Casa de banho

CASA DE BANHO

NO COMÉRCIO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO TADEU BARRADAS BADARÓ

TADEU BARRADAS BADARÓ

CASA DE BANHO NO COMÉRCIO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

ORIENTAÇÃO: MÁRCIO CORREIA CAMPOS CO-ORIENTAÇÃO: CEILA CARDOSO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE AQUITETURA Salvador, Bahia Março de 2017

agradecimentos Em primeiro lugar, eu agradeço aos meus pais. O caminho até aqui foi longo, tortuoso, cheio de pausas e recomeços, e sem o seu apoio nada disso teria sido possível. E aproveitando que estamos falando de família, eu não posso deixar de agradecer a toda a minha. Vocês são a minha base e a fonte da minha força. Pontualmente, eu não posso deixar de mencionar a minha irmã, que percorreu todo esse caminho, inclusive a parte um ano de intercâmbio junto comigo. Obrigado, Duda - e espero que você me cite nos agradecimentos do seu tfg também.

Agradeço imensamente ao meu orientador, professor de longa data e amigo, Márcio Campos, que me acolheu como aluno, m onitor, e agora como orientando. E sse trabalho é fruto d e uma visão sobre a arquitetura construída em grande parte graças aos seus ensinamentos.

Agradeço também à minha co-orientadora, Ceila Cardoso, por todo o ensinamento que vem desde o primeiro semestre em introdução à arquitetura, e que culminou nesse último trabalho do curso.

Agradeço aos membros da banca, Marcos Rodrigues, Maurício Felzemburgh, e Yoanny Rodríguez, por aceitarem este convite, e pela contribuição de Marcos e Maurício durante a pré-banca.

Agradeço muitíssimo a todos os professores dessa faculdade pela dedicação com a qual me ajudaram a construir tudo o que eu sei hoje sobre arquitetura, em especial a Cione e Any, com as quais eu tive o prazer de trabalhar como monitor, e com as quais eu pude desenvolver uma relação de amizade. Estendo esse agradecimento a toda a comunidade da Faufba, colegas, servidores e funcionários, por toda a cordialidade e prestatividade no dia-a-dia.

E por fim, mas não menos importante, aos meus amigos, que tornaram tudo isso mais divertido, e por vezes, suportável. Vocês são muitos, e se eu expressasse nesse espaço toda a gratidão e carinho que eu tenho por cada um de vocês, eu precisaria de um outro livro de mais 60 páginas! Assumindo o risco de soar piegas, a minha jornada até aqui é o que ela é graças a vocês.

A todos vocês, o meu muito obrigado!

índice apresentação .01 a casa de banho .02 interioridade .04 híbridos arquitetônicos .09

pré-existência .11 o comércio .12 estudos de hibridismo .13 localização .16

estudo das esquadrias .18 a escolha dos materiais .20 desempenho em casos de incêndio .21

peças gráficas.24 referências bibliográficas .69

apresentação A escolha pelo tema deste trabalho surgiu na verdade d o meu interesse por como a arquitetura é capaz d e estimular sensações nos usuários do espaço. E casas d e banho d izem r espeito basicamente a sensações. O conforto, o r elaxamento, a sensação d e intimidade, t udo i sso é f undamental para a experiência do frequentador desse espaço.

Associado a isso, eu quis aproveitar a oportunidade de estar r ealizando u m trabalho acadêmico para tocar num tema que me desperta bastante interesse: os híbridos arquitetônicos – ou intervenções radicais em edificações pré-existentes.

A partir da definição desse último tema, a escolha do terreno partiu invariavelmente na direção do bairro do comércio, u m bairro que por seu h istórico de ocupação, possui uma vocação natural para o hibridismo e que tem estado atualmente nos holofotes do mercado imobiliário, sobretudo ligado ao turismo.

A minha proposta é, portanto, abordar a teoria acerca de cada um desses temas, como embasamento para o projeto que será exposto a seguir.

01

a casa de banho Ao l ongo d e boa parte d a sua h istória, a humanidade desenvolveu u ma r elação bastante interessante com o ato de banhar-se publicamente. As primeiras ruínas de espaços dedicados ao banho público da h istória datam d a idade d o bronze, entre 2500 e 1700 a.C. na civilização do vale do Indo, e essa cultura perdura até os d ias atuais, p rincipalmente na Europa e na Ásia. A depender do contexto cultural, o banho podia assumir u m caráter s agrado ou ritualístico, terapêutico, e mesmo social, como era o caso das f amosas t hermas romanas, aonde se tocava instrumentos, declamava poesia, e até mesmo se r ealizavam cultos. O s japoneses possuem u ma expressão – “ hadaka n o tsukiai”que s e refere à amizade entre pessoas que compartilham o banho.

Apesar de hoje as casas de banho parecerem uma realidade distante para o Brasil, e sobretudo Salvador, durante o período colonial elas eram bastante populares, uma vez que a rede de saneamento era bastante reduzida, e o banho d iário, comum para os í ndios, j á havia sido i ncorporado à cultura dos colonos. S omente a partir d o final d o século XIV, com a a mpliação das r edes d e abastecimento de água para as casas d a população, a s casas de banho começaram a deixar de existir. Ainda assim, o hábito social do banho público permanece até os dias atuais, em praias e clubes, enquanto a o aspecto hedônico/terapêutico perdura em saunas e espaços de massagem.

