RE(E)XISTIR: REQUALIFICAÇÃO PATRIMONIAL E MIDIATECA

RE(E)XISTIR REQUALIFICAÇÃO PATRIMONIAL E MIDIATECA

TCC II DISCENTE: TALITA MAGNO

RE(E)XISTIR REQUALIFICAÇÃO PATRIMONIAL E MIDIATECA

TCC II DISCENTE: TALITA MAGNO

DECLARAÇÃO E AUTORIZAÇÃO Talita Cristina Magno da Paixão _________________________________________________________,

Eu, portador

(a)

emitida

pelo

da

Carteira

de

Identidade

nº

__________________________, 5205220

Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás SSP-GO _________________________________________________________,

inscrito (a) no CPF sob nº_______________________, residente e domiciliado(a) na 028.802.061-89 rua_________________________________________________, setor _____________, na Marechal Deodoro da Fonseca Campinas cidade de ___________________________, estado de __________________, telefone fixo Goiás Goiânia

(____)_______________ -

e

telefone

62 (____)________________ 982741416

celular

e-

mail:______________________________________, declaro, para os devidos fins e sob talitacristinamagno@gmail.com pena

da

lei,

que

o

Trabalho

de

Conclusão

de

Curso:

_________________________________________________________________________ Re(e)xistir: Requalificação Patrimonial e Midiateca é uma produção de minha exclusiva autoria e que assumo, portanto, total responsabilidade por seu conteúdo.

Declaro que tenho conhecimento da legislação de Direito Autoral, bem como da obrigatoriedade da autenticidade desta produção científica. Autorizo sua divulgação e publicação, sujeitando-me ao ônus advindo de inverdades ou plágio e uso inadequado de trabalhos de outros autores. Nestes termos, declaro-me ciente que responderei administrativa, civil e penalmente nos termos da Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

Pelo presente instrumento autorizo o Centro Universitário de Goiás, UniANHANGUERA a disponibilizar o texto integral deste trabalho tanto na biblioteca, quanto em publicações impressas, eletrônicas/digitais e pela internet. Declaro ainda, que a presente produção é de minha autoria, responsabilizo-me, portanto, pela originalidade e pela revisão do texto, concedendo ao Uni-ANHANGUERA plenos direitos para escolha do editor, meios de publicação, meios de reprodução, meios de divulgação, tiragem, formato, enfim, tudo o que for necessário para que a publicação seja efetivada.

Goiânia _____ de 2019 14 de __________________________ Junho _______________________________________ (Nome e assinatura do aluno/autor)

R(e)existir: Requalificação Patrimonial e Midiateca

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Uni Anhanguera, como parte das exigências para obtenção de título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador(a): Prof. Dsc Lúcia Gomes Ribeiro

Goiânia-GO 2018

Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida.

Se for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade.

― Cora Coralina

O presente trabalho parte pela busca na compreensão do descaso patrimonial no município de Goiânia. Levando isso em consideração o trabalho se desenvolve em um processo de requalificação patrimonial de uma biblioteca tombada, porém, não apenas focando na biblioteca mas também propõe uma alternativa de conexão com um novo edifício, uma midiateca.

Leva-se em consideração o peso histórico do local da implantação, o perfil de usuário que frequenta a atual biblioteca, e todos os elementos importantes para que as duas edificações se tornem uma só.

Dentre as possíveis soluções para incorporar essa tipologia atual, está uma conexão interna, para livre acesso entre o histórico e o contemporâneo.

RESUMO

Palavras-chave: Arquitetura, Patrimônio, Midiateca, Biblioteca, Setor Campinas.

APRESENTAÇÃO DO TEMA 08 ABORDAGEM TEMÁTICA 10 REFERENCIAL TEÓRICO 12 REFERENCIAS PROJETUAIS 28 ASPECTOS RELATIVOS A ÁREA DE INTERVENÇÃO 39 ASPECTOS RELATIVOS A PROPOSTA 54 CONCLUSÃO 78 REFERÊNCIAS 79

SUMÁRIO

1 2 3 4 5 6 7 8

Figura 1 - Fachada da Biblioteca Cora Coralina, antigo Palace Hotel.

Figura 2 - Edifício Sede do Porto de Antuérpia Figura 3 - Linha do Tempo: bibliotecas Figura 4 - Ilustração da Biblioteca de

Figura 31: Estudo Volumétrico Figura 32: Programa de Necessidades Figura 33: Partido de Projeto Figura 34: Circulação Figura 35: Antes e Depois Figura 36: Localização Royal Ontario Museum

Alexandria internamente.

Figura 5 - Biblioteca Acorrentada da Catedral Hereford Figura 6 - Sala Scriptorium Figura 7 -Biblioteca de Bodleian, em Oxford.

Figura 8 - Espaço interno da Midiateca de Sendai Figura 9 -

Ruínas da Biblioteca de

Alexandria Figura 10 - Biblioteca Pública da Bahia na

FIGURAS

década de 70.

Figura 11 - Plantas do Pavimento Térreo e Superior, antes e depois.

Figura 12 - Pavimento Superior da Biblioteca

Cora Coralina.

Figura 13 - Pavimento Superior, vista para o

acervo.

Figura 14 - Sacada do Palace Hotel com a

placa da obra da reforma, 1999.

Figura 15 - A estrutura metálica e a alvenaria

estrutural do edifício.

Figura 16- Placa da Reforma Figura 17 - Volumetria da Biblioteca Cora

Coralina Figura 18 - Evolução da Biblioteca Figura 19 - Área interna, Midiateca de Sendai Figura 20- Dados sobre oque as pessoas fazem no tempo livre.

Figura 21- Dados motivos para não ir a bibliotecas Figura 22 - Situação do Patrimônio histórico do setor Campinas.

Figura 23 - Skyline Seattle Figura 24 - Skyline Toronto Figura 25 - Skyline Alexandria Figura 26 - Skyline Rio de Janeiro Figura 27- Localização Biblioteca de Seattle Figura 28- Ambientes internos da Biblioteca de Seattle Figura 29: Estrutura da Biblioteca de Seattle Figura 30: Estudo de Insolação

Figura 37: Galeria de Arte Figura 38 : Ambiente interno Antigo x Novo Figura 39: Contraste volumétrico Figura 40: Dinâmica dos ambientes Figura 41: Setorização Figura 42: Localização Biblioteca de Alexandria Figura 43: Fachada Biblioteca de Alexandria Figura 44: Setorização Biblioteca de Alexandria Figura 45: Acesso do Museu Ontario Figura 46: Elementos estruturais Figura 47: Localização - Midiateca da PUC Rio Figura 48: Perspectiva Midiateca PUC Rio Figura49: Setorização Biblioteca de Alexandria Figura 50: Circulação Interna Figura 51: Sistema Estrutural Figura 52: Integração -Biblioteca Seattle Figura 53: Integração - Museu Ontario Figura 54: Mapa de tendências nacionais com impacto sobre Goiás Figura 55: Mapa de tendências de Goiás Figura 56: Acesso ao Centro - Transporte Público Figura 57: Maquete Eletrônica da quadra de intervenção Figura 58: Mapas de Localização Figura 59: Tipos de Usuários Figura 60: Volumes Figura 61: Mapa Conceitual Figura 62: Simbologias de Tecnologia Figura 63: Simbologias de Tecnologia Figura 64: Placas de Circuito Figura 65: Esquema vetorial do partido.

Figura 66: Esquema de Fachada Figura 67: Esquema de Planta Figura 68: Esquema de Forma Figura 69: Esquema de Implantação Figura 70: Lote de Intervenção

Tabela 01 - Comparativo entre Biblioteca e Midiateca

Tabela 02 - Legislação Tabela 03 - Legislação

Mapa 1: Mapa de escala País/Estado/Cidade/Bairro Mapa 2: Setor Campinas com destaque na quadra de intervenção Mapa 3: Mapa de bairros do entorno ao Setor Campinas Mapa 4 : Pontos de Interesse e Marcos do Entorno Mapa 5: Sistema Viário Mapa 6: Redes de Infraestrutura Mapa 7: Gabarito das edificações Mapa 8: Uso das edificações Mapa 9: Densidade Mapa 10: Aspectos Físicos Naturais Mapa 11: Mapa de massas vegetais Mapa 12: Insolação as 08:00 AM Mapa 13: Insolação as 13:00 PM Mapa 14: Insolação as 17:00 PM

FIGURAS

TABELAS

Figura 94: Composição Volumétrica Figura 95: Implantação Figura 96: Topografia Figura 97: Planta do 2º Pavimento Figura 98: Planta da Cafeteria Figura 99: Corte AA Figura 100: Corte BB Figura 101: Fachada Frontal - Vista da Rua Geraldo Ney Figura 102: Fachada Direita - Vista da Av 24 de Outubro Figura 103: Fachada Esquerda Figura 104: Perspectiva 01 Figura 105: Perspectiva 02 Figura 106: Perspectiva 03 Figura 107: Perspectiva 04 Figura 108: Perspectiva 05 Figura 109: Perspectiva 06 Figura 110: Perspectiva 07 Figura 111: Perspectiva 08 Figura 112: Perspectiva 09 Figura 113: Perspectiva 10 Figura 114: Perspectiva 11 Figura 115: Perspectiva 12

41 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 50 50 50

MAPAS

Figura 71: Esquema de Fluxos na Implantação Figura 72: Esquema de Acessos na Implantação Figura 73: Esquema Formal Figura 74: Esquema Formal Figura 75: Setorização Térreo Figura 76: 2º Pavimento Figura 77: 3º Pavimento Figura 78: 4º Pavimento Figura 79:Elementos Estruturais - Midiateca Figura 80: Sistema Estrutural - Midiateca Figura 81: Sistema Estrutural - Biblioteca Figura 82: Maquete Volumétrica Figura 83: Isométrica Figura 84: Fundo da Edificação Figura 85: Lateral Direita Figura 86: Pilotis Figura 87: Implantação + Térreo Figura 88: Segundo Pavimento- IMAGEM Figura 89: Terceiro Pavimento - VÍDEO Figura 90: Quarto Pavimento - SOM Figura 91: Corte Esquemático - Lateral Direita Figura 92: Corte Esquemático - Frontal Figura 93: Esquema - Vista Frontal

1. APRESENTAÇÃO DO TEMA

E

sse trabalho visa apresentar uma proposta de criação de um anexo na Biblioteca

Municipal Cora Coralina (Figura 1), localizada no município de Goiânia – GO. A

intervenção tem como objetivo enfatizar e valorizar um edifício que é reconhecido

como patrimônio pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e acrescentar um uso como midiateca para o anexo. Essa edificação histórica foi um hotel importante do núcleo pioneiro do Setor Campinas, chamado ''Palace Hotel'', marcante para região e palco de discursos políticos para grandes nomes como Juscelino Kubitschek, João Goulart. Em 1999, o edifício foi reformado e seu uso foi alterado para o atual, como biblioteca.

A sacada do Palace Hotel de Campinas era utilizada para discursos políticos e sermões de padres, conforme entrevista com o escritor Horiestes Gomes em: “Da sacada do prédio, falaram aos campineiros Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Ademar de Barros, João Goulart, Alfredo Nasser, Pedro Ludovico e vários outros nomes ilustres”. (ROCHA, 2013, p. 58)

Figura 1 - Fachada da Biblioteca Cora Coralina, antigo Palace Hotel.

