Revista paradigma ed 03

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Ano III | Edição 3 Um Produto:

José Ubiracy Silva

em

tempos Modernos

A engrenagem ROTÁRIA na palma da mão PÁGINAS AZUIS COM Daniel COelho - EMPÓRIO JURÍDICO - PLANEJE SEU “SIM” - DICAS DO ORIENTE E MAIS! • DEZ/2015

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SEMPRE DE OLHO

NA INOVAÇÃO CIRURGIA DE CATARATA A LASER

CIRURGIA DE CATARATA O Memorial Oftalmo foi uma das primeiras clínicas brasileiras a possuir o Centurion em 2014, aparelho de facoemulsificação de última geração.

DR. FÁBIO CASANOVA . CRM 12186 Formado pela UFPE; Residência médica e doutorado pela UNIFESP-EPM; Pós-doutorado pela Universidade de Harvard.

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CIRURGIA REFRATIVA

SOBRE O MEMORIAL OFTALMO Suas modernas instalações se aliam a um avançado centro diagnóstico e de tratamento, segundo o modelo das melhores clínicas do mundo na área da Oftalmologia. O centro cirúrgico ambulatorial proporciona maior conforto e praticidade ao paciente e possui equipamentos de última geração, que aliados a um sistema de climatização com filtro absoluto e pressão positiva, oferecem maior precisão e segurança. A clínica acaba de adquirir último avanço na cirurgia de catarata. O Sistema Guiado por Imagem VERION® é projetado para adicionar uma maior precisão e eficiência durante o planejamento e a execução de cirurgias. O objetivo do Memorial Oftalmo é atender os pacientes com atenção especial, tecnologia e calor humano. Responsável técnico: Dr. Fábio Casanova . CRM-PE 12.186

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DIRETORA EXECUTIVA: Manuella Asfora Russell Higashikawauchi manuella@midiaemporio.com.br

CONSELHO EDITORAL: Alberto Bittencourt Cláudia Prosini Gustavo Militão Manuella Asfora Russell Higashikawauchi

REVISÃO GERAL: Roger M. M. Basttos Letícia Perez

JORNALISTA RESPONSÁVEL: José Carlos Mélo DRT/PE 3100

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FOTOGRAFIAS PARADIGMA:

Coffee Break

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uma grata satisfação lançar mais um períodico de tamanha valia para nosso estado, este que interage, dinamiza, e se faz presente em tudo que leva nossa marca. Meu muito obrigado ainda não seria suficiente!

Welcome, Empório Jurídico! Sessão nova, mas ao mesmo tempo familiar aos nossos leitores, visto que o viés jurídico faz parte desde a primeira edição da Paradigma. Este universo é necessário para nossa sociedade, tornando acessíveis algums temas que se fazem devido ao interesse de quem nos lê, para que sigam conforme as leis e padrões de ética. O novo coelho da cartola, Daniel Coelho, nos concedeu entrevista exclusiva para as Páginas Azuis, com revelações um tanto significativas para o povo Pernambucano, em que adianta que a próxima eleição municipal, caminhará para o segundo turno, visto que na eleição anterior o prefeito contava com a popularidade do governo do estado, hoje ele terá que defender sua própria gestão. Planeje seu “SIM”, tenha em mãos um guia, com sugestões de grandes fornecedores e um passo a passo que ajudará você que pretende casar e não sabe nem por onde começar. Ganhe o norte, sul, leste e oeste do seu DIA D. Rotary International, palavras me faltam para expressar a honra em tê-los, com tamanha singularidade, estampados como o maior destaque deste número. É o mínimo que eu, como editora, posso e devo fazer por quem dá de si, sem pensar em si. José Ubiracy Silva, nome que representa lealdade, convicção, expressão e personalidade para representar o Rotary, no biênio 2015-2017, para os países do sul da América do Sul. Parabéns por ensinar teu legado a viver em tempos modernos. Esta roda denteada só tem a girar mais forte com você à frente desse timão. Dicas do oriente: o samurai da Paradigma, Carlos Higashikawauchi tem dicas maravilhosas de harmonização para deixar seu cotidiano e recepções com ainda mais sabor. E por fim, de tudo um pouco para agradar a todos! Leia sem moderação!

Manuella Asfora Russell Higashikawauchi Diretora Executiva

Empório Paradigma é uma publicação da Mídia Empório Soluções em Marketing LTDA. End.: R. Maria Carolina, 441 – Boa Viagem – Recife / PE. CEP: 51020- 220. Tel.: (81) 9.9115-8241. Ano III - Edição 3 - Distribuição dirigida.

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Impressão realizada na


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CAPA José Ubiracy Silva, o Charles Chaplim dos tempos modernos, assume o timão da maior roda denteada internacional, com responsabilidade sobre parte sul da América do Sul para o biênio 2015-2017

SOCIAIS 22 89

Atol Relicário

COLUNAS 8 30 68 80 82 84 87 90

25 - PÁGINAS AZUIS O novo Coelho da cartola, Daniel Pires Coelho, conta como é viver um presidencialismo sem presidente.

Empório Jurídico Arquimix Mercado Imobiliário Divers For Sharks Recife in Rio Dicas do Oriente Gallerist Parágrafo Final

70 - UMA ENGRENAGEM QUE NÃO PARA DE GIRAR

PARADIGMANDO 29

Lucas Cavalcanti Ramos

67 - DESTINO TOP

32 - Seus passos antes do “sim” 6

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por Natália Teixeira

Lembranças únicas de momentos inesquecíveis! @una_fotografia

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á ninguém ignora o quanto precisamos de uma reforma política, chamada mãe de todas as reformas, para restaurar o vínculo de confiança e legitimidade entre a população (eleitores) e seus representantes (políticos eleitos), o que também se aplica em relação à reforma tributária do sistema de ensino em nosso país, entre tantas outras. Falar em reformas virou lugar comum, mas poucos se apercebem que a verdadeira mudança tem de partir de cada um de nós, sobretudo daqueles que tiveram a oportunidade da educação, possuem grau elevado de escolaridade e, por isso mesmo, são mais responsáveis pelas almejadas transformações sociais. É no mínimo estranho verificarmos que, muitos daqueles que protestam contra os realmente inaceitáveis índices de corrupção em nosso país, não hesitam em oferecer propina ao agente de trânsito para evitar uma multa, ou mesmo, em seus consultórios e escritórios, dão descontos em seus serviços para o cliente que dispensar a emissão de nota fiscal. As infrações legais estão tão impregnadas em nossa cultura, que acabamos por nos ambientar com as ultrapassagens de veículos pelo acostamento, plágios de monografias, artigos e petições copiadas a partir da internet, uso de atestados médicos “camaradas” para amparar licenças ou faltas ao trabalho, além de outras práticas delituosas de reprovação social, sempre relativizada. As más práticas observadas na política são réplicas das tão frequentes e também abomináveis infrações do campo econômico, como as adulterações de balanças ou taxímetros, “batismo” de combustível, ajustes de preços entre concorrentes, etc., que também ocorrem nas mais diferentes searas da vida em sociedade. Até mesmo na religião, com o número cada vez maior de igrejas e templos praticando a mercantilização da fé, o que revela estarmos vivenciado uma profunda crise em nossos valores morais e parâmetros éticos.

Foto: Divulgação

As verdadeiras reformas Pedro Henrique Braga Reynaldo Alves Presidente da OAB-PE pedrohenrique@oab-pe.org.br 8

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Muito se tem dito a respeito da imprescindibilidade da mobilização social para implementarmos as mudanças que o Brasil tanto precisa, a começar pela reforma política, já que esta, ao mudar as regras do jogo de acesso ao poder, impõe aos nossos Congressistas um corte na própria carne. Mas para que este movimento seja genuíno, ele deve nascer de uma atitude cívica dos brasileiros, que precisam resgatar a sua capacidade de indignação, não apenas com os governantes e parlamentares, mas com tudo o que está errado em nossa sociedade, a começar por nós mesmos, em nossas - por vezes nem tão pequenas faltas. A capacidade de colocar os interesses da comunidade à frente dos seus próprios, de doar um pouco de seu tempo a trabalhos voluntários em prol dos mais necessitados, de valorizar a cultura e a educação bem acima do dinheiro e do poder. Trocar as pichações e quebra-quebra pelo entoar esperançoso de nosso Hino Nacional, como em um recado solene aos mandatários do poder de que queremos mais e melhor, e estamos dispostos a fazer a nossa parte. Talvez assim, possamos melhor distinguir bandidos de heróis e valorizar as nossas instituições democráticas que, assim como nós, têm seus defeitos, mas estão em constante aprimoramento e são fundamentais em nossas vidas.


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Foto: Gleyson Ramos

O valor da Advocacia MANOEL DE OLIVEIRA ERHARDT Desembargador Federal, Professor da UFPE, Professor do Espaço Jurídico, aprovado em vários concursos, dentre os quais, merece destaque: 1º colocado no concurso de Juiz de Direito do Estado de Pernambuco; 1º colocado nacional no concurso de Procurador da República; 2º colocado nacional no concurso de Juiz Federal.

egistro a satisfação de participar deste número da Revista Paradigma, que exibe matéria de capa relacionada ao movimento rotário. Sou sócio há mais de 20 anos do Rotary Club Recife Boa Vista, e fico muito feliz com a oportunidade de divulgação do importante papel do Rotary para a sociedade. Observo que a valorização profissional é um dos principais lemas rotários. Por tal razão, fico animado a escrever algo sobre a advocacia com o olhar de quem, há mais de 30 anos, se dedica à magistratura. Digo que o advogado é o primeiro Juiz da causa. Tem a relevante missão de orientar quem o procura, desestimulando as lides temerárias e apontando o melhor caminho para a solução dos problemas. Na sociedade moderna, deve priorizar a busca da conciliação, dialogando com as partes contrárias e seus advogados, para a adequada composição dos interesses. Evitará o ajuizamento de ações desnecessárias que tanto tumultua a atividade do Poder Judiciário. É dever do advogado a máxima fidelidade ao cliente. A exemplo do confessor e do médico, toma ciência, muitas vezes, das angústias íntimas dos que o procuram, devendo acolhê-los com absoluto respeito pela dignidade humana. Nos processos, deve empregar todos os meios lícitos para demonstrar o bom direito dos seus patrocinados, mantendo conduta ética irrepreensível. Esta atuação lhe trará o respeito dos magistrados e demais atores processuais, construindo a credibilidade imprescindível ao verdadeiro sucesso profissional. A atuação do advogado é essencial para a evolução da jurisprudência. As teses acolhidas pelos Tribunais surgem a partir do árduo trabalho de pesquisa e de raciocínio de advogados. O seu trabalho desperta a atenção dos julgadores para os dramas envolvidos nos processos, levando-os a olhar as peculiaridades do caso e, assim, contribuindo para atenuar a tendência de tratamento estatístico que o elevadíssimo número de processos vem impondo à atuação do Judiciário. Deve-se, finalmente, considerar que o advogado é legítimo defensor da Ordem Jurídica e do Estado Democrático de Direito, investido no dever constitucional de lutar pelo respeito aos direitos humanos e pelo aperfeiçoamento das instituições.

manoelerhardt@hotmail.com • DEZ/2015

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Foto: Gleyson Ramos

LEILÕES - UM HORIZONTE DE RENTABILIDADE PARA OS INVESTIDORES diogo mattos dias martins Leiloeiro Público Oficial diogo@inovaleilao.com.br 10

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tão sonhada independência financeira, ou ampliação do capital, vem da nossa capacidade de buscar e identificar oportunidades de negócios que sejam rentáveis. Não é de hoje que Leilão ( Judicial ou Extrajudicial) é um excelente investimento. Muitas pessoas possuem o conhecimento superficial do negócio: o tradicional “doulhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três”, porém, poucos se aprofundam no assunto. Com passar do tempo - a facilidade de acesso às informações na internet, a ultilização das redes sociais - um novo horizonte foi aberto. Muitos investidores, depois de breves informações obtidas, buscam o Leilão como maneira de conquistar seu primeiro imóvel e/ ou adquirir lucro (comprar barato e vender a preço de mercado). Os leilões de imóveis comerciais e, principalmente residenciais, aumentam a cada dia. O endividamento é crescente, os juros do financiamento imobiliário aumentaram e a oferta de crédito diminuiu, ou seja, um cenário ideal para quem tem dinheiro aplicado e rendendo pouco. Na grande maioria das vezes, os arrematantes - compradores - conseguem obter uma margem de 40% a 50% de lucro, dobrando o capital no mesmo dia. De fato, isso é possível, mas não é sempre assim. A modalidade é lucrativa, porém, como todo negócio, merece atenção. Para que o investidor tenha sucesso, se faz necessário um estudo detalhado sobre o assunto: frequentar os leilões para adquirir experiência e compreender o “universo do mercado”, acompanhar as oportunidades nos jornais e sites dos leiloeiros, atentar-se ao Edital, procurar saber se o bem em questão será vendido livre de ônus, estado de conservação do bem, analisar o processo (se o leilão for judicial), dentre outras medidas preventivas para diminuir os riscos, como até mesmo a contratação de um advogado. Reflita, estude, programe-se, arrisque e invista em leilões. No site www.inovaleilao.com.br, disponibilizo ofertas, dicas, informações complementares e muito mais para ajudar você. Acesse e bons negócios!


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art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro, com redação determinada pela Lei nº 12.760/2012, define como crime a conduta de “conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”. A constatação é verificada por “concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar” ou por “sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora” (§ 1º). O dispositivo legal transcrito passou a ser conhecido como “Lei Seca” e amplamente discutido, seja pela sua inegável importância, seja pela colocação em prática, por parte do Poder Público de medidas destinadas ao combate à famigerada combinação entre “álcool” e “direção”. A mudança de comportamento dos motoristas foi notória: muitos deixaram de conduzir veículos automotores após o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente após a intensificação das operações de fiscalização por parte dos agentes de trânsito e da Polícia Militar, as chamadas “blitzes da Lei Seca”. Pergunta-se: tal resultado ocorreu porque os motoristas passaram a temer as consequências da prática do crime, diante das corriqueiras fiscalizações, ou porque passaram a ter consciência da importância de se evitar dirigir após o consumo de bebidas alcoólicas, independentemente do risco de serem flagrados? Quando se discute a finalidade da pena, defende-se o aspecto retributivo (punitivo) ou o preventivo. Há ainda teoria mista da pena, ou seja, alega-se que ela serve tanto para punir como para prevenir a prática de delitos, sendo esta, dizem muitos, a ideia do Código Penal Brasileiro, uma vez que o art. 59 fala em “reprovação e prevenção do crime”.

Foto: Arquivo pessoal

Lei Seca e Teorias da Pena Diego Pessoa Costa Reis Promotor de Justiça, professor universitário, e mestre em Direito Público. Doutorando pela Georg-August Universität Göttingen, Alemanha. diegopessoacostareis@hotmail.com 12

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Embora o aspecto punitivo seja algo imanente a qualquer penalidade, a prevenção da prática de outros crimes, seja por parte da população (prevenção geral), seja por parte do próprio apenado (prevenção especial), tem merecido maior atenção por parte dos grandes penalistas, a exemplo de Claus Roxin (“präventive Vereinigungstheorie”), que defende o caráter exclusivamente preventivo (Strafrecht, Allgemeiner Teil, Band I, 4ª edição, 2006, pp. 85-88). Por sua vez, quando se fala em prevenção geral, ou seja, destinada à população, tem-se dois aspectos: a prevenção geral negativa e a prevenção geral positiva. Trata-se de duas hipóteses, que têm a ver com a pergunta feita acima: os motoristas (ou parte deles) deixaram de dirigir alcoolizados por temerem a aplicação da pena (prevenção geral negativa) ou por acreditarem, sinceramente, que a norma jurídica é justa e que sua mensagem proibitiva deve ser aceita para o bem da sociedade (prevenção geral positiva)? Seguramente, há os dois casos, ou seja, algumas pessoas assumiram a postura correta por medo de serem “pegas pelo bafômetro”, enquanto outras passaram a ter a consciência de que álcool e direção não combinam e a por em prática tal pensamento. Embora o direito, ao contrário da moral, não exija que os comportamentos correspondentes aos seus mandamentos sejam sinceros, não se pode negar que uma sociedade que concorde que as normas em vigor e, por isso, as respeite, tende a funcionar de maneira mais eficiente e menos problemática. Daí a importância das campanhas educativas, sem desmerecer, por óbvio, o valor das fiscalizações, que devem ser mantidas ou, até mesmo, intensificadas. No entanto, quanto maior o número de pessoas que concordem com mensagem normativa (prevenção geral positiva), mais próximos estaremos da sociedade ideal.


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Foto: Gleyson Ramos

DIREITO ELEITORAL - FICHA LIMPA - SUSPENSÃO DA INELEGIBILIDADE COM SUPEDÂNEO NO ART. 26-C DA LC N. 64/90 POR DECISÃO MONOCRÁTICA.

DELMIRO DANTAS CAMPOS NETO Advogado, especialista em Direito Eleitoral e Processo Civil, membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-PE e Auditor do Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco. delmiro@camposepedrosa.adv.br camposepedrosa.adv.br

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esde as eleições de 2010, a sociedade brasileira festeja a Lei da Ficha Limpa - Lei Complementar nº 135/2010, protagonista de debates calorosos no Tribunal Superior Eleitoral e no Supremo Tribunal Federal, e responsável por trazer um novo “filtro de qualidade eleitoral”. Com sua eficácia plena reconhecida nas eleições de 2012 e nas eleições desse ano, primeira eleição geral sob sua vigência, vem protagonizando obstáculos a um grande número de candidatos. A Lei da Ficha Limpa foi declarada constitucional, sem qualquer ressalva ao seu texto. E também assentou o STF que as novas causas de inelegibilidade, e as alterações das causas já previstas na Lei, poderão alcançar fatos pretéritos à sua vigência. Um dos pontos que mais chamam a atenção na Lei da Ficha Limpa é a possibilidade de excepcionalizar, em condição suspensiva, a uma das novas causas de inelegibilidade por ela trazida. A Lei Complementar nº 135/2010 alterou a redação de diversos dispositivos da Lei Complementar nº 64/90, que dispõe sobre os casos, entre eles o artigo 1º, inciso I, alínea “e”. Antes da alteração introduzida pela Lei da Ficha Limpa, apenas a condenação, transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes e por crimes eleitorais, implicaria inelegibilidade. No entanto, a Ficha Limpa introduziu novos casos de inelegibilidade, entre eles a condenação, por decisão de órgão colegiado, por crime contra o patrimônio privado, tudo consoante disposto no artigo 1, inciso I, alínea “e”, 2, da Lei Complementar 64/90. Acontece que restou, previsto também através da chegado do art. 26-C, a possibilidade do órgão competente para julgamento do recurso, havendo plausibilidade recursal, suspender a inelegibilidade. E mais, cuidou a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, formada ainda nas Eleições 2010, antes que o Eg. Supremo Tribunal Federal determinasse a incidência do art. 16 da Constituição para afastar a LC n° 135/2010 daquele pleito, a correta interpretação do mencionado art. 26-C da LC n° 64/90, inovação decorrente da Lei da Ficha Limpa. E no caso, tem sido amplamente admitida a concessão monocrática de liminar em medida cautelar para suspender a inelegibilidade, de que trata o art. 26-C da LC ne 64/90. O leading case foi a Questão de Ordem na Ação Cautelar n° 142085: “QUESTÃO DE ORDEM. AÇÃO CAUTELAR. SUSPENSÃO. EFEITOS. ACÓRDÃO RECORRIDO. INELEGIBILIDADE. ART. 26-C DA LC Nº 64/90. DECISÃO MONOCRÁTICA. RELATOR. PODER GERAL DE CAUTELA. VIABILIDADE. 1. Compete ao relator do feito decidir monocraticamente pedido de liminar em ação cautelar. 2. O disposto no art. 26-C da LC nº 64/90, inserido pela LC nº 135/2010, não afasta o poder geral de cautela conferido ao juiz pelo art. 798 do CPC, nem transfere ao Plenário a competência para examinar, inicialmente, pedido de concessão de medida liminar, ainda que a questão envolva inelegibilidade.” (TSE – QO em AC nº 142085, Acórdão de 22/06/2010, Relator Min. MARCELO HENRIQUES RIBEIRO DE OLIVEIRA, DJE 28/06/2010, p. 61-62) Como se observa do precedente acima, o. TSE assentou que o art. 26-C da LC n° 64/90 não afasta o poder geral de cautela do relator da causa, e nem afeta a decisão sobre a concessão liminar da cautelar ao órgão colegiado. Na verdade, como bem observado no voto do em. ministro Marcelo Ribeiro, que conduziu aquele julgamento: “A competência para o julgamento final da cautelar, sem dúvida, é do órgão colegiado. O relator, contudo, atua como órgão da Corte, cabendo-lhe, além do exame de pedidos de liminar, a condução do processo, inclusive decidindo eventuais questões incidentes. Essa, aliás, têm sido a práxis em todo o Judiciário brasileiro.” É dizer, além do art. 26-C da LC n° 64/90 não poder afastar o poder geral de cautela, não assentou o mencionado dispositivo que somente uma decisão colegiada poderia suspender a inelegibilidade. O que foi fixado no citado preceito é a competência para a distribuição de eventual medida cautelar, no caso, devendo ser endereçada ao “órgão colegiado do tribunal ao qual couber a apreciação do recurso”. Mas isso não retira as competências próprias do relator do processo, integrante deste órgão colegiado, inclusive a de conceder liminarmente medidas cautelares aptas a suspender a inelegibilidade. Aliás, a se pensar de forma diversa, os membros dos tribunais, salvo raras exceções em que a lei prevê expressamente a sua competência para decidir monocraticamente, não poderiam mais fazê-lo, dependendo toda a marcha do processo de decisões do órgão fracionário ou do Plenário. Desta forma, possível é o reconhecimento da aplicação do art. 26-C da Lei da Ficha Limpa no que concerne da verificação das condições de elegibilidade, ainda que concedida monocraticamente.


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história conta que Arquimedes pronunciou esta palavra após descobrir que o volume de qualquer corpo pode ser calculado medindo o volume de água movida quando o corpo é submergido na água, conhecido como o princípio de Arquimedes. Esta descoberta foi feita quando se encontrava na banheira, pelo que saiu nu para as ruas de Siracusa gritando “Eureka! Eureka!”. Que significa “encontrar”. Significa, portanto, encontrei. A palavra “Eureka” usa-se hoje em dia como celebração de uma descoberta, um achado ou o fim de uma busca. Uma ideia original, algo enfim criado por você. O direito autoral, direitos autorais ou direitos de autor são as denominações empregadas em referência ao rol de direitos dos autores sobre suas obras intelectuais, sejam estas literárias, artísticas ou científicas. Segundo a doutrina jurídica clássica, nesse rol encontram-se direitos de natureza pessoal e patrimonial, também denominados, respectivamente, direitos morais e direitos patrimoniais. Para alguns, o direito autoral é parte integrante do conceito de propriedade intelectual de natureza sui generis, visto que é presente na legislação brasileira, salvo raras exceções, o autor deve ser pessoa física. A doutrina contemporânea tem criticado este conceito, sob o fundamento de que associar os direitos autorais à ideia de propriedade visa tão somente justificar o monopólio privado de distribuição de obras intelectuais. Muitas pessoas não sabem, mas é um direito presente na Declaração Universal dos Direitos do Homem, celebrada em 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas, que assim diz em seu art. XXVII “1.) Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios. 2.) Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor.” Entre as principais normas internacionais, destacam-se: Convenção de Berna (Decreto 75.699, de 6.12.75); Convenção de Roma (Decreto 57.125, de 19.10.65); e Acordo sobre aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio – ADPIC (Decreto 1.355, de 30.12.94).

Foto: Álvaro Di Paula

Essa idéia tem dono André Luiz Barrêtto Canuto É advogado e administrador de empresas, mestre em direito penal (UFPE), membro da comissão de direito e saúde da OAB-PE, atuando nas áreas de direito penal e direito médico, membro associado do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais - IBCCRIM, Membro da Associação dos Advogados de São Paulo - AASP.

