Através do espelho e 7 contra Tebas

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atraves do

espelho

e o que

Alice por la

encontrou




E O QUE POR LÁ ENCONTRAMOS márcio meirelles . salvador . 25.12.2015

em 1862 charles dodgson contou uma história à pequena alice lidell q tinha dez anos a história seria publicada 3 anos depois com o nome alice’s adventures in wonderland e assinada com o pseudônimo lewis carroll em 1871 foi publicada throught the looking glass and what alice found there ou em 1862 lewis carroll contou uma história para alice lidell q charles dodgson publicou 3 anos depois c isso ganhou um bom dinheiro o q o levou a imortalizar-se como lewis carroll e a uma sequência das aventuras

isso fez c q alice lidell se tornasse alice a alice de lewis carroll do chapeleiro louco da rainha de copas da rainha vermelha do cavaleiro branco de humpty dumpty dos irmãos tweedle do país das maravilhas do espelho atravessado em quem se tornou de fato alice? afinal era ela um sonho do rei vermelho ou sonhou tudo q ouvimos? e q trajetórias alice teve q enfrentar para ser alice? e q caminhos teve q percorrer para continuar alice lidell? q espelhos atravessar para tornar-se rainha? o q lewis carroll sonhou? o q fez lewis carroll tirar alice lidell de sua vida real para atira-la num livro ilustrado por ele mesmo num manuscrito presenteado à menina? depois qdo charles dodgson resolveu q o livro seria de todos foi publicado c ilustrações de john tenniel capazes de estabelecer um padrão tão poderoso q nem walt disney nem salvador dali nem ninguém foi capaz de ignorá-las completamente e estabelecer algo novo sem nenhum vestígio da gênese e alice tornou-se tb a menina registrada por tenniel em gravuras icônicas entregou o lewis para o john uma foto de outra musa nova musa fotografada por ele como tantas outras para q inspirasse a criação da alice gráfica complemento inseparável da literária diferente da lidell a alice de tenniel tb n era a de carroll era outra mas a lidell estava perdida aprisionada p sempre na casa do espelho do país das maravilhas no sonho do rei vermelho


do círculo familiar p tornar-se alguém não a filha de alguém mas alguém tb capaz de ter filhos contou como se dá o ciclo do indivíduo para tornar-se mas como dodgson publicou as revelações em livro e tornou alice alice de todos menos dela mesma nove anos depois carroll contou a musa agora c 19 o q ela passaria ou o q tinha passado para ser mulher foi em busca dessa trajetória q nos metemos na tarefa de traduzir o livro para o palco

pq escreveu uma sequencia 9 anos depois de ter contado a sua pequena amiga musa ouvinte e ter sido afastado dela pela mãe preocupada c os contornos da relação do contador c a ouvinte do sonhador c a sonhada do artista c sua musa? charles dodgson talvez tenha publicado a sequencia pela fama pela grana pelo mesmo q faz as sequencias da maioria das obras q faz as franquias dos blockbusters mas lewis carroll talvez tenha percebido o q fez a alice lidell primeiro contou a ela os percalços do crescimento do caminho de se tornar adulto o enfrentamento

a atividade central do primeiro arco da universidade LIVRE de teatro vila velha é traduzir um romance para o palco lidar c a estrutura do discurso o q dizemos precisa de uma estrutura para ser dito e o ator antes de dizer precisa entender como se constrói o discurso nos textos escritos diretamente para a encenação a estrutura é mais aparente mais exposta temos q entende-la aceita-la e sobre ela construir o nosso discurso num romance ou outra espécie de narrativa a dramaturgia segue outros princípios tem outra sintaxe é como outra língua traduzir depende do conhecimento das duas línguas o mundo se move sobre estruturas e a dramaturgia é o seu desenho por isso o primeiro arco da LIVRE é o da dramaturgia criar uma própria dramaturgia em q a narrativa linear do romance se mescla c a do espaço do som do corpo do movimento físico do coletivo do instante presente ATRAVÉS DO ESPELHO E O Q ALICE POR LÁ ENCONTROU está baseado em dois eixos centrais duas estéticas o jogo de xadrez c suas regras e movimentos