Fonte: Talita Magno, 2018.

Analisando a história do local, e todo o processo de construção, restauro e adaptação, essa nova proposta de implantação visa manter o uso atual da biblioteca, e acrescentar um uso diferente no anexo, incorporando aos ambientes aspectos relacionados a cultura, lazer, leitura.

Partindo de que o tipo de mídias de pesquisa também evoluiu, pretende-se a incorporação de novos tipos de mídias, para agregar como novas fontes de pesquisa. Além disso, valorizar essa nova inclusão, abrangendo o público geral. Destacando novamente um edifício histórico tão marcante culturalmente, sem perda de identidade.

8

S

egundo Marinho et al (2013) midiateca é um termo que vem sendo intensamente utilizado, e em alguns lugares como a França e na República de Angola. Esse termo está se tornando usual, já que algumas bibliotecas públicas mudaram de

nome e agora são chamadas de midiatecas.

Já é possível identificar o uso do termo no Brasil, como por exemplo em instituições que estão adotando o termo, a midiateca da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro- PUC-RJ é um exemplo. Esse novo termo, ganhou força principalmente na França. Foi através de um movimento que pretendiam uma modificação das bibliotecas francesas da época. Nesse caso, buscavam um novo conceito de biblioteca moderna, e a primeira mudança foi a princípio nominal.

9

2.ABORDAGEM TEMÁTICA 2.1 JUSTIFICATIVA

A

escolha do tema foi concretizada após análises e reflexões a respeito do impacto de uma edificação sobre a cultura. Compreende-se que é uma influência positiva na educação, unindo a ideia de ambientes de estudos que acompanhem a nova era

digital, sem segregar nenhum tipo de público. É evidente que os meios digitais se encontrem cada vez mais presentes no cotidiano.

Ainda assim alguns tipos de perfis de usuários não possuem acessos a todos os tipos de mídias. Foi pensando em diversos usuários que a ideia de midiateca surgiu, para promover a inclusão. Levando em consideração que o acesso é público, sem restrições e com objetivos em comum, a busca pela informação.

Há também a questão do resgaste histórico de um edifício patrimonial. Mesmo após a evolução tecnológica e seus acessos a informações, mantém seu uso de uma forma clássica e fiel ao papel de uma biblioteca. Nesse caso, não representa apenas a parte educativa, mas também a cultura da região de sua localização. Assim como a foto abaixo, um exemplo da importância de preservação do Edifício Sede da Antuérpia, projetado pela Zaha Hadid.

Por isso é importante frisar que essa proposta não visa descaracterizar o uso e nem a história do local, busca-se unificar o cultural, histórico, e a memória com a inclusão, universalidade, evolução midiática, resulta em uma midiateca pública que incentiva a cultura. Busca-se, meios que atendam a todos, de forma agradável, confortável e atrativa, cumprindo com sua função social.

Figura 2 - Edifício Sede do Porto de Antuérpia

Fonte: Blog - Preservação do Patrimônio Edificado (2016)

10

2.2 OBJETIVOS 2.2.1 Objetivo geral

D

esenvolver uma implantação arquitetônica de uma Midiateca pública na cidade de Goiânia, no Setor Campinas, como anexo em uma edificação já existente. É uma edificação tombada como patrimônio pelo IPHAN, a

Biblioteca Cora Coralina. Para que se torne um referencial de inclusão digital, levando em consideração o resgate a memória do local onde será implantada.

2.2.2 Objetivos específicos o Desenvolver uma pesquisa, cuja finalidade é justificar teoricamente a importância do tema escolhido. Levando em consideração as abordagens sobre a influência e importância de uma midiateca para a região e cidade de Goiânia. o Estudar o tema midiateca, para entender origem, necessidades, conceitos. o Buscar e estudar referenciais arquitetônicos, que agregam na proposta escolhida. o Pesquisar e analisar terrenos para a implantação da midiateca. o Unificar o cultural, histórico, e memória da edificação. o Destacar-se pela inclusão, universalidade, evolução midiática. o Enfatizar a importância do patrimônio edificado. o Produzir informações textuais e gráficas para real entendimento da proposta.

11

3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1. BIBLIOTECAS: EVOLUÇÃO E ESPAÇO Segundo Cosme (2004), a arquitetura das bibliotecas foram se adaptando de acordo com o tipo de armazenamento necessário, demanda de usuários, novas funções e usos, etc.

Figura 3 - Linha do Tempo: bibliotecas

01

BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA

02

03

BIBLIOTECAS MONÁSTICAS

BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

280 a.C

Séc II a VI

Primeira biblioteca edificada.

Função como depósito, acessos restritos.

Bibliotecas anexas aos mosteiros e conventos.

O layout da biblioteca mudou adaptando novas funções.

Séc XVII

Bibliotecas com várias funções e uma maior demanda de usuários, adaptações no armazenamento .

04

BIBLIOTECAS CONTEMPORÂNEAS

Séc XXI

Novas funções relacionadas a pesquisa e leitura, e revolução no uso da biblioteca incorporando multimídia

Fonte: Elaborado por Talita Magno (2018), baseado em BATTLES (2003).

Analisando a linha do tempo, cuja foi elabora com base nas teorias de Battles (2003) e Santos (2012), as bibliotecas romanas e gregas seguiam o mesmo padrão da primeira biblioteca, a Biblioteca de Alexandria. Basicamente o layout era o de um depósito para armazenamento dos pergaminhos, os acessos eram restritos a pesquisadores, então a arquitetura era basicamente de armazenamento, conforme ilustração abaixo.

Figura 4 - Ilustração da Biblioteca de Alexandria internamente.

Fonte: Peregrina Cultural (2015)

12

A

pós isso, a função das bibliotecas começou a ser assumida por ordem religiosas, voltada para mosteiros e conventos. Segundo Battles (2003) nesse momento já era possível identificar estantes de variadas formas, para facilitar

o manuseio dos códices. A presença de estantes portáteis com os livros acorrentados incorporadas no espaço, mas também se utilizava estantes embutidas nas paredes. O espaço também era voltado para o armazenamento, porém a biblioteca já servia como função de educar, então era possível utilizar espaços com bancadas para estudo, além de salas para realização de cópias dos manuscritos. Nessa época os volumes eram guardados horizontalmente. Abaixo uma imagem da Biblioteca Acorrentada da Catedral Hereford, como exemplo mais aproximado de espaço.

Figura 5 -Biblioteca Acorrentada da Catedral Hereford

Fonte: Hereford Cathedral Org (2017) Figura 6 - Sala Scriptorium

Na Figura 5, exemplo de um dos espaços onde se eram reproduzidos os manuscritos. Segundo Azevedo (2010) essa sala era denominada scriptorium, e o layout era organizado para melhor aproveitamento da luz natural para a melhoria na reprodução de livros.

Fonte: AZEVEDO (2010).

13

A

s bibliotecas universitárias são as que mais se aproximaram do modelo atual, segundo Nunes e Carvalho (2016), tal organização da biblioteca precisou ser repensada devido a demanda de usuários e a outras plataformas de pesquisas. As

prateleiras alinhadas e organizadas alfabeticamente e de acordo com áreas, salas de consultas, salas de depósitos, cadeiras e mesas enumeradas e alinhadas, além de claro características arquitetônicas da época como por exemplo a quantidade de janelas. Essas edificações já recebiam uma maior preocupação com infraestrutura e conforto para o usuário. Na figura 7, uma imagem da Bodleian Library, localizada em Oxford e que segue esse padrão de biblioteca do século XVI.

Figura 7 - Foto da Biblioteca de Bodleian, em Oxford.

Fonte: Coisas de Terê (2014)

14

N

as bibliotecas contemporâneas, toda a sua arquitetura é prática e tenta aproveitar o máximo de espaço possível para proporcionar conforto, segurança, confiança aos usuários. Com esse novo modelo de bibliotecas sendo implementadas, a

presença de mídias tem um papel importante para dimensionamento de espaços, nesse caso o programa de necessidades de midiatecas é voltado para salas ou espaços abertos setorizados de acordo com o tipo de mídia. Um exemplo é a midiateca de Sendai, na figura 8. Ela utiliza das clássicas estantes para armazenamento de livros, mas também incorpora os outros espaços com áreas de convivência, salas de informática, auditórios, salas de interação audiovisual, etc.

Figura 8 - Espaço interno da Midiateca de Sendai

Fonte: Arquiscópio (2013)

É possível analisar que de forma espacial e arquitetônica as bibliotecas evoluíram e se adaptaram de acordo com sua época. Todas possuem características únicas e a influência das escolas e movimentos arquitetônicos, porém alguns detalhes são possíveis de identificar em todas, como por exemplo a preocupação em preservar conhecimento.

3.1.1 Origem e História Mey (2004) explica que a origem da palavra biblioteca é grega. Formada pelos termos “biblion” e “teca” - geralmente traduzidos como “livro” e “depósito” ou “lugar de guarda”, o termo começou a ser usando no século XX A biblioteca em si é um meio de armazenamento de informações, sejam elas culturais, científicas, históricas, etc. Para Battles (2003) vale destacar que a biblioteca de Alexandria foi um centro cultural mundial, durante muitos séculos, foco de grandes trabalhos e pesquisas importantes culturalmente, contava com um grande acervo além de sua função como biblioteca.

15

Figura 9 - Ruínas da Biblioteca de Alexandria

Fonte: Biblioteca em Foco (2014)

Alexandria foi uma grande capital do Egito helenístico, a metrópole cultural. Na Figura 9, a situação atual das ruínas da biblioteca de Alexandria. Uma das características dessas bibliotecas da antiguidade era a questão de restrição, nem todos tinham acesso ao acervo. Jacob (2000) relata que a Biblioteca de Alexandria funcionava mais como um depósito, para armazenar os escritos e não tinham interesse em divulga-los. Segundo Cosme (2011) a arquitetura das bibliotecas medievais era flexível, estavam sempre em mudanças constantes de forma e função. Por isso a arquitetura das bibliotecas foram seguindo as ordens e movimentos arquitetônicos de sua época, mas principalmente, foram se adaptando conforme usuários, armazenamento, tipo de acervo, etc.

Para entendermos sobre a evolução do conceito de biblioteca pública, é necessário analisar o ultimo manifesto da UNESCO, que se refere a bibliotecas públicas em 1994. Assim percebemos a evolução desde a primeira biblioteca pública, que foi criada no século XIX. Nesse documento a UNESCO defende a importância da biblioteca pública, considerando que cultura e educação andam juntas, e são importantíssimas para paz. A biblioteca é uma grande receptora de conhecimento, e todos os serviços prestados por ela, devem proporcionar a igualdade de acesso, sem distinção de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua ou condição social.

A partir de 1949 a evolução da biblioteca fluiu, devido a publicação da UNESCO, com a sua primeira versão do manifesto, que frisa a real função social da biblioteca. Após questionamentos sobre a igualdade de classes, as bibliotecas foram analisadas, para que tivessem uma função mais social. Dentre isso, novas tecnologias foram incorporadas e adaptadas a democratização do acesso, chegando-se então ao Manifesto de 1994, a sua última versão.

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3.1.2 Origem – No Brasil A primeira biblioteca oficial do Brasil foi a Biblioteca Pública do Estado da Bahia, fundada em 1811. De acordo com Moraes (1979 apud Santos, 2010) a história das bibliotecas é entendida em três diferentes momentos: as bibliotecas dos conventos, depois a fundação da Biblioteca Nacional, e por último a criação da Biblioteca Pública da Bahia, conforme representada na Figura 10.

