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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS E DA SAÚDE LIGA ACADÊMICA DE TELESSAÚDE DO MARANHÃO

CAIO GRACO BRUZACA

PADRONIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE NA INTERNET: PROJETO ESTETOSCÓPIO 2.0

SÃO LUÍS 2013


CAIO GRACO BRUZACA

PADRONIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE NA INTERNET: PROJETO ESTETOSCÓPIO 2.0

Projeto a ser avaliado na categoria “Empresa, Universidade e Pesquisadores” do 1º Prêmio de Originalidade e Inovação em Telemedicina e Telessaúde promovido pelo Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde (CBTMS) durante o 6º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde.

SÃO LUÍS 2013


SUMÁRIO

1. OBJETIVOS............................................................................................................01 1.1. OBJETIVO GERAL.................................................................................................01 1.2. OBJETIVO ESPECÍFICO........................................................................................01 2. JUSTIFICATIVA........................................................................................................02 3. METODOLOGIA........................................................................................................04 3.1 PROJETO “ESTETOSCÓPIO 2.0”.......................................................................04 3.2 CRITÉRIOS PARA CERTIFICAÇÃO....................................................................04 4. ATIVIDADES DO PROJETO....................................................................................05 REFERÊNCIAS...........................................................................................................06


1. OBJETIVOS: 1.1. Objetivo Geral - Garantir a qualidade da Informação em Saúde na Internet, focando principalmente Vídeos e Websites que tratam destes temas. 1.2 Objetivos Específicos - Criação de diretrizes sobre a criação de vídeos educativos a fim de garantir a qualidade da informação em saúde. - Formar um grupo para avaliar a qualidade da informação em saúde exposta na internet. - Agir de forma conjunta com a sociedade, para coibir e alertar acerca de sites e vídeos com condutas negativas em saúde.


2. JUSTIFICATIVA: A utilização de vídeos na educação em saúde está cada vez mais consolidada e a busca de informação em saúde na internet pelos indivíduos é crescente. O uso desses recursos é amplamente utilizado em sala de aula por professores, e na aquisição de novos conhecimentos por leigos em meio digital. Na internet, o site Youtube é considerado por diversos estudos o mais relevante para a educação e promoção em saúde por meio de vídeos1. No Brasil o acesso à informação cresceu vertiginosamente, haja vista a inclusão digital e o uso da informática. Nesse ponto, como é facilitada o acesso a informação, nada garante a qualidade da mesma. Como pode se garantir se a informação obtida em um site A ou B realmente é correta? Não há uma padronização da informação na internet apesar de discussões entre diversas entidades no exterior. Por conseguinte, ainda hoje não há consenso sobre padronização de informação em saúde na internet. Por exemplo, existe a certificação emitida pela Health on Net Foundation Code of Conduct (HONcode) que visa garantir a qualidade do material exposto na internet. No caso da saúde pública brasileira que tem como língua nativa de seus usuários o português, não há avaliação por este órgão, pois este não avalia material nessa língua2. Em diversos conteúdos da internet em língua portuguesa, não há como garantir que um vídeo ou website esteja de acordo com os princípios da ética, A transparência da informação e a qualidade do material produzido. Nos Estados Unidos, há a diretriz para produção audiovisual do Center for Disease Control and Preventions (CDC). Esta sugere que vídeos educacionais em saúde contenham objetivos definidos, e tenham um público alvo definido. Enfatiza o fato de que jargões médicos e termos técnicos devam ser evitados3. Entretanto, é importante enfatizar que uma informação errada distribuída pela rede para a população é mais danosa do que a própria falta de informação, uma vez que serão gasto muitos recursos para poder tentar reverter à conduta negativa exposta pelo material, e amenizar os efeitos maléficos dessa conduta. Existem diversos sites que exibem, por exemplo, receitas milagrosas para emagrecimento, arquivos do power point que propagam informações falsas com inclusive citação de “pesquisadores” para


