Teatro de Vila Real | Outubro a Dezembro 2022

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DEZEMBRONOVEMBROOUTUBRO..TEMPORADA 2022/teatrodevilareal/teatrovilarealwww.teatrodevilareal.com..Foto:©CARLOSM.SANTOS

SÁB | 1 HENRIQUE FRAGA 21h30|PA p. 4

TER | 4 STANLEY JORDAN 21h30|GA p. 5

QUI | 6 SHORTCUTZ VILA REAL 21h30|PA p. 37

SEX | 7 ISABEL VENTURA QUARTETO 21h30|PA p. 6

SÁB | 8 L.U.M.E. 21h30|GA p. 7

QUA |12 MIGUEL ÂNGELO QUARTETO 21h30|PA p. 8

SEX |14 ORQUESTRA DE JAZZ DO DOURO com ELAS E O JAZZ 21h30|GA p. 9

SÁB |15 BERNARDO MOREIRA SEXTETO 21h30|PA p. 10

TER |18 'RESTOS DO VENTO' 21h30|PA p. 37

QUA |19 'BICHOS' — ACE / TEATRO DO BOLHÃO 10h30/14h30|GA p. 11

QUI |20 YULIIA KOMPANIIETS 21h30|GA p. 12

SEX |21 CONVERSA DE BASTIDORES: ISABEL NOGUEIRA 21h30| p. 13

SÁB |22 'APNEIA' — MALVADA ASSOCIAÇÃO ARTÍSTICA 21h30|PA p. 14

QUI |27 'PARIS' — ÁNGEL FRAGUA E MARA CORREIA 21h30|PA p. 15

SEX |28 'PARIS' — ÁNGEL FRAGUA E MARA CORREIA 21h30|PA p. 15

SÁB |29 GALANDUM GALUNDAINA E A TROUXA MOUXA 21h30|GA p. 16

QUA | 2 SHORTCUTZ VILA REAL 21h30|OA p. 37

SEX | 4 'COSI RUN TUTTI' – PALMILHA DENTADA / INTERFERÊNCIA 21h30|PA p. 17

SÁB | 5 'COSI RUN TUTTI' – PALMILHA DENTADA / INTERFERÊNCIA 21h30|PA p. 17

QUI |10 'PULMÃO' – CAUSAS COMUNS 15h00|PA p. 18

SEX |11 'PULMÃO' – CAUSAS COMUNS 21h30|PA p. 18

SÁB |12 ROBERTO AUSSEL 21h30|PA p. 19

DOM |13 FIIN p. 20

SEG |14 FIIN p. 20

TER |15 FIIN p. 20

QUA |16 FIIN p. 20

QUI |17 FIIN p. 20

SEX |18 'VOZ' — TEATRO DO FRIO / SOPA DE PEDRA 21h30|GA p. 21 FIIN p. 20

SÁB |19 FIIN p. 20

CONVERSA DE BASTIDORES: F. LAPA E C. AZEVEDO 21h30| p. 22

DOM |20 FIIN (GALA FINAL) p. 20

TER |22 'GAGARINE' 21h30|PA p. 37

SEX |25 'TANG PING' — VISÕES ÚTEIS 21h30|PA p. 23

SÁB |26 TRÊS TRISTES TIGRES 21h30|GA p. 24

QUA |30 'HAMLET VÍRGULA MACBETH' 21h30|GA p. 25

CALENDÁRIONOVEMBRODEZEMBROOUTUBRO

SEX | 2 'HÁ UM CABELO NA MINHA TERRA' – PERIPÉCIA 10h30/14h30|PA p. 26

SÁB | 3 'HÁ UM CABELO NA MINHA TERRA' – PERIPÉCIA 16h00|PA p. 26

TER | 6 SHORTCUTZ VILA REAL 21h30|OA p. 37

QUA | 7 750.º ANIVERÁRIO 1.º FORAL DE VILA REAL + TERESA SALGUEIRO 21h00|GA p. 27

SEX | 9 QUINTETANGO 21h30|GA p. 28

SÁB |10 'A TEIA' — URZE TEATRO 21h30|PA p. 29

DOM |11 'A TEIA' — URZE TEATRO 18h00|PA p. 29

TER |13 'CAMPO DE SANGUE' 21h30|PA p. 37

SÁB |17 'MARGEM' — VICTOR HUGO PONTES 21h30|GA p. 30

QUI |22 '...IL GRANDE IGNOTO' — ONIROS ENSEMBLE 21h30|PA p. 31

TER |27 'O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS' 21h30|PA p. 32

QUA |28 CONVERSA DE BASTIDORES: JOÃO BOTELHO 21h30| p. 32

QUI |29 'UMA COISA EM FORMA DE ASSIM' 21h30|PA p. 32

SEX |30 BANDA SINFÓNICA TRANSMONTANA 21h30|GA p. 33

2 LEGENDA: GA – Grande Auditório | OA – Oficina das Artes | PA – Pequeno Auditório

O programa que propomos para encerrar o ano, de uma intensidade e interesse que projecta fortemente Vila Real no panorama artístico do país, cruza duas dimensões, global e local, com um mesmo zelo pela qualidade.

Um programa que cruza Outubroglobaldimensões:duaselocalaDezembro|2022

Para além de uma programação diversificada nas várias áreas artísticas (teatro, dança, música e cinema), foram lançados desafios para projectos de colaboração entre criadores ou intérpretes locais e artistas de dimensão nacional. Com este foco, convidámos o trio Elas e o Jazz para um concerto com a Orquestra de Jazz do Douro. Do mesmo modo, desafiámos os Galandum Galundaina a partilhar o palco com A Trouxa Mouxa, numa celebração da música tradicional transmontana. Por outro lado, dois projectos que o Teatro de Vila Real ajudou a fundar, o Oniros Ensemble e a Banda Sinfónica Transmontana, têm palco e apoio para duas novas produções. E a comunidade local é ainda envolvida em várias acções de formação e em dois workshops associados a espectáculos com apresentação pública, num dos casos, e participação no espectáculo, no caso da coreografia “Margem” de Vítor Hugo

OPontes.retomar

em pleno de ciclos de programação como o Douro Jazz é oportunidade para ver artistas internacionais de renome como Stanley Jordan, um dos maiores guitarristas da actualidade, ou L.U.M.E., uma

poderosíssima big band portuguesa. A dimensão regional no Douro jazz é também dada pelo admirável projecto de Isabel Ventura com jazz cantado em mirandês.

O Ponto de Guitarra traz, num diferente género musical, outro guitarrista de dimensão internacional, o argentino Roberto Aussel. E a presença internacional tem um terceiro momento com a pianista ucraniana Yuliia NaKompaniiets.impossibilidade de se referir neste espaço todos os espectáculos, vale a pena realçar que está prevista a estreia absoluta de quatro criações de teatro, coproduzidas pelo Teatro de Vila Real, duas delas de companhias locais, no conjunto das dez peças agendadas no trimestre. Um conjunto que se caracteriza pela originalidade de propostas e constitui um convite irresistível e um desafio para fruir grande teatro.

As Conversas de Bastidores, projecto iniciado em Setembro, propõem uma viagem pela arte a partir da biografia e da experiência de personalidades artísticas originárias da região. Procura-se com este ciclo valorizar e estimular o papel do espectador enquanto beneficiário privilegiado da experiência artística.

São mais de trinta propostas, a preços acessíveis, para um quotidiano cultural activo, que não deixa ninguém de fora.

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Guitarrista formado no mundo académico de Coimbra, onde trilhou caminho pela história da Guitarra Portuguesa. Solista de forte impulso criativo, o seu trabalho nasce no eco transgeracional deste instrumento para se afirmar num encontro único entre tradição e Henriqueevolução.

Fraga (1983) é transmontano de raiz. Tendo passado pela guitarra eléctrica e pela guitarra clássica, cedo conheceu a Canção de Coimbra pela voz do seu pai, um estudante da Universidade, que lhe fez despertar a vontade de aprender a tocar guitarra de Coimbra.

Ingressou na Universidade de Coimbra em 2001 e no mesmo dia inscreveu-se na Escola de Musica da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra. Foi lá, pelas mãos do seu Mestre, Jorge Gomes, que teve a privilegiada oportunidade de aprender este instrumento. Em 2003 ajudou a fundar o grupo Lacrima. Em 2014 criou, com Marco Matos, o projecto “A Nossa Guitarra”. Actualmente, conta com a colaboração de João Teixeira no acompanhamento em guitarra clássica. Foca a sua maior atenção como intérprete na obra musical da família Paredes, a mais relevante na história deste instrumento. Como autor, lançou em 2015, o single “Ao Fundo do Túnel” e encontra-se no momento a preparar o seu primeiro trabalho de originais.