Figura 10 - Biblioteca Pública da Bahia na década de 70.

Fonte: Biblioteca Digital Luso - Brasileira (2015) O aparecimento de livros, instituições de ensino e, posteriormente, as bibliotecas, só ocorreram a partir de 1549 com a instalação do Governo Geral, em Salvador (Bahia). A partir dessa data começou, de fato, o sistema educacional no Brasil e são, com o estabelecimento dos conventos de diversas ordens religiosas, principalmente da Companhia de Jesus - os Jesuítas - que serão formados os primeiros acervos no país.

(SANTOS, 2010, p. 51)

A história das bibliotecas está correlacionada com o conhecimento humano. Ou seja, essa instituição não é apenas cultural, possui uma grande influência social e educacional sobre seus usuários. As bibliotecas são transmissoras e receptoras de cultura, fontes de conhecimento, que sobrevivem de experiências, memórias e fatos.

3.2 A BIBLIOTECA MUNICIPAL CORA CORALINA A biblioteca municipal Cora Coralina anteriormente era uma edificação hoteleira.

Rocha (2013) explica que o edifício era chamado de Palace Hotel, foi construído em 1938 e inaugurado em 1939. Após reformas, acréscimos e alterações foi em 1999 que efetivamente se tornou biblioteca, em uma área de 319,98 m2.

17

No que se refere a preservação, a parte interna do Palace Hotel foi toda demolida, restando apenas a caixa da escada, mas o desenho original das janelas e portas se preservou e o piso original da sacada. Quanto as características arquitetônicas, foram preservadas o estilo original, porém a cor da fachada foi alterada. A reforma durou seis meses, e boa parte do investimento foi bancado pela Embaixada do Japão.

Figura 11 - Plantas do Pavimento Térreo e Superior, antes e depois.

ANTES

PAVIMENTO SUPERIOR

ANTES PAVIMENTO TÉRREO

DEPOIS

PAVIMENTO SUPERIOR

PAVIMENTO TÉRREO

DEPOIS

Fonte: Rocha (2013), editado por autora, 2018.

Na figura 11, temos o antes e depois da edificação, sendo as plantas do antigo Palace Hotel acima, e abaixo as da Biblioteca Municipal Cora Coralina. O edifício foi adaptado de acordo com seu novo uso, basicamente tornou-se a planta livre para maior utilização da biblioteca. A planta não está atualizada com as divisórias atuais da biblioteca, utilizadas para separar alguns ambientes no pavimento térreo e no superior, para área de administração e algumas salas, conforme figura 11. acessibilidade.

18

Além disso foi incorporada uma cápsula para

Figura 12 - Pavimento Superior da Biblioteca Cora Coralina, vista da área de reservas.

Divisórias de ambiente Bancadas para atendimento Fonte: Talita Magno, 2018.

Nascimento et al. (2013), levanta dados através de uma pesquisa realizada com outros funcionários da biblioteca, e contabiliza o acervo atual em aproximadamente 27.740 títulos. Muitos desses vieram de doações da comunidade. No ano de 2011 foram contabilizados uma média mensal de 735 usuários.

Figura 13 - Pavimento Superior, vista para o acervo.

Fonte: Talita Magno, 2018.

19

No que se refere ao tombamento estadual, Rocha (2013) explica que foi proposto por José Mendonça Teles que a edificação deveria ser transformada em espaço cultural, ele era secretário da cultura de Goiânia na gestão do Prefeito Nion Albernaz (1989- 1993). O prefeito Nion aprovou a proposta, e durante um período o prédio ficou desativado até receber uma proposta de ocupação pela diretora da biblioteca, que já funcionava do outro lado da Praça Joaquim Lúcio.

Nion Albernaz desapropiou, por meio do Decreto nº 095, de 30 de janeiro de 1992, o imóvel para fins de utilidade pública. Em 05 de dezembro de 1991, a Câmara Municipal de Goiânia já havia aprovado o projeto do vereador Rosiron Wayne (Lei Nº 7.022), declarando o Palace Hotel integrante do Patrimônio Histórico-Cultural de Goiânia, conforme o Diário Oficial do Município, nº. 974, sexta-feira, 27/12/91, p.04. ROCHA (2013, p. 62)

O edifício precisou ser adequado ao novo programa de necessidades, e muito detalhes precisaram ser revistos. Segundo Rocha (2013) esses foram os principais pontos a serem observados: ·

As condições técnicas (estrutura e de materiais)

·

As condições físicas, para atender novos arranjos na estrutura funcional

·

As condições de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais e as

exigências ambientais, como iluminação, ventilação, insolação, ruído e cor.

Figura 14 - Sacada do Palace Hotel com a placa da obra da reforma, 1999.

Fonte: Rocha (2013)

Figura 15 - A estrutura metálica e a alvenaria estrutural do edifício.

Fonte: Rocha (2013)

20

A conclusão foi em 2002 com as devidas alterações para o novo uso como Biblioteca Municipal Cora Coralina.

Na figura 14, uma foto da placa instalada na

edificação.

Figura 16 - Placa da Reforma

Fonte: Rocha (2013)

Além disso, ocorreu o tombamento federal, segundo Rocha (2013): Em dezembro de 2002, foi aprovada pelo IPHAN, a proposta de tornar patrimônio nacional o acervo arquitetônico art déco de Goiânia. O edifício do Palace Hotel de Campinas se inseriu nos bens a serem tombados, de acordo com o Ofício n° 467/02 do presidente do IPHAN, Carlos Henrique Heck, encaminhado à prefeitura de Goiânia.

A Biblioteca Municipal Cora Coralina carrega valores arquitetônicos de monumentalidade e seu estilo Art Decó valoriza a implantação, com linhas horizontais seguindo o ritmo. É notória a importância da edificação tanto para cultura goiana, quanto para os campineiros. A reforma da edificação original não seguiu um processo de restauração, mas foi uma reconstrução com ampliações.

Figura 17 - Volumetria da Biblioteca Cora Coralina SIMETRIA

PLATIBANDA

COLUNAS

ESCALONAMENTO

ELEMENTOS ART DÉCO

VALORIZAÇÃO DA ENTRADA POUCA ORNAMENTAÇÃO

Fonte: Curta Mais (2017), editado por Talita Magno,2018.

21

3.3 Midiateca: Função e Conceito

A

s bibliotecas se diversificam de acordo com o tipo de conteúdo e material que reúnem. Sejam elas cinematecas, hemerotecas, discotecas, videotecas, etc. Dentre essas diversas termologias e usos, surgiu o termo midiateca.

A midiateca é um novo termo para bibliotecas, que surgiu da necessidade de diferentes

tipos de suporte a informação. Marinho et al (2013) afirma que o termo é de origem francesa, e sua utilização começou a partir dos anos 70. Segundo Lucianni(2008 apud Marinho et al,2013), o armazenamento do acervo o tornava inacessível e os materiais disponíveis eram para um público exclusivo como intelectuais, estudantes e professores. Ou seja, esse acervo não estava ao alcance de outros grupos.

E foi assim que movimentos franceses foram realizados para a mudança do termo e ajuda na modificação da situação das bibliotecas públicas francesas. Automaticamente o termo biblioteca era associado a um local fechado e metódico, por isso o maior desafio foi convencer a população de que uma midiateca pode e deve ser frequentada por todos.

Os livros não são mais o foco principal, e esses suporte com novos tipos de mídias abre leques de opções tanto para funções e usos. Ao invés de usarmos a biblioteca como galpões e depósitos, é importante incrementá-la, para ficar cada vez mais acessível por todos.

Para Labayen (1986 ) a palavra midiateca deriva da palavra 'medios' que por sua vez, seria meios de comunicação social. Na questão de modificação espacial, a meta era principalmente atingir uma maior frequência de usuários, ou seja, a mudança ocorreu no nome, no espaço e na prestação de serviços.

3.3.1 Semelhanças x diferenças: de biblioteca a midiateca Após essa análise de termos e história, foi necessário analisar o que há de novo junto a termo da midiateca. Algumas características são marcantes nos dois tipos de instituições.

Precisamos entender que o conteúdo audiovisual também é de importância cultural e são extremamente ricos para atrair novos usuários.

Segundo Cunha (2000) Os estudantes de hoje são membros de uma geração digital.

Utilizam do tempo voltando para mídias eletrônicas como: computadores, videogames, smartphones, etc.

22

Figura 18 - Evolução da Biblioteca

Fonte: Cunha (2000)

Na figura 18, percebemos o aumento considerável de utilização de outros tipos de mídias, principalmente a partir da Era II, que representa os anos entre 1900 e 1950. Cunha também defendeu em sua análise que até o ano de 2010 todas as bibliotecas já estariam automatizadas, mas isso ainda não aconteceu, e claramente isso prejudica os tipos de usuários atuais.

Na tabela 1, um comparativo entre as instituições, levando em

consideração tópicos importantes.

Tabela 1 - Comparativo entre Biblioteca e Midiateca

Fonte: Marinho (2013), editado pela autora, 2018.

A biblioteca tradicional é vista por muitos como um local de estudo e/ou pesquisa e a midiateca diferentemente, é vista como um espaço de lazer. A função é a mesma para as duas, porém a midiateca oferece diferentes tipos de suporte a informação. O acervo de bibliotecas é riquíssimo e não são so livros, mas os mesmos são apresentados como primeira opção, já na midiateca esse acervo é multimídico e o usuário tem total acesso.

23

3.3.2 Espaço e arquitetura de uma midiateca As midiatecas possuem elementos próprios para realce de sua identidade. Os espaços dos interiores todos se conectam e as diversas funções são organizadas em muitas vezes, com planta aberta. Esse tipo de edificação busca trazer uma atmosfera descontraída e relaxante, para permitir ao usuário uma certa intimidade.

Figura 19- Área interna, Midiateca de Sendai

Fonte: Britto (2012)

Esse tipo de edificação enfatiza o programa de necessidades, onde todos os usos são analisados cuidadosamente. Busca-se integrar todos os tipos justamente para proporcionar flexibilidade e descontração aos usuários, o foco desse tipo de edificação é realmente valorizar todo o conhecimento repassado para os usuários e dessa forma, é necessário que todo o ambiente proporcione conforto

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Em relação ao o tópico usuário do quadro, na biblioteca é possível identificar um tipo de perfil estudantil e pesquisadores, na midiateca os usuários não possuem somente um perfil de usuários, mas assim faz o possível para atender a todos.

Figura 20 - Dados sobre oque as pessoas fazem no tempo livre.

OQUE FAZEM NO TEMPO LIVRE

Fonte: Instituto Pro Livro (2011)

Segundo a pesquisa Retratos da leitura no Brasil, que foi realizada pelo Instituto Pró-livro (2016), 85 % preferem assistir televisão a ler livros, por exemplo, a cultura ¹ midiática evoluiu, e o público foi perdendo interesse em ambientes tradicionais e que oferecem apenas livros como fonte de informação. Na figura 20, há um gráfico representando os motivos de não irem as bibliotecas, e as principais justificativas estão ligadas a não ter tempo, não gostarem de ler apesar de que o número de pessoas que não gostam de ler, diminui em comparação aos outros anos, e em terceiro, não possui bibliotecas próximas.