Na legislação brasileira, temos a proteção do direitos autorais no art5, XXVII e XXVIII da Constituição Federal, portanto uma garantia individual e direito fundamental de qualquer cidadão brasileiro. O direito autoral é regulado no Brasil pela Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, a qual recentemente recebeu ajustes de proteção produção intelectual, descritos na Lei nº 12.853, de 14 de agosto de 2013. As violações aos direitos autorais possuem um capítulo I do título III do Código Penal (Dos Crimes contra a Propriedade Intelectual ), onde no art.184 está tipificado o delito de violação de direito autoral, que assim diz: “Art.184. Violar direito autoral: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. § 1º Se a violação consistir na reprodução, por qualquer meio, de obra intelectual, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente, ou consistir na reprodução de fonograma e videofonograma, sem autorização do produto ou de quem o represente: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, introduz no país, adquire, oculta ou tem em depósito, para o fim de venda, original ou cópia de obra intelectual, fonograma ou videofonograma, produzidos com violação de direito autoral. Este pequeno artigo, não pretende de forma alguma elucidar todos os aspectos e detalhes dos direitos autorias, nossa pretensão é apenas, e exclusivamente, informar, pois, como digo, ter seus direitos respeitados é uma questão de informação e diligência pessoal, e no direito temos um brocardo bem apropriado ao tema, que assim leciona: “o direito não socorre aos que dormem”. Fique de olho vivo nos seus direitos autorais.

lawyer@andrecanuto.adv.br www.andrecanuto.adv.br • DEZ/2015

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proteção patrimonial nada mais é que a construção de um modelo corporativo legítimo e lícito, por meio de planejamento fiscal, societário e patrimonial, fazendo, por consequência, com que a empresa arque com o mínimo possível de obrigações, sem que com isso se distancie de procedimentos legais e também seguros. Até porque o correto é que as empresas paguem apenas o que seja justo, expurgando os indesejados excessos, seja no âmbito fiscal, como no trabalhista, civil e previdenciário. Apesar de haver distinção entre o patrimônio dos sócios e das empresas no ordenamento jurídico brasileiro, não raramente o Poder Judiciário tem se utilizado do instituto da desconsideração da personalidade jurídica, nos âmbitos trabalhista, civil, tributário, consumerista, no intuito de responsabilizar o patrimônio dos sócios ou administradores, afora das hipóteses permitidas em Lei, numa literal banalização deste instituto que tanto o Direito quer preservar, por isto, cada vez mais, o empresário deve estar atento às possibilidade legais de proteção patrimonial.

Foto: Gleyson Ramos

AS VANTAGENS DA PROTEÇÃO PATRIMONIAL E DA SUCESSÃO EMPRESARIAL, COMO FERRAMENTA DE DIMINUIÇÃO DE CUSTOS TRIBUTÁRIOS E PERPETUAÇÃO DA EMPRESA NAS GERAÇÕES FUTURAS

Antonio Faria de Freitas Neto

Advogado, especialista em Direito Empresarial e Imobiliário. Conselheiro da OAB-PE

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antoniofaria@antoniofaria.com.br antoniofaria.com.br DEZ/2015•

Obviamente todo este arcabouço jurídico da proteção patrimonial empresarial há de ser construído respeitando a realidade e individualidade de cada empresa, por meio de um aprofundado estudo das suas peculiaridades, devendo haver a participação ativa do empresário interessado na tomada de decisões, bem como participação de outros profissionais da empresa, como contadores, profissionais de marketing e administradores. A estruturação societária aprofunda a análises nestes específicos institutos de Direito, para que possam ser abarcadas as benesses legais existentes de forma limpa, honesta, e transparente, que em nada tem a ver ou se correlaciona com os mirabolantes planos fraudatórios, ilegais, criminosos e imorais, cujo objetivo é preterir eventuais credores e/ou o Fisco. Dentre os benefícios desta empreitada está o planejamento sucessório - já que por falta deste muitas empresas se perderam no passar das gerações, exatamente por conta dos conflitos familiares; a proteção contra terceiros e também em decorrência dos naufrágios sentimentais; aproveitamento de incentivos tributários; até um certo ponto, a proteção do patrimônio pessoal do sócio; a facilitação da gestão empresarial.


ENQUANTO ISSO, NO JUDICIARIO... Por: Manuella Asfora Russell Higashikawauchi

SuperSimples – Uma Conquista de todos os advogados

Pernambuco unido em defesa do Exame de Ordem

Luta histórica da OAB, a inclusão da advocacia no Supersimples foi sancionada pela Presidente Dilma, e institui um novo patamar de alíquota à advocacia, com a unificação de oito impostos federais, estaduais e municipais (ISS, PIS, Cofins, IRPJ, CSLL, IPI, ICMS e INSS) e a redução da carga tributária, possibilitando que escritórios com receita bruta anual de até R$ 180 mil paguem alíquota de 4,5%., beneficiando, principalmente, os pequenos escritórios e jovens advogados.

Uma frente suprapartidária foi formada pela OAB-PE, em apoio à manutenção do Exame de Ordem dos advogados do Brasil, que torna apto o bacharel em Direito a defender a sociedade. Dos 25 que compõem a bancada pernambucana na Câmara Federal, 17 lutam pela rejeição do projeto de Lei nº 2154, que prevê o fim do exame de ordem, de autoria do deputado Eduardo Cunha, que voltou à pauta da Câmara Federal em janeiro deste ano.

Diga não à redução da Maioridade Penal

O novo Código de Processo Civil e as Conquistas da advocacia

É o que conclama representantes de várias instituições e cidadãos, ao repudiar a decisão da CCJ da Câmara Federal, que recentemente aprovou a PEC nº 171/93, com a intenção de reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos de idade. A medida não acolhe o clamor social pela redução dos elevados índices de violência na sociedade, pelo contrário, cuida de potencializar a criminalização de uma significativa parcela da população, composta pelos adolescentes em situação de risco ou em condição de vulnerabilidade social.

O Novo Código de Processo Civil, sancionado em 16 de março de 2015, traz em seu texto um pacote de conquistas para os advogados. Destacam-se a contagem de prazos em dias úteis, o fim do aviltamento de honorários pelos juízes, os honorários advocatícios para os advogados públicos, os honorários advocatícios na fase recursal, as férias para os advogados, com a suspensão dos processos e audiência e julgamentos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro; e a garantia de respeito à ordem cronológica para julgamentos e a intimação na sociedade de advogados.

PEC da Bengala e o quinto constitucional em Pernambuco Caso o STF acolha a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5.316), proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros, em que requer a suspensão das decisões de diversos Estados da Federação que estendem a PEC da bengala aos demais membros da magistratura, os advogados pernambucanos enfrentarão as urnas por duas oportunidades, ainda este ano, para substituição de desembargadores do TJPE e TRT6, para vagas destinadas ao quinto constitucional. • DEZ/2015

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iversos entes públicos do País, ao exemplo do Município do Recife, vêm adotando, perante seus contribuintes, uma prática de cobrança coercitiva de índole administrativa, representada pela apresentação para protesto de suas certidões de dívida ativa (CDA), a despeito de dispor tais pessoas de direito público de meio jurídico específico para perseguir seus créditos, tal como lhe é facultado fazer por meio de execução fiscal (art. 1º, LEF). Entretanto, nota-se que muitas dessas cobranças administrativas vêm sendo realizadas em situações nas quais o contribuinte: a) já pagou o débito; b) o débito encontra-se prescrito; ou c) o mesmo obteve a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Abordaremos, com ênfase, essa última hipótese. Sabe-se que a exigibilidade do crédito tributário poderá ser objeto de suspensão nas hipóteses discriminadas no artigo 151, do CTN, que compreende as situações fáticas alusivas à (i) moratória; (ii) o depósito do seu montante integral; (iii) a tramitação de reclamações e recursos em sede de processo administrativo ainda não albergados pelo trânsito em julgado de suas decisões; (iv) liminar em mandado de segurança ou antecipação de tutela em outras espécies de ação judicial; e (v) o parcelamento do respectivo crédito. Ora, a suspensão da exigibilidade do crédito tributário pelo ente público alcança não apenas a cobrança judicial representada na execução fiscal, mas há que se compreender alcançar também aquela cobrança administrativa e coercitiva representada pelo protesto da CDA, especialmente quando se sabe as graves e danosas repercussões à honra objetiva e subjetiva de uma pessoa, natural ou jurídica, pelo advento da negativação de seu nome. Afinal, “segundo remansosos precedentes oriundos do Superior Tribunal de Justiça, em se tratando de indevido protesto de título ou de ilegítima negativação em cadastros protetivos do crédito, o dano moral concretiza-se ‘in re ipsa’, independentemente de prova do prejuízo, ainda que atingida pessoa jurídica” (REsp. 860.704/DF, rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino). Em outras palavras, a inscrição indevida nos órgãos restritivos de crédito, por si só, caracteriza lesão extrapatrimonial, ensejando, por conseguinte, à vítima o direito a uma indenização conforme a extensão do dano (art. 944, CC) e de acordo com as disposições do art. 5º, incs. V e X, da Constituição da República de 1988 e do art. 186 do Código Civil.

Foto: Gleyson Ramos

DO CABIMENTO DE PERDAS E DANOS NO PROTESTO INDEVIDO REALIZADO POR ENTE PÚBLICO PARA COBRANÇA DE TRIBUTOS

JOSÉ NELSON VILELA BARBOSA FILHO Advogado, especialista em Direito Processual Civil, Direito Constitucional, Direito Administrativo e em Direito Tributário.Conselheiro da OAB-PE e Professor Honorário da Escola Superior de Advocacia ESA. nbarbosa@nbarbosa.adv.br

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Tomando-se por base o Município do Recife, nota-se que essa edilidade, mesmo nos casos em que há parcelamento e também naqueles em que há depósito judicial integral do tributo, vem levando a protesto, indefinidamente, certidões de dívida ativa relativas ao IPTU ou ao ISSQN. Todavia, seja em qualquer daquelas situações previstas na norma em referência, ao exemplo do parcelamento ou do depósito, é de fácil cognição reconhecer que, aquele crédito tributário que se acha com a sua exigibilidade suspensa, não poderá se tornar objeto de qualquer cobrança, inclusive de índole administrativa, o que por óbvio atinge o envio para pagamento, sob pena de lavratura de protesto, das suas certidões de dívida ativa. A jurisprudência que vem se firmando no STJ é, infelizmente, no sentido de permitir às pessoas de direito público se socorrerem do protesto de título para cobrança extrajudicial de seus tributos, precedendo-a, pois, à propositura de uma ação de execução fiscal. Todavia, por óbvio, tal faculdade somente poderá ser exercida nos limites permitidos por lei, considerando, inclusive, tratar-se de espécie de ato administrativo estritamente vinculado, pelo que a suspensão da exigibilidade do tributo seria causa impeditiva ao exercício desse direito. Eventual cobrança administrativa em desfavor de contribuintes que se encontrem albergados por qualquer das situações fáticas previstas no alhures referido artigo 151, do CTN, além do caso de débito já pago ou mesmo prescrito, há que ser considerada como arbitrária e, em sendo lavrado o respectivo protesto, esse deve ser reputado ilegal, dando ensejo a que tais contribuintes possam e devam se socorrer da tutela jurisdicional do Estado com vistas a uma indenização por danos morais e materiais, estes últimos na modalidade de danos emergentes e lucros cessantes, pois o protesto arbitrário e injusto lhes ocasionou uma negativação indevida do nome da pessoa, quer natural ou jurídica, representada por um dano (lato sensu) susceptível de ser indenizado.


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Seu Direito

Tire suas dúvidas com nossos especialistas. contato@emporioparadigma.com.br

Direito CIvil Nosso leitor Marcello La Greca Marroquim pergunta ao especialista em Direito Cívil. Qual a diferença entre a lei e a justiça, sobre o direito e o justo? Prezado Marcello, nem tudo que é legal é justo e nem tudo o que é justo é legal. Como dizia Rui Barbosa, o grande desafio do jurista não é somente buscar a lei, mas fazer a justiça. A justiça é maior que a lei. A lei, por vezes, é injusta ou mesmo inconstitucional. Tanto é assim, que existe a ADPF - Ação de Descumprimento de Preceito Constitucional, que serve, justamente, para atacar uma lei que seja inconstitucional, portanto ilegal. A justiça é diferente da legalidade. Prefiro ficar com o justo do que com o legal. O justo sempre é o justo. O legal, por vezes, não é o legal e, portanto, injusto. NOSSA LEITORA REGINA AMÉLIA MONTEIRO PERGUNTA: Foto: Hugo Jarocki

Ramiro Becker Advogado, especialista em Direito Empresarial, com foco em contratos societários e Direito Imobiliário. Presidente da comissão de Direito Imobiliário e Conselheiro Estadual da OAB-PE e Membro da Comissão de juristas para reforma do Código Comercial e revisão do Código de Normas Notariais da Corregedoria de Justiça de Pernambuco rb@beckeradvogados.com.br

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Sancionado o CPC. Qual as vantagens da mudança geral do CPC? Prezada Regina, o novo CPC foi sancionado em 16/03/15, pela Presidente Dilma, e essa sanção põe em prática uma forma mais moderna e atual de se dar agilidade e efetividade às decisões judiciais. Essas modificações, contudo, vão muito além das questões técnicas-processuais e atingem às relações familiares e empresariais, de forma muito positiva. Tratando resumidamente das questões de ordem técnica-processual, importante que se diga que a vigência desse novo código somente se dará dentro do prazo de um ano, e que os pontos de maior relevância dessas modificações são: Juízes ficam impedidos de julgar causas de parentes de até 3 grau; As causas devem ser julgadas em ordem cronológica; Diminuise a quantidade de recursos, a exemplo dos embargos infringentes; Institui-se as demandas repetitivas, ou seja, matérias já tratadas serão decididas de uma única forma; Os tribunais passam a ser obrigados a criar centros de conciliação e mediação; Os prazos processuais passam a ser em dias úteis e haverá suspensão de prazos entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro de cada ano; As defesas poderão ser feitas por vídeos conferências; Os débitos decorrentes de decisões judiciais não cumpridas passam a ser inscritos nos órgãos de restrição cadastral. Uma questão de muita relevância é que, a partir de então, nas ações judiciais onde se busque uma reintegração de posse, em terras invadidas há mais de um ano, o juiz fica impedido de conceder medida liminar, sendo obrigado a marcar audiência de conciliação. Dessa forma, os proprietários de terra deverão ficar atentos para agirem antes de alcançado tal prazo. No que se refere às questões familiares, as modificações foram as seguintes: Fica mantida a prisão por falta de pagamento da pensão alimentícia, com a ressalva de que o preso deve ficar em local próprio, afastado dos presos comuns; O casal poderá optar em ingressar com a separação judicial antes de partir para o divórcio. No que pertine às questões empresariais, surgiram: Não será mais possível se penhorar a conta corrente de uma empresa pela via liminar; não poderá ser determinada, por um juiz de primeiro grau, a intervenção judicial de uma empresa e essa intervenção só poderá ser decretada em último caso e desde que haja essa possibilidade na lei do CADE; Os bens dos sócios não podem mais ser confiscados por via liminar, mas somente após a ouvida de todas as partes envolvidas na questão. Assim, é inegável que o Novo Código Processual traz em seu bojo questões atuais, modernas e que visam assegurar e, ao mesmo tempo, acelerar o direito das partes e, em paralelo, impedir que as empresas continuem em uma situação de tanta vulnerabilidade.


Direito Trabalhista Nosso leitor Adriano de Alcântara Velho Barreto pergunta ao especialista em Direito trabalhista. O que a empresa pode fazer para se resguardar de funcionários mal intencionados, que entram na mesma para aprender o serviço e atuam de forma desidiosa, para serem demitidos e, por fim, receberem a indenização? Prezado Adriano, não existe na legislação trabalhista uma ferramenta que nos possibilite prever, no ato da contratação, a má fé do empregado, mas nos municia com elementos que minimize prejuízos e evite riscos de uma má contratação. O artigo 443, § 2º, C, da CLT, prevê a contratação temporária em regime de experiência, uma modalidade do contrato por prazo determinado, cuja finalidade é verificar a aptidão do empregado para exercer a função para a qual foi contratado, incluindo expertise e adaptação ao perfil da empresa.

Foto: Hugo Jarocki

Paulo Vasconcellos Advogado, especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Coordenador Trabalhista da Escola Superior de Advocacia ESA paulo@berardovasconcellos.com.br

Segundo os artigo 445, parágrafo único e 451 da CLT, a contratação experimental não poderá exceder 90 dias e, respeitando esse limite temporal, somente pode ser renovado uma única vez. Não há previsão legal para o período mínimo de cada uma das duas frações do contrato de experiência, porém a jurisprudência tem entendido que deve ser de no mínimo 30 dias, ou seja, 30/60, 60/30 ou 45/45. A possibilidade de fracionamento dos 90 dias do contrato de trabalho em dois, é importante para evitar a indenização prevista no art. 479, pois se for verificado pelo empregador que o empregado com contrato de experiência não será aproveitado dentro do primeiro período do contrato, este pode não ser renovado, se extinguindo nesse momento, sem a referida indenização, além do que, tal modalidade quando resolvido o contrato, ou seja, encerrado no prazo previsto, e seus benefícios são enxergados nessa rescisão contratual, já que não são devidos aviso prévio indenizado e multa de 40% de FGTS. O contrato de experiência pode ser rescindido antecipadamente por qualquer uma das partes, e o pagamento de aviso prévio está condicionada à inclusão de cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, conforme dispõe o art. 481 da CLT, porém, se o término antecipado do contrato de trabalho for por iniciativa do empregador, ensejará o pagamento de indenização equivalente à metade da remuneração que o empregado teria direito até o final do contrato, conforme dispõe o art. 479 da CLT. Diante disso, é importante que todas as contratações de sua empresa sejam feitas na modalidade de experiência, bem como qualquer investimento no empregado seja realizado apenas após constatar que este será efetivado. Importante destacarmos também que, independentemente da modalidade de contratação, o turnover funcional gera custo e esforço da empresa, bem como a expõe a risco de reclamações trabalhistas. Então o critério de contratação é fundamental para mitigar os erros na seleção de equipe, incluindo em seu processo, a tríade indicação/ qualificação/entrevista, buscando sempre permanência longas em empregos anteriores, bem como o motivo da resilições contratuais, são bons indícios que podem ser o diferencial entre uma boa ou má contratação.

Direito Previdenciário Nossa leitora Carina Ibernom Frej pergunta ao especialista em Direito Previdenciário. Como são feitos os cálculos da aposentadoria especial do Regime Geral de Previdência Social? Em todas as hipóteses, quais os limites mínimos e máximos do valor dos benefícios previdenciários? Nos cálculos se inclui a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição atualizados?

Foto: Gregorio Rosa

Paulo Perazzo Advogado, especialista em Direito Previdenciário. paulo@perazzo.adv.br

Prezada Carina, nos benefícios programáveis (tempo de contribuição, dos professores, por idade, especial e dos deficientes), o cálculo leva em conta 80% dos maiores salários de contribuição de julho de 1994 até o dia da aposentadoria. Isso significa que se a pessoa tiver 200 contribuições de julho de 1994 até hoje, por exemplo, a média aproveitará os 160 salários “gordinhos” e excluirá os 40 mais “magrinhos”. A pessoa precisa ficar atenta ao fator previdenciário, no caso da aposentadoria por tempo de contribuição e nas aposentadorias dos professores, pois nessas modalidades de benefício o fator previdenciário pode causar uma diminuição significativa no valor dos benefícios, já nas outras modalidades o fator previdenciário não assusta e o trabalhador não sai prejudicado. O valor mínimo de um benefício programável continua sendo de 1 salário mínimo - atualmente R$ 788,00 - e o valor máximo é o teto da previdência social - estipulado em R$ 4.663,75 -, mas devido aos complexos cálculos da lei previdenciária dificilmente é alcançado. • DEZ/2015

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Atol

Por: Manuella Asfora Russell Higashikawauchi

Mergulho na leitura AMOMAR magine você sair com amigos para mergulhar em mar aberto Imergulhava, e, por um descuido, se desgarrar do grupo com o qual ser levado por uma correnteza em direção à Europa

e ficar sozinho, à noite, boiando às cegas. As chances da equipe de busca no meio do oceano durante o dia são de apenas dois por cento. E à noite, praticamente nulas. É esse o enredo do livro “Amomar – O Poder da Superação”, do escritor pernambucano Marcelo Russell, de 55 anos. “Baseado em fatos reais, meu livro conta a salvação de um homem pela fé e força da superação pessoal”, diz Marcelo, que tem o mergulho autônomo como hobby há quinze anos. Juiz de direito há 25 anos, é também autor de livros na área onde atua, como “O Juízo Final”, livro bem acolhido pela crítica especializada. O livro Amomar é uma edição da Babecco, tem 287 páginas e belas fotografias tiradas pelo próprio Marcelo Russell e por profissionais da área. A primeira tiragem foi de 1.000 exemplares, o livro custa R$ 50,00 (cinquenta reais) e toda a renda será destinada à Associação Mãos à Obra, do Frei Damião Silva. Crianças ao Mar “A Menina que Queria ser Peixe” conta a história da esportista brasileira que quebrou o maior número de recordes mundiais para o Brasil: a mergulhadora pernambucana Karol Meyer, que já desceu 121 metros no oceano e ficou mais de dezoito minutos sem respirar, com direito a registro no Guinness Book. Escrito pela jornalista Cláudia Prosini, editora do Globo Esporte Pernambuco, e ilustrado pela designer Juliana Góes, o livro mostra os oito recordes mundiais de Karol, as aventuras da mergulhadora com animais marinhos, como baleias, tubarões e tartarugas, e traz noções básicas sobre o mergulho livre. “Acho bacana as crianças conhecerem a história de Karol e a preocupação da atleta com a preservação da natureza.” diz Cláudia, que é autora também dos livros “Nina e a Tartaruga”, “Nina e o Tubarão” e “Karol Meyer, a mulher do fundo do mar”, versão da história de Karol para adultos. Com 40 páginas, rimas graciosas e belas ilustrações, “A Menina Que Queria Ser Peixe” tem a parceria da Econoronha e do Projeto Tamar. O livro, que custa R$ 30,00 (trinta reais), já foi lançado em Fernando de Noronha, no Colégio Santa Emília, em Olinda, onde foi tema de trabalho escolar, e no Cabanga Iate Clube, durante a programação da Regata Internacional RecifeFernando de Noronha. Para agendar lançamento do livro, com palestra da autora e da mergulhadora, é só entrar em contato com Karol no Facebook @ameninaquequeriaserpeixe.

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Foto: Gleyson Ramos

INOVANDO

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onnie Preuss Duarte, que já mostrou grande competência e dinamismo quando dirigiu a ESA, deixa a sua marca na gestão da CAAPE. A realização de pesquisa na classe para balizar as iniciativas do órgão e a contratação da DELLOITTE para a prestação de consultoria são novidades no âmbito da gestão. Os advogados pernambucanos festejam, ainda, a instalação dos estacionamentos gratuitos no Foro do Recife, Justiça do Trabalho, na Sudene e em Vitória de Santo Antão, bem como as consultas e exames gratuitos para advogados sem planos de saúde, que são alguns dos muitos benefícios inovadores implementados durante a respectiva passagem pela presidência da CAAPE.


Foto: Déborah de Brito

DJ SARDINHA, QUALIDADE PARA SEUS OUVIDOS

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onhecido pela qualidade no que faz, DJ Sardinha coloca toda sua experiência musical - adquirida, em seus mais de 20 anos, nas melhores boates, festas e eventos da cidade de Recife e fora dela - em

seu mais novo projeto, o Sound Designer. Em breve ele estará lançando o Sound Designer em Recife, para os bares, restaurantes, lojas, hotéis e todo tipo de estabelecimentos que possuem sonorização ambiente. Para quem quer deixar a programação musical da sua loja ou empreendimento no estilo dela, o Sound Designer busca trazer o melhor para os ouvidos de seus clientes.O projeto anda na fase de testes finais para que tudo seja oferecido com a qualidade de serviço que ele sempre preza. No “corre pra lá e pra cá”, DJ Sardinha hoje divide seu tempo, entre shows e eventos, com os projetos em paralelos do Sound Designer e suas agências, a de publicidade, Santa Agência Comunicação e a de DJs, Engenho Sonora. Mesmo com toda essa correria do dia-a-dia, ele fala que ainda sobra um tempinho (quase raro) para fazer o que mais gosta, curtir sua casa. Para mais informações ou contrata-lo para festas e eventos, é só ligar para 9.9933-3744 / 9.9171-5373 ou mandar um e-mail para djsardinha@gmail.com ou contatos@engenhosonora.com /djsardinharec

djsardinha

FALE COM A GENTE contato@emporioparadigma.com.br

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o ler as duas primeiras edições da Empório Paradigma, me senti envolvido por uma atmosfera madura e atraente, com uma abrangência de assuntos e temas de interesse incontestável de toda a sociedade pernambucana. A revista nos presenteia com artigos, matérias e pontos de vista isentos e de qualidade, com requinte e sofisticação. O conteúdo rico e elegante nos remete ao centro dos assuntos reportados com a profundidade necessária para equilibrar informação e entretenimento na medida certa, fazendo com que a leitura desta publicação seja um momento de descontração prazeroso e produtivo. Parabéns a Manuella Asfora Russell Higashikawauchi, pela competência com que tem capitaneado esse belíssimo períodico editorial.

Rodrigo Reynaldo Alves Diretor da RV Refeições Industriais

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sta revista é um presente para sociedade pernambucana, com informações importantes

de assuntos essenciais que vêm na hora certa. A felicidade de Manuella A. R. H. estar à frente da revista, nos dá a honra de termos sua elegância em cada matéria, em cada página com seu estilo inigualável e auspicioso, com sentimento que é a linguagem da alma, pois as melhores e mais bonitas coisas no mundo devem ser sentidas com o coração. A cada revista vemos a prática do conhecimento da comunicação em profundidade para fazer a Empório Paradigma cada vez melhor.