02

Maruhon Ryokan, Gunma - Japão Kubo Tsushima Architects

a casa de banho Em se tratando de casas de banho, é inevitável a referência a Peter Zumthor, e o que t alvez seja o seu projeto mais aclamado, as Termas de V als. E sse p rojeto exemplifica claramente como o desenho de um espaço, a escolha de materiais, e a noção de escala, são capazes de provocar um prazer sensorial no usuário. O que mais m e toca nesse p rojeto, e que e u busco trazer para o meu, é esse aspecto de “caverna” – uma arquitetura de massa, com paredes de aparência pesada, que e m determinados m omentos são corredores estreitos e escuros, e em outros se abrem em espaços amplos.

Peter Zumthor ainda voltará a ser uma referência no capítulo seguinte desse trabalho, justamente por conta da sua teoria de atmosferas, mas o ponto aqui é como na p rática, o s espaços c riados por e le nas suas t ermas transmitem ao usuário a sensibilidade do autor.

The Therme Vals, Graubünden, Suíça Peter Zumthor

03

interioridade “A produção primária do ser humano é a de estabelecer moradia em relações surreais” – Peter Sloterdijk.

De acordo com S loterdijk, a segunda natureza do ser humano é a de habitar imaginações, e o espaço humano é o r esultante do encontro de vários espaços interiores. Em seu artigo “A essência da c riação a rquitetônica” A ugust S chmarsow defende a percepção espacial do usuário como sendo a base d a criação arquitetônica. A arquitetura é para Schmarsow, portanto, a a rte r esultante da oposição entre a abstração m atemática e experiência sensível. “[...] arquitetura é não mais a materialização de ideias concretas, d o que é a m úsica. [ ...] E quando pensamos nos templos dos Olimpianos, conseguimos entender porque o poético grego vividamente descrevia o criador d e edificações como um a rtista d o espaço, e o assemelhava aos poetas e filósofos (que construíam para ele a sua visão de mundo) ”. A arte, para Schmarsow, diferente da forma pura, prescinde da vida humana – d a experiência do usuário – para estar completa.

Mais tarde Maurice Merleu-Ponty viria defender que o f enômeno – enquanto matéria externa convertida pelo campo d a consciência, l evada em conta a capacidade cognitiva do indivíduo – precede a essência – a matéria externa pura.

04

Neanderthal Museum, Piloña, Espanha Estudio Barozzi Veiga

interioridade Considerando a fenomenologia como ponto de partida, Christian Norberg-Schulz, no seu livro “Genius Loci – t owards a phenomenology o f architecture”, define o significado d e lugar como sendo, mais do que uma locação abstrata, quantitativa, u m fenômeno que não pode ser simplesmente reduzido a qualquer uma de suas p ropriedades. O l ugar seria, portanto, dotado d e um espírito p róprio, uma “atmosfera”.

Para Juhani Pallasma, em seu artigo “An Architecture of the seven senses” o papel do arquiteto seria, portanto, o d e produzir essa a tmosfera. “A imemorável tarefa da arquitetura é criar metáforas existenciais materializadas que concretizem e estruturem a existencia do homem no mundo. Imagens da arquitetura refletem e externalizam i deias e i magens d e vida; a arquitetura m aterializa as nossas i magens de uma vida i deal. […] E m experiências arquitetônicas m emoráveis, o espaço, a matéria e o t empo f undem-se em u ma única dimensão, n a substância básica d o ser, que penetra a consciência. Nós nos reconhecemos dentro deste espaço, deste lugar, deste momento e destas d imensões, enquanto eles se tornam ingredientes das nossas próprias vidas.

Arquitetura é a arte da meditação e da reconciliação. ”

Steven H oll, e m “Questions o f Perception” completa essa ideia quando afirma que a arquitetura possui o poder de inspirar e transformar a nossa existência diária. Para e le “ o ato diário d e pressionar uma maçaneta e adentrar uma sala banhada de luz pode se tornar profundo quando experimentado por uma consciência sensibilizada.

Em paralelo com a f enomenologia, outra t eoria que m e ajudou n a criação desse p rojeto, foi a teoria das p ropriedades colativas, d o filósofo e psicólogo D aniel B erlyne. Nela, Berlyne define quatro p ropriedades – novidade, i ncongruência, complexidade e surpresa – como capazes de despertar excitação e curiosidade, agregando ao espaço o que e le define como valor hedônico – relacionado ao prazer e à apreciação estética.

Torre do holocausto, vazio da memória e jardim dos exilados. Jewish Museum - Berlim, Alemanha.

Daniel Libeskind

05

interioridade Não há, como era de s e supor, uma fórmula matemática concreta de como se criar uma atmosfera. A lguns autores, porém, esboçam a partir de suas experiências, p istas de como se obter e spaços que inspirem essa sensação.

