TATAME #260

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TATA M E

#260


TATAME contra o coronavírus Classificado como pandemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o coronavírus (Covid-19) vem causando preocupação e comoção global. Com origem na China, o vírus se espalhou por todos os continentes e, atualmente, tem na Itália o país mais infectado. No mundo, já são mais de 300 mil casos confirmados e 13 mil pessoas mortas, além de milhões afetadas indiretamente. Ou seja, é hora de agir! No Brasil, a situação começa a se complicar, com a expectativa de que o “boom” do Covid-19 aconteça nas próximas semanas. Diante desse cenário, nós da TATAME pedimos que atletas, treinadores, fãs e toda a comunidade das artes marciais se unam. O combate ao coronavírus é fundamental, e entre as principais formas de prevenção estão: isolamento, manter os ambientes bem ventilados, não compartilhar objetos pessoais, cobrir o nariz e a boca ao espirrar/tossir, e por fim, lavar bem as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel. No âmbito esportivo, as grandes ligas e entidades do mundo suspenderam ou cancelaram seus eventos, casos da Liga dos Campeões, NBA e Fórmula 1, por exemplo, além do adiamento da Eurocopa e da Copa América para 2021. No Jiu-Jitsu e MMA, não foi diferente. Nesta edição da TATAME #260, vamos falar sobre o panorama dos esportes de luta em meio à pandemia do coronavírus, com UFC e Bellator paralisando suas atividades, o Mundial de Jiu-Jitsu da IBJJF e o Abu Dhabi World Pro da UAEJJF adiados, entre várias outras mudanças importantes, como academias fechadas e atletas desempregados. Os Jogos Olímpicos de Tóquio, marcados para começar dia 24 de julho, no Japão - apesar de confirmados a princípio -, também estão em xeque. O mais importante nesse momento, entretanto, é se cuidar. Fique em casa, siga as recomendações da Organização Mundial de Saúde e acompanhe nossa campanha #TATAMEnaLuta (no site e redes sociais) com conteúdos especiais sobre o tema. Juntos, vamos vencer o coronavírus. Boa leitura e até a próxima. Oss!

Diogo Santarém, editor diogosantarem@tatame.com.br

Foto de capa: Camila Nobre

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especial novo coronavírus

MMA NACIONAL

MOMENT

DE UN Ajuda da família, preocupação e esperança: com lutas canceladas, atletas de eventos nacionais de MMA relatam drama durante a pandemia do novo coronavírus: “O lutador que mora sozinho e não tem apoio está numa situação bem difícil, diria que desesperadora”.

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TO

NIÃO Por Mateus Machado

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MMA NACIONAL

O atual estado de pandemia causado pelo novo coronavírus (Covid-19) afetou inúmeros setores e esportes, e obviamente, o MMA sofreu um grande impacto por conta das medidas de restrição aplicadas por diversos países como forma de evitar a disseminação do vírus. Principal organização de MMA no mundo, o UFC foi o último a suspender suas atividades, seguindo outras organizações internacionais como Bellator, ONE Championship, KSW e BRAVE Combat Federation, que também foram obrigadas a cancelar ou adiar seus eventos. No Brasil, o número de casos da Covid-19 cresce diariamente e existe uma grande preocupação a respeito das consequências que podem ser causadas pelo vírus a curto e a longo prazo. Em relação ao mundo das lutas, academias precisaram ser fechadas e as organizações nacionais de MMA cancelaram seus eventos faltando poucos dias para a realização dos mesmos, causando um grande prejuízo a todos os envolvidos. Embora seja um consenso de que a saúde está em primeiro lugar, existe também uma preocupação em relação a muitos lutadores brasileiros, ainda mais tendo em vista que a maioria deles possui poucos recursos e se sustenta através de aulas em academias e das lutas em eventos nacionais. Para tratar sobre o assunto, a TATAME conversou com lutadores de três das maiores franquias de MMA no Brasil: Jungle Fight, SFT e Thunder Fight. Todos eles tiveram seus respectivos duelos cancelados por conta do coronavírus e estavam em reta final de preparação, ou seja, o prejuízo financeiro e técnico foi grande, bem como

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“Como todo atleta, uma vez que uma luta cai, para nós causa sempre grande prejuízo, tanto financeiramente como nos objetivos e metas”

Kleydson Rodrigues

por parte das organizações, que necessitam da realização de eventos para manter “a roda girando”. Atual campeão peso-mosca do Jungle Fight, Kleydson Rodrigues defenderia seu título no dia 21 de março, contra Felipe Pereira, na luta principal do Jungle Fight no DAZN 103, em Manaus. A poucos dias do duelo, todavia, o atleta do Amapá foi informado que seu combate havia sido cancelado. Apesar de entender que se tratou de uma medida de combate ao coronavírus, o representante da Team Nogueira relatou sua tristeza. “Eu tive a notícia do adiamento

do evento um dia antes da minha viagem para o Amazonas, onde eu lutaria. Fiquei muito abalado por saber que eu não iria mais lutar, até porque eu já estava na reta final da perda de peso, mas entendi que o evento foi cancelado como forma de combater a disseminação do vírus. Como todo atleta, uma vez que uma luta cai, para nós causa sempre grande prejuízo, tanto financeiramente como nos objetivos e metas que planejei para esse ano. Primeiro que sou um atleta em curso, então ainda me mantenho diretamente do recurso das bolsas de cada luta e de apoios/patrocínios”.