MARINA BRUSCHI Velejadora / Artista Plástica / Designer • DEZ/2015

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Entrevista Daniel Coelho O NOVO COELHO DA CARTOLA Foto: Assessoria /PSDB

Manuella Asfora Russell Higashikawauchi

Com apenas 36 anos de idade, Daniel Pires Coelho vem se consolidando como um dos principais representantes da nova geração de políticos pernambucanos. Casado, pai de um filho e formado em Administração pela Universidade de Pernambuco (UPE), Daniel Coelho teve uma trajetória política meteórica. Filho do ex-deputado João Coelho, começou a trilhar seus primeiros passos na carreira política com apenas 26 anos de idade, quando foi eleito pela primeira vez vereador do Recife em 2004, pelo Partido Verde (PV). Sua bandeira política sempre foi ligada às questões do meio ambiente e da fiscalização das contas públicas. Bem sucedido como voz atuante da bancada de oposição no município, foi reeleito vereador em 2008 e, dois anos mais tarde, se elegeu deputado estadual, com mais de 47 mil votos. Teve atuação de destaque na Assembleia Legislativa, como um dos deputados mais atuantes na casa e também pela sua posição oposicionista. E justamente por não concordar com rumos divergentes tomados pelo seu partido após as eleições, Daniel deixou o PV e se filiou ao PSDB em 2011. Nas eleições municipais de 2012, concorreu pela primeira vez ao cargo de prefeito do Recife. Saindo com 5% nas primeiras pesquisas de intenção de voto, Daniel Coelho cresceu vertiginosamente durante a campanha e, por muito pouco, não forçou o segundo turno com o atual prefeito Geraldo Júlio (PSB). Terminou com 27% dos votos válidos, em segundo lugar. Era a afirmação definitiva de seu nome como uma nova opção do eleitorado pernambucano. Em 2014, Daniel se elegeu pela primeira vez Deputado Federal, como o sexto mais votado de Pernambuco, com mais de 138 mil votos. Em Brasília, ele vem tendo atuação de destaque na Câmara Federal, na cartola da política pernambucana, Daniel é como o novo Coelho, com projetos arrojados e um discurso de mudança no cenário atual, como oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff, atuação esta que já o coloca como um provável nome a sucessão municipal em 2016. Mesmo na capital federal, segue atento aos problemas que afetam a vida do recifense, como a mobilidade urbana, segurança pública e a preservação do meio ambiente. E são destas questões importantes para a população que o deputado fala com exclusividade para Revista Empório Paradigma nesta entrevista. • DEZ/2015

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Entrevista Daniel Coelho EP - Deputado, qual a avaliação pessoal que o senhor faz destes meses de mandato como Deputado Federal? DC - Cheguei na Câmara num momento muito único da democracia brasileira, com uma presidente da República contestada, com um governo com maioria muito frágil. Eu tenho tentado nesse momento fazer oposição, mas de forma responsável. Entendendo que nós não podemos prejudicar o país, mas também não podemos deixar de investigar os casos de corrupção que estão preocupando a todos. Fico muito satisfeito com o primeiro semestre, consegui assumir a segunda vice-liderança do partido e um espaço dentro da Executiva Nacional, o que demonstra reconhecimento do PSDB pelo trabalho que estou fazendo. EP - Em 2012, o nome de sua candidatura surgiu como uma “novidade” na eleição para prefeito do Recife e por pouco acabou não disputando o segundo turno. Como foi ter participado de uma campanha onde o senhor entrou como “azarão” no começo da campanha e quase terminou eleito?

“A próxima eleição municipal caminha para ser uma eleição de dois turnos. Diferentemente da última, quando o prefeito eleito tinha por trás a popularidade do governo do Estado, que estava em alta, hoje ele vai ter que defender a sua própria gestão, que não está bem avaliada.”

DC - A campanha de 2012 foi uma daquelas oportunidades em que eu não fui eleito, mas me considero vitorioso. Nós tínhamos um tempo reduzido de televisão, poucos recursos e, mesmo assim, tivemos uma votação muito expressiva, não chegando ao segundo turno por apenas meio por cento. As pessoas compreenderam bem a nossa proposta de mudança para a cidade, de uma política diferente da que ainda é praticada até hoje pelos que governam, o que nos dá uma expectativa muito positiva para o futuro.

EP - Apesar de ainda faltar algum tempo, o senhor já aparece nas pesquisas como um dos nomes favoritos à próxima eleição municipal. Como tem avaliado o quadro político que se desenhará para as próximas eleições municipais? DC - A próxima eleição municipal caminha para ser uma eleição de dois turnos. Diferentemente da última, quando o prefeito eleito tinha por trás a popularidade do governo do Estado, que estava em alta, hoje ele vai ter que defender a sua própria gestão, que não está bem avaliada. Eu acho que hoje 26

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o cenário é difícil, mas, como eu disse, deve ser um cenário de dois turnos e a perspectiva de a oposição vencer é real. EP - Falando do Recife, uma das grandes reclamações do recifense, e que deve ser uma pauta forte nas próximas eleições municipais, tem sido a questão da mobilidade urbana e a ânsia por melhorias por parte da população. O crescimento desenfreado da frota de carros tem tornado a vida do motorista complicada no trânsito nos últimos anos. O que, em sua opinião, se deve priorizar em termos de ações para essa questão? DC - Precisamos incentivar o transporte público, as ciclovias, a questão das calçadas e do pedestre, como também a fiscalização e sincronização dos sinais. Não tem milagre em relação à mobilidade, mas também não podemos ficar como o Recife está. Se olharmos para trás nos últimos três anos, nada foi feito.

EP Ainda sobre mobilidade urbana, algumas obras que eram esperadas para a Copa do Mundo em 2014, como a Via Mangue e o BRT, que poderiam atenuar estes problemas no Recife, ainda não foram finalizadas. Porque houve tanta demora na execução destes projetos? DC - No caso da Via Mangue, é um problema gerencial. A gente já está com o terceiro prefeito na execução dessa obra e a lentidão é imensa, não dá para explicar. O BRT a gente teve a conclusão de algumas linhas, que são metropolitanas e de responsabilidade do governo do Estado, mas também não ocorre na velocidade desejada. Na prática, faltou planejamento para a Copa do Mundo. Foram muitas frentes abertas, sem os recursos necessários previstos. A gestão pública não pode começar uma obra sem ter o dinheiro para terminá-la. Esse talvez seja o maior erro da gestão pública no momento. EP - O Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad,


Entrevista Daniel Coelho tem expandido bastante o número de ciclovias pela capital paulista. Recife está preparada para uma expansão parecida com o número de ciclovias no futuro? DC - O Recife pede por isso e acho que está preparado. A gente não pode repetir alguns erros que ocorrem em São Paulo, quando você faz ciclovias que têm pouco movimento. É necessário que se faça um estudo de origem e destino. Não dá para planejar o trânsito da cidade sem você saber onde as pessoas moram e para onde elas querem ir. Dentro de um plano de origem-destino, a gente pode planejar uma rede de ciclovias que atenda não somente o lazer, mas principalmente o transporte da população.

turismo nos centros das grandes cidades? DC - Sem dúvida que esporte, lazer e cultura têm um papel importante na recuperação de espaços urbanos e acho que medidas bem sucedidas, que tenham aprovação popular, devem ser mantidas independente da gestão. EP - O Geraldão, um dos símbolos esportivos da cidade, finalmente começou a ser reformado após anos de abandono. Como evitar um novo “sucateamento” deste e de outros centros esportivos?

EP - Outra queixa que a população do Recife faz há alguns DC - Os centros esportivos precisam ter utilidade anos é de falta de melhorias na questão da iluminação pública, e a população precisa ter acesso. Precisamos que acaba até favorecendo estimular o esporte amador ao aumento da violência e, claro, é necessário em certos bairros da prioridades e investimento. “Cada líder tem o cidade por conta de ruas As obras do Geraldão mal iluminadas. O senhor começaram, mas estão hoje seu papel, tem a sua concorda com as críticas a passo de tartaruga, nem conjuntura histórica. de que Recife é uma cidade perto de serem concluídas. muito “escura”? Acho que ninguém EP - A vida de um substitui ninguém, DC - Sem dúvida. No governante ou de um passado, o Recife já foi parlamentar sofre muitas cada um tem o seu uma das capitais com mudanças a cada mandato. espaço de uma forma melhor iluminação do país. Houve muitas alterações Hoje nós perdemos essa nos hábitos diários do diferente.” condição e, com certeza, a senhor nesta transição de iluminação falha favorece a deputado estadual para criminalidade. deputado federal? O que costuma fazer nas horas livres? EP - O senhor sempre foi um parlamentar defensor das questões do meio ambiente. E a cidade do Recife sofre com várias DC - O tempo ficou mais curto e eu terminei questões ligadas ao assunto. Por exemplo, uma arborização ficando sem as horas livres. Passo a semana mais adequada na cidade, o acúmulo de lixo em vias públicas em Brasília e no fim de semana, eu passo no que entopem galerias, a temperatura da cidade cada vez mais Recife, tentando dar conta das atividades aqui alta por conta do efeito estufa e córregos e rios que não são no Estado. Então, o tempo ficou muito curto e a adequadamente limpos. Como Recife pode avançar ainda mais maior mudança talvez tenha sido exatamente as na questão ecológica? horas livres, que cada vez são mais raras. DC - Existem várias ações importantes, mas a principal é a educação ambiental. Nós precisamos educar a nova geração, precisamos usar a verba de publicidade da prefeitura dar foco na questão da educação ambiental, na questão da civilidade e da convivência urbana.

EP - Como, em particular, o senhor lida com as críticas que seu mandato recebe, seja da população ou da imprensa? É algo que pessoalmente lhe chateia ou é hora de “ligar o filtro” e retirar o que é de fato construtivo?

EP - Deputado, ações culturais e esportivas na cidade como o projeto “Recife Antigo de Coração” têm sido bastante elogiadas pela população, por terem dado um novo ânimo a vida do Recife Antigo nos finais de semana. É a prova de que o investimento em esporte, lazer e cultura é a saída para a revitalização do

DC - A crítica é um instrumento de reflexão e eu não me incomodo se, por ventura, eu receba uma crítica. Mas tenho recebido muito mais elogios em relação à condução do nosso mandato. Nós sempre fazemos um filtro e, se • DEZ/2015

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Entrevista Daniel Coelho a crítica for construtiva, ela vai nos ajudar a melhorar o nosso trabalho. EP - Deputado, a trágica perda de Eduardo Campos no ano passado deixou uma grande lacuna no cenário político do Estado. O que as novas lideranças políticas, como o senhor e as que virão a surgir, devem ter para preencher esta lacuna de “liderança” na política pernambucana? DC - Cada líder tem o seu papel, tem a sua conjuntura histórica. Acho que ninguém substitui ninguém, cada um tem o seu espaço de uma forma diferente. O importante é que a nova geração de políticos olhe para o interesse da sociedade e não simplesmente para seus projetos individuais.

cada um deles. Em alguns casos a população fica dividida, em outros é até contrária a alguma medida tomada, mas é parte da democracia. O que não pode é o Congresso não votar e não decidir, não deliberar as matérias importantes por elas gerarem polêmica. EP - O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB – RJ), tem recebido destaque pelo seu posicionamento forte contra o governo e por suas declarações polêmicas. Como tem sido sua convivência com ele?

DC - Eu não votei nele, não fui eleitor dele por discordar de algumas opiniões sobre temas “A gente está vivendo EP - Falando da situação que para mim são importantes, atual do Brasil, qual a mas entendo que a gente vive um presidencialismo avaliação que o senhor numa democracia e ele foi sem presidente, então faz do momento vivido na eleito pela maioria. Então, me política brasileira? O senhor sinto obrigado, pelo processo o Congresso às vezes teme por um agravamento da democrático, a conviver com ele, parece não ter muito crise ou é possível aglutinar mesmo não concordando com forças para ajudar a superar tudo o que ele faz. É verdade rumo. É natural que este momento turbulento? que há um enfrentamento temas polêmicos, da parte dele para com o DC - Acho difícil a gente não governo, mas a análise dos ao serem votados, ter um agravamento pelos sete primeiros meses mostra gerem algum tipo de próximos meses, mas em que ele e o governo têm se insatisfação. Mas é alguma hora o país sai disso. posicionado a favor dos mesmos A gente vai voltar a crescer, temas. O ajuste fiscal, que foi parte do Parlamento se voltar a gerar emprego, extremamente questionado, que posicionar sobre cada mas para isso acontecer a aumentou tributos e tirou receita gente precisa voltar a ter da população mais carente foi um deles.” credibilidade no governo e aprovado numa parceria dele na política. E isso não vai com o governo. Acho relativo acontecer se aqueles que cometeram atos de corrupção não esse contraponto dele ao governo. Se dá em alguns forem punidos severamente. Se a gente tiver que passar por temas, mas em outros eles terminam atuando em mais alguma dificuldade para punir os que não respeitam os conjunto. recursos públicos e que enriqueceram às custas do povo, nós vamos ter que fazer isso. Só assim o Brasil vai voltar a ter EP - Para encerrar: Daniel Coelho por Daniel Coelho? credibilidade. DC - Sou alguém que tem esperança no futuro, que EP - O Congresso Nacional tem recebido fortes críticas entende os problemas que o Brasil tem hoje, mas eu recentemente da opinião pública, por ter aprovado projetos acredito no povo brasileiro, nas instituições. Acho que polêmicos, como a PEC da terceirização, a PEC da Bengala a Justiça, o Ministério Público, a Polícia Federal e outros e a redução da maioridade penal. Como, particularmente, o órgãos compostos por profissionais concursados e senhor tem analisado a atuação da casa? Está de fato havendo independentes estão nos levando para um caminho um duelo contra a Presidente Dilma Rousseff? sem volta. Um caminho com mais democracia, com mais justiça e sem impunidade. Eu espero que, num DC - A gente está vivendo um presidencialismo sem presidente, tempo curto, a gente possa olhar para trás e ver que então o Congresso às vezes parece não ter muito rumo. É natural esse momento em que a gente vive hoje, onde a que temas polêmicos, ao serem votados, gerem algum tipo de corrupção impera como regra nas relações políticas do insatisfação. Mas é parte do Parlamento se posicionar sobre Brasil, ficou num passado distante. 28

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Cidades melhores para se viver A melhoria da qualidade de vida nos espaços urbanos é um dos maiores desafios da sociedade contemporânea. Um planejamento urbano que devolva a cidade para os cidadãos, que valorize a mobilidade, a acessibilidade, a segurança, a saúde e a educação, conciliando o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável é tão importante quanto à conscientização do indivíduo sobre padrões de consumo e o respeito ao espaço em que se vive. Nos últimos 20 anos a vida dos brasileiros melhorou consideravelmente da porta de casa para dentro, principalmente a Classe C, mas da porta de casa para fora, o ambiente exige investimentos nos diversos setores. A maioria absoluta da população encontra-se insatisfeita com os serviços públicos e cobra cidades mais seguras e melhores geridas, cidades planejadas para os pedestres, para as crianças, para os idosos, para os cadeirantes, cidades que assegurem a mobilidade de todos os cidadãos. As discussões sobre qualidade de vida têm sido pauta recorrente na implantação de políticas públicas, especialmente, com a evolução das estratégias de planejamento urbano. Os resultados obtidos entre as relações que se estabelecem entre a qualidade de vida e a implantação de equipamentos públicos - como praças, parques, centros de esporte e lazer, ciclovias, academias ao ar livre e bibliotecas - são uma constatação, um referencial para os investimentos públicos nos ambientes urbanos, nas mais diversas cidades do Brasil. Busca-se, como objeto do nosso mandato parlamentar, o apoio incondicional à destinação de orçamento que garanta a adequação dos espaços urbanos e rurais do nosso Estado, no sentido de proporcionar uma vida nova para os pernambucanos que necessitam de serviços básicos do poder público.

Foto: Divulgação

Paradigmando

Por: Lucas Cavalcanti Ramos É administrador de empresas e deputado federal (PSB). lucasramosascom@gmail.com

Entendemos que é preciso apoiar iniciativas inovadoras que visem minorar os problemas do dia-a-dia, a exemplo da ampliação dos Centros Comunitários da Paz (Compaz), em execução pelo prefeito do Recife, Geraldo Júlio, que contarão com teatro e biblioteca de alto padrão; espaço de acesso à Justiça, com os serviços do Ministério Público, Defensoria Pública e Procon; salas para mediação de conflitos, apoio às famílias e capacitação profissional. Verdadeiras fábricas de cidadania. Exerceremos assim um mandato para todos, promovendo cidadania nos quatro cantos do Estado, multiplicando ações exitosas, combatendo falhas, apoiando os municípios na captação de recursos para investimentos nesses espaços urbanos, com atividades de lazer, prática de esportes e ações culturais. Dessa forma, vamos contribuir, efetivamente, com o governador Paulo Câmara para Pernambuco continuar avançando.

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Arquimix Por:

Ju Nejaim

Fotos: Gleyson Ramos

Mesa Posta R

eceber convidados em casa é sempre uma oportunidade de mostrar o carinho que temos pela família e amigos. Uma mesa bem posta e decorada de acordo com a ocasião faz toda a diferença. A arquiteta Mariana Russo, do escritório Russo Ventura Arquitetura, nos recebeu em sua casa para fazermos dois tipos de decoração na sua mesa de jantar, uma para a noite e outra para o dia. A primeira composição, feita por Mariana, foi elaborada para receber amigos à noite, em um jantar refinado. Unindo elegância e descontração, ela combinou as cores dos copos âmbar e guardanapos vermelhos com as cadeiras da mesa e os objetos envolvidos na decoração da sala. Para deixar mais sofisticado optou por peças com transparência, como os belíssimos souplas em vidro e os três vasos em alturas diferentes, decorados com as flores carinho de mãe, dando o toque final à sua mesa. A segunda composição, elaborada por mim, foi feita para receber os amigos em um almoço tropical. Optei por usar elementos naturais como palha, bambu e cerâmica, dando um ar mais despojado à mesa. Na fruteira redonda, fiz um arranjo com abacaxis, folhas e lírios amarelos. O destaque vai para os guardanapos bordados com a fruta e também para o porta-guardanapo em formato de abacaxi, onde é possível colocar um cachinho de flores em cada um, como um presente de boas vindas para os convidados. Agora é só organizar o cardápio e servir! Agradecimento especial à loja Particolare. Av. Agamenon Magalhães, nº 2936 / sala 1403 Fone: 3036.6986 email: junejaim.projetos@gmail.com 30

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By: Mariana Russo

By: Ju Nejaim • DEZ/2015

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Seus passos esta de casamento, com bolo e champanhe servidos na sacristia da igreja para os F convidados, já pode ser considerada coisa do passado. Hoje ela é tratada como uma mega produção, que não se resume a dois momentos: o religioso e o da recepção e seus comes e bebes. Atualmente há diversas empresas que organizam desde a cor do esmalte da noiva até o que será jogado no casal ao fim da cerimônia, como o arroz, por exemplo, uma tradição chinesa que simboliza desejo de fartura e de fertilidade aos recém-casados. Para não deixar escapar nenhum detalhe, muitos noivos se programam durante anos e se dedicam de corpo e alma à organização da festa. Tudo começa com a pré-produção: escolha do cenário, da decoração, das roupas e maquiagem, do penteado, da trilha sonora, do que os noivos vão falar no altar, entre outros itens. Um detalhe importante é o sapato que a noiva irá usar. O ideal é que seja bonito e confortável ou até mesmo feito ao molde dos pés, pois a festa pode durar até o sol raiar e ninguém merece começar a vida a dois com os pés cheios de calos e bolhas. Para que as mulheres possam descer do salto, muitos casais distribuem chinelos na festa, que são levados de lembrança pelos convidados. As sandálias, feitas para a ocasião, podem trazer estampadas as iniciais ou até mesmo a caricatura dos noivos. O transporte que vai conduzir a noiva até a igreja também tem que ser planejado. E pode variar de uma carruagem de princesa a carros antigos, esportivos ou de luxo, como as tradicionais Limousines. A escolha das bebidas também faz a diferença. Além de um bom uísque, champanhe e espumante, empresas especializadas também apostam nos barris de chope e em drinques e coquetéis exóticos com frutas, que podem ser servidos com ou sem bebida alcoólica. E não dá para esquecer o bolo, que é feito de várias formas e para todo tipo de gosto, desde o tradicional de ameixa e outras frutas até o de rolo. Para enfeitar o bolo, lá estão os bonecos de biscuit, que lembram características do casal. Não menos importante é a mesa de doces, objeto de desejo da maioria dos convidados. Elas trazem delícias cada vez mais sofisticadas, como brigadeiros de pistache e paçoca, creme brûllé, toblerone, quadradinho de nozes, flor de amêndoas, casquinha de jabuticabas com amora, chocolate com ameixa, avelã com nutella e tacinhas de chocolate com cerejas. Na fase da produção da festa, tudo o que foi programado é posto em prática e, muitas vezes, vai além do que havia sido planejado. Na pós-produção, entram em cena os books fotográficos, a filmagem e a tão esperada lua de mel. Nem todos os casais podem fazer uma festa grandiosa, mas sonham com um dia especial, que fique marcado para a vida toda.

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antes do “sim”

O planejamento de um matrimônio não se resume à cerimônia. Aqui você encontra o passo a passo para que o seu dia D não tenha defeitos. Na Índia, quem trata desses detalhes é a família dos noivos, que vê no enlace, a possibilidade de fazer um bom negócio. Pais oferecem filhos e filhas nos classificados dos jornais. A sociedade é dividida em castas, de acordo com a profissão e a origem das pessoas. Lá, os casamentos são arranjados. Muitas vezes, os noivos só se conhecem na hora da festa. Na tradicional cerimônia, a noiva chega amparada pelas mulheres da família e carregada de joias. E o noivo mais parece um rei. Voltando à produção aqui no Brasil, as novas tendências para a organização da festa variam de acordo com o gosto das pessoas envolvidas. Realizar a cerimônia em igrejas não é mais a preferência da maioria. Os organizadores e noivos estão optando por outros espaços. Casamentos na praia, em parques, em hotéis ou em casas de festas são a cada dia mais frequentes. É unir o útil ao agradável. E já que a tendência é mudar os padrões, por que não ousar? Designers de roupas falam sobre a mudança das cores tradicionais para as que têm um significado especial para o casal. Atualmente é comum ver vestidos mais simples, sem caudas longas e véus que escondam o rosto da noiva, além de cores mais fortes como preto, vermelho e roxo. Um exemplo dessa informalidade foi o casamento dos músicos Avril Lavigne e Chad Kröeger, que usaram o preto na decoração da festa, no buquê e no vestido da noiva. A ousadia também foi parar nos buquês, que podem ser feitos de bonecos de Santo Antônio, que se separam quando são atirados pela noiva e ajudam as solteiras a arranjar marido. Há noivas que preferem jogar sapos de pelúcia, quem sabe desejando que as amigas encontrem um príncipe encantado. E até os noivos entram nessa brincadeira. A moda agora é lançar uma caixa vazia de uísque. O sortudo que consegue ficar com ela, leva a garrafa lacrada para casa. E nesse clima de brincadeira e descontração, há noivos que usam fantasias, como a de super-homem. Quanto aos convidados, não ficam mais observando tudo acontecer. Eles participam de todo o ritual, mesmo que indiretamente e ainda conseguem uma participação “extra” nas fotos e filmagem. E os books fotográficos podem ser feitos antes mesmo da cerimônia. Por conta do bom retorno e do alto investimento, muitos fotógrafos estão escolhendo essa área para trabalhar. A lista de presentes também entrou no pacote das festas, pois as lojas conseguem lucrar – e muito – com os casamentos. Empresas foram criadas com essa finalidade, importando produtos específicos para quem está montando a casa. As preferências do casal são incluídas na lista, como as cores e o visual retrô ou moderno dos objetos. Esses foram apenas alguns detalhes para mostrar como dá trabalho fazer uma festa de casamento. Nas próximas páginas você vai conferir o roteiro completo com serviços exclusivos para a montagem de um evento inesquecível.