Para Juhani P allasmaa, essa é u ma t arefa que começa por l evar e m consideração o corpo e os sentidos humanos. Além da manipulação dos cinco sentidos – olfato, audição, visão, tato e paladar – e de como é possível se utilizar desses sentidos de forma sinestésica – uma imagem que remeta a um cheiro, ou a um gosto – ele enfatiza o quão importante é a relação da arquitetura em suas escalas, proporções e pesos, com o corpo humano.

SARPHATISTRAAT OFFICES - Amsterdam, Holanda Steven Holl Architects

Para Steven Holl, ainda em “Questions of perception”, a elaboração do espaço precisa ser concebida através de perspectivas sobrepostas de primeira pessoa, e m contraponto à chamada v isão do pássaro. Ponto a ponto ele destaca a importância de elementos como cor, sons d o ambiente, p roporções, e da relação de luz e sombras, mas deixa claro q ue a percepção humana não fragmenta esses elementos, mas sim os mescla num continuum.

Knut Hamsun Center - Hamarøy, Noruega Steven Holl Architects

06

interioridade Em seu livro “Atmosferas” Peter Zumthor destaca sete pontos que para ele são capazes de influenciar a experiência do espaço.

O primeiro deles é o que ele chama de corpo da arquitetura ou a p resença m aterial de u m objeto como um todo no espaço.

O segundo ponto é a compatibilidade de materiais. I sso passa por conhecer o s materiais, experimenta-los, vê-los envelhecer, e ser capaz de visualizar a forma como eles se comunicam uns com os outros no espaço.

O terceiro ponto é o, j á mencionado anteriormente, som do espaço. Para Zumthor o espaço é como um enorme instrumento musical, aonde os sons ecoam e r everberam, e ter domínio sobre essa matéria é fundamental na criação de uma atmosfera.

O quarto ponto é a temperatura do espaço, e em se tratando de uma casa de banhos, esse é um ponto especialmente sensível para mim.

Além da temperatura atmosférica, cada material tem a sua própria temperatura, a sua própria capacidade de absorver ou transmitir essa energia pelo espaço.

O quinto ponto destacado por Z umthor são os objetos d ispostos. C omo cada objeto, cada banco, cada mesa está disposta no espaço? Do que eles são feitos? Como eles interagem entre si e com o espaço construído? Esse foi o ponto que me levou a desenhar as cadeiras, bancos e mesas d o bar, ao i nvés d e especifica-los simplesmente.

Ao sexto ponto, Z umthor apelidou d e entre a compostura e a sedução, e e le d iz r espeito principalmente a sobre como as pessoas se locomovem dentro da arquitetura. Os fluxos são conduzidos o u livres? P revisíveis ou i nesperados? D espertam a curiosidade, o u uma sensação de entrega?

O último ponto destacado é a tensão entre o interior e o exterior, e ele quer dizer, além da relação entre o interior e o exterior da edificação, a comunicação entre o s próprios espaços de uma edificação. Esse foi outro ponto fundamental na tomada de diversas decisões projetuais na concepção d a minha casa d e banho, como a falta de aberturas nas escadas, os chuveiros na frente das esquadrias, e a relação da cobertura com o terceiro pavimento.

07

Capela de Campo Bruder Klaus - Wachendorf, Alemanha Peter Zumthor

híbridos arquitetônicos “[A r estauração] r epresenta a mais completa destruição que u m edifício pode sofrer: u ma destruição d a qual nenhum r esquício pode ser coletado. Uma destruição acompanhada da falsa descrição daquilo que foi destruído. ” – John Ruskin.

Em seu livro “As sete lâmpadas da arquitetura” – uma das obras m ais influentes j á escritas acerca d a teoria do restauro – Jonh R uskin defende que é i mpossível – “tão impossível quanto trazer um morto de volta à vida” – replicar o trabalho feito outrora e restaurar uma edificação ao seu estado anterior. Uma m imese, portanto, seria u m crime contra uma edificação histórica, algo que corromperia a integridade da arquitetura.

Dessa f orma, portanto, a contradição, seja ela mais ou menos d iscreta, seria u ma condição i ndispensável para qualquer intervenção em edificações antigas.

1 Kearny Street- São Francisco CA, Estados Unidos Office of Charles Bloszies

Mas o hibridismo arquitetônico vai além disso. A ideia não é a de meramente se intervir sobre uma edificação antiga, mas de assumi-la como um palimpsesto – termo que originalmente se refere a pergaminhos lavados e reutilizados na antiguidade –, e através da contradição entre duas linguagens a rquitetônicas d iferentes, s e criar um objeto único, e d iferente tanto do o riginal, quanto dos seus acréscimos.

Um exemplo extremo – e bastante conhecido – d e uma situação como essa, é a C aixa Fórum d e Madri, d o escritório Herzog & de Meuron. Nesse caso, não apenas foi acrescido um volume extra na parte superior do edifício de uma antiga termelétrica, mas todo o seu pavimento térreo foi r emovido para dar espaço a u m vazio permeável ao transeunte.