e o espelho com seus reflexos e imagens ele nos conta o percurso do crescimento de descobertas de sexualidades de perplexidades de reconhecimentos até o ponto de fusão é uma narrativa de trajetória como a odisseia e tantas outras dividida em 12 capítulos q podem facilmente se transformar em 5 atos como uma peça clássica exposição desenvolvimento virada desdobramento resolução as narrações/rubricas podem ser e foram alteradas trair para melhor traduzir as palavras mesmo escritas são da natureza do som elas provocam imagens e associações afetivas e racionais ao mesmo tempo as narrações nos sugeriram outras ações e vencemos a tentação de ilustrar o q está descrito além das narrações o livro é rico em diálogos se os isolarmos e os falarmos eles criam outras situações/rubricas diferentes das narrações/rubricas retiradas os corpos em movimento no palco como as gravuras no livro n podem se limitar a ilustrar devem complementar criar narrativas visuais e concretas q se entrechocam c as sonoras criando sínteses ou abrindo mtas vezes contradições q nos levam a refletir e emocionar e assim fomos ouvindo os diálogos falados sem as narrações do livro compondo nossos movimentos para criar situações análogas às q percebemos qdo o lemos os poemas longos poemas se transformaram em canções encenadas pelo coro como nas óperas ou nos musicais e é tudo rock’n’roll no universo dos 19 anos qdo se busca

c os hormônios em fúria explicações para o longo poema da vida em aventuras radicais como atravessar o espelho andar oito casas para descobrir o q alice descobre na festa de sua coroação os ambientes/cenários foram transformados em ações do coro e o figurino tb ao invés de ilustrar cria um ambiente visual de oposições como a das peças do xadrez e reflexos como os do espelho este figurino/ambiente nos remete à muitas referências são roupas de bailarinas vermelhas e brancas em corpos pintados como no carnaval mas c outros padrões e c meias transparentes e coturnos são maquiagens borradas de apos festa ou sexo na livre todos experimentam todos experimentaram compuseram temas e músicas para os poemas aprenderam a tocar instrumentos produziram o figurino e o cenário grande tabuleiro de xadrez propuseram resoluções caminhos opções tonalidades para o q no livro eram narrações no meio do processo exercitamos o teatro coral q perseguimos e a atuação quase cinematográfica q foi buscada muitas vezes para recompor a atmosfera onírica do romance no palco c matéi visniec – no PROJETO MATÉI tivemos muitos outros encontros com pessoas notáveis e exercitamos o corpo a voz a percepção a reflexão discutimos formas de gestão e caminhos futuros trabalhamos c o investimento financeiro de todos


e a gestão desse recurso compartilhada compomos nossa economia c a moeda social do vila – os tempos – começando a entender q para fazer teatro é preciso fazer tudo q envolve a linguagem e seu produto a relação c o público e c o q precisamos dizer mtos passos foram dados alguns perceberam no meio do caminho q havia outros caminhos mais próprios ou possíveis e os seguiram dos 30 iniciais somos 19 e seguiremos talvez menos ainda q 19 para o próximo arco-shakespeare q começa a se delinear em conversas será diferente seremos diferentes em 1979 traduzi c o avelãz y avestruz alice’s adventures in wonderland para o palco

36 anos depois proponho para a LIVRE a encenação de trhought the looking glass e acolhem vibrando do jovem de 25 anos para o velho de 61 muita coisa mudou mas o teatro é o mesmo esta plataforma de debate e de embates constantes esta ágora onde a polis se reúne para refletir e se encantar sobre si mesma e sobre o tempo q corre como a de carroll essa alice é outra alice tem outro propósito como o mundo e a cidade é 36 anos mais velha n somos mais sábios necessariamente nem melhores tvz infelizmente mas outros somos todos outros e seguimos somos todos alice eu tinha q fazer o outro livro o do espelho e atravessa-lo era um dos q tinha q fazer antes de morrer e o fizemos alice é esta força q nos move incrivelmente “sempre em frente até amanhecer” e o amanhecer sempre virá na terra do nunca na terra das maravilhas em algum lugar atrás do arco íris mas montados em rocinantes queremos q o amanhecer nos encontre aqui em nossa própria terra em nosso próprio palco por isso o teatro vila velha por isso a universidade LIVRE por isso ATRAVÉS DO ESPELHO E O Q ALICE POR LÁ ENCONTROU