João Teixeira (1995) é natural de Coimbra. Iniciou os seus estudos de Guitarra Clássica aos 10 anos no Conservatório de Música David de Sousa, na Figueira da Foz. Prosseguiu a sua formação no Conservatório de Música de Coimbra, com o professor André Madeira, onde concluiu o 8.º Grau com classificação final de 20 valores. Durante este percurso destacam-se vários prémios em competições nacionais. Em 2013 ingressou na Universidade de Coimbra e é nesse período que se apaixona pela música Coimbrã. Teve como mestre o Dr. Jorge Gomes, na Secção de Fado da AAC.

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SÁB OUT 1 PEQUENO21h30 AUDITÓRIO M6 / 70 MIN / 5€/3,5€/ MÚSICA DR©DR© FRAGAHENRIQUE [Primeiro momento] Direcção artística de PAULO VAZ DE CARVALHO ponto de guitarra VI Festival de Guitarra em Trás-Os-Montes e Alto Douro Guitarra de Coimbra João Teixeira guitarra clássica

MÚSICA TER OUT

STANLEYJORDAN

EUA AUDITÓRIO / 70 MIN / 15€/

UM DOS 10 MELHORES

GUITARRISTAS DE JAZZ VIVOS

Stanley Jordan (Chicago, 1959) é um verdadeiro camaleão, caracterizado pela abertura, imaginação e versatilidade. O guitarrista, conhecido pela sua técnica especial de ‘tapping’ de oito dedos, começou a sua carreira em 1985 e, desde então, as suas ousadas adaptações de obras clássicas, reinvenções de sucessos pop e as suas improvisações ultramodernas, que ultrapassam os limites do jazz, fascinaram sucessivas audiências por todo o mundo.

O seu mais recente projecto paralelo, "Stanley Jordan interpreta Jimi Hendrix", é uma homenagem a Jimi pelo 50.º aniversário da sua morte, em 2020. Trata-se de algo único. Nesse projecto, Stanley, considerado um dos 10 melhores guitarristas de jazz vivos, com uma incrível técnica de duas mãos, toca a música de um dos melhores guitarristas de todos os tempos.

O guitarrista ganhou destaque com o lançamento de seu álbum de 1985 “Magic Touch”, um projeto revolucionário que o colocou na vanguarda do relançamento da lendária Blue Note Records e estabeleceu Jordan, então com vinte e poucos anos, entre as novas "vozes" mais distintas e refrescantes da guitarra elétrica. As suas interpretações de “The Lady in My Life” (Michael Jackson) e “Eleanor Rigby” (Beatles) colocaram “Magic Touch” no primeiro lugar do top de jazz da Billboard durante 51 semanas, um record impressionante. De lá para cá, Jordan lançou vários outros álbuns, sendo nomeado quatro vezes para os Grammy, e deu peloconcertosmundo

inteiro, incluindo em festivais como Kool Jazz Festival, Concord Jazz Festival e Montreaux International Jazz Festival.

Jordan também é conhecido pelo público de TV e cinema. Em 1987 teve uma aparição no filme “Blake Edwards Blind Date”, estrelado por Bruce Willis e Kim Basinger. No filme-tributo “Les Paul: He Changed the Music”, Jordan apresentou-se com um supergrupo de guitarras, incluindo o próprio Les Paul, Eddie Van Halen, BB King, Steve Miller, David Gilmour e Brian Setzer. Desde meados dos anos 80, apresentou-se em vários programas de televisão, incluindo The Tonight Show with Johnny Carson, The David Letterman Show e Grammy Awards. Uma aparição notável foi um dueto no Tonight Show com a falecida vedeta do rock Robert Palmer.

Stanley Jordan figura na 12.ª posição na lista da uDiscover Music “The 50 Best Jazz Guitarists Of All Time”.

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4 GRANDE21h30
M6
DR©

«Associar o mirandês ao jazz, pareceu-me à primeira vista uma tarefa difícil, pela aparente incompatibilidade de uma língua rústica, antiga, com uma aspereza natural, contrapondo-a a um género musical contemporâneo e com uma idiossincrasia muito própria. Um dos propósitos deste projecto, e também uma das suas mais-valias, é contribuir para a preservação de uma língua que é ameaçada na sua sobrevivência.

Isabel Ventura: voz e mentora do projecto Marco Figueiredo: piano, composição e arranjos João Paulo Rosado: contrabaixo e arranjos Filipe Monteiro: bateria e arranjos MIN 5€/3,5€/

Jazz em Mirandês é um projecto original e distinto. Juntar os sons identitários da língua mirandesa ao idioma jazzístico, resulta numa mescla ousada. Dois idiomas que se fundem na linguagem universal que é a música.» Isabel ventura

Isabel Ventura, a mentora deste projecto, nasceu em Bragança e passou grande parte da infância e adolescência em casa dos seus avós, numa aldeia do planalto mirandês (“Campo de Víboras”), por isso desde pequena tem contacto com “La Lhengua Mirandesa”. Vive no Porto há alguns anos, mas desloca-se muitas vezes a estes lugares, aos quais está emocionalmente ligada. Numa das viagens, surgiu a ideia de juntar a língua mirandesa ao Jazz. “Nun me Lhembra de Squecer” nasceu assim.

Isabel Ventura trabalhou com vários grupos da cena pop/rock nortenha (Trabalhadores do Comércio, GNR, BAN, Pedro Abrunhosa) antes de enveredar por uma carreira no jazz que tem já mais de uma década.

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SEX OUT 7 PEQUENO21h30 AUDITÓRIO M6 / 70
/
MÚSICA “NUN LHEMBRAME DE SQUECER” ISABEL JazzQUARTETOVENTURAemMirandês DR©

projecto criado e dirigido por Marco Barroso, é um ensemble de 15 instrumentistas composto por músicos de jazz e música erudita, que se move entre as afinidades com o modelo clássico da Big Band e as reinterpretações e provocações que a ele faz. Entre a dramatização, muitas vezes irónica, das práticas e vocabulários que passam pelo jazz, rock ou música erudita e a incursão no experimentalismo, a música de Marco Barroso e do L.U.M.E. reconstrói a carga patrimonial do “bigbandismo”, simultaneamente demarcando-se dos seus padrões mais convencionais e abrindo novas perspectivas estéticas – uma espécie de caleidoscópio de horizontes rasgados, numa permanente dúvida que suspende o pensamento.

Marco Barroso: composição, direcção, piano Manuel Luís Cochofel: flauta Paulo Bernardino: clarinete soprano João Pedro Silva: saxofone soprano Tomás Marques: saxofone alto Gonçalo Prazeres: saxofone tenor Gabriela Figueiredo: saxofone barítono Jéssica Pina, Gileno Santana, João Silva: trompetes Rében da Luz, Eduardo Lála, Mário Vicente: trombones Miguel Amado: baixo Vini Baschera: bateria

7 8 GRANDE21h30 AUDITÓRIO M6 / 70 MIN / 5€/3,5€/ MÚSICA SÁB OUT BARBOSACÁTIA©L.U.M.E.
LISBONL.U.M.E.UNDERGROUND MUSIC ENSEMBLE

Depois de ter lançado “BRANCO”, o álbum de estreia do grupo, em 2013, e o disco “A VIDA DE X”, em 2016, o Quarteto, liderado pelo contrabaixista e compositor Miguel Ângelo, promove agora o terceiro trabalho do grupo, “DANÇA DOS DESASTRADOS”. Mantendo a formação em quarteto com os seus habituais companheiros, o novo álbum é a continuidade do trabalho e da maturação do compositor e do grupo, que se apresenta mais criativo, inspirado e maturado. Baseado em possíveis danças tradicionais, reais ou imaginárias, esta é a proposta do grupo de música para escutar, sentir e dançar, mesmo para os mais “desastrados”.

Miguel Ângelo: contrabaixo e composição

João Guimarães: sax

Joaquim Rodrigues: piano

Marcos Cavaleiro: bateria

8 QUA OUT 12 PEQUENO21h30 AUDITÓRIO M6 / 70 MIN / 5€/3,5€/ MÚSICA QUARTETOÂNGELOMIGUEL “Dança dos desastrados”
© DR

ELAS E O JAZZ é um projecto de três cantoras, amigas e cúmplices, juntas em palco para partilhar o amor pelo jazz e pelas canções que fizeram a sua história. Joana Machado, Marta Hugon e Mariana Norton cruzaram-se na escola do Hot Clube de Portugal, primeiro como alunas e depois como professoras. Desenvolveram projectos distintos e sólidos, colaborando por vezes, e cada uma compondo ou escrevendo o seu próprio repertório. Elas e o Jazz recriam o universo sempre contemporâneo dos musicais da Broadway e dos clubes de jazz de NY em concertos que, mais do que uma visita aos clássicos, são uma narrativa musical contada a três vozes, distintas mas sempre feitas de emoção.