Caixa Forum- Madrid, Espanha Herzog e De Meuron

09

híbridos arquitetônicos Pode parecer u ma i deia nova por ir de encontro a visões mais conservadoras acerca da intervenção em edifícios antigos, m as como Robbert Verheij explicita em sua tese “Palimpsests in Architecture - six personal observations”, o reuso d e edificações antigas e seus materiais como substrato para uma nova a rquitetura, são parte i ntegral d a história humana. Talvez o m aior exemplo disso no mundo antigo seja o teatro de Marcelo, construído no século 1 antes de cristo. O pavimento térreo é construído com colunas de ordem dórica, enquanto o segundo adicionado posteriormente, possui nas colunas d e ordem j ônica, e hoje uma construção renascentista do século XVI ocupa o terceiro pavimento, que possivelmente já possuiu colunas d e ordem coríntia.

Evidentemente que isso não se trata de uma defesa de que toda intervenção em um edifício antigo seja radical, ou mesmo que ela resulte em um híbrido. Primeiro há de se ter a sensibilidade de avaliar o valor histórico e arquitetônico do edifício em questão, e julgar que elementos precisam ser preservados. Em segundo lugar, há uma questão de contexto do conjunto arquitetônico, se ele acomoda um edifício híbrido, ou não.

No caso da edificação escolhida para este projeto, trata-se de u m casarão e m estado avançado d e ruína – apenas a fachada e uma parede de pedra permanecem – sem valor histórico particular no sentido de nunca ter sido sede de nenhum evento historicamente relevante, inserido no conjunto do bairro do comércio – que por si só já possui um caráter de hibridismo – e vizinho um edifício m odernista do século XX, sendo, portanto, u m candidato ideal para esse estudo.

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Teatro de Marcelo - Roma, Itália

pré-existência

Obra de expansão do porto de Salvador em 1913

o comércio Consideradas todas as possibilidades de locais que não só fossem propícios para a implantação de uma arquitetura híbrida mas aonde houvesse de fato uma demanda por ampliação de área de construída.

O processo d e escolha que l evou a té o bairro do Comércio foi bastante tranquilo. A própria paisagem do bairro em si ja acomoda essa hibridização entre casarões ecléticos - o que por si só já toca no tema de hibridização - com ediícios modernistas de maior porte, e mais recentemente o novo estaleiro do porto como uma arquitetura contemporânea - a despeito de toda a polêmica. Em termos de legislação de conservação, o comércio é listado como zona d e conservação simples. Isso significa que qualquer reforma em construções pré existentes cujas alterações afetem o exterior da edificação – f achada, volumetria, etc. – está sujeita à aprovação por parte do iphan.

Além d isso com a perspectiva da conversão da região em um polo hoteleiro, o programa da casa de banho seria bem vindo ao novo público que passaria a frequentar a região.

A partir dessa escolha pelo bairro, eu comecei u m estudo i nformal de espaços aonde e como essa intervenção poderia ocorrer, que passou desde o forte de São Marcelo, até o os vazios entre edificios comerciais, com o objetivo de definir aquele que seria e edifício sobre o qual eu interviria.

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estudos de hibridismo

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estudos de hibridismo - o edifĂ­cio escolhido

Esquina da Rua Visconde do RosĂĄrio com a Rua Santos Dummont

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localização

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localização

Além do estudo de hibridismo como definidor do terreno a ser escolhido, o casarão na esquina entre as Ruas Santos Dummont e Visconde do Rosário possui uma localização interessante por outras questões. A p rimeira delas é a proximidade com o centro turístico do comércio: o Mercado Modelo, centro náutico e o estaleiro do porto. Isso é importante porque significa um grande fluxo de taxis, ônibus, e a proximidade de estacionamentos, que o faz estar de acordo com a l ouos - que define que para edificações pre-existentes, é necessário que haja uma distância mínima de 200 metros até um estacionamento que atenda às normas. Além disso, além de atender à população local, existe um potencial claro de que a casa possa atender ao turista que está visitando, e principalmente àquele que estiver hospedado no centro da cidade.

O segundo ponto que tornou a escolha pelo casarão ainda mais interessante é o seu potencial construtivo. Com uma área ú til d e 334m≤ de pavimento, e 13,8m d e altura, há espaço o suficiente pra desenvolver todo o programa que eu escolhi para a casa de banho.

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estudo tipológico das esquadrias Além do processo de escolha do local e definição do partido, outra etapa importante da concepção d o projeto foi a definição de c omo o cupar – o u não ocupar – o s vazios das e squadrias do casarão em ruínas.

Para isso, etapa inicial foi estudar as tipologias das e squadrias dos c asarões presentes nas i mediações. Nesse p rocesso eu encontrei duas que provavelmente se a ssemelhariam ao desenho da e squadria o riginal do c asarão, pelo formato ogival do espaço da bandeira.

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desenho final das esquadrias De antemão eu já havia decidido que ela seria feita em apenas um plano, sem volumes destacados. O desenho deveria então ser d e alguma forma impresso nesse plano.

Por fim e u decidi trabalhar com c írculos transparentes em uma placa branca leitosa de PRFV, que remetessem ao desenho da esquadria verde, ja que o desenho mais simples me agradou mais do que a do casarão de azulejo. Na parte da bandeira, que é dedicada à exaustão e à troca de ar essa placa é de fato perfurada, e removível, para que haja a possibilidade de limpeza e manutenção, tanto da placa quanto dos exaustores.

