Neurociência aplicada à arquitetura corporativa e sua influência na produtividade

UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

TIEMI BIANCA NISHIDA TOMIZAWA

A NEUROCIÊNCIA APLICADA À ARQUITETURA CORPORATIVA E SUA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE

São Caetano do Sul 2023

TIEMI BIANCA NISHIDA TOMIZAWA

A NEUROCIÊNCIA APLICADA À ARQUITETURA CORPORATIVA E SUA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE

Trabalho Final de Graduação realizado com orientação

da

professora

Dr.ª

Camila

Mayumi Nakata, apresentado à Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS, como requisito para obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

São Caetano do Sul 2023

SUMÁRIO

Resumo

4

1. 42.

63.

7

7

4. Biofilia

7

5. Método

8

6. Estudos de caso

8

6.1 Escritório Veolia

10

6.2 Escritório Mr. Green

11

6.3 Escritório IT’S Biofilia

11

6.4 Escritório Todos Arquitetura

12

6.5 Escritório Complexo ARK Hammersmith

155

7. Área para proposta do projeto

177

8. Levantamento de dados ambientais

222

9. Levantamento da opinião dos usuários 2727 10. Definição de diretrizes de projeto

28

Referências Bibliográficas

29

Sites consultados

30

Apêndice

32

4

Resumo O design biofílico é uma das subáreas da neuroarquitetura, possuindo padrões que reforçam a ideia de pertencimento e conexão com a natureza. Dessa forma, desenvolve espaços mais verdes, saudáveis e produtivos. A presença da biofilia em espaços de convívio, principalmente no trabalho, proporciona aumento da criatividade da produtividade, melhorando o estado de saúde físico e mental, reduzindo o estresse, e aumentando o poder de concentração e nível de criatividade. Desta forma, o objetivo deste trabalho é propor um projeto de escritório de arquitetura com a aplicação dos princípios da neurociência, especificamente os conceitos da biofilia, para que haja uma melhor relação entre o ser humano e o ambiente construído, trazendo sensações e experiências positivas, gerando assim um ambiente confortável e mais produtivo. O trabalho foi desenvolvido com base em uma revisão bibliográfica, análise de estudos de caso de aplicação de conceitos de biofilia e neurociência em projetos de interiores, análise da área para proposta do projeto, levantamento de alguns dados ambientais, entrevista de opinião com usuários, definição de critérios para a etapa de projeto e desenvolvimento do projeto.

Palavras-chave: biofilia, ambiente corporativo, neurociência, arquitetura, projeto de interiores.

1. Introdução As pessoas estabelecem conexão com o ambiente ao seu redor por meio dos sentidos, utilizando informações coletadas de experiências anteriores para criar percepções abstratas do mundo que as cerca. Nossos processos cognitivos representam a maneira pela qual nossos órgãos sensoriais interpretam o ambiente com base nos estímulos percebidos (MACHADO, 2003).

Os ambientes urbanos muitas vezes nos sobrecarregam com estímulos excessivos, prejudicando nossa atenção e resultando em fadiga mental. Em contrapartida, a natureza desempenha um papel restaurador ao minimizar a estimulação ao mínimo, reduzindo a sobrecarga de concentração e ampliando a agudeza mental.

O ambiente se manifesta como um influente catalisador capaz de moldar as atitudes e a cognição humana. Portanto, a concepção de ambientes saudáveis, inspiradores e positivos torna-se essencial na promoção do desenvolvimento ideal do cérebro e na preservação da saúde mental dos indivíduos.

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A Neurociência é a compreensão de como o fluxo de sinais elétricos, através dos circuitos neurais, dá origem à forma como percebemos, agimos, pensamos e lembramos. O conceito de neurociência não pertence apenas ao campo da medicina, mas abrange inúmeras áreas como o marketing, design, arquitetura, entre outros. Na área da arquitetura, a neurociência traz um novo jeito de pensar os projetos, passando a utilizar possíveis estimulantes a certos campos cognitivos (percepção, memória, atenção, pensamento, linguagem e aprendizagem) do usuário que são impactadas pelo espaço, voluntariamente ou involuntariamente (CRÍZEL, 2022).

A origem do termo neuroarquitetura, criado no ano de 2003, está ligada com a criação da ANFA (Academy of Neuroscience for Architecture), que se trata de uma organização sem fins lucrativos, cuja missão é promover e avançar o conhecimento que liga a pesquisa em neurociência a uma compreensão crescente das respostas humanas ao ambiente construído. Os principais nomes ligados ao surgimento da neuroarquitetura são John Paul Eberhard, arquiteto, acadêmico americano e primeiro presidente da organização, e Fred Gage, neurocientista com Ph. D pela Universidade Johns Hopkins, que atua como professor do laboratório de genética no The Salk Institute desde 1995 (ROCA BRASIL CERÁMICA, 2022).

A neuroarquitetura tem como objetivo criar espaços além de buscar compreender a leitura espacial feita pelos usuários para que possam ter boas experiências em relação ao ambiente projetado, despertando gatilhos mentais que estão vinculados a sensações, emoções e comportamentos. Ganhou fama nos últimos anos pela migração em massa de pessoas para o trabalho remoto por conta da pandemia da Covid-19. A quarentena imposta pela OMS (Organização Mundial da Saúde) trouxe males para as pessoas, sendo que as mesmas começaram a apresentar sintomas de ansiedade, depressão, redução do desempenho no trabalho e estudos causados pela pouca luz natural, escassez de conforto acústico e baixa qualidade de vista da janela.