FOTOS: REPRODUÇÃO

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“Moro no Amapá e por motivos financeiros, não tenho hoje como me manter no Rio de Janeiro, onde treino há quatro anos, com a minha equipe Team Nogueira. Por esses motivos, toda vez que uma luta é marcada, eu preciso me deslocar de dois a três meses antes da luta para fazer o meu camp no Rio. Dessa vez não foi diferente… Corri contra o tempo para conseguir recursos para as minhas despesas visando essa luta, como custos de passagens de ida e volta e custos locais. Como atleta de alto rendimento, os custos são bem mais difíceis, mas com apoios e patrocínios de alguns empresários e da prefeitura de minha cidade, Laranjal do Jari, conseguia me manter”, completou, antes de concluir sobre a sua situação atual: “Como atleta independente, hoje vivo diretamente da luta, que é minha profissão, e como disse, tenho apoios e patrocínios, porém, ainda não tenho um recurso fixo que me ajude 100% com minhas despesas. E nesse momento em que estamos passando por uma crise mundial pela pandemia do coronavírus, onde todas as empresas e prefeituras foram afetadas, e eu, como dependo diretamente desses recursos, também fui muito prejudicado. Apesar disso, graças a Deus consegui voltar para o Amapá para ficar perto dos meus amigos e familiares, onde vamos unir forças para nos manter nessa fase difícil”, afirmou Kleydson. Peso-mosca do SFT, Bruno Suema (foto ao lado) enfrentaria Bruno Gafanhoto no main event do SFT 22, que estava agendado para o dia 28 de março, no Rio de Janeiro. Seria a primeira

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MMA NACIONAL

edição da franquia na “Cidade Maravilhosa”, mas o evento precisou ser cancelado. Suema, que faria a sua estreia na organização, reconheceu o esforço feito para manter o show e, apesar dos prejuízos, ressaltou que o adiamento foi a melhor decisão. “Realmente, foi um golpe muito forte. Eu faria a luta principal e estava pronto para entrar em ação, só nos ajustes finais para um grande show no SFT, que seria exibido ao vivo pela TV aberta (Band). Pelo o que vinha acontecendo, até previa o adiantamento, mas mesmo assim, fiquei muito triste pela situação. Foi ruim para todos, porque a organização fez de tudo para manter o evento, mas não teve jeito. No fim, o adiantamento foi o melhor a se fazer, até porque com saúde não se brinca. Além de atleta profissional, sou pai de família (minha filha, Manuela, tem dois anos) e personal trainer especializado em musculação e lutas. Com a paralisação das academias, minhas fontes de renda, do dia pra noite, ‘travaram’. Não sei como vai ser daqui pra frente, mas com fé em Deus, vamos dar a volta por cima. Só quero agradecer aos meus alunos, treinadores e minha equipe, Team Nogueira, pelo suporte e cuidado. Espero, em julho, poder voltar e dar um grande show para o público. Enquanto isso, vou focar mais nos produtos online que tenho, com acompanhamento à distância e no presencial, e esperar os próximos anúncios”, disse Bruno.

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Por fim, no dia 21 de março, em São Bernardo do Campo (SP), o meio-pesado Victor de Paula faria contra Denilson Carioca a atração principal do Thunder Fight 21, que assim como muitos outros eventos mundo afora, foi cancelado em razão do coronavírus. Sem saber quando poderá lutar novamente, já que não há uma previsão exata de quando os eventos nacionais poderão retomar suas atividades normais, Victor conta com o apoio de seus familiares para se manter financeiramente durante o período de quarentena. “Fiquei sabendo do cancelamento uma semana e meia antes do evento acontecer. Estava me preparando bastante, fazendo vários treinos por dia, até mesmo no final de semana. Eu estava querendo disputar o cinturão do Thunder Fight e essa luta seria o caminho ideal para isso, mas infelizmente, o duelo caiu. Fiquei muito abalado, não só eu, como todos os atletas que estavam escalados para o evento. Eu senti bastante, porque a gente vive da luta, vivemos de dar aula, como personal, e não foi apenas o mundo da luta que sentiu esse abalo, foi num sentido geral. Tivemos que fechar a academia e hoje jogamos nas mãos de Deus para que essa situação acabe rapidamente e não demore tanto. Espero que essa luta seja remarcada, porque seria a principal de uma edição do Thunder Fight, então teria todo um gosto