Por: Manuella Asfora Russell Higashikawauchi Fotos: Álvaro Di Paula e Gleyson Ramos

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Pensou em festa? A MiA Promove I

magine ser convidado para a própria festa de casamento, com tudo do jeito que você sempre sonhou, e sem ter o menor trabalho para organizar todos os detalhes que uma cerimônia de grande porte requer. Sim, isso é possível. Essa é a função das assessorias, que indicam todos os profissionais que serão contratados para o evento e orientam os casais desde a escolha do convite e do vestido da noiva até os itens que irão compor o cardápio do bufê. A publicitária Manuella Asfora Russell Higashikawauchi, aplicou a experiência de dez anos no mercado de assessoria em comunicação, imprensa e marketing, além de expertise na área de criação e formatação de eventos, para abrir uma assessoria especializada. Convidou Ana Frej, administradora especialista em gestão financeira de grandes empresas e amiga desde a época do colégio, para ser sua sócia na empreitada. A amizade, a cumplicidade, o respeito e a sintonia entre as duas foram fundamentais para que resolvessem trabalhar juntas. O nome da empresa traz um pouco de cada uma. Veio da junção das iniciais de Manuella e Ana – M i A Promove. “Dizemos que a MiA é a melhor amiga da noiva, pois ela nos conta seus desejos e sonhos e nós fazemos de tudo para realizá-los”, dizem as sócias, que também fazem assessoria para festas infantis, batizados, 15 anos, bodas e formaturas. Depois de receber o casal para uma primeira conversa, Manuella e Ana traçam juntas o wedding planner, que inclui o perfil do casamento e o orçamento da festa. A partir daí, direcionam os noivos para os fornecedores. “Acompanhamos os casais em todo o processo com os fornecedores, como escolha de espaço, decoração, degustações do bufê, dos doces e do bolo, e conseguimos bons descontos que, eles sozinhos, não teriam acesso”, revela Manuella. Se os noivos não tiverem tempo para visitas e degustações, a própria assessoria cuida de tudo. O objetivo é diminuir ao máximo o trabalho dos donos da festa. Teoricamente a assessoria deve terminar duas semanas antes do casamento, quando o check list é passado para o cerimonial. Mas a MiA Promove acompanha a cerimônia até o fim, para que tudo saia conforme combinado. “A responsabilidade de cuidar de um evento é imensurável, pois ele acontece ao vivo e sem opção de segunda chance”, completam.

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I 9.9115-8241 - 9.9245-1020 manuella@miapromove.com.br ana@miapromove.com.br /miapromove

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Festa na Villa

foi o tempo em que casar na igreja Jfilasáerasepara o sonho de 10 entre 10 noivas. As conseguir uma vaga nas mais

tradicionais e o alto preço cobrado pelas paróquias estão provocando uma mudança de hábito entre os casais. Sem contar que fazer tudo – a cerimônia e a festa – em um só lugar é muito mais prático e nem todas as igrejas possuem um salão que comporte muitos convidados. É por isso que grande parte dos noivos escolhe as casas de recepções para realizar a festa. Uma das mais procuradas, no Recife, é o espaço Villa Apipucos, comandado pelas irmãs Roberta e Mônica Santiago, sócias da RM Assessoria e Cerimonial. O casarão antigo, localizado no bairro de Apipucos, pode receber até 800 convidados. É climatizado e tem gerador próprio, para que todo o planejamento não vá por água abaixo por falta de energia. A Villa oferece também serviços de limpeza, três porteiros, gerente de festa e um eletricista de plantão para qualquer eventualidade. Roberta e Mônica também cuidam do cerimonial da festa, que inclui o atendimento aos noivos, a organização do check list, a realização do roteiro passado pela assessoria dos noivos, o ensaio do cortejo uma semana antes do casamento, e as últimas ligações para garantir que os padrinhos não se atrasem para a cerimônia e os fornecedores cumpram seus compromissos no horário marcado. Durante a festa, a equipe da RM orienta todos os passos do casal, da entrada no altar até o momento em que a noiva joga o buquê. Em alguns contratos, o cerimonial termina após o corte do bolo. Em outros, o trabalho vai até depois da festa, com a desmontagem da mesa de doces e bolo, o recolhimento de pertences, a entrega da lista de convidados e também dos presentes levados para os noivos durante a recepção. “Os noivos procuram nossos serviços querendo um casamento dos sonhos. E nós mapeamos tudo o que precisa ser feito para que eles se sintam realizados. Nada pode sair errado, pois o tempo não volta atrás”, explica Mônica. A paixão da família Santiago por festas é antiga, começou há 40 anos, com a mãe de Roberta e Mônica, Mercês Santiago, que sempre teve muita habilidade manual. Ela fazia lindos arranjos de cabeça para o carnaval e também de decoração de ambientes. Com esses trabalhos, despertou a admiração das amigas, que a chamavam para enfeitar festas de primeira comunhão, batizados, aniversários e casamentos. No boca-a-boca, a arte de Mercês foi ganhando novos clientes e ela teve que fechar três lojas de presentes que possuía, para abrir o grupo Mercês Santiago e se dedicar à decoração de festas. A habilidade foi passada da mãe para as filhas. Hoje, elas cuidam também de toda a decoração que um casamento envolve: desde os arranjos de cabeça da noiva e das daminhas, dos buquês, até todo o espaço da festa. E contam com um galpão de 1200 m² para guardar todo o material de que necessitam: poltronas, sofás, mesas, peças ornamentais, cortinas, tapetes, passadeiras e câmaras frias de armazenamentos de flores. Para valorizar a decoração, o grupo precisa de uma boa estrutura de grid, para iluminação e som. O trabalho é feito pela empresa Arte Iluminar. Outro detalhe que Roberta e Mônica não deixam escapar na organização de uma festa de casamento é o pagamento da taxa de Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Distribuição) que é calculado de acordo com o número de convidados. O valor cobrado é para garantir o pagamento direitos autorais, pelas músicas que serão tocadas na festa.

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Fotos:Rivaldo Varela.

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Eu quero uma Casa

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ugir do trânsito e do estresse das grandes cidades também é uma boa opção para quem planeja um casamento tranquilo e original. Para escapar da agitação e fazer uma festa rústica e charmosa, uma ótima opção é o Hotel Fazenda Casa de Campo, localizado no Engenho Angicos, no município de Itambé, na zona da mata de Pernambuco, a 90 quilômetros do Recife e a 60 de João Pessoa. A propriedade, que pertence à mesma família há 300 anos, reúne características que proporcionam conforto e sofisticação para os noivos e convidados. A começar pelos apartamentos e chalés, que podem hospedar até 70 pessoas. Todas as suítes têm ar-condicionado, TV, frigobar, banho quente e varanda com rede. Todas as camas são de molas ensacadas e os lençóis, de puro algodão com 300 fios. O chalé imperial, reservado para os noivos, tem ainda um jardim privativo com uma banheira de hidromassagem ao ar livre. Os convidados da festa, que quiserem se hospedar no hotel contam com atrações que só as fazendas proporcionam: pescarias, trilhas ecológicas, passeios de charrete e a cavalo, leite de vaca tirado na hora, além de piscina, sauna, sala de massagem e outros mimos. Para os desportistas, há quadras de tênis, bocha, vôlei de areia e mini campo de golfe. Na fazenda, há plantação de cana-de-açúcar e criação de bois, cavalos e ovelhas e o engenho Fogo Vivo, que faz parte da propriedade, ainda produz rapadura, açúcar mascavo e mel. Esse local pode ser adaptado para um mini wedding (casamento mais discreto para cerca de 100 pessoas) ou recepcionar convidados de festas mais glamorosas, antes da cerimônia. Falando em cerimônia, é numa linda e ventilada capela onde ela acontece. Em estilo colonial, com bancos de madeira e adornos dourados, a igrejinha acomoda 80 pessoas na parte de dentro e ainda pode receber outras trezentas na parte externa. O cenário campestre da capela faz com que ela não seja apenas palco da cerimônia, mas também de ensaios fotográficos com o casal. O pacote de locação, que inclui a capela, a equipe de limpeza, a carruagem que leva a noiva até a igreja e o chalé imperial, reservado para o dia da noiva e noite de núpcias, custa sete salários mínimos, pouco mais de cinco mil reais. A engenheira agrônoma Lúcia Carneiro Leão, proprietária da Casa de Campo, conta que preparar casamentos e conviver com toda a felicidade e emoção que a festa envolve é um grande prazer. Ela trabalha ao lado do marido, o engenheiro civil Bartolomeu Carneiro Leão, e da filha Mayssa, que fez MBA em gestão empresarial e é chef de cozinha. Os três estão sempre por perto para não deixar escapar nenhum detalhe. Todo esse cuidado já rendeu ao Hotel Fazenda Casa de Campo, dois prêmios internacionais de turismo cultural. E pensar que tudo começou no ano 2000, com a visita de uma amiga ao Engenho Angicos. Ela trabalhava com turismo e convenceu Lúcia a organizar grupos de passeios culturais e ecológicos na propriedade. Dois anos depois, o Hotel foi inaugurado. 38

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de Campo...

Fotos: Fรกbio Oliveira e Marcello Vasconcelos

3476-1385 / 9.9949-4774 / 9.9913-8820 hotelfazendacasadecampo.com.br casadecampo_

/EngenhoAngicos โ ข DEZ/2015

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Um porto de excelência U

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m casamento inesquecível passa, obrigatoriamente, por um bom serviço de buffet. E na hora da escolha, é preciso levar em conta a qualidade do menu apresentado e a experiência de quem comanda o serviço. Em Pernambuco, Jane Suasssuna é sinônimo de excelência. Quem a vê comandando o Porto Fino Buffet e Recepções, uma das principais casas de festas de Pernambuco, não imagina quantos obstáculos enfrentou para chegar tão longe. Aos dezoito anos de idade, Jane resolveu deixar a cidade de Sertânia para fazer um curso superior no Recife. Passou no vestibular de Relações Públicas e resolveu se dedicar também a concursos públicos. Foi aprovada e trabalhou no Bandepe durante quinze anos. Em 1991 perdeu o emprego, quando o banco demitiu 3 mil funcionários, no governo Joaquim Francisco. Como nem cogitava ficar parada, logo arrumou uma nova função: passou a vender artesanato que trazia da cidade de Tacaratu. Mas teve também que deixar esse trabalho por causa de uma alergia que desenvolveu aos produtos que comercializava. Resolveu, então, investir no mercado de cestas de café da manhã. Foi quando recebeu um convite para fazer um coffee break para a empresa Credicard. Como sempre adorou desafios, aceitou. E depois resolveu se especializar. Fez cursos de decoração, planejamento e organização de buffets no Senac. E lá decidiu que era exatamente isso o que queria da vida: ser dona de uma empresa de eventos, com casa de recepções. O Bandepe, antigo empregador, foi um dos primeiros clientes na nova empreitada. No começo, ainda sem capital para investir, ela fazia todos os pratos na cozinha do próprio apartamento. Em 1999, teve que alugar uma cozinha e um depósito para dar conta dos pedidos. Três anos depois, inaugurou o Porto Fino Buffet e Recepções, no bairro de Casa Forte. Com apenas quatro funcionários, Jane fazia questão de acompanhar todas as etapas do trabalho: atendimento aos clientes, estocagem dos produtos, produção da cozinha e arrumação do buffet na recepção. Hoje, tem duas casas de festas: a do bairro de Casa Forte e outra em Piedade, Jaboatão. Ao lado da filha e braço direito, Rafaela, que se formou em gastronomia e fez curso no Centro Europeu de Curitiba, para formação de chefs de cozinha, comanda uma equipe de 62 funcionários diretos. Em grandes eventos, chega a contratar mais 200 indiretos. Juntas, mãe e filha já prepararam buffets para os 3 últimos presidentes da República que várias vezes estiveram no Recife. Também comandaram banquetes fora do país. Em Buenos Aires, fizeram um coquetel com sabores pernambucanos na embaixada brasileira, comemorando uma parceria com a TAM e com o Destino Pernambuco. Em Frankfurt, na Alemanha, realizaram na IMEX (Feira de Turismo de Negócios), um coquetel de três dias no stand da EMBRATUR. Nos EUA, o coquetel foi no Los Angeles Convention Center. Um dos principais motivos de tanto sucesso está no cardápio do Porto Fino, por onde já passaram mais de 1000 itens para festa e, a cada ano, são lançadas vinte e duas opções para coquetel e seis entradas quentes (miniporções de jantar volante). As mais pedidas são as regionais, como bobozinho de camarão, escondidinho de mandioquinha com carne seca e bolinho de tapioca com geleia de pimenta. Focadas na constante evolução da gastronomia, Jane e Rafaela estão sempre atentas a programas, revistas, congressos e feiras, para aumentar seus conhecimentos e bagagem profissional. Quanto ao serviço oferecido pelo Buffet Porto Fino, o mais procurado é o à americana, com buffet de frios, coquetel volante e empratados. Mas a partir do segundo semestre de 2015, Jane e Rafaela pretendem lançar também serviços à inglesa e à francesa, mais comuns no sul do país. Esses serviços vêm em mesa posta com souplats, taças para água, vinho e champanhe ou espumante, guardanapos de linho, portaguardanapos e talheres montados. O cardápio, impresso sobre a mesa, contempla entrada, prato principal e sobremesa. E haverá sempre uma segunda opção para os convidados alérgicos. Jane lembra que muitos buffets costumam fazer festa de casamento com mesas postas e serviço à americana. “Isso não está correto. A mesa só deve ser posta para serviços à inglesa e à francesa.” afirma. “Tivemos experiências maravilhosas com serviço à francesa no Encontro de Concessionários da Toyota do Brasil e da Argentina no Enotel, na inauguração da Klabin, em Goiana, e no Congresso Mundial de Parques Tecnológicos do Porto Digital, na Oficina Francisco Brennand. Nesse último evento, servimos 1.200 pessoas.” O prêmio por tanta dedicação e competência veio no ano passado: Jane e Rafaela Suassuna foram eleitas as melhores banqueteiras do país, pela Revista Prazeres da Mesa, uma das mais importantes publicações sobre gastronomia no Brasil. DEZ/2015•


Foto: Felipe Coimbra

Foto: Felipe Coimbra

Foto: Fernando Raphael

3441-1708 portofino@portofinorecepcoes.com.br portofinorecepcoes.com.br

@portofinorecepcoes

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O dia Dela

ão tem para ninguém! Numa festa de casamento, quem mais chama a atenção é a noiva. Assim que aparece, todos os olhares se voltam para ela. Por isso, é preciso estar impecável e muito bem produzida. Cada detalhe é importante no dia do “sim”: o vestido, o véu, o arranjo no cabelo, tudo tem que ficar perfeito. E é disso que Ironice Saburido cuida há dez anos. Ela é dona das lojas Jardim das Noivas e Jardim Atelier, em Bezerros e em Caruaru, no agreste de Pernambuco. As três lojas trabalham com foco na alta costura, com vestidos das grifes Nova Noiva, de São Paulo e Sam Patrick by Pro Novias, de Barcelona. A marca espanhola é uma exclusividade do Jardim das Noivas e Jardim Atelier, em Pernambuco. Mas se a cliente preferir, pode optar por um modelo sob medida e participar de todo o planejamento do vestido, que é criado especialmente para ela por dois estilistas contratados pela casa. Nas lojas, as noivas encontram ainda uma variedade de véus, grinaldas e outros tipos de acessórios. Aliás, não só noivas, mas madrinhas e padrinhos, damas de honra, demoiselles e noivos. E os clientes não são apenas de Pernambuco. Eles também vêm de Alagoas, da Paraíba e do Ceará . “A qualidade dos produtos e o bom atendimento aos clientes são detalhes que fazem a diferença. No Jardim Atelier, nós só atendemos com hora marcada e damos toda a assessoria necessária. É importante saber combinar o véu, o arranjo de cabeça e os acessórios, para que a noiva fique linda, sem exageros”, diz Ironice. Os vestidos e roupas estão disponíveis para venda e aluguel. E a procura é tão grande, que cerca de 40 vestidos de noiva são alugados e quinze são vendidos por mês, nas três lojas. Os preços para locação variam entre R$ 3.600 e R$ 7.000. Para compra, o valor vai de R$ 7.500 a R$ 14.000, dependendo da marca e do modelo. E falando em modelo, os mais procurados são os do estilo princesa, com transparências, que nunca saem de moda e os do tipo sereia, que modelam o contorno do corpo. E não é que algumas noivas, de uns tempos para cá, estão reservando mais de um modelo de vestido?! Como está na moda fazer um book de fotografias ao lado do noivo, para guardar de recordação, elas estão comprando um modelo para o dia do casamento e alugando outro, diferente, para usar no ensaio fotográfico, que normalmente é feito dias antes da cerimônia. Dizem que dá azar o noivo ver o vestido da futura esposa antes do casamento... Então, é melhor não arriscar e levar dois modelos para casa.

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Foto: Natália Teixeira

Foto: Edílson Bispo

Foto: Ednaldo Bispo

Luz, make, produção!

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e nada adianta um vestido deslumbrante se a noiva não estiver com uma maquiagem bem feita. É aí que o personal beauty, Márcio Montarazzo, entra em cena. “O segredo do sucesso para a produção de uma noiva, é sonhar junto com ela desde o primeiro contato. É ir além de uma prestação de serviços. Antes de tudo é entender a importância desse dia na vida de cada uma delas”, diz Montarazzo, que fez curso de especialização de maquiagem e cabelo na L´Oréal, em Paris, no fim do ano passado. No mercado da beleza no Recife há treze anos, Márcio começou a trabalhar na área como consultor de vendas nas franquias O Boticário. Logo virou mestre em maquiagem e passou a treinar equipes para ensinar aos clientes a automaquiagem. Dois anos depois, quando deixou O Boticário, foi selecionado para participar do Concurso Nacional Natura Maquiadores do Brasil. Ficou entre os dez melhores do Norte e Nordeste, no programa Hoje em Dia com Ana Hickmann, na Rede Record. Montarazzo assinou também catálogos e editoriais de moda como: Colcci, DTA, Redley, Triton, Cantão e Cavalera. E várias vezes a produção de maquiagem dos concursos de Miss Pernambuco e Miss Brasil. Também maquiou artistas e cantores famosos, como Elba Ramalho, e os globais Ana Furtado, Bernardo Mesquita e Leonardo Miggiorin. Auxiliou em palco 3 vezes consecutivas, o maquiador global e fotógrafo das estrelas e do mundo da moda, Fernando Torquatto. Desenvolveu ainda o projeto Beleza nas Empresas, que ensina a automaquiagem para homens e mulheres. “Muitas pessoas nem imaginam, mas os homens também podem melhorar a aparência no local de trabalho”, explica Montarazzo, que levou o projeto de consultoria de marketing pessoal para empresas como a Hering, a Puc, a Fleury Diagnósticos, a Gol, a Tam, a Infraero e o grupo JCPM.

Foto: Natália Teixeira

Devido à grande demanda de atendimento a domicílio, hoje Márcio se dedica exclusivamente à carreira solo, com destaque para a produção de noivas.

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Foto: Beto Santos

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Da moda

para a maquiagem

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amilla Du Montti sempre foi apaixonada por maquiagem. Mas havia escolhido outro caminho para trilhar. Fez curso superior em design de moda e trabalhou como estilista em várias empresas, na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, no agreste de Pernambuco, como a Rota do Mar e a Ateliê, marcas de muito prestígio no estado. A cada coleção que desenvolvia, ela mesma cuidava de maquiar os modelos para desfiles e ensaios fotográficos. E resolveu apostar na nova profissão. Fez vários cursos no Senac, de maquiagem e penteados, no Instituto Eduk e também em empresas de cosméticos, como a Embelleze, a Schwarzkopf e a Mac. “Uma coisa foi puxando a outra e eu decidi que, se fosse para seguir carreira, eu precisava investir e dar o melhor de mim”, conta Milla, que chega a fazer cinco noivas por mês. E em festa de casamento, não faz maquiagem e cabelo apenas da protagonista. Milla sempre acaba produzindo as madrinhas e as mães da noiva e do noivo. Como é impossível dar conta de tantos clientes sozinha, ela decidiu formar uma equipe com mais três profissionais de maquiagem e cabelo. Assim pode dividir as tarefas e atender todo mundo. Milla está montando também um salão de beleza e segue atuando como designer de moda. O que ela faz para deixar uma noiva bonita? “Sempre digo que a palavra chave no meu trabalho é surpreender. Deixar a noiva diferente do habitual é um desafio. É um dos dias mais importantes para uma mulher. E ela tem que estar especial para o noivo e os convidados. O meu maior presente é ver uma noiva dizer: ‘como estou bonita’ e vê-la entrando na igreja linda e feliz da vida”, conta Milla, emocionada.

9.8734-6626

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Um presente joia

uando um homem resolve pedir uma mulher em casamento, qual a primeira providência que ele deve tomar? Comprar as alianças, claro. Afinal, sem elas não existe nem festa de noivado. Símbolo da união entre duas pessoas, a aliança pode ser de vários modelos diferentes: das mais tradicionais até as estilizadas e modernas. E não é a única joia usada pelas noivas, que também escolhem tiaras, gargantilhas, correntes, pulseiras, brincos e solitários. Vânia Moreira se interessou pelo mercado das joias há 20 anos. Filha de comerciante, ela e mais três irmãs começaram a revender as peças de um joalheiro, amigo da família. “Em vez de receber a comissão em dinheiro, eu pedia para que o pagamento fosse feito em joias e assim fui fazendo meu próprio estoque”, conta Vânia, que com o passar do tempo entrou no mercado dos casamentos. “Uma noiva indica para outra amiga que vai se casar e assim por diante. É na propaganda boca-a-boca que eu ganho novas clientes. Que noiva que não gosta de ser presenteada com uma joia?”, completa Vânia que faz as vendas a domicílio. Quando é o noivo que escolhe a peça, o presente mais comum para celebrar a data são os solitários de brilhante, seguindo uma tradição dos americanos. Mas a paixão das mulheres pelas joias vai muito além das alianças e solitários. Segundo Vânia, as mais usadas no dia do casamento são as peças que contêm pérolas, como os crucifixos, por exemplo. “As pérolas são formadas dentro de uma ostra, quando um corpo estranho entra em sua concha. Talvez seja por isso que as mulheres se identificam tanto com as pérolas, pois elas também são capazes de se transformar para defender seus domínios”, conclui Vânia. Outra escolha comum para cerimônias de casamento, são as peças com diamantes. Mas é preciso conversar com a noiva para saber qual a personalidade dela e qual o modelo do vestido, para que haja suavidade e harmonia na composição do visual. Os estilistas também costumam opinar, mas a palavra final deve ser sempre da dona da festa.

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Eu vos declaro marido e mulher

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escolha do celebrante de um casamento, claro, depende em primeiro lugar da crença dos noivos. Cada religião, seja católica, protestante, judaica ou budista, tem seu ritual. No Brasil, um país miscigenado, há todo tipo de celebração. No casamento judaico, por exemplo, a cerimônia é celebrada por um rabino, sob uma tenda chamada de chuppah, que representa o novo lar a ser construído. No momento da celebração, o casal bebe vinho na mesma taça, que depois é quebrada pelo noivo, para recordar a destruição do antigo Templo de Jerusalém. Mas a grande maioria da população do país, cerca de 95%, se divide entre duas religiões: a católica e a evangélica. Para os católicos, segundo o Código de Direito Canônico, o casamento é um pacto de toda a vida destinado ao bem dos noivos, à procriação e à educação dos filhos. A cerimônia é celebrada por um padre, em igrejas e paróquias e dividida em três etapas: o acolhimento dos noivos, a proclamação da palavra de Deus e o rito sacramental, quando ocorre a confirmação do compromisso, a troca de alianças, a comunhão e bênção aos noivos e todos os presentes. O padre paraibano, Francisco de Assis Mota de Sousa, sentiu a vocação religiosa logo depois de concluir o ensino médio. Entrou para a Congregação dos Missionários da Sagrada Família e fez o noviciado interamericano na Argentina. Quando retornou ao Brasil, cursou Filosofia e Teologia e fez sua profissão perpétua no Convento de São José, no Recife. Foi administrador da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, em Jaboatão dos Guararapes e presidente da Comissão para o Serviço da Justiça, da Caridade e da Paz, na Arquidiocese de Olinda e Recife. Pelos trabalhos de assistência social realizados, recebeu o título de cidadão pernambucano. Hoje é pároco de São Pedro do Alecrim, em Natal. Já celebrou mais de 700 casamentos. Já presenciou um noivo desmaiando em pleno altar, na hora do “sim”. “Sempre aconselho o casal a se manter unido no amor e no companheirismo, acima de qualquer situação turbulenta. É uma forma de lembrar as palavras de Jesus, que o homem não pode separar o que foi unido pelo amor de Deus.” diz padre Francisco. Na religião evangélica, cabe ao pastor conduzir a cerimônia. Conselheiro Nacional da Cruz Vermelha no Brasil, André Lucena conta que foi criado na religião católica. Aos dezoito anos de idade começou a estudar e se aprofundar no cristianismo e, alguns anos depois, resolveu seguir o Evangelho. Há seis anos, se tornou pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, Ministério da Graça, da qual é também presidente. “Quando vou celebrar um casamento, me preparo espiritualmente, passo um tempo em oração e peço inspiração a Jesus para orientar o casal na vida a dois que vai se iniciar. E sempre procuro trazer os amigos e parentes para apoiar os noivos, pois eles vão precisar da ajuda em sua jornada”, diz o pastor André Lucena, que também é bacharel em direito. Ele costuma citar uma comparação durante as cerimônias que celebra: “No casamento, o noivo traz uma mala e a noiva, outra. Para que eles guardem seus objetos em um só lugar, eles vão ter abrir mão de algumas coisas. Assim é a vida a dois: por mais que seja difícil, o marido e a mulher terão que aprender a renunciar”, completa André.