Figura 21 - Dados motivos para não ir a bibliotecas

MOTIVOS PARA NÃO IR A BIBLIOTECAS NÃO TEM TEMPO NÃO GOSTA DE LER NÃO TEM BIBLIOTECAS PRÓXIMO DE MIM

22

33 40

24 22 19 16 18

13 NÃOAGOSTA DE IR AMAIS BIBLIOTECAS BIBLIOTECA PRÓXIMA DE MIM NÃO ESTÁ ABERTA NO HORÁRIO QUE EU POSSO IR 5 ACHA QUE BIBLIOTECA É PARA ESTUDANTES 8

2011 2007 2015

Fonte: Instituto Pro Livro (2016), editado pela autora.

Essa pesquisa tem uma grande contribuição para desenvolvimento da proposta, visto que analise perfis de usuários e também a relação dos mesmo com o espaço físico. ¹ O Instituo Pró Livro chegou a 4 ª edição da pesquisa Retratos de Leituras no Brasil, onde uma organização é envolvida na pesquisa, criação, elaboração de dados junto ao IBOPE Inteligência. Isso contribui para um diagnóstico sobre os leitores, como são, onde vão, oque fazem. A pesquisa é bem completa e possui embasamento e organização.

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3.4 CULTURA E PATRIMÔNIO

O

significado de patrimônio histórico está ligado a um bem que esteja designado para utilização da comunidade. A Constituição Federal do Brasil, no artigo 216, não define patrimônio cultural, mas afirma que é composto por bens de natureza material e

imaterial, sendo assim tombados individualmente ou em conjunto, os mesmos são portadores da identidade, de ação, e memória de diferentes culturas nacionais ou internacionais.

Patrimônios históricos são a materialização de memória, são histórias concretizadas. A partir deles é possível uma certa compreensão a respeito da época, local, história, através de sua herança cultural. Todos esses patrimônios são ricos em cultura e importante até mesmo para compreendermos o processo de evolução de cidades, bairros, estados, etc. Segundo a Constituição Federal, são referências a identidades e memória.

Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. (BRASIL, 1988)

Com relação a presença e importância do patrimônio cultural, segundo Rocha (2008) revela-se que patrimônios são interlocutores entre o ser humano e a prática social, para obter status de lugares memoráveis, pois isso é o resultado da construção histórica de uma sociedade mediadora entre passado e presente, capaz fornecer sensações de continuidade ao passado social.

Patrimônios são extremamente importantes para cultura e identidade, são fontes de história e memória. Dessa forma também trazem visibilidade para valorização do local, como aconteceu na cidade de Goiânia com o tombamento do seu centro histórico, na portaria federal n.

507 de 18 de novembro de 2003, publicada no Diário Oficial da União em 24 de novembro do mesmo ano, além disso também consta alguns bens tombados pelo IPHAN. A cultura de preservação e valorização patrimonial está mudando. Diversas universidades incentivam dentro de disciplinas, principalmente em cursos como Arquitetura e Urbanismo, onde é possível realizar especializações e mestrados na área de projeto e patrimônio.

Além disso é possível verificar em algumas cidades, cursos, palestras para não profissionais de áreas especificas, para incentivar a preservação local.

O governo do estado de Minas Gerais possui uma Lei Estadual n° 13.803, de 2000, denominada como Lei Robin Hood, cujo o objetivo de adquirir subsídios ficais para incentivarem os municípios na questão de preservação do patrimônio cultural.

Segundo a presidente do IPHAN, Kátia Bogéa: No Brasil, poucas instituições chegaram onde o Iphan chegou. De 1937 aos dias de hoje, muita coisa mudou. No Brasil e no Patrimônio. Nascido da mente privilegiada de intelectuais comprometidos com o futuro do País, o Instituto consolidou-se e fortaleceu-se com ações corajosas, amplamente reconhecidas e respaldas pela sociedade, conquistando legitimidade e a aprovação da popula-

26

ção brasileira e, simultaneamente, protegendo um gigantesco conjunto de bens materiais e imateriais. A pressão de preservar e recuperar o patrimônio, apesar da carência de recursos humanos e financeiros, é vivida pelo Iphan desde sua criação.

(PORTAL DO IPHAN,2017)

Na figura 22, é possível analisar o status dos patrimônios na região de campinas, e da Biblioteca Municipal Cora Coralina.

Figura 22 - Situação do Patrimônio histórico do setor Campinas.

Biblioteca Municipal Coral Coralina

Fonte: Mapa Interativo de Goiânia, MAPA FÁCIL (2018)

Objeto Excluído do tombamento Subárea com restrições de ocupação Subárea de ambientação Traçado tombado

1:4.000 0

55

0

0,05

110 0,1

220 m 0,2 km

27

4 - REFERENCIAL PROJETUAL Biblioteca Central de Seattle - Rem Koolhaas Seattle Figura 23 - Skyline Seattle

Royal Ontario Museum - Daniel Libeskind Toronto Figura 24 - Skyline Toronto

Nova Biblioteca de Alexandria - Snøhetta Alexandria Figura 25 - Skyline Alexandria

Midiateca PUC RIO - SPBR Arquitetos Rio de Janeiro Figura 26 - Skyline Rio de Janeiro

Fonte: Skylines retiradas do site de vetor, FreePik. Editadas pela autora, 2018.

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1- Biblioteca Central de Seattle - Rem Koolhaas Localização

Figura 27- Localização Biblioteca de Seattle

Fonte: Criado pela autora, 2018 baseado em Google Maps

Arquiteto Rem Koolhaas Ano de Construção 2004 Área construída 128.000 m2 Localização Seattle, Estados Unidos

Fonte: Archdaily, editado pela autora

Fonte: Archdaily, editado pela autora

A

Biblioteca Pública de Seattle foi inaugurado em Maio de 2004 e foi importante para a carreira de design do arquiteto Rem Koolhaas que combina um design futurista com a funcionalidade de uma biblioteca.

Do lado de fora, você pode ver um grande edifício de vidro, linhas retas que se cruzam.

Ele é articulado por grandes blocos em diferentes níveis correspondentes às dependências da biblioteca. É um edifício que está em harmonia com a linha do horizonte de Seattle e a paisagem urbana da cidade. Grande marco na paisagem. ¹

Características Figura 28- Ambientes internos da Biblioteca de Seattle

• • • • • • • • • • •

Diversidade em tipos de usos Espaço público Armazenamento de informações Plataformas projetadas unicamente Integração + 400 computadores pra uso público Obras de artes Espiral de livros Mobiliário aconchegante Exposições Interativas Diversos níveis integrados

Fonte: Archdaily, editado pela autora ¹ Informações fornecidas por Archdaily, disponível em < https://www.archdaily.com.br/br/624269/biblioteca-central-deseattle-oma-mais-lmn> jul 2014. Texto elaborado por Talita Magno, 2018.

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Elementos Estruturais A estrutura da biblioteca é predominantemente em aço, concreto e vidros. Possui um núcleo em concreto que trabalha como um eixo de sustentação, acompanhado de pilares verticais e inclinados. ¹

Figura 30: Estudo de Insolação

Figura 29: Estrutura da Biblioteca de Seattle

Fonte: Archdaily, editado pela autora

A ‘’malha’’ metálica que reveste toda a edificação, além de estrutural. Funciona como um filtro solar, que filtra a incidência direta, sem atrapalhar a relação interna com o externo. ¹ Fonte: Archdaily, editado pela autora Volumetria Figura 31: Estudo Volumétrico

Fonte: Archdaily, editado pela autora

Programa Figura 32: Programa de Necessidades

Fonte: Archdaily, editado pela autora

30

¹ Informações fornecidas por Archdaily, disponível em < https://www.archdaily.com.br/br/624269/biblioteca-central-deseattle-oma-mais-lmn> jul 2014. Texto elaborado por Talita Magno, 2018.

Partido Figura 33: Partido de Projeto

Analogia ao corpo humano Traz uma interpretação estética em relação a arquitetura metropolitana, inclusive o deslocamento das plataformas que ficam em balanço, simulam um esqueleto. ¹

Fonte: Archdaily, editado pela autora Figura 34: Circulação Circulação

A circulação e feita de forma horizontal e vertical. Através de rampas e circulações que ligam os ambientes e acessos, assim como escadas rolantes que também integram os setores e programas. ¹

Composição Formal

• • • • • • •

Assimetria Complexidade Ritmo Espaços amplos e públicos Tradicional + inusitado Desalinhamento Plataformas

Fonte: Archdaily, editado pela autora

Figura 35: Antes e Depois

Fonte: Archdaily, editado pela autora

Buscou-se trazer um ordenamento formal, fugindo do padrão tanto nos espaços internos como nas fachadas, a nova biblioteca é uma reinterpretação da antiga, onde se aproveita de estudos dos perfis de usuários, e conceitos do local, foi assim adaptada a nova era digital.¹ ¹ Informações fornecidas por Archdaily, disponível em < https://www.archdaily.com.br/br/624269/biblioteca-central-deseattle-oma-mais-lmn> jul 2014. Texto elaborado por Talita Magno, 2018.

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2- Royal Ontario Museum - Daniel Libeskind Figura 36: Localização Royal Ontario Museum

Ontário

CANADÁ

Fonte: Studio Libenskind, editado pela autora

Toronto Fonte: Criado pela autora, 2018 baseado em Google Maps

Arquiteto Daniel Libeskind Ano de Construção 2007 Área construída 9000 m2 Localização Toronto, ON- Canadá Fonte: Studio Libenskind, editado pela autora

O

Royal Ontario Museum (ROM) foi inaugurado em Junho de 2007, é um museu histórico com grande destaque na cidade, e uma grande procura turística.² Externamente vemos a intervenção entre o contemporâneo e o clássico, unidos. O anexo é chamado de Michael Lee-Chin Crystal, pois é uma grande fonte luminosa, e se destaca em meio aos outros edifícios por remeter as características de um cristal.² O edifício está em conexão com o museu, é um grande cristal com estrutura de aço, sustentado por placas de vidros e alumínio, evidenciando aspectos futurísticos. ²

Características Figura 37: Galeria de Arte

Figura 38 : Ambiente interno Antigo x Novo

• • • • • • • • • •

Mais de 6 milhões de obras Espaço público 5 volumes de metal+vidros Inspiração em cristais Integração Moderno + Clássico Linguagem Futurística Acervo histórico Exposições Interativas Níveis integrados

Fonte: Studio Libenskind, editado pela autora

32

² Informações fornecidas por Studio Libenskind, disponível em <https://libeskind.com/work/royal-ontario-museum/> . Texto elaborado por Talita Magno, 2018.

Figura 39: Contraste volumétrico

Fonte: Urban Toronto (2015)

A volumetria é um elemento de destaque, principalmente pelo contraste com a edificação clássica.

Além disso, o Museu possui rasgos estruturais, para possibilitar a passagem de luz natural.