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definição de materiais Existe uma clara tendência em arquiteturas de caráter fenomenológico, e sobretudo e m projetos d e saunas e casas de banho, à u tilização de m ateriais naturais como madeira ou pedra, e com expressão de massa. A própria casa de banho de Vaals de P eter Z umthor r emete à expressão estereotômica.

Contudo e m nome do contraste com a a rquitetura p ré-existente, da possibilidade de controle das condições do interior – sons, temperatura, cor – e da manutenção das instalações que o programa requer, eu optei pela utilização de mateiriais mais leves, de placa, mas que ainda assim me permitissem uma boa exploração da m aterialidade, o que m e remeteu ao acrílico corian.

O corian é um m aterial extremamente durável, com ó tima resistência a raios UV e à variação de condições atmosféricas.

Ele pode ser moldado em formas curvas – o que aqui não será o caso – e pode ser trabalhado em diversas cores e níveis variados d e transparência – até 92% – que permitem efeitos de controle de ambiência através da difusão da luz. As placas escolhidas para esse projeto são brancas e translucidas, ser ser transparentes, para a iluminação em led seja difusa, sem que a estrutura metálica que sustenta as placas apareça.

Fachada em PRFV opaco.

Sede da fábrica de móveis Martin’s - Panchkula, India Studio Ardete

Fachada em PRFV translúcido.

Filarmônica de Hamburgo - Hamburgo, Alemanha Studio Ardete

Para a cobertura f oi escolhido o PRFV – polímero reforçado com fibra de vidro – um material com alta resistência mecânica, com uma vasta possibilidade de diferentes acabamentos, e ja utilizado em fachadas corriqueiramente.

O revestimento termoacústico é feito com espumas de poliuretano, que possuem alta capacidade de isolamento.

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Corian iluminado por LED. Galeria de arte da sede EnBW Berlin Berlim, Alemanha

desempenho em casos de incêndio De acordo com o r elatório d a Dupont - f abricante do acrílico Corian - o material possui um desempenho satisfatório e m casos d e incêndiio. De acordo com a classificação europeia de reação de materiais ao fogo – EN 13501-1 – as placas FR de 12mm ou acima de Corian são classificadas como B-s1,d0. I sso s ignifica que e les não contribuem com i gnição súbita generalizada – flashover – porém podem contribuir com u m incêndio de chamas já desenvolvidas depois de 20 minutos de exposição; produzem pouca ou nenhuma fumaça; e não produzem respingos.

O material também aprovado nos Estados Unidos pelo instituto nacional a mericano d e padrões – ANSI – , e pela associação nacional d e proteção contra i ncêndio – NFPA – é considerado como classa A - melhor índice - tanto no índice de propagação d e chamas, quanto no d e produção de fumaça.

As placas de PRFV de acordo com os fabricantes CRANE Composites, Marlite, e Kal-lite, dependendo do modelo, recebem notas A no ASTM E-84 teste padrão de características de fogo em superfíes de materiais de construção. Essa nota reflete exatamente o mesmo desempenho avaliado pela NFPA para o Corian - menor taxa de propagação de chamas, e m enor t axa d e propagação de fumaça.

A espuma de isolamento termoacústico de poliuretano possui o selo de F M4880 Classe 1 d a FM Global Standards. Isso significa que a resistência do poliuretano a o fogo é t ão boa quanto a do amianto.

Para a lém da escolha dos m ateriais, o edifício conta com u ma r eserva d e água d e 12mil litros dedicada ao combate a incêndios. O sistema escolhido para essa função é o de mangotinhos, que ficam posicionados a o lado d a escada de emergência.

A escada f oi calculada d e acordo com a NBR-9077, p revendo u ma população m áxima de 150 pessoas ocupando o edifício s imultaneamente. Por estar na categoria E-3 – espaço de cultura física – em uma edificação com mais de 12m de a ltura, foi necessário p rojetar uma escada à prova de fumaça com a capacidade que atendesse a duas unidades de passagem.

Pela especificação dos materiais já descrita anteriormente nesse item, o edifício s e enquadra na categoria Z , portanto foi projetado para que as distâncias máximas até as escadas de emergência sejam menores que 30m.

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o projeto Partindo dos princípios discutidos anteriormente – contradição entre o novo e a pré-existência, a presença material da arquitetura, a tensão entre o exterior e o interior, e a noção de intimidade pela contraposição entre compostura e sedução do espaço, gerada tanto pela inconstância dos fluxos entre espaços e quanto pela escala adotada para cada espaço – o partido adotado é no seu exterior, um híbrido arquitetônico entre um casarão eclético em ruínas do final do século 19, e um “parasita” construído em p lástico – prfv – que s e apropria das ruínas como um palimpsesto, um substrato sobre o qual ele se apoia.

Interiormente o edifício também visa a contradição de uma expressão de massa – quase estereotômica – com paredes largas e formas que remetem à formação de cristais naturais em cavernas, porém obtida através do uso do corian – um material extremamente leve, em placas leitosas translúcidas, permitindo o controle da cor da iluminação, da temperatura e dos sons do espaço.