(84) 9.9929-2744 9.9716-5456 franciscomsf@hotmail.com Foto: Dário Santos

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3361-5908 ministeriodagraca.org.br /andrelucena39 • DEZ/2015

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Foto: Max Branco

Damas

Eternize

Segura o buquê!

Fotos: Àlvaro Di Paula

Ele é objeto de desejo de todas as mulheres solteiras numa festa de casamento e indispensável na composição do visual das noivas. Estamos falando do buquê, que também faz parte do figurino das damas de honra e demoiselles. Para confeccionar esse tipo de acessório, é preciso muito talento e habilidade manual. E isso é o que não falta a Eduarda Barros e sua nova sócia, Paola Muniz, que estão à frente do Ateliê Eduarda Barros Buquê Design. A semente da história do ateliê brotou em 2007, no Rio de Janeiro, quando Eduarda Barros foi morar na cidade maravilhosa, a pedido de uma tia, que se dedica à confecção de buquês há quarenta anos, e que estava precisando de ajuda para organizar a empresa. Eduarda aprendeu rápido a função e passou cinco anos como braço direito da tia, mas como seus três filhos não se adaptaram ao Rio, voltou ao Recife em 2012 e abriu o próprio negócio. Hoje tem uma ótima clientela: faz de 5 a 6 buquês de noiva por fim de semana. Um trabalho que começa na segunda-feira com a hidratação das flores, que chegam a durar 7 dias, se conservadas na geladeira. E só é entregue à noiva na véspera do casamento. Os buquês são feitos com arranjos de orquídeas, angélicas, gipsofilas, lisantos e rosas e custam entre R$ 600 e R$ 800, dependendo do formato e das flores. “Os mais pedidos são os ramalhetes do tipo cascata, e a flor preferida das noivas são as orquídeas, que são mais nobres e nunca fazem parte da decoração da igreja, por isso tornam-se exclusivas da personagem principal da festa”, diz Eduarda, que também produz arranjos e arcos para cabeça, grinaldas e a lapela do noivo, dos pais do casal, dos padrinhos e dos pajens. Eduarda já assinou buquês de celebridades, como as atrizes Suzana Werner e Regiane Alves, a top Isabeli Fontana, a jogadora de vôlei Jaqueline Silva, a apresentadora de TV Regina Casé e até mesmo de uma princesa de verdade: Maria Elizabeth Orleans e Bragança. Paola Muniz conta que o primeiro passo na confecção de um buquê é analisar a personalidade, o gosto, o perfil e também o vestido da noiva. “Tudo precisa estar em sintonia, para que brilhe de maneira uniforme”. Eduarda e Paola gostam de trabalhar misturando flores em arranjos delicados e harmoniosamente coloridos. O resultado é tão bonito, que quase todas as noivas voltam ao ateliê para eternizar o buquê. Nesse processo, as flores são desidratadas, depois são tingidas com a cor original e arrumadas em moldura exatamente no mesmo formato do buquê. Assim, viram uma lembrança de um dia para lá de especial. Localizado atualmente no bairro de Boa Viagem, o Ateliê está de mudança para um novo espaço no bairro do Pina. A rede de atendimento é nacional. As entrevistas com as noivas são feitas com horário marcado, sempre às segundas e terças-feiras, pois os outros dias da semana são dedicados à confecção e entrega dos buquês.

81 - 9.9954-8026 / 9.9667-3800 contato@buquedesign.com.br buquedesign.com.br 48

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MICAS Daminhas

Rua Figueira Filho, 22| Parnamirim | Recife-PE (Próximo ao Clube Alemão)

Fone: (81) 3442.2598 | Fax: (81) 3441.6383 • DEZ/2015

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Decorando

sonhos S

eja numa cerimônia simples, para convidados, ou em festas superproduzidas, o ambiente precisa ter charme, beleza e conforto para acolher os convidados. É aí que entram em cena os decoradores. Rosângela Carapeba começou a trabalhar com decoração de festas há quinze anos, no Colégio Nóbrega. Devota de Nossa Senhora de Fátima, ela fez o andor para a festa da Santa. Ficou tão bonito que ela foi convidada também para decorar a capela, na primeira comunhão dos alunos, e depois a festa de fim de ano da escola. Veio o convite para trabalhar também em casamentos, e Rosângela nunca mais parou. O que era - e ainda é, no colégio - um trabalho voluntário, virou profissão. Fez cursos de aperfeiçoamento em Holambra, a cidade das flores, na região metropolitana de Campinas, em São Paulo. E de especialização com decoradores famosos, como Vic Meirelles, responsável pelo casamento de Ronaldo Fenômeno e Daniela Cicarelli, no Castelo Chantilly, na França, e Marcelo Bacchin, outra figura de destaque na decoração, em São Paulo. “Duas vezes por ano eu procuro viajar para conhecer novos trabalhos e aprender um pouco mais. Conta Rosângela, que já fez cursos também fora do Brasil, em países como a Holanda e a França. Rosângela tem peças para os mais variados estilos de festa. Nos casamentos campestres ou o praianos, ela costuma usar louças brancas ou portuguesas, cestos e móveis mais rústicos. Em casamentos clássicos, o estilo é bem diferente, com espaço para pratarias ou dourados, de acordo com a vontade dos noivos. Quanto às flores, a escolha também depende do gosto do casal e do horário da festa. Rosas, lírios, hortênsias, gipsofilas e flores do campo são muito comuns nas decorações. As rosas, ela manda buscar em São Paulo e em Fortaleza. Já as flores do campo, com fornecedores de Gravatá e de Bezerros, no agreste. Rosângela revela que nem todas as festas dão o mesmo trabalho. Ela já fez um casamento para apenas doze convidados. Os mini weddings, para 30 pessoas, em restaurantes, por exemplo, também são muito frequentes. Mas quando pega uma produção mais clássica, ela chega a decorar quatro ambientes para uma só cerimônia, o que pode levar até dois dias de produção. “Eu trabalho com sonhos. Cada casamento tem uma personalidade diferente. Cada festa é única. Por isso é muito importante uma longa conversa com a noiva. Depois, a minha função é passar para a realidade, tudo aquilo que está na imaginação do casal”. O trabalho de Rosângela se tornou tão conhecido que, nos meses de mais movimento, de setembro a dezembro, ela chega a fazer vinte festas por mês. Nesse período, precisa de reforço. Normalmente conta com seis pessoas no apoio, mas, quando necessário, dobra o número de funcionários para dar conta do recado.

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3453-0069 / 9.9632-0903

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Felizes e doces para sempre Quase todo casamento de novela tem a tradicional cena de pessoas gulosas escondendo docinhos da festa dentro da bolsa. Situação que não é rara também na vida real. Afinal, quem resiste a essas delícias? Há convidados que mal aguentam esperar a liberação da mesa doces para atacá-la, sem piedade. Anna Corinna Ribeiro é especialista em fazer essa turma, louca por docinhos, feliz. E não poderia ser diferente. Ela foi criada com açúcar, pois passou toda a infância dentro da loja de doces da mãe, dona Salete, na cidade de Caruaru, no agreste pernambucano. Apaixonou-se por doces, e em especial pelos chocolates. Por isso, depois de crescida, resolveu trancar a faculdade de Fonoaudiologia, para dedicar-se ao sonho de criança: viver de chocolates. O primeiro passo foi fazer um curso superior de Gastronomia. Com o diploma nas mãos, foi a vez de ganhar o mundo, fazendo viagens de pesquisas e aprendizado em países como França e Itália, onde buscou técnica e aprimoramento. Os docinhos criados por Anna Corinna são resultado de muitos testes e estudos, até conseguir as melhores combinações. Ela oferece no cardápio uma linha esquecida por muitas doceiras, a qual chama de “doces da vovó”, de ameixa, goiaba e Romeu e Julieta. Mas conta que os mais pedidos são sempre os chocolates e os brigadeiros, tradicionais ou gourmet, como os recheados com amêndoas laminadas, pistache, coco queimado, paçoca, leite Ninho e farinha láctea. Quanto aos doces de chocolate, podem variar o teor de cacau e ter 90 sabores diferentes, como os de damasco, de nozes e de avelãs. Eles são feitos em formatos de copinhos e jarrinhas e recebem recheios preparados com as mais diferentes frutas, como amora, banana, physalis e mamão. Há também os doces diet e os especiais, como o crème brûllè, casquinha de Marulla, hóstia de abacaxi, jarrinho de flores do campo gianduia, flor de amêndoas e copinho de ouro, que além de deliciosos, encantam pela apresentação, que mais parece uma obra de arte. Todos os doces são confeccionados de forma artesanal, feitos um por um, no ateliê, onde Anna Corinna recebe os clientes para degustação. A casa, com 400 metros quadrados de área construída, abriga a fábrica de chocolates finos, fornecidos para todo o Brasil, além de salas de degustação e a loja bistrô, de 40 lugares, onde é possível provar os melhores blends de puro chocolate, além de bolos e tortas. O ateliê funciona na Rua João Dias Martins, no Bairro de Boa Viagem, no Recife, de terça-feira a domingo, das 15h às 21h. Por questão de privacidade aos clientes, Anna Corinna prefere não revelar os famosos que já atendeu, mas só no ano passado adoçou várias recepções, em locais de destaque em Pernambuco, como a Villa Ponte D´Uchoa, Usina Dois Irmãos, Monte dos Guararapes, Arcádia Boa Viagem, Castelo Eventos, entre outros.

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Arquitetando doçuras A

mesa de doces é mesmo uma atração à parte nas festas de casamento. Por isso, há profissionais que se especializam em montar esse verdadeiro cantinho da perdição. É o caso da arquiteta Luciana Pires do Vale, que se divide entre três funções: o escritório de arquitetura, o trabalho como bancária e as mesas de doces em festas e recepções. O talento para montar as mesas, ela descobriu no próprio casamento, em 2011. Poucas pessoas faziam esse tipo de serviço no Recife, e Luciana resolveu economizar na festa. Usou o dote de arquiteta para fazer o projeto e chamou o decorador Ânderson Barbosa para ajudá-la na tarefa. Como Luciana não tinha bandejas de prata e de cristal, Ânderson resolveu fazer caixas de espelho para substituí-las. A mesa ficou linda. Luciana postou as fotos no Facebook e fez o maior sucesso. Foi chamada por Ânderson para fazer a montagem da mesa de doces de outro casamento. E não parou mais. Montou a empresa Acúcar, e chega a fazer sete festas por mês, quase duas por fim de semana. “Virou um hobby que não consigo mais largar. É um trabalho que me desafia e que eu adoro”, conta Luciana, que em média monta mesas com 2 ou 3 mil doces, mas já chegou a arrumar 7 mil docinhos numa só recepção. Ela usa bandejas de prata, de porcelana, de madeira e de cristal, dependendo do gosto dos clientes, e conta com três ajudantes para dar conta dos pedidos.

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Essencial em seu

evento ou casamento. 8801-0240 dolce_espresso_cafes


#feitocomamor T

odo casal sonha com um final feliz, inclusive na festa de casamento. Para fechar com chave de ouro a comemoração de um dia tão especial, nada como um delicioso bolo de noiva. Há convidados que não vão embora da festa sem comer uma generosa fatia. Em Pernambuco, o tradicional tem a massa escura e é feito com uma mistura de ameixa, uvas passas e frutas cristalizadas maceradas no vinho. Leva também uma cobertura de açúcar de confeiteiro. Há noivas que congelam a sobra do bolo para comer um ano depois e comemorar a data do casamento. E esse famoso bolo pernambucano é uma das especialidades da Marly Oficina do Açúcar e Lucinha Cascão, que começou a funcionar em 1960. Na verdade, fazer bolos e doces para festas de aniversário, casamento, formaturas e batizados é uma tradição centenária na família, passada da bisavó para a avó, da avó para a mãe e da mãe para a filha. E não há desafio que a família não enfrente. “Os bolos mais comuns são os de três a cinco andares, mas podemos variar a dimensão de acordo com a vontade do cliente. Já cheguei a fazer um de quinze andares ”, conta Lucinha. Normalmente, os bolos são encomendados com muita antecedência, entre seis meses e um ano antes da festa. Mesmo assim, há quem chegue com pedidos de última hora. “Há clientes que pedem o bolo às vésperas do casamento. Não é o ideal, pois a massa tem que ter um tempo de descanso para que não se misture com a cobertura de açúcar”. Lucinha prefere não revelar quantos bolos faz por mês, mas ela trabalha com 40 funcionários no Atelier, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, para dar conta das encomendas. Para agradar a todos os tipos de gosto, além do tradicional bolo de noiva, decorado com aramado e flores de cristal, o Atelier produz também de chocolate, bolo com recheio de pasta de amêndoas e nozes e também em camadas, que podem ter mais de um sabor, como de noiva com bolo de rolo. Por que os bolos da Marly Oficina do Açúcar e Lucinha Cascão fazem tanto sucesso? Lucinha diz sem medo de errar: “É porque faço tudo com alegria e com aquele gostinho bem caseiro de doce feito no quintal. Aqui nós temos prazer em servir”.

3461-9183 / 3094-5048 / 9.9977-3088 / 9.9977-1798 lucinhacascao

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falecom@jonnybravo.com jonnybravo.com.br

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Jonny Bravo – forte e afinado

Ele é multi

Fábio Araújo é do tipo de pessoa que adora desafios. Começou como vocalista e fundador da banda Jonny Bravo. Hoje, formado em relações públicas, atua também como Ouvidor da Secretaria de Trabalho do Estado e mestre de cerimônias de eventos em geral, além de festas de formatura, quinze anos e casamentos. Já ministrou encontros importantes, como o Sétimo Fórum da empresa Lanxess, uma das líderes mundiais do segmento químico e também da Petrobras, Congresso do Conselho Federal de Medicina e do NAF, Núcleo de Apoio aos Formandos. A carreira de mestre de cerimônias começou na política. Fábio atuava como apresentador do deputado Daniel Coelho. A experiência deu tão certo, que foram surgindo propostas de apresentação de outros tipos de eventos. “O trabalho com Daniel acabou impulsionando minha carreira de mestre de cerimônias”, explica Fábio. A procura era tanta que ele acabou tendo que deixar a função de vocalista da banda Jonny Bravo para se dedicar somente a de mestre de cerimônias e de empresário da banda.

A história da banda Jonny Bravo é parecida com a de muitas outras famosas no país. Em julho de 2001, Fábio Araújo procurou reunir melhores amigos que tocavam bem e gostavam de pop rock cover, ou seja, de tocar clássicos de bandas internacionais e nacionais, como U-2, Beatles, Oasis, Legião Urbana, Barão Vermelho e Jota Quest. O primeiro nome escolhido para a banda foi Evolucio, que na língua esperanto significa evolução. Além de Fábio no vocal e baixo, o grupo contava com Tito Batera na bateria, Mário no violão elétrico, Léo e Paulo nas guitarras e Bruno nos teclados. O primeiro show da Evolucio foi no evento Cyber Banana, na AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), no Recife. Um ano depois, os músicos decidiram escolher um nome mais marcante para a banda. Entre as sugestões, veio o apelido do guitarrista Leo: Johnny Bravo (personagem do desenho animado do Cartoon Network), por causa do físico forte. A turma gostou, tirou o “h” do Johnny e pronto: estava escolhido o nome que pegou e permanece até hoje. Em quase catorze anos de existência, a Jonny Bravo já fez cerca de 600 shows. Tocou em bares como o Downtown, Musique, Audrey, Fuxico, UK, Casa Pub, Iguana e Seu Fulano, onde fazia apresentações fixas em 2007, época do apogeu da banda. Nesse ano, foi tema de reportagem no Diário de Pernambuco sobre o sucesso que os vídeos do grupo faziam no Youtube. Em 2009, saiu na revista Fera, direcionada ao público jovem e recebeu o prêmio de melhor banda pop rock cover de Pernambuco, eleita pela AILA – Academia Internacional de Literatura e Artes. De 2001 para cá, cerca de 30 músicos passaram pela Jonny Bravo, que agora é composta pelo vocalista Rafael Breda, que é coordenador pedagógico de uma escola particular do Recife; o guitarrista Gustavo Manteiga, engenheiro eletrônico; o baixista Rafael Cunha, formado em educação física e o baterista Marcelo Gigante, que abraçou somente a música como profissão. Hoje a Jonny Bravo se dedica mais às apresentações em eventos corporativos e a festas particulares, como casamentos. Os shows duram entre uma hora e meia e duas horas e meia, dependendo do contrato. O repertório (sempre pop rock cover) varia de acordo com a preferência do cliente e pode ser temático, como anos 60, reggae e Beatles, o que é sucesso garantido nos casamentos.

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FESTA ILUMINADA E la é importante em todos os cenários de um casamento: tanto quanto o sistema de som que vai garantir desde o funcionamento do microfone do celebrante da cerimônia até a apresentação da orquestra, banda ou DJ. Na igreja, no salão onde a festa será realizada, nos jardins da casa de recepção, no palco da banda ou no dancing, a iluminação também é fundamental. E valoriza cada ambiente, tornando-o mais bonito e aconchegante para o casal e os convidados. Sem contar que a luz é a principal matéria-prima para que as fotos e a filmagem da festa tenham qualidade e beleza. Por isso, os noivos devem prestar atenção se a casa de recepção oferece esse tipo de serviço, de iluminação e sonorização. Se não fizer parte do pacote, é preciso procurar uma empresa séria e experiente. É o caso da Led Iluminação Cênica, há dez anos no mercado. O dono da empresa, Ivan Higino, trabalhava como produtor de eventos. Produzia shows musicais no Recife, de grupos e artistas famosos, como a Banda Eva e Zezé Di Camargo e Luciano. E foi quando realizava esse trabalho, que ganhou experiência também com iluminação de palco. Foi se envolvendo, recebendo convites e terminou se especializando. Até hoje, segue produzindo a iluminação de shows, mas há três anos, entrou também no mercado dos casamentos e como a procura pelo serviço é grande, chega a produzir quatro festas por mês. “Meu trabalho é uma iluminação decorativa, também chamada de iluminação cênica”, conta Ivan Higino. A tonalidade de luz mais usada em casamentos é a de cor âmbar, um tom meio amarelado, considerado clássico para esse tipo de evento. Para obter um bom resultado, a equipe utiliza materiais de última geração: canhões de luz, iluminação de palco e dancing, telões com imagens do casamento ao vivo e painel de led, onde exibe, durante a festa, o monograma dos noivos e imagens do ensaio pré-nupcial do casal. “Isso dá um charme, um toque diferente na recepção e chama a atenção dos convidados”, completa Ivan, que também oferece show pirotécnico na hora da valsa dos noivos. “Nós temos o cuidado de trabalhar com fogos de pólvora fria, que também podem ser usados em ambientes fechados. E a empresa recebeu treinamento e tem licença do exército para utilizar o material”, garante o empresário. A Led Iluminação Cênica conta com uma equipe de seis técnicos e chega a acertar contratos de casamento com dois anos de antecedência. Em festas mais grandiosas, com vários ambientes, são necessários três dias para montar toda a estrutura de iluminação.

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Eu rio, tu ris, ele, Rio H

á noivos que procuram um algo a mais para agradar os convidados. Além do DJ e de uma banda pop-rock, por que não embalar a festa com um ritmo bem pernambucano e que todo mundo adora? Se você pensou em frevo, acertou em cheio. Embora muita gente não saiba, um dos mais importantes artistas pernambucanos e um dos ícones do Galo da Madrugada, também faz apresentações em festas de casamento. André Rio, que comemora 20 anos de música. Com mais de 16 CDs dedicados ao frevo, forró, maracatu, à ciranda, aos caboclinhos e à música popular brasileira, ele tem repertório para agradar gostos variados. E os noivos assinam embaixo. André Rio começou a cantar e compor muito cedo. Neto, filho, sobrinho e irmão de músicos, aos nove anos de idade já cantava em apresentações estudantis, rabiscava os primeiros versos e sofejava melodias. Logo vieram as primeiras composições de frevo. Aos dezessete anos, já era intérprete consagrado dos festivais de Pernambuco. Não parou mais. Levou os ritmos pernambucanos para todas as partes do mundo, em inúmeras turnês nos Estados Unidos e Europa, em festivais consagrados como o de Montreux, na Suíça, Coburg, na Alemanha, e o Latinoamericano, em Milão. Sem contar com apresentações em teatros de cidades como Lisboa, Porto, Roma, Madri, Nova Iorque, Miami e Orlando. Em sua trajetória, conquistou parceiros e admiradores, como Elba Ramalho, que já declarou: “André Rio é o rei dos trios pernambucanos. É um artista jovem e importante na história da cultura e do carnaval de Pernambuco”. Para comemorar os 20 anos de estrada, reuniu no mais recente CD, “Fervo – André Rio 20 anos de Frevo”, os principais registros musicais de sua carreira carnavalesca e grandes sucessos, como “Queimando a Massa”, de J. Michilles e “Último Regresso”, de Getúlio Cavalcanti. Este ano, outro trabalho está a caminho: o CD “MPBossa”. Com esse currículo, quem não adoraria contar com André Rio para animar a festa de seu casamento? O gosto de cantar para noivos, ele conta de onde vem: “Tenho uma família muito grande e, diga-se de passagem, bastante casamenteira. Então desde o começo da minha carreira me apresento nesse momento tão singular e emocionante da vida de diversos casais”, diz André, que confessa: “Quando canto em um casamento me vejo fazendo parte dessa união, então canto o puro amor, e é muito gratificante saber que serei lembrado nesse momento único, por toda a vida desse casal.” André Rio pode ser contratado para três tipos de apresentações: com a banda completa, que toca nos trios-elétricos, com apenas três músicos, ou sozinho, se houver orquestra contratada, que tenha conhecimento do repertório do cantor. E por falar em repertório, o de André é bem eclético, daí a facilidade de agradar aos noivos e aos convidados em geral. “Claro que sempre tem um pedido especial dos noivos, a música que marca a história do casal, e eu sempre atendo os donos da festa. O bom de tudo isso é que, geralmente, quem nos contrata já conhece e gosta do nosso repertório, então tudo fica mais fácil e acontece uma troca de energia”, completa André.

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Foto: Beti Niemayer


Fotos: Bruna Oliveira

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cantorandrerio

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Bem na foto

festa de casamento é um dia tão marcante na vida dos noivos, que nenhum casal dispensa o tradicional álbum de fotografias e a filmagem da cerimônia. Por isso, é cada dia maior o número de profissionais que fazem esse tipo de trabalho. Gleyson Ramos, por exemplo, se apaixonou por fotografias quando serviu a Aeronáutica, aos dezoito anos de idade. Foi escalado para fazer a limpeza da seção de fotografias. As fotos dos voos despertaram a curiosidade do garoto, que começou a sonhar com a carreira de fotógrafo. Leu vários livros sobre fotografia e fez um curso do Senac, com o professor Roberto Soares. Fotografar virou um costume em todas as festas que frequentava. Até que veio o convite para fotografar um desfile de moda de Beto Kelner, na boate Fun House, em 2002. O trabalho foi muito elogiado e Gleyson foi chamado para trabalhar na casa noturna. Além de receber um salário fixo, ele ainda podia vender as fotos que tirava numa Polaroid para os clientes. Com a ajuda dos assessores da boate, na época, Daniela Gusmão e Ivan Neves, ele conheceu colunistas sociais, como Mariana de Almeida, Orismar e João Alberto, e passou a enviar fotos dos clientes da boate para os colunistas. O trabalho com as noivas teve início quando, os casais que frequentavam a danceteria, começaram a convidá-lo para fotografar seus casamentos. Hoje, montou a Agência Gleyson Ramos e tem um nome forte no mercado. Faz fotos, álbuns e filmagem da festa além de ensaios antes do dia da cerimônia. Conta com a parceria de cinco cinegrafistas, cinco fotógrafos e dois assistentes. E, como conhece colunistas sociais, muitas vezes consegue emplacar fotos dos noivos no jornal e na internet. No último carnaval, na festa Carvalheira Fantasy, tirou uma foto do DJ e empresário José Pinteiro, fantasiado de comendador da novela Império. A foto fez tanto sucesso que saiu no portal NE-10 e na coluna de Ancelmo Góis, no jornal O Globo.

