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ENTREVISTA

ARTIGO EVOLUÇÃO DOS ESTILOS MUSICAIS

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ENTREVISTA A LUZ DO SURF MUSIC BAIANO

TENDÊNCIA NOVO CONSUMO DE MÚSICA

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Publicação No Tom, Nº 01, Dezembro de 2018

equipe Ana Clécia Repórter

Chris Levi

Repórter e Revisor dos Textos

editorial Queridos leitores, a No Tom é uma revista baiana feita especialmente para os amantes e consumidores da música, que traz em seu contexto assuntos como tendências, noticias, entrevistas e entretenimento.

O seu nome é um trocadilho entre “no tom da música” e “no tom das cores” já que em cada edição é escolhido uma cor para ser protagonista.

Nessa edição escolhemos a cor amarela para capa, representando a Gab Ferreira, uma nova cantora baiana, que em entrevista para revista conta sobre sua história e deixa uma mensagem para os futuros artistas da música. A revista também entrevistou uma banda bem divertida e talentosa, a Banda Cahaya.

Aproveite cada conteúdo elaborado pela nossa equipe.

Boa leitura!

Felipe Oliveira Repórter

Matheus Levi Repórter

Yan Soares

Anúncios e Direção de Arte

Thalyta Yasmim

Fotografia e Diagramação

Assinatura assinatura@notom.com.br Site www.revistanotom.com.br REVISTA NO TOM

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sumário 05 JAZZ NO MAM

10 REVELAÇÃO BAIANA

16 PAGODE BAIANO CULTURA OU BAIXARIA?

19 REVISTA NO TOM

EVOLUÇÃO DOS ESTILOS MUSICAIS

08 LUZ DO SURF MUSIC BAIANO

14 NOVO CONSUMO DE MÚSICA

18 VOCÊ SABIA?

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ER A N T IRGEOV I S T A

evolução dos estilos mUsicais Por Chris Levi

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o início, o arcabouço musical do Brasil se resumia apenas em musicalidade indígena. A primeira mistura de ritmos foi causada pelos jesuítas após a colonização do país, entretanto, o que prevaleceu foram os ritmos portugueses unidos aos africanos, que foram diretamente ligados por meio da escravidão no Brasil.

A partir disso, o cenário musical brasileiro passou a sofrer interferência de outras culturas, como a Ópera, da Itália e França; o Bolero e demais danças de origem espanhola; e o Jazz Norte-americano, que entrou no país, e se desenvolveu com ritmos e estilos já existentes.

Na época da Primeira Revolução Industrial, a modinha portuguesa estava em alta. Eram textos sentimentais e musicalizados composto por poetas como, Tomáz Antônio Gonzaga, autor do poema Marília de Dirceu. Esses poemas eram constantemente cantados em bares e restaurantes de Lisboa, com o acompanhamento de um violão.

Outro ritmo nascido na mesma época e bastante conhecido no Brasil até os dias de hoje, é o Choro, que recebeu esse nome devido ao ritmo choroso com que a música é cantada.

Derivado de ritmos africanos, o Samba surgiu no início do século XX. As classes mais baixas e humildes da população eram os maiores consumidores. Contudo, o estilo foi crescendo e ganhando proporções a ponto de representar a música popular brasileira, revelando talentos como, Carmem Miranda e Dercy Gonçalves.

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Originada nos anos 50, a Bossa-Nova foi um movimento urbano que era tocado em saraus universitários por músicos de classe média. Ainda que comparado com o samba, pela semelhança no modo de ser cantando, o estilo acabou adquirindo características próprias incorporadas a elementos do Jazz. Neste gênero, temos personalidades brasileiras como, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Toquinho.

Elis Regina, Rita Lee,entre muitos outros nomes que se destacaram, e marcaram o cenário da música nacional até os dias atuais.