FOTO VICTOR DE PAULA: DIVULGAÇÃO/THUNDER FIGHT

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especial. Ainda estou abalado, agoniado por estar em casa, treinando da forma que dá. Só Deus sabe onde isso vai nos levar, mas estou tentando me manter firme para poder voltar à minha rotina”, contou o lutador, que prosseguiu:

“Eu senti bastante, porque a gente vive da luta, vivemos de dar aula, como personal, e não foi apenas o mundo da luta que sentiu esse abalo, foi num sentido geral” Victor de Paula

“Aqui em casa, tem um número total de pessoas (seis pessoas), uma família. Tirando minha irmã mais nova e minha mãe, que trabalha em casa, o meu irmão, cunhada, meu pai e eu trabalhamos fora, então procuramos sempre nos ajudar e ajudar o próximo, porque é algo que afeta todo mundo. Eu só conto com a luta, que é minha paixão. Eu deixei meu tra-

balho com mecânica na Toyota para viver da luta e eu só dou aulas, vivo com o rendimento das lutas que eu faço e com meu trabalho como personal trainer. Quando falta para mim, meu pai, meu irmão e minha cunhada estão para ajudar, graças a Deus. Se falta para um, tem outro para ajudar, e assim vamos. Se eu morasse sozinho, por exemplo, seria muito complicado. O lutador que mora sozinho e não tem apoio está numa situação bem difícil, diria que desesperadora, acaba tendo que procurar algum outro tipo de trabalho, de rendimento, para poder se sustentar”, concluiu Victor.

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ENTREVISTA CAIO ALMEIDA Por Diogo Santarém

EXEMPLO Ao redor do mundo, diversas academias de artes marciais fecharam as portas por conta da pandemia do novo coronavírus, e no Brasil não foi diferente. Uma das principais equipes do país, a Almeida Jiu-Jitsu - com sede em São Paulo - seguiu as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e também fechou todas as suas unidades. Porém, isso não significa que o trabalho deve parar.

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FOTO: REPRODUÇÃO INSTAGRAM

DANDO O


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ENTREVISTA CAIO ALMEIDA

Em entrevista à TATAME, Caio Almeida, um dos líderes da equipe, comentou sobre o impacto do coronavírus (Covid-19) no dia a dia, mas destacou a importância de todos seguirem as orientações médicas. O faixa-preta ainda analisou o adiamento do Mundial de Jiu-Jitsu da IBJJF e deixou uma mensagem para que os atletas não desanimem durante esse período de quarentena.

Confira o bate-papo:

Quais medidas de precaução foram tomadas por parte da Almeida Jiu-Jitsu? Compramos muito álcool em gel, orientamos os alunos a lavar bem as mãos antes do treino, quem estivesse gripado não ir treinar, aumentamos todos os cuidados, mas vendo a mobilização do resto da comunidade do Jiu-Jitsu - e do mundo -, decidimos fechar nossas academias também. Como você recebeu a notícia do cancelamento do Mundial da IBJJF e outros eventos? Verdadeiramente, frustrou (o cancelamento). Nosso time vinha se preparando forte desde o ano passado, mas também não tem como ficar triste ou bravo com as organizações. Acho que eles (IBJJF) acertaram no cancelamento dos eventos, fizeram o

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correto dada toda a situação que estamos passando. O Jiu-Jitsu é saúde, não a proliferação de uma doença. Foi uma decisão que atrapalhou os atletas, claro, mas uma decisão acertada. Em relação à comunidade da arte suave, vê ela no caminho certo nesse momento? Minha visão sobre essa mobilização contra o coronavírus é de que as pessoas ainda não entenderam que a briga não é contra pegar o vírus, e sim contra conter o avanço dele. No Jiu-Jitsu os grandes líderes fizeram sua parte, tomaram atitudes e estão dando o exemplo. Deixe uma mensagem para os atletas e praticantes de Jiu-Jitsu. Minha mensagem para eles é que não desanimem. O coronavírus está aí, então se cuidem, lavem bem as mãos, continuem com uma alimentação balanceada. Nós não deixamos de ser atletas profissionais, então temos que nos cuidar. Fazer atividade física em casa, de preferência com a orientação de um preparador. É a hora de separar os homens dos meninos e, mesmo com isso tudo, tirar proveito desse tempo em casa, não chutar o balde bebendo, fumando e etc, porque não está lutando. Não parem de produzir, esse é principal.

FOTO: CAMILA NOBRE

O coronavírus impactou nas atividades da academia? Se sim, de que forma? O coronavírus teve, sim, impactado nas nossas atividades. Eu, o Diogo, o Gustavo e o Gaúcho decidimos fechar todas as unidades da Almeida JJ por enquanto, e estamos avaliando a situação constantemente. Uma coisa sou eu, Caio, ir treinar lesionado e tal, agora um vírus é algo que diz respeito a todo mundo, então temos que ter uma precaução muito maior.