A ORQUESTRA DE JAZZ DO DOURO é uma big band resultante de um percurso marcado por vários wokshops e master classes de jazz e improvisação, orientados por músicos como Laurent Filipe, Marco Sannini,

9 MACEDOC.ANDRÉ©CAMACHOARLINDO©
José Menezes, Filipe Melo, Pedro Moreira, Gonçalo Marques e Paulo Gomes. Inspira-se nas célebres big bands do passado e tem com referência as grandes orquestras de jazz da actualidade. É dirigida pelo maestro Valter Palma. SEX OUT 14 GRANDE21h30 AUDITÓRIO M6 / 70 MIN / 5€/3,5€/ MÚSICA ORQUESTRA DE JAZZ DO DOURO com ELAS E O JAZZ Nesta edição do Douro Jazz o Teatro de Vila Real promove a realização de um concerto que junta em palco a Orquestra de Jazz do Douro e o trio de vozes femininas Elas e o Jazz, constituído por Joana Machado, Marta Hugon e Mariana Norton. JOANA MACHADO, MARTA HUGON E MARIANA NORTON

PAREDES”“ENTRE

SEXTETOMOREIRABERNARDO

M6 / 70 MIN / 5€/3,5€/

«Falar de Carlos Paredes é, para mim, muito mais do que falar de um músico genial, é falar de alguém que teve um impacto enorme no meu percurso enquanto músico. A descoberta da sua obra levoume, há 18 anos, a editar um disco ao qual chamei “Ao Paredes Confesso”, onde me propus dialogar com ele, através de algumas das suas maravilhosas e eternas melodias. Passados estes anos, percebo o efeito que tudo isto teve em mim, levando-me a explorar universos que eu pensava estarem tão distantes do meu mas que, na verdade, se tocam, formando um só. Senti uma vontade inesperada de celebrar tantas viagens entre o Jazz, o Fado, a Canção e o Fado de Coimbra e talvez por tudo isto me sinta “Entre Paredes”.»

Bernardo Moreira – contrabaixo João Moreira – trompete Tomás Marques – saxofone alto e soprano Ricardo J. Dias – piano Mário Delgado – guitarra Joel Silva – bateria

10 SÁB OUT 15 PEQUENO21h30 AUDITÓRIO
MÚSICA
DR©

Envolto em “magia popular” e com ecos dos cantares transmontanos, onde a tradição e a lenda se misturam, esta adaptação cénica d’Os Bichos de Miguel Torga (obra incontornável da Literatura Portuguesa) evoca as raízes destas terras interiores de montanhas e vales, o sonhado “reino maravilhoso”. Expondo a narrativa de uma forma simples e cativante, esta versão apresenta quatro contos sobre animais, cujo limite entre a razão (humanidade) e instinto selvagem se confunde e complementa e cujas personagens, com os seus dilemas e vivências, revelam o conflito em que se encontram. A metamorfose personificada transforma estes animais em moralidade para os homens na sua dimensão mais intemporal. Com uma paleta de cores rústicas e variadas, sem perder a poesia e a Literatura Tradicional, Torga, através do seu vocabulário ímpar, ensina-nos a encontrar palavras para descrever melhor o que somos.

11 DR© 19 10h30 / 14h30 GRANDE AUDITÓRIO (PLATEIA E FRISAS) M12 / 45 MIN / ENTRADA GRATUITA TEATRO QUA OUT
Texto: Miguel Torga Coordenação artística: António Júlio Interpretação: João Cravo Cardoso, Mafalda Banquart, Pedro Couto, Patrícia Garcez / Beatriz Frutuoso, Tiago Jácome Figurinos e adereços: Joana Abreu Direcção de produção: Glória Cheio ACE / TEATRO DO BOLHÃO “BICHOS” de Miguel Torga PÚBLICO ESCOLAR: 2.º e 3.º Ciclos

KOMPANIIETSYULIIA

com Uliana Lyman UCRÂNIA

Cada história de cinema tem o seu próprio herói. Sonha, vence, espanta-se, zanga-se, apaixona-se. Todas as experiências e episódios dos heróis são acompanhados pela música. Convidamo-lo a mergulhar no mundo das suas histórias favoritas – aventuras espaciais, bravos rebeldes, sonhadores apaixonados – juntamente com a pianista ucraniana Yuliia Kompaniiets.

A pianista Yuliia Kompaniiets, recentemente a residir em Portugal, teve formação musical na Escola Especializada de Música de Kiev e na Academia Nacional de Música da Ucrânia. É laureada da competição N. Nizhankivsky All-Ukrainian e na XX Competição Internacional “Gianluca Campochiaro” (Itália). Actua como solista com orquestras e em ensembles (“Dois violinos”, Natalia Lebedeva Jazz Trio).

Participa também em vários festivais de jazz. Neste concerto, interpreta um programa com música para filmes de autores como John Williams, Hans Zimmer, Ennio Morricone e outros. A sua filha Uliana Lyman (violino), vencedora de competições ucranianas e internacionais, participa no concerto.Oprograma inclui composições para filmes mundialmente famosos como “Star Wars”, “Piratas das Caraíbas”, “Interestelar”, “Breakfast at Tiffany’s”, “Orgulho e Preconceito”, “Downton Abbey” e outros.

12 QUI OUT 20 GRANDE21h30 AUDITÓRIO M3 / 70 MIN / 5€/3,5€/ MÚSICA
DR©
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Se as conversas são como as cerejas, depois da primeira Conversa de Bastidores, em Setembro, com o actor João Pedro Vaz, seguimos conversando neste mês de Outubro com Isabel Nogueira. Porque o mundo das artes é muito mais do que subir ao palco, nesta segunda conversa convidamos Isabel Nogueira, natural de Vila Real, escritora, historiadora, ensaísta e crítica de arte contemporânea. A viver em Lisboa, é doutorada em Belas-Artes e tem um vasto curriculum que inclui um pós-doutoramento em História e Teoria da Arte Contemporânea e Teoria da Imagem (Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne). É ainda professora na Sociedade Nacional de Belas-Artes, investigadora integrada do CIEBA/Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, membro da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) e do Institut Æsthetica: Art et Philosophie/Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne. É editora da revista Arte e Cultura Visual (CIEBA) e autora correspondente da revista Recherches en Esthétique. É ainda jurada do Festival FUSO-Festival de Internacional de Videoarte de Lisboa desde 2014 e, desde 2015, programadora no Festival Jardins Efémeros, em Viseu, onde integra na programação cinema e videoarte.

A sua obra mais recente é de 2021, da Book Builders, com o título: História da arte em Portugal: do Marcelismo ao final do século XX. Mas, mais do que tudo, está sempre disponível para fazer parte do público.

Isabel Nogueira estará à conversa com Carla Carvalho, jornalista na área da cultura, aluna da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e espectadora de quase tudo.

SEX OUT

NOGUEIRAISABEL

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21 M1221h30/ 60 MIN GRATUITO
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O espectáculo “APNEIA” integra o projecto de cruzamento disciplinar de religação à natureza PLANTA, ao longo do qual também se apresenta uma Escrita Epistolar e uma Exposição Fotográfica, interligados num processo de inteligência distribuída similar ao das plantas.

A cena apresenta-se como um ensaio, no duplo sentido de criação e repetição. O processo de extinção começou há muito tempo e decorre a alta velocidade. Podemos desacelerar um pouco, ensaiar a imobilidade, a suspensão voluntária ou involuntária da respiração. Mas os seres humanos só conseguem viver em apneia durante alguns minutos mantendo a lucidez. Somos exemplos de uma espécie em extinção. Fósseis. Não conseguiremos contar-vos linearmente como é que chegamos a esta situação. A despedida do mundo aconteceu sem nos apercebermos. Não houve sequer um fim de festa e por isso choramos. A alucinação versus o quotidiano ou a alucinação do quotidiano.

Os corpos desaparecem no escuro engolidos para um lugar desconhecido, invisível. Dessa escuridão vislumbra-se uma mão, um ombro, um peito nu. Uma voz. Um rosto. As raízes de vidas suspensas que se Omostram.quesabemos nós sobre as plantas? O que sabemos de nós?

Criação: Ana Luena e José Miguel Soares Texto, encenação, cenografia e figurinos: Ana Luena Interpretação: Helena Baronet, Nuno Nolasco e Rafael Ferreira Desenho de luz: Pedro Correia Música e interpretação ao vivo: Zé Peps Co-produção: Município de Évora, Teatro Municipal de Vila Real, Teatro Municipal de Bragança Residência de

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co-produção: O Espaço do Tempo Mecenas: Gama Uno Co-financiado por Alentejo 2020, Portugal 2020, Fundo Social Europeu, União Europeia, IEFP, Compete Parceiro: Instituto Politécnico de Bragança O projecto “Planta” tem o Apoio da República Portuguesa – Cultura / Direcção-Geral das Artes 22 PEQUENO21h30 AUDITÓRIO M14 / 70 MIN / 5€/3,5€/ TEATRO SÁB OUT MALVADA ARTÍSTICAASSOCIAÇÃO “APNEIA” Criação: Ana Luena e José Miguel Soares SOARESMIGUELJOSÉ© Oficina de Escrita e Troca de Cartas + Performance / Oficina com Leitura Encenada (ver Pág. 34)

“PARIS”

a partir do imaginário do escritor Guy de Maupassant Criação e interpretação: ÁNGEL FRAGUA E MARA CORREIA

No final do século XIX, Paris reunia uma grande diversidade de pessoas nos estabelecimentos nocturnos. Estes pontos de encontro da noite parisiense constituíam um importante espelho da realidade social daquele tempo e um espaço cultural por excelência, propício a tertúlias e aos devaneios de artistas e intelectuais.