Já nos anos 80, o Rock Nacional surgia trazendo a tona bandas inesquecíveis, como os Paralamas do Sucesso, Titãs e Legião Urbana. Ao mesmo Após a chegada da Bossa-Nova, nas- tempo que os gêneros, sertanejo, axé ceram alguns ritmos mesclados ao e pagode passaram a ganhar espaço samba. O rock e o funk foram alguns no cena da música brasileira. deles, que marcaram a década de 60 junto ao surgimento de um novo gêne- Logo após, veio o Funk Carioca e o Rap, que nos anos 90, impactaram os ro popular, o MPB. jovens sulistas. Entretanto, o cenário A música popular brasileira, conheci- continuou se transformando, mistuda abreviadamente como MPB, teve rando gêneros e criando sub gênegrande importância no período de sua ros, a exemplo do Funk Ostentação e aparição. As letras eram fortemente Sertanejo Universitário que nascem e ligadas a protestos contra a ditadura ganham popularidade no século XXI. militar. Os cantores Chico Buarque e Geraldo Vandré foram alguns dos Diferente do Sertanejo Tradicional, o difusores de hinos que marcaram a Universitário segue um ritmo badalado, com temas mais festeiros e rofase. mânticos, reduzindo das letras, as reJunto ao gênero, surgiram movimen- ferências à vida no campo. Já o Funk tos como o lê lê lê e tropicalismo. Na Ostentação, passa a ganhar extrema tropicália, a cultura pop brasileira e visibilidade no estado de São Paulo, internacional, e as correntes de van- como uma vertente do Funk Carioca, guarda, eram fontes de inovação. onde os temas abordados são baseaComo por exemplo, a estética inova- dos em dinheiro, luxo, poder e curtidora do Pop Art, um movimento artís- ção. tico norte-americano. Já no lê lê lê, a base era o rock internacional, que ge- Atualmente, além dos dois ritmos rou grandes artistas brasileiros, como extremamente populares, nasceram Wanderléa, Erasmo Carlos, Tim Maia mais derivados e misturados. O Funknejo é um exemplo disso, além da e Roberto Carlos. existência do Pop-Rock, Eletro-Funk, Na década de 70, os ritmos Caipira e entre outros. No momento, quem tem o Romântico Popular passaram a ser ganhado as paradas é o Ragafunk, conhecidos como “brega”, e o MPB uma mistura de funk com ritmos como cresceu em comparação ao Samba, Ragga (subgênero do reggae em beaganhando cantores como Gal Costa, ts eletrônicos), o próprio Reggae, o Reggaeton (ritmo caribenho que tem crescido no mercado pop da música brasileira), e por fim, o Kuduro.

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Jam no mam

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Por Felipe Oliveira

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ocalizado na Avenida Contorno e banhado pela Baía de Todos os Santos, o Solar do Unhão, é uma construção do século XVI que abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia. Desde a sua criação, o Museu tem incentivado e exposto a produção cultural da região Nordeste.

O Museu-escola vem diversificando suas atividades e volta a receber shows de Jazz, com uma roupagem bastante intimista e aconchegante. O JAM NO MAM, um projeto da Huol Criações, passou a ser um ponto de encontro garantido de músicos locais. O projeto vem atraindo artistas de todo o mundo que encontram ali um espaço democrático para ouvir Jazz com “sotaque baiano”.

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A LUZ DO SURF MUSIC BAIANO Por Matheus Levi

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Banda Cahaya, formada em 2017, é composta por 5 membros de sangue soteropolitano dos quais são Rafael Rodrigues de 22 anos, o vocalista, Gustavo Rodrigues, irmão do vocalista, guitarrista e vocal de apoio, Miguel Gomes de 21 anos, na guitarra base, Pedro Santos de 21 anos, no baixo e david Zachariades de 20 anos, na bateria.

Em estúdio desde fevereiro, a banda fez o seu primeiro show em grande estilo. Após vencerem o concurso feito pelo cantor baiano Igor Liberato, a banda abriu a primeira edição do “Festival Todas as Cores” que aconteceu no Portela Café no dia 21 de maio de 2017 e encantou o público presente cantando suas canções autorais e covers de suas principais influências.

Como nasceu a banda CAHAYA? Gustavo: Eu, Miguel e Pedro nos conheceram na adolescência, época de escola, “rolês”, e etc. (pra galera que não sabe, eu e Rafael somos irmãos).

Desde então tivemos algumas ideias de nos reunir pra fazer algum som, temos referências parecidas e tal...

Chegamos até a colocar no papel um projeto de pop punk/hardcore, que não foi pra frente. No final de 2016 fizemos um primeiro ensaio pra ver como o som ia bater, mas ainda com a formação indefinida. Só no começo de 2017, através de um conhecido, encontramos Davizera. Fizemos um som no parque da cidade para apresentar a proposta da banda e a sintonia bateu logo. Depois disso começamos, realmente, a colocar o projeto em prática. Acho que foi assim que a banda nasceu.