A estrutura escolhida para o prédio é metálica, independente da d o casarão o riginal, na porção norte do casarão. Na porção sul, pelo vão ser bem menor, a própria alvenaria de pedra apoia as vigas das l ajes. P ara a consolidação e conservação da estrutura original, foi especificada uma camada de encamisamento de 5cm d e concreto aplicados sobre u ma t ela metálica, que a marra pela parte interna a alvenaria de pedra.

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o projeto

25

fachada leste fachada leste

26

1:100

fachada norte fachada norte

1:100

27

1:200

situação

Casarão de azulejo

Rua Santos Dummont

ACESSO DE SERVIÇO

15,90 20,10

19,10

17,50

(cota máxima da cobertura)

N

Rua Visconde do Rosário

28

ACESSO DE CLIENTES

térreo - bar e recepção Seguindo a lógica da arquitetura “high-tech”, em que as funções servidas e serventes de uma edificação são distintas espacialmente, o casarão é d ividido em duas partes principais, com acessos diferentes. Na parte norte fica de fato a casa de banho, enquanto na parte sul fica todo o apoio, sendo a única exceção o elevador que pode ser acessado eventualmente por clientes com dificuldade de locomoção.

No térreo, portanto, a entrada ao norte dá acesso à recepção, aonde há um bar que pode ser usado também pelo público que não irá necessariamente entrar para a casa de banho. O usuário desse espaço pode solicitar na recepção por uma chave e entrar para a parte de acesso controlado para a escada, ou o elevador que o conduzirão para o primeiro pavimento.

Na porção sul da edificação, a entrada permite tanto o acesso de funcionários, como serve de área de carga e descarga, tendo as medidas necessárias para o estacionamento de um veículo de pequeno porte. Essa porção tem duas “camadas” de acesso: na primeira, que é fechada por uma porta de grade, ficam as casas do lixo e a dos cilindros de gás – dimensionados para uma edificação de médio porte. A segunda parte é de fato o acesso dos funcionários. N essa parte t ambém estão s ituados o e levador, um monta carga, e a escada de emergência (em acordo com a NBR-9077). Sob a escada de incêndio fica o reservatório inferior com 35mil litros.

Nessa sessão e u apresento também u m esquema de i nstalações A .V.AC – aquecimento, ventilação, e a r-condicionado do térreo, que servirá como exemplo para os outros pavimentos.

30

térreo - bar e recepção

31

1:100

térreo - planta baixa Lixo 17 16 ACESSO

Acesso de serviço Carga e descarga 18 m≤

Circulação 59 m≤ 0,2

0,2

Elevador Otis Gen2 Comfort 630kg (8p)

1

15

2

14

3

13

4

12

5

11

6

10

7

9

8

i=8%

17

18

16

14 15

12 13

9

11

10

7 8

6

Dois cilindros fixos B-125

FREEZER START TX 4 PORTAS 225cm x 70cm x 85 cm(LxPxH)

Circulação 28 m≤ 1

2

3

4

5

-0,16

Cozinha 21 m≤ -0,16

Sanit. P.C.D. 3 m≤ -0,16

Recepção 6 m≤

Sanit. P.C.D. 3 m≤

-0,16

-0,16

Lounge 86 m≤ -0,16

i=8%

ACESSO

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térreo - esquema A.V.A.C Fancolete Carrier 40HK

UP

1:20

Placa removível para manutenção

Exaustor Axial EQ800T6

=

"Fancolete" Carrier 40HK 3,5TR 0,84x0,84x0,3

=

Exaustor Axial EQ800T6 Vazão 310 mm³/min Diâmetro 0,80

1:200

1:20

33

primeiro pavimento - vestiários O primeiro pavimento é dedicado aos vestiários, tanto dos clientes quanto dos funcionários.

A parte dos funcionários é dividida em masculino e f eminino, com 8 l ockers - prevendo u m total de 16 funcionários por turno - um chuveiro e um sanitário adaptado para pessoas com dificuldade de locomoção em cada. Cada vestiário possui 12m≤, estando de acordo com a NR-24, que prevê 1,5m≤ por funcionário.

A parte dos clientes além da divisão entre masculino e feminino, tem mais dois vestiários para pessoas com deficiência, sendo um masculino, e um feminino.

A partir desse pavimento, o percurso para os pavimentos superiores passa a ser dividido em duas escadas que saem d iretamente dos vestiários masculino e feminino.

Ao final dessa sessão há u m detalhe esquemático de como as i nstalações h idráulicas de fornecimento de água quente e fria abastecem os chuveiros. Esse mesmo esquema exemplifica como isso ocorre no prédio como um todo.

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primeiro pavimento - vestiรกrios

37

1:100

primeiro pavimento - planta baixa pav.

1 - planta baixa

Vestiário func. M 12 m≤ 3,0

18

1

17

2

16

3

15

4

14

5

Circulação 22 m≤

Vestiário func. F 11 m≤

Elevador Otis Gen2 Comfort 630kg (8p)

3,0

13

6

12

7

11

8

10

9

3,0

Circulação 16 m≤

17

16

14 15

12 13

11

9

10

7 8

6

3,0

Vestiário P.C.D. 11 m≤

Vestiário fem 54 m≤

3,0

3,0

Vestiário P.C.D. M 11 m≤ Vestiário masc.