A neuroarquitetura é dividida em subáreas sendo elas: 1. wayfinding, que é um conjunto de pistas que permitem às pessoas se movimentarem dentro de um espaço de maneira segura e informada; 2. memória, que se trata da capacidade mental de codificar, armazenar e recuperar informações em nosso cérebro; 3. iluminação, é a aplicação de luz em um espaço para torná-lo visível para assim criar uma determinada atmosfera; 4. percepção, que é a habilidade de captar, processar e entender a informação que os nossos sentidos recebem; e 5. biofilia, que está baseado na conexão das pessoas com a natureza em prol do bem-estar (RODRIGUES, 2022).

Considerando a complexidade e desafio que esse novo termo traz para os projetos arquitetônicos e de interiores, este trabalho tem por objetivo fazer a aplicação dos conceitos, em específico, da biofilia no projeto de interiores de um ambiente corporativo. Sendo assim, foi escolhido como objeto de intervenção um escritório de administração para desenvolvimento de um projeto de interiores adaptando-o a um escritório de arquitetura. Verifica-se a importância da aplicação dos princípios da

6

neurociência, pois isso influencia na produtividade e conforto dos seus usuários, tornando o ambiente mais acolhedor e funcional.

O design biofílico aborda a reconexão das pessoas com a natureza, desenvolvendo assim espaços mais verdes, saudáveis e produtivos. A presença da biofilia em espaços de convívio, principalmente no trabalho, proporciona aumento de 15% da criatividade e de 6% da produtividade, melhora do estado de saúde físico e mental, redução do estresse, maior senso de equipe e aumento do poder de concentração e do nível de criatividade (ROBERTSON COOPER, 2015).

Dentro do conhecimento da Neurociência aplicada à arquitetura, existem vários tipos de abordagens e conceitos. Desta forma, este trabalho selecionou os conceitos da biofilia para serem aplicados no projeto de interiores, visando trazer o contato do ser humano com a natureza reduzindo, assim, níveis de estresse, ansiedade e depressão, sintomas esses que foram agravados no pós-pandemia.

2. Justificativa A produtividade nos escritórios está relacionada diretamente com a quantidade e a qualidade das tarefas executadas, sendo uma expressão da eficiência de qualquer empresa. Com uma produtividade baixa os resultados serão insatisfatórios, afinal sem uma boa produção não existe retorno positivo. A baixa produtividade é um dos maiores problemas a serem enfrentados na gestão jurídica. A fim de otimizar os ganhos dos escritórios, é necessário investir em técnicas que tenham impacto direto na produção da equipe. Diversos fatores podem afetar, direta ou indiretamente, sua produtividade.

Visando o aumento da produtividade, os gestores de empresas, hoje em dia, estão investindo no bem-estar dos funcionários com o uso de mudanças espaciais.

Cerca de 2.000 profissionais com diferentes cargos, apenas 12% deles são totalmente produtivos no trabalho. Muitas vezes essa falta de produtividade é causada por estresse, excesso de trabalho, interrupções constantes e pelas sensações que o próprio ambiente traz (Pequena Empresas & Grandes Negócios, 2022).

Sendo assim este trabalho propõe um projeto de um escritório que, utilizando os princípios da neurociência aplicada ao ambiente construído, em especifico os da biofilia, torna seus espaços mais funcionais, acolhedores e humanos, visando não apenas a produtividade, mas também o bem-estar dos funcionários.

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3. Objetivo O presente trabalho tem como objetivo propor um projeto de escritório de arquitetura com a aplicação dos princípios da neurociência, especificamente os conceitos da biofilia, em seus ambientes de trabalho, para que haja uma melhor relação entre o ser humano e o ambiente construído, trazendo sensações e experiências positivas com a utilização mais adequada da iluminação, materiais, cores, texturas, dentre outros, gerando assim um ambiente confortável e mais produtivo.

4. Biofilia O termo biofilia é composto pelas palavras em grego bio, que significa vida e filia, que significa amor, ou seja, é o desejo que o ser humano tem de se conectar com a natureza. A biofilia começou a ser estudada em 1960, porém se popularizou a partir dos anos 1980 quando o biólogo Edward Osborne Wilson (TEGRA INCORPORADORA, 2022).

Foi a partir deste conceito que surgiu, em junção com a arquitetura e o design, o design biofílico. Segundo Paiva (2020), temos uma “necessidade primitiva” do contato com a natureza que nós mesmos não podemos perceber. Quando passamos longos períodos de tempo sem contato com a natureza isso pode afetar o funcionamento de alguns sistemas do nosso organismo que nem nós mesmos não percebemos, como por exemplo aumento dos níveis de estresse.

O design biofílico é uma abordagem que abraça diversas estratégias para integrar elementos da natureza no contexto arquitetônico. Essas estratégias podem assumir várias formas, incluindo, mas não se limitando a fornecer vistas da natureza, incorporar vegetação em espaços internos e externos, utilizar recursos hídricos, integrar sons naturais e empregar materiais provenientes da natureza na construção do ambiente, fazendo com que não apenas observar a natureza mas sim percebê-la utilizando nossos sentidos.

Na arquitetura, a inclusão de jardins, pátios e terraços bem projetados proporciona a proximidade do ar fresco e da natureza, criando ao mesmo tempo espaços de alta qualidade para relaxamento e escapismo de ambientes estressantes.

Muza (2021) realizou uma revisão bibliográfica de trabalhos científicos sobre design biofílico e analisou os padrões e critérios biofílicos encontrados recorrentemente nos trabalhos, como: luz natural (composição e seus efeitos), fluxo de ventilação natural, água no ambiente, presença de animais, paisagem natural (enquadramento da paisagem), ecossistemas presentes (construção de microclimas), variações da natureza (tempo, estações), imagens do natural (ou seu uso por contraste), materiais naturais, conexão não visual com a natureza (audição, olfato, tato), cores naturais, formas naturais, evocação da natureza, possibilidade de experiências extravisuais, geometria natural (formas análogas), biomímese (formas

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análogas), prospecção e refúgio, organização complexa, integração de partes com o todo, espaços de transição, mobilidade e espaços para explorar, e vínculo cultural e ecológico.

