Percepção Visual - "Cinco Sentidos"

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Cinestesia e Sentidos Vestibulares

2.4.1 Teoria do Processo Oponente

A Teoria do Processo Oponente apresentada por Ewald Hering e posteriormente desenvolvida por Leo Hurvich e Dorothea Jameson, pretende responder a questões como o emparelhamento de tonalidades ou o porquê do amarelo nos parecer uma cor pura. De acordo com esta teoria, o resultado da activação dos três tipos de cones é recodificado por uma outra camada de mecanismos neurais, de forma a criar seis cores primárias do ponto de vista psicológico: vermelho, azul, verde, amarelo, preto e branco. Estes seis processos estão organizados em três pares de processos oponentes, a saber, vermelho-verde, azul-amarelo e preto-branco. Os dois membros de cada par são contrários, e a excitação de um inibe automaticamente o outro (Hurvich e Jameson, 1957). Segundo esta teoria, a experiência de tonalidade depende de dois dos pares oponentes, do vermelho-verde e do azul-amarelo. Cada um deles pode ser comparado com uma balança. Se um dos braços desce, o outro necessariamente sobe. Assim, a tonalidade que vemos depende da posição das duas balanças. Hurvich e Jameson propuseram que os três tipos de receptores fornecem os dados aos neurónios do processo oponente que se encontram num nível neural mais central. Os receptores têm conexões excitadoras e inibidoras com os neurónios do processo oponente de modo que um pólo de cada processo oponente será activado pelo sinal receptor enquanto que o pólo oposto será inibido pelo mesmo sinal.

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