CAHAYA significa Luz. Há um motivo em especial de a banda levar esse nome?

Gustavo: A ideia era colocar um nome que tivesse de acordo com o que nossa letra quer passar. Um dia, assistindo um documentário de um surf trip REVISTA NO TOM

de Armandinho na indonésia, me veio o insight de traduzir “luz” para o indonésio. Daí surgiu o nome Cahaya.

Qual categoria de ritmo vocês classificariam sua banda?

Gustavo: A princípio, nós estávamos focados em fazer um som voltado ao pop reggae e surf music, mas imagino que hoje, talvez seja até difícil de definir um ritmo/estilo. Ultimamente nós estamos agregando diversos ritmos ao nosso som, por exemplo, o xote, o samba reggae, e etc.

Sendo uma banda independente, quais têm sido as maiores dificuldades?

Gustavo: Creio que as dificuldades são semelhantes a todas as bandas undergrounds do mundo inteiro: A falta de um capital de investimento, a dificuldade em conciliar o tempo de estudo e trabalho com a banda e, consequentemente, nos impedindo de estar produzindo com frequência, que é a falta de contratantes pra abraçar nosso estilo.

Rafael: A cena musical da Bahia é difícil se você não canta axé, pagode ou pagofunk. O que tem mantido as bandas independentes e de música alternativa são as colaborações entre si. Uma ajuda a outra, mesmo que pensem diferente, a troca mútua prevalece.

Como é o trabalho em grupo de vocês fora dos palcos?

Gustavo: Fora dos palcos nós, geralmente, estamos juntos. Em “rolês”, em casa fazendo um som... Mas, quando se trata de produção para a banda propriamente dita, ultimamente, na maioria das vezes, cada um produz e estuda seu instrumento em sua própria casa.

Rafael: Cada um tem suas vidas fora e isso é muito saudável. Mas primeiro,

fora dos palcos, o mais importante é que somos amigos. Então, quando um compõe, o outro ajuda nas opiniões, daí um monta o arranjo e pede ajuda ao outro. Essa sinergia é o que nos torna a cada dia mais FAMÍLIA! Quais artistas/bandas vocês têm como referência e inspiração?

Gustavo: Eu costumo ouvir Forfun, Armandinho, Paralamas, Saulo, Skank, além de outras que estão crescendo, como Big up, Maré, Sinara e Lucas Solaris. Já das internacionais, eu curto Sublime, Iration, Landon Mcnamara e outros dos mesmos segmentos.

Rafael: Armandinho a Rihanna. Entre algumas referências temos Charlie Brown Jr, Forfun, Edson Gomes, Saulo, Carlinhos Brown e Jaú.

Quais mensagens vocês desejam passar com as músicas autorais da banda?

Gustavo: O interessante da arte pra mim é poder possibilitar diversas interpretações, mas, quando eu escrevo, sempre busco passar uma mensagem de amor pra galera.

Qual foi o maior momento de visibilidade que a banda teve em toda trajetória?

Gustavo: Somos uma banda recente que teve um “boom” meio prematuro. Assim que nos lançamos na rua, fizemos alguns shows em lugares de grande evidência, como no Portela Café e no Parque da cidade.

Então, imagino que o melhor momento da nossa carreira, foi de fato, todo o nosso primeiro ano de banda, em 2017.

Rafael: Vencer o Festival Todas as cores foi um dos nossos maiores momentos. Tocamos no Portela Café, famoso palco da capital baiana. Tenho certeza que o público que estava lá curtiu muito o som da Cahaya.

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REVELAÇÃO baiana

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cantora soteropolitana e ex-vocalista da banda Alphazimu, Gab Ferreira, é uma das apostas do cenário baiano. A artista se tornou uma revelação após ter participado e se destacado em dois reality da Rede Globo, “SuperStar” e “The Voice Brasil”.

Aos 24 anos, a baiana leva em sua carreira solo uma base musical do MPB, dando um novo significado a batida do samba-reggae mesclado a outros ritmos. Além do EP autointitulado, gravado ao vivo pelo projeto “Nosso Som”. “A minha vontade é que meu trabalho traga a riqueza rítmica da Bahia como alicerce, mas que dialogue com a linguagem atual e tendo a mulher no centro”, adianta a cantora.