A luz natural sempre teve um impacto significante no corpo humano influenciando na regulação do ciclo orgânico, na produção de hormônios e nas funções dos neurotransmissores, interferindo assim diretamente no bem-estar, no humor, nos padrões de sono e principalmente no desempenho cognitivo.

Para exemplificar aplicações do design biofílico e neurociência na arquitetura, foram selecionados alguns exemplos de projetos de ambientes corporativos, os quais são apresentado no em 6. Estudos de caso.

5. Método Para o desenvolvimento deste trabalho, foram adotadas as seguintes etapas: 1. Revisão bibliográfica sobre neurociência aplicada à arquitetura e design biofílico; 2. Estudos de caso de projetos de interiores com aplicação de conceitos de biofilia e neurociência de forma a subsidiar inspirações para o desenvolvimento do projeto 3. Análise da área para proposta do projeto: ambiente real de escritório realizando-se o levantamento das medidas, da planta, fotos dos ambientes; 4. Levantamento de dados ambientais: medição de dados de temperatura do ar, umidade relativa, níveis de ruído e iluminância para verificação de atendimento de critérios estabelecidos por normas de conforto ambiental; 5. Entrevista de opinião com usuários: aplicação de questionário (ver Apêndice) para os funcionários que trabalham no escritório selecionado para a proposta de projeto utilizando, utilizando como referência o questionário de Muza (2021); 6. Definição de critérios para a etapa de projeto: com base nas etapas anteriores, foram definidas as diretrizes de projeto; 7. Desenvolvimento do projeto de um escritório de arquitetura com base nos conceitos do design biofílico e diretrizes de projeto.

6. Estudos de caso Este capítulo apresenta os estudos de caso utilizados para observação dos principais pontos relevantes da neurociência aplicada à arquitetura, ou, mais recentemente, chamada de neuroarquitetura. Neles foram observadas questões como a iluminação natural e artificial, escolha de cores e texturas, uso da vegetação em diferentes espaços, e seus ambientes.

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6.1 Escritório Veolia O escritório Veolia projetado pela Pitá Arquitetura possui 1.070 m² de área e a sua construção foi concluída em 2020. O escritório trouxe o conceito inspirado nos ciclos da natureza para uma empresa de gestão de recursos naturais. O ambiente contém elementos que mostram a sustentabilidade da marca como piso com 90% de sua composição de material reciclado, o uso de materiais naturais como a madeira e o vidro além da presença da vegetação para assim deixar o ambiente confortável e convidativo (Figuras 1 e 2).

Figura 1: recepção

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/953167/escritorio-veolia-pita-arquitetura

Figura 2: café

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/953167/escritorio-veolia-pita-arquitetura

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6.2 Escritório Mr. Green Outro exemplo da aplicação da biofilia no ambiente corporativo é o escritório Mr. Green, localizado no Vietnã e projetado pelo escritório MIA Design Studio, contém 260 m² de área e sua construção concluída em 2021. O projeto é um edifício corporativo com vários pavimentos. Quando as portas do elevador se abrem, o lobby leva a recepção, um local com um pequeno jardim de bonsai e assentos como uma mensagem mostrando a hospitalidade do anfitrião (Figuras 3 e 4). Os principais materiais utilizados no projeto indicam a autenticidade do espaço, a partir do tom fresco do metal criando um contraste, complementando a elegância e a compacidade.

Posteriormente, as árvores tornaram-se elementos coloridos em uma imagem neutra e suave. Sendo conduzido para o interior, o usuário perderá completamente a sensação de aperto e abafamento da cidade ao se aproximar do "jardim do lounge ao ar livre". A recepção e a sala de reuniões estão dispostos no jardim (Figura 5). O local não só tem a função de criar privacidade com os demais ao redor, mas também regular a luz, reduzir os reflexos da tarde e incidir diretamente no escritório.

Figura 3: área de convivência

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/978258/escritorio-mreen-mia-design-studio

Figura 4: hall dos elevadores

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/978258/escritorio-mreen-mia-design-studio

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Figura 5: sala de reunião

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/978258/escritorio-mreen-mia-design-studio

6.3 Escritório IT’S Biofilia Localizada no bairro Itaim Bibi na cidade de São Paulo e projetado pela empresa IT'S Informov, a sede da empresa traz elementos do design biofílico, utilizando elementos da natureza, iluminação, ventilação, uso de diferentes cores e texturas para compor um ambiente que visa o bem-estar, conforto e aumento da produtividade.

O interior do escritório traz vários elementos em madeira como no piso, paredes, móveis e detalhes no teto, e elementos na cor verde remetendo à natureza como as cadeiras de escritório, além da vegetação em todos os ambientes (Figuras 6, 7 e 8).

Figura 6: Área de convivência

Fonte: It´s Biofilia - Corporativo | Galeria da Arquitetura

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Figura 7: Sala de reunião

Fonte: It´s Biofilia - Corporativo | Galeria da Arquitetura

Figura 8: área de trabalho

Fonte: It´s Biofilia - Corporativo | Galeria da Arquitetura

6.4 Escritório Todos Arquitetura Localizado na Avenida Paulista na cidade de São Paulo, o Escritório Todos Arquitetura projetado pela empresa Todos Arquitetura, traz um espaço de 205 m² com amplo espaço que possibilita trocas e diálogos entre os arquitetos que ocupam duas grandes estações lineares de trabalho (Figuras 9 e 10).