O edifício tem características de monumentalidade e traz elementos contemporâneos aplicados na fachada e ambientes interno, como uso de pele de vidro, grandes vãos livres . A intervenção nesse caso, enaltece o novo e valoriza o antigo, conforme Figura 37. ²

Figura 40: Dinâmica dos ambientes

Figura 41: Setorização

Fonte: Studio Libenskind, editado pela autora

No que se refere a setorização. o museu possui lojas, cafés e restaurantes. No primeiro piso tem a recepção e o teatro também.² No segundo possui um grande espaço para exposição, funcionando como galeria.² Basicamente nos outros pavimentos o mesmo é setorizado de acordo com o tema, como por exemplo a ala de antiguidades, ou ala medieval ou ainda a paleolítica.² O espaço é amplo, bem setorizado e oferece serviços e interação para todo tipo de público. ²

Fonte: Architectur e Associate, editado pela autora ² Informações fornecidas por Studio Libenskind, disponível em <https://libeskind.com/work/royal-ontario-museum/> . Texto elaborado por Talita Magno, 2018.

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3- Nova Biblioteca de Alexandria Figura 42: Localização Biblioteca de Alexandria

Localização

Cairo EGITO Fonte: Mafra (2008), editado pela autora, 2018

Alexandria Fonte: Criado pela autora, 2018 baseado em Google Maps

Arquiteto/ Grupo Snohetta Ano de Construção 2001 Área construída 80 000 m² Localização Província Alexandria, Cairo - Egito

A

nova Biblioteca de Alexandria foi projetado por um Snøhetta. Com esse novo projeto, preferiram manter toda a questão histórica de Alexandria, utilizando em elementos interno e fachadas, mas também queriam uma destaque para essa nova edificação, um grande centro cultural.³ O projeto está localizado as margens do Mediterrâneo. Alguns estudiosos explicam que o local de implantação é um possível local da antiga Biblioteca de Alexandria, fundada no século IV.³ Segundo Mafra (2008) esse complexo cultural foi financiado pela UNESCO e levou cerca de sete anos para ficar pronto.³

Fonte: Galeria da Arquitetura, editado por autora

Características

Escrituras sagradas que fazem um jogo de sombras de acordo com a orientação solar ³

Figura 43: Fachada Biblioteca de Alexandria

• • • • • • • • • •

Forma Cilíndrica Telhado Inclinado 10 pavimentos Lajes de Granito - Blocos Jogo de Sombras - Fachada Simbolismos União: Cultura e Religião Acervo histórico Exposições Interativas Complexo Cultural

Fonte: Mafra (2008), editado por autora

34

³ Informações fornecidas por Galeria da Arquitetura, disponível em <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/Blog/post/revivendo-a-historia-a-nova-biblioteca-de-alexandria> Mai 2015. Texto elaborado por Talita Magno, 2018.

Programa e Elementos Importantes Figura 44: Setorização Biblioteca de Alexandria SALAS DE LEITURA

ARMAZENAMENTO

Fonte: Google Imagens, editado pela autora Museu Planetário

O complexo conta com um programa bem completo: Ÿ Salas de Leitura Ÿ Museus Ÿ Teatros Ÿ Planetários Ÿ Lojas e Cafés Ÿ Laboratórios Ÿ Escritórios Ÿ Salas de Armazenamentos Ÿ 4 bibliotecas Ÿ Salas de artes/ Multimídia Ÿ Catalogação de acordo com raridade dos livros Ÿ Espaço de Convivência Ÿ Salas de Interação Ÿ Salas para pesquisa (internet) Figura 46: Elementos estruturais

Figura 45: Acesso do Museu Ontario

Fonte: Google Imagens, editado pela autora

Sistema estrutural rústico para conseguir grandes vãos e espaços com conceito aberto, integrando os ambientes ³ Fonte: Archidatum, editado pela autora ³ Informações fornecidas por Galeria da Arquitetura, disponível em <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/Blog/post/revivendo-a-historia-a-nova-biblioteca-de-alexandria> Mai 2015. Texto elaborado por Talita Magno, 2018.

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4- Midiateca PUC RIO Figura 47: Localização - Midiateca da PUC Rio

Localização

RJ

Brasil Fonte: Mafra (2008), editado pela autora, 2018

Rio de Janeiro Fonte: Criado pela autora, 2018 baseado em Google Maps

Arquiteto/ Grupo SPBR Arquitetos Ano de Construção Não foi construída Ano de Projeto 2006 Área construída 4986 m² Localização Cidade do Rio de Janeiro, RJ

A

proposta apresentada para a Nova Biblioteca da PUC Rio levou em consideração as duas cotas de nível que caracterizam a área destinada à sua implantação.

Elas são definidas pela rua dos Diretórios e sua extensão para os estacionamentos — esta cota está anotada, no projeto, como nível 0,00 — e pelo pilotis do edifício Amizade — anotado como nível 4,00 m. Na descrição do projeto, no site do escritório eles destacam: mais do que atender plenamente as exigências programáticas, mais do que desfrutar das possibilidades técnicas que a construção civil no Brasil dispõe atualmente, o edifício quer mais que tudo, corresponder à importância simbólica e cultural que uma realização desta natureza pode fazer através do seu projeto de arquitetura.

Fonte: SBPR Arquitetura, editado por autora

Características Figura 48: Perspectiva Midiateca PUC Rio

• • • • • • •

Fonte: SPBR Arquitetura, editado por autora

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Forma prismática Lajes maciças Pilotis Aproveitamento topografia Grandes aberturas 5 Pavimentos Acervo histórico

Elementos Importantes Figura 49: Setorização Biblioteca de Alexandria

Fonte: SPBR Arquitetura

Circulação Figura 50: Circulação Interna

Fonte: SPBR Arquitetura, editado por autora

As funções administrativas ficam no núcleo fechado com vidro, essas salas formam uma antecâmara que distanciam o acervo das fachadas externas, colaborando para o controle de temperatura e umidade.

Figura 51: Sistema Estrutural

A estrutura utilizada foi concreto armado e aço

Fonte: SPBR Arquitetura, editado por autora ³ Informações fornecidas por SPBR Arquitetos, disponível em <http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/midiateca-puc-rio-2/> Texto elaborado por Talita Magno, 2018.

37

4.4 CONCLUSÃO - ESTUDOS DE CASOS Cada obra escolhida para estudo de caso, teve sua relevância como inspiração para desenvolvimento da proposta projetual.

No caso da Biblioteca de Seatlle, são muitos pontos positivos e de motivação, mas principalmente a integração dos espaços internos, conexão entre eles, onde tudo parece se interligar e ao mesmo tempo, cada espaço obedece um uso. ⁴ Figura 52: Integração -Biblioteca Seattle

Fonte: Archdaily, editado pela autora

Já o Museu Ontario, a inspiração a ser utilizada e analisada é justamente da intervenção em edifícios históricos, aplicando formas e volumes contrastantes, permitindo também uma ligação entre os dois.

Figura 53: Integração - Museu Ontario

Fonte: Studio Libeskind

No caso da nova Biblioteca de Alexandria, o item mais inspirador é a conexão com o entorno, e seu destaque formal.

E por último, o exemplo do escritório brasileiro SPBR Arquitetos que venceram o concurso com uma proposta de Midiateca para PUC do Rio de Janeiro, o destaque que agregou a minha pesquisa foi principalmente o programa de necessidade e sistema estrutural.

Texto elaborado por Talita Magno conforme análise does estudos de casos, 2018.

38

5 ASPECTOS RELATIVOS À AREA DE INTERVENÇÃO 5.1 CONTEXTO DA CIDADE

G

oiânia é uma cidade de tradições, raízes e história marcante. A cidade relativamente nova, com seus 84 anos, já passou por planejamento de Atílio Correia, depois os Coimbra e Bueno assumiram a meta, reorganização política e mudanças dentro do Estado, tudo impactando diretamente no desenvolvimento e sucesso de Goiânia.¹ Cidade de ocupações irregulares e arranhas-céus elitizados. Segundo Chaul (2009), Goiânia surgiu na década de 30 e se iniciou um longo processo de construção e reconstrução da cidade, o resultado da modernidade no Estado de Goiás. A cidade era política, com resquícios de modernidade , seu planejamento foi se desenvolvido progressivamente, conforme ideias do Pedro Ludovico Teixeira e favorecimento político para cidade.¹ Segundo as Figuras 47 e 48, o Estado de Goiás possui vantagens em relação a alguns temas e isso vai ajudar no crescimento e desenvolvimento do estado e da cidade de Goiânia nos próximos vinte anos.

Figura 54: Mapa de tendências nacionais com impacto sobre Goiás

Fonte: Governo do Estado de Goiás. Editado por Talita Magno, 2018.

Figura 55: Mapa de tendências de Goiás

¹ Fonte: Texto baseado em Chaul (2009), elaborado por Talita Magno,2018.

39

Minha vida, meus sentimentos, minha estética, todas as vibrações de minha sensibilidade de mulher, têm, aqui, suas raízes.

Cora Coralina

5.2 LOCAL DE INTERVENÇÃO Mapa 1: Mapa de escala País/Estado/Cidade/Bairro Brasil

Goiás

Goiânia

Mapa 2: Setor Campinas com destaque na quadra de intervenção Setor Campinas

Fonte: Dados Segplan. Elaborado porTalita Magno, 2018.

5.2.1. Histórico do Bairro

N

o Mapa 1 uma representação em escala de localização, começando por país, estado, município e bairro, para facilitar o entendimento e comparação em extensão. O Setor Campinas ou Campininha das Flores, como é conhecido por muitos moradores da região, é um bairro fundado no século XIX, onde por um período foi provisoriamente a capital do Estado de Goiás. Após o crescimento de Goiânia e do seu entorno, o bairro sofreu mudanças.

Segundo Severino (2018) houve uma grande especulação imobiliária, cuja foi a grande responsável pela alteração no traçado, e afirma que somente após o Plano Diretor em 1922 que Campinas voltou a receber atenção, principalmente pela área ter sido considerada de preservação cultural.

Campinas é um pedacinho de interior em meio ao caos urbano, ao comercio aglomerada da região, aos problemas de mobilidade urbana, de conforto térmico e acústico, e sim existem diversos pontos negativos, mas o setor campinas é uma viagem no tempo, ao mesmo tempo futurístico e com seus setores de comércio bem divididos, em ruas paralelas a Av 24 de Outubro é possível ver idosos sentandos na calçadas conversando, ou saindo da Igreja Matriz de Campinas, estudantes ocupando os espaços públicos.

De fato o bairro é um elemento histórico importante para cidade de Goiânia, e seus patrimônios devem ser preservados, assim como sua história, suas raízes e a recepção calorosa dos moradores.

O lote de intervenção está localizado na Av 24 de Outubro, e ja possui uma bilioteca municipal edificada.

Ao lado direito da biblioteca, no sentido da Rua Geraldo Nei, será utilizado o restante do lote que funciona como estacionamento dos funcionários da biblioteca, e será necessário a desapropriação do lote a direita, cujo são salas comerciais abandonadas a muitos anos e sem uso nenhuma atual.

BIBLIOTECA ÁREA 591 m²

+

=

ÁREA 781.79 m²

ÁREA 552 m²

Fonte: Dados Segplan. Elaborado porTalita Magno, 2018.

Fonte: Dados Segplan. Elaborado porTalita Magno, 2018.

41

5.2.2 Mapa de Bairros Vizinhos

Mapa 3: Mapa de bairros do entorno ao Setor Campinas

A região do entorno do Setor Campinas é cercada de bairro que são grandes polos comerciais e/ou residenciais como por exemplo o Setor Central, Aeroporto e Coimbra.

Apesar do bairro ser basicamente independente no quesito de comércio e abastecimento da região, ainda assim caso necessário o deslocamento para outros bairros é possível através de grandes vias de acesso que também ligam a outros polos de Goiânia.

