BEHAVIOURISMO, breve história Tiago André M. Malta Dedicado a Professora Márcia Merquior O início do movimento behaviorista confunde-se com a figura de John Broadus Watson (1878-1958) que em 1913 lança um manifesto, na Psychological Review (Universidade de Chicago) se opondo a Psicologia Estruturalista e a Psicologia Funcionalista. O progresso da Psicologia científica, dizia ele, dependia do abandono destas escolas e a adoção de princípios básicos de uma psicologia totalmente objetiva – uma ciência do comportamento. Ao menos três grandes tendências afetaram a sua obra: A tradição filosófica do objetivismo e do mecanicismo; a psicologia animal; e a psicologia funcional. Não era incomum, por volta de 1913, a insistência de Watson na necessidade de uma maior objetividade na psicologia, inspirado no filosofo francês Augusto Comte, fundador do positivismo, movimento que enfatizava o conhecimento positivo (fatos), cuja verdade não é discutível, fazendo protestos contra o mentalismo e a metodologia subjetiva. Segundo Comte, o único conhecimento valido é o que tem natureza social e é objetivamente observável. Esses critérios levaram ao abandono da introspecção da introspecção que depende da consciência individual privada e não pode ser objetivamente observada, propunha que o comportamento era o único dado visível, plenamente observável, capazes de serem descritos em termos de causa e efeito (estímulo-resposta). A Psicologia Animal estava em pleno desenvolvimento a partir das teses evolucionistas adotadas pelo movimento Funcionalista. Watson declarou sucintamente a relação entre a psicologia animal e comportamentalismo: “O Behaviorismo é uma conseqüência direta de estudos sobre o comportamento animal” (Watson, 1929, p.327). Está claro, portanto, que o antecedente mais importante do programa de Watson é a psicologia animal, envolvida a partir da psicologia evolutiva. Isso resultou em tentativas de demonstrar a existência da mente em organismos inferiores e a continuidade entre a mente animal e humana (aproximação entre as a psicologia animal com a humana). Um dos maiores responsáveis pelo avanço da psicologia animal foi Jacques Loeb (1859-1924), fisiologista e zoólogo alemão. Reagindo à tradição antropomórfica de Romanes e ao método de introspecção por analogia, Loeb desenvolveu uma teoria do comportamento animal baseada no conceito de Tropismo (ou movimento forçado involuntário). A resposta animal é uma função direta do estímulo recebido. É hábito e aprendizagem, o que não passa pela Consciência. Esta teoria foi de grande influência na Biologia. Em 1900, o rato branco e o labirinto foram adotados (e nunca mais abandonados) nos laboratórios de psicologia para os estudos sobre os processos cognitivos. A Criação de inúmeros laboratórios que ficou conhecido como Psicologia Comparada. tiagomaltapsi@gmail.com http://tiago-malta.blogspot.com.br