhia as funções de Diretor Financeiro, Técnico e é um dos seus atores permanentes. Desde 1996 que é o responsável pelo design de luz dos projetos da companhia. Como ator, desde 1995 que tem participado em quase todas as produções. Faz parte da organização do Festival Altitudes desde 1998. Um dos seus principais objetivos profissionais é ainda o trabalho com a comunidade e a encenação, tendo encenado múltiplos projectos desde 2006.

José Luís Peixoto [texto original]

Galveias,1974

É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas num vasto número de idiomas, e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prémio Literário José Saramago ao romance Nenhum Olhar. Em 2007, Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. Com Livro, venceu o prémio Libro d’Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu de 2012. Em 2016, com Galveias, recebeu no Brasil o Prémio Oceanos para a melhor obra literária em língua portuguesa do ano anterior. As suas obras foram ainda finalistas de prémios internacionais como o Femina (França), o Impac Dublin (Irlanda) ou o Portugal Telecom (Brasil), entre outros. Na poesia, Gaveta de Papéis recebeu o Prémio Daniel Faria e A Criança em Ruínas recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2012, publicou Dentro do Segredo – Uma viagem na Coreia do Norte, a sua primeira incursão na literatura de viagens. Os seus romances estão traduzidos em mais de trinta idiomas.

Hugo F. Matos [espaço cénico e figurinos]

Lisboa, 1981

Licenciou-se em Arquitetura no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa em 2004 e após especializar-se em Cenografia na Faculdade de Belas-Artes da Universidad Complutense de Madrid em 2009, integra diferentes equipas artísticas como freelancer, tendo sido responsável pela conceção e realização de cenografia, figurinos e adereços para produções de Teatro, Dança e Performance. Ao longo do percurso destacam-se as criações produzidas com o Teatro do Azeiteassociação, os bailados de repertório resultantes da colaboração regular com a Quorum Balletcompanhia de dança contemporânea, e a atual colaboração com o Teatro Meridional. É mestre em Ensino das Artes-Visuais pela Universidade de Lisboa (2017). É docente da especialização em Realização Plástica do Espetáculo do Curso de Produção Artística da Escola Artística António Arroio, desde 2011 e leciona no ramo de Design de Cena da Licenciatura em Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema.

Rui Rebelo [música original e espaço sonoro]

Moçambique, 1973

Com formação clássica e de jazz, tem desenvolvido a sua atividade profissional como multi-instrumentista, compositor, professor, encenador e ator; trabalhando maioritariamente para teatro, dança e audiovisuais.

Foi elemento fundador da Companhia do Chapitô e do Teatro dos Aloés.

Com mais de uma centena de atuações em palcos internacionais, tem feito da internacionalização um dos principais meios de divulgação dos seus espectáculos, tendo atuado e dado formação em mais de 20 países espalhados pelo mundo.

Cristiana Sousa [interpretação]

Baião, 2001

Iniciou os estudos artísticos no curso profissional de Teatro na Academia Contemporânea do Espetáculo de Famalicão, concluindo-o em 2019. Ingressou na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, Porto, na Licenciatura em Teatro, a qual terminou no ano de 2022. Enquanto profissional, participou no projeto “A VÓS” com a companhia Cão Danado, realizado através das plataformas digitais. Integrou a peça “ESTULTOS”, encenada por Nádia Matos e Joana Sarabando e também integrou a peça “Mulheres-Tráfico” encenada por Manuel Tur. Fez assistência de encenação ao espetáculo “Tivessem Ficado em Casa Seus Anormais”, encenado por Paulo Calatré, com a companhia Coletivo Sabotagem, onde também desempenhou o papel de assistência de produção. Em cinema fez figuração na série da RTP "Capitães Do Açúcar", foi protagonista da curta-metragem “SEMENTE” realizada por Edgar Fernandes”

Mariana Lencastre [assistência de encenação]