9.8821-9812 / 9.8233-3050 agenciagleysonramos@gmail.com agenciagleysonramos.com.br

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foco e arte

la sempre adorou fotografar. Tanto que não pensou duas vezes quando, durante o curso de Arquitetura, escolheu a disciplina de fotografia, que nem era obrigatória, para compor o currículo universitário. E Natália Teixeira fez questão de comprar a própria câmera para poder se dedicar. Quando ainda estava na faculdade, em 2010, uma amiga a convidou para fotografar o casamento dela. Natália pensou: “Ainda não estou preparada. É responsabilidade demais e não posso perder nenhum detalhe!” Foi quando teve a ideia de procurar o primo, Bosquinho, fotógrafo profissional e experiente, para pegar dicas. Foi convidada para fazer um treinamento com a equipe dele e passou a fotografar casamentos com o primo. Estava pronta: fotografou a festa da amiga e muitas outras. Fez cursos específicos, assistiu a palestras e congressos de casamento, como o Wedding Brasil. Foi ganhando experiência e se apaixonando ainda mais pelo ofício. Um ano depois, já formada em Arquitetura, começou a carreira solo como fotógrafa e abriu o estúdio Una Fotografia. “Sempre procurei fotografar pessoas. Fazia isso desde criança. Gostava e ainda gosto de captar sentimento e emoção. E nos casamentos, os sentimentos ficam à flor da pele”, explica Natália, que também faz ensaios pré wedding, ou seja, fotos artísticas do casal, produzidas bem antes da festa. Para que as fotografias fiquem espontâneas, ela conversa com os noivos para escolher um local que faça parte da história deles. Pode ser a praia onde se conheceram, um parque, um estádio de futebol ou o clube que frequentavam, por exemplo. O importante é que sintam-se à vontade e felizes. Para casamentos mais simples, Natália sugere um pacote menor, com seis horas de serviço. Nos casamentos mais grandiosos, são nove horas de trabalho, um fotógrafo extra e um assistente. Em todos os pacotes é oferecido o making off da noiva; já o do noivo é opcional. Há também a opção de acompanhar os noivos em passeios da lua-de-mel. O importante é contar a história desde o começo. E registrar, com sensibilidade, emoções que jamais serão esquecidas.

9.9292-9699 / 9.8807-2463 contato@unafotografia.com.br unafotografia.com.br

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Convite perfeito

com eles que os noivos convocam os convidados para a festa de casamento. E, como a primeira impressão é a que fica, muitas noivas fazem questão de caprichar nos convites. A designer Taciana Pontual e o marido, o administrador de empresas Alfred Edmond Sichermann, resolveram investir nesse mercado. Em 2001, abriram a Paper By, uma distribuidora de papéis especiais, a primeira a comercializar esse tipo de produto, no Recife. Os compradores eram agências de publicidade, gráficas e escritórios de design. Com o passar do tempo, alguns clientes, encantados com a qualidade dos papéis, começaram a encomendar convites de casamento, o que passou a ser o carro chefe da empresa, anos depois. Hoje, Taciana e Alfred chegam a produzir convites para 60 casamentos por mês. Os modelos são variados e personalizados. “Nosso diferencial, na criação dos convites, é a originalidade. Cada cliente escolhe exatamente como quer os seus convites. Por isso, um é sempre diferente do outro, seja no tipo de papel ou no modelo escolhido”, revela Taciana, que faz convites com texturas exclusivas, em relevo, como o de renda renascença, uma criação da própria designer. A Paper By conta com 14 funcionários e 4 calígrafos. Outra especialidade de Taciana são os scrapbooks, ou livro de recortes. São álbuns feitos artesanalmente com colagens de recortes, muito usados como livro de recordação de família. Além de vender todo o material para a confecção dos scrapbooks, Taciana ministra cursos para ensinar o cliente a fazer o próprio álbum. Uma ótima idéia para quem quer guardar uma lembrança única e especial da festa de casamento. 3221-4050 / 3032-6057 3032-6077 / 9.8180-1800 / 9.8180-1801 contato@paperby.com.br / paperby.com.br

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paperbyrecife

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Desconectar-se

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oda noiva tem que estar linda e descansada no dia do casamento. Ou seja, ela precisa se desconectar de tudo e de todos, relaxar e se entregar aos cuidados de especialistas em beleza. Foi nesse filão que as sócias Alexsandra Figueiredo e Tássia Almeida apostaram. As duas amigas se formaram na mesma turma de Direito, e ainda na faculdade, faziam planos de abrir um negócio juntas. Alexsandra sempre foi muito vaidosa, e como Tássia tinha experiência como assistente de palco nas Tvs Tribuna e Jornal, decidiram investir em um salão de beleza. No dia 27 de junho de 2013, abriram o Evasion, no bairro do Pina, salão amplo e moderno, que conta também com espaço kids, onde são preparadas festas de aniversários para crianças. Para noivas, o Evasion criou pacotes dos mais simples, com maquiagem e cabelo, até os mais sofisticados. O Cherie inclui consultoria, prova de penteado e maquiagem, lavagem e modelagem dos cabelos, design de cabelos e sobrancelhas, preparação facial, maquiagem e massagem relaxante nos pés e nas mãos. O Jolie, além dos itens do pacote Cherie, oferece hidratação dos cabelos, banho de lua e beleza íntima. E o Magnific é a soma do Jolie com uma cesta especial para a noiva, brinde de espumante e aplicação de henna nas sobrancelhas. No Evasion, as noivas vivem um inesquecível dia de princesa. 3125-2129 / 3125-1940 alexsandra_isis@hotmail.com tassia_almeida8@hotmail.com evasionrecife.com.br

evasionsalao

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om a febre das redes sociais, virou mania entre os internautas postar fotos de todos os momentos bacanas da vida. E é claro que o casamento não poderia ficar fora dessa. Foi nesse mercado, que a advogada Nathália Cansanção Prioli apostou. Ela estava às voltas com os preparativos do próprio casamento, quando resolveu entrar em um grupo no Facebook para encontrar dicas sobre a festa. Depois, algumas amigas mais chegadas criaram o próprio grupo no Whatsapp, para trocar ideias e experiências sobre casamento. Era a semente do Blog “Eu disse sim” que começava a germinar. Em novembro de 2013, pediu ao marido, que é analista de sistemas, para fazer o layout do Blog e começou a postar informações que pudessem ajudar as noivas em tudo o que envolve o matrimônio: desde as dicas sobre a cerimônia e fornecedores para a festa, até algumas curiosidades e experiências sobre relacionamentos e a vida a dois. Histórias interessantes de casais que se conheceram na infância, se reencontraram e terminaram se casando. A de Nathália, por exemplo, foi parar no Blog. Ela e o noivo estavam de casamento marcado, depois de 8 anos de namoro, quando resolveram acabar o relacionamento. Tiveram que cancelar todos os contratos da festa. Um ano depois fizeram as pazes e reataram o namoro. Quando finalmente disseram “sim”, em uma nova festa programada, Nathália já estava grávida de 8 meses. “Eu acredito que o amor sempre prevalece, e tento passar isso para as minhas leitoras”, diz a romântica Nathália. Hoje, a advogada-blogueira, que já trabalhou em escritórios de advocacia e na Justiça Federal, se dedica a divulgar informações no Blog e fazer coberturas de casamentos online. Primeiro ela posta, nas redes sociais, o making off dos preparativos, como o ensaio fotográfico dos noivos para o book pré-nupcial, por exemplo. Depois, com as fotos oficiais do casamento, cedidas pelo fotógrafo da festa, Nathália mostra no Blog como foi a cerimônia. E o número de cliques só faz aumentar: “Eu disse sim” tem uma média de 18 mil acessos por mês.

9.8187-1512 contato@eudissesim.com eudissesim.com blogeudissesim /blogeudissesim • DEZ/2015

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Casamento Seguro

m uma festa de casamento, eles passam despercebidos. Mas estão lá o tempo todo e, na maioria das vezes, são os primeiros a chegar e os últimos a sair. É dos seguranças a missão de pegar as senhas dos convidados, evitar confusões e brigas, e deixar que todos aproveitem a festa, sem incidentes. Tarciso Calado Filho começou a trabalhar com a segurança de eventos há dezoito anos. No início, como autônomo. Depois, resolveu montar uma equipe com cinco seguranças. Hoje, tem a própria empresa, a TC Service, com 50 seguranças contratados, além de manobristas, motorista para noivas e equipe de limpeza. Quando necessário, chega a dobrar o staff: “Em grandes eventos, como o Maior Show do Mundo e a festa do bloco carnavalesco Guaiamum Treloso, chego a contratar cem seguranças”, conta Tarciso, que conquistou um mercado fiel no Recife: “Sempre faço a segurança da festa de lançamento do livro Sociedade Pernambucana, do jornalista e colunista social João Alberto, e também de shows no Chevrollet Hall, e festas de aniversário, formatura e casamento no Buffet Porto Fino, na Casa Rosada e em empresas como a Rede Globo”, diz, orgulhoso. Formado em administração de empresas e com pósgraduação em Gestão de Negócios e Gestão de Pessoas, Tarciso Calado também fez cursos de socorrista, de paramédico, entre outros. Tudo para melhorar a qualidade do atendimento da empresa. “Também conto com o apoio da Celpe, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, para qualquer eventualidade”, garante o empresário. Por essas qualidades, a TC Eventos é uma das empresas mais solicitadas no Recife. Chega a cuidar de oito casamentos num só fim de semana. Para cada festa, leva dez manobristas, um chaveiro, oito seguranças e equipe de limpeza. Tarciso diz que também é importante ter seguranças à paisana na equipe, misturados aos convidados ou ao público de um show, por exemplo. Assim, a equipe consegue identificar possíveis “brigões” e também pessoas que se infiltram em eventos para vender drogas. Assim, consegue retirá-los do local e evitar problemas maiores. O segredo para fazer um trabalho bem feito e conquistar a credibilidade dos clientes, o chefe da TC Service não esconde: “Eu sou apaixonado pelo que faço e sempre acompanho tudo de perto.”

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12 mandamentos para não dar fora na festa Uma festa de casamento dá muito trabalho para os noivos e para o grupo que está à frente da organização. E para que tudo saia nos conformes, é preciso obedecer algumas regras de comportamento. E isso vale tanto para os noivos, quanto para os convidados. Selecionamos uma lista de atitudes que não devem ser tomadas durante a festa.

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Noivas não devem chegar atrasadas. No máximo 10 ou 15 minutos, e olhe lá. Já os padrinhos e madrinhas devem chegar cerca de meia hora antes da cerimônia.

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Falando em presente, não é de bom tom entregá-lo no dia da festa. Se não deu tempo antes, deixe para depois. E nunca telefone para os noivos no dia do casamento.

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Convidadas e madrinhas não devem usar vestidos brancos ou marfim, afinal, não estão na festa para concorrer com a noiva. Madrinhas também devem evitar vestidos pretos.

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As mulheres não devem escolher vestidos muito curtos ou decotes exagerados. Já os homens devem esquecer o jeans.

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Não concorra com os fotógrafos oficiais do casamento. Tirar fotos com o celular até pode, desde que não atrapalhe o trabalho dos profissionais contratados. E não se esqueça: o celular deve estar no silencioso. Celular tocando durante a celebração é das piores gafes.

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Na hora de pegar o buquê, por mais que você esteja querendo se casar, não brigue com outras convidadas. É o maior mico e motivo de chacota.

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Essa regra é básica e vale tanto para os noivos como para os convidados: não beba em excesso. Pessoas alcoolizadas são desagradáveis em qualquer situação e ambiente.

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Não encha a bolsa de docinhos para levar para casa. Em muitas festas, as noivas preparam pequenas embalagens. Só essas devem ser levadas.

Os noivos não devem pedir dinheiro ou determinado presente para convidados e padrinhos. É para isso que existem as listas de presentes nas lojas.

Não fique conversando durante a cerimônia. Deixe para bater-papo depois, durante a festa. Por mais intimidade que tenha com os noivos, não leve pessoas que não foram convidadas. E se houver no convite pedido para confirmação de presença, não deixe de fazê-lo.

Não leve os arranjos de mesa para casa. A não ser que haja recomendação dos noivos. No mais, é aproveitar a festa. Com educação. • DEZ/2015

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l e M e Lua d Por: Gustavo Militão

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pós a tão esperada hora da troca de alianças, a lua de mel é um dos acontecimentos mais aguardados por qualquer casal. O tão esperado momento em que marido e mulher podem dizer um ao outro: “enfim, sós”. Dentre as diversas versões de onde nasceu à expressão “lua de mel”, uma delas conta que, na antiga Babilônia, o pai da noiva oferecia ao genro uma bebida chamada hidromel, que deveria ser consumida nos 30 dias imediatos ao casamento, quando os noivos comemoravam só entre eles a união matrimonial. Na época, a contagem dos dias era feita através do calendário lunar, razão pela qual esse período de comemoração ficou tão conhecido como “lua de mel”. Portanto, trazemos ao leitor algumas ótimas sugestões para este inesquecível passeio, tanto no Brasil quanto no exterior. Viagens que não demandam um grande investimento financeiro e que recompensam os recém-casados com momentos inesquecíveis com encantadoras paisagens, para serem recordados por toda a vida.

MORRO DE SÃO PAULO, BAHIA

Fotos: Divulgação

pressupõe, é ela quem marca o início da orla do lugar, localizandose bem próxima à vila do Morro. Possui uma tirolesa próxima a um penhasco e é local ideal para quem quer praticar o mergulho, devido à grande quantidade de corais e peixes existente. Saindo da primeira praia e subindo uma escadaria, o visitante se depara com um dos mais belos cartões postais do Morro: a “segunda praia”. É nela que se realizam os principais eventos locais, já que está localizada bem próxima à vila e conta com uma boa infraestrutura. Já a “terceira praia” tem 800 metros de extensão, onde, a partir dela, pode-se ir até a Ilha do Caitá. Pousadas e barracas servindo comidas típicas também podem ser encontradas. Por fim, a “quarta praia” é a preferida pelos adeptos do naturismo, já que, em quase todos os seus 10 km, é semideserta. O mar é excelente para banho e o mergulho é praticado em melhores condições durante a vazante. A bela paisagem local é marcada pela densa vegetação nativa, vastos coqueirais e manguezal. Outras praias também se destacam na Ilha, como a Praia do Encanto, com sua bela paisagem, que mescla a Mata Atlântica nativa, coqueirais, areia fina e vastos manguezais. Além da Praia de Gamboa do Morro, onde se encontram falésias esculpidas pelo vento e pelo mar. Por todo o vilarejo, há hotéis e pousadas para todos os gostos e bolsos, com diárias que variam de R$100,00 a R$490,00, sofrendo alteração de acordo com a época do ano. Passeios durante a noite, para comer uma pizza, um crepe, saboreando um bom vindo ou tomar um sorvete enquanto se conversa sentado nos bancos da vila, podem ser programas igualmente interessantes para os casais apaixonados.

GRAMADO, RIO GRANDE DO SUL

Morro de São Paulo é um destino de badalação e um toque de aventura, mas também tem grande potencial para quem quer acrescentar uma pitada de romantismo à viagem. Dentre os itens indispensáveis para quem quer viver momentos românticos, uma agradável hospedagem à beira-mar, com a sensação de bem estar e proximidade com a natureza e a contemplação do por do sol em locais privilegiados, como os arredores da fortaleza ou em bares e restaurantes, que também oferecem som ao vivo ou música ambiente. Este encantador vilarejo está localizado na Ilha de Tinharé, no município de Cairu (um dos dois municípios-arquipélago do Brasil), a 272 km de Salvador, na região conhecida como “Costa do Dendê”. O Morro de São Paulo vem atraindo anualmente vários turistas do Brasil e do mundo, como um roteiro de férias e passeios. As mais famosas praias da Ilha são conhecidas por serem numeradas de um a quatro. A “primeira praia” é uma bela enseada, rodeada por muitas casas de veraneio. Como o próprio nome

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Um dos roteiros mais procurados pelos casais em lua de mel no Brasil, sobretudo entre os meses de Maio a Agosto, Gramado é uma opção perfeita para casais que querem curtir um clima romântico e desfrutar de boa comida sem sair do país. Uma cidade onde é possível fazer boas compras, provar de uma gastronomia de alto padrão e fazer passeios encantadores, que farão o momento a dois ficar para sempre na memória. Apesar de ser um destino


mais procurado no inverno, onde tradicionalmente a Serra Gaúcha recebe milhares de visitantes atraídos pelo clima frio, o aconchego das lareiras e aquele bom vinho, em qualquer estação do ano a cidade situada a 115 km de Porto Alegre oferece muitos encantos a quem a visita. Gramado tem como traço marcante de sua arquitetura a forte colonização alemã e italiana, onde os costumes são preservados através de museus, parques e praças que dão à cidade um clima romântico e sofisticado, garantindo o sucesso da viagem. Um dos passeios obrigatórios de quem visita a cidade é o pedalinho pelo Lago Negro. Lá, inúmeras árvores, pinheiros, azaleias e hortênsias compõem a paisagem marcante do local. Próximo ao cinema municipal, está a Igreja de São Pedro, uma bela construção com entrada recuada e jardim. Na Praça Major Nicoletti, há uma área arborizada, com gazebos e uma pequena fonte. Um lugar para sentar a dois e observar o movimento. Não deixe de dar uma esticada até a cidade de Canela, que fica a apenas 7 km de Gramado, onde os casais podem fazer um passeio de teleférico, além de visitar a famosa Cascata do Caracol, com seus 130 metros de queda. Outra dica é o passeio de Maria Fumaça, que passa pelas cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa. Gramado oferece aos visitantes uma excelente rede hoteleira, bastante indicada para casais, com instalações confortáveis e modernas, além de ampla opção de restaurantes especializados em pratos diversos, sobretudo fondues, queijos, carnes e vinhos, além do famoso Café Colonial. Por tantos motivos, incluir Gramado em seu roteiro de casamento será uma excelente escolha e que vai lhe garantir momentos de muito romantismo, com o toque da Serra Gaúcha. Gramado e romantismo andam juntos, uma essência que vale a pena você conhecer.

SANTIAGO, CHILE

A sedutora capital do Chile é um dos roteiros mais visitados por turistas brasileiros e, ultimamente, tem se tornado um novo roteiro para recém-casados. A linda vista da cidade ao pé da Cordilheira dos Andes, as caminhadas nos bairros boêmios e a hospitalidade do povo chileno, são apenas alguns dos atrativos desta viagem que será inesquecível. Sua lua de mel por Santiago pode começar no centro histórico, onde estão situadas a Igreja de San Francisco, o Palácio de La Moneda, o Museu de Arte Pré-Colombiana e a Plaza de Armas, um dos cartões postais da cidade. Outra boa dica para os casais é visitar o Mercado Central, com restaurantes de ótima qualidade, com preço bem acessível, servindo pratos típicos da culinária chilena. Aliás, a gastronomia é um dos pontos fortes do país, se destacando pelos deliciosos frutos do mar e os vinhos de qualidade reconhecida mundo afora. Visitar os parques de Santiago pode ser uma ótima sugestão para aquele momento romântico, já que a cidade possui vários parques com extensas áreas arborizadas, como o Cerro San Cristóbal, o Parque O’Higgins e o Parque

Metropolitano. Visitar as vinícolas mais ao interior e as belas cidades de Viña Del Mar e Valparaíso, ao litoral, também são outros passeios que o turista não pode deixar de fazer. E claro, conhecer um dos mais famosos cenários da América do Sul: a Cordilheira dos Andes, com suas estações de esqui. Excelentes hotéis, restaurantes, centros de compras e serviços também são encontrados em Santiago, uma cidade tranquila e segura, onde as pessoas transitam sem medo ruas e de um povo extremamente acolhedor com os estrangeiros. Características que fazem dela uma das cidades mais visitadas da América Latina, e que pode lhe proporcionar momentos inesquecíveis na sua lua de mel.

ILHAS GREGAS

Para aqueles que dispõem de um pouco mais de recursos para um roteiro internacional, uma viagem para a Grécia, passando por algumas das mais famosas ilhas do país, situadas no Mar Egeu, tornará a sua lua de mel uma experiência única. Começando pela ilha de Mykonos, bastante cosmopolita, frequentada por celebridades e cercada de ótimas atrações, como lindas praias, lojas de grifes internacionais, bares e restaurantes sofisticados, e uma agitada vida noturna. De lá, o casal, através de ferry boat, pode ir visitar a ilha de Paros, que fica a 1 hora de distância. Paros é mais conhecida como a “ilha de mármore”, por causa de suas pedreiras que ajudaram a erguer muitas das estátuas e construções da Grécia Antiga. Esta ilha, de característica montanhosa, tem belas praias e igrejas antigas, além de muita beleza pelos seus 196 km de extensão. Outro roteiro indispensável a quem visita as Ilhas da Grécia, é o arquipélago de Santorini, com 73 quilômetros quadrados e que fica a 200 km de Atenas. Em Santorini, os casais podem desfrutar de um maravilhoso passeio de veleiro, circulando as pequenas ilhas de Nea Kameni e Palea Kameni, localizadas dentro de uma caldeira vulcânica, onde há fontes quentes com águas verdes e amarelas. A cidade tem casarios brancos, ruas estreitas e vários cafés ao ar livre, onde só se pode chegar através de carro, teleférico ou mulas. E claro, quem optar em visitar as Ilhas Gregas na sua viagem de lua de mel, não pode deixar de conhecer Atenas, a sexta cidade mais procurada por turistas em todo o mundo. Ela chama a atenção não somente pela sua tradição, história e construções antigas, como também pela grandiosidade de suas novas edificações. Visitar seus monumentos míticos, como o Arco de Adriano, o Estádio Panatenáico, o Palácio Ilion, o Templo de Zeus e a Acrópole, são passeios indispensáveis e indicadas para muitas fotos, que eternizarão este momento tão especial do casamento..

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MERCADO IMOBILIÁRIO Por: James Dubeux Economista formado pela University of North Carolina at Chapel Hill, representante da Moura Dubeux na área de Relacionamento com investidores. james@mouradubeux.com.br

Transit Oriented Development, Por que a precisamos e o que é?

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recente aumento no preço do combustível deveria nos fazer pensar no verdadeiro custo de uma sociedade dependente do automóvel. Gastamos muito mais que combustível. Para proprietários de imóveis, o segundo maior compromisso financeiro é, geralmente, a parcela de um automóvel, e para alguns que pagam aluguel, o automóvel pode ser o maior investimento ou patrimônio pessoal. Fora os recursos financeiros que alocamos para sustentar esse estilo de vida, perdemos tempo no trânsito, prejudicamos nossa saúde respirando exaustão e deixamos de nos locomover, fazendo exercício físico, para sentarmos atrás da direção no ar-condicionado. A solução é o transporte público e um sistema de mobilidade com alternativas. A dificuldade é que, para o transporte público funcionar, precisamos dele em grande escala, e não apenas em pequenos trechos¹, como por exemplo, o corredor de ônibus na Av. Conde da Boa Vista. Corredores de metrô e BRT precisam suprir as necessidades de todos e alimentar os bairros mais diversos, atendendo a toda a região urbana, sendo capaz de transportar um trabalhador da Linha do Tiro até a Av. Boa Viagem, eficientemente. Na medida em que esses corredores são desenhados e construídos em longo prazo pelo governo, é necessário que outras partes tragam densidade ao entorno dos mesmos. Para que esse adensamento seja bem sucedido, ele precisa atender aos passageiros - pessoas que irão habitar, trabalhar e se divertir dentro de uma área urbana, que ocupe o menor espaço possível. Não precisamos de densidades absurdas, mas o fato é que precisamos verticalizar, principalmente nos arredores das estações de metrô e BRT. Essa verticalização demanda incentivos às incorporadoras, para que elas colaborem com essa visão. Devemos reconhecer que projetos de impacto, que hoje tardam em ser legalizados e lançados, trazem intrinsicamente, o potencial de causar efeitos benéficos. Para um projeto bom, que foi bem pensado, discutido, e aprovado pela sociedade, incentivos fiscais não são necessários, apenas uma maior agilidade nos meios de legalização, afinal, como diz o ditado: “tempo é dinheiro”.

