Six of crows

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“Sabemos quem veio atrás de nós no porto?” “Pekka Rollins. Ele contratou os Pontas Negras e os Gaivotas Navalha para nos impedir de sair do Porto 5.” “Como ele sabia de onde nós partiríamos?” “Ainda não sabemos ao certo.” “Eu vi Oomen…” “Oomen está morto. Kaz o matou.” “Ele fez isso?” “Kaz matou muita gente. Rotty o viu ir atrás dos Pontas Negras que tinham te emboscado nos contêineres. Acho que suas palavras exatas foram: Havia sangue o suficiente para pintar um estábulo de vermelho.” Inej fechou os olhos. “Tanta morte.” Eles estavam cercados por ela no Barril. Mas isso era o mais perto que ela já havia chegado de morrer. “Ele temeu por você.” “Kaz não tem medo de nada.” “Devia ter visto o rosto dele quando te trouxe até mim.” “Eu sou um investimento muito valioso.” Nina ficou boquiaberta. “Me diga que ele não falou isso.” “É claro que disse. Bem, não a parte do valioso.” “Idiota.” “Como está Matthias?” “É outro idiota. Acha que consegue comer?” Inej balançou a cabeça. Ela não tinha nem um pouco de fome. “Tente”, Nina insistiu. “Não havia muito de você para começo de conversa.” “Só quero descansar agora.” “É claro”, disse Nina. “Apagarei a lanterna.” Inej a segurou novamente. “Não. Não quero voltar a dormir ainda.” “Eu poderia ler para você se houvesse alguma coisa para ler. Havia uma Sangradora no Pequeno Palácio que podia recitar poemas épicos por horas. Aí sim você desejaria ter morrido.” Inej riu e então fez uma careta de dor. “Basta sua companhia.” “Tudo bem”, disse Nina. “Já que você quer conversar. Conte-me por que não tem a taça e o corvo no seu braço.” “Vai começar pelas perguntas fáceis, é?” Nina cruzou as pernas e apoiou o queixo nas mãos. “Estou esperando.” Inej permaneceu em silêncio por um momento. “Você viu minhas cicatrizes.” Nina assentiu. “Quando Kaz convenceu Per Haskell a pagar meu contrato de servidão com o Menagerie, a primeira coisa que fiz foi remover a tatuagem de pena de pavão.” “Quem a removeu fez um trabalho bem grosseiro.” “Ele não era um Corporalnik nem um medik.” Só um dos açougueiros semiexperientes que ofereciam seus serviços para os desesperados do Barril. Ele ofereceu a ela um trago de uísque, e então simplesmente começou a cortar a pele, deixando um vertedouro enrugado de feridas no seu antebraço. Ela não havia se importado. A dor foi libertadora. Eles amavam falar da sua pele na Casa das


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