Lisboa, 1992

Começou o seu percurso na EDSAE em 2010, onde completou três anos de formação no curso de teatro musical. Em 2014, mudou-se para Londres para estudar Dança e Teatro Musical na London Studio Centre onde completou a sua licenciatura e fez parte de peças como “Di, Viv and Rose” e musicais como “Throughly modern Millie” e “Bad Girls”, tendo protagonizado este último no papel de Nikki Wade. Em 2019 regressou a Portugal para se estrear no musical “Chicago”, no Teatro da Trindade, encenado por Diogo Infante. Outros créditos incluem peças como “Macbeth” e “Twelfth Night”, com o Teatro Soco. Mais recentemente fez parte do elenco do musical “A Madrugada que eu esperava”, produzido pela Força de Produção. Actualmente, faz parte do elenco de “O Sonho de uma noite de verão” encenado por Diogo Infante. “Lá” é a sua primeira vez a fazer assistência de encenação.

Marco Fonseca [direção de cena, assistência de cenografia e montagem]

Lamego, 1983

Licenciado em Design de Cena pela ESTC (2005). Trabalhou como assistente de Cenografia em projetos de José Carlos Barros e Teresa Mota. Colaborou com a Companhia Lama (Faro), Companhia da Outra (Brasil), Comédias do Minho, Teatro dos Aloés, na construção de cenografia e figurinos. Trabalha regularmente com os criadores Fernando Mota, Carla Galvão e Rui Rebelo, na realização plástica de espetáculos. Com Carla Galvão e Crista Alfaiate concebeu a máquina de cena do espetáculo para a infância “Lá Fora” (2014), e com Flávia Gusmão do projeto “Pantuta” (2016). Colabora regularmente com as cenógrafas Marta Carreiras e Teresa Varela, na criação e execução de cenários. Integra desde 2006 a equipa do Teatro Meridional, onde é responsável pela gestão dos espaços de apresentação, bem como pela coordenação dos processos de construção e montagem das atividades da Companhia, assumindo a direção de cena e palco dos espetáculos.

Carlos Cal [assistência de cenografia e figurinos]

Campo Benfeito, 1962

Carlos Cal estudou em Leiria e Braga num colégio de Franciscanos, tendo terminado o terceiro ano do curso geral dos liceus, no Liceu Sá de Miranda em Braga no ano de 1977. Entre 1980 e 1984 trabalhou como carpinteiro/marceneiro na região metropolitana de Lisboa, regressando nesse ano a Campo Benfeito para trabalhar na agricultura. De 1990 a 1994 trabalhou no Institute of Cultural Affaires (ICA), que tinha por principal objetivo o desenvolvimento integrado das pessoas da região, tendo participado em vários programas dessa associação, nomeadamente na organização dos festivais de teatro do Montemuro e frequentou em Bruxelas entre AbriL e Setembro de 1993 um curso de Agentes de Desenvolvimento. Desde 1990 ligado ao Teatro do Montemuro, foi a partir de 1997 que a tempo inteiro colabora com o mesmo, ligado à construção e montagem de cenários mas fazendo também operação de som e/ou luz, assim como interpretação participando em mais de 40 projetos.

Conceição Alemeida [assistência de cenografia e figurinos]

Castro Daire, 1972

Maria da Conceição Almeida terminou o 12.º ano de escolaridade. Entre 1988 e 89 trabalhou na Bélgica a cuidar de crianças. Nos treze anos seguintes trabalhou sempre na área da hotelaria. Trabalha no Teatro do Montemuro desde 2009. É responsável pela organização do Espaço Montemuro, participa em todas as produções da companhia como assistente de construção de cenários e adereços, participa na confecção dos figurinos e desempenha o papel de Frente de Casa na programação que a sala acolhe. Participa, atualmente, em palco, no projeto artístico “À Espera que volte”.

André Reis [montagem e operação técnica]

Rio de Janeiro, 1975

Coordenador e Técnico de espetáculos com mais de 25 anos de experiência na área, nas funções de Operador de Luz e Vídeo, Operador de som, Diretor de Cena, Maquinista e Contrarregra em mais 50 grandes produções artísticas e culturais, entre espetáculos teatrais, musicais, ballets, exposições e concertos no Brasil e em Portugal. Em 2015, concluiu uma Especialização Profissional em Edição e Motion Design no Porto (PT). Desde 2016, trabalha também como Editor de Vídeo e Operador de vídeo, projeções e video mapping para espetáculos, concertos, videoclipes e palestras. Desde 2020, que se tem vindo a especializar em iluminação cénica e desenho de luz.