Quando e como você começou a fazer música?

A música sempre se fez presente na minha vida. Como meu pai é um grande ouvinte, desde pequena tive contato com o som de artistas de diferentes estilos. Fazia parte da minha rotina pegar os CD’s do meu pai, abrir o encarte e acompanhar a letra cantando.

Quando pequena, o karaokê do meu tio Jonas acabou sendo uma grande escola. Minha família sempre amava me ouvir cantar.

A ideia de me tornar cantora me veio quando eu tinha 15 anos, mas antes de cantar, eu queria era ser dançarina. Fiz ballet clássico, dança moderna e jazz, porém, quando entrei no Colégio Militar de Salvador (CMS), as portas para a dança se fecharam, sendo que eu mal sabia que as da música estavam se abrindo. Foi um processo muito bonito. Entrei para a Banda de Música (de marcha) do colégio tocando clarinete, depois passei para a flauta transversal e quando me vi, já estava no coral, super afinada (risos). Então fui aprovada para ser uma das solistas do colégio e daí pra frente iniciava-se a minha carreira.

Concorri e ganhei o Festival da Canção do colégio onde um dos prêmios era uma bolsa pra estudar na Escola Baiana de Canto Popular, cedida por Ana Paula Albuquerque.

Na escola, estudei canto por dois anos e meio, e decidi aprender na

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prática o que é viver para a música.

Hoje eu me emociono por estar onde eu estou, por ter tocado com músicos incríveis e ainda ser reconhecida por tanta gente.

Qual a participação da família em sua carreira?

Meus pais sempre quiseram ser cantores, mas eles só não tiveram coragem de se entregar para a música, então, acabaram se tornando grandes apoiadores do meu trabalho.

Minha mãe não consegue ir aos shows porque acaba ficando mais nervosa que eu, mas nos bastidores, ela dá um duro danado, sobretudo, me ajudando a pensar no figurino e organizando minhas coisas. Já meu pai está sempre colado, me levando nos shows, entrevistas, e atento a cada detalhe para que eu sempre esteja confortável. Ele adora acompanhar tudo.

Tudo fica mais leve quando sua família te apóia a fazer algo que ama. Para quem tá iniciando, muitas vezes são essas pessoas que te dão o suporte até você conseguir montar sua equipe. Alguns artistas conseguem misturar a família com o profissional, mas acho isso arriscado.

Quais artistas/bandas vocês têm como referência e inspiração?

Acho que, com muito esforço, consigo listar alguns artistas que são referências para o meu trabalho: a portuguesa Sara Tavares; a nigeriana, Yemi Alade; a angolana, Yola Semedo; aqui no Brasil tem Iza, Baiana System, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Margareth Menezes, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Ilê Aiyê, Olodum, e etc.

Qual foi/é sua maior dificuldade no cenário musical baiano?

A maior dificuldade tem sido a de encontrar onde fazer show com banda aqui em Salvador. A maior deficiência das casas de show é a estrutura, não são feitas para comportar toda a equipe, daí o custo acaba sendo muito alto.

Qual relação você faz da Gab antes e depois, do programas Superstar e The Voice?

Acredito que os dois programas foram grandes motivos para eu acreditar mais em mim, despertando um processo intenso de autoconhecimento.

Antes eu não acreditava no meu potencial como cantora, duvidava muito do meu potencial e sofria por isso. Hoje me sinto tranquila quando me deparo com os desafios da vida, sou mais segura do caminho que estou seguindo.

Passei a aplicar e aperfeiçoar mais aquilo que aprendi ao longo da vida, e sem sombra de dúvidas, esses dois programas foram grandes oportunidades de me tornar conhecida a nível nacional, principalmente na capital baiana. Enfim, sou muito grata pelo caminho e feliz pela história que estou construindo.

Qual mensagem você quer passar com a música?

Quero passar tantas mensagens (risos). Mas o amor sempre foi a principal delas... a música por si só nos une de uma forma perfeita. Outra mensagem é o de inspiração. Desejo inspirar em outras mulheres e meninas negras, o empoderamento. Mostrar o quanto somos incríveis, lindas e poderosas.