46 m≤ 3,0

Vestiário P.C.D. F 10 m≤ 3,0

2,97

2,98 1 2 3

38

11

9 10

7 8

6

5

4

2 3

1

6

8 7

9

10

11

13 12

15 14

16

17

18

4 5

esq. de instalaçþes hidråulicas

Ramal de abastecimento

Ramal de esgoto

Ramal de abastecimento Ramal de esgoto

1:200

1:20

39

segundo pavimento - sauna O segundo pavimento, n a parte voltada para os usuários, é aonde estão as saunas. Também dividido em masculino e feminino, cada parte possui três tipos de sauna: uma seca, uma a vapor, ambas dimensionadas para 12 pessoas, e uma ultravioleta para 7. Como o uso da sauna demanda chuveiros, cada área comum possui 3 deles, além de uma jacuzzi e bancos para que os usuários possam desfrutar do espaço enquanto alternam entre as três saunas. O respiro da sauna a vapor está posicionado na parte superior do espaço, e conduz o ar pelos vazios entre o casarão e os fechamentos dos espaços até a esquadria mais ao fundo, dotada de um exaustor – como indicado no esquema de exaustão apresentado na sessão do térreo. Há uma peculiaridade no espaço masculino, que são os chuveiros que dão vista para os espaços das esquadrias do casarão original.

Na porção sul do casarão, além do elevador e monta carga, está situada a copa e espaço de descanso dos funcionários.

A partir desse pavimento, a circulação vertical que conecta ao próximo, inverte o posicionamento dos espaços m asculino e feminino. V indo d o vestiário m asculino, 1 ,2m abaixo d o nível desse pavimento a escada se divide em duas: uma que conduz ao espaço das saunas, e outra que sai da edificação e conduz diretamente para o terceiro pavimento. No lado feminino por sua vez, a escada que vem do vestiário tem um patamar nesse pavimento, e continua no mesmo sentido para o pavimento acima.

O esquema da estrutura da escada externa, assim como o apoio da m esma na estrutura d a edificação são detalhados a o final dessa sessão.

42

segundo pavimento - saunas

43

1:100

segundo - planta baixa pav.

2 - pavimento planta baixa Copa 24 m≤

Circulação 26 m≤

1

6,2

6,2

3

18 17

2

16 15

4

14

5

Sanit.

4 m≤ 6,2

13

6

Elevador Otis Gen2 Com ort 630 8p

12

7

11

8

10

9

Sauna seca M 12 pessoas 10 m≤

Sauna a vapor M 12 pessoas 10 m≤

6,2

6,2

Sauna a vapor F 12 pessoas 10 m≤

oom 18 m≤

Sauna seca F 12 pessoas 10 m≤ 6,2

6,2

Sauna UV M 7 pessoas 5 m≤

Sauna UV F 7 pessas 5 m≤

6,2

6,2

Área comum F 43 m≤ Área comum M 44 m≤

6,2

6,2

Sanit. M 4 m≤

7 6

Sanit. F 4 m≤

6,2

5

6,2

4 3 2

6

8 7

9

10

11

13 12

15 14

16

17

18

2

1

4 3

6 5

7

8

9

10

11

13 12

15 14

16

17

18

19

1

5

11

26 25 24 23 22

5

4

3

2

1

9 10

7 8

6

5

4

5,0

13

9 10 11 12

8

7

6

21 20

14

44

19 18 17 16 15

7,3

det. do apoio das escadas externas 1:20

45

esquema da estrututra dasescadas escadas esq. da estrututra das

46

1:50

possibilidades de iluminação

47

terceiro pavimento - hidromassagem O terceiro pavimento do edifício é dedicado ao uso de h idromassagem. O espaço consiste de u m saguão amplo, com bancos, chuveiros, duas banheiras individuais de h idroterapia, e u ma g rande jacuzzi. Nessa parte há uma distinção maior entre as partes masculina e feminina. N a feminina, os chuveiros estão assim como na sauna masculina, posicionados n o vão das esquadrias originais do casarão, dando vista para a rua. No masculino há uma grande abertura na laje superior que permite que o forro desse pavimento se conecte com a cobertura d o casarão, deixando esse espaço a céu aberto – remontando às casas de banho históricas.

Na parte dedicada aos espaços serventes ficam as máquinas que servem ao funcionamento tanto das piscinas d e hidromassagem desse pavimento, quanto às saunas a vapor e as jacuzzis do segundo pavimento - dois kits de motobomba e filtro dimensionados para a vazão de 5mil litros por hora, dois aquecedores d e passagem, e duas m áquinas de vapor para as saunas. . Ainda nessa sessão há um corte esquemático mostrando o shaft de i nstalações e as conexões tanto a partir do reservatório superior, quanto a partir da casa de máquinas.

As escadas que conectam esse pavimento ao quarto são ambas externas à edificação.

50

terceiro pavimento - hidromassagem

51

1:100

terceiro - planta baixa pav.