ÁREA 591 m² Fonte: Dados Segplan. Elaborado porTalita Magno, 2018.

42

5.2.3 Mapa de Pontos de Interesse e Marcos do Entorno O setor Campinas apesar de ser abastecido de comércio, tem grandes falhas em questão de equipamentos públicos.

A região possui marcos como o Estádio Antonio Accioly e o Parque Campininha das Flores, mas no quesito cultural o mais próximo seriam os pontos do Setor Central,

Mapa 4 : Pontos de Interesse e Marcos do Entorno

N

Fonte: Dados Segplan. Elaborado por Talita Magno, 2018.

43

5.2.4 Mapa do Sistema Viário

Mapa 5: Sistema Viário Figura 56: Acesso ao Centro - Transporte Público

Fonte: Google Mapas, editado por Talita Magno, 2018.

O deslocamento em relação ao Centro é um pouco mais que 5 km. É possível acessar através de bicicleta, ou até mesmo a pé.

Porém o trajeto em algumas áreas possui pontos críticas, tornando algumas rotas perigosas.

Em relação ao ônibus, algumas linhas passam pelo Centro mas não são destino finais, como 164, 052, 166 e 917.

Figura 57: Acesso ao Centro - Transporte Privado

Fonte: Google Mapas, editado por Talita Magno, 2018.

No transporte privado, é possível acessar através de grandes avenidas, o acesso é facilitado, apesar de serem avenidas movimentadas.

Fonte: Dados Segplan. Elaborado por Talita Magno, 2018.

44

ÁREA 591 m²

VIA AV. LESTE OESTE VIA AV. INDEPENDÊNCIA VIA AV. ANHANGUERA

5.2.5 Mapa de Redes de Infraestrutura

Mapa 6: Redes de Infraestrutura

A região do entorno do bairro, possui infraestrutura de abastecimento e sistema de rede de esgoto por toda extensão do setor.

A área é atendida pelos recursos hídricos, tanto em questão de abastecimento de água quanto a tratamento de esgoto.

Há ineficiência na rede de escoamento de água pluvial, com poucas galerias pluviais. As sarjetas (quando existentes) não são respeitadas no rebaixamento dentro das normas, e são pouquíssimas em relação a ocupação do local, principalmente por ser um bairro antigo que se expandiu e cresceu bastante comercialmente.

Segunda pesquisas locais, a rede de fibra ótica de campinas que acessa a central de distribuição passa pela fundação da edificação da Biblioteca Cora Coralina.

Fonte: Dados Segplan. Elaborado por Talita Magno, 2018.

ÁREA 591 m²

45

5.2.6 Mapa de Gabarito

Mapa 7: Gabarito das edificações

A tipologia do bairro presa pela simplicidade , e um reflexo dessa predominância é o gabarito das edificações do bairro.

Existem algumas edificações de dois pavimentos e três pavimentos, muitas vezes funcionam com um uso diferente, como por exemplo um comércio que demanda de maior área e pavimentos para atender a população do bairro. No bairro existem poucos prédios superiores a 4 pavimentos, principalmente para manter a skyline do setor.

A predominância não segue um padrão e muito menos uma localização em comum. É possível ver alterações e fachadas mais desenvolvidas mas o gabarito das edificações não está diretamente igado a situação econômica no Setor Campinas.

Porcentagem de divisão por gabaraito, da da área de levantamento

ÁREA 591 m² Fonte: Dados Segplan. Elaborado por Talita Magno, 2018.

46

5.2.7 Mapa de Uso do Solo

Mapa 8: Uso das edificações

A predominância de uso é comercial. O bairro que foi planejado pra atender como capital goiana, com diversidade nos tipos de usos, foi desenvolvendo regiões setorizadas.

O preenchimento desse planejamento acontece muitas vezes de forma simples, há sim diversos tipos de usos para abastecimento da população da capital goiana e principalmente dos moradores do bairro. A predominância de comércio atrai público de todas as regiões da cidade, e equipamentos religiosos, de saúde e educacional também ganham destaque.

Há também regiões no Setor Campinas, setorizadas por tipo de comércio, e além disso, a região residencial geralmente fica mais afastada do polo comercial, atuante principalmente na região central do bairro.

Porcentagem de divisão por gabaraito, da da área de levantamento

ÁREA 591 m² Fonte: Dados Segplan. Elaborado por Talita Magno, 2018.

47

5.2.8 Mapa de Bairros Adensamento

Mapa 9: Densidade

A respeito da ocupação, o Setor Campinas possui um alto índice de ocupação, em mais de 90% de densidade por quadra edificada. Ao longo dos anos, os moradores fizeram novas adaptações e reformas, e o crescimento do bairro também contribuiu para especulação.

Como o bairro é referência comercial na cidade Goiânia, a ocupação também foi um reflexo desse crescimento, proporcionando visibilidade local, e a procura aumentou.

Existem vários pontos negativos nessa taxa de ocupação alta, como por exemplo conforto térmico, poluição sonora e ambiental principalmente devido a boa parte do setor ser de uso comercial, e apesar disso a questão de segurança afeta os moradores da região. Quando um área é ocupada em sua maioria para um uso comercial ou industrial, o bairro em horários não comerciais tende a ficar com aspecto abandonado, aumentando pontos críticos e situações perigosas.

TO : 90,9 %

ÁREA DA QUADRA DE IMPLANTAÇÃO : 8.468 m² ÁREA EDIFICADA NA QUADRA DE IMPLANTAÇÃO : 7.700 m²

ÁREA 591 m² Fonte: Dados Segplan. Elaborado por Talita Magno, 2018.

48

705

710

715

720

5.2.9 Mapa de Aspectos Físicos Naturais

CORTE NA QUADRA DE INTERVENÇÃO

Mapa 10: Aspectos Físicos Naturais

C

725

CORTE FRONTAL AO LOTE - VISTA DA AV 24 DE OUTUBRO

As áreas de APP (áreas de proteção permanente) são responsáveis pela proteção dos recursos hídricos, da paisagem, da estabilidade geológica e da biodiversidade de alguns parques com vegetação local.

No entorno do bairro existem cursos d’água do Córrego Cascavel, formando assim fundo de vales na região.

A área de preservação permanente ao longo do trecho desse curso passa no Parque Campininha das Flores.

Com relação a topografia, é bem acidentada principalmente conforme se aproximando ao curso d’água, um processo natural do terreno.

Abaixo algumas fotos da maquete eletrônica, elaborada para análise de tipografia e condicionantes naturais. A representação em 3D da topografia para maior facilidade na visualização.

CORTE LATERAL DIREITA AO LOTE VISTA DA RUA GERALDO NEI

CORTE AA 730

A

A

B

B

CORTE BB

LEGENDA CURVAS DE NÍVEL - 5M ÁREA DE APP CÓRREGO CASCAVEL

CORTE CC

PRAÇAS ÁREA DE INTERVENÇÃO

ÁREA 591 m² Fonte: Dados Segplan. Elaborado por Talita Magno, 2018.

49

Figura 57

Na quadra do Centro Cultural Gustavo Ritter juntamente com o Ginásio de Esporte, também há uma maior concentração Esse é um dos fatores por a região ser muito afetada por baixa circulação de ventos, calor excessivo, e poucas áreas de sombreamento, atrapalhando o confortotérmicodobairro.

50

5.2.11. Condicionantes legais Tabela 02 - Legislação

USO DO SOLO Conforme art. 224, da Lei Complementar nº 171/2007 – Plano Diretor de Goiânia

CNAE

Área ocupada 541 m2 até 5000m2

Edificação com mais de 6 atividades/salas diferentes

1 vaga p/ cada 45 m2 CÓDIGO DE OBRAS

Conforme art. 50, da Lei Comp. 177 – Código de obras de Goiânia

Altura da Edificação medida pela laje de cobertura do pavimento

Lateral (m)

18,0

3,40

AFASTAMENTO Fundo ( m )

Frente ( m )

3,40

5,0

Conforme art. 64, da Lei Comp. 177 – Código de obras de Goiânia Será obrigatória a instalação de elevadores nas edificações com mais de 04 (quatro) pavimentos e/ou que exceda a 12,00m (doze metros), medidos a partir da soleira do primeiro pavimento computado até o piso do último pavimento.

O pavimento aberto em pilotis, o(s) pavimento(s) de subsolo e qualquer outro pavimento de garagem serão considerados, para efeito deste artigo, como paradas de elevador ou pavimentos, salvo quando o subsolo estiver fora da projeção da edificação.

PLANO DIRETOR Conforme art. 61, da Lei Comp. 171/2007 – Plano Diretor de Goiânia

valorização, defesa e preservação dos bens patrimoniaisdo Município, articulando com estatais, setores privados e sociedade, ações que contemplam a salvaguarda do patrimônio material e imaterial; Conforme art. 80, da Lei Comp. 171/2007 – Plano Diretor de Goiânia Deverá ser oferecido 01(um) compartimento, destinado a sanitário público para ambos os sexos, de acordo com as normas da ABNT, além do descrito no art. 22, do Decreto n.º 5.296/2004, para os seguintes usos e portes: I - edificações comerciais e/ou prestação de serviços destinadas a uma única atividade de grande porte; Conforme art. 127, da Lei Comp. 171/2007 – Plano Diretor de Goiânia

Os afastamentos frontais definidos para as edificações com até 6m (seis metros) de altura, destinadas ao exercício de atividades não residenciais e situadas nas vias arteriais integrantes da Macrozona Construída, no Setor Central e em Campinas, deverão garantir 5,00m (cincometros) de passeio p

52

Tabela realizada de acordo com leis citadas na mesma, referente ao município de Goiânia.

Elaborado por Talita Magno, 2018.

Tabela 03 - Legislação

NORMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO Conforme art. 224, da Lei Complementar LEI N. 41/2014 – Corpo de Bombeiros As medidas de segurança contra incêndio básicas, nas edificações com área superior a 750,00 m² ou altura superior a 12,00 m a) Extintores de incêndio; b) Iluminação de emergência; c) Sinalização de emergência; d) Alarme de incêndio; e) Instalações elétricas em conformidade com as normas técnicas; f) Brigada de incêndio; g) Hidrantes; h) Saída de emergência; i) Selagem de shafts e dutos de instalações; j) Laudos técnicos de avaliação das condições estruturais, das in

NORMAS DE ACESSIBILIDADE Conforme art. 23, da Lei NBR 9050 – Código de obras de Goiânia

O Decreto Federal 5296/04 diz no Art. 23. Os teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, casas de espetáculos, salas de conferências e similares reservarão, pelo menos, dois por cento da lotação do estabelecimento para pessoas em cadeira de rodas, distribuídos pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade, próximos aos corredores, devidamente sinalizados evitando-se áreas segregadas de público e a obstrução das saídas, em conformidade com as normas técnicas de acessibilidade da ABNT. § 1o Nas edi cações previstas no caput, é obrigatória, ainda, a destinação de dois por cento dos assentos para acomodação de pessoas portadoras de de ciência visual e de pessoas com mobilidade reduzida, incluindo obesos, em locais de boa recepção de mensagens sonoras, devendo todos ser devidamente sinalizados e estar de acordo com os padrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT. § 5o As áreas de acesso aos artistas, tais como coxias e camarins, também devem ser acessíveis a pessoas portadoras de de ciência ou com mobilidade reduzida.