FICHA TÉCNICA ATRAVÉS DO ESPELHO E O QUE ALICE POR LÁ ENCONTROU arco 2.1 da universidade LIVRE de teatro vila velha

texto construído com diálogos de through the looking glass and what alice found there de LEWIS CARROLL e improvisações do elenco traduções consultadas: ALEXANDRE BARBOSA DE SOUZA . MARIA LUIZA X. DE A. BORGES . PRIMAVERA NEVES . SEBASTIÃO UCHOA LEITE . WILLIAM LAGOS transcriação do poema jaguadarte: AUGUSTO DE CAMPOS transcriação dos outros poemas: SEBASTIÃO UCHOA LEITE dramaturgia . encenação . figurino . maquiagem . cenário . luz . fotos: MÁRCIO MEIRELLES assistência de direção: DIEGO ALCANTARA música: CAIO TERRA (tema da floresta do esquecimento . tema do barco) . JOANE BITTENCOURT (tema do espelho) . LAVÍNIA ALVES (canção de tweedledum e tweedledee . tema da loja . canção do leão e do unicórnio) . LÁZARO REINALDO (canção do jaguadarte . tema do trem . tema da rainha vermelha) . PEDRO FILHO (a morsa e o carpinteiro . sentado sobre uma porteira . valsa do mosquito . tema do banquete . canção de humpty dumpty . tema do cavaleiro branco . canção do peixe) . THAUAN VIVAS (tema do cavaleiro branco) direção musical e arrranjos: PEDRO FILHO coreografia: JÔNATAS RAINE execução do figurino: SARAÍ SANTOS produção do figurino: BRENO FERNANDES . IGOR NASCIMENTO . LENE NASCIMENTO . PATRÍCIA RIBEIRO . VICTOR FERNANDES

pintura dos quadrados vermelhos do tabuleiro: IGOR NASCIMENTO . JAMILE FERREIRA . JOANE BITTENCOURT . LAZARO REINALDO . MARCIO MEIRELLES . RENATO LESSA . RODRIGO LELIS produção do cenário: JOANE BITTENCOURT . LENE NASCIMENTO . NATÁLIA MASCARENHAS colaboração no desenho de luz: MARCUS DEDE . VADO SOUZA . ZEUZ LUZ montagem de luz: EQUIPE TÉCNICA DO TEATRO VILA VELHA . IGOR NASCIMENTO . JAMILE FERREIRA . VADO SOUZA operação de luz: VADO SOUZA . ZEUZ LUZ desenho e operação de som: GABRIEL FRANCO audiodescrição: IRACEMA VILARONGA (coordenação) . participantes da LIVRE (audiodescritores) . ACESSU – ASSESSORIA CONSULTORIA E TREINAMENTO EM ACESSIBILIDADE UNIVERSAL (equipamento) desenho gráfico: JÚLIA MILEO produção das peças gráficas e de mídia: JOANA FIALHO assessoria de imprensa: EDUARDO COUTINHO elenco: AMANDA CERVILHO – alice / coro . ARIEL OLIVEIRA – unicórnio (em alternância) / cavaleiro branco (em alternância) / coro . BRENO FERNANDES – humpty dumpty (em alternância) / coro . CAIO TERRA – o pudim . GILBERTO REYS - unicórnio (em alternância) / coro / cavaleiro branco (em alternância) . IGOR NASCIMENTO –


tweedledum / coro . IRACEMA VILARONGA – rainha vermelha / coro . JAMILE FERREIRA – alice / coro . LAVÍNIA ALVES – alice / coro . LENE NASCIMENTO – ovelha / haga (em alternância) / coro . MATHEUS CABRAL – mosquito (em alternância) / bicho do bico compridorã (em alternância) / coro . NATÁLIA MASCARENHAS – alice / kity / coro . PATRÍCIA RIBEIRO – rainha vermelha / rosa / coro . RENATO LESSA – leão (em alternância) / cavaleiro vermelho (em alternância) / bicho do bico compridorã (em alternância) / coro . RODRIGO LELIS – cavaleiro vermelho / cervo / leão (em alternância) / coro . THAUAN VIVAS – tweedledee / hata / coro . VICTOR FERNANDES – rei branco / mosquito (em alternância) / coro banda: AMANDA CERVILHO (voz) . ARIEL OLIVEIRA (baixo) . BRENO FERNANDES (voz) . CAIO TERRA (baixo . guitarra . bateria) . IGOR NASCIMENTO (teclado) . IRACEMA VILARONGA (alfaia) . JOANE BITTENCOURT (piano . voz) . LAVÍNIA ALVES (baixo . voz) . LÁZARO REINALDO (bateria) . LENE NASCIMENTO (alfaia) . PATRÍCIA RIBEIRA (alfaia) . ROBERTA GUIMARÃES (bateria . guitarra) . RODRIGO LELIS (voz . teclado) . THAUAN VIVAS (baixo) realização: teatro vila velha estreia: 13/01/2016 teatro vila velha . salvador . bahia