3 -pavimento planta baixa Trocador de calor AA-25 H=76cm

Área técnica 31 m≤

19

9,6

Circulação 26 m≤

1

9,6

3

Motobomba BM33 H=26cm

2 4 5

Filtro FM36 H=79cm

6

Elevador Otis Gen2 Comfort 630kg (8p)

Sauna a Vapor Elétrica Master de 16k

7 8 9

18 17 16 15 14 13 12 11 10

Circulação 19 m≤ 9,6

22 21 20 19 18

Hidromassagem F 85 m≤

Hidromassagem M 75 m≤

9,6

9,6

17 16 15 14 13 12

11,5 11 10

Sanit. F 5 m≤

9 8

9,6

7 6 5 4 3 2 1

Sanit. M 5 m≤

7

8

9

10

11

13 12

15 14

16

17

18

2

20

1

21

22

19

9,6

16 14

8

15

7

13 12

10 11

52

26 25 24 23 22 21

17

5

18

4

19

3

6

9

11,5

esquema de instalações hidráulicas esq. do shaft de instalações central térmica de acumulação 4000L

1:100

Reservatório superior 25mil litros

Sauna a Vapor Elétrica Master de 16kw Trocador de calor AA-25 H=76cm Filtro FM36 H=79cm Motobomba BM33 H=26cm

53

quarto pavimento - café e massagem No quarto pavimento, o programa deixa de ser dividido entre masculino e feminino para se tornar um espaço unissex dedicado a u m outro bar, e um espaço de massagens. Nesse espaço, pelo fato de o fechamento dos espaços estar conectado à c obertura, ao i nvés d o corian, é u tilizado o p rfv – plástico reforçado com fibra de vidro.

Como f oi c itado anteriormente, a cobertura desse pavimento se conecta com o forro do terceiro, gerando uma abertura na cobertura. O espaço dedicado à s massagens s e desenvolve a o redor da parte d a cobertura que desce, n a forma de três nichos. Esses nichos que normalmente ficam abertos, são desenhados de forma que haja a possibilidade d e fechamento por cortinas, garantindo p rivacidade aos usuários do espaço.

Na á rea do bar, a cobertura t ambém é aberta, fazendo desse espaço um pátio.

Na porção posterior do edifício está situada a sala de administração, além do monta-carga, escada de emergência e elevador.

Ainda nessa sessão há um detalhe do encontro da cobertura com a calha.

56

quarto pavimento - cafĂŠ e massagem

57

1:100

pav. 4 - planta baixa

19

Circulação 44 m≤

1 2

13,4

3 4

ADM 27 m≤

5

13,4

6

Elevador Otis Gen2 Comfort 630kg (8p)

7 8 9

Lounge 49 m≤ 13,4

22 21 20 19 18

projeção da cobertura

17 16

Massagem 79 m≤ 13,4

Bar 11 m≤ 13,4

Sanit. M. 4 m≤

13,4

17

18

19

20

21

22

13,4

Sanit. F. 4 m≤

58

18 17 16 15 14 13 12 11 10

detalhe da calha

1:20

Plรกstico reforรงado com fibra de vidro (PRFV)

Espuma de poliuretano

Rufo

Rufo

Calha

59

cobertura e área técnica No pavimento da cobertura se encontram, além do reservatório superior, u m reservatório d e água quente - central térmica de acumulação - d e 4mil litros ligada a dois aquecedores d e passagem do tipo trocador de calor, e um chiller para o abastecimento das unidades internas de ar-condicionado – fancolete carrier 40HK de 4 TR. A capacidade dos r eservatórios foi calculada a partir d e uma estimativa de consumo diária de aproximadamente 25mil litros com dois dias de reserva, somados a m ais 12mil litros de r eserva de incêndio, para a abastecer os mangotinhos, totalizando uma reserva de 62mil litros, dos quais 2/5 – 24800 litros – devem ser d irecionados a o reservatório superior, e 3/5 – 37200 litros – para o inferior.

O chiller de água fria para os fan coils foi dimensionado a partir da área total do edifício – 1195m≤ - e considerando-se 1TR para cada m≤. Assim sendo a máquina escolhida – chiller parafuso 30 hx - tem a capacidade nominal de produção de 80TR.

62

cobertura e área técnica

67

1:100

pav. cobertura - planta baixa 2 trocadores de calor id80 (aquecedor de passagem)

central térmica de acumulação 4000L h= 3,3

casa das bombas 5 m≤ reservatório 25.000 L h=1,60 bomba

Chiller 30 HX 80 tr 980Px1800Hx2430L

15,9 barrilete barrilete de incêndio

fornecimento

extravasor calha

13,4

calha embutida sob as placas da cobertura

9,6

calha embutida sob as placas da cobertura

64

corte da fachada e det. de montagem

Estrutura de alumĂ­nio de perfil retangular WF-106 30x20 (mm) Grampo em perfil de alumĂ­nio Cola de junta invisĂ­vel Placa de Corian 2,4mm

1:10

1:50

64

corte 11--circulação vertical corte circulação vertical

1:100 1 1

laje técnica 15,90

pav. 4 13,40

pav. 3 9,60

pav. 2 6,20

pav. 1 3,00

térreo -0,15

66

corte 22 corte

1:100

laje tĂŠcnica 15,90

pav. 4 13,40

pav. 3 9,60

pav. 2 6,20

pav. 1 3,00

tĂŠrreo -0,15

67

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