NORMA DE PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO Conforme art. 2, da Lei nº 25/37 – IPHAN

I - prevenção, garantindo o caráter prévio e sistemático da apreciação, acompanhamento e ponderação das obras ou intervenções e atos suscetíveis de afetar a integridade de bens culturais de forma a impedir a sua fragmentação, desfiguração, degradação, perda física ou de autenticidade;

Tabela realizada de acordo com leis citadas na mesma, referente ao município de Goiânia.

Elaborado por Talita Magno, 2018.

53

6. ASPECTOS RELATIVOS PROPOSTA 6.1 LOCALIZAÇÃO

AV 24 O lote de intervenção está localizado na Av 24 de Outubro, e ja possui uma biblioteca municipal edificada.

RUA

GER ALD O

NEI

Figura 58: Mapas de Localização

DE

OUT

UBR

O

Fonte: Dados Segplan. Elaborado por Talita Magno, 2018.

6.2 CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO ALVO Figura 59: Tipos de Usuários

Perfil do Usuário

17,3% 79

19

19,7% 35

0

11,1% 19

POPULAÇÃO DO BAIRRO

9.953 HOMEM 44,9% MULHER 55,1%

MATUTINO E VESPERTINO = JOVEM TIPO 1 Jovens estudantes sejam eles do ensino médio, superior, ou preparatórios

54

35

FAIXA ETÁRIA

Segundo uma pesquisa realizada por funcionários da Biblioteca Cora Coralina, a mesma recebe cerca de 735 usuários mensalmente, e cerca de 25 por dia.

NOTURNO = ADULTO E IDOSO TIPO 2 Idosos frequentam mais no noturno, em busca de informação, atualização.

6.3 DEFINIÇÃO DO PROGRAMA Figura 60: Volumes

NOVO

ANTIGO

4 3 2

1

1: BIBLIOTECA 2: NÚCLEO IMAGEM 3: NÚCLEO VÍDEO 4: NÚCLEO SOM

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

PROGRAMA DE NECESSIDADES BIBLIOTECA MUNICIPAL CORA CORALINA Sanitários 35,45 m² Acervo 184 m²

Funcionários 97,02 m²

Espaço Fotocópia 10,02 m²

Recepção/ PROGRAMA Consulta 2º pav 27,16 m²

Recepção 27,16 m²

Espaço Doações 11,65 m²

DE NECESSIDADES

NÚCLEO IMAGEM Sanitários 35,45 m²

Funcionários 27,02 m²

Acervo 54 m²

Recepção 27,16 m²

Convivência 57,20 m²

NÚCLEO VÍDEO Sanitários 35,45 m²

Funcionários 27,02 m²

Consulta Acervo 29,45 m²

Cabines 25,3 m²

Sala de Projeção 54 m² Espaço Café 85,20 m²

Recepção 27,16 m²

Convivência 77,20 m²

Recepção 27,16 m²

Convivência 57,20 m²

NÚCLEO SOM Sanitários 35,45 m²

Funcionários 27,02 m²

Espaço Descontração 54 m²

TÉRREO + ESTACIONAMENTO

Sanitários 35,45 m²

Total 652,0 m² biblioteca Hall Exposição Estacionamento 47,02 m² 683,00 m² 644,0 m² midiateca 683 m² estacionamento (subsolo I)

55

6.4 CONCEITUAÇÃO E PARTIDO ARQUITETÔNICO 6.4.1 Interpretações e Apropriações iniciais na Área de Intervenção 6.4.1.1 Conceito Figura 61: Mapa Conceitual

DESTAQUE

CONTRASTE

REEXISTIR

RAÍZES

M E M Ó R I A

CONEXÃO

BRAINSTORM + PALAVRAS CHAVES = CONTRASTE Fonte: Arte Freepik . Editado por Talita Magno, 2018.

A

palavra contraste, tem um significado importância na aplicação dessa proposta, cuja é realmente possibilitar um contraste entre uma edificação histórica e uma nova edificação, causando destaque, sem descaracterizar, sem negar raízes, levando em consideração a memória do local de implantação, permitindo uma conexão.

O mapa conceitual foi desenvolvido justamente para reunir as palavras chaves, que tem um significado em comum com o desenvolvimento da proposta, sendo assim a palavra escolhida como a maior representatividade do conceito em si.

56

6.4.1.2 Partido Figura 62: Simbologias de Tecnologia

Fonte: Arte Freepik . Editado por Talita Magno, 2018.

A

profundou-se um estudo de simbologia que remetessem tecnologia, conexão, contraste. Todos esse símbolos são destaque quando a pesquisa é sobre contraste, alguns remetem a conceitos de fotografia, outras de áreas que estudam tecnologia da informação, e alguns apenas se tornaram ícones com significados em comum.

Nesse estudo, para escolha do partido, e aplicação da proposta, foi necessário se aprofundar mais nos estudos de simbologia, e durante a pesquisa um item teve seu destaque : as placas de circuitos.

Figura 63: Simbologias de Tecnologia

CONEXÃO

LINK

Fonte: Arte Freepik . Editado por Talita Magno, 2018.

Essas placas são componentes presentes em quase todos equipamentos eletrônicos, responsáveis por conectar esses elementos. Estudar esse componente e tomar partido das mesmas, so reforça a idéia e o conceito da proposta que está ligada a conexão, mas principalmente ao contraste antigo x novo.

A importância desse objeto para materialização da proposta é principalmente por remeter a mudanças, independente se são internas ou externas, para assim conecta-las uniformemente.

Figura 64: Placas de Circuito

Fonte: Google Imagens

57

6.4.1.3 Aplicação do partido

Figura 65: Esquema vetorial do partido.

CONEXÃO

LINK

Fonte: Arte Freepik . Editado por Talita Magno, 2018.

Figura 66: Esquema de Fachada

Fonte: Arte Freepik . Editado por Talita Magno, 2018.

Figura 67: Esquema de Planta

Fonte: Arte Freepik . Editado por Talita Magno, 2018.

Figura 68: Esquema de Forma

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

F 58

oi desenvolvendo assim o processo de aplicação do conceito e partido na proposta.

Expandindo para fachada, planta ou forma, E de todos os estudos, a que melhor se encaixou foi a aplicação na forma, a idéia inicial para desenvolvimento formal.

6.4.1.4 Implantação Figura 69: Esquema de Implantação

N

Fonte: Elaborado por Talita Magno, 2018.

A

área de intervenção se localiza entre a Avenida 24 de Outubro e Rua Geraldo Nei, no Setor Campinas. Nesse caso, foi necessário a desapropriação do lote a direita, onde era ocupado por sala comerciais em desuso a mais de quinze anos, conforme entrevista local. Acima um breve rascunho do lote de implantação (Figura 62), e suas áreas verdes, já respeitando os recuos. O instrumento utilizado para desapropriação foi tranferência do direito de construir. Este instrumento permite por lei municipal, ao proprietário de imóvel, de exercer em outro local o direito de construir previsto nas normas urbanísticas e ainda não exercido. O direito de transferência previsto no Plano Diretor, ou em legislação urbanística dele decorrente, só poderá ser aplicado quando o referido imóvel for considerado necessário para fins de: a) implantação de equipamentos urbanos e comunitários Figura 70: Lote de Intervenção

LOTE BIBLIOTECA CORA CORALINA

LOTE DESAPROPRIADO

Fonte: Elaborado por Talita Magno, 2018.

59

6.4.1.5 Fluxos

N

RUA GERALDO NEI

Figura 71: Esquema de Fluxos na Implantação

A

nálise de fluxos do local de intervenção. Não foram feitas alterações na malha urbana, nem modificações em vias, mantém o traçado urbano original, visto que a Rua Geraldo Nei, se comparada ao restante do bairro, possui fluxo moderado, e por isso o acesso também foi determinante a partir desse passo.

FLUXO PEDESTRES FLUXO CARRO MODERADO FLUXO CARRO ALTO

Fonte: Dados SEGPLAN. Elaborado por Talita Magno, 2018.

AV 24 DE OUTUBRO 6.4.1.6 Acessos Figura 72: Esquema de Acessos na Implantação

RUA GERALDO NEI

N O acesso a midiateca acontece no térreo (pilotis), na nova edificação, ja ao da biblioteca preservou-se a mesma entrada da edificação histórica. O estacionamento é em comum pras duas edificações, visto que a biblioteca municipal não possui estacionamento

ACESSO A BIBLIOTECA ACESSO AO ESTACIONAMENTO

ACESSO A MIDIATECA Fonte: Dados SEGPLAN. Elaborado por Talita Magno, 2018.

AV 24 DE OUTUBRO

60

ACESSO DE FUNCIONÁRIOS

6.4.2 Aspectos Formais Figura 73: Esquema Formal

PILAR + PILOTIS

A forma foi desenvolvida baseada nas placas de circuito, os cantos da volumetria foram desenhados utilizando das curvas de circuitos.

Dessa forma os cantos criam uma identidade diferenciada na edificação.

Já os pilares utilizados para área de pilotis, também remetem algo moderno, futurístico, também lembrando da escolha do partido arquitetônico.

PAVIMENTOS 3

2

1

BIB

LIO

TEC

A

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Figura 74: Esquema Formal

Destaque dos cantos, tomados como partido, inspirados nas placas de circuito

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

61

6.4.3 Setorização Figura 75: Setorização Térreo

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Figura 76: 2º Pavimento

LEGENDA Espaço Público Convivência Hall Exposições Circulação vertical Sanitários Espaço Doações

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Figura 77: 3º Pavimento

Espaço Fotocópias Espaço Funcionários Recepção Acervo Armazenamento (Armários) Espaço Convivência Sala de Projeção Cabines Individuais

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Figura 78- 4º Pavimento

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

62

Consulta Acervo Espaço Café Espaços Individuais e Descontração

6.4.3 Sistema Construtivos Figura 79: Elementos Estruturais - Midiateca

LAJE NERVURADA ¹

PISO HEXAGONAL²

PILAR DE AÇO³ Fonte: Maquete Eletrônica.

Elaborado por Talita Magno, 2018.

Os elementos estruturais para a midiateca, foram escolhidos levando consideração a possibilidades de flexibilidade em relação ao espaço, por isso a laje nervurada, em relação aos maiores vãos, e a estrutura metálica também como item estético

Figura 80: Sistema Estrutural - Midiateca

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Na biblioteca existente, foi necessário algumas modificações, como por exemplo a utilização de Figura 81: Sistema Estrutural - Biblioteca laje plana em substituição ao telhado clássico com telhas coloniais, pois foi adicionado um novo uso ao mesmo. O piso também substituído devido a degradação do mesmo, os pilares originais mantidos, e basicamente a cor externa.

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018. ¹ Fonte: Claudivino Rocha, 2018. ² Fonte: Ril Fix ³ Fonte: Cerâmica São Luis

63

6.5 PROPOSTA PROJETUAL

E

sse memorial justificativo trata-se de um projeto arquitetônico voltado para área cultural. Essa proposta localiza no setor campinas, entre as ruas Geraldo Nei e Av. 24 de Outubro, se refere a um volume criado para uma edificação que complemente a biblioteca ja existente no local, a Biblioteca Cora Coralina, e seu uso como midiateca, apresenta-se 4 pavimentos, sendo o térreo pilotis.

No que se refere ao lote de intervenção, o local possui baixa permeabilidade no solo, que é algo recorrente da região, como solução será implantado mais áreas verdes, vegetação e deixando o térreo livre para maior aproveitamento do espaço.