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JOGOS OLÍMPICOS


Por redação

OLIMPÍADAS EM XEQUE ADIADAS Após a confirmação do adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio para 2021 - em razão do avanço do novo coronavírus -, o Comitê Olímpico Internacional (COI) informou, em reunião realizada nesta segunda-feira (30/03), que as Olimpíadas acontecerão entre os dias 23 de julho e 8 de agosto, enquanto as Paralimpíadas de 24 de agosto a 5 de setembro do ano que vem.

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JOGOS OLÍMPICOS

Com a nova data, o COI cumpre a promessa de reagendar o evento até o fim do verão do próximo ano no Japão. Em um comunicado, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, anunciou a decisão. Dirigentes de federações e comitês nacionais, entre eles o Brasil, também foram decisivos na resolução da remarcação dos eventos. “Quero agradecer às Federações Internacionais pelo apoio unânime e às Associações Continentais dos Comitês Olímpi-

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cos Nacionais pela grande parceria e pelo apoio no processo de consulta nos últimos dias. Também gostaria de agradecer à Comissão de Atletas do COI, com quem mantemos contato constante. Com este anúncio, estou confiante de que, trabalhando em conjunto com o Comitê Organizador de Tóquio 2020, o Governo Metropolitano de Tóquio, o Governo Japonês e todas as nossas partes interessadas, podemos superar esse desafio sem precedentes. Atualmente, a humanidade se en-

contra em um túnel escuro. Estes Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 podem ser uma luz no fim deste túnel”, comentou Thomas Bach em parte do comunicado. A corrida contra o tempo agora é para renegociar os contratos com as sedes esportivas, além de rever todo o orçamento dos Jogos. O COI também precisará solucionar a questão da devolução dos ingressos para quem não quiser/ puder mais assistir ao evento e estipular uma nova data para a revenda dos tickets.

JUDÔ: PEDRO RAMOS/REDEDOESPORTE.GOV.BR; FOTO BOX COB: ANA PATRÍCIA/EXEMPLUS/COB

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ESCRITO ANTES DO ANÚNCIO DO ADIAMENTO Maior evento esportivo do planeta - realizado de 4 em 4 anos -, os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, no Japão, estão programados para começar no dia 24 de julho, com duração até 9 de agosto. Entretanto, o mundo vive, de forma assustadora, a pandemia do coronavírus (Covid-19), que teve início na China, em dezembro de 2019, e se alastrou por todos os continentes matando milhares de pessoas. E apesar das principais ligas esportivas terem suspendido ou cancelado seus eventos, o Comitê Olímpico Internacional segue confiante que as Olimpíadas acontecerão na data prevista. Thomas Bach, presidente do COI, divulgou um comunicado no último dia 17 de março afirmando que todas as medidas de prevenção estão sendo tomados em conjunto com o governo japonês. Até o fechamento desta matéria, na noite de domingo (22/03), o Japão apresentava 1.055 casos confirmados, 35 mortes e 232 pessoas recuperadas, segundo o mapa interativo CSSE. “A saúde e o bem-estar de todos os envolvidos nos preparativos para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 são a nossa principal preocupação. Todas as medidas estão sendo tomadas para salvaguardar a segurança e os interesses dos atletas, treinadores e equipes de apoio. Nós somos uma comunidade olímpica, nos apoiamos nos tempos bons e nos difíceis. Essa solidariedade olímpica nos define como uma comunidade”, disse Bach em um comunicado. Na contramão do COI, uma pesquisa feita por um jornal japonês revelou que 63% da população acredita que adiar os Jogos Olímpicos seria a melhor opção. Inclusive, um dos dois vice-presidentes do Comitê Olímpico do Japão, Kozo Tashima, confirmou que testou positivo para o Covid-19. O primeiro-ministro Shinzo Abe, por sua vez, reforçou o pronunciamento de Thomas Bach de que o foco é realizar o evento na data planejada. “Nós estamos fazendo tudo o que podemos para nos preparar (para as Olimpíadas) e queremos ter um evento completo como prova de que a humanidade pode derrotar o novo coronavírus”, apontou Shinzo.

COI admite adiamento pela primeira vez Pela primeira vez desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Comitê Olímpico Internacional (COI) admitiu a possibilidade de adiar as Olimpíadas – com início previsto para o dia 24 de julho. Através de um comunicado divulgado no domingo, 22 de março, a entidade detalhou seus passos, explicando que nas próximas quatro semanas realizará um planejamento sobre o futuro do evento, mas descartou o cancelamento. “O Comitê Executivo do COI enfatiza que o cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio não resolveria os problemas ou ajudaria ninguém. Desta forma, o cancelamento não está em discussão. Por um lado, há uma significativa evolução (do coronavírus) no Japão. Isso poderia fortalecer a confiança dos japoneses de que o COI, com algumas restrições de segurança, poderia organizar os Jogos. Por outro, há um dramático aumento nos casos de Covid-19 em diferentes países e continentes”, apontou a entidade.