Viaje connosco até ao Moulin de Maupassant, um lugar fictício, aberto a histórias e aventuras inquietantes, rico

em personagens grotescas e ambientes surreais, que fazem parte do universo literário de Guy de Maupassant.

Criação e interpretação: Ángel Fragua e Mara Correia Apoio à criação: Joana Ferrajão Desenho de luz: Pedro Pires Cabral Figurinos: Joana Reinales Concepção sonora: Jorge Rodrigues Design gráfico: Paulo Araújo Co-produção: Teatro de Vila Real

15 27 28 PEQUENO21h30 AUDITÓRIO M12 / 60 MIN / 5€/3,5€/ TEATROESTREIA QUI OUT SEX OUT
ARAÚJOPAULO©

Para este concerto, o Teatro de Vila Real juntou dois projectos artísticos transmontanos, os internacionalmenteconsagradosGaladumGalundaina e o grupo vila-realense A Trouxa Mouxa. Uma noite para celebrar a música tradicional e a criatividade que ela estimula.

Galandum Galundaina faz parte da genealogia de uma região com um património musical e etnográfico único. Ao longo dos últimos 25 anos o grupo contribuiu para o estudo, preservação e divulgação da identidade cultural das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano. Editou quatro álbuns de estúdio e um DVD ao vivo. Para Galandum Galundaina a música não se inventa, Osreencontra-se.álbunseditados têm tido uma excelente apreciação pela crítica especializada.

Paulo Preto: voz, sanfona, gaita de fole mirandesa, dulçaina, flauta pastoril e tamboril

Paulo Meirinhos: voz, rabel, gaita de fole, realejo, pandeireta, pandeiro mirandês Alexandre Meirinhos: voz, caixa de guerra, bombo, pandeireta, pandeiro mirandês, tamboril, cântaro

João Pratas: voz, flauta pastoril, flauta de osso, tamboril, saltério, flauta transversal, bombo, pandeiro mirandês, charrascas

A TROUXA MOUXA

A Trouxa Mouxa foi fundada em 2006 como um grupo de teatro em que a música tradicional surgia como um apêndice. Enquanto grupo de teatro estreou quatro peças, dedicando-se posteriormente, e em exclusivo, à música. Por este colectivo artístico já passaram cerca de trinta pessoas, nas mais diversas funções e proveniências, com actuações em Portugal e no estrangeiro em feiras medievais e arruadas populares. Em 2022, inicia um novo ciclo com um concerto de palco onde pretende recriar canções do cancioneiro transmontano, sem nunca abandonar a sua génese popular.

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SÁB OUT 29 GRANDE21h30 AUDITÓRIO M6 / 70 MIN / 5€/3,5€/ MÚSICA GALUNDAINAGALANDUM E A TROUXA MOUXA DR©DR©

“Così fan tutte” era para ser uma ópera contemporânea, o cruzamento das estéticas e linguagens do Teatro da Palmilha Dentada e a Interferência. O grupo de teatro e o colectivo de criadores de música contemporânea, a que ainda por cima se acrescentava a riqueza e a modernidade dos meios audiovisuais, numa linguagem que, não chegando a ser kitsch, era garante de uma modernidade oportuna. Infelizmente a coisa correu mal. Não é fácil o cruzamento entre o humor da Palmilha e a erudição da música contemporânea da Interferência. Nem os músicos representavam, nem os actores tinham ritmo e principalmente ninguém cantava, coisa que, apesar de todas as estéticas modernas, continua a ser fundamental na montagem de uma ópera, mesmo que contemporânea, mesmo que com meios audiovisuais, mesmo que quase kitsch.

PEQUENO AUDITÓRIO 60 5€/3,5€/

O resultado final – de nome “Cosi run tutti”, em tradução muito livre, “assim fogem todos” – não passa de uma reflexão sobre estéticas e a relação entre os criadores e os seus públicos, sobre a importância das políticas culturais e da riqueza e importância dos projectos artísticos pessoais e colectivos para lá das modas Mas,dominantes.apesar de tudo, o resultado final tem música, humor e cantoria. Já o Mozart está inocente de toda esta confusão.

Texto, encenação e cenografia: Ricardo Alves Músicas originais: José Tiago Baptista e Manuel Brásio

Em palco: José Tiago Baptista, Manuel Brásio, Ricardo Leitão, Rodrigo Santos, Tiago Araújo e Beatriz Baptista

Figurinos: Sofia Barbosa

Desenho de luz: Cláudia Valente

Cenografia: Colectivo Monte

Videoplastia: Jorge Quintela

Coordenação técnica: Dário Pais

Operação técnica de Som: José Afonso

Co-produção: Teatro de Vila Real, Rivoli Teatro Municipal e Teatro Municipal Constantino Nery

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M12 /
MIN /
TEATRO “COSI RUN TUTTI” Uma visita à ópera “Così Fan Tutte” TEATRO DA PALMILHA DENTADA e INTERFERÊNCIA - Associação de Intervenção na Prática Artística DR© 4/5/NOV/21h30/ESTREIA

Eles são um casal comum num relacionamento estável. Do nada, ele levanta a questão de ter um bebé e o que se segue é uma montanha-russa emocional. Confrontados com um mundo de incertezas, eles lutam por fazer escolhas responsáveis face à crescente desigualdade social e aos desastres ambientais que assolam o planeta.

O aclamado dramaturgo britânico Duncan Macmillan propõe-nos uma viagem acelerada pelo tempo de vida de um casal. A poética do texto assente num linguajar quotidiano rápido, pleno de sobreposições e

banalidades, parece apontar para um questionamento existencial, mas também posicionar-nos enquanto indivíduos pertencentes a uma espécie animal em risco de Quantoextinção.estamos dispostos a ceder para salvar o espaço comum que habitamos? Ainda iremos a tempo? A tempo de quê?

Encenação: Ana Nave

Com: Benedita Pereira e Tomás Alves

Assistência de encenação: Cristina Carvalhal

Concepção plástica: Rui Francisco

Luz: Zeca Iglésias

Texto: Duncan Macmillan

Tradução: Sarah Adamopoulos

Versão cénica e dramaturgia: Ana Nave e Cristina

Carvalhal

Produção executiva: Rita Faustino

Co-produção: Arte 33, Causas Comuns e Teatro Municipal de Vila Real

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PEQUENO AUDITÓRIO M12 / 55 MIN / 5€/3,5€/ TEATRO PULMÃO 10/15h00/11/21h30/NOV/ de Duncan Macmillan encenação de Ana Nave DR© ESTREIA PÚBLICO ESCOLAR: 3.º Ciclo e Secundário

DR©

Roberto Aussel é um músico incomum e um intérprete excepcional. Nascido em 1954 em La Plata (Argentina), começou a tocar violão aos sete anos. Depois de estudar com o maestro Jorge Martinez Zarate, seu principal professor, Aussel ganhou o primeiro prémio em alguns dos concursos mais prestigiados do mundo, incluindo os concursos internacionais de guitarra da Radio France, Porto Alegre (Brasil) e Alirio Diaz, em Caracas (Venezuela).

Desde então, o nome de Aussel como artista de concerto internacional continuou a espalhar-se, e ele aparece regularmente na Europa, América do Sul e, especialmente desde 1990, nos Estados Unidos (Boston, Los Angeles, San Francisco, Dallas, Nova York).

Professor catedrático na Musikhochschule em Colónia (Alemanha) entre 1995 e 2021, prossegue uma carreira de concertos muito activa, que o leva a muitos palcos em vários países do mundo todos os anos.

O seu repertório vai do barroco à música contemporânea e inclui peças folclóricas e populares de vários países da América Latina.

Profundamente interessado na música do século XX, colaborou com vários compositores, muitos dos quais escreveram para ele: Marius Constant, Marlos Nobre, Bob Wander, François Rossé, Norbert Leclerc, Francis Schwartz, Fernando Tavolaro, Francis Kleynjans, Bob Wander, Carlos Grätzer, Edmundo Vasquez, Pascale Jakubowski. Boriss Gaquere, Feliu Gasull, Marco Smaili...

Em 1981, Astor Piazzolla escreveu para Aussel as suas conhecidas Cinco Peças para Guitarra, as suas primeiras composições para este instrumento.

Além de actuar e ensinar, Roberto Aussel é desde 1983 responsável por uma colecção de música para guitarra da editora parisiense Editions Henry Lemoine.