COLABORADORES UNIVERSIDADE LIVRE DE TEATRO VILA VELHA 2015

ATUAÇÃO: bando de teatro olodum (cássia vale . valdinéia soriano – improvisação) . bertho filho (preparação do ator) . chica carelli (preparação do ator) . claudio varela (improvisação) . márcio meirelles (preparação / improvisação) . tiago querino (improvisação) CORPO: anita bueno (yoga) . colby damon (balé – eua). cristina castro (preparação corporal) . hemabharati palani (dança – índia). janahina cavalcante (balé). jônatas raine (balé / preparação corporal) . leno sacramento (capoeira) . los innato – marco fonseca . raul martinez (teatro físico – costa rica) . marcelo galvão (preparação corporal) . rejane maia (danças sagradas afro brasileiras) . sergio dias (preparação corporal) . tadashi endo (butoh – japão) . vado souza (preparação corporal) DRAMATURGIA: iracema vilaronga (audiodescrição) . bèatrice picon-vallin (a tragédia contemporânea de shakespeare - frança) josé roberto o’shea (shakespeare . rei lear) . márcio meirelles (estruturas . dramaturgia do espaço) . marcus mota (rítmica da tragédia grega . 7 contra tebas) GESTÃO: angélica ribeiro (administração) . baobá produções artísticas (bergson nunes . diego alcântara - produção) . eduardo coutinho (comunicação) . joana fialho (marketing) . junia leite (gestão) . vânia paixão (administração) . victor fernandes (memória) . zeca de abreu (produção) MÚSICA: caio terra . marcos bobó (ritmos sagrados afro brasileiros) . pedro amorim . ridson reis (percussão) . TÉCNICA: dailson lô barroso . marcos dede . yan britto . zeuz luz VOZ: iana nascimento . marcelo jardim (canto)






findamos 16 de um universo de quase 100 pessoas q se encontraram praticamente todos os dias durante 3 anos de 2a a sábado das 9h às 13h vestidos de branco p q nossas roupas fossem o exterior do q são as atrizes/atores = telas em branco para receber todas as cores todas as formas dos discursos q resolvermos fazer e para q a sujeira anexada às nossas roupas no fim do dia fosse testemunha do quanto trabalhamos durante 3 anos nos encontramos c mta gente vivas e mortas este ano/arco foi o kayros dos gregos encontramos ésquilo sófocles eurípedes alguns preferiram o esquematismo de ésquilo outros a proximidade quase dramática de eurípedes ou a um pouco menos de sófocles mas ésquilo gritava era como esses monumentos arcaicos ancestrais feitos de poucas e poderosas linhas q sustentam um pulso terrível quase fulminante deveria ser ele o início de nossa trajetória pela hélade como todos os clássicos existe um q deve ser apresentado agora e mais encontros marcus mota nos apresenta 7 CONTRA TEBAS – uma das sete tragédias de ésquilo q sobreviveram completas – em sua tradução poli rítmica o debate entre o governante de uma cidade sitiada e as mulheres cidadãs contaminadas pelas informações e pelo medo e geradoras elas próprias de informações e mais medo debate com interferências de mensageiro/espião

q vem c notícias do mundo fora dos muros e faz cidade e governante se moverem e faz a história andar salva-se a cidade ou salvo-me eu? decifra-me ou devoro-te ésquilo através do governante de tebas nos mostra q qdo se está neste lugar há um preço e ainda q a cidade peça q ele se salve o governante opta pelo próprio sacrifício e a cidade é salva mas esse sacrifício é justo pq aniquila o inimigo é a coroação de decisões fundamentais q levam a cidade à vitória e à paz era esta a peça q deveríamos fazer ela nos fala da grécia contemporânea e seu papel no mundo ocidental ela nos fala do brasil e seus inimigos externos e internos ela nos fala de salvador – cidade sitiada sem um eteocles q a salve ela nos fala de nós mas como entrarmos nesse universo mítico de apolos e zeus e erínias e tifeus e preceitos ancestrais esquecidos e formas narrativas arcaicas feita de exposições e cantos e diálogos construídos de falas e cantos novos encontros pedro filho entendeu pq já tb nadava neste mar o conceito tínhamos q colocar os nossos ritmos naqueles versos e a riqueza musical de nossa cultura herdada dos ancestrais africanos era a chave o coro quando entra faz um xirê invocando seus deuses invocamos os nossos e pedimos tb proteção