COB se posiciona Em meio a indefinição da realização dos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio, no Japão, por conta do novo coronavírus, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) se posicionou no último dia 21 de março e, através de uma nota oficial, defendeu o adiamento das Olimpíadas para 2021. O evento aconteceria em um período equivalente ao originalmente marcado, entre o fim de julho e a primeira quinzena de agosto. “Como judoca e ex-técnico da modalidade, aprendi que o sonho de todo atleta é disputar os Jogos Olímpicos em suas melhores condições. Está claro que, neste momento, manter os Jogos para este ano impedirá que este sonho seja realizado em sua plenitude”, afirmou o presidente do COB, Paulo Wanderley, que completou. “O COI já passou por problemas imensos anteriormente, como nos episódios que culminaram no cancelamento dos Jogos de 1916, 1940 e 1944, por conta das Guerras Mundiais, e nos boicotes de Moscou 1980 e Los Angeles 1984. A entidade soube ultrapassar estes obstáculos, e vemos a Chama Olímpica mais forte do que nunca. Tenho certeza de que o Thomas Bach, atleta medalha de ouro em Montreal 1976, está plenamente preparado para nos liderar neste momento de dificuldade”.

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JOGOS OLÍMPICOS

ESCRITO ANTES DO ANÚNCIO DO ADIAMENTO

Como ficam os pré-olímpicos? presidente do COI informou que é preciso que cada federação redefina a distribuição de vagas em um período de pouco mais de 100 dias. Em meio as indefinições, a TATAME preparou um levantamento de como está a situação das artes marciais nos Jogos Olímpicos. Confira:

Boxe: a modalidade terá 286 atletas nos Jogos. O pré-olímpico das Américas, que seria disputado entre 26 de março e 3 de abril, em Buenos Aires (ARG), foi suspenso. O pré-olímpico mundial, em maio, está sob risco. Brasil ainda não tem nenhum atleta classificado. Esgrima: com 212 vagas para a competição em Tóquio, a modalidade, que está presente desde a primeira edição da Era Moderna (Atenas-1896), tem o ranking olímpico aberto e diversos eventos qualificatórios foram cancelados.

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FOTOS ATLETAS: DIVULGAÇÃO/COB

Até o momento, apenas 57% das vagas para as Olimpíadas de Tóquio foram preenchidas. Como muitos pré-olímpicos estão sendo adiados ou cancelados, pode ser que não tenha tempo hábil para que os torneios classificatórios aconteçam e os atletas somem pontos para os rankings. Também em comunicado, o


ESCRITO ANTES DO ANÚNCIO DO ADIAMENTO

Taekwondo: ao todo serão 128 atletas em Tóquio-2020 e a fase classificatória do ranking mundial chegou ao fim em dezembro passado. O pré-olímpico das Américas aconteceu neste mês de março, com portões fechados por causa do novo coronavírus na Costa Rica. Os brasileiros Edival Marques “Netinho”, Milena Titoneli e Ícaro Miguel estão confirmados nos Jogos Olímpicos. Os préolímpicos asiático e europeu, em abril, foram adiados. Judô: uma das principais potências do Brasil em Olimpíadas, a modalidade terá 352 competidores. O ranking mundial segue aberto, mas os eventos classificatórios estão suspensos pela Federação Internacional de Judô (IJF) até o dia 30 de abril. Apesar de alguns atletas brasileiros estarem com vagas encaminhadas, não há nada oficial confirmado. Caratê: pela primeira vez no programa olímpico, a modalidade será dividida em kumitê (a luta em si) e o kata. As competições válidas pelo ranking qualificatório foram canceladas e o Brasil ainda não tem representantes definidos. Wrestling: a modalidade apresenta, tradicionalmente, duas formas nas Olimpíadas: Estilo Livre e Greco-Romana. O Pan-Americano, no Canadá, foi realizado neste mês de março e o Brasil conquistou três vagas com Eduard Sghomonyan, Laís Nunes e Aline Silva. No entanto, os préolímpicos europeu, africano, asiático e mais três eventos até maio foram adiados pela United World Wrestling (UWW).

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JIU-JITSU Por Yago Rédua

O mundo vive uma das maiores crises sanitárias da sua história por conta do novo coronavírus (Covid-19) e o impacto tem sido enorme dentro do esporte, com diversas competições adiadas ou canceladas. Uma das medidas de segurança - dentre diversas - é a proibição da aglomeração de pessoas e o isolamento, com isso, torneios de Jiu-Jitsu como o Mundial da IBJJF e o Abu Dhabi World Pro, da UAEJJF, também foram afetados. Em um momento de incerteza, a TATAME conversou com dirigentes das duas principais federações da arte suave para projetar o futuro do esporte. Oss!