Em 1999, Aussel ganhou o prestigioso prémio “KONEX DE PLATINO”, oferecido pela Fundação Konex de Buenos Aires Em(Argentina).2016,recebeu o Prémio Honorário José Tomas, do Petrer Guitar Festival (Espanha) pela sua carreira artística.

A sua última gravação foi lançada em 2019. “Tangos y Milongas” é uma viagem pela música de Buenos Aires e das Pampas Desdeargentinas.2020, dirige mais uma colecção para guitarra, “Biblioteca Roberto Aussel” na editora l’Empreinte mélodique. 70 5€/3,5€/ Alto Douro

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SÁB NOV 12 PEQUENO21h30 AUDITÓRIO M6 /
MIN /
MÚSICA ROBERTO AUSSEL ARGENTINA [Segundo momento] Direcção artística de PAULO VAZ DE CARVALHO ponto de guitarra VI Festival de Guitarra em Trás-Os-Montes e
20 DR© 13 NOV A 31 DEZ Exposições do FIIN 2022 Desenho da Biodiversidade Fotografia da Biodiversidade 13 A 20 NOV Festival de Curtas-metragens Cinema da Biodiversidade 19 EncontroNOV Internacional de Cinegrafia e Fotografia de Natureza

Dramaturgia original entre o concerto e o espectáculo de teatro físico, “Voz” relaciona o canto polifónico e spoken word propondo uma experiência sonora, visual e imersiva, que reúne em palco o Teatro do Frio e as Sopa de Pedra, numa co-produção com o TNSJ. O texto original é uma metamorfose de escritas: da comédia de enganos ao absurdo, da coralidade da tragédia à pop e à tradição oral, reequacionando outras narrativas que urge ecoar, inscrever e inspirar. “Voz” assume a caixa de palco e seus mecanismos como arena conceptual e metafórica que exponencia o sentido mágico da experiência cinestésica e lúdica. A relação intencional entre a expressividade física e vocal dos intérpretes com a plasticidade da luz e do som aprofunda, na sucessão de estímulos e imagéticas, a experiência física e emocional do espectador. Cada

palavra, como cada gesto, será um lugar de encontro e ressonância a partir da imaterialidade da voz. Lugar de tensão lúdica entre o visível e o invisível, o audível e o inaudível, o dizível e o indizível, o risível e o grotesco, “Voz” explora possibilidades cinestésicas entre visão e audição, estabelecendo conexão vibracional entre corpos e matérias e estimulando a imaginação de quem o experiencia.

Direcção artística: Catarina Lacerda

Dramaturgia: Diogo Liberano, Catarina Lacerda Texto: Diogo Liberano

Composição sonora: Rodrigo Malvar, Filipe Lopes

Composição vocal: Sopa de Pedra

Preparação física e vocal: Anna Zubruscky

Interpretação: Maria Luís Cardoso, Sara Neves, Inês Campos, Daniel Teixeira Pinto, Catarina Lacerda, Sopa de Pedra

Desenho do espaço cénico: Fernando Almeida

Desenho de luz: Mariana Figueroa

Desenho de som: Quico Serrano

Direcção de produção: Paula Silva

Produção executiva: Marta Lima

Comunicação: Patrícia Barbosa

Co-produção: Teatro do Frio com TNSJ e Teatro Municipal da Guarda

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SEX NOV 18 GRANDE21h30 AUDITÓRIO M12 / 70 MIN / 5€/3,5€/ TEATROMÚSICA “VOZ” TEATRO DO FRIO com SOPA DE PEDRA DR©

FERNANDO LAPA E CARLOS AZEVEDO

Fernando Lapa é autor de mais de três centenas de peças, de todos os géneros, em boa parte focadas na cultura portuguesa contemporânea, da poesia às artes plásticas, sem esquecer a música tradicional. Muitas das suas obras têm sido repetidamente apresentadas em muitas centenas de concertos, no país e no estrangeiro, tendo viajado já pelos cinco continentes. Está representado em dezenas de gravações em CD e tem partituras editadas em Portugal, França e Alemanha. Compôs, no ano passado, a ópera “Mátria”, a primeira ópera a ser criada em Trás-os-Montes. Foi professor de Composição no Conservatório de Música do Porto e noutras escolas artísticas, nomeadamente na ESMAE, na ARTAVE e na Cooperativa Árvore. Crítico de música no jornal “Público” durante 12 anos, tem textos publicados em muitas revistas, jornais e outras edições.

Fernando Lapa e Carlos Azevedo. Dois compositores, unidos pelo Marão e por Vila Real, de onde são naturais, mas, mais ainda, unidos pela música.

Carlos Azevedo movimenta-se com igual à-vontade nos universos da música clássica e do jazz, escrevendo para as mais variadas formações, desde o instrumento solista à orquestra – sinfónica ou de jazz. Tem sido um importante protagonista do movimento jazzístico portuense, tanto no campo educativo — associou-se à fundação da Escola de Jazz do Porto nos anos 80 e criou a primeira Licenciatura em Jazz do país, na ESMAE, em 2001 — como performativo — partilha com Pedro Guedes, desde 1999, a Direcção Musical da Orquestra Jazz de Matosinhos. Este projecto mudou o panorama do jazz para grandes formações feito em Portugal e mantém um dinamismo ímpar, graças às encomendas de novas composições e às colaborações com grandes personalidades do jazz internacional.

E assim seguem as Conversas de Bastidores ao ritmo dos diferentes estilos musicais, com a moderação da jornalista Carla Carvalho.

SANTOSM.CARLOS©
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19 M1221h30/ 60 MIN GRATUITO SÁB NOV
DR©

TANG PING é uma expressão em mandarim cuja tradução para português é delicada. Será algo como “ficar deitado”, mas não num sentido de imobilidade – porque implica a decisão de te deitares –, nem de desistência – porque implica precisamente um acto de resistência. TANG PING tornou-se assim num movimento que, na China, recusa a opressão do 996, o regime laboral das nove da manhã às nove da noite, seis dias por semana. TANG PING é, por assim dizer, não colaborar, não aceitar, ou, como dizia Jacques Attali ainda no século XX, o mais inalienável direito do século XXI: o direito de abandonar o barco. Com o nosso subtítulo – um western moderno sobre não ser ninguém – queremos apontar para uma narrativa que trate da afirmação da identidade dos protagonistas, uma identidade tantas vezes de grandes valores e pouco sucesso, em que a persistência anda de mãos dadas com a aceitação do destino. Talvez este nosso TANG PING possa ser um regresso não-tóxico a essa tensão entre valores e sucesso, agora trocando a pradaria pelo sofá de casa.

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Co-produção: Teatro Nacional de São João, Teatro Municipal da Guarda e Teatro Municipal de Vila Real SEX NOV 25 PEQUENO21h30 AUDITÓRIO M14 / 80 MIN / 5€/3,5€/ TEATRO “TANG PING” um western moderno sobre não ser ninguém Ana Vitorino, Carlos Costa e Gemma Rodríguez DR©

Os Três Tristes Tigres nasceram nos idos de 1990 à volta de um gravador de cassetes rasca. Ana Deus, vinda dos BAN, e Regina Guimarães fabricavam informalmente colagens e canções, antes da formação que dará origem ao primeiro CD. Os primeiros concertos, no bar Aniki-Bobó (Ana Deus e Paula Sousa ao vivo, Regina Guimarães ao morto) assemelhavamse a um cabaret pop, entre o poético e o corrosivo. “PARTES SENSÍVEIS”, de 1993, será o rasto da primeira configuração dos TTT. Aprofunda-se então a colaboração entre Ana Deus e Alexandre Soares um ex-GNR que entretanto se juntara à banda como músico convidado. Com a alteração do som dessa aventura artística nascerão dois CDs de

originais – “GUIA ESPIRITUAL” (1996) e “COMUM” (1998) – e uma compilação, “VISITA DE ESTUDO”, que contém revisitações de composições anteriores.

O grupo reúne-se novamente em 2017, a convite do Teatro Rivoli no Porto, para tocar o álbum “Guia espiritual” que em 1996, juntamente com o prémio “Melhor grupo nacional” para os 3TT, foi considerado “Disco do ano” nos Blitz. E eis que em 2020 regressam com um álbum intemporal onde as guitarras de Alexandre Soares navegam entre a vertente partes sussurram.