Lamego, 1996

José Carlos Pereira José estudou no Agrupamento de Escolas de Resende, obtendo o ensino secundário e certificação profissional no curso Profissional de Técnico de Receção, conferindo assim o nível 4 de qualificação. Quanto a nível profissional começou por ingressar no centro escolar de São Cipriano nos anos de 2015 e 2016, onde fazia tarefas de secretariado e receção. Depois teve uma experiência a part time como empregado de mesa no restaurante "O Solar", em Sabrosa durante os meses de Verão. Em 2020 ingressou na Serração Moderna de Lamelas como operador fabril onde esteve até 2022. Mais recentemente foi empregado de Escritório em Geral na Associação da Banda Musical de São Cipriano "A Nova". Vive atualmente na freguesia de São Cipriano, concelho de Resende e desempenha as funções de Técnico no Teatro do Montemuro.

Joana Miranda [comunicação e assistência de produção]

Viseu, 1993

Joana Miranda nasceu em 1993 em Viseu. Licenciada em Artes Plásticas e Multimédia na Escola Superior de Educação de Viseu. Já trabalhou como lojista, administrativa, técnica multimédia, designer, social media, vídeomaker, gerente de media e comunicação. Quanto ao design e à multimédia, fez estágio profissional na Clínica Médica Dentária de Viseu, onde posteriormente continuou a criar conteúdos para a empresa em equipa. Na área da comunicação e redes sociais, desempenhou também função na Clínica Médica Dentária de Viseu durante dois anos; fez alguns trabalhos como freelancer incluindo no Festival Outono Quente em Viseu, em duas edições consecutivas e mais recentemente, tirou formação em Marketing e Gestão de Redes Sociais durante quatro meses pelo IEFP. Atualmente, trabalha na comunicação e assistência de produção no Teatro Regional da Serra do Montemuro.

Sofia Macedo [produção executiva]

Vila Real, 1998

Sofia Macedo licenciou-se em Animação Cultural e Comunitária na UTAD. Especializou-se em Produção de Eventos e Espetáculos na World Academy em Lisboa, regressou à UTAD e tirou uma segunda licenciatura em Animação Sociocultural e uma Pós-Graduação em Ciências da Cultura. Realizou um Estágio Curricular no Departamento de Turismo e Animação na Câmara Municipal de Vila Real e um Estágio PEPAL na Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Loures em Lisboa. No final de 2020 fundou a Cultura a Dentro - Associação Juvenil e Cultural com o principal objetivo de promover artistas regionais e emergentes, como presidente e diretora de produção da associação. Trabalhou como Agente Musical e Produtora de Eventos na Agência DoubleRep. Desde janeiro de 2023 desempenha funções de Produtora no Teatro do Montemuro. Em 2024 fez parte da equipa de Produção do Teatro Municipal de Vila Real na 1ª Feira do Livro da cidade "Entre Quem Lê".

Teresa Serra Nunes [assistência de produção e design]

Portalegre, 1997

Licenciou-se em Ciência Política na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e tem pós-graduação em Migrações. Devido ao seu envolvimento no setor cultural, acabou por se voltar para a área da produção. Fez o curso profissional de Produção de Eventos e Espetáculos na World Academy. É atualmente assistente de produção no Teatro Meridional e assistente administrativa nas Associações Culturais Alkantara e casaBranca, tendo colaborado ainda com o Teatro do Vestido e com a Real Pelágio. Paralelamente, trabalha desde 2020 como manager e agente de artistas. Trabalha também como designer gráfica e ilustradora.

Catarina Pereira [assistência de produção e comunicação]

Lisboa, 2001

Licenciada em Mediação Artística e Cultural, pela Escola Superior de Educação de Lisboa. Colabora com o Teatro Meridional, desde 2019, em diversos projetos, nomeadamente o projeto “Férias Criativas”. No decorrer do tempo, já trabalhou com diferentes públicos, incluindo crianças, jovens e séniores, em diferentes realidades sociais e culturais, pondo em prática a sua paixão e a verdadeira transformação pessoal através de ações e projetos culturais. Atualmente, assume funções entre a assistência de produção e a bilheteira do Teatro Meridional.

