Edição 2 de maio 2

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DESPORTO

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FUTEBOL FEMININO

OPINIÃO

Texto Micaela Costa

VISEU 2001 DÁ MAIS UM PASSO RUMO À SUBIDA

JOÃO LUÍS ESTEVES Professor ESEV

FUTEBOL DE FORMAÇÃO 3. OS TREINADORES

VITÓRIA DAS VISEENSES FRENTE AO ATLÉTICO DA PONTINHA NO ARRANQUE DA FASE DE SUBIDA DO CAMPEONATO NACIONAL DE PROMOÇÃO EM FUTEBOL FEMININO

A

equipa do Viseu 2001 já começou o mini-campeonato, a quatro, que vai ditar quais as duas equipas que na próxima época jogam na I Divisão Nacional feminina. A estreia não podia ter corrido melhor. As viseenses arrancaram com uma vitória por 2-0 em casa do Atlético da Pontinha. Esta é uma fase onde a for-

mação orientada por Francisca Martins encontra as restantes três equipas vencedoras das várias séries da competição e onde não há “peras doces”. Depois de terem vencido todos os jogos da primeira fase de promoção, os três pontos são a palavra de ordem para que, no final destas seis jornadas, as viseenses possam ga-

rantir um dos dois lugares que dão acesso ao principal campeonato de futebol feminino. Na próxima jornada, domingo, o Viseu 2001 recebe a Fundação Laura Santos, uma das principais candidatas à subida de divisão. Uma vitória deixa as viseenses cada vez mais perto do sonho.

JIU-JITSU

ATLETAS VISEENSES CAMPEÕES NACIONAIS Quatro atletas de Viseu participaram no passado fim-de-semana (dia 26 de abril) no 4º campeonato Nacional de Jiu-Jitsu Brasileiro. Três deles sagraram-se campeões nacionais nas respetivas categorias. Os atletas pertencem à Academia GN Team Viseu, e esta não é a primeira vez que conquistam o pódio. Ricardo Pinto (juvenis) e Alexandra Pinto (seniores) sagraram-se bicampeões ao revalidarem o título nacional na categoria pena.

Mas os irmãos Pinto, ambos faixa azul, não foram os únicos a trazerem a distinção para Viseu. Também Gabriel Nobre (Master 1), faixa negra, se destacou na prova que decorreu em Lisboa e conquistou o título de campeão nacional categoria pena. Tiago Santos (Adulto) foi o quarto atleta da GN Team Viseu a marcar presença no campeonato Nacional, equipa da responsabilidade do professor faixa negra Gabriel Nóbrega.

FUTEBOL – II LIGA

FUTEBOL – NACIONAL DE SENIORES

FIM-DE-SEMANA DE PENÚLTIMA JORNADA

CINFÃES LIDERA FASE DE MANUTENÇÃO

Académico de Viseu e Tondela disputam este este fim-de-semana a penúltima jornada da II Liga de Futebol. A dois jogos do final do campeonato a equipa viseense cumpre apenas calendário uma vez que a manutenção está garantida e o Tondela, ainda que só com um milagre pois depende de terceiros (tem que ganhar os dois jogos e esperar que Aves, Chaves e Portimonense percam ou empatem as respectivas partidas), pode ainda sonhar com o play-off de subida. Na jornada anterior ambas

No Campeonato Nacional de seniores, fase de manutenção série D, o Cinfães é líder e afasta-se cada vez mais dos lugares de despromoção. Com o empate do passado fim-de-semana, frente ao Lusitânia de Lourosa, os cinfanenses somaram mais um ponto e mantêm o primeiro lugar com 32 pontos, mais três que o segundo, Anadia. O Lusitano (que também empatou a uma bola com o Bustelo), apesar de também estar em posição favorável (4º com 25 pontos), não está

as equipas perderam pontos fora de portas. O Académico saiu derrotado de Portimão, ao perder por 4-0 frente ao Portimonense e o Tondela, por 1-0, em casa do Leixões. Domingo, em jogos a contar para a 41ª jornada o Académico de Viseu recebe o Santa Clara e o Tondela o Desportivo das Aves. Os academistas dividem, para já, a 10ª posição com o Farense (ambos com 54 pontos) e o Tondela está na 9ª com 59 pontos, a seis do “terceiro” (excluindo as equipas B), Desportivo das Aves.

tão confortável. Isto porque está a apenas um ponto acima do sexto lugar (posição que dá acesso ao playout de despromoção, ocupado pelo Estarreja) e com dois pontos de vantagem dos lugares de descida direta (ocupados pelo Grijó e Bustelo). Este domingo, em jogos a contar para a 12ª jornada, antepenúltima do campeonato, o Lusitano recebe a Lusitânia de Lourosa (3º com 28 pontos), enquanto o Cinfães joga em Espinho (5º classificado com 24 pontos).

Continuo esta incursão no Futebol de Formação com algumas considerações acerca daqueles a quem cabe a responsabilidade de operacionalizar a formação desportiva das nossas crianças, os seus treinadores. Muitos deles, jovens ainda e com ambições legítimas de um dia virem a ser treinadores em níveis competitivos mais elevados, por vezes esquecem (alguns não sabem mesmo que deve ser assim) que em etapas iniciais da formação desportiva é fundamental aquilo que se designa por Preparação Geral (PG), baseada no desenvolvimento não específico das diferentes capacidades motoras e da aquisição de skills motores diversificados. Vêm de escolas de formação superior em Desporto, por vezes demasiadamente catequizados em metodologias de treino mais adequadas a níveis superiores de rendimento (que estudaram até à exaustão), e esquecem esta premissa básica para quem lida com atletas de tenra idade. Trabalham os miúdos com base em “periodizações táticas” quase fundamentalistas onde não cabem, por exemplo, exercícios de coordenação, de velocidade, de força ou de flexibilidade, em contexto mais analítico. Sabemos que a especificidade leva a resultados mais rápidos. Há, também, a ideia de que deve ser a Escola, através da Educação Física, a promover essa PG, mas a realidade mostra que não é assim e convém não o esquecer. As ambições pessoais são, como disse, legítimas, mas é bom ter bem presente aquilo de que as crianças efetivamente precisam. A propósito, e sem querer fazer qualquer juízo de valor, é para mim surpreendente que os treinadores sejam cada vez mais jovens. Alguns muito jovens mesmo, que trocam a sua própria prática desportiva pelo treino de crianças. É estranho, quando se sabe que muito do que se aprende na prática dificilmente é aprendido através dos livros. 2 MAI


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