O escritório, com tons neutros, tanto nos revestimentos quanto nos móveis, faz com que o ambiente se torne uma tela em branco a ser preenchida com ideias e esboços de futuros projetos.

As várias janelas privilegiam a entrada de luz natural durante todo dia, tornando a atmosfera mais acolhedora e as luminárias e as cortinas em cinza claro completam o visual leve do ambiente.

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Com pequenos espaços para reuniões informais e rápidas além da sala de reunião central com estrutura envidraçada e com perfil em preto que garante o equilíbrio perfeito entre colaboração e privacidade, ideal para momentos de concentração e reuniões formais (Figura 11). O design do banheiro gira em torno de experiências imersivas com cores divertidas e complementares (amarelo e laranja). A bancada preta, revestimentos e louças que harmonizam com os tons vibrantes (Figura 12). O espaço de descompressão ao lado da sala de reuniões é o local perfeito para momentos de pausa e relaxamento (Figura 13).

Figura 9: área de trabalho

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/921974/escritorio-todos-arquitetura-todos-arquitetura

Figura 10: área de trabalho

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/921974/escritorio-todos-arquitetura-todos-arquitetura

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Figura 11: sala de reunião

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/921974/escritorio-todos-arquitetura-todos-arquitetura

Figura 12: banheiro

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/921974/escritorio-todos-arquitetura-todos-arquitetura

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Figura 13: sala de descompressão

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/921974/escritorio-todos-arquitetura-todos-arquitetura

6.5 Complexo ARK Hammersmith Localizado no oeste de Londres, o Edifício Ark é um complexo moderno e vibrante, que abriga uma mistura de espaços residenciais, comerciais e de varejo. Em seu interior, os tons neutros e os elementos em madeira trazem um ambiente mais leve, além da presença de vegetação no local (Figuras 14 e 15).

Um átrio revestido de madeira seguindo a curvatura distinta do edifício. Ambos acreditavam que qualidades arquitetônicas como estas encorajaram os ocupantes a envolverem-se mais socialmente e, portanto, forneceriam uma plataforma para um local de trabalho mais feliz e criativo (Figura 16).

No projeto de iluminação, inspirou-se nos ritmos circadianos, integrando perfeitamente estes princípios para maximizar a luz natural através dos vidros, proporcionando uma iluminação brilhante e energizante durante o dia e uma iluminação suave à noite. A iluminação das janelas dos átrios é emoldurada, atraindo o olhar para cima, para os poços de luz de oito andares (Figura 17).

Figura 14: recepção

Fonte: https://www.gardiner.com/projects/the-ark

16

Figura 15: térreo

Fonte: https://www.rockfon.co.uk/sectors/case-studies/ark-office-building-refurbishment-londongensler/

Figura 16: área de convivência

Fonte: https://www.arc-magazine.com/the-ark-london/

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Figura 17: Hall

Fonte: https://search.savills.com/property-detail/gb0010l65274

7. Área para proposta do projeto Para a proposta deste trabalho foi escolhido um espaço comercial no edifício Ca’d’oro (Figura 18), localizado no bairro da Consolação, onde é possível ter fácil acesso a transportes públicos e comércio, proporcionando movimento e vida noturna para a região. O edifício Ca’d’oro foi construído em 2015, é composto por 27 andares, sendo que os andares do térreo até o 18° são destinados às salas comerciais e do 18° até o 27° destinados ao hotel.

O objeto projetual escolhido foram as salas de números 1214 e 1215 localizadas no 12° pavimento do edifício, sendo elas inicialmente integradas com uma área total de 160 m². O uso atual das salas mencionadas é destinado para um escritório de administração (Figuras 19 a 24).

18

Figura 18: fachada da Rua da Augusta do Edifício Ca’d’oro

Fonte: https://www.booking.com/hotel/br/cadoro-sao-paulo.pt-br.html

Figura 19: recepção (vista de dentro para a porta da entrada)

19

Figura 20: recepção (vista da porta de entrada para o interior)

Figura 21: sala de reuniões

20

Figura 22: sala de trabalho

Figura 23: copa

21

Figura 24: varanda

22

Realizando uma análise dos ambientes do escritório existente, foram verificados os seguintes problemas: 

Espaço limitado;



Não há espaços de descompressão (para momentos de pausa e relaxamento);



Não há presença de plantas;



Não há móveis adaptáveis ou reguláveis;



Dificuldade de setorizar.

8. Levantamento de dados ambientais A principal função da construção é proporcionar aos seus usuários proteção e conforto para a realização de suas atividades. Essa harmonia no ambiente construído pode ser alcançada através do conforto ambiental.

Atingir

um

desempenho

ambiental

satisfatório

envolve

um

correto

planejamento arquitetônico, diante das diferentes condições climáticas que influenciarão nas condições térmicas (temperatura, vento e umidade), na qualidade acústica (proteção de ruídos intrusivos, inteligibilidade do professor pelos alunos e vice-versa) e, ainda, nas condições ideais de visão e iluminação, natural ou artificial, proteção contra poluição e qualidade interna do ar, estabilidade estrutural da edificação, salubridade e higiene, segurança e outros.

Sendo assim, para alcançarmos um ambiente satisfatório para a permanência do ser humano é necessário realizarmos medições para sabermos quais elementos no ambiente podemos modificar e planejar para alcançar o objetivo.