Rita Mendes [comunicação e assessoria de imprensa]

Lisboa, 1992

Rita Mendes é licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Posteriormente fez o curso de formação de atores na Act - Escola de Actores. Em 2023 terminou a pós-graduação em Marionetas e Formas Animadas na Escola Superior de Educação de Lisboa. Estagiou no Teatro Meriodinal, como atriz, no espetáculo “Dona Rosinha, a solteira ou a linguagem das flores”. Desde então colabora regularmente com o Teatro Meridional como assistente de produção e bilheteira. Atualmente trabalha também como formadora de Artes Plásticas e Teatro para crianças e, paralelamente, como ilustradora.

Christian Fernandes [assistência de produção - estágio]

São Tomé e Príncipe, 2008

Estudante na Escola Básica e Secundária Passos Manuel, onde explora novas áreas do conhecimento e desenvolve novas habilidades artísticas. Atualmente, faz parte da equipa do Teatro Meridional, uma companhia que tem sido uma grande fonte de inspiração, permitindo-lhe expandir as suas competências em interpretação, expressão corporal e compreensão do palco.

Salomé Cavadas [assistência de produção - estágio]

Lisboa, 2007

Cresceu em Santarém, onde estudou e teve os primeiros contacto com o mundo do teatro. Atualmente, regressada às raízes, estuda na Academia Profissional Nicolau Breyner, em Lisboa, e está a estagiar no Teatro Meridional.

Susana Monteiro [fotografia, produção executiva e comunicação]

Porto, 1981

Licenciada em Design Multimédia pelo ISMT, pós-graduada em Comunicação Estratégica Digital pelo ISCSP e mestranda em Comunicação Social pelo ISCSP, especializou-se em Câmara e Iluminação para Cinema e Televisão na Restart (Lisboa) e Técnica de Rádio na RUC – Rádio Universitária de Coimbra. Trabalhou como projecionista de cinema, foi assistente de imagem em duas curtas-metragens, assim como assistente de Fotografia no Estúdio Yves Callewaert. Na área editorial, foi coordenadora de distribuição livreira na Livraria Les Enfants Terribles e efetua trabalhos pontuais em design e paginação. Com as suas competências ao nível da captação e edição de imagem, inicia a sua colaboração com a equipa do Teatro Meridional, em 2013 e a partir de 2015, essa colaboração assume um caráter mais regular e assenta fundamentalmente na área de comunicação, assessoria de imprensa e produção executiva.

Vanessa Alvarez [gestão financeira e direção de produção]

Paris, 1978

Começou a sua aventura no mundo do espectáculo em 1996 nas bilheteiras do Monumental. Mais tarde, trabalhou com o produtor Paulo Branco como responsável de pós-produção e como parte da equipa do Estoril Film Festival em 2007/2008. Foi Diretora de Produção do 8 1⁄2Festa do Cinema Italiano em 2010/2011 e em 2013, aceita o convite para dirigir a produção do Doclisboa. Em setembro de 2015 faz a Direção de Produção da Festa do Cinema Chinês organizada pelo ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual e pela produtora Midas Filmes. Em 2020, em plena pandemia, imagina um projeto que pretende levar cinema Português de Norte a Sul do país e assim nasce o “Cine-Caravana – O Cinema Faz-se à Estrada!” em 2021. O projeto foi distinguido com o Prémio Sophia de Arte e Técnica 2022. É Diretora de Produção do Teatro Meridional desde Maio de 2024.

TEATRO DO MONTEMURO - O PROJETO

O projeto do Teatro do Montemuro nasceu em 1990, trabalhando de uma forma experimental até 1995. A ausência de atividades culturais na zona da Serra de Montemuro, a falta de oportunidades e o inconformismo, levaram um grupo de jovens a investir a sua energia num projeto que lhes permitiria fixarem-se na sua terra. Hoje a pequena aldeia de Campo Benfeito, tornou-se um local de referência na criação, difusão e programação artística em Portugal.