Ana

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mais crua, eléctrica e acústica espacial e a voz de Ana Deus transporta, de forma livre, os poemas adaptados de William Blake e Langston Hughes, os poemas originais de Regina Guimarães e de Luca Argel para as
sensíveis, as minorias e as coisas que
Um disco de rock mais rugido e delirante, contaminado com circuitos electrónicos, e outros temas mais ambientais e lentos.
Deus - voz Alexandre Soares - guitarras/electrónica Miguel Ferreira - teclados/programações Fred Ferreira - percussão e sampler Rui Martelo - baixo Angélica Salvi - harpa / artista convidada SÁB NOV 26 GRANDE21h30 AUDITÓRIO M6 / 70 MIN / 5€/3,5€/ MÚSICA TRÊS TIGRESTRISTES DR©

«Muitas vezes, o teatro é assim: uma ideia choca com outra e, dessa explosão, nasce uma visão que é mais do que a soma das partes. O nosso impulso de pegar nesta peça inédita, ou peças, de Tom Stoppard veio de duas vontades distintas. Uma nasce da investigação que a Escola do Largo anda a fazer em território shakespeariano e, mais concretamente, na peugada de Hamlet. A outra vontade concretiza-se na escolha de textos que nos permitam “conversar” teatralmente com o mundo e com o que acontece à nossa volta. Estas peças que Stoppard juntou com uma vírgula oferecemnos isso, com o bónus de umas boas gargalhadas. Permitem-nos pôr em cena a crise da linguagem que o mundo hoje sofre

(por via da dependência de ecrãs, do distanciamento social a que a pandemia veio dar nome, da formatação de vocabulário que afunila o pensamento, do domínio do discurso numérico e binário, etc.) e também testar a sempre jovem, sempre delicada questão da liberdade, questionando o que acontece quando se tenta “confinar” o teatro — esse lugar político onde ficcionamos para nos vermos de verdade, onde somos outra vez uma cidade capaz de se escutar, onde reaprendemos as formas do sonho.»

Encenação: Marcos Barbosa

Texto: “Dogg’s Hamlet, Cahoot’s Macbeth”, de Tom Stoppard, na tradução de Jacinto Lucas Pires

Interpretação: Luciano Amarelo, Marcos Barbosa, Cristina Coelho, Pedro Fontes, Pedro Louro, Pedro Leitão, Ana Raquel Martins e Raquel Silva

Composição musical: Tomás Wallenstein e Manuel Palha Cenografia: Sara Amado

Figurinos: Yamilet Méndez

Desenho de luz: Pedro Vieira Carvalho

Apoios: DGArtes – Ministério de Cultura da República Portuguesa, Brotéria, Centro Internacional de Dramaturgia, Aquilo Teatro, Calafrio, Gambozinos e Peobardos INT.) /

Produção: Admirável Reino - Escola do Largo Co-produção: Teatro Municipal Guarda, Teatro Municipal Vila Real, Casa das Artes Arcos de Valdevez, Theatro Circo (Braga), Cine-Teatro Avenida (Castelo Branco)

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QUA NOV 30 GRANDE21h30 AUDITÓRIO M14 / 120 MIN (C/
5€/3,5€/ TEATRO MACBETH”VÍRGULA“HAMLET de TOM EncenaçãoSTOPPARDdeMARCOS BARBOSA DR©

PEQUENO

Esta é uma divertida criação para público familiar. Uma história cheia de humor, ainda que bastante sombrio, ou não fosse uma história de minhocas!

Inspirada no livro “Há um Cabelo na minha Terra”, de Gary Larson, recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para apoio a projectos relacionados com a natureza/defesa do ambiente, do 3.º ao 6.º anos de escolaridade.

A história começa uns centímetros abaixo do chão, quando um filho minhoca, durante um jantar de família banal, descobre que tem um cabelo no seu prato de terra. Fica bastante agastado, devido não apenas à refeição estragada, como também a toda a sua vida miserável e rasteira. Isto, por seu turno, leva o pai a contar-lhe uma história: a saga de uma bela donzela e um passeio aventuroso através da sua floresta preferida. Uma criação que reafirma o compromisso da Peripécia com as questões do ambiente e ao mesmo tempo dá largas à sua habitual criatividade e apurado sentido de humor. Uma linguagem absurda e irónica e uma narrativa surpreendente, com manipulação de objectos e outros recursos cénicos.

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AUDITÓRIO | M8 / 50 MIN SESSÃO PARA ESCOLAS: ENTRADA GRATUITA SESSÃO PARA FAMÍLIAS: 3€/
Adaptação e Dramaturgia: Sérgio Agostinho e Noelia Domínguez Dramaturgia e Direcção: José Carlos Garcia Interpretação: Noelia Domínguez, Patrícia Ferreira e Sérgio Agostinho Dispositivo cénico: Peripécia Teatro e Zetavares Design gráfico: Alexandra Teixeira Iluminação e Som: Nuno Tomás Produção executiva: Sara Casal INFANTILTEATRO “HÁ TERRA!”NACABELOUMMINHA (Título provisório) PERIPÉCIA TEATRO TEIXEIRAALEXANDRA© 2/ 14h30/3/16h00/DEZ10h00 PÚBLICO ESCOLAR: 3.º, 4.º, 5.º e 6.º anos

Teresa Salgueiro é uma figura artística ímpar no nosso País e, desde há quase três décadas, constitui uma imagem emblemática de Portugal no mundo. O seu percurso na música inicia-se em 1986 quando é convidada para integrar a fundação do grupo Madredeus, gravando 9 discos de música original, criada especificamente para a sua voz. Entre 1987 e 2007, vinte anos de viagem e mais de cinco milhões de álbuns vendidos em todo o mundo tornaram-nos nos primeiros representantes internacionais da música feita em Portugal depois de Amália Rodrigues. Convites de nomes tão distintos como José Carreras, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Carlos Núnez, Angelo Branduardi ou Zbigniew Preisner confirmaram Teresa Salgueiro como uma das grandes cantoras contemporâneas. Em 2020, Teresa Salgueiro iniciou o desenho do espetáculo “Por dentro do silêncio”. Os temas da sua criação, a par da grande variedade de autores portugueses que vem interpretando ao longo deste tempo e arranjando à luz da sua linguagem musical, refletem respeito

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um profundo
pela diversidade e riqueza da música portuguesa. QUA DEZ 7 GRANDE21h00 AUDITÓRIO M6 / 90 MIN / ENTRADA GRATUITA COMEMORAÇÕES DOS 750 ANOS DA OUTORGA DO PRIMEIRO FORAL A VILA REAL . Sessão solene - Enquadramento histórico e institucional da efeméride . Concerto de Teresa Salgueiro Uma organização do Município de Vila Real, com o Alto Patrocínio da Presidência da República TERESA SALGUEIRO ‘POR DENTRO DO SILÊNCIO’ DR©
28 SEX DEZ 9 GRANDE21h30 AUDITÓRIO M6 / 70 MIN / 5€/3,5€/ MÚSICA QUINTETANGO [Terceiro momento] Direcção artística de PAULO VAZ DE CARVALHO ponto de guitarra VI Festival de Guitarra em Trás-Os-Montes e Alto Douro SACRAMENTONUNO© Nascido da sinergia de cinco músicos, professores na Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra, QuinteTango apresenta-se numa aproximação à formação artística mais consagrada de Astor Piazzolla: o Quinteto Tango Nuevo. O programa a apresentar em concerto faz parte do CD de estreia do grupo e é constituído por obras do compositor argentino Astor Piazzolla (1921-1992). André Madeira: guitarra Artur Fernandes: concertina Catarina Peixinho: piano Hugo Brito: violino Miguel Calhaz: contrabaixo PROGRAMA: — “Primavera Porteña” — “Verano Porteño” — “Otoño Porteño” — “Invierno Porteño” — “Milonga del Angel” — “Soledad” — “Contrabajissimo” — “Concierto para Quinteto”

Com

“A Teia”, título homónimo do texto de Carlos Coutinho, obra emblemática do Teatro de Circunstância, é uma adaptação cénica ao estilo do neo-realismo, com uma forte componente intimista, emocional e dramática. É um espectáculo que conta a história de um homem que entrega o futuro do seu filho aos interesses de um Estado ditatorial, num tempo em que o medo era norma. E é também, por outro lado, uma revisitação da memória colectiva do modus operandi da PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), do Estado Novo.

Elenco: Glória de Sousa, Pedro Lacerda e Valdemar Santos

Adaptação dramatúrgica: Fábio Timor, a partir do texto de Carlos Coutinho

Encenação: Fábio Timor

Desenho de luz: Pedro Pires Cabral

Música: Paulo Araújo

Produção: Madalena Marques

29 TEATRO “A TEIA”
Glória de Sousa, Pedro Lacerda e Valdemar Santos URZE TEATRO
ESTREIA DR© PEQUENO AUDITÓRIO M14 / 60 MIN / 5€/3,5€/10/21h30/11/18h00/DEZ/

“MARGEM”

VICTOR HUGO PONTES

A partir de "Capitães da Areia", de Jorge Amado

Direcção artística: Victor Hugo Pontes

Texto: Joana Craveiro

Cenografia: F. Ribeiro

Música: Marco Castro e Igor Domingues (Throes + The Shine)

Direcção técnica e desenho de luz: Wilma Moutinho

Consultoria artística: Madalena Alfaia

Interpretação: Alexandre Tavares, David S. Costa, Inês Azedo, Ivo Santos, João Nunes Monteiro, José Santos, Magnum Soares, Marco Olival, Marco Tavares, Rafael Belinha, Sebastião Quintela, Tiago Ferreira

inspira-se num romance de Jorge Amado, “Capitães da Areia” (1937), que retrata um grupo de crianças e adolescentes que vivem na rua. Roubam para comer, dormem num barracão. Aqui, como uma espécie de família, protegemse uns aos outros e sobrevivem a um dia de cada vez. Oitenta anos depois, questionamos quem são os novos capitães da areia, olhando para a realidade social de crianças e jovens cujo percurso sai do trilho comum. “Margem” alicerça-se num trabalho documental e testemunhal junto de jovens que foram privados de ensino, alimentação, amor, família, um rumo seguro, um quotidiano banal. Ainda assim, continuam a lutar pela sua liberdade.» Victor Hugo Pontes

«”Margem”

WORKSHOP E PARTICIPAÇÃO NO ESPECTÁCULO

Victor Hugo Pontes convida 8 crianças (rapazes) com idades entre os 7 e os 10 anos, com alguma destreza física, a integrarem o espectáculo como figuração especial.