findamos 16 de um universo de quase 100 pessoas q se encontraram praticamente todos os dias durante 3 anos de 2a a sábado das 9h às 13h vestidos de branco p q nossas roupas fossem o exterior do q são as atrizes/atores = telas em branco para receber todas as cores todas as formas dos discursos q resolvermos fazer e para q a sujeira anexada às nossas roupas no fim do dia fosse testemunha do quanto trabalhamos durante 3 anos nos encontramos c mta gente vivas e mortas este ano/arco foi o kayros dos gregos encontramos ésquilo sófocles eurípedes alguns preferiram o esquematismo de ésquilo outros a proximidade quase dramática de eurípedes ou a um pouco menos de sófocles mas ésquilo gritava era como esses monumentos arcaicos ancestrais feitos de poucas e poderosas linhas q sustentam um pulso terrível quase fulminante deveria ser ele o início de nossa trajetória pela hélade como todos os clássicos existe um q deve ser apresentado agora e mais encontros marcus mota nos apresenta 7 CONTRA TEBAS – uma das sete tragédias de ésquilo q sobreviveram completas – em sua tradução poli rítmica o debate entre o governante de uma cidade sitiada e as mulheres cidadãs contaminadas pelas informações e pelo medo e geradoras elas próprias de informações e mais medo debate com interferências de mensageiro/espião

q vem c notícias do mundo fora dos muros e faz cidade e governante se moverem e faz a história andar salva-se a cidade ou salvo-me eu? decifra-me ou devoro-te ésquilo através do governante de tebas nos mostra q qdo se está neste lugar há um preço e ainda q a cidade peça q ele se salve o governante opta pelo próprio sacrifício e a cidade é salva mas esse sacrifício é justo pq aniquila o inimigo é a coroação de decisões fundamentais q levam a cidade à vitória e à paz era esta a peça q deveríamos fazer ela nos fala da grécia contemporânea e seu papel no mundo ocidental ela nos fala do brasil e seus inimigos externos e internos ela nos fala de salvador – cidade sitiada sem um eteocles q a salve ela nos fala de nós mas como entrarmos nesse universo mítico de apolos e zeus e erínias e tifeus e preceitos ancestrais esquecidos e formas narrativas arcaicas feita de exposições e cantos e diálogos construídos de falas e cantos novos encontros pedro filho entendeu pq já tb nadava neste mar o conceito tínhamos q colocar os nossos ritmos naqueles versos e a riqueza musical de nossa cultura herdada dos ancestrais africanos era a chave o coro quando entra faz um xirê invocando seus deuses invocamos os nossos e pedimos tb proteção


daí visitar os modos gregos o necessário para q nossos ancestrais helênicos tb fossem invocados e ficou evidente q nossos ancestrais africanos eram tb ancestrais dos gregos tá tudo ali no pulsar dos atabaques e no canto das mulheres e o rock.n.roll brotado da mesma fonte surge como um raio como um clarão cristina castro orquestrou os movimentos esquecemos os vasos gregos e sua quase notação coreográfica e recorremos a rejane maia com as danças sagradas afro baianas e contivemos os gestos p explodir o espírito jônatas raine levantou proposições das atrizes/ atores e juntos ele e cristina compuseram as estrofes e antístrofes físicas os deslocamentos o pulso q mantém o olho ligado ao som q música para os gregos era som corpo movimento p nós tb e ainda 7 CONTRA TEBAS nos fala do teatro e nos fala do teatro vila velha linguagem e espaço q difunde a linguagem cidades sitiadas por forças q a ameaçam e de bravos guerreiros e bravas mulheres tb guerreiras e bravos artistas e técnicos e gestores e produtores e colaboradores e brava gente q canta e dança e atua e vai encontrar maneiras de n fechar suas portas


