Colégio Marista Roque

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FUN DA MEN TAL 10

© Foto: Arquivo pessoal

Capa

Luciana Schwan e o esposo Renato juntos dos filhos Gustavo, Arthur e Vinícius, estudantes do Colégio Marista Rosário.

OS BENEFÍCIOS DA REDE DE APOIO “Fundamental”. É essa a palavra que Marta Lucion, médica psiquiatra com especialidade em Psiquiatria da Infância e Adolescência e doutora em Psiquiatria e Ciências do Comportamento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), usa quando se fala em “rede de apoio” na maternidade/paternidade. Para a profissional, esse é o caminho mais saudável para manter o equilíbrio entre as expectativas e necessidades pessoais e as demandas que surgem com os filhos. “Costumamos viver de forma isolada, pois temos uma tendência natural de cuidar de nossos próprios problemas. Em geral, todo mundo está se esforçando para ser o melhor pai e a melhor mãe possível. Apoio e empatia são essenciais”, explica. Ao fazer um comparativo com a maternidade/paternidade de outros tempos e a atual, Marta entende que existe, hoje, uma valorização maior das vontades e da personalidade dos pequenos. “Hoje, fala-se muito que as crianças já são capazes desde muito cedo. Que são criativas, pensantes, que entendem o meio em que estão. Essa visão é muito boa, mas pode causar uma sobrecarga”, lembra. Para ela, um dos grandes desafios é a

velocidade de consumo de informação – é como se houvesse uma checklist a ser cumprida, uma série de atividades que os filhos precisam realizar, características que necessitam desenvolver. “É preciso se respeitar e respeitar os filhos, nossas características pessoais, quem somos, no que acreditamos, o que representamos. Essas identificações são muito importantes para que não entremos em uma rotina de cobranças e comparações”, indica Luciana.

A INFLUÊNCIA DA MENTE NO CORPO “Mais do que gerar alterações no funcionamento do nosso corpo, o estresse pela maternidade pode causar transtornos psiquiátricos que muitas vezes se associam a questões físicas”, afirma a médica. Quando a mente está cansada, ela manda sinais de atenção para o corpo e nos faz sentir dores e sintomas que nem sempre estão vinculados a problemas que podem ser identificados em exames e consultas de rotina. “Azia, cefaleia, problemas no intestino, dores musculares. A sobrecarga emocional se manifesta pelo corpo e nem sempre será possível relacioná-la a um problema específico de algum órgão”, alerta a profissional.


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