Desta forma, foram realizadas medições em diferentes ambientes utilizando os seguintes equipamentos: medidor termo-higrômetro (Figura 25) para a medição de umidade e temperatura; decibelímetro (Figura 26) para a medição dos níveis de ruídos, em decibéis; e luxímetro (Figura 27) para a medição da luminosidade, em lux, nas bancadas de trabalho. Esses equipamentos são pertencentes ao Laboratórios de Sutentabilidade e Conforto Ambiental da USCS.

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Figura 25: Medidor termo-higrômetro

Fonte: https://www.seginstrumentos.com.br/seguranca-do-trabalho/termo-higrometro-portatil-ak630

Figura 26: Decibelímetro

Fonte: https://www.videosonic.com.br/MLB-1255617428-decibelimetro-minipa-msl-1301-certificadode-calibraco-rbc-_JM

Figura 27: Luxímetro

Fonte: https://www.skill-tec.com/ak-310-akso-luximetro-digital

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As medições foram realizadas no dia 27 de agosto de 2023 entre as 16:15 e 16:45, sendo que o tempo no presente dia estava nublado, frio e chuvoso com a temperatura prevista entre 15°C e 19°C e umidade relativa do ar entre 49 e 80%.

Foram realizadas medições em quatro ambientes diferentes mostrados na planta (Figura 28) e seus dados como também os níveis recomendados foram colocados nas tabelas abaixo sendo que os níveis de temperatura e umidade (Tabela 1), luminosidade (Tabela 2) e os níveis sonoros (Tabela 3).

Figura 28: Planta das salas 1214 e 1215

Fonte: GTM Arquitetura

A temperatura do ar e a umidade relativa foram medidas em quatro ambientes diferentes, como pode ser visto na planta, os dados coletados foram dispostos na Tabela 1. De acordo com os parâmetros para a estação de inverno estabelecidos pela ABN NBR 16401-2 (2008), a temperatura operativa deve estar entre 21,0 ºC e 23,5 ºC para umidade relativa de 65%. Como os valores de umidade relativa medidos estão na faixa aproximada dos 65%, verifica-se que as temperaturas do ar medidas estão próximas, do parâmetro estabelecido para conforto (com diferença de aproximadamente 1,5 ºC para menos).

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Tabela 1: medição de temperatura e umidade relativa do ar AMBIENTE

TEMP. °C

UMIDADE (%)

Sala 1

19,6

63,5

Sala 2

19,4

62,7

Sala 3

19,4

62,8

Copa

19,4

63,1

Conforme a medição realizada no local em comparação aos valores recomendados obtidos na norma ABNT NBR 5413/92 pode-se concluir que os níveis iluminância atuais dos ambientes de trabalho com exceção da copa estão abaixo do recomendado para a atividade que será exercida no local. Desta forma, será necessário que as instalações de iluminação artificial passem por uma revisão no projeto para que os níveis mínimos de iluminância recomendados em norma possam ser atendidos.

Tabela 2: medição da luminosidade AMBIENTE

ILUMINÂNCIA MEDIDA (lux)

ILUMINÂNCIA RECOMENDADA PELA NORMA (lux)

Sala 1

457,8

1000

Sala 2

243,2

1000

Sala 3

375,5

1000

Copa

217,8

200

Conforme os valores obtidos pela medição nos quatro ambientes mostrados na planta e os valores recomendados retirados da ABNT NBR 10152/17 - Acústica: níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações, pode-se concluir que os níveis de ruídos nos recintos estão abaixo dos níveis máximos recomendados (Tabela 3), levando em consideração a vedação em borracha (Figura 29 e 30) em todas as aberturas. Assim, em relação à acústica, as instalações atuais do ambiente selecionado para o projeto estão adequadas em relação ao atendimento de conforto acústico estabelecido pela norma.

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Figura 29: vedação das janelas

Figura 30: vedação

Tabela 3: medição dos níveis de ruído AMBIENTE

MEDIÇÃO (dBA)

RECOMENDADOS (dBA)

Sala 1

42,0

45,0

Sala 2

40,1

40,0

Sala 3

42,0

45,0

Copa

42,3

50,0

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9. Levantamento da opinião de usuários Para o levantamento de da opinião dos usuários foi utilizada a escala Likert (escala de 1 a 5), no qual o valor 1 significa “discordo totalmente” e o valor 5 “concordo totalmente”, sendo que o questionário baseou-se no questionário utilizado por Muza (2021). A Tabela 4 apresenta os resultados fazendo o uso de cores para sinalizar o maior ou menor índice de respostas. Em Apêndice verifica-se a tabela contendo os números de respostas obtidas para cada valor da escala.

Tabela 4: Resultados do levantamento de opinião a partir da aplicação do questionário 1

A iluminação natural no interior do prédio é suficiente para as atividades na maior parte do dia Escala das respostas:

2

3

4

5

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

O mobiliário presente no ambiente possui formas mais sinuosas ao invés de rígidas.

Escala das respostas:

9

2

Os materiais e mobiliarios presentes no ambiente trazem alusão à natureza (de forma direta ou metafórica).

Escala das respostas:

8

1

As cores presentes no ambiente são suaves e remetem a natureza (solos, rochas e plantas).

Escala das respostas:

7

5

O espaço do ambiente possibilita experiências positivas que instiguem outros sentidos além da visão, como experiências auditivas, olfativas e tato.

Escala das respostas:

6

4

Entrando dentro do ambiente do escritório, ter contato visual com a paisagem ao redor do prédio (vista) é agradável Escala das respostas:

5

3

Há presença de água no ambiente (espelhos d'água, fontes, etc.)

Escala das respostas:

4

2

A temperatura interna do edifício é agradável e há aberturas suficientes para ventilação natural Escala das respostas:

3

1

1

2

3

4

5

As condições dos espaços internos fazem sentir-se confortável o suficiente para passar longos períodos de tempo.