Se você pudesse dar um conselho a todos os artistas que estão ingressando mundo da música, qual conselho você daria?

Acredite em você e na sua grandiosidade! Extraia o seu melhor, trace suas estratégias e mergulhe. Mas mergulhe de cabeça porque a música é ciumenta. Aaah... e não basta apenas saber de música, tem que saber de tudo um pouco. Estude produção, marketing, mídias sociais...TUDO! Tudo que possa agregar à sua carreira. Afinal, você é o dono do seu trabalho.

E não esqueça: O sonho é seu! Ninguém vai ter a mesma garra que você para que as coisas aconteçam. Claro que é imprescindível que se tenha parceiros, mas lembre-se: nem sempre você será prioridade. De resto, é só fazer sua parte e deixar as coisas fluírem. Não tenha pressa, nem se desespere, mas também não perca tempo.

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NOVO CONSUMO DE MÚSICA Por Ana Clécia

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om o grande avanço tecnológico, muitas coisas se modificaram e novas tendências surgiram. O modo de consumo foi um dos comportamentos afetados nessas mudanças. No que diz respeito ao consumo de músicas, a nova geração tem adotado rapidamente as plataformas digitais para acessar os hits lançados diariamente. Os artistas também vêm investindo cada vez mais nas plataformas, já que têm sido mais benéfico que os meios físicos.

Tudo começou em 1990, com o formato MP3, quando o download de arquivos foi difundido, assim como cita o livro “Como a música ficou grátis”, de Stephen Wiit. Nesta época, a indústria fonográfica enfrentou uma crise, devido a pirataria, que passou a disponibilizar o download gratuito de faixas em MP3 online.

Hoje, percebe-se que o mundo da música reverteu o quadro mesmo com os custos mais baixos. O consumidor voltou a pagar para ouvir suas músicas e obter em primeira mão os lançamentos de seus artistas preferidos. A cultura da playlist começou em 2008, e hoje, uma década depois, tem mais força e inovação na população, principalmente nos mais jovens. Antes não era possível escolher o que ouvir, tudo era no aleatório. Agora, não só é possível selecionar o que se deseja escutar, mas também o ouvinte pode criar sua playlist com apenas as canções selecionadas.

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Os serviços oferecidos pelas plataformas como, Spotify, Deezer, Apple Music e Tidal, possibilita o usuário a criar uma playlist e compartilhar com os amigos, inclusive, isso ajuda no engajamento entre o artista que oferece o conteúdo e o ouvinte que o recebe. É possível encontrar playlist para todo momento, desde hits pesadões a músicas específicas para exercicio fisicos e mantras espirituais. É notória a grande mudança na forma de consumo de músicas. As fitas, cd’s, entre outras mídias de armazenamento de arquivos musicais, estão sendo rapidamente trocadas pelas formas digitais de acessar ao conteúdo.

Uma meio que ainda é bastante utilizado, é o pen-drive.

Por ter entrada USB, na maioria das vezes é utilizado para arquivar músicas e vídeos que podem ser consumidos em momentos que o ouvinte não tiver acesso a rede de internet, que é requisito para o funcionamento de algumas plataformas. Levando em conta que algumas delas, como o Spotify, que dá a possibilidade do indivíduo salvar as músicas no aparelho celular e ouvir em modo off line. A questão é que a opção é descartada por muitos, devido ao consumo da memória do aparelho.

A realidade é que o comportamento do ser humano, mais precisamente dos jovens da geração vigente, têm andado conectados a todo momento, enquanto a indústria fonográfica tenta acompanhar de toda forma essa evolução, e visivelmente, tem conseguido.

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Pagode baiano cultura ou baixaria ?

Por Felipe Oliveira

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pagode baiano é um dos ritmos em constante evolução.

Atualmente, as composições dividem opiniões por conta da letra, ou pela falta da mesma. Algumas pessoas curtem o som e não acham que as letras importam muito, basta ter o som, a percussão, e a levada, para que possam se divertir. Já para alguns críticos, as músicas atuais servem apenas para aglomerar alienados.

Os mais cruéis chegam a negar que essas músicas e até mesmo o gênero musical, façam parte da cultura do país.