De 15 a 17 de Dezembro, em horários a indicar, poderão conhecer o elenco e trabalhar com o coreógrafo, sendo parte integrante dos “capitães da areia” dos dias de hoje.

As candidaturas devem ser enviadas para o e-mail bilheteira@teatrodevilareal.com, acompanhadas de fotografia de corpo inteiro e altura.

Co-produção: Nome Próprio, Centro Cultural de BelémFábrica das Artes e Teatro Aveirense

A Nome Próprio é uma estrutura residente no Teatro Campo Alegre, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto e tem o apoio da República Portuguesa - Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes.

30 SÁB DEZ 17 GRANDE21h30 AUDITÓRIO M12 / 80 MIN / 3€/ DANÇA
CALDEIRAJOSÉ©

A obra que o padre e compositor Joaquim dos Santos (Cabeceiras de Basto, 1936-2008) nos legou compreende um vasto número de partituras de música de câmara, com combinações instrumentais muito variadas que estimulam a uma constante reinterpretação. Neste concerto, o Oniros Ensemble apresenta-se de forma flexível e disponível para trazer ao público uma exposição suis generis da obra e vida deste autor que, por diversas vezes, trabalhou em temáticas ligadas a Trás-os-Montes. Esta é uma oportunidade rara para se ouvir a sua música em concerto. O mote, para uma imersão no mundo deste

compositor, é quase inesperado: de Torga a Tagore, Joaquim dos Santos incita-nos a um mergulho numa música que também se mostra universal — o inesperado apenas o é porque a oportunidade surge, novamente, agora.

Música: Joaquim dos Santos

Joana Valente: voz Edmundo Pires: violino Luís Santos: clarinete Fábio Meneses: clarinete Nuno Silva: saxofone Vânia Santos: piano Direcção artística: Nuno Costa e Oniros Ensemble

Desenho de luz: Pedro Pires Cabral Design: Paulo Araújo

Um projecto apoiado pelo Teatro de Vila Real. / 70 MIN / 5€/3,5€/

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QUI DEZ 22 PEQUENO21h30 AUDITÓRIO M6
MÚSICA “...IL IGNOTOGRANDE” ONIROS ENSEMBLE ESTREIA

GRATUITO QUA DEZ

JOÃO BOTELHO

Com 43 anos de carreira e 16 longas-metragens realizadas, João Botelho (Lamego, 1949) é o cineasta português no activo com a filmografia mais vasta. Destacou-se em 2014 com “Os Maias”, adaptação da obra de Eça de Queirós. “Os Maias” foi o filme português mais visto desse ano, percorreu alguns dos maiores festivais de cinema da Europa e América Latina. Em 2010, o realizador tinha já adaptado ao cinema uma outra obra maior da literatura portuguesa: “Filme do Desassossego” (a partir de “Livro do Desassossego”, de Fernando Pessoa), igualmente sucesso de bilheteira em Portugal e presença em vários festivais internacionais. Ao longo da carreira, Botelho teve filmes presentes nos festivais de Cannes, Roma, Antuérpia, Rio de Janeiro, Veneza, Berlim, Salsomaggiore, Pesaro, Belfort, Cartagena e Varna, onde obteve vários prémios. Em Portugal foi premiado com Globos de Ouro, com o prêmio da OCIC, da Sociedade Portuguesa de Autores e com diversos prémios Sophia. Em 2005 foi agraciado pelo Presidente da República Jorge Sampaio com a prestigiada Ordem do Infante D.Henrique (Grau de Comendador).

João Botelho estará à conversa com Carla Carvalho, jornalista na área da cultura. DE DOIS FILMES

QUI.29.DEZ.21h30

“UM FILME EM FORMA DE ASSIM”

Um filme de JOÃO BOTELHO

“O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS”

Sessão integrada nas Comemorações do Centenário de José Saramago. Intervenções de João Botelho e Frederico Neves.

«Fernando Pessoa, um dos maiores escritores da língua portuguesa, estabeleceu um gigantesco universo paralelo criando uma série de heterónimos para sobreviver à sua solidão de génio. José Saramago, prémio Nobel da literatura em 1998, fez regressar o heterónimo Ricardo Reis a Portugal, ao fim de 16 anos de exílio no Brasil. 1936 é o ano de todos os perigos, do fascismo de Mussolini, do Nazismo de Hitler, da terrível guerra civil espanhola e do Estado Novo em Portugal. Fernando Pessoa, o criador, encontra Ricardo Reis, a criatura. Duas mulheres, Lídia e Marcenda são as paixões carnais e impossíveis de Ricardo Reis.»

Com: Chico Díaz, Victoria Guerra, Catarina Wallenstein Drama | Portugal | 2020 | 129 min. | M/14

(Em colaboração com a Direcção da Organização Regional de Vila Real do PCP.)

«É sem medida este UM FILME EM FORMA DE ASSIM. Organizado como um sonho, estruturado como um musical e com textos, tanto ditos como cantados, que nos conduzem a situações inesperadas, caóticas e emocionantes, na tentativa de agarrar parte do que o inalcançável Alexandre O’Neill nos deixou.»

Com: Pedro Lacerda, Inês Castel-Branco, Crista Alfaiate Drama | Portugal | 2022 | 101 min. | M/12

Um filme de JOÃO BOTELHO
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28 M1221h30/ 60 MIN
COM A EXIBIÇÃO
DO BilhetesREALIZADOR.paraassessões: 3€/ TER.27.DEZ.21h30
DR©

A Banda Sinfónica Transmontana teve o seu concerto de estreia em 2019. É integrada por um vasto conjunto de instrumentistas de sólida carreira, quer a nível nacional, quer internacional, a par de jovens talentos emergentes.

O “instrumento” orquestra de sopros tem-se tornado um dos preferidos de muitos compositores de referência, que encontram neste agrupamento uma riqueza tímbrica ímpar. A escrita é virtuosa e Nestedesafiadora.concerto a BST propõe um programa para fruir a obra de alguns autores de referência e conhecer alguns dos mais proeminentes músicos Deixe-senacionais.levar pela subtileza, o calor e a vertigem das madeiras e a imponência e sumptuosidade dos metais e percussões.

Um projecto apoiado pelo Teatro de Vila Real.

33 SEX DEZ 30 GRANDE21h30 AUDITÓRIO M6 / 70 MIN / 5€/3,5€/ MÚSICA TRANSMONTANASINFÓNICABANDA SANTOSM.CARLOS©

Esta oficina propõe o desenvolvimento de competências nas áreas da voz, do movimento e da interpretação, enquanto espaço para o início da descoberta da linguagem teatral do ponto de vista do actor ou da actriz.

Formadores e formadoras: ALEXANDRA CALADO, ANABELA SOUSA E MIGUEL HERNANDEZ

Público-alvo: professores e alunos. M/16 anos 6 sessões para 15 participantes

Duração total: 24 horas

Criação Ana Luena & José Miguel Soares 26 Setembro, 3 e 10 Outubro | 18h00-20h00

Criação Ana Luena & José Miguel Soares

14 de Outubro | 18h00-21h00

15 e 16 de Outubro | 15h00-18h00 (horário passível de ser adaptado às conveniências do grupo de participantes)

17 de Outubro | 19h30-22h30 | 21h30 Apresentação pública

Inscrições gratuitas. Aberta ao público em geral. Vagas 960268843bilheteira@teatrodevilareal.commaa.comunicacao@gmail.comlimitadas.

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Iniciação ao OficinaEspectáculoAcademiainterpretaçãoTécnicasteatrodeContemporâneado/TeatrodoBolhãodeescrita e de troca de cartas Malvada Associação Artística Serviço Educativo / Mediação de Públicos Acções de descodificação | Acções formativas 8,Sessões:15,22 OUT. As14h00-18h00dataseoshorários podem ser ajustados de acordo com as disponibilidades dos grupos interessados. OFICINA DE ESCRITA E DE TROCA DE CARTAS (online):
OFICINA COM LEITURA ENCENADA / PERFORMANCE:
SOARESMIGUELJOSÉ©©DR

Esta iniciativa propõe a pesquisa das infinitas possibilidades da expressão corporal em cena enquanto canal de comunicação. Um espaço para a exploração das diferentes dinâmicas que nos oferecem as possíveis leituras de uma cena, onde se procura que o corpo seja implicado em todas as situações que construímos e comunique para além da palavra dita.

