Take 32

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Escreveste "The Man in the White Suit", considerado pelo New York Times como o "Garganta Funda do Mundo Automóvel". O livro foi muito bem recebido pelos fãs do Top Gear mas acabou por ser a razão pelo qual tiveste que abandonar o programa. Fala-nos um pouco do livro e diz aos portugueses porque é que o devem comprar. O meu livro é leitura obrigatória para qualquer pessoa com insónias. Espero que dê uma perspectiva real das sensações que uma pessoa sente quando leva um carro ao seu limite. Quando a necessidade pela velocidade nos atinge e a adrenalina começa a correr nas nossas veias, é uma experiência mágica, uma pela qual sou viciado desde criança. Conduzir carros a 320 km/h e ser duplo de condução nos filmes do James Bond pode ser considerado por alguns como algo extremo, mas o que me deixa feliz é que consigo retirar dessas experiências, bem como da minha condução do dia-a-dia o mesmo prazer, a mesma energia. No livro há ainda, claro, inúmeros segredos sobre o Top Gear, mas nenhuma referência a qualquer "garganta funda", pelo menos que me recorde. Estou agora a trabalhar no meu segundo livro, mais focado em como conduzir bem do que na minha vida pessoal. Saiu recentemente um estudo que defendia que conduzir bem e com estilo ajuda-te a levar as miúdas para a cama, portanto é uma altura boa para lançar esta nova obra.

duplos do mundo é muito divertido. De peritos em artes marciais que nos podiam matar apenas com o olhar a campeões de ginástica feitos de borracha, apanhamos um pouco de tudo. Ser o duplo do James Bond nas cenas de condução nos últimos dois capítulos da saga foi uma grande honra para mim, mas também um grande fardo a nível familiar. Depois de despir o fato de 007, a cabeleira e o carro de alta velocidade, chegamos a casa e o que temos no frigorífico são couves-lombarda para o jantar... é aí que te apercebes que afinal não és lá grande agente secreto como imaginaste todo o dia. E o futuro? Algum projecto televisivo ou cinematográfico que nos possas contar? Acabei há pouco tempo de trabalhar no The Amazing Spider-Man 2, que foi muitíssimo divertido, e vou agora para a Polónia participar numa série televisiva local chamada Automaniak, com o papel de fazer uma imensidão de maluquices sobre quatro rodas. A minha outra prioridade é finalizar alguns planos de corridas que tenho para o próximo ano nas 24 Horas de Le Mans. É simplesmente a melhor corrida do mundo. Ben, o mundo precisa de saber qual o filme "motorizado" favorito do Stig. E, já agora, qual o seu filme favorito, sem restrições de género. O meu filme "motorizado" favorito é o Vanishing Point, porque nos leva para uma era onde a edição e pós-produção das cenas não aldrabavam, como hoje, o que realmente acontece na estrada durante as filmagens. A história é forte e apresenta-nos alguns dos ícones visuais mais famosos

Duplo do James Bond, isso é que deve ter sido algo especial para ti. Alguma história engraçada nas filmagens que nos possas contar? Aprecias este tipo de trabalhos cinematográficos? Trabalhar com equipas de efeitos especiais e com alguns dos melhores 85


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