Escala das respostas:

1

2

3

4

5

28

O percurso e disposição interna dos espaços no prédio é convidativo e de fácil compreensão.

10

Escala das respostas:

1

2

3

4

5

Legenda: Maior frequência de respostas Menor frequência de respostas Nenhuma resposta

De acordo com a opinião dos usuários atuais dos ambientes do escritório: a iluminação natural não é suficiente; a temperatura interna não é agradável e não há aberturas suficientes; não há presença de água no ambiente (como espelhos d’água, fontes, etc.); o ambiente do escritório não possibilita experiências positivas que instiguem outros sentidos além da visão, como experiências auditivas, olfativas e tato; os materiais e mobiliários presentes no ambiente não trazem alusão à natureza (de forma direta ou metafórica); o mobiliário presente no ambiente não possui formas mais sinuosas ao invés de rígidas; e o percurso e disposição interna dos espaços no prédio não é convidativo e de fácil acesso.

10.

Definição de diretrizes de projeto

O projeto proposto considera as estratégias do design biofílico para trazer o contato do ser humano com a natureza a fim de aumentar a produtividade, diminuir os sintomas de estresse além de trazer o bem-estar para as pessoas que irão utilizar o espaço por um longo período de tempo. Foram consideradas tanto as premissas para um projeto com design biofílico quanto as adequações necessárias, com base nas respostas do levantamento de opinião dos usuários.

Sendo assim será considerado para os ambientes:      

aplicação de materiais naturais; colocação de plantas; ergonomia com a escolha de móveis que regulam conforme a necessidade da pessoa; varanda como espaço de descompressão; utilização de cores mais claras; proporcionar iluminação adequada para um ambiente de trabalho com foco no bem-estar, priorizando a iluminação natural;

29



melhorar as condições da temperatura interna através do melhor uso da ventilação natural;



incluir presença de água no ambiente (como espelhos d’água, fontes, etc.);



possibilitar experiências positivas que instiguem outros sentidos além da visão, como experiências auditivas, olfativas e tato;



utilizar materiais e mobiliários de forma a proporcionarem alusão à natureza (de forma direta ou metafórica); e



utilizar mobiliário com formas mais sinuosas ao invés de rígidas.

Referências Bibliográficas CRÍZEL, Lorí. NEURO | ARQUITETURA | DESIGN: Pressupostos da neurociência para a Arquitetura e a Teoria Einfühlung como proposta para práticas projetuais. eBook Kindle, 2022.

PAIVA, Andréa. NeuroArquitetura e ambientes com foco na Criatividade.

NEUROAU. 14 de dez. de 2020. Disponível em: https://www.neuroau.com/post/comoa-neuroarquitetura-pode-ajudar-nos-projetos-com-foco-na-criatividade, acesso em: 03.11.2023 PAIVA, Andréa. Neuroarquitetura e biofilia: a necessidade primitiva de natureza que o ambiente ajuda a suprir. NEUROAU. 11 de abril de 2022. Disponível em: https://www.neuroau.com/post/neuroarquitetura-e-biofilia-a-necessidade-primitiva-denatureza-que-o-ambiente-ajuda-a-suprir, acesso em: 03.11.2023 Lumistrips PT LED profissional. Human Centric Lighting: Explicado. 29 de julho de 2019. Disponível em: https://www.pt.lumistrips.com/lumistrips-blog/human-centriclightpt/#:~:text=A%20Ilumina%C3%A7%C3%A3o%20Centrada%20Humana%20%C3%A 9,de%20ilumina%C3%A7%C3%A3o%20LED%20branca%20sintoniz%C3%A1veis., acesso em: 19.11.2023 ROCA BRASIL CERÁMICA. Neuroarquitetura: a união entre arquitetura e neurociência. Neuroarquitetura. 8 de setembro de 2022. Disponível: https://www.rocaceramica.com.br/blog/neuroarquitetura-eciencia/#:~:text=A%20origem%20do%20termo%20neuroarquitetura,fomento%20da %20pesquisa%20na%20%C3%A1rea. Acesso em: 05.11.2023.

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30

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Pequena Empresas & Grandes Negócios. Gestão de pessoas: Apenas 12% dos funcionários são totalmente produtivos no trabalho, diz pesquisa. Redação: 09 ABR 2022 - 06H30 ATUALIZADO EM 09 ABR 2022 - 06H30. Disponível em: https://revistapegn.globo.com/Dia-a-dia/Gestao-de-Pessoas/noticia/2022/04/apenas12-dos-funcionarios-sao-totalmente-produtivos-no-trabalho-diz-pesquisa.html.

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TEGRA INCORPORADORA. O que é design biofílico e qual sua importância para a saúde. 09/05/2022 • 11h27min • EM DICAS & DECORAÇÃO. Disponível em: https://www.tegraincorporadora.com.br/blog/dicasedecor/designbiofilico/#:~:text=De%20origem%20grega%2C%20a%20palavra,Wilson. Acesso em: 10.10.2023.

MACHADO, Clarissa. Healthcare spaces: the intersection of design, health, and well-being. In: Journal of Eco+urbanismo & Neuroarchitecture (JEN) Vol. 1, Issue 1, September 2003.

RODRIGUES, Eric. BIOFILIA E NEUROARQUITETURA - Fazendo a conexão da natureza com o nosso cérebro por meio dos elementos construtivos. Brain Support. Disponível em: https://www.brainlatam.com/blog/biofilia-e-neuroarquiteturafazendo-a-conexao-da-natureza-com-o-nosso-cerebro-por-meio-dos-elementosconstrutivos-2031. Acesso em: 12.11.2023.