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FOTO: CAMILA NOBRE

JIU-JITSU EM PAUSA


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JIU-JITSU

De maneira sem precedentes, o coronavírus (Covid-19) vem impactando na economia mundial, na rotina de pessoas ao redor do mundo - com países como Itália e Espanha entrando integralmente em um processo de isolamento - e também nas atividades esportivas. Ligas de Futebol, Basquete, Vôlei, esportes a motor e pré-olímpicos para os Jogos de Tóquio 2020 foram todos adiados, cancelados e suspensos. E o Jiu-Jitsu não ficou de fora desse caos que se alastrou nas últimas semanas. O primeiro grande evento de arte suave afetado com o avanço do coronavírus, classificado

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pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como pandemia - que define o vírus como uma ameaça global -, foi o World Pro da UAEJJF, em Abu Dhabi. A federação dos Emirados Árabes Unidos optou por adiar o torneio que seria realizado entre os dias 11 e 17 de abril. A ideia da organização, segundo relatos à TATAME, é reagendar o World Pro para o mês de novembro. Na sequência, a IBJJF cancelou o Pan-Americano, que estava agendado de 18 a 22 de março, em Irvine, na Califórnia (EUA). As consequências da rápida evolução do coronavírus chegaram até o Mundial de Jiu-Jitsu,

principal competição do calendário esportivo da arte suave e que aconteceria entre os dias 27 e 31 de maio, em Long Beach, na Califórnia (EUA). No último dia 17 de março, a IBJJF anunciou oficialmente o adiamento do Mundial. Outro grande evento cancelado foi o Brasileiro de Jiu-Jitsu, maior campeonato do país que ocorreria no começo de maio, em Barueri, São Paulo. Até o momento, dezenas de Opens da IBJJF/CBJJ foram cancelados/suspensos, assim como torneios de superlutas e de diversas outras organizações, entre elas a AJP. A tendência é que todas revisem seu calendário anual.

FOTOS: DIVULGAÇÃO IBJJF

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Comunicado da IBJJF “Infelizmente, devido à atual pandemia do Covid-19, não poderemos realizar o Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu durante as datas programadas. Continuamos a monitorar a situação em desenvolvimento e reagendaremos o torneio para uma data posterior, uma vez que tenha sido determinado que é seguro retornar às atividades normais. A temporada de classificação e os requisitos de pontos para a divisão adulto faixa-preta serão reavaliados e ajustados de acordo quando for possível abrir o registro para a data remarcada. Publicaremos mais informações na página do evento assim que tivermos atualizações sobre o caso”.

E quem pagou o Pan? Quanto ao ressarcimento dos atletas que se inscreveram no Pan-Americano, Filipe Faria - dirigente da IBJJF/CBJJ - garantiu que, um a um, todos estão recebendo o dinheiro de volta. Além disso, ele contou que a organização estuda uma

data para realizar o campeonato ainda em 2020, mas nada certo por enquanto. “Todas as inscrições estão sendo ressarcidas automaticamente, mas como esse processo precisa ser feito de um a um, ainda vamos levar alguns dias para

terminar todos os cancelamentos. As coisas se normalizando, sim, temos em mente de fazer o evento em uma data futura em 2020, mas no momento não dá para prever quando teremos condições de remarcar o Pan sem riscos”, concluiu.

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JIU-JITSU

O circuito mundial de Grand Slam da AJP Tour chegou ao fim no começo de março, em Londres, Inglaterra, e foi o primeiro grande evento de Jiu-Jitsu impactado pelo coronavírus. Por recomendação, a competição acabou disputada sem a presença de torcedores e com todos os atletas limitados a ter apenas um acompanhante. O encerramento do calendário 2019/2020 seria justamente no Abu Dhabi World Pro, cancelado até segunda ordem, e em entrevista à TATAME, Rodrigo Valerio, executivo da federação árabe, comentou a situação e uma possível nova data. “No momento, ainda não há data confirmada para a realização do World Pro 2020. A AJP e a UAEJJF estão atenta-

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mente monitorado em conjunto dada a situação em constante mudança em todo o mundo do coronavírus. Ainda não houve muita discussão sobre uma nova data, porque não há muito o que possamos fazer. Está nas mãos das pessoas que são especialistas e devemos anunciar novas datas para o evento assim que for possível. As duas entidades seguirão as determinações dos órgãos de saúde pública locais, mas existe grande possibilidade de se encaixar o World Pro para a segunda ou terceira semana de novembro de 2020”, destacou. Dona do circuito mais rentável do cenário atual, que garante boas premiações em dinheiro aos lutadores, Valerio afirmou que a AJP vai congelar

seu ranking e projetou alterações para o início da temporada 2020/2021: “A próxima temporada está marcada para começar na primeira semana de maio. Até lá, a AJP vai monitorar a situação e seguir as determinações das autoridades de saúde pública dos locais onde existem competições agenciadas. Tudo o que pode ser feito no momento é seguir as diretrizes das pessoas que realmente entendem do assunto”, disse o executivo, que completou. “Estamos focados em como o coronavírus está afetando membros da AJP e faremos algumas atualizações importantes em nosso regulamento para dar estabilidade e ainda mais confiabilidade aos futuros eventos e