garantir a veracidade do arquivo. Um exemplo bem claro são vídeos e sites que divulgam e sugerem a anorexia e a bulimia. Estes conteúdos demonstram claramente condutas negativas, que afetarão diretamente a vida do indivíduo e, consequentemente, virarão problemas para saúde pública4. Portanto, faz-se necessário a criação de um órgão ou instituição certificadora de informação em saúde na internet. Este tem como finalidade apresentar o projeto de uma entidade certificadora de informação em saúde, cuja finalidade é a padronização sobre a informação médica exposta na internet em língua portuguesa, a fim de garantir a qualidade dos vídeos expostos, e consequentemente poder melhorar a qualidade da saúde no Brasil a partir de promoção de saúde e prevenção de doenças utilizando meios confiáveis de informação em saúde.


3. METODOLOGIA: 3.1 PROJETO “ESTETOSCÓPIO 2.0” `

O Projeto “Estetoscópio 2.0i” tem como finalidade a certificação da qualidade

exposta na internet. Esta será composta por profissionais da área da saúde e tecnológicas, sem, contudo, excluir a participação social presente no sistema de saúde vigente no Brasil. A partir desse ponto, a criação de um website com toda a informação sobre o que é a certificação de vídeos na internet, os critérios a serem analisados, como adquirir a certificação e o que fazer para solicitar avaliação do material a ser exposto. 3.2 CRITÉRIOS PARA CERTIFICAÇÃO: Podem ser utilizados diversos critérios para avaliação de vídeos educativos em saúde expostos na web 2.0. Neste projeto é exposto 10 critérios para avaliar um vídeo em sites como o Youtube. 1. Qualidade do Conteúdo Exposto avaliado por um profissional da área. 2. Contador de visualizações e Estatísticas do vídeo; 3. Adequadas duração e tamanho do vídeo; 4. Notas e Avaliação do público, vide sistema de notas (1-5) ou Gostei/Não Gostei adotado no website Youtube. 5. Descrição do vídeo em linguagem clara e acessível. 6. Qualidades técnicas empregadas para construção audiovisual; 7. Usuário/Organização que Postou o Vídeo; 8. Possibilidade de utilização do Vídeo como ferramenta de educação em saúde na comunidade, como em escolas, em reservas indígenas e em igrejas. 9. Presença de Comentários, bem como a possibilidade de haver comentários para os vídeos; 10. O titulo e as palavras chaves. A partir desses critérios, ou outros a serem acrescentados a estes, será possível avaliar se a informação contida em um vídeo é confiável ou não, e se esta seria danosa ou não.

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A escolha do nome “Estetoscópio 2.0” remete ao uso do utensilio no exame físico do paciente, sugere que o estetoscópio estaria “examinando” a web 2.0.


4. ATIVIDADES DO PROJETO: 1. Levantamento Bibliográfico 2. Criação do Projeto “Estetoscópio 2.0” e do Website 3. Elaboração da Diretriz que visa a Qualidade da Informação 4. Firmar Parcerias com Sociedades Médicas 5. Registrar a Entidade em Órgãos Internacionais de Certificação na Internet 6. Abertura de Editais para Submissão de Sites e Vídeos Educativos em Saúde 7. Trabalho Contínuo de Análise e Certificação de Vídeos (Busca Ativa)


REFERÊNCIAS: 1. Gabarron E, Fernandez-Luque L, Armayones M, Lau AYS. Identifying Measures Used for Assessing Quality of YouTube Videos with Patient Health Information: A Review of Current Literature. Interact J Med Res. 2013;2(1):e6. 2. Health On the Net Foundation. 2013. [2013-06-12]. Webcite HON code http://www.hon.ch/HONcode/ 3. Centers for Disease Control and Prevention. [2013-06-12]. webciteSocial media guidelines

and

best

practices.

YouTube

and

other

online

video

http://www.cdc.gov/SocialMedia/Tools/guidelines/pdf/onlinevideo.pdf. 4. Gabarrón E, Fernández-Luque L. eSalud y vídeos online para la promoción de la Salud. Gaceta Sanitaria. 2012;26(3):197–200.


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