MUZA, P.H.F. Design Biofílico: Ampliando o conceito de Sustentabilidade de edificações. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Programa de PósGraduação em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2021.

BROWING, William; RYAN, Catherine; CLANCY, Joseph. 14 Patterns of Biophilic Design – Improving Health and well-being in the built environment. 2014.

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Apêndice QUESTIONÁRIO 1. A iluminação natural no interior do prédio é suficiente para as atividades na maior parte do dia.

Discordo totalmente 1 - 2 - 3 - 4 - 5 Concordo totalmente 2. A temperatura interna do edifício é agradável e há aberturas suficientes para ventilação natural.

Discordo totalmente 1 - 2 - 3 - 4 - 5 Concordo totalmente 3. Há presença de água no ambiente (espelhos d'água, fontes).

Discordo totalmente 1 - 2 - 3 - 4 - 5 Concordo totalmente 4. Estando dentro do ambiente do escritório, ter contato visual com a paisagem ao redor do prédio (vista) é agradável.

Discordo totalmente 1 - 2 - 3 - 4 - 5 Concordo totalmente 5. O espaço do ambiente possibilita experiências positivas que instiguem outros sentidos além da visão, como experiências auditivas, olfativas e tato.

Discordo totalmente 1 - 2 - 3 - 4 - 5 Concordo totalmente 6. As cores presentes no ambiente são suaves e remetem a natureza (solos, rochas e plantas).

Discordo totalmente 1 - 2 - 3 - 4 - 5 Concordo totalmente 7. Os materiais e mobiliarios presentes no ambiente trazem alusão à natureza (de forma direta ou metafórica).

Discordo totalmente 1 - 2 - 3 - 4 - 5 Concordo totalmente 8. O mobiliário presente no ambiente possui formas mais sinuosas ao invés de rígidas.

Discordo totalmente 1 - 2 - 3 - 4 - 5 Concordo totalmente 9. As condições dos espaços internos fazem sentir-se confortável o suficiente para passar longos períodos de tempo.

Discordo totalmente 1 - 2 - 3 - 4 - 5 Concordo totalmente

33

10. O percurso e disposição interna dos espaços no prédio é convidativo e de fácil compreensão.

Discordo totalmente 1 - 2 - 3 - 4 - 5 Concordo totalmente

RESULTADOS DOS QUESITIONÁRIOS COM O NÚMERO DE RESPOSTAS DADOS COLETADOS A PARTIR DO QUESTIONÁRIO DOS OCUPANTES QUESTÕES

1 2 3 4 5

1. A iluminação natural no interior do prédio é suficiente para as atividades na maior parte do dia

3

-

-

- 1

2. A temperatura interna do edifício é agradável e há aberturas suficientes para ventilação natural

3

-

-

- 1

3. Há presença de água no ambiente (espelhos d'água, fontes, etc.)

4

-

-

-

-

4. Entrando desntro do ambiente do escritório, ter contato visual com a paisagem ao redor do prédio (vista) é agradável

1 1 1 1

-

5. O espaço do ambiente possibilita experiências positivas que instiguem outros sentidos além da visão, como experiências auditivas, olfativas e tato.

2 1

-

- 1

6. As cores presentes no ambiente são suaves e remetem a natureza (solos, rochas 1 1 1 e plantas).

- 1

7. Os materiais e mobiliarios presentes no ambiente trazem alusão à natureza (de forma direta ou metafórica).

3

-

-

- 1

8. O mobiliário presente no ambiente possui formas mais sinuosas ao invés de rígidas.

4

-

-

-

9. As condições dos espaços internos fazem sentir-se confortável o suficiente para passar longos períodos de tempo.

1

-

- 1 2

10. O percurso e disposição interna dos espaços no prédio é convidativo e de fácil compreensão.

1 1 1

-

- 1

NEUROCIÊNCIA APLICADA À ARQUITETURA CORPORATIVA E SUA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE NEUROARQUITETURA

OBJETIVO GERAL DO PROJETO Propor um projeto de um escritório de arquitetura com a aplicação dos princípios da neurociência, especificamente os conceitos da biofilia, em seus ambientes de trabalho, para que haja uma melhor relação entre o ser humano e o ambiente construído, trazendo sensações e experiências positivas com a utilização adequada da iluminação, materiais, cores, texturas, dentre outros, gerando assim um ambiente confortável e mais produtivo.

BIOFILIA

Criado em 2003, após a criação da ANFA (Academy of Neuroscience for Architecture); Criar espaços além de buscar compreender a leitura espacial feita pelos usuários para que possam ter boas experiências; Despertar gatilhos mentais que estão vinculados as sensações, emoções e comportamentos; Possui 5 subáreas, são elas: waifinding, memória, iluminação integrativa, percepção e biofilia

WAIFINDING

MEMÓRIA É o processo de Capacidade de orientação e armazenar e navegação em recuperar ambientes informações em construídos. nosso cérebro.

ILUMINAÇÃO É a aplicação de luz no espaço para criar uma atmosfera.

PERCEPÇÃO É a habilidade de captar e processar as informações que recebemos pelos sentidos.

O termo biofilia é composta por duas palavras vindas do grego antigo onde: bio (vida) + philia(amor)

biophilia = amor as coisas vivas

Conectar humanos com a natureza, promovendo o bem-estar e conforto emocional; A principal estratégia é incorporar as características da natureza aos espaços construídos, como água, vegetação, luz natural e elementos como madeira e pedra.

BIOFILIA É conectar o ser humano com a natureza, trazendo o bemestar.

ESTUDOS DE CASO ARK HAMMERSMITH.