O projeto desenvolvido remete uma identidade moderna, com elementos tecnólogicos que complementem o conceito e partido aplicado.

O acesso é feito através da rua Geraldo Nei, principalmente por ser uma rua de sentido único, mais estreita e com baixa movimentação de carros.

O conceito aplicado na forma também foi intensificado no desenho e setorização da implantação.

Figura 82: Maquete Volumétrica

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

64

PERSPECTIVAS - MAQUETE Figura 83: Isométrica

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Figura 84: Fundo da Edificação

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Figura 85: Lateral Direita

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Figura 86: Pilotis

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

65

6.5.1 Implantação

EXPOSIÇÃO

Figura 87: Implantação + Térreo

XEROX

RECEPÇÃO

SANITÁRIOSCOPA

ACERVO

SERVIÇOS

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

N 66

a figura 82, ao sul da planta localiza-se a planta da edificação ja existe, a Bbilioteca Municipal Cora Coralina, e ao norte a projeção da edificação da Midiateca, e alguns elementos do térreo, visto que o mesmo é um pilotis.

6.5.2 Plantas Esquemáticas Figura 88: Segundo Pavimento- IMAGEM

STAFF

ACESSOS (CATRACAS)

SANITÁRIOS

SERVIÇOS

CONVIVÊNCIA

RECEPÇÃO

ACERVO

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Figura 89: Terceiro Pavimento - VÍDEO

STAFF

CONSULTA ACERVO CABINES

ESPAÇO CAFÉ

ACESSOS (CATRACAS)

SANITÁRIOS

CONVIVÊNCIA

SALA DE PROJEÇÃO

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Figura 90: Quarto Pavimento - SOM

STAFF ACESSOS (CATRACAS)

SANITÁRIOS

CONVIVÊNCIA

ACERVO

CABINES

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

67

6.5.2 Cortes Esquemáticas

Figura 91: Corte Esquemático - Lateral Direita

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Figura 92: Corte Esquemático - Frontal

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

68

6.5.2 Volumetria Figura 93: Esquema - Vista Frontal

Figura 94: Composição Volumétrica

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

Na Figura 89, um esquema volumétrico de como foi feito a composição, os encaixes, tamanhos, para assim serem definidos os pavimentos, cada um com sua identidade.

Fonte: Maquete Eletrônica. Elaborado por Talita Magno, 2018.

69

6.6 PROPOSTA PROJETUAL FINAL

C

onforme o projeto foi se desenvolvendo tecnicamente, algumas mudanças foram necessárias como por exemplo a setorização inicial desenvolvida. No térreo da biblioteca também é possível acessar a implantação da midiateca, uma área de pilotis, que conta apenas com uma construção necessária ao fundo, a bateria de escadas e elevador para acesso aos outros pavimentos, conforme anexo 1.

Figura 95: Implantação

N

Fonte: Talita Magno, 2019.

As cores no piso, são elementos de ligação as áreas comuns do térreo.

Como essa área é mais lúdica e descontraída, esse desenho orgânico também tenta acompanhar o estilo da edificação, além disso é um espaço público que possui área infantil, área toda aberta pra utilização do público em geral.

Outro aspecto importante a se ressaltar é a questão topográfica. Como o desnível do lote não é muito grande, optou-se por utilizar um platô só, pois segundo o calculo topográfico de aterro e corte a quantidade retirada e preenchida ainda fica dentro dos paramêtros da legislação.

Figura 96: Topografia

0,0 -0,80 m² 724,40 Fonte: Talita Magno, 2019.

70

724,20

724,0

723,8

Platô : Curva de nível 724

723,6

N

as plantas dos pavimentos superiores se manteve uma linguagem formal e projetual, deixando a planta mais livre, funcionando como uma grande área de convivência, assim permitindo uma flexibilidade para eventos realizados na midiateca, já que o mobiliário da biblioteca se mateve um pouco mais fixo. As plantas dos pavimentos e cobertura estão disponíveis anexas (ver anexo 2 ao anexo 5). Os subsolos foram a melhor escolha, visto que a legislação exige a quantidade de vagas projetada e além disso o lote de implantação me restrngiu com a questão da permeabilidade do solo, visto que já possui uma edificação existente, sendo assim a planta de subsolo ficou restrita a um tamanho específico, por isso foi dividido em dois pavimentos de estacionamento, conforme anexo 6 e 7.

Figura 97: Planta do 2º Pavimento

N

Fonte: Talita Magno, 2019.

Figura 98: Planta da Cafeteria

N

Fonte: Talita Magno, 2019.

71

Já nos cortes AA e BB ( ver anexo 8 e 9), é possível notar a volumetria 3d dos mobiliários, a diferença de níveis e alguns elementos construtivos, que foram mantidos desde o estudo realizado para a proposta inicial, sendo eles: lajes nervuradas, pilares metálicos, alvenaria, telha termoacústica e também uma claraboia localizada no hall da cafeteria.

Figura 99: Corte AA

Sem Escala

Fonte: Talita Magno, 2019.

Figura 100: Corte BB

Sem Escala

72

Fonte: Talita Magno, 2019.

N

as fachadas(ver anexos 10 ao 13), é possível visualizar de uma forma mais humanizada o detalhamento de materiais escolhidos, e também as criação de elementos estrturais que foram utilizados nas edficações, como por exemplo o guarda-corpo e esquadrias hexagonais, o pano de vidro da fachada, a chapa metálica usada como revestimento, a utilização da arte urbana em uma das fachadas.

Figura 101: Fachada Frontal - Vista da Rua Geraldo Ney

Acabamentos metálicos

Vidro temperado

Pilar Fonte: Talita Magno, 2019.

Figura 102: Fachada Direita - Vista da Av 24 de Outubro

Arte do Artista Mikael Omik¹

Vidro temperado

Fonte: Talita Magno, 2019.

Figura 103: Fachada Esquerda

Peças Hexagonais Vidro temperado e aço

Guarda-corpo metálico

Pilar metálico - criado para o pilotis Fonte: Talita Magno, 2019. ¹ O artista Mikael Omik forneceu a arte e está ciente dos direitos de imagem aqui utilizados, o mesmo autorizou a utilização da arte no projeto. Deu-se preferência por artistas locais, o Mikael é nativo do Distrito Federal e atua na região Centro- Oeste.

73

6.7 MEMORIAL FOTOGRÁFICO - IMAGENS DA MAQUETE ELETRÔNICA Figura 104: Perspectiva 01

Figura 105: Perspectiva 02

Fonte: Talita Magno, 2019.

Fonte: Talita Magno, 2019.

Figura 106: Perspectiva 03

Fonte: Talita Magno, 2019.

74

Figura 107: Perspectiva 04

Fonte: Talita Magno, 2019.

Fonte: Talita Magno, 2019.

Figura 108: Perspectiva 05

Fonte: Talita Magno, 2019.

Figura 109: Perspectiva 06

Fonte: Talita Magno, 2019.

75

Figura 110: Perspectiva 07

Fonte: Talita Magno, 2019.

Figura 111: Perspectiva 08

Fonte: Talita Magno, 2019.

Figura 112: Perspectiva 09

Fonte: Talita Magno, 2019.

76

Figura 113: Perspectiva 10

Fonte: Talita Magno, 2019.

Figura 114: Perspectiva 11

Fonte: Talita Magno, 2019.

Figura 115: Perspectiva 12

Fonte: Talita Magno, 2019.

77

7 CONCLUSÃO

M

ediante a este trabalho, foi possível concluir que as tipologias arquitetônicas vem evoluindo de acordo com o desenvolvimento geral do país, como por exemplo as midiatecas, que vem ganhando destaque e se difundindo em alguns países, mesmo que isso as vezes ocorra em substituição a bibliotecas.

As informações e os meios também são elementos importantes para as transformações ocorrerem na arquitetura, devido a isso um conceito que busca contraste, união, destaque de edifícios, conecta a evolução natural de usos com a evolução humana, sem necessidade de descaracterização histórica, ou segregação de todos os tipos, tudo interligado e livre.

Acredita-se que a criação dessa midiateca, tem um próposito social, cultural e histórico, principalmente pela intervenção em um edifício histórico, que por muitos anos disponibilizou conhecimento e informação a milhares de pessoas, e com a proposta não só continuará esse trabalho como também melhorará a qualidade e conforto dos usuários, permitindo flexibilidade com relação a tecnologia.

A experiência de poder unir duas edificações de décadas diferentes, com materiais e tipologias totalmente distintos é única, pois assim além de fortalecer a preservação dos nossos bens locais, contribuímos de forma turística para cidade de Goiânia, e vale lembrar também o destaque que a edificação receberia, a mesma que ficou esquecida na década de 90 volta a ser ... viva.

78

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11MOTIVOS para amar o setor Campinas em Goiânia.

2017.

Disponível em: <http://www.curtamais.com.br/goiania/11motivos-para-amar-o-setor-campinas-emgoiania>. Acesso em: 10 set. 2018.

ARAÚJO, Márcia; ALMEIDA, Maria Geralda de. A PAISAGEM DO NÚCLEO PIONEIRO DE GOIÂNIA: UMA INTERFACE ENTRE PATRIMÔNIO E A METRóPOLE CONTEMPORÂNEA. Raega - O Espaço Geográfico em Análise, [s.l.], v. 14, p.205-215, 31 dez. 2007. Universidade Federal do Parana. http://dx.doi.org/10.5380/raega.v14i0.10150.

AZEVEDO, Elisa de Mello Kerr. O espaço da biblioteca e os fatores que impactam a preservação das coleções. 2010. 174 f.

Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2010.

BATTLES, Mathew. A conturbada história das bibliotecas. Tradução João Vergílio Gallerani Cuter. São Paulo: Planeta do Brasil, 2003. 238 p.

BIBLIOTECA Pública e Telegrapho Nacional.

2015. Acervo da Biblioteca Nacional Digital.

Disponível em: <http://acervo.bndigital.bn.br/sophia/index.asp? codigo_sophia=58591>. Acesso em: 19 set. 2018 BIBLIOTECA Real de Alexandria (Antiga).

2014.

Disponível em: <https://bibliotecaemfoco.wordpress.com/2014/ 06/24/alexandria/>. Acesso em: 18 set. 2018.

BIBLIOTECA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA. Porque você faz parte dessa história.

Disponivel em: <http://www.bibliotecapublicafpc.blogspot.com. br/p/201-anos.html>.Acesso em: 19 ago. 2018 BODLEIAN Library, Oxford, England. 2014.

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Acesso em: 13 set. 2018.

BRITTO, Fernanda. Clássicos da Arquitetura: Mediateca de Sendai / Toyo Ito & Associates.

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Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/0125662/classicos-da-arquitetura-mediateca-desendai-toyo-ito-eassociates?ad_medium=gallery>. Acesso em: 09 set. 2018.

CARVALHO, Thalles. As bibliotecas da Idade Média.

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Disponível em: <https://frontispicio.wordpress.com/2016/03/20/ as-bibliotecas-da-idade-media/>. Acesso em: 13 set. 2018.

COSME, Alfonso Muñoz. Los espacios del saber: Historia de la arquitectura de bibliotecas. Gijón.. Gijón: Trea, 2004. 429 p.

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CROCKETT, Lauren. Protagonismo ou mimetismo? Como arquitetos lidam com o contexto.

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