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Foto: Arquivo pessoal

Nas áreas de alta densidade, alimentadas por metrô, BRT, ou até o corredor fluvial do Capibaribe, é necessário reconhecer que, cada percurso feito através de transporte público, começa e termina com um trajeto percorrido a pé. Esses trajetos demandam calçadas de boa qualidade e arborizadas, para providenciar sombra e nos abrigar do sol. É necessário também atenção aos detalhes, como os materiais, pois, mesmo as pedras portuguesas, apesar do charme e da beleza estética, dificultam o transporte de cadeirantes e os passos mais lentos de um idoso. Esses são apenas alguns fatores que Charles Montgomery vincula à felicidade, no seu livro Happy Cities2. Na teoria econômica, podemos substituir felicidade por utilidade. É através da maximização da utilidade, que o setor privado (as incorporadoras) consegue cobrar um preço mais alto. É natural que também vinculemos alguns custos onde a agilidade pode ser trocada por contrapartidas sociais que tomarão a forma de parques, calçadas, e outros espaços públicos de qualidade. Se conseguirmos por em prática um modelo de desenvolvimento imobiliário voltado ao transporte, possivelmente poderemos reverter o atual modelo, que depende do automóvel e, por consequência, individualiza e dispersa as pessoas. Talvez como uma externalidade, conseguiremos até reconectar as pessoas e por mais olhos nas ruas³, fortalecendo o senso de cidadania e segurança no centro urbano, enquanto preservamos a natureza da área rural. Referências: ¹ Alex Marshall, How Cities Work. Seventh Paper Back Printing, 2000. ² Charles Montgomery, Happy Cities. Farrar, Straus, and Giroux, 2013. ³ Jane Jacobs, Death and Life of Great American Cities. Random House Inc, 1961. Imagem: Duany Plater-Zyberk & Company. http://transect.org/rural_ img.html. 23 de março de 2015


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UMA ENGRENAGEM QUE NÃO PARA DE GIRAR O

emblema oficial de Rotary, também chamado “Distintivo Rotário”, é uma roda de engrenagem. Possui 24 dentes e 6 raios. Para movimentar a roda, foi introduzido um rasgo de chaveta. Nele se encaixa o ressalto do eixo propulsor, que, dessa forma, transmite o movimento para a engrenagem. O rotariano é comumente associado à chaveta, por ser, através de suas ações, quem faz a roda girar. Os 24 dentes da roda denteada representam as 24 horas do dia, onde cada rotariano deve viver o Rotary em ação e pensamento. Os 6 raios representam as qualidades essenciais do rotariano em relação à:

1 - Família – Ser bom chefe de família

2 - Ação – Cumprir os deveres de cidadão

3 - Amizade – Cultivar a capacidade de fazer e manter amigos

4 - Profissão – Ter ética profissional, agindo sempre de acordo com os princípios rotários

5 - Religião – Respeitar normas e princípios religiosos

6 - Instituição – Manter a integração no movimento rotário, cooperando sempre. Nos dias atribulados de hoje, especialmente nas grandes cidades, o homem moderno parece acostumando a viver preso às engrenagens de uma grande máquina montada em rede mundial. Como no filme de Charlie Chaplin, “Tempos Modernos”, 1936, ele é arrastado pelas engrenagens dessa máquina bem lubrificada e se deixa levar como autômato. Para se contrapor a essa engrenagem dos “Tempos Modernos”, que sufoca e isola o homem, surgiu em Chicago, no ano de 1905 um movimento cujo símbolo é também uma roda denteada, o Rotary, cujos objetivos são a integração, a amizade, a solidariedade e a mútua ajuda. Através da prestação de serviços, a roda denteada do Rotary permanece em contínuo movimento. Onde houver sofrimento, injustiça, exploração, o rotariano estará presente, para mudar o homem e o mundo, na busca da paz e da compreensão.

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Foto: Álvaro Di Paula Por: Alberto Bittencourt e Manuella Asfora Russell Higashikawauchi

José Ubiracy Silva é um dos 18 diretores internacionais do Rotary. Foi eleito para o biênio 2015-2017, com responsabilidades sobre parte sul da América do Sul, que inclui a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru, e Uruguai. Terá a missão de guiar os rotarianos e os Rotary Clubs, com vistas a alcançar o objetivo do Rotary e apoiar as atividades de prestação de serviços que melhorem a qualidade de vida, mantenham a dignidade humana e promovam a paz mundial e a compreensão entre povos e nações. Bira, como é carinhosamente tratado por seus amigos, nasceu na cidade do Recife (PE). Cursou Economia na UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco. • DEZ/2015

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É casado com Maria da Conceição Carneiro Monteiro e Silva, rotariana do Rotary Club do Recife Encanta Moça. O casal tem três filhos: André Felipe, Christiana e Alessandra; e 4 netos: Marina, Ricardo, Isabel e Felipe. Um empresário participativo, atuante e empreendedor, apaixonado pela vida, pela família e pelos assuntos de Rotary e da comunidade. Profissionalmente, tem participação ativa como membro de diversas entidades ligadas ao comércio e à indústria. Sócio principal da holding EBGE – Editora Brasileira de Guias Especiais, uma empresa com mais de 30 anos de existência, sediada no Recife, PE, e marcante presença no mercado gráfico e publicitário brasileiro, com unidades em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Como presidente da EBGE, participou e editou, junto à Confederação Nacional das Indústrias, o Primeiro Catálogo de Exportadores Brasileiros, um produto de elevado nível, para atender ao mercado internacional. Em parceria com diversas Federações de Indústrias do Brasil, a EBGE edita anualmente, os Cadastros Industriais. Edita ainda, nas mais importantes cidades do país, guias como SOS – SAÚDE, um catálogo de Médicos, Clínicas, Dentistas e Hospitais. Publica catálogos da Indústria da Moda, Catálogos Empresariais de Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Arte. Além destes e de outros livros independentes, edita, nos estados, os Livros da Sociedade, edições primorosas, com acabamentos luxuosos, que apresentam as personalidades de maior destaque social. Lista ainda, órgãos administrativos da gestão pública e privada, sendo, portanto, uma obra de utilidade comprovada. O livro “Sociedade Pernambucana”, editado em parceria com o colunista João Alberto Sobral, comemorou recentemente 32 anos de edição contínua e se constitui no carro-chefe das publicações da EBGE. O lançamento foi feito em grande festa, numa noite de requinte, autógrafos, com shows e sorteios de prêmios de qualidade. 72

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É associado do Rotary Club do Recife (o clube mais antigo do Norte/Nordeste e o segundo maior clube do Brasil em número de membros), onde ingressou em 19 de novembro de 1970. Exerceu diversos cargos no seu clube, entre os quais, o de Presidente em 1990-1991. Foi diretor, e atualmente é conselheiro, do Abrigo Cristo Redentor, para cerca de 250 idosos, pertencente ao Rotary Clube do Recife. No Distrito 4500, exerceu o cargo de governador em 2000-2001. Nesse período, realizou no Recife, em outubro de 2000, o XXIII Instituto Rotary Brasil – Paulo Viriato Corrêa da Costa, o qual teve como organizador e presidente o diretor do Rotary, Mário de Oliveira Antonino. Como governador do Distrito, Bira selecionou estudantes de escolas públicas, inclusive com necessidades especiais (um de cada Estado do Distrito), para participarem do programa de Intercâmbio Internacional de Jovens, inaugurando assim uma experiência pioneira no Brasil, cujas despesas foram totalmente assumidas pelo programa. Em parceria com o Distrito Rotário 7500, dos Estados Unidos, realizou Projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária, para aquisição da Unidade Móvel Inácio Cavalcanti, um centro cirúrgico montado em ônibus para realizar Cirurgias de Catarata, para a entidade beneficente Fundação Altino Ventura, no valor de U$250.000,00. Até o momento, esse ônibus já realizou no estado de Pernambuco, mais de 25.000 cirurgias de catarata para pessoas carentes, que não podem pagar, totalmente de graça. Bira tem exercido diversos cargos em Rotary. Foi Instrutor Distrital do Governador Leandro Araújo – Distrito 4500, no ano 2009-2010. Foi fundador e Presidente do Centro de Estudos Rotários do Distrito 4500. Como Governador do Distrito 4500, fundou sete novos clubes na área distrital, que compreende os Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. O reconhecimento pelos seus méritos de grande rotariano vieram do Rotary International. Exerceu o cargo de Coordenador Regional do Desenvolvimento do Quadro Social Zona 20, nos períodos rotários de 2008 a 2010, e foi Coordenador do Desenvolvimento do Rotary para a Zona 22B, nos períodos rotários de 2010 a 2013. Além disso, exerceu a importante função de Treinee Leader (Líder de Treinamentos), nas Assembleias Internacionais de janeiro de 2009 e 2010, quando preparou os governadores eleitos que iriam tomar posse naqueles anos. José Ubiracy Silva, o homem das comendas e das honrarias, são diversas que não listamos, porque não caberiam neste breve e pequeno histórico, onde focamos a sua maestria com suas engrenagens, um pouco de seu social, e o incondicional amor de sua família, que se faz essencial, ser um alicerce para construir alicerces. Brasileiro, empresário, homem de negócios e de sucessos, vocacionado para o serviço voluntário, um pacifista, defensor da ética. Literalmente, um homem que faz. • DEZ/2015

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Fundação No dia 23 de fevereiro de 2015, o Rotary completou 110 anos de funcionamento ininterrupto, mais de um século de prestação de serviços voluntários, sob o lema principal: “Dar de Si Antes de Pensar em Si”. O seu fundador, no longínquo fevereiro de 1905, em Chicago, foi Paul Percy Harris, um jovem advogado, íntegro, alegre e comunicativo. Depois de viajar por vários continentes e de exercer as mais diversas profissões, estabeleceu-se em Chicago, cidade onde os respeitáveis homens de negócios tentavam sobreviver às perigosas circunstâncias que os envolviam. Sentindo-se isolado, perdido naqueles “Tempos Modernos”, Paul Harris imaginou uma associação de homens que sentissem o mesmo vazio de vida e expôs suas ideias a três amigos: Gustav Loehr, um engenheiro de minas; Hiran Shorey, um alfaiate e Silvester Shiele, um comerciante de carvão. Daí surgiu a fundação dessa entidade, que visava prestação de serviços à comunidade local e mundial, sem fins lucrativos. E denominou-a Rotary pela rotatividade dos locais onde costumeiramente passaram a se reunir. 74

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O que é o Rotary O Rotary é uma organização de homens e mulheres, líderes em seus negócios e profissões, que prestam serviços humanitários, fomentam elevados padrões de ética, estabelecem a boa vontade e trabalham pela paz no mundo. A estrutura do Rotary compreende os Distritos Rotários e os Rotary Clubs. Estes constituem as células básicas do Rotary. A elas se agregam os rotarianos na condição de associados. É pela identificação das necessidades das comunidades nos locais em que se situam os Rotary Clubs, que o rotariano presta serviços, sempre voluntários. Que diria hoje o fundador do Rotary, quando somos mais de 1.213.347 rotarianos (sendo 234.467 mulheres) espalhados em 34.797 clubes agrupados, em 532 distritos rotários em 219 países e regiões geográficas? (números oficiais em outubro de 2014)

O Rotary no Brasil A entrada do Rotary no Brasil, ocorreu com a admissão do Rotary Club do Rio de Janeiro, em 28 de fevereiro de 1923, data esta que passou a ser a data de aniversário da organização no Brasil. A semente plantada em 1923, pelo RC do Rio de Janeiro, germinou e deu frutos: hoje, são 38 distritos no Brasil, com 2.391 unidades rotárias, das quais fazem parte 56.122 rotarianos (sendo 12.840 mulheres). No mundo rotário, o Brasil encontra-se em terceiro lugar em número de clubes e quinto em número de sócios. Temos, é certo, o dever de nos mantermos fiéis aos ideais pelos quais lutou Paul Harris. Serviços prestados pelo Rotary: Os Rotary Clubs são autônomos e escolhem seus projetos de prestação de serviços de acordo com as necessidades das comunidades. Atuam tanto de forma global como local, prioritariamente em seis áreas de enfoque: 1) Paz e prevenção/ resolução de conflitos; 2) Recursos hídricos e saneamento; 3) Prevenção, controle e tratamento de doenças; 4) Saúde materno infantil; 5) Educação básica e alfabetização; 6) Desenvolvimento econômico e comunitário.

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As ações dos rotarianos visam sanar muitos dos problemas críticos da humanidade, entre ele a violência, as drogas, a pobreza, a fome e a destruição do meio ambiente. Atuam em prol de crianças, pessoas com deficiências, idosas e enfermas. Buscam sempre a paz, a boa vontade e a compreensão entre homens e nações.

Programas para a juventude Os rotarianos trabalham com e para a juventude, procurando focalizar os desafios enfrentados pelos jovens nos dias de hoje. Envolvendo-se com os programas do Rotary, os jovens aprendem a ser líderes e compreendem a importância da prestação de serviços à comunidade. São programas estruturados do Rotary para a juventude: os Interact Clubs (para estudantes de nível secundário, entre 13 e 18 anos), os Rotaract Clubs (para jovens adultos, entre 18 e 30 anos) e os Seminários Rotários de Liderança Juvenil (RYLA), Além desses, o programa Intercâmbio de Jovens oferece a estudantes de segundo grau a oportunidade de morar por algum tempo no exterior e, assim, ampliar sua visão do mundo e travar amizades internacionais.

End Polio Now Alberto Bittencourt Entre os programas da Fundação Rotária, destaca-se a campanha END POLIO NOW, para erradicação da poliomielite, que todos conhecemos como paralisia infantil, e para o qual muitos de nós colaboramos. O mundo está à beira de eliminar uma das doenças mais temidas do século 20 – a poliomielite. Durante a primeira metade do século, a poliomielite matou ou deixou aleijadas mais de meio milhão de pessoas por ano. Mas em grande parte, graças ao Rotary e aos 1,2 milhões de rotarianos em todo o mundo, o número de casos foi reduzido em 99,81%, e, em breve, a doença estará eliminada. 76

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O Rotary, uma organização humanitária, fez da erradicação da poliomielite sua prioridade a partir de 1985. Desde então, o Rotary contribuiu US$1,3 bilhão à causa, e seus associados dedicaram milhões de horas de trabalho voluntário para imunizar mais de 2,5 bilhões de crianças, em 122 países. Além de arrecadar dinheiro, os rotarianos oferecem seu tempo e experiência para combater a pólio, fornecendo apoio nas clínicas, transporte de vacinas, suprimentos médicos e mobilizando as comunidades para a vacinação e outras atividades. A Campanha da Pólio é a maior campanha de saúde pública já realizada em todos os tempos. A poliomielite será a segunda doença humana erradicada por meio da vacinação. A primeira foi a varíola. A pólio, uma doença altamente contagiosa, afeta crianças, sobretudo as menores de cinco anos. Ainda é endêmica em três países – Nigéria, Paquistão e Afganistão. Não há cura para a doença, que pode causar paralisia e até mesmo a morte. No entanto, por apenas US$0,60, uma criança pode ser vacinada e ficar protegida por toda sua vida. Um progresso notável foi alcançado nesta luta. O número de casos da doença passou de 350.000 ocorridos no ano de 1988, para 359 em 2014. Destes, 340 foram em países endêmicos e apenas 19 em países não endêmicos (o Paquistão teve 306 ocorrências, o Afganistão, 28 e a Nigéria, 6. São dados oficiais do Rotary). Em 2014, o Sudeste Asiático foi certificado como livre da pólio, depois que a Índia eliminou a doença de suas fronteiras, uma conquista incrível para um país antes considerado como o lugar mais difícil de eliminar a paralisia infantil em todo o mundo. Após interromper a disseminação do poliovirus, a vacinação e a vigilância devem continuar por vários anos para ter certeza de que o vírus está completamente eliminado. Não é uma tarefa fácil. Um dos maiores desafios para o esforço é a escassez de recursos financeiros.

Outros programas da Fundação Rotária Os Centro Rotary de Estudos Internacionais na Área da Paz e Resolução de Conflitos já formaram, desde a primeira turma em 2002-2004, mais de 800 pacifistas que hoje militam em órgãos de governos, empresas privadas e ONGs muitas de sua própria criação. O Rotary facilita o contato internacional entre seus membros para que, aqueles que possuem os recursos, possam oferecê-los aos que deles necessitam. Os programas humanitários da Fundação Rotária providenciam atendimento e suprimentos médicos, água potável, alimentos, treinamento profissionalizante e educação — principalmente em benefício do mundo em desenvolvimento. • DEZ/2015

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Me chamo Henrique Mattos de Oliveira, tenho hoje 106 anos, sou de 15/3/1908, médico desde 1938, pois recebi homenagem do CRM que me devolveu minha inscrição original, o que muito me honra ainda ser médico. Sou fundador do Rotary Club Boa Vista, que faço questão de frequentar, pois o Rotary para mim é fonte de vida, lá tenho amigos de todas as idades, pois da minha faixa etária já não os tenho, minha família e o Rotary é o que me traz luz e me faz sorrir. É com alegria que vejo o amigo José Ubiracy ser eleito diretor de RI. Lembro quando assumiu a presidência do Rotary Club Recife, e da sua brilhante governadoria. Com sua dedicação ao Rotary, capacidade e simpatia, era mesmo o mais indicado. Honra para nós do Distrito 4500, certeza de sucesso. Sinto-­me privilegiado em poder assistir a mais um diretor em nosso Distrito, como nosso querido Mário Antonino. O Rotaryano e fundador do Rotary Club Boa Vista veio a falecer dias após deixar esse depoimento para ser publicado. Sempre presente.

A eleição de José Ubiracy Silva para compor o board do Rotary International, no biênio rotário 2015-2017, foi uma consagradora vitória para o Distrito 4500 e para Pernambuco. Como sabemos, foi ainda em 1985 que o Estado havia sido honrado com a presença de Mário Antonino como Diretor do Rotary International. Mas foi, sobretudo, uma vitória para o nosso Clube, o Rotary Club do Recife, que tem o privilégio de ter JOSÉ UBIRACY SILVA como um dos seus mais atuantes companheiros. Bira é um líder nato, que se mostrou competente, desbravador, aguerrido, empenhado no seu grande projeto, no seu objetivo de poder integrar o quadro de dirigentes mundiais do Rotary. Empresário exemplar, líder de uma invejável família, ao lado de sua mulher CEÇA, uma lutadora, uma mãe e esposa dedicada e compreensiva, não temos dúvida de que continuará a prestar os melhores serviços em benefício dos grandes objetivos do Rotary. Este título de Diretor do RI cai como uma luva em sua personalidade de rotariano atuante, altivo, brilhante, competente e dedicado. Parabéns e Deus lhe guarde para o sucesso em sua vida profissional e de rotariano. Isaltino Bezerra - Associado ao Rotary Club Recife

Rotary vem servindo todos os povos, atento às suas circunstâncias. Assim é que, sempre na medida do possível, atende aos necessitados físicos, sociais, intelectuais e morais, que estão sob seu raio de ação. Há mais de um século oferece oportunidades de estudos, desde a alfabetização até a especialização. Atualmente, incluiu cursos de mestrado em “resolução de conflitos”. A campanha mundial para erradicação da poliomielite é um dos feitos marcantes do Rotary. Apenas no Afeganistão, Paquistão e Nigéria a poliomielite ainda é endêmica. Rotary para mim é um ponto de convergência para as pessoas que acreditam no poder dos ideais, no primado da ética, nas ações humanas, com a conseqüência de que sua ação pessoal é útil para a obtenção do entendimento entre os povos e da paz. Brevemente, o companheiro José Ubiracy Silva estará assumindo as atividades de Diretor do Rotary International. Nós, integrantes do quadro associativo do Rotary no Distrito 4500, nos sentimos felizes e confiantes, pois sabemos que o companheiro Ubiracy irá promover e favorecer o bem, com fé e idealismo, na ventura de viver e haurir os excelsos benefícios da suprema satisfação que é a vida rotária em sua essência e plenitude. José Albert Van Drunen - Associado ao Rotary Club do Recife - Espinheiro

Eu sempre vejo o Rotary como uma grande escola, onde cada rotariano é ao mesmo tempo mestre e aluno. Na verdade, desde o seu início, o Rotary foi uma escola, uma escola de trabalho, na qual todos aprendem trabalhando e trabalham aprendendo. Nessa escola universal do Rotary, que tem mestres e alunos de todos os idiomas, raças, credos e costumes, temos a oportunidade de nos desenvolver, de aprender, de ensinar, de crescer espiritualmente. As três principais tarefas do líder rotariano do presente são representadas por três palavras de ordem: visibilidade, integração e mobilização. Seja a nossa primeira tarefa, a de dar visibilidade a todo o bem que o Rotary faz no mundo. O presidente Glenn disse que o Rotary nada tem a esconder. Não tem senhas nem códigos secretos. Tudo é claro e transparente, para ser partilhado com a humanidade. Para divulgar Rotary, podemos usar recursos de marketing, da mídia, o que estiver ao nosso alcance para que todos o conheçam e aprendam a admirá-lo. Devemos levar o nome do Rotary ao nosso ambiente de trabalho, às nossos profissões, aos nossos círculos de amizades, à nossa casa, mostrar as ações, os feitos, as realizações de nossos clubes. A nossa segunda tarefa é integrar a Família Rotária na vida do clube. É integrar o clube com outros clubes de serviços, com órgãos públicos, com empresas privadas, no que se chama de mútua cooperação. É desenvolver e motivar as pessoas. É ensinar ao novo companheiro, como ser um autêntico rotariano, despertando-lhe a vocação de serviço. É transformar o velho companheiro, já cansado e desestimulado, em autêntico homem de ação, verdadeiro líder, reacendendo em seu coração a chama da amizade, da boa vontade, da paz e compreensão. A terceira grande tarefa é a de mobilizar o quadro social, para atender ao chamamento do serviço. É fazer com que todos os rotarianos sejam cúmplices uns dos outros, na busca dos ideais rotários. Sabendo que cada clube é a soma de seus membros, o reflexo de seus sócios, quanto mais eficientes formos, maior eficiência terá o clube. Clubes de qualidade correspondem a homens dispostos, devotados ao ideal de servir, consagrados à ação como produto de sua fé. O rotariano, através de sua ação, de sua devoção, de sua identificação total com os objetivos do Rotary, é quem deve ensinar a todos o caminho da paz e do bem, pelo uso de sua voz e do seu exemplo. É com realizações concretas de nossos Rotary Clubs, sob a liderança e inspiração do Diretor 2015-17, nosso querido José Ubiracy Silva, que podemos elevar bem alto a imagem do Rotary, em nossas comunidades e no mundo. Alberto Bittencourt - Associado ao Rotary Club do Recife - Boa Viagem

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Temos a convicção de que, em face dos excelentes resultados já alcançados ao longo desses 110 anos de existência, o movimento rotário continuará sendo um valiosíssimo suporte na árdua busca pela Paz, e assim provavelmente viverá uma nova fase, de franca expansão, pelo mundo inteiro, pois os ideais que norteiam sua ação se alicerçam nos princípios mais sadios da Ética e da Moral, com o mais profundo respeito aos princípios morais, educacionais, profissionais, comportamentais e religiosos de todos e de cada um de seus integrantes. As nossas portas estarão sempre abertas aos praticantes da Paz, aos que se esforçam pela construção de um novo padrão de convivência fraterna, aos que labutam e se entregam, sem receber qualquer remuneração financeira, de forma voluntária a superar, ou pelo menos minorar, o sofrimento e as dificuldades por que passa grande parte da Humanidade. Este dinamismo na forma de pensar e agir, em consonância com os grandes objetivos da instituição, fez com que o experiente e competente companheiro rotariano, José Ubiracy Silva, conceituado e próspero empresário, que de longa data, sem prejuízo de suas atividades profissionais, vem prestando excelentes serviços voluntários ao Rotary, tanto em seu clube, como no Distrito 4500, inclusive como Governador, fosse eleito por unanimidade, Diretor de Rotary International, para o biênio 2015-2017, representando o Brasil, no Conselho Diretor da instituição sediada na cidade de Evanston, nos Estados Unidos. José Corsino Dantas de Lima - Associado ao Rotary Club do Recife - Boa Viagem

O Rotary celebra os 110 anos de existência como uma respeitada organização internacional de voluntários comprometidos com o amor ao próximo e com o servir. Nasceu do desejo de quatro profissionais de origens étnicas diferentes e de tendências religiosas também distintas. Por defender elevados princípios éticos e por pugnar pela igualdade dos povos e pela paz entre as nações, o Rotary tem merecido o apreço e a mais elevada consideração por parte dos 219 países e regiões geográficas onde atua. Num mundo de tanta violência, de cenários tão díspares e gritantes diferenças sociais, o Rotary se apresenta como fator de equilíbrio e de esperança. O Rotary constitui uma família de mais de dois milhões de pessoas, integradas em Rotary Clubs; Casas da Amizade (cônjuges); Rotary Kids (meninos e meninas); Interact Clubs (adolescentes); Rotaract Clubs (jovens adultos); além dos NRDCs – Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário, que se reúnem regularmente em nome da amizade, da solidariedade e do bem coletivo. Com os seus próprios recursos financeiros ou de parceiros colaboradores, os rotarianos conseguem implantar escolas e cursos, equipar hospitais, promover intercâmbios nacionais e internacionais, e estão prestes a concluir uma das mais formidáveis campanhas humanitárias da história - a erradicação definitiva da poliomielite da face da Terra. Que nós brasileiros, orgulhosos de sermos parte dessa equipe briosa e servidora, possamos nos colocar à disposição do Diretor 2015-17, José Ubiracy Silva e de sua digna esposa Maria da Conceição (Ceça) que, com suas virtudes de líderes incontestes, tudo farão para honrar e elevar bem alto o nome do Rotary. Se José Ubiracy tem sabido ser um empresário de grande sucesso, e de ter tido a dádiva de se conduzir ao lado de Ceça, como centro de uma família verdadeiramente abençoada, ele tem as mais apropriadas condições para liderar os mais competentes rotarianos do mundo acostumados com os lemas: “Mais se beneficia quem melhor serve” e “Dar de si antes de pensar em si”. Mário de Oliveira Antonino - Associado ao Rotary Club do Largo da Paz

O que expressar sobre Rotary, após meus companheiros, expoentes desta vivência e do conhecimento expressivo de ser rotariano através dos anos? Falo com o coração feminino, repleto do amor e admiração por esta organização admirável e digna do maior respeito através destes 110 anos de existência, liderada por gente que se fez melhor e unidos a esta multidão de companheiros, buscam minorar o sofrimento de outros e proporcionar, através de um trabalho junto às comunidades, elevar e resgatar a dignidade de pessoas que buscam o amor, a paz, o conhecimento de irmão em Deus e capazes de dar de si sem pensar em si. Deus abençoe meu Diretor Internacional, nosso querido Bira, fundador do meu Rotary Encanta Moça, do qual com muito orgulho faço parte há oito anos. E sou companheira de Rotary, dentre outras pessoas, da nossa estimada Ceça, esposa do nosso Diretor, José Ubiracy Silva. Amo o Rotary, amo ser rotariana e, através desta convivência saudável e deste trabalho digno, ter a oportunidade de me tornar um ser humano melhor. Realmente isso é felicidade, é presentear a si, tornando outros felizes. Creia meus amigos: o Rotary te proporciona esta chance. Venha ser rotariano e dê a si este imenso presente e ao mundo também”. Teresa Asfora - Associada ao Rotary Club - Encanta Moça

Tive a honra de conhecer o Rotary através de minha avó que é uma grande Rotaryana, Teresa Asfora. Desde então, passei a admirar e a entender que esta palavra significa GRANDE CORAÇÃO. É uma mistura de vizinhos, amigos e líderes comunitários que juntos criam mudanças de muita valia em suas comunidades e pelo mundo afora. Este coração, que faz história e conecta pessoas há mais de 100 anos, enfrenta desafios dos mais difíceis do mundo e ajuda uma vasta gama de organizações internacionais e humanitárias para enfrentá-las. Foi com muita satisfação que presenteei para este grande coração a capa desta edição, junto a um dos corações mais generosos que conheci. O querido líder e amigo, Bira. Censor de que se faça exatamente o necessário, sensato avaliador da inteligibilidade, grande mestre, com um potencial de ser fantástico, família, competente, leal, só pode ter sido um monge em alguma geração passada, para suportar com tamanho afinco, sem perder a classe sucessivos afazeres. Tenho convicção de que não há nome mais preparado e com tamanha disposição para neste momento ocupar o cargo de anfitrião-diretor para o biênio 2015-2017 sobre parte sul da América do sul. Parabéns, pelo exemplo de brilhante intelecto, incansável empreendedor, expressivo e dono de uma das personalidades mais cativantes que conheci, continue sendo exemplo, meu, nosso Chaplin. Manuella Asfora Russell Higashikawauchi - Diretora Executiva da Revista Empório Paradigma • DEZ/2015

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este nosso segundo artigo, usarei códigos QR para seu celular ou tablet, para que se aproveite ao máximo a Revista Paradigma!