foto eduardo coutinho


FICHA TÉCNICA 7 CONTRA TEBAS

arco 1.3 da universidade LIVRE de teatro vila velha texto: ÉSQUILO tradução: MARCUS MOTA encenação . figurino . maquiagem . cenário . luz . fotos: MÁRCIO MEIRELLES assistência de direção: WALLAS MOREIRA música . direção musical: PEDRO FILHO assistência de direção musical: CAIO TERRA coreografia: CRISTINA CASTRO . JÔNATAS RAINE produção figurino: AMANDA BRITO . BABI FERREIRA . MARCIA RIBEIRO . NATÁLIA MASCARENHAS saias do coro feminino criadas por BIZA VIANNA para candaces – a reconstrução do fogo e a roupa de eteocles para bakulo – os bem lembrados . ambas da cia dos comuns . cedidas por VALÉRIA MONAN produção cenário: VINICIUS BUSTANI . YAN BRITTO colaboração no desenho de luz: MARCUS DEDE . YAN BRITTO . ZEUZ LUZ montagem de luz: EQUIPE TÉCNICA DO TEATRO VILA VELHA . ANTONIO JOSÉ (estágio) operação de luz: ANTONIO JOSÉ (estágio) . ZEUZ LUZ desenho e operação de som: GABRIEL FRANCO audiodescrição: IRACEMA VILARONGA (coordenação) . participantes da LIVRE e CRISTINA CASTRO (audiodescritores) .

ACESSU – ASSESSORIA CONSULTORIA E TREINAMENTO EM ACESSIBILIDADE UNIVERSAL (equipamento) captura de imagens na internet . edição . operação de vídeo: RAFAEL GRILO desenho gráfico: JÚLIA MILEO produção das peças gráficas e de mídia: JOANA FIALHO assessoria de imprensa: EDUARDO COUTINHO elenco: AMANDA BRITO – coro . APOENA SERRAT – coro . BABI FERREIRA – coro . CAIO TERRA – mensageiro . CLAUDIO VARELA – mensageiro . FRANKLIN ALBUQUERQUE – mensageiro . GRAZIELLE MASCARENHAS – coro . IANA NASCIMENTO – coro . MARCIA RIBEIRO – coro . MARI GAVIM – coro . SONIA LEITE – coro . VADO SOUZA – mensageiro . VICTÓRIA MATOS – coro . VINICIUS BUSTANI – eteocles . YAN BRITTO – mensageiro banda: CAIO TERRA (atabaque . bateria . tambor de sanjon) . CLAUDIO VARELA (atabaque . alfaia) . FILIPE MIMOSO (baixo) . FRANKLIN ALBUQUERQUE (agogo . alfaia) . IRENIO NETO (guitarra) . VADO SOUZA (atabaque) . VINICIUS BUSTANI (bateria) . YAN BRITTO (atabaque . alfaia) realização: teatro vila velha estreia: 08/01/2016 – 27/02/2016 teatro vila velha . salvador . bahia


FICHA TÉCNICA TEATRO VILA VELHA direção artística MARCIO MEIRELLES coordenação geral BIANCA ARAÚJO coord. adm financeiro MARIA ANGÉLICA RIBEIRO auxiliar administrativa VÂNIA SANTOS DA PAIXÃO assistente administrativa LEILA SACRAMENTO bilheteria ELINALVA MARIA grupos residentes COMPANHIA TEATRO DOS NOVOS . BANDO DE TEATRO OLODUM projeto especial universidade LIVRE de teatro vila velha núcleo viladança direção CRISTINA CASTRO programação ZECA DE ABREU núcleo de comunicação EDUARDO COUTINHO . JÚLIA MILEO (ESTAGIÁRIA) núcleo de marketing JOANA FIALHO equipe técnica DAILSON BARROSO “LÔ” . ELIZEU SANTANA . JOILSON CONCEIÇÃO . MARCOS SILVA . YAN BRITTO

serviços gerais FREDSON XAVIER DOS SANTOS . IRACY DUARTE . PAULO GOMES DA SILVA . VALDELINA GRAÇAS DOS SANTOS nós, por exemplo - centro de documentação e memória VICTOR FERNANDES estúdio do vila MAISE XAVIER . RAFAEL GRILO sol movimento da cena – organização gestora do teatro vila velha presidente ALCIDES VALVERDE VALENTE JÚNIOR vice presidente MARIA CRISTINA CARVALHO DA MOTTA LEAL sociedade teatro dos novos – organização fundadora do teatro vila velha presidente SÔNIA ROBATTO vice-presidente ÂNGELA ANDRADE

APOIO

APOIO FINANCEIRO AO TEATRO VILA VELHA

PATROCÍNIO DO TEATRO VILA VELHA

REALIZAÇÃO



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