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Circuito mundial da AJP


ranqueamento dos atletas. Especificamente para esse ano, pausaremos o ranking 2019/2020. Para evitar qualquer incerteza por parte dos atletas sobre a situação do ranking atual e como

eles ficariam posicionados, faremos um congelamento da pontuação. Todos estarão resguardados e salvos com suas posições atuais. Os convites para o World Pro 2020 também seguirão os

pontos do ranking da temporada 2019/2020 até o momento em que foi interrompida. Após o World Pro, teremos a premiação dos melhores da temporada como já se tornou tradição”.

Federações brasileiras são as que mais vão sofrer por conta do novo coronavírus

E os outros eventos? Além de IBJJF/CBJJ e AJP/UAEJJF, outras federações, como a SJJIF - que atua internacionalmente -, também foram impactadas. É o caso das organizações regionais, como FJJD-Rio, FPJJ e SJJSAF, que adiaram os seus

próximos eventos. Os torneios de luta casada pelo mundo, que acontecem de forma regular, vivem situação semelhante. O Fight 2 Win, por exemplo, teve suas próximas edições suspensas. Já o BJJ Stars, que está

programado para o dia 25 de abril, em São Paulo, ainda segue de pé. Fepa Lopes, presidente do evento, informou à TATAME que a companhia vai seguir observando os desdobramentos antes de tomar alguma atitude.

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MMA

FOTO: PIXABAY.COM

Por Mateus Machado

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O IMPACTO NO MMA A grande tensão vivida em diversos países do mundo por conta do novo coronavírus - classificado como pandemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde) - vem trazendo consequências e reflexos em diversos esportes, e no MMA não é diferente. Última grande organização a resistir, o Ultimate anunciou recentemente o cancelamento dos seus três próximos cards, e a lista já tem eventos suspensos do Bellator, ONE Championship, BRAVE CF e muito mais...

MARÇO 2020


MMA

O primeiro “susto” veio no último dia 14 de março, data do UFC Brasília - quase adiado de última hora. Isso porque, dois dias antes, o governo do Distrito Federal emitiu um decreto onde limitou-se a realização de eventos para um grupo de, no máximo, 100 pessoas. Com isso, o “media day” dos lutadores com a imprensa, na quinta-feira (12), foi cancelado, assim como a pesagem cerimonial, na sexta-feira (13). A edição em si até aconteceu, mas com portões fechados, sem a presença de torcedores, em um fato inédito na história do Ultimate.

Comparado a outros eventos de MMA, o UFC até demorou a tomar uma atitude mais contundente como forma de combate à propagação do coronavírus, mas enfim medidas foram anunciadas. A organização confirmou que seus próximos três cards (que seriam realizados em 21 de março, Londres; 28 de março, Ohio; e 11 de abril, Oregon) foram “adiados por tempo indeterminado”. A notícia foi confirmada inicialmente pelo funcionário da franquia, Michael Carroll. Além de adiar as edições, o UFC fechou seus escritórios exe-

cutivos em Las Vegas (EUA) e também em São Paulo. Com os adiamentos, consequentemente, foram canceladas as lutas dos brasileiros Geraldo de Freitas, Raoni Barcelos, Davi Ramos, Markos Maluko, Vicente Luque, Rodrigo Zé Colmeia, Alex Leko e Karol Rosa. Apesar do momento de tensão, a companhia espera que seja possível realizar o UFC 249, marcado para o dia 18 de abril, que terá em sua luta principal a aguardada disputa de cinturão na categoria peso leve entre o campeão Khabib Nurmagomedov e o desafiante Tony Ferguson.