O Teatro do Montemuro assume-se por inerência e vocação uma companhia itinerante, que investe os seus recursos humanos e técnicos na circulação das suas produções artísticas, levando a mesma reconhecida qualidade artística a Teatros Nacionais, municipais, escolas ou espaços comunitários de aldeias beirãs. A companhia continua a apostar na criação de textos originais contemporâneos, inspirando-se nas mais variadas situações da atualidade. Tudo acontece através de processos criativos coletivos, que unem autores, encenadores, cenógrafos, atores, músicos e é desta forma democrática que nascem os espetáculos.

A identidade artística foi sendo criada com base nas vivências rurais dos seus componentes, mas principalmente através da partilha humana que desde o início a companhia promove. As criações resultam do trabalho coletivo dos diversos colaboradores, que se deslocam dos mais variados pontos do mundo, com predominância para criadores oriundos do Reino Unido e de Portugal.

A estrutura do Teatro do Montemuro assenta numa sólida equipa permanente de oito pessoas, que investe as suas energias e os seus recursos na criação, apresentação e divulgação de novas obras artísticas. A aposta é e continuará a ser sempre nas pessoas, através das histórias que contamos, e da relação de proximidade e afeto que mantemos com os nossos pares e com o público.

TEATRO MERIDIONAL - O PROJETO

Com uma atividade ininterrupta desde 1992, o Teatro Meridional continua a privilegiar como principais objetivos da sua atividade, a construção de espetáculos que surjam da urgência de comunicar, que tenham no trabalho do ator o seu principal protagonista e façam da edificação de cada projeto artístico um desafio de pesquisa e experimentação nas suas diferentes áreas expressivas.

Desde 2005 sediado em Marvila, o TM acolhe no seu Espaço de trabalho, outras Companhias e Projetos pontuais de várias áreas artísticas, direcionados para diferentes públicos, assim como continua a associar-se a parceiros nas áreas de intervenção social e artística, num percurso de exigência e rigor. No Polo II, também em Marvila, desenvolve desde 2021 um projeto intenso de formação e ainda de acolhimento de ensaios de outras estruturas.

As principais linhas de atuação artística do Teatro Meridional prendem-se com a encenação de textos originais (desafiando autores a arriscarem a escrita dramatúrgica), a criação de novas dramaturgias baseadas em adaptações de textos não teatrais (com relevo para a literatura da Lusofonia), encenação e adaptação de grandes textos da dramaturgia mundial e criação de espetáculos onde a palavra não é a principal forma de comunicação cénica.

Tendo realizado até à data 75 produções num continuado trabalho de itinerância, já apresentou internacionalmente os seus trabalhos em 21 países dos 5 continentes Angola, Argentina, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, EUA, França, Itália, Jordânia, Marrocos, México, Paraguai, Roménia, Rússia, São Tomé e Príncipe, Timor e Uruguai - para além de concretizar uma itinerância anual por Portugal Continental e Ilhas.

Desde a sua formação, os espetáculos do Teatro Meridional foram distinguidos 37 vezes a nível nacional e 10 a nível internacional, relevando-se: Prémio Acarte/Madalena Perdigão (Fundação Calouste Gulbenkian, Portugal), 1992; Prémio Nacional da Crítica (Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, Portugal), 1994, 2004 e 2014; Prémio do Público (FIT Almada, Portugal) 1994, 1999, 2012 e 2014; Globo de Ouro para o melhor espetáculo de Teatro (SIC/Revista Caras, Portugal), 2004; Prémio Homenagem (FESTLIP, Rio de Janeiro, Brasil), 2018; Prémio Europa Novas Realidades Teatrais, 2010.

duração: 67 min classificação etária: M/12

data de estreia: 6 MARÇO 2025 local: TEATRO MERIDIONAL

temporada TM: 6 a 30 MAR 2025 temporada T. Montemuro: 5 ABR 2025

sessão LGP: 16 MAR

sessão extra: 17 MAR conversa com o público: 23 MAR

Próxima criação: Contos em Viagem - Índia enc. Natália Luiza 2 OUT a 9 NOV 2025

TERESA SERRA NUNES

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
LÁ | Folha de Sala Digital by tmeridional - Issuu