Formadora: MARGARIDA GONÇALVES

Público-alvo: estudantes e pessoas sem experiência M/16 anos | Duração total: 12 horas 3 sessões para 15 participantes

35 Para além da palavra dita Oficina de teatro AcademiafísicoContemporânea do Espectáculo / Teatro do Bolhão Oficinas de voz Teatro do Frio
29Sessões:OUT| 5 e 12 NOV As9h30-13h30dataseoshorários podem ser ajustados de acordo com as disponibilidades dos grupos interessados. Destravar a língua – Técnicas de expressividade vocal para professores 5 de Novembro | 14h30-17h30 Horário: 3 Destinatários:horasProfessores Ensino Básico e Secundário Inscrições: 30€/participante Lotação: min. 12 / máx. 20 Workshop e participação no espectáculo 'Margem' Ver página 30. DR©

Nesta oficina propomos desenvolver algumas competências convocadas no acto de cantar, tais como o relaxamento e a postura corporal; o domínio da respiração, da articulação e da dicção; a prática do apoio na libertação do som; o desenvolvimento da amplitude, tessitura e homogeneidade dos registos; a afinação e o treino auditivo.

Formadora: ALEXANDRA CALADO

Público-alvo: todos aqueles que pretendem desenvolver competências na área do canto. M/16 anos 3 sessões para 15 participantes Duração total: 12 horas

Oficina de canto de teatro

A Porta Aberta Curso de teatro, construção de espectáculo e apresentação pública no final. Durante o curso, os participantes assistirão a alguns espectáculos da programação do Teatro de Vila Real, também sob orientação de Ángel Fragua.

Público Alvo: M/16 N.º de participantes: até 15 6/7; 3/4/5; FEV:

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19Sessões:e26NOV, 3 DEZ As14h00-18h00dataseoshorários podem ser ajustados de acordo com as disponibilidades dos grupos interessados.
Academia Contemporânea do Espectáculo / Teatro do Bolhão Curso
Descodificação e formação com Ángel Fragua Serviço Educativo / Mediação de Públicos Acções de descodificação | Acções formativas
2022Sessões:NOV:22/23/24; 29/30 DEZ:
13/14/15; 20/21/22 2023JAN:
10/11/12; 17/18/19; 24/25/26; 31
1/2; 7/8/9; 14/15/16; 21/22/23 MACEDOC.ANDRÉ©

VILASHORTCUTZREAL

21h30 | M/12 | ENTRADA GRATUITA

#78_QUI/6/OUT | #79_QUA/2/NOV | #80_TER/6/DEZ

Co-produção: SHORCUTZ VILA REAL / TEATRO DE VILA REAL

“RESTOS DO VENTO”

UM FILME DE TIAGO GUEDES

21h30 | M/14 | 126 MIN | PEQ. AUDITÓRIO | 3€/2€/

Uma tradição pagã numa vila do interior de Portugal deixa traços dolorosos num grupo de jovens adolescentes. Vinte e cinco anos depois, ao reencontrarem-se, o passado ressurge e a tragédia instala-se.

“Restos do Vento” integrou a Selecção Oficial - Special Screenings da 75.ª edição do festival de Cannes.

Com: Albano Jerónimo, Nuno Lopes, Isabel Abreu, João Pedro Vaz, Gonçalo DramaWaddington.|Portugal 2022

Um filme de FANNY LIATARD e JÉRÉMY TROUILH

21h30 | M/12 | 98 MIN | PEQ. AUDITÓRIO | 3€/2€/

Youri é um jovem amante da ciência, com o sonho de um dia ser astronauta. Cresceu em Gagarine, um conjunto habitacional em Ivry-sur-Seine. Quando descobre que o seu bairro corre o risco de ser demolido decide juntar-se a um movimento de resistência. Com Diana, uma jovem igualmente inteligente, e outros moradores, irá lutar para salvar Gagarine da demolição. Quando a população abandona o bairro, Youri resiste e transforma o edifício onde cresceu na sua própria nave espacial.

Com: Alseni Bathily, Lyna Khoudri, Jamil McCraven Drama | SelecçãoFrançaOficial do Festival de Cannes de 2020. Nomeado para o César de Melhor Primeira Obra.

SANGUE”

Um filme de JOÃO MÁRIO GRILO

21h30 | M/16 | 87 MIN | PEQ. AUDITÓRIO | 3€/2€/

TER NOV DEZ

A personagem de um romance escrito no passado ganha vida no presente para atormentar a autora, revivendo e revisitando com ela a história de um crime.

Realizado por João Mário Grilo segundo um argumento seu, de Luís Mário Lopes e de Inês Beleza Barreiros, “Campo de Sangue” inspira-se no romance de Dulce Maria Cardoso.

Com: Carloto Cotta, Luísa Cruz, Sara Carinhas, Teresa Madruga, Fernanda Neves Drama, Thriller | Portugal 2021

46.ª Mostra de São Paulo Prémios Colibri 2022 – candidato português à categoria de melhor filme Iberoamericano.

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CINEMA|SEM PIPOCAS
TER
TER OUT221318 “CAMPO“GAGARINE”DE
GRANDE AUDITÓRIO (GA) PEQUENO AUDITÓRIO (PA)PALCOPALCOFOSSO DE ORQUESTRA PLATEIA PLATEIA FRISAESQ. FRISAESQ. BALCÃO BALCÃO 38 Apoio à divulgação:

INDICAÇÕES IMPORTANTES

A programação constante nesta agenda pode sofrer alterações por motivos imprevistos.

Não é permitido fotografar, filmar ou gravar os espectáculos.

Não é permitida a entrada na sala após o início dos espectáculos e até ao intervalo (se houver), salvo indicação dos assistentes de sala, não estando, neste caso, garantidos os lugares Telemóveismarcados.eoutros aparelhos com sinal sonoro ou luminoso incómodo para artistas e espectadores devem ser desligados antes da entrada nos auditórios.

IMPORTANT INFORMATION

No photography, video or audio recording will be allowed during the performances. Admission to the venue is not allowed after the performance has started and until the break (if there is one), except if otherwise indicated by the staff.

Director Artístico Rui Ângelo Araújo

Produção Artística Paulo

MaraVereadoraRuiPresidenteMiguelSegurançaMariaHigieneSílviaPaulaBrunoRecepçãoMariaSecretariadoCarlaCoordenadoraDepartamentoJoséTécnicoHenriqueTécnicoVítorTécnicoPedroCoordenadorDepartamentoJoãoCarlosProduçãoAraújoChavesNascimentoTécnicoPiresCabraldeLuzTunadeSomLopesdeManutençãoCarlosPenelasdeGestãoMarquêsJoséMoraiseBilheteirasPintoCristinaMonteiroLetraeLimpezaJoséSilvaLopesSantosdaCulturaMinhava

Cell-phones and other sound-emitting devices must be turned off before entering the venue.

Teatro Municipal de Vila Real Alameda de Grasse 5000-703 Vila Real Telefone: 259 320 000 / 259 320 002 Fax: 259 320 009

geral@teatrodevilareal.comE-mails:

Produção e Programação: producao@teatrodevilareal.com Departamento Técnico: tec@teatrodevilareal.com Departamento de Gestão: gestao@teatrodevilareal.com

Bilheteira e reservas Telefone: 259 320 000 E-mail: DasHorário:bilheteira@teatrodevilareal.com14h00às20h00,desegundaasábado (excepto feriados).

que requisitada por telefone ou na bilheteira.

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As reservas são válidas durante uma semana e até 48 horas antes dos espectáculos.

DOS DESCONTOS

Menores de 25 anos e maiores de 65 Titulares do cartão Família Numerosa Profissionais das artes do espectáculo Titulares do cartão DouroAlliance Tourist Card PessoasEstudantesdesempregadas

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Reservas/informações: ligue 1820 (24 horas). A partir do Estrangeiro ligue +351 21 794 14 00. LOCAIS DE VENDA: www.ticketline.sapo.pt, Fnac, Worten, El Corte Inglés, C. C. Dolce Vita, Casino Lisboa, Galerias Campo Pequeno, Ag. Abreu, A.B.E.P., MMM Ticket e C. C. Mundicenter, U-Ticketline, C.C.B e Shopping Cidade do Porto.

Ficha Técnica: Publicação periódica | Temporada 2022: Outubro / Novembro / Dezembro Edição: Teatro de Vila Real | Design gráfico: Paulo Araújo Tiragem: 5000 exemplares

TEATRO DE VILA REAL

Coordenadas GPS: Latitude: Longitude:N41.298888w-7.734343

39 Assistência a pessoas reduzidamobilidadecomsempre
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