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Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Aplicadas a Linhas de Transmissão

tivados pela competição, os proprietários dos ativos de transmissão existentes sempre querem obter o máximo desses corredores em termos de capacidade de transmissão, normalmente com o mínimo de recursos investidos. Como consequência, as linhas antigas e em serviço há vários anos devem agora ser ainda mais confiáveis e eficientes em termos da relação “capacidade de transmissão/custo” e, de preferência, ambientalmente amigáveis. Neste contexto, questões como recapacitação (uprating), aumento da confiabilidade (upgrading), reforma (refurnbishment), extensão de vida útil (life extension), e/ou conceitos como disponibilidade em serviço, emergência, indisponibilidade forçada e penalidades, tornaram-se questões cruciais que o novo mercado de linhas passou a demandar que fossem estudadas. No que diz respeito às estruturas para as linhas de transmissão, estas passaram a desempenhar um relevante papel dentro deste contexto, uma vez que a maior parte das questões acima mencionadas está diretamente relacionada a essas estruturas. Isto porque, conforme a norma internacional aplicável ao projeto de linhas aéreas de transmissão IEC 60826, a torre de suspensão deve ser projetada para ser o elo mais frágil do sistema. A coordenação de resistências, associada à sequência preferencial de falhas, impõe que todos os demais elementos do sistema (condutores, isoladores, demais torres, fundações etc.) sejam projetados para falharem após as torres de suspensão. Analisando a equação básica de equilíbrio proposta pela norma IEC acima citada, tem-se que: γU QT ≤ ΦRRC onde, as cargas (QT) devem ser “majoradas” conforme seus graus de incerteza, e as resistências características (RC) “minoradas” conforme seus coeficientes de dispersão (ignorância). Dentro deste contexto, o conhecimento das cargas como, por exemplo, QT (carga de vento associada a um período de retorno T), e sobretudo suas incertezas, é mandatório para se ter um projeto confiável e econômico. Estudos aprofundados ainda são necessários para melhor conhecer os diferentes tipos de vento, suas modelagens e consequentes cargas atuantes sobre os condutores e estruturas. Pesquisas já realizadas mostram que os fenômenos de vento são complexos e podem ter naturezas distintas em termos de ocorrências, intensidades, amplitudes e espectro de variação com o tempo. Investigações neste sentido devem, portanto, ser fortemente incentivadas, uma vez que estudos publicados pelo CIGRÉ revelam que 85% de todas as falhas que já ocorreram em sistemas de transmissão foram devidas a ventos e/ou neve com vento. CAPÍTULO 7

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