No artigo passado, eu mencionei que nosso tema nesta edição, fosse voltado para o caso dos surfistas que reclamam da falta de opção de lazer e proibição das praias: o Eco Surf Social Bus! Iniciativa simples, que pode ser patrocinada e gerar empregos! Uma pequena frota de ônibus ou micro, geridos pela prefeitura ou inciativa privada, que percorrerão a orla onde é proibido o surf, parando em pontos específicos para que surfistas e outros banhistas cadastrados embarquem com suas pranchas com destino a Ipojuca, Porto ou outra praia liberada. Dentro do Eco Surf Social Bus, haverá um educador ambiental passando informações sobre tópicos, como por exemplo: • Segurança no mar e primeiros socorros • Regras de entrada e saída na água • Importância de não sujar nem areia, nem as águas • Noções básicas de ecologia • Notícias da cidade e do mundo sobre praias, surf etc Durante o translado para locais onde o surf é liberado, a população estará ainda recebendo informações e sendo instruída sobre vários assuntos importantes. Este ônibus, que preferencialmente deve ser movido à biodisel, pode ser totalmente adesivado e customizado externamente por patrocinadores de surf, natação, empresas de turismo, moda de praia, e tantas outras entidades, gerando total ausência de custos para o governo ou passageiros. Uma ou duas televisões instaladas dentro do ônibus, ainda podem exibir tanto notícias sobre as ondas, como propaganda dos patrocinadores ou ainda apoio multimídia às palestras dos orientadores presentes na viagem. Sugestões de horários devem ser estudadas de modo a não atrapalhar o trânsito, como, por exemplo, dois ou três horários para levar os surfistas de manhã cedo antes das 7h30, um ou dois para trazer de volta no meio dia e um ou dois mais no meio da tarde. Claro que um estudo e pesquisa com os próprios surfistas resolve fácil a questão de horários.

Foto: Arquivo Pessoal.

Por: Paulo Guilherme “Pinguim” Autor do “Imensidão” – Jornal O Globo On Line: http://oglobo.globo.com/blogs/imensidao/ pinguim@ondaazul.com.br Fundador do Projeto Divers for Sharks – www.d4s.eco.br www.facebook.com/diversforsharks

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Um movimento como estes, pode colocar a cidade de Recife em um lugar bonito de destaque na comunidade do surf internacional, bem como de turismo, além de gerar empregos, aproximação dos surfistas com possíveis patrocinadores e ainda por cima gerar renda! Espero seriamente que o governo diretamente, Cemit, MP ou alguma entidade privada, pense sobre isto e aproveite a oportunidade de fazer imagem do bem com o surf e tubarões de Recife! Contatos para conversar mais sobre o tema podem ser feitos direto com a Revista Paradigma ou com o Divers for Sharks no código ao lado! E para encerrar nosso artigo de hoje, foto de uma das ações de praia do Divers for Sharks, com nossa querida editora Manuella Asfora Russell Higashikawauchi assinando uma de nossas faixas!


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Nessa edição da #revistaparadigma vou conversar com o autor-roteirista da TV Globo, Nelson Caldas Filho, que acabou de participar do Festival de Cinema do Rio 2015, com o filme “Através da Sombra”, dirigido por Walter Lima JR, e já está preparando o seu próximo filme: “O Sem Fim”, que teve o roteiro premiado pelo disputadíssimo Fundo Setorial. Aqui falaremos sobre a carreia de escritor no Brasil, os sonhos, devaneios e a atual e futura situação do cinema nacional. M. Por: Roger

M. Basttos

R – Pernambucano de família tradicional e um publicitário bem estabelecido, em que momento você resolveu deixar as oportunidades que seu sobrenome te traria em Recife, pra investir sozinho na carreira de escritor no Rio de Janeiro? N – Deixei a direção de criação de agência de publicidade porque a profissão não me realizava como criador. Ficava limitado à publicidade em tempo integral. Na TV, posso trabalhar com dramaturgia e ainda tenho a liberdade de me enveredar pelo que gosto mais de fazer, que é cinema. TV e cinema pra mim se completam. R – Fale um pouco sobre a sua formação, e como ela se deu. N – Minha formação foi múltipla, porque passei em Direito, em que fui um péssimo aluno. Como não tive coragem de deixar o curso, fiz

Foto: Iva na Basto s

ao mesmo tempo Comunicação, quando comecei a trabalhar como redator em agências de propaganda. Mas faltava estudar pro que eu mais queria, que era escrever ficção. Optei por estudar História do

rogerbasttos.com

Cinema numa escola inglesa. Quando voltei, estava fazendo curtas e vivendo de publicidade. Mas o tempo era escasso e eu precisava me decidir. Vim pro Rio onde fiz uma oficina na Globo e fui contratado, escrevendo diversos seriados. Este tipo de trabalho é duro, mas abre tempo pra se dedicar a outras funções dramatúrgicas, e desde então posso me dedicar ao cinema e a outros gêneros de ficção. R – Se hoje o cinema nacional caminha com dificuldade, antes ele engatinhava. Nesse cenário de baixo incentivo e salas quase exclusivamente hollywoodianas, quais foram os seus maiores obstáculos na hora de investir nessa carreira tão instável? N – Os maiores obstáculos na carreira de Cinema é a incerteza, a briga nos editais, a demora do processo. É bem difícil, mas eu não

i Azevedo Foto: Nan

posso deixar de fazer o que gosto mais.

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Nelson Caldas Filho

R - Na sua visão, o cinema nacional caminha pra que lado: estagnação ou superprodução?

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N – Às vezes, acho que caminha para superprodução, mas com grande dificuldade. Melhor falar de conteúdo. As histórias precisam ser menos rasas. Hoje é tudo muito mastigado. Não adianta ter superprodução sem um super roteiro. Eu acredito em uma renovação da linguagem do cinema brasileiro. Sinto mais isso no lugar de onde venho, que é Pernambuco. São as produções que mais me interessam ver, sem essa de bairrismo, que não tenho. Mas o Cinema Pernambucano tem me interessado mais. R – O que você acha que falta pra esse momento? N - O que faltava pra esse momento, acredito que está acontecendo, que é uma ousadia de linguagem. Parece repetitivo, mas é o que realmente importa. Não me interessa nenhuma estagnação. Vejo a novidade nos filmes pernambucanos. Claro, me identifico mais com uns que outros. Inclusive, vejo isso também em você, Roger. Na sua escrita. E acho que é exatamente o que falta pra darmos o grande salto. R – Conte sobre o seu mais recente trabalho, o roteiro de longametragem “O Sem Fim”. Fale também sobre o seu processo de criação. N - Meu processo de criação no filme “Através da Sombra”, de Walter Lima Junior, e em meu novo roteiro “O Sem Fim”, em proporções diferentes, é trabalhar o irracional antes de tudo. É não saber direito o que está acontecendo enquanto escrevo. Depois passo a assumir uma linha racional, passo usar o bom senso. A doidice e a razão têm que andar juntas. “O Sem Fim” é um projeto mais ousado, porque eu próprio também sou sócio do projeto, e escolhi um diretor que realmente me dá um grande respaldo de linguagem, Alex Carvalho, atualmente residente em Londres. Aqui eu me jogo de cabeça - essa já é uma grande compensação estética. R – Quais são seus planos daqui pra frente? N - Meu plano é continuar criando projetos meus, que sejam viscerais e que contem boas histórias. Mas isto não impede que eu aceite convites. R – Qual seu conselho pros que estão iniciando no mundo do roteiro? N – Eu nem considero um conselho, não me acho apto a isso. O que posso dizer é o que eu faço: me jogo em minha criação. As regras fundamentais de roteiro, eu as não sigo. Se elas aparecem em meus trabalhos, é que as aprendi e as assimilei. Mas não as tento seguir. Isto é um terreno arriscado, mas o que salva no final é o bom senso.

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O D DICAS uchi

o Di Paula Fotos: Álvar

awa ik h s a ig H s o Car l ail.com

hcarlosy@gm

12 o n B lanc 20 n ig v u a S e t a st Agustinos E

H

oje, o Sauvignon Blanc é uma das variedades em que o Chile pode competir com os melhores do mundo. Não há nada que um Sauvignon Blanc produzido no Chile possa invejar de um neozelandês ou francês, além da variedade de empresas que estão nesta produção, que vão desde os mais simples vinhos de aperitivo a grandes vinhos que podem passar vários meses guardados dentro de um barril. Podemos encontrar diversos estilos e qualidades, mas uma coisa é certa: os Sauvignon Blanc do Chile estão entre os mais apreciados. A principal característica dele é o aroma de pêssego com notas vegetais (grama cortada) e o sabor pungente. As regiões mais frias, como Leyda, Bio-Bio e Casablanca, produzem os melhores vinhos dessa uva. Os vinhos de Sauvignon não só harmonizam bem ao nosso clima quente (o calor nordestino ajuda em seu teor), como também são bem apreciados junto a pratos condimentados, como carpaccio, queijos mais ácidos, sushis e frutos do mar grelhados, como o Sinfonia Mura, uma das boas pedidas do Mura Orora, concebido pelo Chef Edson Leite Contudo, indico o Augustino’s Sauvignon Blanc Estate, e o melhor de tudo é custo-benefício fantástico, podendo ser encontrado na Ingá Vinhos.

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E NT ORIE

f che a ic d n i chef EITE

L co m: EDSON

E

dson Leite, aos 18 anos, começou em um restaurante japonês bem tradicional na cidade, lavando louça. Com 5 anos de carreira, foi vencedor de um campeonato de sushi a nível nacional, na FISPAL, em Recife, promovido pela ABRASEL em 2005. Prestou consultoria em várias casas de sushi nacionais e locais. Em 2013, conheceu o empresário Bruno Carrazzone, e logo se tornou sócio do Mura Orora. Modo de preparo: Acesse nosso portal: emporioparadigma.com.br

SINFONIA MURA

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t s i r e l Gal

Dicas de look

: Por

Suéter by: Carlota Costa Saia jeans e cinto by: Innocenti Jeans

Vestido by: Carlota Costa Scarpin: by: Luiza Barcelos

Vestido by: Carlota Costa

Maxi colar by: Club da Miçanga

Chapeu by: Top Shop

Anéis by: Lubella

Acessórios by: Lubella

Ankle boots by: Guess

Vestido by: Carlota Costa Scarpin by: Luiza Barcelos Brincos by: Lubella

Bolsa by: Leeloo

Ankle boot by: Call it spring

Sandália by: Schutz

Chapéu by: Carmelitas DEZ/2015•

Foto: Gustavo Penteado

Vestido by: Lucy in the Sky

Vestido by: Cavalera

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Foto: Francisco Andrade

Foto: Jonatha Oliver

Foto: Francisco Andrade

E:

Vestido by: Lucy In The Sky

Chapeu by: Forever21 Vestido by: Maria Filó Acessórios by: Acervo pessoal


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CONTEMPORANEIDADE E TRANSTORNOS MENTAIS

Foto: Gleyson Ramos

Paradigmando Por: Marcos Gomes de Mattos Noronha Médico Psiquiatra e Psicoterapeuta Diretor Médico do NAPPE e-mail: mnoronha1@hotmail.com

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As mudanças nos padrões comportamentais, estéticos e condições de vida da população nos últimos tempos (final do Século XX e Século XXI), têm contribuído para grandes mudanças na incidência dos Transtornos Psiquiátricos, tanto na prevalência dos mesmos, quanto no surgimento de novas patologias (quer já estejam codificadas ou não nos Manuais de Psiquiatria). A distinção que muitos fazem entre o “normal” e “anormal ou patológico” está relacionada com a intensidade e frequência daquilo que todos os ditos “normais” sentem ou fazem. São vários os Transtornos que podemos citar entre os que surgiram ou se intensificaram nos tempos atuais: A selvagem competitividade profissional no mundo em que vivemos leva muitos indivíduos (principalmente os chamados Workaholics, ou “viciados em trabalho”) a desenvolverem a SÍNDROME DO BURN OUT (do inglês “to burn out”, que pode ser traduzido como “queimarse por completo”), causada pela dedicação exagerada ao trabalho, que podem provocar níveis tão elevados de stress, que levam o sujeito a um colapso físico e mental. A distorção da auto-imagem corporal (imagem de nosso corpo formada em nossa mente e que independe da “realidade”) é imensamente influenciada pelos padrões estéticos impostos pela sociedade e pelas mídias diversas – as mulheres, principalmente, devem ser magras e os homens musculosos (padrão muito observado no Brasil) – e é responsável por transtornos cada vez mais frequentes nos dias de hoje: ANOREXIA E BULIMIA (predominam no sexo feminino), ORTOREXIA (preocupação obsessiva com a pureza dos alimentos ingeridos) e VIGOREXIA (mais frequente no sexo masculino, caracterizada pela prática excessiva de exercícios físicos, adoção de dietas inadequadas e uso de esteroides anabolizantes com o objetivo de aumento significativo da massa muscular). Outra condição associada à deturpação da imagem corporal é a ADIÇAO POR CIRURGIAS PLÁSTICAS. Nesta condição, pessoas buscam uma harmonia estética idealizada (e não conseguem se contentar com os resultados obtidos), através de dezenas de cirurgias plásticas. A CIBERDEPENDÊNCIA, ou compulsão pelo, uso da Internet (aí incluídas Redes Sociais e Games), afeta um número crescente de usuários (principalmente adolescentes e adultos jovens), levando muitos a darem mais importância à sua vida virtual (baseada muitas vezes em perfis idealizados falsos) do que à realidade à sua volta. Muitos chegam a passar mais de 16 horas por dia conectados. Queda no rendimento escolar/profissional, isolamento social e distúrbios do sono, são alguns dos prejuízos trazidos pela dependência. O TRANSTORNO DE STRESS PÓS TRAUMÁTICO, muitas vezes causado pelos elevados índices de violência urbana (como ocorre de forma acentuada no Brasil), o grande aumento na incidência da SÍNDROME DO PÂNICO e DEPRESSÕES, e a epidemia de DEPÊNDENCIA DE CRACK também devem ser incluídas no rol dos crescentes Transtornos Mentais da contemporaneidade.


Relicário Zuza Monteiro e no sso inesquecível Eduardo Campos Santa Cruz - Rio Grande do Norte

Camilo e Rebeca Sim

ões

Eguishem - França

ula Waldir Bitu e Ana Pa

Cascão

Berlim - Alemanha

Antônio Mário e Clot

ilde Abreu Pinto Berlim - Alemanha

Roberto e Flávia Ro

Topo do Mundo -

Maria Eduarda Egito gentina Buenos Aires - Ar

ma

Minas Gerais

, Carlos e Camila Silvaey com seu Billy e o Mick Disney - USA

Barbara Cremonesi

Hollywood - Calif órnia • DEZ/2015

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O que as agências buscam hoje nos estagiários? Dei meus primeiros passos na vida profissional em 1977 como estagiário da Ampla, onde eu aprendi a trabalhar em equipe, a ter responsabilidade, a conhecer as peculiaridades de cada função da agência, e por isso respeitá-las, e aqui eu encontrei meu lugar no mundo, onde eu gosto de estar, o que eu gosto de fazer e como eu gosto de fazer. Apesar de estudar Engenharia (curso no qual eu me formei), com o estágio na agência me tornei um publicitário. Meu mestre foi Severino Queiroz, ou Seu Queiroz, como meu pai ficou conhecido no mercado ao longo dos seus 55 anos de trabalho na área de Publicidade. Transformei os ensinamentos de Seu Queiroz e fiz minha própria história, que este ano completou 37 anos. Apesar de ser filho do dono da agência, jamais tive privilégios ou a “mão na cabeça” em momentos em que não fui bem. Quem conhece a história da Ampla sabe que, apesar da raiz familiar, o critério para uma pessoa desenvolver uma carreira dentro da agência sempre foi puramente profissional. Trabalhamos com indicadores de qualidade e processos internos de gestão que demandam compromisso, engajamento, proatividade e disciplina da equipe, tanto por parte dos profissionais, quanto dos estagiários, além de talento e vontade de fazer diferente. Na verdade, fazer o que ainda não foi feito. Não é à toa que nosso Programa de Estágio, criado há quase duas décadas, se tornou um case de sucesso no mercado, sendo responsável por formar talentos com destaque nos cenários regional e nacional. No nosso corpo de gestores temos duas ex-estagiárias da Ampla. O segredo deste sucesso começa na lisura do processo seletivo. Os estudantes se inscrevem no site e recebem um login e uma senha para participarem da seleção. Esta é feita por meio de provas específicas de cada área. O regulamento não permite que o aluno se identifique de maneira alguma, caso contrário será automaticamente desclassificado. Isso garante condições de igualdade para todos os inscritos, uma vez que nem os filhos dos clientes têm alguma vantagem.

Foto: Daniela Nader

Parágrafo Final Por: Queiroz Filho É presidente da Ampla Comunicação e vice-presidente da ABAP Nacional. queiroz.filho@ampla.com.br

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A Ampla recebe estas provas com identificação apenas de login e senha, avalia e escolhe até três estudantes por área para a segunda fase: um workshop com dinâmica de grupo na Ampla. Daí será escolhido, após entrevistas pessoais com diretores e gestores de cada área, o finalista de cada vaga. Este ano, o processo seletivo ocorreu em maio. Obtivemos 600 inscrições, universo do qual selecionamos seis estudantes para estagiar nas áreas de Criação (redação e arte), Conteúdo Digital, Planejamento e Produção de RTVC (Rádio, TV e Cinema). Esperamos – e acho que esta é também uma expectativa do mercado como um todo – que os nossos estagiários aprendam o máximo possível sobre o negócio da Publicidade, que conheçam bem o funcionamento de uma agência e que aqui possam se encontrar dentro da profissão, escolhendo a função que desperte o seu interesse. Algo que na universidade às vezes é difícil de acontecer. O mercado criativo da Publicidade precisa de profissionais que amam o que fazem, porque amor é a matéria prima do nosso trabalho, é o que emociona as pessoas; que tenham curiosidade; que gostem de gente, de diversão, de comemorar, de ir ao cinema, ao teatro; que gostem de música e tenham sua banda preferida; enfim, que cultivem projetos pessoais e mantenham uma mente aberta para o novo. O mercado, por sua vez, tem que cumprir bem o seu papel no processo de ensino-aprendizagem, com responsabilidade e ética. Na Ampla, construímos um ambiente favorável para quem quer aprender, processo que envolve troca de experiências e saber compartilhar. Só assim, acredito, é possível desenvolver aptidões e talentos tão necessários ao mercado. A informalidade do ambiente e o empenho com que cada profissional da Ampla encara seu trabalho, independentemente de função ou hierarquia, favorecem o crescimento profissional. Portanto, aproveitem a oportunidade! Em resumo, é isso que esperamos dos nossos estagiários!


Um Mito De Sucesso Por:

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Manuella Asfora Russell Higashikawauchi

ara os velejadores pernambucanos, até o ano de 1984, era considerado um mito se algum veleiro pudesse chegar a “Esmeralda do Atlântico”. Os que tentaram, quebraram ou simplesmente se perderam retornando ao continente. Até que o experiente velejador, Maurício Castro, quis desmistificar este enigma, formando uma tripulação com quatro amigos – o marinheiro Abdias, Luis Torreão, Raimundo e Leonardo Veras – seguiram com a missão de quebrar tal paradigma. A tripulação levou o nome de “Pé na cova”, apelido dado pelo fato de, na época exceto Leonardo, serem da “maior idade”. E a pergunta foi no ar: será que conseguiriam? Bons ventos os acompanharam e eles acertaram o caminho das pedras... Foi um sucesso! Desbravaram e atestaram a viabilidade de chegar no arquipélago. Satisfeito com a expedição, no ano seguinte, Maurício organizou o primeiro cruzeiro em frotilha, com cinco barcos, conhecido como Cruzfafeno (Cruzeiro e Frotilha para Fernando de Noronha). Mais uma vez, as escotilhas para o paraíso foram abertas. E, em 1986, nascia a primeira regata internacional oceânica e ecológica do Brasil, idealizada pelo próprio Maurício. Oceânica, por não ser uma regata de litoral. E ecológica, porque qualquer infração contra a natureza, a pessoa seria banida das edições seguintes. Inicialmente, as partidas eram realizadas na Praia de Boa Viagem. Mas, por medidas de segurança e para melhor visibilidade dos patrocinadores, passou a ser realizada no Marco Zero (Porto do Recife). Na primeira edição, 22 veleiros chegaram a ancorar no Porto de Santo Antônio. Dentre eles, dois veleiros estrangeiros (Kalahari e Galant). A partir daí, este número só fez crescer.

Ultrapassagem do Patorozú ao Mussulo III garantindo o segundo lugar no podium

Fotos: Emilio Russell

Houve dois anos em que a REFENO não foi realizada. Em um deles, por conta da queda de um avião Bandeirante, 15 dias antes do evento. Caso estes cancelamentos não tivessem ocorridos, o evento já estaria na sua 29ª edição e não na 27ª, que ocorreu este ano. Os veleiros são divididos em variadas classes: Catamarãs, Trimarães, RGSA, RGSB, RGS geral, ORC, MOCRA, Aberta, Aço, Bico de Proa e Turismo. A premiação é feita por categorias, e o primeiro a cruzar a linha de chegada ganha a Fita Azul, que esse ano ficou com o veleiro da categoria ORC, Camiranga. A título de curiosidade, existem diversas formas de premiação, como: tripulante mais novo, tripulante mais velho e o chamado “barco a velho”, onde é feita com a soma da idade de todos os tripulantes da embarcação. Outro dado interessante, é que só existe um velejador que participou de todas as edições da REFENO, o experiente capitão amador Emilio Russell, que nesta última edição foi o primeiro colocado de sua classe e o quarto colocado geral, comandando o Voyager Atlantis Divers. A regata conta com o apoio da Administração da Ilha e da Marinha do Brasil que, para contribuir com a segurança, disponibiliza pelo menos um navio que acompanha toda a regata. E o Cabanga Iate Clube de Pernambuco disponibiliza duas lanchas para um eventual reboque de barcos avariados.

Foto: Antonio Morais - Nico

Segundo comentários de experientes navegadores, a regata já chegou a ancorar no Porto de Noronha 120 barcos. E nesta última edição, pouco mais de 30. O motivo é, além da crise econômica, exigências da Marinha, que não flexibiliza itens de segurança (o que é correto) e as restrições e taxas cobrados aos participantes pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os velejadores concordaram, mas com isso haverá uma redução de barcos inscritos, fazendo com que permaneçam apenas os comandantes de maior poder.

CONOGRAMA 1 2 3 4

Camiranga ens Patorozú - CT Viag Cables la go An Mussulo III ve Di rs Voyager Atlantis

Apoio:

Realização:

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