ESCRITÓRIO MR. GREEN Arquitetos: MIA Design Studio; Área: 260 m²; Ano de construção: 2021; Materiais utilizados no projeto indicam a autenticidade do espaço, a partir do tom fresco do metal criando um contraste, complementando a elegância e a compacidade; As árvores tornaram-se elementos coloridos em uma imagem neutra e suave; A recepção e a sala de reuniões estão dispostos no jardim.

Arquitetos Ralph Erskine; Área: 15.600 m²; Ano da construção: 1992; Tons neutros e elementos em madeira trazem um ambiente mais leve, além da presença de vegetação no local; No projeto de iluminação, inspirou-se nos ritmos circadianos, integrando perfeitamente estes princípios para maximizar a luz natural através de vidros; Um átrio revestido de madeira seguindo a curvatura distinta do edifício.

USCS - UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL

ARQUITETURA E URBANISMO

IT’S BIOFILIA Arquitetos: IT’s Informov; Área: 350 m²; Ano de construção: 2019; O ambiente integra elementos da natureza no ambiente de trabalho com o intuito de aumentar a produtividade e a sensação de bem-estar; O uso de elementos da natureza como iluminação, ventilação, texturas, cores, formas para promover a interação e para contribuir com o conforto da equipe.

ORIENTADORA: PROFª DRª CAMILA MAYUMI NAKATA OSAKI

TIEMI BIANCA NISHIDA TOMIZAWA

1

AMBIENTE ESCOLHIDO ANTES

AMBIENTE ESCOLHIDO

PROBLEMAS ENCONTRADOS Espaço limitado; Não há espaços de descompressão (relaxamento/ descanso); Não há presença de plantas; Não há móveis adaptáveis ou reguláveis; Dificuldade de setorizar.

Foi escolhido como objeto um escritório de administração, para desenvolvimento de um projeto de interiores adaptando-o a um escritório de arquitetura. Verifica-se a importância da aplicação dos princípios da neurociência, pois isso influencia na produtividade e conforto dos seus usuários, tornando o ambiente mais acolhedor e funcional.

LEVANTAMENTO DE DADOS

As medições foram realizadas nos pontos em vermelho mostrados na planta.

Temperatura e umidade relativa do ar (NBR 16401-2/2008) TABELA 1: Medição de temperatura e umidade.

AMBIENTE

TEMP. °C

UMIDADE

SALA 1

19,6

63,5

SALA 2

19,4

SALA 3

19,4

COPA

19,4

Luminosidade (NBR 5413/92)

Níveis de ruído (NBR 10152/17) Conforme Tabela 2, os níveis de ruídos nos recintos estão abaixo dos níveis máximos recomendados; Os resultados levam em conta a vedação em ótimo estado em todas as aberturas.

TABELA 2: Medição de ruído.

62,7

AMBIENTE

MEDIÇÃO (dBA)

62,8

SALA 1

42,0

45,0

SALA 2

40,1

40,0

SALA 3

42,0

45,0

63,1

De acordo com os parâmetros para a estação de inverno estabelecidos pela ABN NBR 16401-2 (2008), a temperatura operativa deve estar entre 21,0 ºC e 23,5 ºC para umidade relativa de 65%.

COPA

42,3

RECOMENDADO (dBA)

TABELA 3: Medição de luminosidade.

AMBIENTE

ILUMINÂNCIA (lux)

RECOMENDADO (lux)

SALA 1

457,8

1000

SALA 2

243,2

1000

SALA 3

375,5

1000

COPA

217,8

200

50,0

VALORES OBTIDOS

RECOMENDADO

AUMENTAR NÍVEL DE LUMINOSIDADE NOS AMBIENTES

USCS - UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL

ARQUITETURA E URBANISMO

ORIENTADORA: PROFª DRª CAMILA MAYUMI NAKATA OSAKI

TIEMI BIANCA NISHIDA TOMIZAWA

2

PROJETO Painel para jardim vertical Tamanho: 1,10x2,70m Material: Eucalipto

Espécies de plantas Lírio da paz Espada de São Jorge Bromélia Hera

Piso de madeira Marca: Eucafloor Modelo: Nogueira natural Tamanho: 136x21,7cm

DET A

DET B

DETALHAMENTO B Piso cerâmico cimentício Marca: Ceral Modelo: Portland Cim. Ret. Tamanho: 60,4x60,4cm Acabamento: acetinado

Pintura Marca: Suvinil Cor: Papel = Crepom

Revestimento cerâmico Marca: Eliane Modelo: Metro White Tamanho: 10x20cm Acabamento: acetinado

Painel ripado

Painel ripado

Marca: Moldurama Tamanho: 2,70mx2cm6cm

Marca: Moldurama Tamanho: 2,70mx2cm6cm

DETALHAMENTO A

USCS - UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL

ARQUITETURA E URBANISMO

ORIENTADORA: PROFª DRª CAMILA MAYUMI NAKATA OSAKI

TIEMI BIANCA NISHIDA TOMIZAWA

3

Cadeira Acapulco Marca: Casa Bispo Dimensões: 75x65x96cm Fonte de água com incenso Dimensões: 40x41cm

Mesa Orgânica Lagoa Marca: MuMa Dimensões: 200x00x75

Cadeira de escritório Linha Bayern Marca: Worksolution Dimensões: reguláveis

Painel de plantas Dimensões: 2,70x1,10m Material: madeira

Jardim vertical preservado Dimensões: 1,63x2,70m Empresa: Kawaii Jardins Verticais Móvel ergonômico Modelo: Linha Brasil Marca: Work solution Dimensões: tampo (120x80cm) e armário (140x69x50cm)

PLANTA HUMANIZADA

Poltrona Lalá Marca: Ateliê Casa Dimensões: 72x83x78cm

PISO DE MADEIRA

4