UFC Brasília foi o último evento realizado pela organização em 2020 e aconteceu com os portões fechados

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FOTOS: REPRODUÇÃO

especial novo coronavírus


Charles do Bronx se tornou recordista por vitórias por finalização na história do UFC com 14 triunfos

Como foi o UFC Brasília Certamente, a vitória importante de Charles do Bronx - a sétima seguida dentro do Ultimate – tornaria o Ginásio Nilson Nelson, no Distrito Federal, um verdadeiro caldeirão na noite deste sábado (14/03). Mas por conta do avanço do novo coronavírus (Covid-19), o UFC Brasília não teve a presença do público como uma medida de prevenção. Mesmo assim, a torcida brasileira espalhada por todo país assistiu à finalização do faixa-preta de Jiu-Jitsu sobre Kevin Lee na luta principal. De quebra, o peso-leve ainda ampliou o recorde de vitórias por finalização dentro da organização: 14. No co-main event, Gilbert Durinho venceu o experiente Demain Maia por nocaute técnico no primeiro round e agora é o sexto colocado no ranking meio-médio. (saiba mais em www.tatame.com.br)

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especial novo coronavírus

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Patrício Pitbull (na foto à direita) faria a luta principal do Bellator 241 mas o evento foi cancelado

Outros eventos anunciam medidas Assim como o UFC, outras organizações de MMA tiveram que anunciar medidas relacionadas ao combate do coronavírus. O Bellator, por exemplo, realizaria sua edição 241 no último dia 13 de março. A princípio, o evento em Uncasville (EUA) aconteceria sem a presença do público, no entanto, horas antes do início dos combates, o presidente da franquia, Scott Coker, utilizou suas redes sociais para confirmar o cancelamento do show - que teria a disputa de cinturão peso-pena entre o campeão Patrício Pitbull e Pedro Carvalho como atração principal. O Bellator 242, agendado para o dia 9 de maio, na Califórnia (EUA), ainda está mantido.

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Organização em constante crescimento na Ásia, o ONE Championship realizará todas as suas próximas edições de portas fechadas, sem espectadores. Os eventos começarão em Cingapura, com uma programação inicial de 17 de abril, 24 de abril, 1º de maio e 8 de maio. Os cards e seus respectivos duelos serão anunciados em breve. O anúncio foi feito por Chatri Sityodtong, CEO da franquia asiática. A última edição do ONE, no dia 28 de fevereiro, já havia sido realizada sem a presença do público. Com grande sucesso na Europa, o KSW precisou adiar sua 53ª edição, que seria realizada

no dia 21 de março, em Lodz, na Polônia. De início, houve discussão sobre a realização do evento com portas fechadas para não facilitar a disseminação do coronavírus, mas logo depois, foi determinado que o evento não iria adiante. O show teria o duelo entre o campeão meio-médio Roberto Soldic diante do desafiante Marius Zaromskis. O BRAVE Combat Federation foi mais uma franquia a anunciar - por meio de uma nota oficial - o adiamento dos seus próximos três eventos em razão


do coronavírus. A edição mais emblemática seria a de número 35, programada para Balneário Camboriú (SC), dia 28 de março, com a disputa de cinturão peso-leve entre o campeão Cleiton Predador e Luan “Miau” Santiago no duelo principal. O ACA MMA, evento russo, também divulgou que seus próximos três eventos foram adiados

para datas futuras. O ACA 106, em São Petersburgo, que aconteceria no dia 27 de março, foi remarcado para 27 de agosto; o ACA 107, que seria em Moscou, no dia 3 de abril, agora ocorrerá em 24 de julho; enquanto o ACA 108, em Varsóvia, que estava agendado anteriormente para o dia 24 de abril, ainda terá sua nova data anunciada.

Organizações brasileiras confirmam mudanças No Brasil, os casos de coronavírus seguem aumentando diariamente e, com isso, algumas organizações já se pronunciaram a respeito dos seus respectivos eventos. O SFT, por exemplo, realizaria sua 22ª edição no dia 28 de março, no Rio de Janeiro, mas com a pandemia do Covid-19, remarcou o card para o dia 25 de julho. O Thunder Fight cancelou sua 23ª edição, que iria acontecer no dia 21 de março, em São Bernardo do Campo (SP). Com

isso, também foi cancelada a etapa do Circuito Paulista de MMA Amador, que ocorreria no mesmo dia e local. Eventos de destaque no MMA nacional, Jungle Fight e Shooto Brasil demoraram um pouco mais, mas também adiaram suas próximas edições. Presidente do Jungle, Wallid Ismail emitiu o seguinte comunicado: “É uma questão de responsabilidade social. Inicialmente estávamos planejando fazer o

“A saúde e a segurança de todos os envolvidos têm e continuarão sendo nossa principal prioridade à medida que avançamos. Depois de monitorar cuidadosamente o curso do Covid-19, o Bellator MMA decidiu adiar o Bellator 241” Scott Coker

evento sem público e realizar exames em todos os envolvidos com o evento. Mas como estava vindo muita gente de fora do estado, não teria como fazer os exames e ter um resultado antes da realização do evento, já que demora cerca de 48h para ter o laudo. Então, com o objetivo de conter esse avanço do coronavírus, decidimos adiar a edição 103. A princípio será remarcada para o último final de semana de abril ou maio, dependendo do desenrolar da crise. Desejo saúde e muita força a todas as pessoas para enfrentarmos esse momento muito difícil. Temos certeza que, com cada um fazendo a sua parte, vamos vencer essa guerra”.

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