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Parte desta tentativa de exclusão é advinda do preconceito, consequência de uma sociedade repleta de represálias que vivem em um sistema autoritário. Muitos defendem que este modo de pensar são características de uma sociedade retrógrada e que caminha para uma falência moral. Não apenas o pagode é criminalizado, mas também o funk, que cotidianamente é julgado por suas expressões e batidas.

Outra visão, é a de quem está contra, que levados por algumas músicas de teor machista e pedófilo, generalizam as demais, formando uma opinião

que não favorece ao estilo músical.

Além do mais, as letras preconceituosas e misóginas se faz presente em diversos ritmos, do funk ao sertanejo. É preciso que as pessoas compreendam que cultura é tudo, e não é exatamente definida por alguém. E sim, por um conjunto de fatores pessoais e contextos históricos na vida de determinados indivíduos, de determinadas regiões. Ou seja, cabe a cada um respeitar a cultura do outro, para vivermos bem em sociedade.

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VOCÊ SABIA 3. Nós não tiramos determinadas canções da cabeça por ouvi-las em excesso

1. Ouvir música triste provoca mais saudade do que tristeza Para os amantes das músicas melancólicas, um estudo japonês descobriu que músicas tristes podem provocar algumas emoções no ouvinte, principalmente a saudade. De acordo com a pesquisa, quando experimentamos a tristeza por meio da arte, sentimos uma sensação agradável.

2. Refrão repetitivo é o segredo para uma letra de sucesso Boa parte dos artistas têm lançado músicas com refrão repetitivo de onomatopeias que acabaram fazendo sucesso. No Brasil, acontece bastante isso, inclusive com cantores de destaque mundial, a exemplos de Anitta, Cláudia Leitte e Ivete Sangalo. “As letras desse tipo em canções de consumo ajudam o público a lembrar da música e cantar junto. É muito mais fácil vender” afirma a pesquisadora Beatriz Gil, da Universidade de São Paulo (USP).

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Isso acontece devido ao “efeito de exposição”. Quando nós escutamos uma música em excesso mesmo que sem pretensão, acabamos absorvendo ela, seja forçadamente ou não. Entretanto, a grande exposição ao som pode levar ao efeito inverso: a repulsa.

6. Música incita o consumo Alguns bares, utilizam da música para aumentar o consumo de álcool. Quanto mais alto o volume da música, mais as pessoas irão consumir. O mesmo acontece em floriculturas, onde as músicas românticas aumentam as vendas. É o que mostram as pesquisas feitas por cientistas da Universidade da Bretanha, na França.

7. Quando escutamos uma música “boa” sentimos aquele leve arrepio Quando estamos ouvindo uma música, algo não muito raro pode acontecer. Podemos sentir arrepios ou calafrios. Essa sensação acontece basicamente em nosso cérebro e os pesquisadores Marcus Pearce e Elvira Brattico, ambos neurologistas, passaram vinte anos tentando estabelecer a ligação entre a música e as atividades cerebrais, o que poderia explicar o frisson que sentimos quando ouvimos determinados estilos musicais que nos agradam.

4. Música favorita Rebecca Webb e Alexandra Lamont, pesquisadoras da Universidade de Keele, no Reino Unido, concluíram que a escolha da nossa música favorita tem influência de nosso estado emocional. Os resultados apontam que a escolha tem muito a ver com as motivações pessoais dos ouvintes e suas histórias.

8. As vacas produzem mais leite quando escutam música relaxante

5. Música é QI

Ao ouvir a música lenta as vacas produziam 3% mais leite por dia do que quando elas escutavam músicas rápidas.

Na Universidade de Toronto, no Canadá, foram feitos experimentos com 144 crianças, que participaram de grupos com aulas de música para aumentar o QI e ter um melhor desempenho acadêmico. O resultado não só deu certo, como outras pesquisas mostraram que os músicos são mais calmos, alertas e dispostos a aprender por terem os cérebros mais desenvolvidos.

Esse fato estranho foi relatado pela BBC em 2001. Ouvir música relaxante pode fazer com que as vacas produzam mais leite. O estudo envolveu 1.000 vacas que foram expostas a músicas rápidas, lentas e sem música durante 12 horas por dia durante um período de nove semanas.

“Música calma pode melhorar a produção de leite, provavelmente porque ela reduz o stress,” afirma Adrian North, médico que realizou o estudo.

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