A028

Page 1

Teleaudiometria como método de triagem em escolares BOTASSO, M; SANCHES, SGG; SAMELLI AG. Introdução: Dados epidemiológicos sobre prevalência de perda e/ou alterações auditivas em países menos desenvolvidos são insuficientes para qualquer planejamento de ações mais efetivas.Calcula-se que países desenvolvidos tenham a metade de pessoas surdas ou com alteração auditiva quando comparados aos países em desenvolvimento. Estimase que uma em dez pessoas tenha perda auditiva permanente de grau leve a profundo. As alterações auditivas mais comuns em crianças são consequências de eventos pré e pós-natal, as quais, muitas vezes, podem ser identificadas através de triagem auditiva logo após a alta hospitalar. Mesmo o programa de triagem auditiva neonatal sendo efetivo em algumas localidades, devem ser consideradas as perdas auditivas adquiridas. Em crianças, a otite média é a doença otológica mais comum que pode causa-las. Estudos indicam que 80% das crianças em idade escolar sofre pelo menos uma perda auditiva temporária durante o ano letivo, acarretando sérios problemas relacionados à linguagem oral e à linguagem escrita. Objetivo: avaliar a acurácia dos métodos de triagem: teleaudiometria e audiometria por varredura e compará-los entre si e à audiometria tonal (padrão ouro) em escolares do ciclo I do ensino fundamental. Método: Participaram do estudo 235 escolares, sendo 116 meninos e 119 meninas, os quais foram agrupados por faixa etária e série escolar. Foram realizados: triagem por teleaudiometria com fones TDH39 (software que avalia a audição automaticamente nas frequências de 1000, 2000 e 4000 Hz), triagem por varredura audiométrica em cabina acústica (nas frequências de 1000, 2000 e 4000 Hz) e audiometria tonal em cabina acústica (nas frequências de 500, 1000, 2000 e 4000Hz). Foram considerados como normalidade: “Escuta bem!” no software e os limiares auditivos menores ou iguais a 15dB nas frequências testadas. Resultados/ Discussão: Verificou-se que não existe associação entre os testes audiométricos e a variável sexo. A partir do método de triagem por varredura foi possível detectar 30 crianças que falharam num total de 65 crianças que apresentaram alteração auditiva na audiometria tonal. Das 170 crianças que não apresentaram alteração auditiva na audiometria tonal, 169 passaram neste método de triagem. Pelo método de teleaudiometria, detectou-se 33 crianças que falharam dentre as 65 que apresentaram alteração no teste definido como padrão ouro, representando os verdadeiros positivos. Das 170 crianças sem alteração na audiometria convencional, 155 passaram por meio deste método, que representam os verdadeiros negativos. Conclusão: A teleaudiometria pode ser considerada um método válido para triagem, tanto pelos resultados equivalentes obtidos nas comparações como pelo próprio procedimento em si.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.